Bento, 20-04-12 ESTUDOS CAUSAIS COMPARATIVOS (Ex post facto e não experimental) PLANO 1 • INTRODUÇÃO 2 • ESTUDOS EXPERIMENTAIS 3 • ESTUDOS NÃO EXPERIMENTAIS 4 • ESTUDOS CORRELACIONAIS 5 • ESTUDOS CAUSAIS COMPARATIVOS 6 • MINI TESTE INVESTIGAÇÃO Investigação quantitativa: Enfatiza números, medidas, dedução lógica, controlo e experimentações. Investigação qualitativa: Enfatiza ambientes naturais, compreensão, narrativas e desenhos flexíveis. ESTUDOS EXPERIMENTAIS E NÃO EXPERIMENTAIS Estudos experimentais (tipos) Estudos não experimentais (tipos) Préexperimental Descritivo Experimental puro Inquérito/Survey Quase experimental Estudo de caso Associativo Histórico Correlacional Causal comparativo Campbell & Stanley, 1966 TIPOS DE INVESTIGAÇÃO I. EXPERIM ENTAL I. CAUSALCOMPAR ATIVA I. ETNOGRÁ FICA (por vezes chamada ex post facto) – Tenta estabelecer relações de causa-efeito. I. AVALIATI VA I. QUASEEXPERIM ENTAL I. CORRELA CIONAL I. DESCRITI VA I. EXPERIMENTAL 1) Forte suspeição de relação causa-efeito 2) Pelos menos um grupo designado aleatoriamente 3) A VI (causa) pode ser introduzida, modificada, regulada ou de qualquer forma manipulada. 4) A VD (efeito) resultante pode ser medida. Grupo 1 R O X1 O Grupo 2 R O X2 O EXPERIMENTAL, QUASE-EXPERIMENTAL E CAUSAL COMPARATIVA Investigação experimental pode convincentemente demonstrar relações de causa e efeito; manipula (provoca mudanças) uma variável independente, possivelmente produzindo mudanças correspondentes na variável dependente. Investigação quase-experimental mostra causa e efeito menos convincentemente que a experimental porque os participantes não foram seleccionados aleatoriamente, ficando a dúvida sobre se a amostra reflecte a população. Investigação causal-comparativa sugere fortemente causa e efeito mas menos convincentemente porque a variável independente é fixa e não pode ou não é manipulada. ESTUDOS CORRELACIONAIS O objectivo dos estudos correlacionais é medir duas ou mais variáveis e examinar se há uma relação entre elas. (r) Coeficiente de correlação indica o grau ou extensão em que as duas variáveis co-variam ou se relacionam – não representa percentagem de vezes em que as variáveis se relacionam. ( Exº: r = +96) (Varia entre +1 e -1) Correlação entre os resultados dos exames do 12º ano e a média na Universidade. Quantidade de exercício físico praticado e peso. Correlação entre os resultados num teste e o peso. CRITÉRIOS PARA ANÁLISE DOS INDICES DE CORRELAÇÃO Coeficiente Entre 0 e 0,20 Interpretação Entre 0,21 e 0,40 Correlação praticamente nula Correlação baixa Entre 0,41 e 0,70 Correlação moderada Entre 0,71 e 0,90 Correlação forte Entre 0,91 e 1 Correlação muito forte Correlação entre o tamanho do cérebro e a inteligência: r = +44 (Rushton e Ankey, 1996); r = +51; r = + 21 (Rushton, 1997). COMPARANDO… CORRELACIONAL Não tenta compreender causa-efeito Duas ou mais variáveis Um grupo (r) e gráfico de dispersão CAUSAL COMPARATIVO Tenta compreender causa-efeito Pelo menos uma variável independente Dois ou mais grupos Médias e tabelas ESTUDOS CAUSAIS COMPARATIVOS ESTUDOS CAUSAIS COMPARATIVOS Definição O método causal comparativo é um tipo de investigação quantitativa que procura descobrir possíveis causas e efeitos de um padrão de comportamento ou características pessoais comparando indivíduos nos quais está presente com indivíduos nos quais está ausente ou em menor grau. Por exemplo, estudar as causas do rendimento académico (padrão de comportamento) ou os efeitos da classe social (característica pessoal). Impactos da frequência do pré-escolar na adaptação ao 1º ciclo ESTUDOS CAUSAIS COMPARATIVOS Definição (Cont.) A principal razão para usar o método causal comparativo (e o correlacional) é porque muitas das relações causa-efeito no campo da educação não são muito propícias ao estudo experimental onde se manipulam as variáveis. ESTUDOS CAUSAIS COMPARATIVOS Definição (Cont.) Este método por vezes é chamado investigação ex post facto porque as causas são estudadas depois de presumivelmente terem exercido o seu efeito noutra variável. Ex post facto – “ … o investigador chega à cena depois do acontecimento ter ocorrido” (Shavelson, 1996, p. 26). O investigador apenas pode manipular a variável dependente porque a independente já ocorreu anteriormente. I. CAUSAL-COMPARATIVA Usada quando não é possível a experimental nem a quase-experimental. Não pode demonstrar convincentemente causa-efeito mas sugere-o fortemente. PASSOS NUM ESTUDO CAUSAL COMPARATIVO Parece simples mas exige cuidado em cada passo: 1. Seleccionar um tópico 2. Rever literatura para identificar variáveis importantes 3. Definir hipóteses 4. Definir claramente a variável independente 5. Seleccionar os participantes( atenção às variáveis estranhas) 6. Seleccionar instrumentos válidos e fidedignos 7. Recolher dados 8. Interpretar resultados A NATUREZA DA CAUSAL-COMPARATIVA Semelhante á experimental e quase experimental mas diferente nos seguintes aspectos: Na CC a VI não é manipulada ou porque é impossível ou porque não é prático ou não é ético. Por necessidade, a investigação CC foca-se primeiro no efeito e então tenta determinar a causa do efeito observado. A questão básica que explora é “O que está causando o efeito que estou a observar?” A NATUREZA DA CAUSALCOMPARATIVA Plano: Primeiro foca-se no efeito; (por exemplo, diferenças no rendimento académico) Então coloca-se a hipótese para a causa; (por exemplo, estabilidade da vida familiar) Finalmente, faz-se a ligação lógica que persuasivamente sugere que o efeito observado está sendo influenciado pela causa hipotética Neste caso, a VI, estabilidade familiar não pode ser manipulada como seria requerido na investigação experimental. DESENHO DE ESTUDO CC Grupo VI VD I C O (E) Aband. escolar Auto estima --------------------------------------------------------Grupo II (-C) O (C) Aband. escolar Auto estima E (Experimental); C (controlo); C (característica); -C (Falta de característica); O (variável dependente); VI (Variável independente); VD (Variável dependente) VANTAGEM E DESVANTAGEM A principal vantagem deste método é que permite- nos estudar relações de causa e efeito em condições onde a manipulação experimental é difícil ou impossível. A principal desvantagem é que determinar padrões causais com um certo grau de certeza é difícil. Uma relação observada entre duas variáveis A e B pode significar que A causa B, B causa A, ou uma terceira variável C causa ambas A e B. Outra fraqueza: falta de aleatoriedade e não manipulação da VI ANÁLISE DE DADOS Estatística descritiva Tendência central • Média • Mediana • Moda Variação • Desvio padrão • Amplitude Estatística inferencial • Test t • Análise de variância (ANOVA) • Análise de covariância (ANCOVA) • Qui-quadrado CÁLCULO DE UMA AMOSTRA REPRESENTATIVA Regras gerais População Amostra Pequena (N < 100) Inquirir toda a população População de = 500 Inquirir 50% População de N = 1500 Inquirir 20% População de N = 5000 ou + Inquirir 400 é adequado Gay, L. (1996). Educational research: Competencies for analysis and application (4th ed.). Beverly Hills, CA: Sage DESENHO DE UM ESTUDO CAUSAL COMPARTIVO DESENHO Alunos que frequentaram universidades privadas têm mais propensão a ocupar posições de liderança no futuro do que os que frequentaram universidades públicas. MINI-TESTE Verdadeiro ou Falso? Estudos causais-comparativos tentam identificar relações causaefeito; estudo correlacionais não. VERDADEIRO Verdadeiro ou Falso? Estudos causais-comparativos geralmente envolvem dois (ou mais) grupos e uma variável independente, enquanto que estudos correlacionais geralmente envolvem duas (ou mais) variáveis e um grupo. VERDADEIRO VERDADEIRO OU FALSO ? Estudos causais-comparativos relação enquanto que correlacionais envolvem causa. FALSO envolvem estudos VERDADEIRO OU FALSO ? Frequentemente, investigação causalcomparativa é feita porque a VI podia ser manipulada mas não devia. VERDADEIRO VERDADEIRO OU FALSO ? Uma das razões importantes para conduzir investigação causal-comparativa é para identificar variáveis importantes para a investigação experimental. VERDADEIRO VERDADEIRO OU FALSO ? Cada grupo num estudo causal comparativo representa uma população diferente. VERDADEIRO VERDADEIRO OU FALSO ? Quanto mais semelhantes forem os dois grupos em variáveis relevantes excepto na VI, mais robusto é o estudo. VERDADEIRO VERDADEIRO OU FALSO ? Há escolha aleatória a partir da população em estudos causais comparativos. FALSO VERDADEIRO OU FALSO ? Falta de aleatoriedade, manipulação da VI e controlo são fraquezas nos estudos causais comparativos. VERDADEIRO VERDADEIRO OU FALSO ? Interpretação dos resultados num estudo cc requer cuidado especial porque a causa pode ser o efeito e o efeito a causa. VERDADEIRO Completar Um investigador está interessado em estudar a relação entre ver filmes violentos e a agressividade em crianças de 7 anos. _____________ Correlação Completar A estatística inferencial que determina uma diferença significativa entre as médias de dois grupos _____________ Teste t Completar A estatística inferencial que determina se há uma diferença significativa entre as médias de três ou mais grupos _____________ Anova Completar A estatística inferencial que determina se há uma maior diferença que a esperada entre as frequências de um grupo _____________ Qui-quadrado OS ESTUDOS CAUSAISCOMPARATIVOS IDENTIFICAM A CAUSA OU A RAZÃO PARA A EXISTÊNCIA DE DIFERENÇAS DE COMPORTAMENTO DE GRUPOS Valores de p Valor de p Interpretação P < 0.01 Evidência muito forte contra a H0 P < 0.05 Evidência moderada contra a H0 P < 0.10 Sugere evidência contra H0 P > 0.10 Evidência pequena ou não real contra H0 0.5 = 5 em 10 0.05 = 5 em 100 0.01 = 1 em 100 0.001 = 1 em 1000 Nível de 0.05 é aceitável.