COMISSÃO DE CONTROLE DE INFECÇÃO HOSPITALAR SERVIÇO DE CONTROLE DE INFECÇÃO HOSPITALAR SANTA CASA DE MISERICORDIA DE GOIÂNIA Critérios de Definição de Infecção Relacionada á Assistência á Saúde Elaboração: Ana Carolina Cristino Brito - Enfermeira / SCIH / CCIH Mônica Ribeiro Costa - Médica Infectologista/ SCIH/CCIH Goiânia, Outubro de 2013 1 Introdução: Emprega-se a expressão Infecção Hospitalar de forma genérica e convencional, para designar infecções adquiridas, após a admissão do paciente no hospital e que se manifesta durante a internação ou após a alta, se puder ser correlacionada com a hospitalização (PEREIRA & MORIYA, 1994). Essa expressão não implica, necessariamente, que o microorganismo responsável seja de origem hospitalar, mas identifica o serviço de saúde como o lugar onde se contraiu a infecção (Brasil,1998). Na atualidade o termo mais apropriado e utilizado no Brasil e infecção relacionada á assistência á saúde (IRAS). É difícil identificar o modo exato de aquisição de Infecção Relacionada à assistência a saúde que pode ser: Endógena: oriunda da própria microbiota do paciente. Alguns procedimentos contribuem para alteração do equilíbrio entre a microbiota e mecanismos de defesa do hospedeiro. Exógena: oriunda de reservatórios e através de vetores como o próprio paciente, equipe de saúde e artigos hospitalares. A infecção exógena pode ser seguida de infecção endógena, onde o hospedeiro adquire primeiro a microflora hospitalar,como parte de sua microbiota endógena e através de processos que suprimem seus mecanismos de defesa, ocorrendo a IRAS endógena. Essa distinção é importante na medida que consideramos existir IrAS evitáveis e outras não. As infecções não previsíveis são, em geral, causadas pela flora endógena, acometem, em geral, pacientes com mecanismos de defesa alterados, instalando-se não obstante a adoção de condutas e procedimentos adequados. Quanto às IRAS previsíveis, em geral, estão relacionadas ao uso de equipamentos e/ou procedimentos específicos, apresentando em sua origem, algum evento possivelmente alterável. 2 Portanto é atribuída a falhas humanas, sendo frequentemente causadas por microrganismos adquiridos no hospital. Tipos de Infecção: A infecção resultada interação do agente infeccioso com o hospedeiro, formando-se cadeia de infecção: agente-transmissão-hospedeiro. O controle de infecção visa a quebrar essa cadeia. Dentre os agentes infecciosos, as bactérias são as mais prevalentes (90%), seguidas pelos fungos,os vírus e parasitas. O hospedeiro é representado principalmente pelo paciente, e seu estado imunológico influi diretamente na infecção (MARTINS,2001). As infecções podem ser classificadas em comunitárias e relacionadas à assistência a saúde (ANVISA,2000): Infecção Comunitária: é aquela constatada ou em incubação no ato da admissão do paciente desde que não relacionada com internação anterior no mesmo hospital; - Infecção que está associada com complicação ou extensão de infecção já presente na admissão, menos que haja troca de microorganismo. - Infecção do recém-nascido (RN), cuja aquisição por via transplacentária é conhecida ou foi comprovada e que se tornou conhecida logo após o nascimento. Infecção do RN associada à bolsa rota por mais de 24 horas. Infecção Relacionada à Assistência a Saúde: é aquela adquirida após a admissão do paciente, que se manifesta durante a internação ou após a alta e que pode ser relacionada com a internação ou procedimentos hospitalares. • Infecção Relacionada à Assistência a Saúde – IRAS As IRAS são transmitidas através de microorganismos (bactérias, vírus, fungos, etc.) que penetram no organismo, através de uma porta de entrada, que podem ser via: respiratória, pele, via digestiva, via urogenital (FERNANDES, 2000). 3 O Ministério da Saúde estabelece alguns princípios que devem ser seguidos na definição de infecções hospitalares (BRASIL, 1998): * Evidencia Clínica: de infecção detectada através de observação direta do paciente ou de informações obtidas de seu prontuário ou de relatórios de enfermagem; * Evidencia Laboratorial: através de resultado de cultura, testes de detecção de antígenos ou anticorpos e métodos de visualização microscópica; * Evidencias de estudos com métodos de imagem; * Evidencia clínica obtida da observação direta durante a cirurgia, endoscopia ou outros estudos diagnósticos; A- Critérios Gerais de Definição: * Considera-se IRAS quando não há evidência de infecção presente ou incubada no momento da admissão; * Quando na mesma topografia de Infecção Comunitária for isolado um outro germe, seguindo-se agravamento das condições clínicas do paciente; * Infecção que se apresenta mais de 72 horas após a admissão, quando se desconhece o período de incubação e não houve evidência clínica e/ou se desconhece no momento da admissão; * São também convencionadas IRAS as que apresentam antes de 72 horas na internação quando associadas a procedimentos diagnósticos e/ou terapêuticos do período. * Toda infecção em recém - nascido, exceto as transmissões por via transplacentária e aquelas associadas à bolsa rota por mais de 24 horas; * Infecção adquirida no hospital e que se torna evidente após a alta hospitalar. B- Pistas para Detecção Existem algumas pistas que podem ser seguidas para diagnosticar uma IRAS, e a associação destas pistas aumenta a possibilidade de identificar a IRAS com maior precisão (PEREIRA & MORIYA, 1994; MARTINS, 2001; FERNANDES, 2000) são estes: * Revisão de prontuários de pacientes com cultura positiva; * Pacientes com febre; * Pacientes em uso de antibiótico; 4 * Pacientes submetidos a procedimento invasivo; * Pacientes com internação prolongada. C- Fatores de Risco: Há de se considerar também os fatores de risco relacionado à infecção hospitalar quando da identificação dos casos, bem como na implantação de medidas de controle e prevenção (ANVISA, 2000): * Internação superior a 7 dias; * Tempo de internação no pré-operatório ; * Estado nutricional do paciente (albumina ou transferrina sérica, IMC); * Presença de infecção em qualquer sítio no momento da cirurgia; * Cirurgia de médio e grande porte; * Cateter venoso central; * Cateter urinário; * Traqueostomia; * Cânula de entubação endotraqueal; * Leucemia, linfoma, AIDS; * Paciente com doenças agudas ou crônicas descompensadas (diabetes); * Todos os pacientes em UTI, berçário de alto risco, idosos; * Fatores relacionados ao procedimento cirúrgico (operações limpas, potencialmente contaminadas, contaminadas, infectadas), quebra de técnicas, tempo de operação, operações de urgência. Classificação das Cirurgias quanto ao Grau de Contaminação 01. Cirurgias Limpas: Aquelas onde não se encontra infecção ou processo inflamatório no sítio cirúrgico e não há abertura do trato respiratório, digestivo, genital ou urinário. Não há falha da técnica asséptica, as feridas são fechadas primariamente e, se necessário, drenadas em sistema fechado. Feridas cirúrgicas para traumas fechados são consideradas nessa classe, se preencherem os critérios acima. 02. Cirurgias Potencialmente Contaminadas: Cirurgias nas quais o trato respiratório, digestivo, genital ou urinário é aberto sob condições controladas, sem contaminação grosseira. Especialmente, operações envolvendo o trato biliar, apêndice, 5 vagina e orofaringe sem evidência de infecção ou falha da técnica asséptica, estão incluídas nessa categoria. 03. Cirurgias Contaminadas: Incluem as feridas traumáticas abertas, com menos de seis horas de evolução; cirurgias com quebra da técnica asséptica (por exemplo, massagem cardíaca aberta), contaminação grosseira a partir do trato gastrointestinal, manipulação de via biliar ou geniturinária na presença de infecção e feridas com processo inflamatório agudo não-purulento, estão incluídas nessa categoria. 04. Cirurgias Infectadas: Incluem as feridas traumáticas abertas, tardias (mais de 06 horas de evolução), com tecido desvitalizado e aquelas com infecção clínica preexistente ou com perfuração de víscera oca. Essa definição sugere que os microorganismos causadores da ISC estavam presentes no campo operatório antes da operação. D- Medidas Gerais de Prevenção e Controle Algumas medidas são imprescindíveis no controle e prevenção das IRAS, e devem ser levadas em consideração quando se for elaborar o Programa de Prevenção de Controle de IRAS (PEREIRA & MORIYA, 1994; MARTINS, 2001): * Controle do uso de antimicrobianos; * Ação eficiente do profissional de saúde referente a: técnicas de procedimento, treinamento em serviço, número adequado de pessoal para assistência , medidas adequadas de precauções e isolamentos e controle de serviço de nutrição e dietética, lavanderia e limpeza; * Controle microbiológicos de materiais orgânicos, soluções e artigos; * Práticas adequadas de limpeza, anti-sepsia, desinfecção e esterilização; * Conscientização profissional. 01-Critérios Nacionais de Infecção do Trato Respiratório – ANVISA 2013 Verificar e Registrar: Quadro clínico: tosse, características da ausculta, características do escarro, febre; Exames: descrição do Rx, culturas (inclusive hemocultura), histopatológicos; 6 Em menores de 01 ano: observar bradicardia, apnéia, taquipnéia. Critério 1: Pneumonia clinicamente definida Critério 2: Pneumonia microbiologicamente definida Critério 3: Pneumonia em pacientes imunocomprometidos OBS: em todos os critérios existem peculariedades para pacientes pediátricos 1.1- Infecções Respiratórias: Pneumonia – Adulto 1.1.1- Pneumonia Associada á Ventilação Mecânica – PAV: Infecção Diagnosticada após 48 horas de Ventilação Mecânica até a sua Suspensão Critério 1: Pneumonia clinicamente definida Radiologia - Duas ou mais radiografias seriadas com pelo menos um dos seguintes: » Infiltrado persistente, novo ou progressivo » Consolidação » Cavitação » Pneumatocele em crianças abaixo de um ano - Para pacientes cardiopatas ou patologia pulmonar prévia apenas uma radiografia é aceitável Associado a sinais, sintomas e achados laboratoriais - Todos os pacientes - Pacientes com até um ano de idade - Pacientes pediátricos (entre um e dose anos) MAIS Sinais, sintomas e laboratório: pacientes Adulto 7 • Critério radiológico associado a: • Pelo menos um dos seguintes, sem outra causa identificada: - Febre > 37.8ºC - Leucopenia (Abaixo de 4.000 Cel/mm³) - Leucocitose (Acima de 12.000 cel/mm³) MAIS • Associado a dois dos seguintes: - Início de expectoração purulenta ou alteração nas características da expectoração ou aumento de secreções respiratórias ou aumento da necessidade de aspiração - Início ou piora da tosse, dispnéia ou taquipnéias - Alteração da ausculta pulmonar - Piora do padrão ventilatório » Dessaturação » Aumento da necessidade de oxigênio » Aumento da demanda ventilatória Critério 2: Pneumonia definida Microbiologicamente Radiologia - Duas ou mais radiografias seriadas com pelo menos um dos seguintes: » Infiltrado persistente, novo ou progressivo » Consolidação » Cavitação Sinais, sintomas • Pelo menos um dos seguintes, sem outra causa identificada: - Febre > 37.8ºC - Início de expectoração purulenta ou alteração nas características da expectoração ou aumento de secreções respiratórias ou aumento da necessidade de aspiração - Piora do padrão ventilatório Aumento da necessidade de oxigênio 8 Critérios laboratoriais - Hemocultura positiva; - Cultura positiva do liquido pleural; - Lavado broncoalveolar maior ou igual a 10.0000 UFC/ml ou aspirado traqueal com contagem de colônias maior ou igual a10.000000 UFC/ml; - Exame histopatológico com evidencia de infecção pulmonar; - Cultura para Legionella spp; - Outros testes laboratoriais positivos para patogenos respiratórios (sorologia, pesquisa direta e cultura). 1.1.2- Pneumonia Relacionada á Assistência á Saúde em Paciente sem Ventilação Mecânica Critério 1: Pneumonia relacionada assistência á saúde sem ventilação mecânica definida clinicamente • Critério radiológico Paciente com doença de base com 02 ou mais Raio X seriados com um dos seguintes achados: » Infiltrado persistente, novo ou progressivo » Consolidação » Cavitação Sinais, sintomas • Pelo menos um dos seguintes, sem outra causa identificada: - Febre > 37.8ºC - Leucopenia (Abaixo de 4.000 Cel/mm³) - Leucocitose (Acima de 12.000 cel/mm³) - Alteração do nível de consciência, sem outra causa, em pacientes com mais de 70 anos de idade. • E pelo menos 02 dos critérios abaixo: - Início de expectoração purulenta ou alteração nas características da expectoração ou aumento de secreções respiratórias ou aumento da necessidade de aspiração - Início ou piora da tosse, dispnéia ou taquipnéias - Alteração da ausculta pulmonar 9 - Piora do padrão ventilatório » Aumento da necessidade de oxigênio Critérios laboratoriais Pelo menos 01 dos critérios abaixo: - Hemocultura positiva - Cultura positiva do liquido pleural - Lavado broncoalveolar maior ou igual a 104 UFC/ml ou aspirado traqueal com contagem de colônias maior ou igual a10 UFC/ml - Exame histopatológico com evidencia de infecção pulmonar - Cultura para legionella spp - Outros testes laboratoriais positivos para patogenos respiratórios (sorologia, pesquisa direta e cultura). Critério 2: Pneumonia relacionada assistência á saúde sem ventilação mecânica definida Microbiologicamente e imunossuprimidos sem ventilação mecânica • Critério radiológico Paciente com doença de base com 01 ou mais Raio X seriados com um dos seguintes achados: » Infiltrado persistente, novo ou progressivo » Consolidação » Cavitação Sinais, sintomas Imunossuprimidos • Pelo menos um dos seguintes, sem outra causa identificada: - Febre > 37.8ºC - Surgimento de secreção purulenta ou mudança das características da secreção ou aumento da secreção - Início ou piora da tosse, dispnéia ou taquipnéias - Aumento da necessidade de oxigênio - Ausculta com roncos ou estertores - Hemoptise - Dor pleurítica 10 - Alteração do nível de consciência, sem outra causa, em pacientes com mais de 70 anos de idade. Critérios laboratoriais Pelo menos 01 dos critérios abaixo: - Hemocultura positiva - Cultura positiva do liquido pleural - Lavado broncoalveolar maior ou igual a 104 UFC/ml ou aspirado traqueal com contagem de colônias maior ou igual a10 UFC/ml - Exame histopatológico com evidencia de infecção pulmonar - Cultura para legionella spp - Outros testes laboratoriais positivos para patogenos respiratórios (sorologia, pesquisa direta e cultura). 1.1.3 - Pneumonia por Bactérias ou Fungos Filamentosos • CRITÉRIO RADIOLÓGICO Dois ou mais RX de tórax com pelo menos um dos seguintes achados: » Infiltrado pulmonar novo ou progressivo e persistente » Consolidação » Cavitação » Pneumatocele, em crianças < 1 ano de idade Nota : nos pacientes sem doença pulmonar ou cardíaca de base (exemplos: síndrome de desconforto respiratório agudo, displasia broncopulmonar,edema pulmonar,derrame pleural obstrutiva crônica), 1 RX de tórax é aceitável. ↓ •SINAIS, SINTOMAS • Pelo menos um dos seguintes critérios, sem outra causa identificada: - Febre >38ºC - Leucopenia (Abaixo de 4.000 Cel/mm³) - Leucocitose (Acima de 12.000 cel/mm³) - Alteração do nível de consciência, sem outra causa, em pacientes com mais de 70 anos de idade. E associado à pelo menos um dos seguintes critérios: 11 - Surgimento de secreção purulenta ou mudança das características da secreção ou aumento da secreção - Início ou piora da tosse, dispnéia ou taquipnéias - Aumento da necessidade de oxigênio - Aumento da necessidade de suporte ventilatório - Ausculta com roncos ou estertores ↓ •CRITÉRIOS LABORATORIAIS Pelo menos 01 dos critérios abaixo: - Hemocultura positiva - Cultura positiva do liquido pleural - Cultura quantitativa positiva de secreção pulmonar obtida por procedimento com menor potencial de contaminação (aspirado traqueal, lavado broncoaveolar e escovado protegido) - Na bacterioscopia do lavado broncoalveolar o achado de > 5 % leucócitos e macrófagos contendo micro-organismos (presença de bactérias intracelulares) Exame histopatológico que evidencia um dos critérios abaixo: • Formação de abscesso ou foco de consolidação com infiltrado de polimorfonucleares nos bronquíolos e alvéolos - Cultura quantitativa positiva de parênquima pulmonar - Evidência de invasão de parênquima pulmonar por hifas ou pseudo- hifas 1.1.4 - Pneumonia por vírus, Legionella, Chlamydia, Mycoplasma ou outros agentes etiológicos atípicos • CRITÉRIO RADIOLÓGICO Dois ou mais RX de tórax com pelo menos um dos seguintes achados: » Infiltrado pulmonar novo ou progressivo e persistente » Consolidação » Cavitação » Pneumatocele, em crianças < 1 ano de idade Nota : nos pacientes sem doença pulmonar ou cardíaca e base (exemplos: síndrome de desconforto respiratório agudo, displasia broncopulmonar,edema pulmonar obstrutiva crônica), 1 RX de tórax é aceitável. ↓ 12 •SINAIS, SINTOMAS • Pelo menos um dos seguintes critérios, sem outra causa identificada: - Febre >38ºC - Leucopenia (Abaixo de 4.000 Cel/mm³) - Leucocitose (Acima de 12.000 cel/mm³) - Alteração do nível de consciência, sem outra causa, em pacientes com mais de 70 anos de idade. E associado à pelo menos um dos seguintes critérios: - Surgimento de secreção purulenta ou mudança das características da secreção ou aumento da secreção - Início ou piora da tosse, dispnéia ou taquipnéias - Aumento da necessidade de oxigênio - Aumento da necessidade de suporte ventilatório ↓ •CRITÉRIOS LABORATORIAIS Pelo menos 01 dos critérios abaixo: - Cultura positiva em secreção pulmonar para vírus ou chlamydia - Exames sorológicos- detecção de antígeno ou anticorpo viral de secreção respiratória (exemplo: ELISA, imunofurescência, PCR, Shell vial) - Aumento de 4 vezes nos valores de IgG na sorologia para patógeno (exemplo: influenza, chlamydia) - PCR positivo para chlamydia ou Mycoplasma - Imunoflurecencia positiva para Legionella spp de tecidos ou secreção pulmonar - Detecção de antígeno de Legionella pneumophila sorogrupo I em urina -Aumento de 4 vezes no valores de IgG na sorologia para L. pneumophila sorogrupo I Titulada > 1: 128 na fase aguda e convalescença por imunoflurescencia indireta. 2.0 – Infecções respiratórias: Pneumonia – Neonatal e Pediatria 2.1. No período neonatal (crianças < 4 semanas) 13 RAIO X RN com alguma das doenças de base abaixo: -Síndrome do desconforto respiratório; -Edema pulmonar; -Displasia broncopulmonar; -Aspiração de mecônio. Deverá ser relizado 2 ou mais raio X seriados 1 com pelo menos 01 dos achados: -Infiltrado pesistente, novo ou progressivo; *Consolidação; * Cavitação *Pneumatocele ↓ Sinais E sintomas Piora da troca gasosa - Aumento da necessidade de oxigênio - Piora da relação PaO²/FiO² - Aumento da necessidade de suporte ventilatório Três dos parâmetros abaixo: - Instabilidade térmica (37,5ºC ou < que 36,0ºC) sem outra causa conhecida - Leucopenia ou leucocitose com desvio a esquerda (considerar leucocitose >25.000 ao nascimento ou > 30.000 entre12 e 24 horas ou acima de 21.000 >48 hora e leucopenia < 5.000) - Mudança do aspecto da secreção traqueal, aumento da secreção respiratória ou aumento da necessidade de aspiração e surgimento de secreção purulenta - Sibilância, roncos - Bradicardia ou taquicardia Raio X Paciente sem doença de base com 1 ou mais Raio X seriados com um dos seguintes achados: - Infiltrado persistente, novo ou progressivo; -Consolidação 14 -Cavitação -Pneumatocele 2.1.1 – Em crianças > 4 semanas e 12 anos Raio X Paciente com doença de base com 2 ou mais Raio X seriados com um dos seguintes achados: - Infiltrado persistente, novo ou progressivo; -Consolidação -Cavitação -Pneumatocele em 1 ano ↓ Sinais e sintomas Crianças > 4 Semanas. E <1 Ano Piora da troca gasosa - Aumento da necessidade de oxigênio - Piora da relação PaO²/FiO² - Aumento da necessidade de suporte ventilatório Três dos parâmetros abaixo: - Instabilidade térmica (37,5ºC ou < que 36,0ºC) sem outra causa conhecida - Leucopenia (< 4000 cel/mm³) ou leucocitose (>15.000 cel/mm³) e desvio a esquerda (10% bastonetes) - Mudança do aspecto da secreção traqueal, aumento da secreção respiratória ou aumento da necessidade de aspiração e surgimento de secreção purulenta - Sibilancia, roncos - Bradicardia (< 100bpm) ou taquicardia (> 160 bpm) 15 Sinais e sintomas Crianças entre 1 e 12 Anos Pelo menos três dos parâmetros abaixo: - Febre (temperatura axilar acima de 38ºC) ou hipotermia < 36ºC - Aumento da necessidade de oxigênio - Piora da relação PaO²/FiO² ou aumento da necessidade de O² ou aumento dos parâmetros ventilatorios; - Aumento da necessidade de suporte ventilatório : - Instabilidade térmica (37,5ºC ou < que 36,0ºC) sem outra causa conhecida - Leucopenia (< 4000 cel/mm³) ou leucocitose 15.000 cel/mm³) - Mudança do aspecto da secreção traqueal, aumento da secreção respiratória ou aumento da necessidade de aspiração e surgimento de secreção purulenta - Sibilancia, roncos 3.0 – Infecções respiratórias: Trato respiratório superior 3.1- Faringites, Laringite, Epiglotite em pacientes sem ventilação mecânia invasiva As infecções do trato respiratório superior devem apresentar pelo menos uma das definições a seguir: 1. O paciente tem 02 (dois) ou mais dos seguintes sinais e sintomas sem nenhuma outra causa associada : febre (temperatura axilar >38ºC), dor de garganta, tosse, rouquidão, eritema ou exsudato faríngeo purulento associado a pelo menos 01 (um) dos critérios abaixo: a) Cultura positiva microorganismos do sitio de infecção; b) Hemoculturas positivas; c) Antígeno positivo no sangue ou secreções faríngeas; d)IgM positivo ou aumento de 4 X IgG pareado para o patógeno; e) Diagnóstico de infecção respiratória alta, estabelecido pelo médico assitente. 2. O paciente tem um abscesso visto no exame direto, durante cirurgia ou em exame histopatológico. 3.2 – Sinusite 16 O diagnóstico de sinusite deve contemplar pelo menos 01 (um) dos critérios a seguir: 1. Cultura positiva de microorganismos em material purulento da cavidade sinusal 2. O paciente tem pelo menos 01 (um) dos seguintes sinais e sintomas sem nenhuma outra causa : febre (temperatura axilar > 38ºC), aumento da sensibilidade ou dor no seio da face, cefaléia, obstrução nasal ou exsudado purulento. Associados a pelo menos 01 (um) dos critérios a seguir: 1.Transiluminação positiva (Opacidade do seio maxilar visível após incidência direta de luz); 2. Exame de imagem positivo (Raio X , Ultrasson, tomografia computadorizada). 4. Infecções respiratórias – trato respiratório inferior (exceto pneumonia) 4.1- Bronquite, traqueobronquite, bronquiolite, traqueite sem evidencia de pneumonia CRITÉRIOS RADIOLÓGICOS Não há evidência clinica ou radiológica de pneumonia ↓ SINAIS E SINTOMAS O paciente tem pelo menos 02 (dois) dos seguintes sinais e sintomas, sem nenhuma outra causa: - Febre (temperatura axilar acima de 38ºC) - Tosse - Aparecimento ou aumento da produção habitual de secreção - Roncos - Sibilos 17 ↓ CRITERIOS LABORATORIAIS Pelo menos 1 dos critérios abaixo: - cultura positiva em material obtido por aspirado traqueal ou broncoscopia - positividade na pesquisa de antígenos para patógenos em secreções respiratórias. ↓ Bronquite, traqueobronquite, bronquiolite, traqueite sem evidencia de pneumonia definida Bronquite,traqueobronquite, bronquiolite, traqueite sem evidencia de pneumonia definida clinicamente ↓ 5 – Outras infecções do trato respiratório inferior 5.1- Empiema associado à pneumonia Aproximadamente 40% dos pacientes com pneumonia (hospitalar ou comunitária desenvolvem derrame pleural e partes destes derrames irão infectar –se causando empiemas). O derrame pleural pode ser francamente purulento e neste caso é chamado empiema. No entanto, o derrame pode não ser purulento e mesmo assim ser considerado como infeccioso. Neste caso, é chamado de derrame pleural parapneumônico complicado. CRITÉRIOS DIAGNÓSTICOS DE EMPIEMA E DERRAME PLEURAL PARAPNEUMÔNICO COMPLICADO ASSOCIADOS Á PNEUMONIA DIAGNÓSTICO ASPECTO DO DERRAME BIOQUIMÍCA DO DERRAME Derrame pleural parapneumonico Claro ou turvo pH < 7,20; DHL > 1.000 UI/L e glicose < 40 mg/dl pode ter bactérias no Gram complicado e/ou cultura positiva Empiema Purulento Independe do achados de laboratório 5.2 - Empiema Primário Menos freqüente pode haver um empiema não associado à pneumonia. Os critérios diagnósticos de empiema primário são: Aspecto purulento do derrame pleural Ou Microorganismos vistos na bacterioscopia ou em cultura E Ausência de pneumonia associada 18 5.3 - Abscesso pulmonar Abscesso pulmonar é necrose do tecido pulmonar com a formação de uma cavidade de mais de dois centímetros de diagnostico e que contém pus. Os critérios diagnósticos de abscesso pulmonar são: Abscesso pulmonar visto na radiografia torácica OU Ou abscesso pulmonar visto durante cirurgia 6.0 - Infecções do Trato Urinário: 6.0- Definição de infecção do trato urinário relacionada à assistência à saúde no Adulto -ITU-RAS no adulto pode ser classificada em : *ITU relacionada a procedimento urológico mais frequentemente cateterismo vesical; *ITU não relacionada a procedimento urológico; *ITU sintomática ; *ITU assintomática ; - ITU – RAS é definida como: *Qualquer infecção ITU relacionada a procedimento urológico durante a internação; * ITU não relacionada a procedimento urológico diagnosticada após a admissão em serviço de saúde e para a qual não são observadas quaisquer evidencias clinicas e não está em seu período de incubação no momento da admissão. Verificar e Registrar: Quadro clínico: febre, polaciúria, disúria, desconforto supra-púbico, urgência miccional; Exames: EAS, Gram, urocultura, evidência radiológica (USG ou outros). Evidencia cirúrgica ou histopatológica (anotar se encontrar nos exames Rx / imagens ou na cirurgia qualquer alteração); Em menores de 01 ano: observar bradicardia, apnéia, taquipnéia, disúria, letargia e vômito. 6.1- ITU-RAS Sintomática 19 -ITU-RAS sintomática é definda pela presença de ao menos um dos seguintes critérios: 1- paciente tem pelo menos 1 dos seguintes sinais ou sintomas, sem outras causas reconhecidas: * Febre (38ºC) * Urgência de miccional * Freqüência * Disúria * Desconforto supra-púbico ou lombar * Cultura de urina positiva com > 105 UFC por ml com ate duas espécies microbianas Ex: Bactérias Gram negativas, Staphylococcus saprophyticus, ou enterococcus spp) 2. Paciente com pelo menos 2 dos seguintes sinais ou sintomas, sem outras causas reconhecidas: * Febre (38ºC) * Urgência de miccional * Freqüência * Disúria * Desconforto supra-pubico ou lombar E pelo menos um 1 dos seguintes: a.Presença de esterase leucocitária ou nitrito na análise da urina; b.Presença de piúria em espécime urinário com > 10 leucócito /µ L ou > 10 leucócitos por campo em aumento de 400X (amostra centrifugada)ou >3 leucócitos por campo em aumento de 400X (urina não centrifugadas) c. Pelo menos 2 urinoculturas com repetido isolamento do mesmo uropatógeno com > 10² UFC por ml em urina não coletada por micção espontânea; d. Isolamento de < 105 UFC de um único uropatógeno em urinoculturaobtidade paciente sob tratamento com um agente efetivo para ITU; e. Diagnostico de ITU pelo médico assistente; f. Terapia apropriada para ITU instituída pelo médico. 6.2- ITU-RAS Assintomático - ITU – RAS assintomática é definida pela presença de ao menos 1 dos seguintes critérios: 20 *Paciente está ou esteve com um cateter vesical (CV) em até 7 dias antes da urinocultura ; *Urinocultura positiva com > 105 UFC/ml de até duas espécies microbianas; * Não apresenta febre * Urgência micccional * Freqüência * Disúria * Dor suprapúbica ou lombar *Paciente do sexo feminino que não utilizou CV nos 7 dias anteriores á coleta de urina E apresenta duas urinocultura positiva com >105 UFC/mL com isolamento repetido do mesmo micro-organismo (até duas espécies microbianas) em urina colhida por micção espontânea OU apresenta uma urinocultura positiva com > 105UFC/mL de até duas espécies microbianas em urina colhida por CV e não apresenta febre (>38ºC), urgência, freqüência disúria, dor suprapúbica ou lombar; *Paciente do sexo masculino que não utilizou CV nos 7 dias anteriores á coleta de urina E apresenta duas urinocultura positiva com >105 UFC/mL de até duas espécies microbianas em urina colhida por micção espontânea ou por CV E não apresenta febre (>38ºC), urgência, freqüência, disúria, dor suprapúbica ou lombar. 6.3- Outras ITU-RAS Outras ITU compreendem as infecções do rim, ureter, e tecidos adjacentes ao espaço retroperitoneal e espaço perinefrético. As definições de outras ITU devem preencher os seguintes critérios: 1. Paciente tem isolamento de micro-organismo de cultura de secreção ou fluido (exceto urina) ou tecido do sitio acometido, dentre aqueles listados em “outras ITU”; 2.Paciente tem abscesso ou outra evidência de infecção vista em examesdireto durante cirurgia ou em exame histopatológico em um dos sítios listados em “outras ITU”; 3. Paciente tem pelo menos 2 dos seguintes sinais ou sintomas sem outra causa reconhecida: * Febre (38ºC) *dor ou hipersensibilidade localizada em um dos sítios listados em “outras ITU” E pelo menos um dos seguintes critérios: 21 a. Drenagem purulenta do sítio acometido; b. Presença no sangue do micro-organismo compatível com o sitio de infecção suspeito, dentre aqueles listados em “outras ITU”; c. Evidencia radiográfica (ultrassonografia, tomografia computadorizada, ressonância magnética ou cintilografia com gálio ou tecnécio) de infecção; d. diagnostico de infecção do rim, ureter, bexiga, uretra ou tecidos em torno do espaço retroperitoneal o perinefrético. 4. Terapia apropriada para infecção do rim, ureter, bexiga, uretra,ou tecidos em torno do espaço retroperitoneal ou perinefrético instituída pelo médico. 7.0- Definição de infecção do trato urinário relacionada á assistência a saúde (ITU-RAS) na criança 7.1- Lactentes (1 mês a dois anos) - A definição de ITU deve preencher 1 dos seguintes critérios: 1. Presença de 1 dos seguintes sinais e sintomas com inicio em > 48 horas sem causa reconhecida: - Febre, baixo ganho ponderal, vômitos - Diarréia, urina de odor fétido , dor abdominal - Incontinência urinaria em lactentes E Urocultura positiva: - Qualquer crescimento em amostras obtidas através de punção suprapúbica, exceto Staphylococcus coagulase negativa, para o qual ponto de corte é >10³UFC/mL; - crescimento em amostras obtidas através de cateterismo vesical. 2. Presença de 1 dos seguintes sinais e sintomas com inicio em >48 horas sem causa reconhecida : - Febre, baixo ganho ponderal, vômitos diarréia, urina de odor fétido, dor abdominal, aparecimento de incontinência urnária em lactentes que já tinham controle esfincteriano, E 2 dos seguintes: 22 -Piuria (> 10 leucócitos/ µ L a microscopia automatizada de urina não centrifugada OU esterase leucocitária positiva; -bacterioscopia positiva pelo GRAM em urina não centrifugada; - Nitrito positivo 7.2- Crianças entre 2 e 5 anos - Os sintomas de freqüência urinária, disúria e urgência urinaria podem estar ausentes nesse grupo etário. A definição de ITU-RAS deve preencher um dos seguintes critérios: 1. Presença de 1 dos seguintes sinais e sintomas com inicio em > 48 horas sem causa reconhecida: * Febre * Urina de odor fétido * Aparecimento de incontinência urinaria * Vomito * Dor abdominal e/ou em flancos * Freqüência urinária * Disúria Urocultura positiva: Qualquer crescimento em amostras obtidas através de punção suprapúbica, exceto Staphylococcus coagulase negativa para o qual o ponto de corte é > 10 ³ UFC/mL; - Crescimento 104 UFC/mL em amostras obtidas através de cateterismo vesical; - Crescimento > 104 UFC/mL em amostras obtidas através de jato médio em meninos; - Crescimento > 105UFC/mL em amostras obtidas através de jato médioem meninas. 8.0 - Infecção de Sítio Cirúrgico 8.1 - Definição de pacientes cirúrgicos passiveis de vigilância epidemiológica de rotina 8.2- Cirurgia em paciente internado em serviço de saúde 23 Paciente submetido a um procedimento dentro do centro cirúrgico, que consista em pelo menos uma incisão e uma sutura, em regime de internação superior a 24 horas, excluindo- se procedimentos de debridamento cirúrgico, drenagem, episiotomia e biópsias que não envolvam vísceras ou cavidades. 8.3- Cirurgia ambulatorial Paciente submetido a um procedimento cirúrgico em regime ambulatorial (hospitaldia) ou com permanência no serviço de saúde inferior a 24 horas que consista em , pelo menos, uma incisão e uma sutura, excluindo-se procedimentos de debridamento cirúrgico, drenagem e biopsias que não envolvam vísceras ou cavidades. 8.4- Cirurgia endovascular Paciente submetido a um procedimento terapêutico relizado por acesso percutâneo, via endovascular, com inserção de prótese,exceto stents. 8.5- Cirurgia endoscópica com penetração de cavidade Paciente submetido a um procedimento terapêutico, por via endoscópica, com manipulação de cavidade ou víscera através da mucosa. Estão incluídas aqui cirurgias transgástricas e transvaginais (NOTES), cirurgias urológicas e cirurgias transnasais. 9.0- Definição de infecções do sitio cirúrgico (ISC) para cirurgia em pacientes internadas e ambulatoriais São infecções relacionadas aos procedimentos cirúrgicos descritos no item 1, sendo classificadas conforme e os planos acometidos ilustrados na Figura 1 e definidas de acordo com os critérios dos Quadros 1e 3. • ISC SUPERFICIAL (INCISÃO): pele, subcutâneo ou músculo acima da fascia; Verificar: hiperemia, presença de pus, cultura de ferida fechada, ferida aberta para drenagem e que evidencie a infecção ( pus, secreção, cultura positiva) ou diagnostico feito pelo cirurgião. Critério : * Ocorre nos primeiros 30 dias após a cirurgia e envolve apenas pele e subcutâneo. 24 - com pelo menos 1 dos seguintes: * Drenagem purulenta da incisão superficial; * Cultura positiva de secreção ou tecido da incisão superficial, obtido assepticamente ( Não considerar resultados de culturas colhidas por swab); * Incisão superficial é deliberadamente aberta pelo cirurgião na vigência de pelo menos um dos seguintes sinais ou sintomas : dor , aumento da sensibilidade, edema local , hiperemia ou calor, ECETO se a cultura for negativa ; Diagnostico de infecção superficial pelo médico assistente. • ISC PROFUNDA: fáscia ou abaixo dela, até 30 dias de cirurgia ou até 365 dias se implante / prótese; Critério : * Ocorre nos primeiros 30 dias após a cirurgia ou até UM ano, se houver colocação de prótese, e envolve tecido moles profundos á incisão (ex: fáscia e /ou músculos). - com pelo menos 1 dos seguintes: * Drenagem purulenta da incisão profunda, mas não de órgão/cavidade; * Deiscência parcial ou total da parede abdominal ou abertura da ferida pelo cirurgião, quando o paciente apresentar pelo menos um dos seguintes sinais ou sintomas: temperatura axilar > 38ºC, dor ou aumento da sensibilidade local, exceto se a cultura for negativa; *Presença de abcesso ou outra evidencia que infecção envolva os planos profundos da ferida, identificada em reoperação, exame clinico, histopatológico ou exame de imagem; *Diagnostico de infecção incisional profunda pelo médico assistente • ISC ÓRGÃO /CAVIDADE Critério : * Ocorre nos primeiros 30 dias após a cirurgia ou até UM ano, se houver colocação de prótese, e envolve qualquer órgão ou cavidade que tenha sido aberta ou manipulada durante a cirurgia. - com pelo menos 1 dos seguintes: * Cultura positiva de secreção ou tecido da incisão superficial, obtido assepticamente; * presença de abcesso ou outra evidencia que a infecção envolva os planos profundos da ferida, identificada em reoperação, exame clinico, histopatológico ou exame de imagem; * Diagnostico de infecção de órgão /cavidade pelo médico assistente. Obs.: 25 - Osteomielite do esterno após cirurgia cardíaca ou endoftalmite são consideradas infecções de órgão /cavidade. - Em pacientes submetidos a cirurgia endoscópias com penetração de cavidade serão utilizados os mesmos critérios de infecção do sitio cirúrgico do tipo órgão – cavidade. - não considerar que eliminação de secreção purulenta através de dreno seja necessariamente sinal de ISC. Sinais clinicos (febre, hiperemia , dor , calor,calafrios) ou laboratoriais ( leucocitose, aumento de PCR quantidade ou VHS) são inespecíficos, mas podem sugerir infecção. ATENÇÃO: • Caso a infecção envolva mais de um plano anatômico, notifique apenas o sitio de maior profundidade. • considera-se prótese todo corpo estranho implantável ao derivado de tecido humano (ex:válvula cardíaca protética, transplante vascular não – humano, coração mecânico ou prótese de quadril) exceto drenos cirúrgicos, 9.1- Definição de infecções do sitio cirúrgico (ISC) para cirurgias endovasculares; INFECÇÃO DO SITIO DE ENTRADA Critério : * Ocorre nos primeiros 30 dias após a cirurgia e envolve apenas pele e subcutâneo do sitio de inserção percutânea da prótese endovascular. - com pelo menos 1 dos seguintes: * Drenagem purulenta da incisão superficial; * Cultura positiva de secreção ou tecido da incisão superficial, obtido assepticamente (Não considerar resultados de culturas colhidas por swab); * Pelo menos um dos seguintes sinais ou sintomas : dor ou aumento da sensibilidade, edema local, hiperemia ou calor e a incisão superficial é deliberadamente aberta pelo cirurgião, exceto se a cultura for negativa; * Diagnostico de infecção superficial pelo médico assistente. INFECÇÃO DA PRÓTESE 26 Critério : * Inserção percutânea de prótese endovascular até UM ano após a inserção . - com pelo menos 1 dos seguintes: * diagnóstico pelo cirurgião * Cultura positiva de secreção periprotese ou fragmento da prótese o parede vascular. Exame histopatológico da parede vascular com evidencia de infecção. * Hemocultura positiva ( 02 amostras para patogenos da pele ou 01 amostra para outros agentes, excluídas outras fontes). * Evidencia de infecção em exames de imagem (ultra-sonografia, tomografia computadorizada, ressonância magnética nuclear, cintilografia ou tomografia por emissão de pósitrons (PETscan). * Êmbolos sépticos a distancia, na ausência de outra fonte de infecção. * Sinais clínicos e/ou laboratoriais de infecção associados á fistula da prótese, hemorragia secundária, rompimento da prótese, trombose fistula para pele com sangramento persistente, fistulas para outras órgãos ou pseudoaneurisma (massa palpável pulsátil). Obs.: - sinais clínicos (febre, hiperemia, dor, calor, calafrios) o laboratoriais ( leucocitose, aumento de PCR quantitativa ou VHS) são inespecíficos, mas podem sugerir infecção Infecção de Sítio Cirúrgico Infecção do sítio cirúrgico Até 30 dias do ato cirúrgico Em próteses até um ano do ato Incisional: (Pele e subcutãneo; fáscia e camada muscular) Órgão / espaço (manipulados no sítio cirúrgico) 27 Infecção de Sítio Cirúrgico Incisional Superficial Incisional: (Pele e subcutãneo; fáscia e camada muscular) Superficial (pele e tecido sub cutâneo) Fluído de ferida fechada primariamente Abertura da ferida por suspeita de infecção (sinais flogísticos locais) Cultura positiva Cultura positiva ou ausente Diagnóstico pelo médico Infecção de Sítio Cirúrgico Incisional Profunda Até 30 dias do ato cirúrgico Em próteses até um ano do ato Incisional: (Pele e subcutãneo; fáscia e camada muscular) Profunda (fáscia e camada muscular) Drenagem purulenta Deiscência de ferida espontânea ou intencional, associada a um dos seguintes: Abscesso ou outra evidência de infecção Abaixo da fáscia (não se extende para órgãos / espaços) Cultura positiva ou ausente Febre, dor ou edema local Visualização direta Histopatologia Radio imagem Diagnóstico pelo médico Infecção de Sítio Cirúrgico Órgãos e Espaço Infecção do sítio cirúrgico Até 30 dias do ato cirúrgico Em próteses até um ano do ato Órgão / espaço (manipulados no sítio cirúrgico) Drenagem purulenta ou Cultura positiva ou Diagnóstico pelo médico ou Abscesso ou outra evidência de infecção 28 10.0- Infecção em cirurgias com implantes e próteses Definição de Implante e Próteses A Resolução de Diretoria Colegiada/ANVISA nº 185, de 22 de outubro de 2001², incluiu os implantes e próteses na família dos produtos médicos e definiu os implantáveis, como sendo: “Qualquer produto médico projetado para ser totalmente introduzido no corpo humano ou para substituir uma superfície epitelial ou ocular , por meio da intervenção cirúrgica, e destinado a permanecer no local após a intervenção. Também é considerado um produto médico implantável, qualquer produto médico destinado a ser parcialmente introduzido no corpo humano através de intervenção cirúrgica e permanecer após esta intervenção por longo prazo” 10.1- Classificação e critérios definidores de infecção cirúrgica INFECÇÃO DE Ocorre dentro de 30 dias após o procedimento E envolve apenas pele e SITIO tecido subcutâneo da incisão. CIRURGICO E pelo menos 1 dos seguintes: (ISC) : * Drenagem purulenta da incisão superficial; Incisional *Agente isolado por método asséptico de cultura de secreção ou tecido da superficial incisão superficial (não são considerados resultados de culturas colhidas por swab); * Ao menos um dos sinais e sintomas de infecção : dor, calor, rubor, tumefação localizada, hiperemia e a incisão superficial e aberta deliberadamente pelo cirurgião com cultura positiva ou cultura não realizada. A cultura negativa exclui o diagnostico; * Diagnostico de infecção incisional superficial superficial feito pelo cirurgião ou clinico que acompanha o paciente. Tipos: - Incisional superficial primaria : identificada na incisão primaria em paciente com mais de 1 incisão - Incisional superficial secundária : identificada na incisão secundaria em paciente com mais de 1 incisão INFECÇÃO DE Ocorre dentro de 30 dias após o procedimento se não houver colocação de 29 SITIO implante e até um ano quando há colocação de implantes e a infecção CIRURGICO parece estar relacionada ao procedimento cirúrgico e envolve tecido (ISC) : profundos da incisão como fascia e musculatura e pelo menos um dos Incisional seguintes: profunda * Drenagem purulenta da incisão profunda, as não originada de órgão/espaço; * Deiscência espontânea profunda ou incisão aberta pelo cirurgião e a cultura e positiva ou não realizada, quando o paciente apresentar pelo menos 1 dos sinais e sintomas : febre >38 ºC, dor ou tumefação localizada; Tipos: - Incisional superficial primaria : identificada na incisão primaria em paciente com mais de 1 incisão - Incisional superficial secundária : identificada na incisão secundaria em paciente com mais de 1 incisão INFECÇÃO DE Ocorre dentro de 1 ano após a colocação de implantes e a infecção parece SITIO estar relacionada ao procedimento cirúrgico e envolve qualquer parte do CIRURGICO corpo excuindo pele da incisão, fáscia e musculatura que é aberta durante a (ISC) : Órgão/ manipulação cirurgia e pelo menos 1 dos seguintes: Cavidade * Secreção purulenta de um dreno que é colocado profundamente ; * Micro- organismo isolado de cultura obtido de forma asséptica de fluido ou tecido e órgão/espaço; * Abscesso ou outra evidencia de infecção envolvendo tecidos profundos durante exame direto ou re- operação, ou por exame radiológico ou histopatológico; * Diagnostico de infecção feito pelo cirurgião ou clinico que acompanha o paciente. Observação : * sinais clínicos (febre, hiperemia, dor, calor, calafrios) ou laboratoriais ( leucocitose, aumento dos níveis de Proteína C reativa –PCR quantitativa ou Velocidade de hemossedimentação – VHS) são inespecíficos mas podem sugerir infecção. Tipos: - Óssea, Articulação ou Bursa e Espaço Discal 30 ATENÇÃO * Caso a infecção envolva mais de um plano anatômico, notifique apenas o sitio de maior profundidade. * considera-se prótese todo corpo estranho implantável não derivado de tecido humano (ex: válvula cardíaca protética, transplante vascular não –humano, coração mecânico ou próteses ortopédicas , exceto drenos cirúrgicos. 11.0 - Critérios de Infecção em Sitio Cirúrgico com Implantes/Próteses 11.1- Infecção Cardio -vascular (Vascular endocardite e vascular arterio- venoso) 1. Definição de infecção em prótese arterial e venosa * Infecção no sitio cirúrgico que ocorre até 1 ano após implante de prótese arterial e/ou venosa e o paciente apresenta pelo menos 1 um dos seguintes critérios: 1.Paciente com 2. Paciente com 3. Paciente apresenta 4. Presença de crescimento de evidencia de infecção menos um dos abscesso junto á micro-organismo em em prótese arterial seguintes sinais e prótese vascular na prótese arterial e/ou e/ou venosa sintomas sem outra ultrassonografia ou venosa removida diagnosticada durante causa reconhecida: tomografia durante cirurgia e cirurgia ou por exame • febre (>38ºC) computadorizada do hemocultura não histopatológico. • dor, eritema ou sitio cirúrgico realizada ou sem calor no sitio da crescimento cirurgia vascular E microbiano. E A prótese retirada Cultura positiva do apresenta secreção material obtido por purulenta com punção asséptica crescimento microbiano neste material. 2. Definição de endocardite em prótese valvar 31 • Infecção que ocorre até (um) ano após implante da valva cardíaca (biológica ou mecânica) com pelo menos 1 dos seguinte critérios: • Paciente tem micro-organismo isolado da prótese ou vegetação valvar OU Paciente apresenta pelo menos2 dos seguintes sinais ou sintomas, sem outra causa reconhecida: • Febre (>38ºC); • Novo sopro cardíaco ou mudança nas características de sopro anterior; • Manifestações cutâneas (petequias, nódulo subcutâneo doloroso, hemorragia subungueal); • Insuficiência cardíaca congestiva ou distúrbio de condução. * E pelo menos 1 dos critérios abaixo: • Micro-organismo isolado em 2 ou mais hemoculturas ; • Presença de micro-organismo na coloração Gram da prótese retirada, ainda que a hemocultura seja negativa ou não tenha sido realizada. • Infecção na prótese valvar confirmada por exame histopatológico compatível, com a presença de leucócitos, fibrina, plaquetas e micro-organismos. • Evidencia de nova vegetação na prótese valvar por ecocardiograma transtoracico ou transesofágico. 12.0 Definição de endocardite relacionada a marcapasso 12.1- Definição anatomopatológica • Micro-organismo demonstrado por cultura ou histologia na vegetação, embolo séptico, abscesso intracardiaco ou cabo do marcapasso. 12.2- Critérios clínicos • 2 maiores OU • 1 maior e 3 menores 12.2.1- Critérios maiores de endocardite 32 1) Hemocultura (HMC) positiva para os seguintes agentes freqüentes em endocardite: - Micro-organismo típico: Streptococcus viridans, S. bovis, HACEK, Staphylococcus aureus ou enterococo; - HMC persistentemente positiva (2 hmc com intervalo de coleta de 12horas ou > 3 HMC com intervalo de 1 hora). 2) Evidencia de envolvimento do endocárdio: - Ecocardiograma positivo para endocardite (vegetação, abscesso) - Massa oscilante no cabo do MP ou em estrutura do endocárdio em contato com o cabo do MP; - Abcesso em contato com cabo do MP. 12.3- Definição de infecção da loja do marcapasso definitivo • Infecção que ocorre até 1 ano após implante do marcapasso definitivo, com pelo menos 1 dos seguintes critérios: - Drenagem purulenta pela incisão cirúrgica - Isolamento de micro-organismo de tecido ou fluido colhido assepticamente de uma ferida superficial ou de uma coleção; - Pelo menos 2 dos seguintes sinais e sintomas : dor, calor, hiperemia em toda loja ou flutuação local; - Deiscência da ferida operatória E pelo menos 1 dos seguinte sinais e sintomas : febre (T>38ºC), dor, hiperemia de toda loja ou flutuação localizada ou - Diagnóstico de infecção feito pelo cirurgião ou médico clinico. 12.4.1- Infecção de sitio cirúrgico após implante mamário Classificação : Incisional superficial, profunda e órgão e espaço * Infecção de sitio cirúrgico após implante mamário incisional superficial - Ocorre dentro de 30 dias após o procedimento e envolve apenas pele e tecido celular subcutâneo da incisão e pelo menos 1 dos seguintes sinais e sintomas: * Secreção purulenta da incisão superficial; 33 * Agente isolado por método asséptico de cultura de secreção ou tecido da incisão superficial ( cultura de Swab de secreção não será aceito como diagnostico); * Pelo menos 1 dos sinais e sintomas de infecção:dor, calor, rubor, tumefação localizada e acompanhada de abertura da incisão superficial pelo cirurgião com coleta de material e cultura positiva. Se cultura do material for negativa reavaliar o diagnostico; * Diagnostico de infecção incisional superficial feito pelo cirurgião ou clinico que acompanha o paciente. Tipos: - Incisional superficial primaria : identificada na incisão primaria em paciente com mais de 1 incisão. - Incisional superficial secundária : identificada na incisão secundaria em paciente com mais de 1 incisão. 12.4.2- Infecção de sitio cirúrgico após implante mamário Incisional profundo • Ocorre dentro de 30dias após o procedimento até 1 ano da colocação do implante e a infecção pode estar relacionada ao procedimento cirúrgico e envolve tecidos profundos da incisão como fáscia e musculatura e pelo menos 1 dos seguinte sinais e sintomas: - secreção purulenta da incisão como fáscia e musculatura e pelo menos 1 dos seguintes sinais e sintomas : - Secreção purulenta da incisão profunda não originada de órgão /espaço; - Deiscência espontânea profunda ou incisão aberta pelo cirurgião e com cultura positiva , quando o paciente apresentar pelo menos 1 dos sinais e sintomas : febre > 38°C, dor ou tumefação localizada; 12.4.3- Infecção de sitio cirúrgico após implante mamário Órgão/Espaço • Ocorre dentro de 30dias após o procedimento até 1 ano da colocação do implante e a infecção pode estar relacionada ao procedimento cirúrgico e envolve qualquer parte do corpo excluindo pele da incisão, fáscia e musculatura que é aberta durante a manipulação cirúrgica e pelo menos 1 dos seguintes sinais e sintomas 34 - Secreção purulenta de um dreno que é colocado cirurgicamente abaixo da fascia muscular ; - Micro-organismo isolado de cultura obtidos de forma asséptica de fluido ou tecido de órgão /espaço; - Abcesso ou outra evidencia de infecção envolvendo tecido profundos abaixo da fascia durante exame direto ou reoperação ou exame histopatológico; - Diagnostico de infecção feito pelo cirurgião ou clinico que acompanha o paciente. 12.4.4- Abscesso mamário ou mastite • o diagnostico de abcesso mamário ou mastite deve preencher pelo menos 1 (um) dos critérios abaixo: -Paciente com uma cultura positiva do tecido mamário afetado ou fluido obtido por incisão e drenagem ou aspiração por agulha; -Paciente tem abcesso mamário ou outra evidencia de infecção vista durante o ato cirúrgico, ou exame histopatológico ou através de imagem (ecografia ou tomografia computadorizada da mama); - Paciente tem febre 38ºC e sinais de inflamação local da mama; - Diagnostico clinico de abscesso feito pelo médico assistente. - Diagnostico de infecção feito pelo cirurgião ou clinico que acompanha o paciente. 12.5 – Infecção em Neurocirurgia ( Infecção em derivações do Sistema Nervoso Central- SNC e outros dispositivos) • As derivações para drenagem de liquido cefalorraquidiano ou liquor são os implantes mais freqüentes em neurocirurgia e são utilizadas em casos de hidrocefalia, onde a porção proximal localiza-se nos ventrículos. Também podem ser encontrados em cistos intracranianos ou espaço sub-aracnóide lombar. As porções terminais podem ser internas ou externas. Estas podem ser: 12.5.1- Derivação Internas • São frequência para o espaço vascular (ventrículo-peritoneal) ou com menor freqüência para vascular (ventrículo – atrial). Os índices de infecção em derivações internas variam de 5 a 15%. Os maiores índices são observados nos meses iniciais após a inserção do dispositivo, quando são necessarias múltiplas revisões. 12.5.2- Derivação Externas 35 Dispositivo temporário utilizado para monitorar a pressão intracraniana. Os principais fatores de risco associados ao aumento de processos infecciosos a são : - Hemorragia sub-aracnoide; - Hemorragia intraventricular; - Fratura craniana com fistula liquorica; - Craniotomias 12.5.3- Manifestações Clínicas Cefaléia, náuseas,vômitos letargia e alteração do nível de consciência - Sintomas meníngeos podem não estar presentes - Febre pode ou não estar presente; - Os sintomas também podem estar presentes na porção distal da derivação : -Derivação ventrículo-peritoneal (DVP): sinais e sintomas de peritonite, incluindo febre, dor abdominal e anorexia; - Derivação ventricular-atrial (DVA): febre e evidencia de bacteremia. Pode evoluir para endocardite e suas complicações 12.6 – Infecção em derivações do Sistema Nervoso Central • As podem infecções em derivações do sistema nervoso central (SNC) são classificadas, de acordo com o sitio da infecção no SNC. 12.6.1 – Meningite ou ventriculite • Deve atender a pelo menos 1 dos seguintes critérios: - Paciente apresenta cultura de LCR positiva para micro-organismos patogênicos; - Paciente tem pelo menos 1 dos seguintes sinais ou sintomas sem outra causa reconhecida: • febre 38,0ºC; • cefaléia • Rigidez de nuca; • presença de sinais meningeos ou irritabilidade. 36 • E pelo menos 1 dos seguintes procedimentos: -Aumento da contagem dos leucócitos, proteínas e / ou diminuição da glicose no LCR; -Presença de micro-organismo na coloração de Gram de LCR; - Micro-organismos cultivados a partir de sangue; - teste de antígeno positivo do líquor, sangue ou urina; - Aumento de títulos de anticorpos único diagnostico (IgM) ou 4 vezes em soros pareados (IgG) para patogenos específicos; - Se o diagnostico é feito antes da morte, o médico institui terapia antimicrobiana adequada • Paciente < 1 ano de idade tem pelo menos 1 dos seguintes sinais ou sintomas sem outra causa reconhecida: - Febre 38,0ºC; - Hipotermia< 36ºC; - Apnéia; - Bradicardia; - Rigidez de nuca; - Sinais meningeos ou irritabilidade • E pelo menos 1 dos seguintes procedimentos: - Exame e liquor alterado com aumento na contagem de leucócitos; - Gram positivo no Gram do LCR; - Micro-organismos cultivados a partir de sangue; - Teste de antígeno positivo do liquor,sangue ou urina; - Títulos de anticorpos único diagnostico (IgM) ou 4 vezes em soros pareados (IgG) para patogenos; - Se o diagnostico é feito antes da morte, o médico institui terapia antimicrobiana. 37 Critérios Diagnósticos de Meningite ou Ventriculite Hospitalar Meningite Ventriculite Febre Cultura positiva Associação clínico laboratorial Líquor Clínico um dos seguintes (associado a introdução de antibioticoterapia apropriada): Cefaléia Rigidez de nuca Sinais meníngeos Comprometimento de nervos cranianos Irritabilidade Laboratorial Um dos seguintes: Visualização de microrganismo Teste de antígeno positivo (sangue, líquor ou urina) Sorologia positiva (IgM ou aumento 4x Ig G) Alterações liquóricas: pleiocitose hiperproteinorraquia redução da glicose Hemocultura positiva 12.6.2 – Abscesso cerebral, infecção subdural ou epidural e encefalite • O diagnostico das infecções intracranianas deve satisfazer pelo menos 1 dos seguintes critérios: - Paciente apresenta micro-organismo cultivado a partir de tecido cerebral ou duramater; - Paciente apresenta um abcesso ou evidencias de infecção intracraniana vista durante uma cirurgia ou exame histopatológico; Paciente tem e pelo menos 2 dos seguintes sinais ou sintomas sem outra causa reconhecida: cefaléia, tontura febre, sinais neurológicos focais, alteração do nível de consciência ou confusão mental ; • E pelo menos 1 dos seguintes procedimentos: - Micro-organismos vistos no microscópico do cérebro ou abscesso de tecido obtido por punção aspirativa ou por biopsia, durante uma cirurgia ou autopsia; - Teste de antígeno positivo do liquor,sangue ou urina; -Evidência radiográfica de infecção (achados anormais na ultra-sonografia, tomografia computadorizada, ressonância magnética ,pet scan ou arteriografia); - Titulo de anticorpos único diagnostico (IgM) ou aumento 4 vezes em soros pareados (IgG) para patógeno; - Se o diagnostico é feito antes da morte, o médico institui terapia antimicrobiana. 38 • Paciente < 1 ano de idade tem pelo menos 1 dos seguintes sinais ou sintomas sem outra causa reconhecida: - Febre 38,0ºC; - Hipotermia< 36ºC; - Apnéia; - Bradicardia; - Sinais neurológicos focais ou mudar o nível de consciência • E pelo menos 1 dos seguintes procedimentos: - Micro-organismos vistos no microscópico do cérebro ou abscesso de tecido obtido por punção aspirativa ou por biopsia, durante uma cirurgia ou autopsia; - Teste de antígeno positivo do liquor,sangue ou urina; -Evidência radiográfica de infecção (achados anormais na ultra-sonografia, tomografia computadorizada, ressonância magnética ,pet scan ou arteriografia); - titulo de anticorpos único diagnostico (IgM) ou aumento 4 vezes em soros pareados (IgG) para patógeno; - Se o diagnostico é feito antes da morte, o médico institui terapia antimicrobiana. 12.7 – Infecções ortopédicas 12.7.1- Osteomielite • deve-se ter pelo menos 1 dos seguintes critérios: - Cultura e identificação de agentes do osso; - Evidencia de OM no exame direto do osso durante cirurgia ou exame histopatológico; - Paciente apresentar pelo menos 2 dos sinais e sintomas sem outra causa reconhecível: febre> 38ºC, tumefação, rubor, calor localizado ou drenagem do sitio suspeito de infecção óssea E pelo menos 1 dos seguintes critérios : - Micro-organismos identificados no sangue /teste sanguineo positivo para antígenos (Haemophilus influenzae; S. pneumoniae) ou ; -Evidencia radiológica de infecção (radiografia, tomografia axial computadorizada , ressonância nuclear magnética, cintilografia com Gallium Technetium,e outros ) 12.7.2- Articulação ou bursa- Pioartrite ou Bursite 39 • deve-se ter pelo menos 1 dos seguintes critérios: - Cultura e identificação de agente infeccioso do liquido articular ou biopsia sinovial; - Evidencia de pioartrite ou bursite no exame direto durante cirurgia ou exame histopatológico; - Paciente apresentar pelo menos 2 dos sinais e sintomas sem outra causa reconhecível: dor articular, tumefação, rubor, calor localizado, evidencia de derrame articular ou limitação de movimentação e pelo menos 1 dos seguintes critérios: - Micro-organismos e leucócitos identificados durante exame direto e coloração de gram do liquido articular; - Teste antígeno positivo no sangue, urina ou liquido articular; - Perfil celular e bioquímico do liquido articular compatível com infecção e NÃO explicado por doença reumatológia de base; -Evidencia radiológica de infecção (radiografia, tomografia axial computadorizada, ressonância nuclear magnética, cintilografia com Gallium, Technetium, etc). 12.7.3- Infecção em disco intervertebral • Deve-se ter pelo menos 1 dos seguintes critérios: - Cultura e identificação e agente do tecido de disco intervertebral obtido durante procedimento cirúrgico ou através de aspiração por agulha; - Evidencia de infecção no disco intervertebral no exame direto durante cirurgia ou exame histopatológico; - Febre > 38ºC sem outra causa reconhecível ou dor no disco intervertebral envolvido e evidencia radiológica de infecção (radiografia, tomografia axial computadorizada, ressonância nuclear magnética, cintilografia com gallium, technetium, etc.) - Febre > 38ºC sem outra causa reconhecível e teste do antígeno positivo no sangue e urina (H. influenzae, S. pneumoniae, Neisseria meningitidid ou Streptococcus grupo B). 13- Infecção de Corrente Sanguínea E importante a definição de duas síndromes que apresentam aspectos diagnósticos e preventivos específicos, e que merecem grande atenção e monitorização sistemática. Estas duas situações são: 40 a. As infecções primarias da corrente sanguinea (IPCS), que são aquelas infecções de conseqüências sistêmicas graves, bacteremia ou sepse, sem foco primário identificável. Há dificuldade de se determinar o envolvimento do cateter central na ocorrência da IPCS. b. Infecções relacionadas ao acesso vascular (IAV), que são infecções que ocorrem no sitio de inserção do cateter, sem repercussões sistêmicas. A maioria das infecções relacionadas ao acesso vascular periférico, por esta razão também será descrita a definição de infecção relacionada a acesso vascular periférico (IAVP). Quadro 1. Critérios para definição de IPCS laboratorial Critério 1 Paciente com uma ou mais hemoculturas positivas coletadas preferencialmente de sangue periférico, e o patógeno não esta relacionado com infecção em outro sítio. Critério 2 Pelo menos um dos seguintes sinais ou sintomas : febre >38ºC, tremores, oliguria (volume urinário <20 ml/h, hipotensão ,e esses sintomas não estão relacionados com infecção em outro sitio; E Duas ou mais hemoculturas (em diferentes punções com intervalo Maximo de 48 horas com contaminante comum de pele (ex.: difteroides, bacillus spp, Propionibibacterium spp, estafilococos coagulase negativo, micrococos) Critério 3 Para criança > 28 dias e < 1 ano Pelo menos um dos seguintes sinais ou sintomas : Febre >38ºC, hipotermia <36ºC, bradicardia ou taquicardia (não relacionados com infecção em outro sitio) E Duas ou mais hemoculturas (em diferentes punções com intervalo Máximo de 48h com contaminante comum de pele (ex.: difteroides, bcillus spp, propionibacterium spp, estafilococos coagulase negativo, micrococos) IPCS Clinica: é aquela que preenche um dos seguintes critérios: Quadro 2. Critérios para definição de IPCS clinica 41 Critério 1 Pelo menos de um dos seguintes sinais ou sintomas : febre > 38º C tremores, oliguria ( volume urinário < 20 ml/H, hipotensão pressão sistólica ou (não relacionado com infecção em outro sitio) E Todos os seguintes; a. Hemocultura negativa ou não relacionada b. Nenhuma infecção aparente em outro sitio c. Medico institui terapia antimicrobiana para sepse Critério 2 Para crianças > 28 dias e < 1 ano Pelo menos um dos seguintes sinais ou sintomas: febre > 38º, hipotermia < 36ºC, bradicardia ou taquicardia não relacionados com infecção em outro sitio E Todos os seguintes: a. Hemocultura negativa ou não relacionada b. Nenhuma infecção aparente em outro sitio c. Medico institui terapia antimicrobiana para sepse 13.1- Infecções relacionadas ao acesso vascular As infecções do sitio de inserção dos acessos vasculares, geralmente são de menor gravidade do que as de corrente sanguinea. No entanto, elas merecem duas considerações importantes: - Pode indicar contaminação do sitio de inserção do dispositivo e apontar para a possibilidade de uma intervenção preventiva especifica; - São indicadores de qualidade de assistência que podem ser aplicadas em dentro e fora de ambiente de cuidados críticos. * Infecções relacionadas ao acesso vascular central (IAVC): São definidas como a presença de sinais locais de infecção ( secreção purulenta ou hiperremia), em pacientes sem diagnostico concomitante de IPCS. A cultura de cateter é um exame de baixa especificidade e não e necessária par diagnóstico de IAVC. *Infecção relacionada a acesso vascular periférico(IAVP): São definidas como a presença de sinais locais de infecção (secreção purulenta ou celulite), com ou sem a presença de cordão inflamatório em pacientes sem diagnostico 42 concomitante de IPCS. A cultura de cateter é um exame de baixa especificidade e não deve ser utilizada para diagnostico de IAVC. Critérios diagnósticos de infecção otológica hospitalar Infecção otológica Diagnóstico Microbio lógico Cultura positiva Drenagem purulenta do canal auditivo Fluído do ouvido médio (timpanocentre se ou cirurgia) Fluído de ouvido interno (cirurgia) Drenagem purulenta da mastóide Otite externa Otite média Otite interna Mastoidi te Critérios Diagnósticos de Infecção Hospitalar da Cavidade Oral Infecção da cavidade oral Secreção purulenta Abscesso ou Evidência de infecção Cultura positiva Exame direto, Cirurgia ou Histopatológica 43 Critérios Diagnósticos de Infecção Hospitalar da Cavidade Oral Infecção da cavidade oral Abscesso, ulceração ou placas esbranquiçadas (associado a um dos seguintes) Bacterioscopia, coloração KOH ou células gigantes multinucleadas Sorologia positiva ou teste de antígeno em secreções orais Diagnóstico médico e Tratamento antifúngico Critérios diagnósticos de infecção hospitalar do trato respiratório alto Infecção do trato respiratório alto Sinusite Secreção purulenta Um dos seguintes: febre, dor local, cefaléia, obstrução nasal ou exudato purulento Cultura positiva Associado a um dos seguintes: transiluminação positiva ou Evidência radiológica Infecção do trato respiratório alto Faringite, laringite ou epiglote Dois dos seguintes: febre, eritema de faringe, dor de garganta, tosse, rouquidão ou exudato purulento Visualização de abscesso Associado e um dos seguintes: cultura local ou hemocultura, teste de antígeno (secreções) ou sorologia, diagnóstico médico Cirurgia ou histopatológica 44 - Para pacientes com até um ano de idade considerar para as laringites, faringites e epiglotites os seguintes achados: febre; hipotermia; apnéia; bradicardia; coriza ou exudato purulento na garganta Critérios diagnósticos de infecção hospitalar do trato gastrointestinal Infecção do trato gastointestinal Infecção em: esôfago, estômago intestino delgado e grosso reto Abscesso ou outra evidência de infecção observados em: Dois dos seguintes sinais/sintomas: febre, náusea, vômitos dor ou desconforto abdominal. Sem outra causa evidente Associado a um dos seguintes Cirurgia ou histopatologia Cultura ou bacterioscopia positivas; hemocultura positiva; achados patológicos sugestivos em cirurgia ou endoscopia Critérios diagnósticos para infecção hospitalar intra-abdominal Infecção de: vesícula; vias biliares; fígado (exceto hepatite); baço; pâncreas; peritônio; espaço subfrênico ou sub diafragmático Procedimento cirúrgico ou por punção Cultura positiva de material purulento Abscesso ou outra evidência de infecção Exame histopatológico Abscesso ou outra evidência de infecção 45 • Os exames de radio imagem incluem: ultrassonografia; tomografia computadorizada; ressonância magnética; cintilografia com Gálio ou Tecnésio; raio X simples de abdomem • As pancreatites de origem não infecciosa não devem ser notificadas Critérios diagnósticos para hepatite e enterocolite necrotizante hospitalar Hepatite Enterocolite necrotizante Hepatite Sinais / sintomas: dois dos seguintes Febre Anorexia Náuseas Võmitos Dor abdominal Icterícia Transfusâo até há três meses Associado a um dos seguintes: Sorologia positiva para hepatite A; B; C ou delta Detecção de CMV em urina ou secreção de orofaringe Alteração dos testes de função hepática Critérios diagnósticos para infecção hospitalar do sistema reprodutor Infecção do sistema reprodutor Episiotomia Cúpula vaginal Drenagem purulenta ou Abscesso na episiotomia Drenagem purulenta ou patógenos isolados ou abscesso da cúpula vaginal Endometrite Cultura positiva de fluído ou tecido endometrial obtido por cirurgia, aspiração ou biópsia Dois dos seguintes sinais ou sintomas: Febre, dor abdominal, desconforto uterino ou drenagem purulenta de origem uterina 46 Como o parto normal não é um procedimento cirúrgico, a infecção em episiotomia não é considerada infecção do sítio cirúrgico A endometrite pós parto deve ser notificada exceto se o fluído aminiótico já estiver infectado à admissão ou se a parturiente for admitida 48 horas após a ruptura das membranas As infecções do sistema reprodutor que ocorrerem dentro de um mês após a cesariana devem ser notificadas como do sítio cirúrgico Critérios diagnósticos para infecção hospitalar da pele e partes moles Infecção Pele Drenagem purulenta, pústulas, vesículas ou bolhas Presença de sinais flogísticos locais associado a positividade de um dos seguintes: Cultura, hemocultura, células gigantes multinucleadas, pesquisa de antígeno ou testes sorológicos Critérios diagnósticos para infecção hospitalar da pele e partes moles Infecção tegumentar Partes moles Mastite (fasciíte ou celulite necrotizante, gangrena ou miosite infecciosa linfadenite ou linfangite) Cultura positiva ou drenagem purulenta ou abscesso ou outra evidência de infecção Presença de sinais flogísticos locais associado a positividade de um dos seguintes: Hemocultura ou testes sorológicos ou pesquisa de antígeno em sangue ou urina Cultura positiva ou drenagem purulenta ou abscesso ou outra evidência de infecção Associação de: febre, sinais flogísticos locais e diagnóstico médico 47 As infecções da pele e parte moles que se seguem a procedimentos hospitalares específicos, devem ser notificadas nesses procedimentos. (ex. sítio cirúrgico, acesso vascular) As infecções que envolvem a pele e partes moles devem ser notificadas apenas nesta última topografia A mastite ocorre freqüentemente em puérperas e deve ser notificada como hospitalar se diagnosticada até sete dias após o parto Critérios diagnósticos para infecção hospitalar da pele e partes moles (úlcera de decúbito e queimados) Úlcera de decúbito Queimados Úlcera de decúbito Dois dos seguintes sinais ou sintomas: Hiperemia, edema ou desconforto nas bordas da ferida, associado a positividade em: Cultura de secreção ou tecido, ou hemocultura Critérios diagnósticos para infecção hospitalar da pele e partes moles (úlcera de decúbito e queimados) Úlcera de decúbito Queimados Queimados Alterações no aspecto da escara: Descolamento ou edema da borda ou alteração da cor para marrom, preto ou violácia Associado a um dos seguintes: Histopatologia: invasâo microbiana dos tecidos adjacentes Hemocultura positiva Identificação viral por: visualização direta, histopatologia ou cultura 48 - A drenagem purulenta isolada não é evidência suficiente de um processo infeccioso. - A coleta adequada de material para cultura envolve aspiração por agulha ou biópsia das bordas da lesão. - A presença isolada de febre não é adequada para o diagnóstico de infecção de escara no paciente queimado, pois pode ter origem nas - outras conseqüências do trauma ou em outro foco infeccioso. - As infecções relacionadas à queimadura podem ser subdivididas em: escara; sítio doador ou enxerto. Critérios diagnósticos para infecção hospitalar da pele e partes moles (onfalite; pustulose e circuncisão) Infecções tegumentares Onfalite Eritema periumbilical associado a um dos seguintes: Drenagem purulenta Drenagem serosa associada a positividade de um dos seguintes: Cultura positiva da secreção ou aspirado Hemocultura positiva 49 Critérios diagnósticos para infecção hospitalar da pele e partes moles (onfalite; pustulose e circuncisão) Infecções tegumentares Pustulose infantil Uma ou mais pústulas associadas a um dos seguintes: Diagnóstico clínico Circuncisão Drenagem purulenta Sinais flogísticos locais e cultura positiva Terapia antimicrobiana - A onfalite subseqüente à cateterização umbilical deve ser notificada como infecção do acesso vascular. - A circuncisão do recém nascido não é considerada um procedimento cirúrgico, logo as infecções relacionadas devem ser notificadas como cutâneas. - Estas infecções devem ser notificadas como hospitalares se forem detectadas até sete dias após a alta do recém nascido 50 ANEXO1 : PARÂMETROS PARA INSERÇÃO DE DADOS NO BANCO DE DADOS (SINAIS) PADRONIZAÇÃO DE SÍTIOS DE INFECÇÃO DE ACORDO COM A METODOLOGIA NNISS E Critérios Diagnósticos National Nosocomial Infections Surveillance SYStem (CDC,1996) Sítio Principal: Os locais específicos de infecções são os 43 locais ou tipos específicos de infecção para os quais se adotaram critérios; Sítio Específico: Estes locais específicos foram agrupados em 13 categorias principais, para facilitar a analise de dados SÍTIO PRINCIPAL CÓDIGO SÍTIO CÓDIGO ESPECIFICAÇÃO ESPECÍFICO Infecções urinário do trato UTI -Infecção sistêmica do SUTI trato urinário; -Bacteriúria ASB assintomática; -Outras infecções do OUTI trato urinário; Infecção Cirúrgico de Sítio SSI -Infecções do sitio Cirúrgico superficial; - Infecções do sitio Cirúrgico profunda; - Infecções do sitio Cirúrgico por órgão e espaço; SUP DEEP BONE BRST CARD DISC EMET ENDO EYE GIT IAB Osteomielite Abcesso de mama ou mastite Miocardite ou pericardite Espaço intervertebral Endometrite Endocardite Olhos, conjuntivite Trato gastrointestinal Infecção intraabdominal, não 51 IC JNT UR LUNG MED MEN ORAL OREP O0TI AS SINU VASC VCUF Pneumonia PNEU Infecção da corrente BSI sanguínea Infecção articular óssea e BJ Infecção do Sistema CNS Nervoso Central Infecção do Sistema CVS Cardiovascular Pneumonia Septicemia clínica Infecção da corrente sanguínea confirmada por exame laboratorial Osteomielite Articulação ou bursa Espaço intervertebral Infecção intracraniana Meningite ou ventriculite Abscesso de coluna sem meningite Infecção venosa ou arterial Endocardite Miocardite ou pericardite específica em outro lugar; Infecção intracraniana Articulação ou bursa Trato respiratório superior, faringite,laringite, epiglotite Outra infecções do trato respiratório Mediastinite Meningite ou ventriculite Cavidade oral (boca, língua ou gengiva) Outras infecções do aparelho reprodutor masculino e feminino; Outras infecções do trato urinário; Abscesso de coluna sem meningite; Sinusite Infecção venosa ou arterial; Fundo de saco PNEU CSEP LCBI Hemocultura + BONE JNT DISC IC MEN AS VASC ENDO CARD 52 Infecção de nariz ou boca olhos, EENT Mediastinite Conjuntivite Olhos exceto conjuntivite Ouvidos, mastóide MED CONJ EYE EAR Cavidade oral (boca, ORAL língua ou gengivas) Sinusite SINU Trato respiratório UR superior, faringite, laringite, epiglotite Infecção do sistema GI gastrointesnal Infecção do trato LRI respiratório inferior, exceto pneumonia Infecção do aparelho REPR reprodutor Infecção de pele e SST tecido mole Infecção sistêmica SYS Gastroenterite Trato gastrointestinal Hepatite Intra-abdominal, não específica em outro local Entericolite necriozante GE GIT HEP IAB Bronquite, traqueobronquite, traqueíte, sem evidencia de pneumonia Outras infecções do trato respiratório inferior Endometrite Episiotomia Fundo de saco vaginal Outras infecções do aparelho reprodutor masculino e feminino BRON Pele Tecido mole Ulcera de decúbito SKIN ST DECU Queimadura Abscesso de mama ou mastite Onfalite Circuncisão de recémnascido Infecção disseminada BURN BRST NEC LUNG EMET EPIS VCUF OREP UMB CURC DI 53 PROCEDIMENTOS RELACIONADOS PROCEDIMENTO PRINCIPAL Acesso Venoso Central Acesso Venoso Central Acesso Venoso Central Acesso Venoso Central Acesso Venoso Central Acesso Venoso Central Ignorado Não se aplica Sonda Vesical de Demora Ventilação Mecânica Ventilação Mecânica Ventilação Mecânica PROCEDIMENTO ESPECÍFICO Cateter Central Inserido Periferimente – PICC Cateter Swan-Ganz Cateter Umbilical Cateter Venoso Central Cateter Venoso de Longa Permanência Cateter de Duplo Lúmen Ignorado Não se aplica Sonda Vesical de Demora Traqueostomia Tubo Orotraqueal Ventilação Mecânica FATORES DE RISCO Diálise Peritonial ( ou nefropatias água ou crônicas) Hemodiálise Uso crônico de corticóide Nutrição Parenteral total Hipertensão Arterial Sistêmica (ou doenças crônicas degenerativas) Diabetes Mellitus Neutropenia ( imunodeficiência congênita ) Uso prévio de antibiótico-terapia (último 6 meses) Uso prévio de antibiótico-profilaxia (último 6 meses) Quimioterapia Radioterapia Infecção a internação Internação superior a 7 dias Tempo de internação no pré operatório ASA: CLASSIFICAÇÃO DO RISCO ANESTÉSICO-CIRÚRGICO ASA 1 2 3 4 5 ESTADO FÍSICO DO PACIENTE Saudável ou com doença localizada; Doença sistêmica discreta, sem limitação da sua capacidade; Doença sistêmica grave, com limitação da sua capacidade, mas totalmente incapacitado; Doença sistêmica grave, incapacitante, com ameaça a vida; Moribundo, com alta probabilidade de morte em 24 horas. TOPOGRAFIA CIRURGICA Cabeça e Pescoço Cardiovascular Gastro-intestinal Genito-urinário – colpoperíneoplastia 54 Abscesso de cavidade abdominal Abscesso cerebral Abscesso hepático Líquido sinovial Líquor Periodontal Mama Músculo-esquelético Neurologia Oftalmologia Sistema Endócrino Sistema Tegumentar Transplante de Órgãos Trato Respiratório Vascular- Angiologia Gineco-Obstetrícia – cesariana, HTA, HTV, parto vaginal, outros procedimentos obstétricos, cirurgia de gravidez ectópica, correção de inserção uterina aguda; ESPÉCIMES BIOLÓGICOS 55 Abscesso pancreático Abscesso pulmonar Abscesso subcutâneo Aspirado da cavidade abdominal Aspirado de medula Abscesso de cavidade abdominal Aspirado por função transtraqueal Aspirado traqueal por sonda protegida Bartholin Biopsia cerebral Biópsia de fígado Biópsia de pele Biópsia de pulmão Biópsia de vaso arterial Biópsia de vaso venoso Biópsia muscular Biópsia pleural Escarro Fezes Fluídos prostáticos Lavado bronco alveolar - BAL Lavado gástrico Líquido pericárdico Líquido amniótico Líquido ascítico Líquido biliar Líquido pleural Ponta de cateter intravascular Raspado de lesão de pele Sangue de cateter Sangue periférico Secreção anal Secreção de ferida cirúrgica profunda Secreção de ferida cirúrgica superficial Secreção de mastóide Secreção de orofaringe Secreção de ouvido externo ou médio Secreção endocervical Secreção nasofaringea Secreção ocular Secreção traqueal Secreção uretral Secreção vaginal Swab de axila Swab de períneo Swab nasal Swab retal Tecido ósseo Urina por aspirado supra púbico Urina por jato médio Urina por sonda uretral Úlcera de pressão Anexo 2. UNIDADES DE ATENDIMENTO SANTA CASA DE MISERICORDIA DE GOIÂNIA UNIDADE PRINCIPAL -Berçário Comum E Alojamento Conjunto - Clínica Cirúrgica Adulto UNIDADE ESPECIAL Berçário Angiologia – cirurgia vascular Cabeça e Pescoço Cardiologia Cirurgia geral - gastroenterologia unidade do fígado Cirurgia plástica Cirurgia torácica Cirurgia da otorrinolaringologia Marcapasso Nefrologia e 56 Neurologia Ginecologia e obstetrícia Ortopedia Transplante renal Proctologia Urologia Oftalmologia - Clinica Médica Adulto Angiologia Cabeça e Pescoço Cardiologia Cirurgia geral – gastroenterologia e unidade de fígado Clínica médicainfectologia, endocrinologia Ginecologia Hematologia Nefrologia Neurologia Oncologia Ortopedia Otorrinolaringologia Pneumologia (torácica) Proctologia Transplante renal Urologia - Pediatria Cirúrgica Geral Otorrinolaringologia Urologia -Pediatria Clínica Hematologia Oncologia Pediatria clínica Ortopedia -Obstetrícia Obstetrícia clínica e cirúrgica - UTI Adulto Cirurgia cardíaca Cirurgia vascular Cirurgia da urologia Cirurgia da cabeça e pescoço Cirurgia do transplante renal Cirurgia geral – gastroenterologia unidade do fígado Cirurgia ginecológica Neurocirurgia Cirurgia ortopédica e 57 Cirurgia torácica Marcapasso Cirurgia da proctologia Clínica médica Ginecologia Angiologia Cardiologia Nefrologia Neurologia Obstetrícia Oncologia Proctologia Transplante renal Urologia Pneumologia Hematologia REFERENCIA BIBLIOGRAFICA 01.FERNANDES A. T. et. all. Infecção Hospitalar e Suas Interfaces na área da Saúde., São Paulo: Atheneu, 2000. 02. MARTINS, M.A. Manual de Infecção Hospitalar e Epidemiologia: Prevenção e Controle, 2º edição 2001. 03. Guidelines on the management of urinary and male genital tract infections. Arnhem, The Netherlands: European Association of Urology (EAU); 2008 Mar. p . 40-52. 04. Critérios nacionais de infecções relacionadas á Assistência á Saúde em neonatologia. Agencia nacional de vigilância Sanitária- Ministério da Saúde- Outubro de 2008 58 05. CDC –Guideline for Isolation Precautions in Hospitais. Infect Control Hosp Epidemiol 1996;17:53-80. 06. APECIH - Associação Paulista de Estudos e Controle de Infecção Hospitalar. Manual de Precauções e isolamento, 1999. 07. RODRIGUES, E. A. C. et all. Infecções Hospitalares: Prevenção e Controle. São Paulo: SARVIER, 1997. 08. PEREIRA, M. S. ; MORIYA, T. M. . Infecção hospitalar: estrutura básica de vigilância e controle . Goiânia: AB, 1994. 193 p. 09. 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