II Encontro Nacional de Produtores e Usuários de Informações Sociais, Econômicas e Territoriais Rio de Janeiro – 21 a 25 de agosto 2006 Mesa Redonda – Estatísticas Vitais e de Saúde – Atividade 231 PERFIL DOS MUNICÍPIOS COM INFORMAÇÃO PRECÁRIA FA SE 1 - 1a ETAPA LEVANTAMENTO DAS VARIÁVEIS • • • • • • • • População total População menor de 1 ano População de 0 a 4 anos Número de domicílios particulares ocupados Densidade domiciliar Área Densidade demográfica Existência de cartórios FA SE 1 - 1a ETAPA LEVANTAMENTO DAS VARIÁVEIS IDH Municipal: – – – – Renda per capita Pobreza fecundidade mortalidade: Esperança de vida ao nascer e taxa de mortalidade infantil FA SE 1 - 1a ETAPA RESULTADOS PRELIMINARES • 419 municípios sem cartório • 2,6 milhões de pessoas • 63 mil pessoas menores de 1 ano FA SE 1 - 2a ETAPA COMPARAÇÕES DAS FONTES • Foram comparadas as informações de população menor de 1 ano oriundas do Censo Demográfico de 2000, com os nascidos vivos do SINASC e RC. • Comparação das informações de nascidos vivos do SINASC e RC. FA SE 1 - 2a ETAPA RESULTADOS PRELIMINARES • Foi possível perceber três situações onde há problemas: – UF´s com baixa cobertura na maioria dos municípios (AC, AM, PA, MA, PI, CE, PB, BA e MG). – UF´s com subenumeração não tão elevada, mas atinge parcela significativa dos municípios (RO, AP, TO, RN e AL). FA SE 1 - 2a ETAPA RESULTADOS PRELIMINARES UF´s com pequena subenumeração, com mais de 20% dos municípios com problemas (RR, PE, SE, PR, SC, RS e GO). Apenas as UF´s de ES, RJ, SP, MS, MT, e DF não apresentaram problemas significativos. FA SE 1 - 2a ETAPA RESULTADOS PRELIMINARES • Foi estimado que aproximadamente 239 mil nascimentos deixaram de ser enumerados pelo SINASC, representando 7% do total de menores de 1 ano em 2000. • Dos 5507 municípios, existentes em 2000, cerca de 45% (2505), o SINASC apresentava problemas de cobertura . FA SE 2 - 1a ETAPA ESTIMATIVAS INDIRETAS • Geração de estimativas indiretas de nascimentos e óbitos infantis por microrregiões. • Os totais de nascimentos e óbitos infantis estimados por microrregiões serão compatíveis com o total estimado para a UF. FA SE 2 - 1a ETAPA ESTIMATIVA INDIRETA DOS NASCIMENTOS • Para gerar os nascimentos foi utilizada a técnica de Brass, baseada nas informações dos quesitos sobre filhos tidos nascidos vivos e filhos nascidos vivos nos últimos 12 meses. A partir do emprego do método foi possível obter as taxas específicas de fecundidade que, aplicadas às mulheres em cada grupo etário fértil, permitiu a estimativas de nascimentos. FA SE 2 - 1a ETAPA ESTIMATIVAS INDIRETAS DOS ÓBITOS INFANTIS • As estimativas indiretas de óbitos infantis foram geradas empregando-se a técnica de Brass e Trussel, que leva em consideração os quesitos de filhos tidos nascidos vivos por idade da mãe e filhos sobreviventes, também por grupo de idades da mãe. A partir do emprego da metodologia aos Censos Demográficos de 1970, 1980, 1991 e 2000, permitiu a obtenção de uma série de taxas de mortalidade infantil, para as Grandes Regiões, Unidades da Federação e Microrregiões. FA SE 2 - 1a ETAPA ESTIMATIVAS INDIRETAS DOS ÓBITOS INFANTIS • Essas taxas, que estavam alocadas em vários momentos no tempo, foram suavizadas por intermédio do uso de médias móveis, evitando assim flutuações derivadas de problemas de declaração. Após a suavização, foi ajustada uma função logística, determinando-se, deste modo, as taxas de mortalidade infantil para cada microrregião. • De posse das taxas e dos nascimentos, foram estimados os óbitos infantis, para o ano 2000. FA SE 3 - COMPATIBILIZAÇÃO DAS FASES 1 E 2 • Nesta fase, buscou-se determinar as áreas de interseção entre o estudo exploratório para os municípios e a aplicação das técnicas indiretas para a estimativa dos subregistros de nascimentos para as microrregiões. • Para tanto, foi adotado como critério de interseção de municípios, aqueles com volume de crianças menores de 1 ano superior ao número de registros de nascimentos e localizados em microrregiões com subregistro de nascimentos. FA SE 3 - COMPATIBILIZAÇÃO DAS FASES 1 E 2 • Após a determinação das áreas de convergência ( 3 656 municípios), foram associados a esses espaços alguns indicadores sócio-econômicos e de saúde. CONCLUSÕES • Persistem problemas sérios de cobertura dos eventos vitais num conjunto expressivo de Unidades da Federação, Microrregiões e Municípios. • A incorporação dos registros tardios, nos doze meses seguintes ao ano de nascimento, reduz de forma importante o subregistro de nascimentos do Registro Civil. CONCLUSÕES • As áreas com informações precárias são aquelas que se mostram vulneráveis, quando analisados os indicadores sociais. Quadro 1. Número de municípios segundo alguns indicadores sociais - 2000. Classes Número de Proporção(%) municípios M é dicos por 1000 hab. 0 2629 71,9 0,1 a 0,9 822 22,5 1,0 e mais 205 5,6 % de crianças em dom.c/renda p.capita<1/2 S M Até 20% 79 2,2 De 21 a 49% 802 21,9 De 50 a 70% 772 21,1 Mais de 70% 2003 24,8 Inte ns idade de pobre za Até 30% da pop. De30 a 50% 47 1,3 1576 43,3 Mais de 50% 2023 55,5 Fonte: Censo demográfico de 2000. Pesquisa Assistência Médico Sanitária e IDH SUGESTÕES • Focar as campanhas pela mobilização do Registro Civil nos municípios identificados com maior precariedade na cobertura; • Possibilidade de uma parceria futura entre o IBGE e o Ministério da Saúde buscando aproximação maior entre os dois sistemas; • Utilização das equipes do Programa Saúde da Família orientando as pessoas que fazem parte de seu cadastro sobre a gratuidade do registro de nascimento e a localização do cartório mais próximo de sua residência, a partir de cadastro a ser fornecido pelo IBGE; SUGESTÕES Implementação de pesquisa no âmbito do PSF visando mensurar a quantidade de famílias que deixaram de registrar algum evento vital, bem como, o grau de conhecimento das famílias sobre a gratuidade dos registros. Essa pesquisa poderia ocorrer dentro da parceria anteriormente mencionada; SUGESTÕES Alteração da Lei 6015 de modo a proporcionar que os eventos de nascimentos e óbitos fossem registrados a partir da comunicação da área de saúde, através das DNs e Dos aos cartórios, que lavrariam as certidões e as encaminhariam diretamente à residência dos responsáveis. Particularmente no que diz respeito aos nascidos vivos, nos casos de não reconhecimento da paternidade, a certidão seria emitida somente em nome da mãe, que seria orientada a como proceder para obter o reconhecimento paterno por via judicial; SUGESTÕES Para não penalizar os cartórios, seria viabilizado junto aos correios que o porte para remessa das Certidões até às famílias seria franqueada, o que implica também a necessidade de convênio com essa Instituição; Envidar ações que inibam a declaração indevida, por parte do usuário do serviço de saúde, do seu local de residência quando estiver usando serviços em outro município, que não o de residência;