Repotenciação como alternativa para atendimento da demanda máxima do SIN 14 de julho de 2011 Proposta da NT n°026/2011 – SRG/ANEEL Incentivar a instalação de novas unidades geradoras em poços já existentes ou a modernização de unidades antigas no intuito de agregar potência as usinas hidroelétricas. Contratação dessa nova oferta de potência através de um único leilão específico. O ONS deve verificar o valor da necessidade do SIN a ser contratada. Os custos seriam suportados pelos serviços ancilares através do Encargo de Serviço do Sistema (ESS). 2 Cenário Atual Risco de déficit de potência no horário de ponta em certos momentos do ano, segundo o ONS. Como exemplo, no dia 30/11/2010 que o SIN utilizou boa parte da Reserva de Potência Operativa (RPO). A ABRACE entende que este fato ocorreu devido à política de operação extremamente conservadora. Critério N-3 no tronco de Itaipu. Transferência elevada de energia da região SE/CO para a região NE Essa política de operação esvaziou os reservatórios do SE/CO, reduzindo a capacidade de potência hidráulica na ponta. A mudança na alocação do custo de transmissão implementada pela Aneel estimulará o consumo na ponta – o que destoa da idéia de que temos problemas de atendimento. 3 Visão da Abrace O consumidor já paga pela segurança do suprimento e do sistema de várias maneiras: CAR contratos de longo prazo, sobrecontratação de distribuidoras e impedimento de venda de sobras por consumidores energia de reserva (EER) e despacho térmico por Segurança Energética (ESS GE). A proposta de um leilão para contratação de potência irá beneficiar diretamente os Geradores e o ONS, que por repetidas vezes opera o sistema de forma conservadora. Quanto maior for o nível de segurança requisitado maior o conforto da operação e maior o custo que o consumidor deve suportar. 4 Visão da Abrace A modelagem proposta não traz sinal econômico para a eficiência do mercado – cria subsídios cruzados entre consumidores. Potencialmente pode ser mais um instrumento de proteção aos geradores. Importante fazer paralelo com mercado de energia, em que a lógica de contratação é deformada pelos diversos mecanismos de segurança. Consumidores têm a sensação de arcar com custos desnecessários. Haverá poucos ofertantes para capacidade – seria importante avaliar alternativas que “contestem” o mercado de capacidade, seja pelo lado da demanda, seja pelo da oferta. Muito difícil avaliar o real benefício da proposta, na medida em que os critérios de operação diferem dos de planejamento 5 Visão da Abrace O consumidor continua sendo passivo na operação do sistema, quando deveria atuar como um Agente. Gerenciamento da demanda de energia e capacidade pelo mercado, com participação dos consumidores. O Leilão de Potência com custos repassados a todos os consumidores é um incentivo perverso ao mercado. O mercado precisa ter um sinal econômico correto para atingir patamar adequado de segurança e eficiência. Mecanismos extra mercado tendem a distorcer estes sinais e a promover o aumento do custo final de atendimento para os consumidores. 6 O Leilão - Propostas Tratamento precisa buscar a correspondência entre custos e benefícios reais, alocando-os a todos os beneficiados. O ONS e ANEEL deveriam levantar a real necessidade adicional de potência hidráulica do SIN, segregada por submercados e identificar os montantes individuais de cada usina que realmente trariam benefícios. Elaboração de um estudo econômico para identificar o real custo x benefício que o leilão agregaria aos consumidores. Análise de cenários passados, como 2009 e 2010, identificando qual seria o custo final evitado com termoelétricas, no caso de uma maior disponibilidade de potência hidráulica. Sempre considerando os possíveis despachos devido ao POCP. Análise de cenários futuros para avaliar o real benefício econômico ao consumidor. Sempre considerando os possíveis despachos devido ao POCP. 7 www.abrace.org.br SBN – Quadra 1 Bloco B, 14 Sala 701 Edifício CNC Brasília – DF (61) 3878 3500 [email protected] 8