Poster PO-001 CORREÇÃO DA “SÍNDROME DE ROUBO” DE FÍSTULA ARTERIOVENOSA PELA TÉCNICA DE REVASCULARIZAÇÃO DISTAL E LIGADURA ARTERIAL: RELATO DE TRÊS CASOS AFONSO CESAR POLIMANTI; SIDNEI JOSE GALEGO; RAFAEL FURST; GABRIELA SILVEIRA MORAES; RAFAEL C. S. BARBOSA; SONIA REGINA SILVEIRA; MARIA C. N. SILVA; JOÃO ANTONIO CORREA FACULDADE DE MEDICINA DO ABC SANTO ANDRÉ/SP ACESSO PARA HEMODIÁLISE POSTER (PO) 001 JUSTIFICATIVAS E OBJETIVOS: As principais complicações da FAV são trombose, infecção, pseudoaneurisma e mais raramente a isquemia distal. Esta isquemia é evidenciada através de um quadro clínico bem característico, a chamada “síndrome do roubo”, que, em casos mais graves, podem acarretar em risco de perda de membro. O tratamento mais comum é a ligadura da FAV, entretanto este procedimento inutiliza o acesso vascular e obriga o cirurgião a buscar um novo acesso. Uma alternativa, ainda pouco utilizada em nosso meio, é a revascularização distal interposta por ligadura (distal revascularization interval ligation – DRIL). O objetivo deste estudo é relatar três casos de isquemia crítica por “síndrome de roubo” tratados com DRIL e apresentar uma revisão da literatura. MÉTODO: Relatou-se o caso de três pacientes em pós-operatório tardio de fístulas braquiocefálicas que evoluiram no seguimento com isquemia crítica do membro, submetidos a revascularização a DRIL sem intercorrências. RESULTADOS: Todos os pacientes evoluíram sem intercorrências no pós-operatório, mantendo em um seguimento de seis meses livre de sintomas, com enxerto e via de acesso para diálise pérveos e em uso. CONCLUSÕES: A “síndrome do roubo” sintomática é rara, e passível de ser tratada com preservação do acesso para hemodiálise. PO-002 PLASTIA PARA FÍSTULA ARTERIOVENOSA ANEURISMÁTICA BRUNA DE FINA; ADRIANA MARCO ANTONIO; FERNANDA UCHYAMA; DOUGLAS DIPOLD; MARIANA TERRA DINIZ; SIMONE PEDROSO; MARCELO GIUSTI; ERICA TADEU; JOÃO CORREA; LIDIANE BRANCH FACULDADE DE MEDICINA DO ABC SÃO PAULO/SP ACESSO PARA HEMODIÁLISE POSTER (PO) 002 JUSTIFICATIVAS E OBJETIVOS: A fístula arteriovenosa (FAV) radiocefálica pode ser a melhor opção inicial de acesso definitivo para diálise. Desta maneira, deve-se tentar preservá-la sempre que possível. Uma das complicações deste acesso, e das fístulas em geral, é a formação de pseudoaneurismas ou dilatações aneurismáticas venosas que alteram o funcionamento, aumentam o risco de complicações e prejudicam a qualidade de vida do paciente. No caso relatado a paciente era portadora de uma dilatação aneurismática da veia cefálica sendo esta corrigida com a plastia da fistula mantendo-a funcionante. MÉTODO: MAG, 59a, sexo feminino, residente de São Bernardo do Campo. Paciente portadora de IRC pré-dialítica grau IV, realizou FAV radiocefálica de punho esquerdo em 2006 em outro serviço. Refere abaulamento progressivo pulsátil em face anterior de trajeto fistuloso, nunca puncionado. Ao exame apresentava massa pulsátil em território da veia cefálica dilatada com frêmito e preservação de pulsos distais. Optado pela plastia da FAV com ressecção em fuso da veia cefálica aneurismática e do excesso de veia redundante, seguida de confecção de anastomose término terminal em veia cefálica redundante. No pós-operatório a paciente evoluiu sem complicações e com manutenção de fístula patente. RESULTADOS: A plastia da fístula corrigiu a dilatação aneurismática da veia mantendo-a funcionante. CONCLUSÕES: A plastia da FAV é uma técnica viável e uma ferramenta importante para o salvamento e preservação das fístulas, servindo como opção de tratamento de suas complicações a fim de se evitar a perda dos acessos venosos definitivos. PO-003 TRATAMENTO DA LESÃO VENOSA CENTRAL PÓS TRANSPLANTECTOMIA IPSILATERAL A FÍSTULA ARTERIO-VENOSA PARA HEMODIÁLISE CLÁUDIA AMORIM; CRISTINA RIGUETTI; GISELE CORDEIRO; JULIA GUERRA; RAPHAELLA GATTIS; CARLOS EDUARDO VIRGINI; SANDRA XIMENA; ROBERT EUDES; CRISTIANE ARAUJO; FELIPE BORGES; HELEN PESSONI; MONICA MAYALL; LEONARDO CASTRO HOSPITAL UNIVERSITÁRIO PEDRO ERNESTO RIO DE JANEIRO/RJ ACESSO PARA HEMODIÁLISE POSTER (PO) 003 JUSTIFICATIVAS E OBJETIVOS: A lesão venosa central é uma complicação comum nos pacientes submetidos à hemodiálise devido à alta incidência de implante de cateter de duplo lúmen para acesso de emergência. Quando esta lesão torna-se sintomática, evoluindo com edema do membro ipsilateral ao acesso arteriovenoso, as opções de tratamento requerem geralmente uma abordagem endovascular com angioplastia percutânea com ou sem a colocação de um stent. MÉTODO: Foi realizada angioplastia de todo o eixo ilíaco de uma paciente do ambulatório do Hospital Universitário Pedro Ernesto, a qual apresentava estenose venosa central ipsilateral a alça de femoral em MID, sítio de transplantectomia prévia. RESULTADOS: A paciente evoluiu com melhora sintomática total em uma semana, mantendo-se assintomática no controle de três meses. CONCLUSÕES: A lesão venosa central apresenta como componentes fisiopatológicos a lesão por cateter de duplo lúmen e o hiperfluxo da FAV. Neste caso específico, acreditamos que a técnica cirúrgica adotada na transplantectomia em fossa ilíaca direita tenha sido um dos fatores predisponentes. A angioplastia é um dos tratamentos de eleição da estenose venosa central. Contudo a permeabilidade em longo prazo pode requerer o uso de reintervenções. Neste caso em particular, optamos pela angioplastia simples devido à anatomia distorcida com intensa tortuosidade, altamente desfavorável ao implante de stent. Para a paciente em questão a angioplastia percutânea foi um procedimento seguro e benéfico no tratamento da estenose venosa central sintomática. PO-004 UTILIZAÇÃO DA VIA TRANSRADIAL PARA ANGIOPLASTIA DE FÍSTULA ARTERIOVENOSA AUTÓGENA DISFUNCIONAIS DANIEL F. R. DUARTE; LEANDRO V. WERNER; RAFAEL G. A. GARZON; RAQUEL C. T. HIDALGO; CRESCÊNCIO A. P. CENTOLA; LUIS G. HERNANDES; APARECIDA P. G. VISONA; PRISCILLA Y. SANO CRIVA SÃO JOSÉ DO RIO PRETO/SP ACESSO PARA HEMODIÁLISE POSTER (PO) 004 JUSTIFICATIVAS E OBJETIVOS: A abordagem transradial têm sido largamente utilizada para a intervenção percutânea para a doença arterial coronariana e doença arterosclerótica extracraniana, mas raramente documentada como um método de tratamento para fístulas arteriovenosas (FAV) disfuncionais. Este trabalho tem como objetivo avaliar a executabilidade, segurança e eficácia da via transradial para angioplastia transluminal percutânea (ATP) de FAVs disfuncionais, além do tempo de patência primária, primária assistida e patência pós-procedimento (PPP). MÉTODO: De setembro de 2008 a maio de 2011 foram analisadas retrospectivamente 14 angioplastias de FAV autógenas em 13 pacientes. O acesso à fístula era feito preferencialmente pela via transradial para a realização do diagnóstico e tratamento. RESULTADOS: A patência primária (média) foi de 474 dias e a patência primária assistida (média) foi de 857 dias. Não houve complicação com o uso da via transradial. A patência pós-procedimento para 6m e 12m, respectivamente, para as FAVs do tipo rádio-cefálica foi de 85,7% e 71,4% e as do tipo bráquio-cefálica foram, respectivamente, de 57% e 0%. CONCLUSÕES: A via transradial aparentemente é um método seguro, mas sua executabilidade ainda precisa ser confirmado por estudos posteriores. PO-005 RELAÇÃO DO FLUXO DE FÍSTULA ARTERIOVENOSA AUTÓLOGAS COM A FRAÇÃO DE EJEÇÃO CARDÍACA. RELATO DE CASO EDUARDO CAMARGO REBOLHO; HELENA VICENTE DE CASTRO; CARLOS GOSALAN; GUILHERME ALBERTO CUNHA; FERNANDO DALLA COSTA; RUI HAGMANN HOSPITAL SANTA CASA DE CURITIBA CURITIBA/PR ACESSO PARA HEMODIÁLISE POSTER (PO) 005 JUSTIFICATIVAS E OBJETIVOS: A fístula arteriovenosa (FAV) é uma causa rara de distúrbios hemodinâmicos locais ou sistêmicos, o fluxo excessivo é uma das várias potenciais complicações de FAV por hemodiálise, como isquemia de mão, hipertensão venosa e insuficiência cardíaca (IC). Isquemia sintomática de mão ocorre entre 2-5% dos pacientes, já a IC é uma complicação rara (<10%), entretanto a redução do fluxo está indicada tanto no tratamento como na prevenção. Existem três tipos de tratamento: eliminação da fístula, redução do fluxo, exclusão da fonte de roubo. Insuficiência cardíaca geralmente é causada por hipertensão da FAV, sendo geralmente diagnosticada quando o fluxo é maior que 1000ml/minuto, associada a sintomas congestivos. Relatar um caso de redução de fluxo em FAV autóloga de paciente em programa de hemodiálise que apresentou melhora objetiva no ecocardiograma (aumento da fração de ejeção) e dos sintomas. MÉTODO: Paciente 65 anos em programa de diálise há 4 anos por fístula 40 radio-cefálica esquerda, evoluindo com claudicação de mão e dispnéia progressiva principalmente durante as sessões de diálise. Realizado ecocardiograma que evidenciou fração de ejeção de 39% e eco-Doppler colorido demonstrando um fluxo de 2539ml/min. Realizado redução do diâmetro FAV na anastomose com sutura contínua. O tamanho da redução foi avaliada com ecodoppler colorido trans-operatório, medindo o fluxo desejado a ser estabelecido. RESULTADOS: Após 30 dias os exames foram repetidos e evidenciou a perviedade da fístula, mantendo um fluxo de 582ml/min. e o aumento da fração de ejeção para 53%. O paciente permanece assintomático desde a cirurgia, realizando hemodiálise sem complicações. CONCLUSÕES: Conclui-se que a redução do diâmetro da fístula arteriovenosa na área da anastomose pode ser uma alternativa de tratamento de insuficiência cardíaca pós FAV. PO-006 SALVAMENTO DE MEMBRO SUPERIOR COM ANGIOPLASTIA DE ARTÉRIA BRAQUIAL - RELATO DE CASO ERIKA TADEU DOBRIOGLO; MARCELO FRANCHINI GIUSTI; MARIANA TERRA DINIZ; SIMONE PEDROSO; ADRIANA MARCO ANTONIO; BRUNA DE FINA; DOUGLAS NASCIMENTO DIPOLD; FERNANDA UCHIYAMA; MARITA VON RAUTENFELD; ANDRÉ VINICIUS FONSECA; AGENOR VASCONCELO COSTA; JOÃO ANTONIO CORREA FACULDADE DE MEDICINA DO ABC SANTO ANDRÉ/SP ACESSO PARA HEMODIÁLISE POSTER (PO) 006 JUSTIFICATIVAS E OBJETIVOS: Sabidamente a confecção de fístulas arteriovenosas pode evoluir com complicações pós-operatórias tais como: seroma, infecção, pseudoaneurisma, hipertensão venosa e a temida insuficiência arterial periférica também conhecida com Síndrome do Roubo. MÉTODO: Relatamos caso paciente sexo masculino, 31 anos, diabético tipo I, renal crônico dialítico (nefropatia diabética), com múltiplas confecções de FAV (fístula arteriovenosa). Na ocasião do relato paciente realizando diálise através de FAV braquio-basílica anteriorizada e superficializada em membro superior direito. Evoluiu com dor em mão direita durante as sessões de diálise há 1 ano, associado a lesão trófica pós-traumática em 4° quirodáctilo direito e posterior necrose do mesmo sem delimitação há 1 mês. Internado e submetido a revascularização do membro superior direito através da cirurgia de Dril (enxerto braquio-radial com veia safena magna invertida ipsilateral no membro superior direito). No 2° pós-operatório paciente evolui com isquemia crítica do membro, submetido a reabordagem cirúrgica com realização de tromboembolectomia de artéria braquial + ligadura de FAV + arteriografia de membro superior direito (evidenciando oclusão total das artérias radial e ulnar, com artéria interóssea fino calibre e com múltiplas irregularidades). Observou-se melhora da perfusão leito distal (mão), contudo necrose do 4° quirodáctilo ainda em progressão e paciente com dor de repouso. Submetido também a drenagem hematoma subcutâneo em ferida operatória braço direito no 22° pós-operatório com boa evolução local. Optado por realização de angioplastia de artéria braquial com colocação de stent após 30 dias e amputação sequencial do 4° quirodáctilo direito na mesma ocasião. Paciente apresentou boa evolução pós-operatória, com cicatrização adequada do leito amputação, ausência de dor ou sintomas de claudicação no membro e melhora perfusão periférica do mesmo. No momento realizando diálise através de acesso venoso central de longa permanência (permicath em veia subclávia esquerda), aguardando programação de transplante renal. RESULTADOS: Relatar medidas de salvamento de membro superior em pacientes com insuficiência arterial periférica como complicação pós realização fístula arteriovenosa. CONCLUSÕES: A angioplastia de artérias de membro superior deve ser considerada como técnica factível para salvamento em pacientes com Síndrome do Roubo. PO-007 ACESSO VASCULAR PARA HEMODIÁLISE ATRAVÉS DE FÍSTULA ARTERIOVENOSA COM ENXERTO DE PTFE E SUPERFICIALIZAÇÃO DE VEIA BASÍLICA: RESULTADOS E SEGUIMENTO FÁBIO ANDRÉ TORNQUIST; HOMERO AGRA; ALTEMIR SPINELLI; NEIDA LOPES SANTOS; GUARACI AZAMBUJA UNIRIM – CLÍNICA DE DOENÇAS RENAIS SANTA CRUZ DO SUL/RS ACESSO PARA HEMODIÁLISE POSTER (PO) 007 JUSTIFICATIVAS E OBJETIVOS: Realizar estudo retrospectivo de pacientes fazendo uso de acesso vascular para hemodiálise através de superficialização de veia basílica e uso de enxerto de PTFE analisando seus resultados. MÉTODO: Foram analisados os pacientes renais crônicos em hemodiálise do período de janeiro de 2010 até junho de 2011. Neste período 150 pacientes foram submetidos Poster a tratamento dialítico. Os acessos vasculares utilizados eram: 122 fístulas arteriovenosa direta em antebraço, 12 fístulas com PTFE em membro superior, 2 fístulas com PTFE em membro inferior, 7 fístulas com superficialização de veia basílica e 7 pacientes usando cateter de hemodiálise. O tempo média de uso das fístulas foi de: a) pacientes com PTFE: 26 meses (1–67 meses), b) pacientes com superficialização de veia basílica: 18 meses (1 – 48 meses). RESULTADOS: Nos pacientes com fístulas de PTFE houve a necessidade de procedimentos secundários para manutenção do acesso em 6 casos, formação de pseudoaneurisma em 1 caso e infecção do enxerto em 1 caso. Nos pacientes com superficialização de veia basílica não houve necessidade de procedimentos secundários para manutenção da perviedade da fístula e 1 caso com infecção de ferida operatória com boa evolução pós-operatória. CONCLUSÕES: Nos acessos vasculares para tratamento dialítico em pacientes crônicos sem condições para realização de fístula arteriovenosa direta as alternativas de superficialização de veia basílica e uso de enxerto de PTFE são alternativas efetivas e duradouras. PO-008 MINI TUNELIZADOR MOLDÁVEL: UM AVANÇO TÉCNICO NO ACESSO VASCULAR PARA HEMODIÁLISE FABIO HENRIQUE ROSSI; NILO MITSURU IZUKAWA; AKASH KUZHIPARAN PARAKASAN; PATRICK BASTOS METZGER; FERNANDA MARIA ANGELIERI; EDUARDO SILVA JORDÃO; BRUNO LOURENÇO ALMEIDA; GISLENO SERAFIN LUSTOSA INSTITUTO DANTE PAZZANESE DE CARDIOLOGIA SÃO PAULO/SP ACESSO PARA HEMODIÁLISE POSTER (PO) 008 JUSTIFICATIVAS E OBJETIVOS: A confecção de fistula para hemodiálise pode envolver a criação de túnel para a acomodação do enxerto – veia autóloga ou prótese sintética. O trajeto e a extensão dependem do local escolhido para a realização das anastomoses e posicionamento do trajeto do enxerto. Na atualidade, os tunelizadores utilizados são constituídos de estruturas cilíndricas metálicas rígidas, que torna necessário o uso de múltiplos tamanhos e conformações. Objetivo: Testar a utilização de um único mini tunelizador universal metálico e moldável na cirurgia de confecção de fístula para hemodiálise. MÉTODO: O tunelizador desenvolvido consiste de uma estrutura cilíndrica e modular composta de fio de aço inoxidável moldável interno, com manopla em extremidade proximal e dupla ponta cônica intercambiável em extremidade distal e bainha cilíndrica externa de polietileno. O tunelizador foi utilizado em dez cirurgias de confecção de fístulas para hemodiálise em membros superiores e inferiores e o sucesso de sua aplicabilidade e a frequência de complicações precoces observadas. RESULTADOS: Suas características de maleabilidade e conformibilidade permitiram a utilização do mesmo tunelizador nos diversos tipos de fístulas realizadas. A ponta cônica distal com duplo diâmetro, intercambiável, permitiu que o mesmo aparato fosse aplicado na utilização de veia autógena ou prótese sintética. Todas as cirurgias foram seguidas de sucesso e com baixos índices de complicações precoces. CONCLUSÕES: A versatilidade do mini tunelizador metálico maleável moldável permitiu sua utilização em todas as fístulas realizadas, independente do sítio das anastomoses e o trajeto de acomodação escolhido, sem complicações e com excelente índice de perviedade. O modelo aqui apresentado substitui com vantagens os modelos rígidos utilizados na atualidade. PO-009 ENXERTO SAFENO CEFÁLICO PARA MANUTENÇÃO DE FAV: RELATO DE 2 CASOS FERNANDA UCHIYAMA; BRUNA DE FINA; ADRIANA MARCO ANTONIO; DOUGLAS ALBERTO DIPOLD; MARIANA TERRA DINIZ; SIMONE PEDROSO; ERIKA TADEU DOBRIOGLO; LIDIANE ROCHA BRAND; SORAIA HELAL; YUMIKO REGINA YAMAZAKI; JOÃO ANTONIO CORREA FACULDADE DE MEDICINA DO ABC SÃO PAULO/SP ACESSO PARA HEMODIÁLISE POSTER (PO) 009 JUSTIFICATIVAS E OBJETIVOS: A manutenção de um boa adequacidade de hemodiálise (HD) nos paciente portadores de insuficiência renal crônica (IRC) está diretamente relacionada a presença de um acesso vascular (AV) eficiente. Suas complicações representam a maior causa de morbidade nos paciente em hemodiálise, respondendo por 25% das admissões hospitalares. A mais relatada foi a trombose da fístula (80%) seguida da estenose venosa (20%). A correções venosa é associada a uma menor incidência de trombose e melhora da patência da fístula arteriovenosa (FAV) no decorrer do tempo o enxerto com uso de veia safena apresenta boa taxa de perviedade e vem sendo o preferido. MÉTODO: LLL, 48A, pós-operatório tardio (POT) de FAV rádio cefálica (RC) em membro Poster superior direito (MSD) com sinais de hipertensão venosa em mão, observado estenose pós-anastomose com dialatação aneurismática anterior (Doppler confirma). Realizado enxerto safeno cefálico com veia safena magna invertida (VSMI) e ligadura de veia tributária local, com resolução do edema de mão progressivamente em 1 mês. Fremito 3+/4 ao final do procedimento e permissão para uso da fístula. VASL, 20A, POT de FAV RC de MSD com estenose proximal (Doppler e Flebografia confirmam) resultando em edema do membro ipsilateral e dificuldade de diálise. Realizado mesmo enxerto do caso anterior com melhora do fluxo sanguíneo, regressão das colaterais evidenciada em flebografia de controle e do edema. RESULTADOS: as vantagens de um acesso RC incluem: patência adequada, menos índice de complicações (roubo vascular, estenose venosa, infecção), menor dificuldade técnica na realização. Além disso, preserva os vasos proximais, por isso a importância de um método que permita manutenção desse tipo de AV. As principais vantagens de utilização dos enxertos resumem-se a possibilitar um tempo menor de maturação (média de 14 dias), facilidade de reparo cirúrgico e várias formas de configurações que facilitam sua implantação. As desvantagens são uma maior incidência de infecções. A diminuição inexplicada da adequação da diálise, edema persistente do braço, tempo de sangramento prolongado, após retirada das agulhas, são também indicadores da presença de EV. CONCLUSÕES: Diante da necessidade de preservação de AV distais, principalmente em paciente jovens que necessitarão de outros possíveis acessos, concluímos que enxerto safeno cefálico possa ser uma opção para salvamente da FAV, visto não considerar procedimento de alta complexidade, de baixo tempo cirúrgico e preservando veias proximais. PO-010 CATETERES VALVULADOS TOTALMENTE IMPLANTÁVEIS: EXPERIÊNCIA COM 350 DISPOSITIVOS KENJI NISHINARI; GUILHERME ANDRE ZOTTELE BOMFIM; GUILHERME YAZBEK; NELSON WOLOSKER; CHRISTIANO VINICIUS BERNARDI; THIAGO MATTIAZO VIEIRA DE CASTRO; DANIEL BNITTI Hospital do Câncer A. C. Camargo SÃO PAULO/SP ACESSO PARA HEMODIÁLISE POSTER (PO) 010 JUSTIFICATIVAS E OBJETIVOS: Existem poucos estudos sobre o uso de cateteres totalmente implantáveis valvulados para quimioterapia. O objetivo deste estudo foi analisar os resultados obtidos com a implantação de 350 dispositivos consecutivos. MÉTODO: Pacientes adultos submetidos a inserção de ports em veias do sistema da veia cava superior num período de 17 meses (de julho de 2006 a dezembro de 2007) foram considerados. O aparelho utilizado foi composto de titânio com um silicone na superfície do reservatório (Dome Porto; Bard Inc, Salt Lake City, UT) conectado a um tubo de silastic 8,0 Fr cateter com válvula tipo Groshong (na extremidade). No seguimento ambulatorial foram obtidos dados relacionados ao funcionamento do cateter e complicações até que o dispositivo fosse removido ou o óbito do paciente. RESULTADOS: 350 dispositivos foram inseridos, totalizando 74.691 dias in situ, com um acompanhamento médio de 176 dias. Houve 11 complicações precoces (3,1%) e 49 complicações tardias (14%), sendo 21 destas (6%) considerados mais importantes. Entre as complicações precoces: 4 casos de flebite da jugular externa, 3 infecções de bolsa, 2 falhas técnicas e 2 equimoses. Entre as complicações tardias: 33 casos de dificuldade de retirada, 12 bacteremias relacionadas ao cateter, 2 tromboses venosa profunda, um caso com oclusão e um de fratura do cateter. Dos 350 cateteres implantados, 258 (73,5%) ainda estavam sendo usados, 73 (21%) permaneceram em uso até que o paciente faleceu, cinco (1,5%) foram removidos por final do tratamento e 14 (4%) foram removidos devido às complicações. CONCLUSÕES: Houve uma baixa taxa de complicações graves associadas com este sistema valvulado justificando o seu uso. PO-011 UTILIZAÇÃO DE CATETERES SEMI-IMPLANTÁVEIS NO TRANSPLANTE DE MEDULA ÓSSEA CHRISTIANO VINICIUS BERNARDI; KENJI NISHINARI; GUILHERME YAZBEK; NELSON WOLOSKER; GUILHERME ANDRE ZOTTELLE BOMFIM; THIAGO MATTIAZO VIEIRA DE CASTRO; DANIEL BENITTI Hospital do Câncer A. C. Camargo SÃO PAULO/SP ACESSO PARA HEMODIÁLISE POSTER (PO) 011 JUSTIFICATIVAS E OBJETIVOS: O acesso vascular é determinante no tratamento de pacientes submetidos ao transplante de medula óssea (TMO) na obtenção de células tronco, via de administração de quimioterápicos, coleta de amostras sanguíneas, administração de hemoderivados e antibióticos. MÉTODO: De 41 07 de maio de 2007 a 10 de julho de 2009, em 65 pacientes submetidos ao TMO foram implantados 66 cateteres venosos semi-implantáveis. A idade variou de 18 a 74 anos (mediana de 46,3 anos). O diagnóstico mais prevalente foi o Linfoma não Hodgkin (33,3%) seguido pelo Mieloma Múltiplo (31,8%) e Linfoma Hodgkin (24,2%). Em relação a técnica anestésica, a sedação endovenosa associada a anestesia local foi a mais empregada (97%). O número total de cateteres/ dia foi de 5291. RESULTADOS: Em 24 pacientes os cateteres foram retirados por final de tratamento sem complicações. O total de complicações correspondeu a 41 casos (7,33 episódios/1000 cateteres-dia) com complicações infecciosas em 38 casos (7,18 episódios/1000 cateteres-dia). Bacteremia Primária em 10 casos (1,89 episódios/1000 cateteres-dia), Bacteremia Complicada (0,75 episódios/1000 cateteres-dia), 2 casos de Infecção de Túnel (0,37 episódios/1000 cateteres-dia), 1 fratura parcial (0,18 episódios/1000 cateteres-dia). CONCLUSÕES: Embora com complicações inerentes, a utilização de cateteres híbridos tanto na coleta de células, quanto no suporte do transplante de medula óssea é um procedimento efetivo, relativamente seguro, fundamental e viabilizador nos pacientes que necessitam de TMO. PO-012 CORREÇÃO DE PSEUDOANEURISMA DE FAV PROTÉTICA AXILOBRAQUIAL COM BYPASS DE PTFE. RELATO DE CASO MARCELO FRANCHINI GIUSTI; ERIKA TADEU DOBRIOGLO; MARIANA TERRA DINIZ; SIMONE PEDROSO; ADRIANA MARCO ANTONIO; FERNANDA USHIYAMA; BRUNA DE FINA; DOUGLAS NASCIMENTO DIPOLD; ELIANE YUMI FUJII; JOÃO ANTONIO CORREA Faculdade de Medicina do ABC SÃO BERNARDO DO CAMPO/SP ACESSO PARA HEMODIÁLISE POSTER (PO) 012 JUSTIFICATIVAS E OBJETIVOS: Pseudoaneurismas de fístulas arteriovenosas (FAV) com próteses ocorrem em 2 a 10% dos pacientes com FAV e são causados principalmente por múltiplas perfurações locais ou infecções e, embora raros, são complicações temidas pela possibilidade de sangramentos. MÉTODO: Relata-se o caso de uma paciente feminina de 43 anos, em pós-operatório tardio de fístula braquioaxilar com PTFE há aproximados 40 meses que evoluiu com abaulamento de crescimento progressivo, pulsátil e indolor em topografia de ferida operatória, sendo diagnosticado como pseudoaneurisma da prótese pelo duplex scan. Optado por exploração e isolamento das regiões anastomóticas seguido de pseudoaneurismectomia e interposição de nova prótese de PTFE sem intercorrências, evoluindo assintomática e com bom funcionamento da fístula no pós-operatório. RESULTADOS: O trabalho objetiva descrever uma das formas de correção mais indicadas, na ausência de infecção local, para pseudoaneurismas de FAV com próteses. CONCLUSÕES: Pela raridade do caso, optamos pela abordagem, factível e compatível com revisão da literatura. PO-013 SEROMA COMO COMPLICAÇÃO DE FÍSTULA ARTERIOVENOSA BRAQUIO AXILAR COM PRÓTESE DE PTFE: RELATO DE CASO ADRIANA MARCO ANTONIO; MARCELO FRANCHINI GIUSTI; ERIKA TADEU DOBRIOGLO; MARIANA TERRA DINIZ; SIMONE PEDROSO; BRUNA DE FINA; DOUGLAS NASCIMENTO DIPOLD; FERNANDA UCHIYAMA; ELIANE YUMI FUJII; DANIEL FONSECA; SIDNEI JOSE GALEGO; YUMIKO REGINA YAMAZAKI; JOÃO ANTONIO CORREA Faculdade de Medicina do ABC SÃO BERNARDO DO CAMP/SP ACESSO PARA HEMODIÁLISE POSTER (PO) 013 JUSTIFICATIVAS E OBJETIVOS: A fístula braquio-axilar com prótese vem sendo cada vez mais utilizada na prática clinica para hemodiálise de pacientes com insuficiência renal de difícil acesso. Dentre suas complicações o seroma é um dos menos comuns, de difícil tratamento e de alto índice de recorrência. MÉTODO: Paciente de 59 anos, masculino, em programa de diálise, já tendo utilizado outros acessos sem sucesso, optado por confecção de fistula braquioaxilar direita com prótese de PTFE. Durante acompanhamento ambulatorial observou-se abaulamento local cujo eco-Doppler controle mostrava coleção heterogênea perienxerto. Realizado exploração cirúrgica com esvaziamento de seroma. Paciente apresentou recidiva em 1 semana então puncionado para esvaziamento. Após 4 meses apresentou nova recidiva neste momento com seroma infectado sendo novamente drenado cirurgicamente e realizado antibioticoterapia. O paciente manteve-se dializando pelo acesso em questão durante todo o tratamento. RESULTADOS: Este trabalho visa relatar um caso de seroma como complicação pós-operatória de fistula arteriovenosa braquio axilar com prótese PTFE. CONCLUSÕES: A literatura mostra algumas opções de tratamento para o 42 seroma de fístula arteriovenosa com prótese PTFE, porém devido a menor prevalência desta complicação há ainda necessidade de maiores estudos. PO-014 SALVAMENTO DE FAV PARA HEMODIÁLISE COM TRATAMENTO ENDOVASCULAR OTACILIO CAMARGO JUNIOR; ANTONIO CLAUDIO GUEDES CHRISPIN; CLAUDIO ROBERTO CABRINI SIMÕES; GUILHERME VIEIRA MEIRELLE; GUILHERME ABREU; WILLIAN VENDRAMINI Pontifícia Universidade Católica de Campinas CAMPINAS/SP ACESSO PARA HEMODIÁLISE 014 POSTER (PO) JUSTIFICATIVAS E OBJETIVOS: A fístula arteriovenosa autóloga (FAVA) criada por Bréscia e Cimino em 1966, continua sendo até hoje o acesso ideal para os pacientes renais crônicos. É um acesso que proporciona bom fluxo sanguíneo, longo tempo de sobrevivência e baixo índice de complicações, modificando, desde sua criação os resultados e a sobrevida dos pacientes em hemodiálise crônica. Relatamos o tratamento endovascular realizado em três pacientes para salvamento de FAV para hemodiálise. MÉTODO: Relatamos 3 casos de pacientes em que o tratamento endovascular foi empregado no salvamento e manutenção da perviedade da fístula arteriovenosa. Dois casos retratando pacientes submetidos a angioplastias percutâneas, guiadas por ultrassom, para salvamento de fístulas arteriovenosas para hemodiálise estenosadas. Um caso referente o oclusão de veia subclávia e tronco braquiocefálico direito devido a uso prolongado de cateter central para hemodiálise. RESULTADOS: Os pacientes evoluíram de maneira satisfatória com fistula arteriovenosa funcionante. CONCLUSÕES: O tratamento endovascular constituiu uma alternativa terapêutica eficaz no salvamento dos acessos vasculares para hemodiálise. PO-015 AVALIAÇÃO DAS FÍSTULAS ARTERIOVENOSAS CONFECCIONADAS NO HOSPITAL UNIVERSITÁRIO EVANGÉLICO DE CURITIBA PARA TERAPIA DE HEMODIÁLISE WILSON MICHAELIS; NELSON MESQUITA JUNIOR; ANTÔNIO LACERDA SANTOS ; MELISSA YOSHINAGA; IGOR YUDI KURADOMI; ROBERTO CALDAS BELZ; TALITHA MENDES DE PAULA HOSPITAL UNIVERSITÁRIO EVANGÉLICO DE CURITIBA CURITIBA/PR ACESSO PARA HEMODIÁLISE POSTER (PO) 015 JUSTIFICATIVAS E OBJETIVOS: Avaliação das fístulas arteriovenosas confeccionadas no setor de angiologia e cirurgia vascular do Hospital Universitário Evangélico de Curitiba, com a finalidade de acesso vascular para terapia de hemodiálise, analisando a perviedade, localização, tempo de maturação e complicações dessas fistulas. MÉTODO: Estudo retrospectivo com avaliação dos prontuários dos pacientes do setor de angiologia e cirurgia vascular do Hospital Universitário Evangélico de Curitiba, no período de maio de 2004 a março de 2007. Os 142 pacientes selecionados foram submetidos à confecção de fístulas arteriovenosas para hemodiálise pelos médicos Antonio Lacerda Santos Filho e Nelson Mesquita Júnior, sendo que todos os procedimentos foram realizados sempre com a participação dos dois profissionais. Os dados foram avaliados por meio de análise estatística descritiva. RESULTADOS: A maioria dos pacientes eram homens (61,98%), a idade média dos pacientes foi de 52 anos, com maior número de casos entre 30 a 59 anos, a fístula mais realizada foi a radiocefálica (38,31%) e a complicação mais encontrada foi a trombose da fístula arteriovenosa (12,34%). CONCLUSÕES: O serviço de Angiologia e Cirurgia Vascular do Hospital Universitário Evangélico de Curitiba oferece aos pacientes renais crônicos possibilidade de hemodiálise adequada e assim melhor qualidade de vida, através das fístulas arteriovenosas confeccionadas. PO-016 TUNELIZADOR METÁLICO RÍGIDO NA CONFECÇÃO DE FÍSTULAS ARTERIOVENOSAS DOS MEMBROS SUPERIORES PATRICK BASTOS METZGER; HERALDO ANTONIO BARBATO; ANGELIERI M. RESEGUE FERNANDA; EDUARDO SILVA JORDÃO; BRUNO LORENÇÃO ALMEIDA; CAMILA BAUMANN BETELLI; FABIO HENRIQUE ROSSI; RICARDO MOURA BARRETO; FREDERICO OLIVEIRO LINHARES; NILO MITSURU IZUKAWA Instituto Dante Pazzanese de Cardiologia SÃO PAULO/SP ACESSO PARA HEMODIÁLISE POSTER (PO) Poster 016 JUSTIFICATIVAS E OBJETIVOS: A qualidade de um acesso vascular condiciona os resultados clínicos dos pacientes tratados por hemodiálise. A criação de um túnel para a acomodação do conduto é uma etapa importante durante a realização do acesso. Avaliar a utilização de aparato tunelizador metálico rígido na confecção de acessos venosos para hemodiálise nos MMSS. MÉTODO: Estudo prospectivo, não randomizado, realizado em um único centro, durante o período de agosto de 2010 a novembro de 2011. Admitiram-se ao presente estudo 11 pacientes com insuficiência renal crônica dialítica sem condições de realização de FAV distais, seja pela ausência de conduto venoso ideal ou pela falha de FAV autólogas prévias. Os pacientes foram acompanhados durante o perioperatório, no retorno ambulatorial de 7 e de 30 dias. Analisaram-se: 1) o sucesso terapêutico inicial, com a presença de frêmito no conduto venoso ou prótese sintética após a cirurgia; 2) a presença de complicações relacionadas ao procedimento no 7º e 30º dia pós-operatório (PO); 3) dificuldade de utilização da FAV durante a hemodiálise. RESULTADOS: Sucesso técnico foi obtido em todos os casos. 6 confeccionaram-se fístulas axilobraquiais com PTFE de 6 mm; em 3, realizaramse transposições de veia basílica e, em 2, realizaram-se fístulas radiobasílicas com PTFE de 6mm. Não houve relato de complicações maiores, nem de dificuldades técnicas durante a punção. O fluxo médio durante a primeira diálise foi de 323 mL/min (295-408 mL/min). CONCLUSÕES: O tunelizador metálico rígido e curvo pode ser utilizado com segurança, apresentando vantagens nas cirurgias de confecções de acessos venosos para hemodiálise dos MMSS. PO-017 TRATAMENTO ENDOVASCULAR COM STENT REVESTIDO POR HIPERTENSÃO VENOSA CRÔNICA DECORRENTE DE FÍSTULA ARTERIOVENOSA PARA HEMODIÁLISE E ESTENOSE VENOSA CENTRAL REGINA MOURA; RODRIGO GIBIN JALDIN; MARCONE LIMA SOBREIRA; JAMIL VICTOR MARIUBA; MATHEUS BERTANHA; WINSTON BONETTI YOSHIDA; FERNANDO CORDEIRO PIMENTEL; HAMILTON ALMEIDA ROLLO; ERIKA BONFIETTI FACULDADE DE MEDICINA DE BOTUCATU – UNESP BOTUCATU/SP ACESSO PARA HEMODIÁLISE POSTER (PO) 017 JUSTIFICATIVAS E OBJETIVOS: A fístula arteriovenosa (FAV) para hemodiálise cronicamente pode evoluir com aneurisma e pseudoaneurismas venosos, por vezes associados a oclusão e estenose venosa central. A persistência de fluxo na fístula somado a estenoses proximais pode intensificar o regime de hipertensão venosa no membro, levando a edema e a ulcerações. Estas alterações devem ser observadas e corrigidas precocemente para evitar complicações mais graves. Objetivou-se descrever opção terapêutica não usual para alivio do regime de hipertensão venosa central frente a condições desfavoráveis para utilização de técnicas convencionais. MÉTODO: Descreve-se caso de paciente que evoluiu com hipertensão venosa grave de membro superior por oclusão venosa central associada a fístula pérvia e imunossupressão pós-transplante renal tratado de forma pouco invasiva por oclusão da anastomose arteriovenosa por implante de endoprótese. RESULTADOS: Paciente masculino, portador de insuficiência renal crônica independente de hemodiálise após transplante renal, com FAV braquiocefálica frêmito intenso e oclusão da veia subclávia ipsilateral. O paciente perdeu seguimento ambulatorial após transplante. Retornou apenas por úlcera infectada no braço esquerdo, edema exagerado de todo membro superior esquerdo e circulação colateral no hemitorax ipsilateral. Realizada internação e antibioticoterapia de amplo espectro. Tentou-se angioplastia e recanalização venosa do segmento ocluído de veia subclávia, sem sucesso, por não transposição da lesão. Pensouse em ligadura da fístula, porém as condições locais desencorajavam o procedimento cirúrgico convencional. Realizou-se então punção arterial femoral direita, com passagem do introdutor e cateter guia 8Fr até artéria braquial esquerda. Pelo cateter-guia introduzido stent revestido Viabhan (Gore®) de 7mm de diâmetro para cobertura do segmento de anastomose arteriovenosa. Houve êxito neste tratamento, de forma que no primeiro pós-operatório havia redução de 5 cm no diâmetro do braço. Houve a melhora de aspecto e fechamento progressivo da úlcera. CONCLUSÕES: O método endovascular por cobertura da anastomose arteriovenosa com endoprótese mostrou-se eficaz, evitando abordagem cirúrgica em área intensamente infectada. Por conseguinte, pode ser alternativa de tratamento em situações que não seja possível a correção da hipertensão venosa pela recanalização venosa proximal ou cirurgicamente por ligadura da FAV. PO-018 ANÁLISE DAS FÍSTULAS ARTERIOVENOSAS PARA HEMODIÁLISE EM PACIENTES DO SERVIÇO DE CIRURGIA VASCULAR DO HOSPITAL UNIVERSITÁRIO PROFESSOR EDGARD SANTOS – UFBA 43 Poster CARLOS ALBERTO SILVEIRA SILVEIRA ALVES; VANESSA PRADO SANTOS; MARLIZIA CLAUDIA SANTOS SANTANA; RONMEL LISBOA SANTOS; VICTOR NUNES SALES NETO Universidade Federal da Bahia SALVADOR/BA ACESSO PARA HEMODIÁLISE POSTER (PO) 018 JUSTIFICATIVAS E OBJETIVOS: A fístula arteriovenosa autóloga é o acesso para hemodiálise que mais se aproxima do ideal para o paciente com doença renal crônica em estágio terminal. A recomendação atual baseada na literatura é que 50% dos pacientes que irão iniciar o processo de diálise, o façam através de uma fístula arteriovenosa. O Objetivo deste estudo é analisar o perfil dos pacientes submetidos à confecção de fístula no nosso serviço e encontrar possíveis fatores que influenciem a perviedade precoce destas fístulas. MÉTODO: É um estudo descritivo retrospectivo dos pacientes portadores de doença renal em estágio terminal, submetidos à confecção de fístula no Hospital Universitário da Faculdade de Medicina da UFBA. Os dados, coletados em prontuários e em protocolos de seguimento ambulatorial, foram tabelados em planilhas do Microsoft Excell. A análise estatística foi realizada através do programa EPIINFO 2005, utilizando-se os testes do Qui-quadrado, exato de Fisher e análise de variância. Foram coletados dados demográficos, presença de comorbidades, uso de cateteres centrais, tipo de FAV realizada e a perviedade precoce da fístula, 30 dias após o procedimento. Foi considerado significante um valor de p<0,05. RESULTADOS: Foram analisadas 57 fístulas arteriovenosas entre maio de 2009 até maio de 2011. A faixa etária variou entre 33 e 83 anos. A maioria foi do gênero masculino, correspondendo a 57% dos pacientes. Entre as comorbidades presentes, hipertensão arterial foi a mais prevalente – 65% dos pacientes, seguida por Diabetes Mellitus presente em 30%. Dentre os 57 pacientes, 30% eram pré-dialíticos e 70% dialíticos. Dezesseis pacientes já tinham sido submetidos à confecção de FAV, porém sem sucesso. Quanto ao tipo de fístula realizada, 63% foi tipo radiocefálica, 14% tipo transposições de basílica, 16% braquiocefálicas e 7% com uso de prótese de PTFE. A perviedade dos diferentes tipos de FAV não diferiu significativamente (p=0,92). Nos pacientes pré-dialíticos foram realizadas fístulas do tipo radiocefálica em número significativamente maior (P=0,002), porém dialíticos e pré-dialíticos não diferiram significativamente quanto a perviedade em 30 dias. Homens e mulheres também não diferiram significativamente quanto a perviedade em 30 dias (p=0,47). CONCLUSÕES: A oportunidade de confecção de uma fístula arteriovenosa radiocefálica foi significativamente maior em paciente pré-dialíticos. O seguimento desses pacientes é fundamental para se encontrar fatores relacionados à perviedade a curto e longo prazo. PO-019 RESULTADOS PRELIMINARES DO TRATAMENTO ENDOVASCULAR DO AAA NO HSPE CHRISTIANO STCHELKNOF PECEGO; ALINE YOSHIMI FUTIGAMI; DIOGO PIRES SANTOS; MAURÍCIO HIROSHI YAMADA; MARCELO FERNANDO MATIELO; EDSON TAKAMITSU NAKAMURA; RODRIGO BRUNO BIAGIONI; ROBERTO SACILOTTO HOSPITAL DO SERVIDOR PÚBLICO ESTADUAL DE SÃO PAULO SÃO PAULO/SP ANEURISMA DE AORTA ABDOMINAL POSTER (PO) 019 JUSTIFICATIVAS E OBJETIVOS: Com a evolução do procedimento endovascular, os pacientes com aneurismas de aorta abdominal (AAA) têm uma alternativa menos invasiva que o tratamento cirúrgico convencional. O objetivo do estudo foi avaliar a mortalidade operatória (até 30 dias) do procedimento endovascular para tratamento do aneurisma de aorta abdominal no HSPE e a influência dos fatores de risco. MÉTODO: No período de outubro de 2006 a junho de 2011, 32 pacientes foram submetidos a tratamento com endoprótese de aorta abdominal no HSPE. Os desfechos analisados foram o óbito peri operatório e a presença de endoleak precoce, correlacionando-os com a extensão do aneurisma (aórtico isolado ou aorto-ilíaco), tamanho do colo proximal e tipo de endoprótese utilizada. RESULTADOS: O grupo foi constituído por 24 homens e 8 mulheres, com média de idade de 73,3 anos (61-89). A comorbidade mais comumente encontrada foi a HAS (90,6%), seguida da insuficiência coronariana (40,6%). O tabagismo estava presente em 71,9% dos pacientes. O tamanho médio dos aneurismas aórticos tratados foi de 57 mm. O comprimento médio do colo proximal foi de 24,8 mm. Dos AAA, 60% dos casos tinham aneurisma restrito à aorta, enquanto 40 % se estendiam para as ilíacas. Das endopróteses utilizadas, 75% foram bifurcadas e 25 % monoilíacas. Foi detectado endoleak precoce em 43,7% dos pacientes, sendo 9,4% tipo I, 31,3% tipo II e 3,1% tipo III. Houve uma taxa de 12,5% de óbito em 30 dias. O tamanho do aneurisma, tamanho do colo proximal e a presença de “endoleak” não influenciaram a mortalidade precoce. A extensão do AAA para as ilíacas tem a tendência estatística de aumentar a taxa de mortalidade. A taxa de mortalidade com uso de prótese monoilíaca foi significativamente maior (p=0,039) do que com bifurcada (9,4%% contra 3,1%, respectivamente). Foi observada uma correlação entre a idade e a taxa de mortalidade em 30 dias, com coeficiente de correlação de Pearson bisserial de 0,47 (p=0,006 e R2 =0,22). CONCLUSÕES: O tratamento endovascular do aneurisma de aorta abdominal constitui uma alternativa a cirurgia convencional, com mortalidade peri operatória aceitável, porém a idade continua sendo um fator de risco de mortalidade neste procedimento. A extensão do aneurisma e o uso de próteses monoilíacas influenciaram a mortalidade precoce. Não houve fator que influenciasse a presença de endoleak. PO-020 CORREÇÃO CIRÚRGICA COMBINADA DE MÚLTIPLOS ANEURISMAS – RELATO DE CASO ANTÔNIO TRIGO ROCHA; MICHEL CARDOSO DE LIMA; CLAUDIO JUNDI KIMURA; GIULIANO GIOVA VOLPIANI; JEFERSON FREITAS TOREGEANE; EVERTON GRÖHS; MIRELA BERNARDI BRAGA Universidade Estadual do Oeste do Paraná CASCAVEL/PR ANEURISMA DE AORTA ABDOMINAL 020 POSTER (PO) JUSTIFICATIVAS E OBJETIVOS: A doença aneurismática não complicada é assintomática, sendo seus sintomas, quando presentes, relacionados às complicações, como trombose, embolização ou ruptura. Em qualquer artéria de médio ou grande porte pode ocorrer aneurisma, sendo mais frequente nas artérias abdominais (aorta infra-renal e ilíacas) e em seguida nas artérias periféricas na ordem: poplítea, femoral e carótida. Este trabalho objetiva relatar o caso e o tratamento de um paciente com aneurisma de aorta abdominal infra-renal e múltiplos aneurismas periféricos em membros inferiores. MÉTODO: Paciente L.C.P., masculino, 58 anos, agricultor, branco, diabético há 8 anos e tabagista 30 anos/maço, procurou o serviço de cirurgia vascular com queixa de dor súbita em membro inferior esquerdo há 3 meses e história clínica de claudicação intermitente em MIE para 300m. Ao exame, estavam presentes os pulsos femorais e poplíteos bilateralmente e ausentes os tibiais no MIE, com tumoração pulsátil em ambas artérias femorais e poplíteas. O paciente foi submetido à angiotomografia computadorizada, a qual evidenciou múltiplas dilatações aneurismáticas fusiformes, cujos diâmetros externos, em cm, foram: aorta distal (3,1 x 5,5); a. ilíaca comum D (3,1) e E (4,7); a. ilíaca interna (2,7) com um trombo mural de 1,5 cm; a. ilíaca femoral comum D (2,5) e E (2,9); terço distal da a. femoral superficial E (3,7); a. poplítea D (2,8). Foram observados sinais de trombose parcial no segmento proximal da tibial posterior E, com boa perfusão da artéria distal. RESULTADOS: Foi realizada correção bilateral dos aneurismas femorais, com prótese de dácron de 8mm, sendo no ato cirúrgico, confeccionado com a mesma prótese, uma via de acesso para a correção endovascular dos outros aneurismas. Este iniciou-se com a embolização da artéria ilíaca interna esquerda com molas destacáveis e posteriormente foram corrigidos os aneurismas de aorta terminal e de ambas as ilíacas comuns com endoprótese bifurcada (marca “Aorfix”). A angiografia de controle mostrou ausência de sangramentos e bom posicionamento da endoprótese. Sendo a literatura escassa de informações a respeito do tratamento de múltiplos aneurismas, relatamos esse caso na esperança de trazer mais informações à respeito de uma conduta cirúrgica única e eficaz para resolver os múltiplos aneurismas. CONCLUSÕES: O tratamento combinado permite a correção simultânea de vários aneurismas com uma baixa taxa de morbimortalidade. PO-021 TRATAMENTO CIRÚRGICO DE ENDOLEAK TIPO I PROXIMAL DE ANEURISMA DE AORTA ABDOMINAL ANTONIO CARLOS MARTINS; AUGUSTO CESAR DE CARVALHO; JULIO CESAR SAUCEDO MARIÑO Hospital Sírio Libanês SÃO PAULO/SP ANEURISMA DE AORTA ABDOMINAL POSTER (PO) 021 JUSTIFICATIVAS E OBJETIVOS: A correção endovascular dos aneurismas de aorta abdominal é uma realidade há anos e hoje o principal método de tratamento, porém reintervenções podem ser necessárias, seja por endoleak, migração da prótese, desgaste do material ou aumento do diâmetro do aneurisma. No endoleak tipo I a correção se faz ainda no intra operatório com extensão ou stents expansíveis por balão (Ex: Palmax), porém quando tardios, pode-se fazer a correção endovascular ou aberta, dependendo do diâmetro e comprimento do colo, bem como presença de trombos e envolvimento de artérias renais. 44 MÉTODO: Descrever um caso de aneurisma de aorta abdominal justa renal com correção endovascular há 10 anos, que evoluiu com endoleak tipo I proximal, e foi tratado cirurgicamente aproveitando-se da endoprótese implantada anteriormente. RESULTADOS: Paciente EGC, 64 anos, masculino, tabagista há 30 anos, diabético e hipertenso, foi submetido em outro serviço à correção endovascular de aneurisma de aorta infra-renal, de 5 cm de diâmetro, há 10 anos (2001). Desde então vinha em seguimento irregular apenas com ultrassom. Ao passar em consulta para avaliação de estenose carotídea, encontrado hiperpulsatilidade da aorta, o que motivou a realização de AngioTC. Esta demonstrou endoleak tipo I proximal e diâmetro do AAA de 6,4 cm. Como o paciente recusou nova intervenção endovascular, foi submetido a tratamento cirúrgico, que consistiu na sutura da endoprótese no colo proximal. A evolução no pós-operatório foi livre de intercorrências e o paciente recebeu alta hospitalar após 5 dias. A angioTC de controle de 6 meses mostra exclusão do aneurisma, sem evidência de endoleak .CONCLUSÕES: O tratamento do endoleak tipo I proximal pode ser realizado cirurgicamente, quando não existe colo proximal adequado ou, como no nosso caso, por opção do paciente. Esta correção pode ou não envolver a interposição de prótese de dacron reta, evitando-se assim a necessidade de retirar a endoprótese que está bem integrada nas ilíacas comuns, e consequentemente, diminuindo o risco de lesão arterial, tempo cirúrgico e complicações no pós-operatório PO-022 TRATAMENTO ENDOVASCULAR DE ENDOLEAK TIPO II, COM ACESSO PELA ARTÉRIA MESENTÉRICA SUPERIOR ANTONIO CARLOS MARITNS; AUGUSTO CÉSAR DE CARVALHO; JULIO CÉSAR SAUCEDO MARIÑO; MARCELO FERREIRA Hospital Sírio Libanês SÃO PAULO/SP ANEURISMA DE AORTA ABDOMINAL POSTER (PO) 022 JUSTIFICATIVAS E OBJETIVOS: A correção endovascular dos aneurismas de aorta abdominal é uma realidade há anos e hoje o principal método de tratamento, porém reintervenções causadas por endoleak, migração da prótese, desgaste do material e aumento do diâmetro do aneurisma, podem ser necessárias. O endoleak tipo II pode ser acompanhado com tomografias seriadas, pois na maioria dos casos se resolve espontaneamente. Porém, quando se evidencia o crescimento do aneurisma, devem ser tratados, seja com molas, injeção de trombina, agentes embolizantes ou até mesmo a conversão para cirurgia aberta. Nosso objetivo é relatar um caso de tratamento de endoleak II pela artéria mesentérica inferior, tratado por embolização a partir da artéria mesentérica superior. MÉTODO:. Paciente SJWF, 75 anos, masculino, diabético, dislipidêmico e hipertenso, foi submetido à correção endovascular de aneurisma de aorta infrarrenal, de 7,0 cm de diâmetro, há 6 meses. Após 3 meses da cirurgia, realizou um controle tomográfico que indicou a presença de endoleak tipo II a partir da artéria mesentérica inferior. Após 6 meses, novo controle que mostrou novamente o endoleak e aumento do diâmetro do aneurisma para 7,5 cm. Realizado a correção endovascular desse endoleak, com acesso pela artéria mesentérica superior, entrando pela artéria cólica média e embolizando a artéria mesentérica inferior com molas. No intra operatório a arterigrafia mostrou o sucesso terapêutico. RESULTADOS: Evolução no pós-operatório foi livre de intercorrência e o paciente recebeu alta hospitalar após 1 dia. CONCLUSÕES: Ainda que o endoleak tipo II seja benigno, este deve ser acompanhado de perto, com tomografias seriadas, de modo a diagnosticar o crescimento do aneurisma. Evidenciado o crescimento do aneurisma, o endoleak tipo II deve ser tratado. Neste caso, a embolização da artéria mesentérica inferior (fonte do endoleak), através da artéria mesentérica superior, com o uso de cateteres hidrofílicos de fino calibre, permitiram o tratamento deste paciente. Esta modalidade de tratamento é segura e foi adequada para este paciente. PO-023 FÍSTULA AORTODUODENAL BRUNA DE FINA; ADRIANA MARCO ANTONIO; DOUGLAS DIPOLD; SIMONE PEDROSO; ERICA TADEU; CAROLINA COZZI; ELIANA FUJI; MARIANA TERRA DINIZ; MARCELO GIUSTI; YUMIKO YAMAZAKI; JOÃO CORREIA; FERNANDA UCHIYAMA FACULDADE DE MEDICINA DO ABC SÃO PAULO/SP ANEURISMA DE AORTA ABDOMINAL POSTER (PO) 023 JUSTIFICATIVAS E OBJETIVOS: As fístulas aortoentéricas são entidades raras e correspondem à comunicação entre a aorta e o intestino. Por representar uma causa pouco frequente de hemorragia digestiva e, por apresentar evolução clinica muitas vezes fatal, o diagnóstico deve sempre ser considerado. Com o aumento Poster do número de correções dos aneurismas, a principal causa destas fístulas, atualmente, é a erosão intestinal pelos enxertos vasculares. Ocorre em de 4% dos reparos por via laparotomia e 8% por via endovascular. MÉTODO: Paciente de 48 anos, sexo masculino, com queixa de sangue vivo nas fezes em grande quantidade acompanhada de sincope e tontura. Paciente com antecedente cirúrgico de correção de aneurisma de aorta abdominal infrarrenal com enxerto aorto-aórtico com prótese de dacron há 8 anos, sem complicações até o momento. Ao exame físico apresentava-se estável hemodinamicamente, com tumoração em flanco esquerdo de aproximamente 10 cm, pulsátil e indolor a palpação. À tomografia computadorizada de abdome evidenciou aorta com prótese apresentando área de descontinuidade e hematoma retroperitoneal. Optado por laparotomia exploradora que confirmou presença deste hematoma junto à anastomose proximal da prótese fistulizada para terceira porção duodenal. Realizada ligadura aórtica infrarrenal e supra-ilíacas, seguida de enxerto extra-anatômico axilo-femoral direito e enxerto cruzado femoro-femoral direito-esquerdo com prótese de dacron. Para o reparo de fístula intestinal foi realizado enterectomia segmentar da terceira porção duodenal seguida de entero-entero anastomose termino-terminal. O paciente evolui sem complicações no pos operatório. RESULTADOS: Como no caso apresentado, o mais importante para o sucesso no tratamento dessa complicação é a rapidez no diagnóstico e da instituição do tratamento, por permitir uma resolução em tempo hábil. CONCLUSÕES: Com o aumento dos avanços médicos e dos métodos diagnósticos, os pacientes com aneurisma de aorta abdominal atualmente são precocemente diagnosticados e, quando indicado, tratados por reparos com o uso de próteses vasculares. Desta maneira aumenta a incidência de complicações destes procedimentos, como as fístulas. O diagnóstico desta complicação permanece um desafio, por representar uma pequena parcela na etiologia dos sangramentos intestinais, pela dificuldade de confirmação com métodos diagnósticos e pela gravidade do quadro. PO-024 EMBOLIZAÇÃO DE ARTÉRIA MESENTÉRICA INFERIOR POR MICRONAVEGAÇÃO PARA TRATAMENTO DE ENDOLEAK TIPO 2: RELATO DE 2 CASOS BRUNO LORENÇÃO ALMEIDA; LEANDRO CORDEIRO SOARES; ANTONIO MASSAMITSU KAMBARA; SAMUEL MARTINS MOREIRA; EDUARDO SILVA JORD OLIVEIRA; FERNANDA MARIA RESEGUE ANGELIERI; PATRICK BASTOS METZGER; MARCELO BUENO OLIV COLLI; NILO MITSURU IZUKAWA; DEO CEZAR CARNEIRO FONTES; EDUARDO RAFAEL NOVERO Instituto Dante Pazzanese de Cardiologia SÃO PAULO/SP ANEURISMA DE AORTA ABDOMINAL POSTER (PO) 024 JUSTIFICATIVAS E OBJETIVOS: Uma das principais complicações do tratamento endovascular do aneurisma de aorta abdominal é o Vazamento ou “Endoleak”, caracterizado como persistência de fluxo sanguíneo dentro do saco aneurismático, ou seja, fora do lúmen da endoprótese. Por definição, o endoleak tipo II resulta de fluxo retrogrado para o saco aneurismático através de ramos aórticos, e não tem relação com a prótese em si. O melhor tratamento para o endoleak tipo II permanece incerto, já que em ate 50% dos casos há resolução espontânea. Entretanto os vazamentos do tipo II persistentes (duração >6 meses) devem ser tratados, pois sua presença está associada a eventos adversos (crescimento do saco aneurismático, necessidade de conversão para reparo convencional, reintervenções e ruptura) e seu tratamento mostrou ser seguro e custo-efetivo. Dentre as técnicas utilizadas são descritas a ligadura arterial a céu aberto e laparoscópica, embolização por punção transabdominal, translombar e por micronavegação. Objetivo: Relatar dois casos de tratamento endoleak tipo II com embolização por microcateterizaçao de Artéria Mesenterica Inferior. MÉTODO: Caso 1: JBG, 57 anos, apresentou endoleak tipo II em tomografia de controle, apos correção de endovascular de Aneurisma de Aorta Abdominal. Aortografia mostrava vazamento proveniente de reenchimento da artéria mesenterica inferior. Optou-se por acompanhamento clínico, poréem, tomografia após 6 meses, mostrou persistência do vazamento, tendo sido optado por embolização. Caso 2: DAS, 72 anos, apresentou endoleak tipo II em tomgrafia de controle ambulatorial, após correção de aneurisma de aorta abdominal. Confirmado por aortografia, como reenchimento da artéria mesentérica inferior, foi optado por embolização. RESULTADOS: Relatar dois casos de tratamento endovascular de endoleak tipo II, identificados no acompanhamento ambulatorial após correção de AAA. A técnica utilizada foi acesso arterial da mesentérica inferior através da microcateterização da artéria mesentérica superior e colica esquerda e embolização da origem da artéria mesentérica inferior com cianoacrilato e meio de contraste iodado oleoso. CONCLUSÕES: O tratamento do Endoleak tipo II por embolização após microcateterização da artéria mesentérica inferior, mostrou se método efetivo, sendo considerado opção para tratamento desta complicação após correção endovascular do AAA. 45 Poster PO-025 REPARO CONVENCIONAL DE ANEURISMA DE AORTA ABDOMINAL INFRARRENAL: 4 ANOS DE SEGUIMENTO MARCELO FERNANDO MATIELO; KATSUMI NAKANO; RONALDO ARROYO DAUDT; DIOGO PIRES SANTOS; ALINE YOSHIMI FUTIGAMI; RICARDO STIEGELE PIRES DA SILVA; MAURÍCIO HIROSHI YAMADA; ROBERTO SACILOTTO Hospital do Servidor Público Estadual de São Paulo SÃO PAULO/SP ANEURISMA DE AORTA ABDOMINAL POSTER (PO) 025 JUSTIFICATIVAS E OBJETIVOS: Atualmente embora exista a técnica Endovascular de Correção dos AAA, nos casos em que os pacientes apresentem condições clínicas e/ou anatômicas favoráveis, o reparo aberto continua como a técnica convencional. O objetivo deste estudo é analisar a evolução dos AAA a médio prazo submetidos a esta técnica. MÉTODO: No período de jan/2006 a dez/2009, foram feitos 52 reparos abertos eletivos de doentes com AAA. Todos os AAA foram fusiformes, com diâmetro médio de 62,02 mm, sendo que 10 dos 52 eram sintomáticos. Os enxertos foram na maioria Ao-IL (48,1%), AO-AO (34,6%) e Ao-Il/Fe (15,4%). O acesso transperitoneal foi realizado em 30%, e o retroperitoneal em 70%. Os fatores de risco analisados foram idade, HAS, DM, IRC, Tabagismo, DLP, ICO e risco cirúrgico. RESULTADOS: No seguimento de 4 anos, observamos uma estimativa de sucesso da paliação efetiva em 68,3% (EP 0,08). O risco cirúrgico pré-operatório foi avaliado como moderado a elevado para 72% dos pacientes. As complicações precoces encontradas foram IAM em 5,8%, BCP em 13,8%, IRA em 13,5%, Íleo em 5,8%, Sepse 7,7%, embolização distal/nádegas em 7,7%, isquemia visceral em 3,8%, com uma morbidade total de 48,1%. A mortalidade operatória (30 dias) foi de 19,6%. CONCLUSÕES: No período do estudo, verificamos estimativa de sucesso na correção do AAA infrarrenal satisfatórias em termos de expectativa de vida. PO-026 TRATAMENTO DOS ANEURISMAS DE AORTA ABDOMINAL INFRRRENAIS NO PERÍODO DE JANEIRO DE 2008 A JULHO DE 2011. EXPERIÊNCIA DO SERVIÇO DE CIRURGIA VASCULAR DO HOSPITAL FEDERAL DA LAGOA FELIPE DI NUBILA CHIODO; HELENA OLIVEIRA SANTOS; JOANA BABO LESSA CAMPOS; ROBERTA ANDRADE DA ROCHA; DANIEL LUSTOZA CABRAL; GERALDO ESTANISLAO MORAIS; ÁTILA DI MAIO FERREIRA; VASCO LAURIA FONSECA Hospital Federal da Lagoa RIO DE JANEIRO/RJ ANEURISMA DE AORTA ABDOMINAL POSTER (PO) 026 JUSTIFICATIVAS E OBJETIVOS: A doença aneurismática da Aorta Infra-Renal é uma patologia frequente no dia a dia do Cirurgião Vascular. Com o envelhecimento da população brasileira, cada vez mais essa condição ganha importância epidemiológica e clínica na prática médica. O presente trabalho objetiva ressaltar a experiência de três anos e meio de um serviço de referência no Rio de Janeiro para o tratamento desse quadro. Foram abordados aspectos técnicos, clínicos e epidemiológicos dos pacientes submetidos tanto ao reparo aberto quanto ao reparo endovascular. MÉTODO: Foram analisados retrospectivamente ao todo 32 pacientes submetidos ao tratamento cirúrgico convencional (25) e endovascular (7) entre os anos de 2008 e 2011 no serviço de Cirurgia Vascular e Endovascular do Hospital Federal da Lagoa. Foram levantados dados de aspectos epidemiológicos, clínicos e relacionados às técnicas utilizadas. RESULTADOS: Nos pacientes operados por cirurgia convencional houve um 1 óbito em uma paciente com anatomia desfavorável para tratamento endovascular e com um alto risco cirúrgico (mortalidade de 4%). Nos 7 pacientes operados por via endovascular não houve óbito no período de um mês de pós-operatório, o óbito que ocorreu após esse período se deu por complicações pulmonares em uma paciente octagenária. CONCLUSÕES: O tratamento cirúrgico do Aneurisma de Aorta Abdominal Infrarrenal no Hospital Federal da Lagoa tanto pela técnica convencional quanto pela técnica endovascular (início de experiência há 1 ano) está bem padronizado com uma morbimortalidade compatível com a literatura mundial. PO-027 DUPLA RUTURA DE ANEURISMA DA AORTA ABDOMINAL FELIPPE BEER; ALBERTO BEER; JOSÉ SALVANY DE SOUZA JUNIOR; JOSÉ MUSSA CURY FILHO; MARCUS HUMBERTO TAVARES GRESS; FRANCISCO JOÃO SAHAGOFF GOMES Casa de Portugal RIO DE JANEIRO/RJ ANEURISMA DE AORTA ABDOMINAL POSTER (PO) 027 JUSTIFICATIVAS E OBJETIVOS: Apresentação de um caso clínico infrequente de rutura dupla de aneurisma da aorta abdominal para o retroperitônio e veia cava inferior com 03 (três) dias de evolução. MÉTODO: JSBLS, branco, masculino, 69 anos, diabético, hipertenso, portador de estenose das carótidas e claudicação intermitente além de tabagista inveterado. Chegou ao serviço de emergência após desmaio tendo sido levado por familiares com queixa de dor intensa e contínua em dorso, resistente aos analgésicos comuns, de início há 03 (três) dias. O exame clínico evidenciava uma massa abdominal pulsátil quando foi realizada uma angiotomografia computadorizada que revelou um aneurisma da aorta abdominal roto para retroperitônio e para veia cava inferior (fístula). O paciente foi internado na unidade de terapia intensiva e logo encaminhado ao centro cirúrgico onde foi realizada a exclusão do aneurisma com técnica endovascular utilizando-se uma prótese mono ilíaca seguida por uma ponte femoro-femural cruzada. RESULTADOS: Os autores chamam a atenção para um caso de aneurisma com uma dupla ruptura, ou seja, para o retroperitônio e para veia cava inferior, sendo que esta última, provavelmente, evitou o choque hipovolêmico e a morte do paciente pela descompressão do aneurisma através da criação de uma fístula arteriovenosa de alto débito. O procedimento foi realizado sem intercorrências e com excelente resultado, isto é, a completa exclusão do aneurisma e o fechamento da fístula arteriovenosa. CONCLUSÕES: A técnica endovascular para a exclusão dos aneurismas da aorta abdominal já pode ser considerada atualmente como primeira opção de tratamento sobretudo nos casos de emergência como o relatado, evitando-se assim a abertura da cavidade e portanto reduzindose o risco de hemorragia e a morbimortalidade da doença e do procedimento. PO-028 ALTERNATIVAS TÉCNICAS PARA PRESERVAÇÃO DA ARTÉRIA ILÍACA INTERNA NO TRATAMETO ENDOVASCULAR DOS ANEURISMAS AORTO-ILÍACOS: RELATO DE 3 CASOS GUILON OTÁVIO SANTOS TENÓRIO; GUSTAVO FULTON SCHIMIT; FERNANDO BARBOSA TREVISAN; JOSÉ MANOEL SILVA SILVESTRE; EDUARDO DURANTE RAMIRES; WANDER EDUARDO SARDINHA; DOMINGOS MORAIS FILHO; FERNANDO MOTTA Universidade Estadual de Londrina LONDRINA/PR ANEURISMA DE AORTA ABDOMINAL POSTER (PO) 028 JUSTIFICATIVAS E OBJETIVOS: Sabemos que a oclusão da artéria ilíaca interna pode ser realizada com segurança no reparo endovascular dos aneurismas de aorta abdominal. Porém em alguns casos, esta artéria precisa ser preservado para evitar isquemia de orgão pélvicos. MÉTODO: Caso 1: Paciente masculino com aneurisma de aorta abdominal e ilíaca comum direita. Em investigação com angiotomografia e arteriografia, ficou demostrado a ausência da arcada de Rioland por cirurgia prévia de cólon. No planejamento da intervenção via endovascular, havia impossibilidade do emprego de prótese bifurcada para ilíaca interna e a técnica de sanduíche pelo leito distal inadequado para ancoragem. Foi proposto endoprótese de aorta bifurcada com extensão para ilíaca interna direita com stent revestido, para preservação de perfusão pélvica, e oclusão de ilíaca externa direita. Programado no mesmo ato operatório o enxerto femorofemoral cruzado para revascularizar o membro inferior direito. Caso 2: Paciente masculino com diagnóstico de aneurisma de aorta e artérias ilíacas comuns. Durante planejamento de intervenção endovascular, foi verificado estenose de artéria ilíaca interna esquerda. Optado pela preservação da artéria ilíaca interna direita e oclusão da esqueda. Submetido ao implante de endoprótese de aorta bifurcada da Cook® com extensão para direita e endoprótese bifurcada Cook® para ilíaca interna direita para preservação deste vaso. Caso 3: Paciente masculino com aneurisma de aorta abdominal e ilíaca comum esquerda, também com claudicação intermitente para 100 metros em membro inferior direito. Antecedentes de hipertensão arterial e tabagismo. Investigação radiológica mostrou oclusão de ilíaca comum direita, assim como a oclusão das artérias ilíacas interna e externa. Para preservação da circulação pélvica, foi realizado a correção do aneurisma com endoprótese monoilíaca e técnica de sanduíche para preservação de ilíaca interna esquerda com derivação femoro-femoral cruzada para revascularização de membro inferior direito. RESULTADOS: Nos procedimentos endovasculares, é comum a oclusão de uma das artérias ilíacas internas para obter ancoragem adequada das próteses e sucesso na correção. Todavia, existem situações, como a ausência da arcada de Rioland ou ilíaca interna única, que pedem pela preservação deste vaso para evitar isquemia de orgão pélvico. CONCLUSÕES: A preservação da artéria ilíaca interna por métodos endovasculares pode ser empregado na intenção de evitar isquemia de órgãos pélvicos e correção de aneurismas ilíacos. 46 PO-029 CORREÇÃO DE MIGRAÇÃO E RUPTURA DE ENDOPRÓTESE DE AORTA ABDOMINAL PELA TÉCNICA DE SANDUÍCHE: RELATO DE CASO GUILON OTÁVIO SANTOS TENÓRIO; GUSTAVO FULTON SCHIMIT; FERNANDO BARBOSA TREVISAN; JOSÉ MANOEL SILVA SILVESTRE; WANDER EDUARDO SARDINHA; EDUARDO DURANTE RAMIRES; DOMINGOS MORAIS FILHO; GUSTAVO BONILHA LISBOA Universidade Estadual de Londrina LONDRINA/PR ANEURISMA DE AORTA ABDOMINAL POSTER (PO) 029 JUSTIFICATIVAS E OBJETIVOS: A correção endovascular dos aneurismas de aorta vem se tornando tratamento de escolha por apresentar menor morbidade e mortalidade, assim como menor tempo de internação e convalescência pósoperatória. Mesmo com técnicas mais apuradas e próteses com navegabilidade e ancoragem mais precisas, a doença aneurismática pode progredir e fazer com que os procedimentos realizados sejam perdidos. MÉTODO: Paciente masculino, 66 anos, diagnosticado há 2 anos, com aneurisma de aorta abdominal infrarrenal de 12 cm e oclusão de ilíaca esquerda. Submetido a correção endovascular com endoprótese monoilíaca e enxerto femoro-femoral cruzado. Em seguimento ambulatorial permaneceu assintomático por 18 meses. Iniciou quadro de dor de forte intensidade e tumoração pulsátil de aproximadamente 15 cm em fossa ilíaca direita. Angio-TC mostrou endoleak tipo I devido à migração da endoprótese e ruptura da malha em face anterior com progressão do aneurisma no colo proximal atingindo mesentérica. Devido à estabilidade hemodinâmica, foi optado pelo implante de nova endoprótese com técnica sanduíche para preservação de mesentérica superior e artérias renais. Durante o procedimento, foi observado uma estenose crítica da artéria renal esquerda que impossibilitou sua cateterização. Foram implantadas duas endopróteses torácicas, proximal reta e distal cônica, com interposição de stent revestido em mesentérica superior e stent não revestido em renal direita. RESULTADOS: Originalmete a técnica sanduíche, desenvolvida pelo Dr. Armando de Carvalho Lobato, foi idealizada para correção de aneurismas de artérias ilíacas e preservação de ilíaca interna. Porém esta técnica vem se mostrando de grande utilidade e praticidade na correção de aneurismas tóraco-abdominais com preservação de troncos arteriais importantes. As próteses fenestradas são uma opção para correção dos aneurismas tóraco-abdominais e suprarrenais; contudo, as cirurgias são de cunho eletivo e a confecção da prótese fenestrada necessita de tempo e medidas exatas de ramos viscerais. A técnica de sanduíche possibilita a correção destes aneurismas com material disponível no momento, fornecendo ao cirurgião vascular um arsenal mais vasto para as intervenções. CONCLUSÕES: Bem empregada, a técnica sanduíche mostrou-se muito eficaz na correção do migração de endoprótese prévia e na progressão da doença aneurismátia da aorta. Sua praticidade fornece maior gama de possibilidades em casos de urgência, como o caso descrito. PO-031 ANEURISMA DE AORTA ABDOMINAL ASSOCIADO A RIM EM FERRADURA: RELATO DE CASO DE PACIENTE SUBMETIDO A TRATAMENTO ENDOVASCULAR GUSTAVO TEIXEIRA F. SCHIMIT; JOSÉ MANOEL SILVA SILVESTRE; WANDER EDUARDO SARDINHA; GUILHERME DA SILVA SILVESTRE; GUILON OTÁVIO SANTOS TENÓRIO; FERNANDO BARBOSA TREVISAN; CARLOS JUNIOR KARIGYO; LUIZ JOAQUIM FONSECA MARINHO Universidade Estadual de Londrina LONDRINA/PR ANEURISMA DE AORTA ABDOMINAL POSTER (PO) 031 JUSTIFICATIVAS E OBJETIVOS: O rim em ferradura é uma das anomalias urológicas congênitas mais comuns. A sua incidência ocorre em um a cada 600 a 800 indivíduos. Existe um caso de rim em ferradura para cada 200 casos de aneurisma de aorta abdominal operado. A terapia endovascular para o tratamento do aneurisma de aorta abdominal em pacientes com rim em ferradura torna-se muito atraente por ser um procedimento menos agressivo e eficaz para estes pacientes. Este trabalho propõe-se em relatar um caso de um paciente com rim em ferradura submetido a tratamento endovascular de aneurisma de aorta abdominal e realizar um paralelo com as principais publicações disponíveis até hoje tendo em vista ratificar o tratamento endovascular para este tipo de paciente. Método: Paciente do sexo masculino, 64 anos, com aneurisma fusiforme da aorta infrarrenal e rim em ferradura. Vinte a 30% do rim, na região do istmo, era irrigado por artéria acessória com origem no terço distal da aorta. Optou-se pela correção endovascular, mesmo sabendo que seria inviável a conservação da artéria acessória. Após os procedimentos, foram realizadas angiotomografias de controle, que não evidenciaram vazamentos. O aneurisma infrarrenal Poster apresentou redução progressiva. O paciente apresentou infarto renal de aproximadamente 20% na área do istmo. Durante a evolução, não houve alteração da função renal ou dos níveis pressóricos. Resultados: O rim em ferradura, acomete cerca de 0,12% dos pacientes que necessitam de correção cirúrgica de aneurisma de aorta. Este abrage uma gama de variações arteriais que podem dificultar a correção cirúrgica convencional de um aneurisma de aorta abdominal. Quanto à irrigação arterial, Eisendrath classificou de I a V as variações. Desde 1997 existem relatos de tratamento endovascular de aneurisma de aorta abdominal em pacientes com rim em ferradura associado, quando necessário, à oclusão de artérias renais acessórias de menor calibre. Isto leva a crer que a importância das artérias renais acessórias foram superestimadas. Tal fato, associado à raridade de aneurismas de aorta abdominal em pacientes com rim em ferradura e à agressividade da cirurgia convencional torna o tratamento endovascular para estes pacientes muito atraente. Conclusões: O tratamento endovascular do aneurisma de aorta abdominal em pacientes com rim em ferradura, com irrigação de i a iv de eisendrath, com artérias acessórias não dominantes menores que 3mm pode ser considerado tratamento de escolha. PO-032 LIGADURA VIDEOLAPAROSCÓPICA DA ARTÉRIA MESENTÉRICA INFERIOR: UMA ALTERNATIVA PARA O TRATAMENTO DO ENDOLEAK TIPO II JOÃO LUIZ SANDRI; GIULIANO DE ALMEIDA SANDRI; JOSÉ MONTEIRO SOUZA NETTO; LUCIANO NOGUEIRA GAMA; ROSSINI CIPRIANO GAMA; GIOVANNI ZUCOLOTTO Vitória Apart Hospital – Medicina Vascular VITÓRIA/ES ANEURISMA DE AORTA ABDOMINAL POSTER (PO) 032 JUSTIFICATIVAS E OBJETIVOS: O tratamento endovascular do aneurisma de aorta abdominal (AAA) trouxe inúmeras vantagens e benefícios, no entanto traz também complicações, tais como os endoleaks que podem já estar presentes imediatamente após o tratamento ou serem detectados posteriormente no seguimento do caso, como é comum no endoleak tipo II ocasionado pela artéria mesentérica inferior (AMI). Nosso objetivo é demonstrar o tratamento de um paciente com endoleak tipo II com o uso de videolaparoscopia e fazer uma breve revisão de literatura. MÉTODO: Paciente do sexo feminino com 74 anos e com aneurisma sacular de aorta infrarrenal com diâmetro de 5,2 cm e plaquetopenia, sumetida a tratamento com implante de endoprótese Talent (Medtronic) sem intercorrências. Realizou controles com trinta dias, seis meses e 12 meses. Neste último foi detectado um nicho de endoleak e identifiou-se na angiotomografia a origem do vazamento na AMI. Como a paciente apresentava discreta elevação de creatinina, optou-se por tratamento expectante. Seis meses após, em novo controle foi evidenciado o crescimento do AAA para 6,2 cm e foi indicado a correção do endoleak. Optamos pela clipagem videolaparoscópica da AMI para não expor a paciente a mais contraste e com base em relatos bem sucedidos na literatura. A paciente foi submetida ao procedimento através de 4 acessos e a AMI foi facilmente identifica e interrompida com 2 clipes. RESULTADOS: A cirurgia foi realizada sob anestesia geral e teve duração de uma hora e a paciente recebeu alta no dia seguinte. O controle de 30 dias e 6 meses com duples-scan mostrou involução do saco aneurismáticoCONCLUSÕES: A via laparoscópica para a ligadura da AMI em pacientes com endoleak tipo II após EVAR é uma técnica simples, minimamente invasiva e com custo e riscos muito menores que uma embolização por via endovascular. Recomendamos para casos selecionados e em instituições em que exista equipe de cirurgia videolaparoscópica experiente. PO-033 ANEURISMAS ROTOS DE AORTA ABDOMINAL: EXPERIÊNCIA NO CONJUNTO HOSPITALAR DO MANDAQUI (CHM) - SP JULIANA MARIA TENORIO JUCA SA; LUIZ MAURICIO GRANDI; ANDRE LUIS BARROS DE SOUZA; GUSTAVO AURELIO BASSO; ADRIANO PASTORELI MACHADO DE LIMA; ANA BEATRIZ BARBOSA CAVALCANTI; EDUARDO ALVES BRIGIDIO; SAMUEL M. MOREIRA; SILVANA TORRES PEREZ; SERGIO QUILICI BELCZAK; CRISTINA CHAHESTIAN; MARCO ANTONIO C. CRIVELLARO; ANDRE BOLGUE CARDIN; TALLES CARVALHO MOTA; RAQUEL GARCIA DE ROSIS CONJUNTO HOSPITALAR DO MANDAQUI (CHM) SÃO PAULO/SP ANEURISMA DE AORTA ABDOMINAL POSTER (PO) 033 JUSTIFICATIVAS E OBJETIVOS: Demonstrar a experiência no manejo de pacientes portadores de aneurismas rotos de aorta abdominal no CHM. MÉTODO: Análise retrospectiva de prontuários de pacientes submetidos à cirurgia de emergência por aneurisma roto de Aorta Abdominal no período de fevereiro de 2010 Poster a junho de 2011 no CHM. RESULTADOS: Seis pacientes apresentaram rotura de aneurisma de aorta abdominal e foram submetidos à cirurgia vascular corretiva convencional, no período analisado. A faixa etária foi, em média, de 63 anos (49–77), sendo todos os pacientes do sexo masculino. 50% apresentavam hipertensão arterial sistêmica e/ou tabagismo como comorbidades. O diagnóstico de aneurisma de aorta abdominal foi imediato (à admissão hospitalar) em 5 pacientes, sendo que 50% deles foram admitidos em instabilidade hemodinâmica e apenas 2 pacientes eram sintomáticos previamente à rotura do aneurisma. Um paciente apresentou óbito no intra-operatório, 1 paciente apresentou evisceração e 1 paciente evoluiu com oclusão arterial aguda de membro inferior, complicações estas corrigidas posteriormente com sucesso. A taxa de sobrevida em 30 dias foi de 66,7%. CONCLUSÕES: O presente estudo demonstra concordância da nossa casuística com a literatura no que se refere à maior prevalência de rotura de aneurismas de aorta abdominal em homens, acima dos 50 anos, sendo a maioria assintomático. Nossa taxa de mortalidade foi de 33%, inferior às taxas encontradas na literatura, as quais variam de 60 a 90%, com uma sobrevida de 66% em 1 mês. PO-034 ANEURISMA ISOLADO DE ARTÉRIA ILÍACA INTERNA - RELATO DE CASO E REVISÃO DE LITERATURA MARCELLE S. A. SILVA; LEANDRO CORREA DE OLIVEIRA; LÚCIO E. S. COSTA; LEONARDO RODRIGUES SANTOS; GUILHERME JONAS S. RIBEIRO; MARIA ELISABETH RENNO C. SANTOS; JOÃO ALFREDO DE PAULA SILVA Santa Casa de Misericórdia de Belo Horizonte BELO HORIZONTE/MG ANEURISMA DE AORTA ABDOMINAL POSTER (PO) 034 JUSTIFICATIVAS E OBJETIVOS: Aneurismas isolados de artéria ilíaca interna apresentam incidência de 0,4% a 1,9% dos aneurismas intra-abominais. Sua raridade justifica o fato de sua história natural e seu manejo serem menos definidos na literatura quando comparado com outros aneurismas abdominais. O objetivo deste estudo encontra-se em apresentar a condução de um caso de aneurisma isolado de artéria ilíaca interna e rever os pontos mais importantes na discussão da literatura a respeito deste assunto. Relato de Caso: Trata-se de paciente feminina, 84 anos, hipertensa em controle medicamentoso, sem outras comorbidades, submetida a ultrassonografia pélvica ginecológica em que se evidenciou aneurisma em artéria ilíaca interna esquerda. Apresentava-se assintomática em relação ao aneurisma sendo realizada angiotomografia multislice de segmento aorto-ilíaco-femoral na qual se detectou aneurisma de artéria ilíaca interna esquerda isolado cujos diâmetros eram de 26 mm (extensão) x 29 mm (ântero-posterior) x 35 mm (transverso). RESULTADOS: Optado por realização de ligadura de artéria ilíaca interna esquerda proximal e distal à dilatação e aneurismectomia. Paciente evoluiu sem intercorrências no pós-operatório, recebendo alta hospitalar 48 horas após o prodcedimento cirúrgico. CONCLUSÕES: A etilogia primária dos aneurismas isolados de artéria ilíaca interna geralmente é degenerativa, porém outras causas podem estar envolvidas no seu surgimento como trauma, infecção, doenças do colágeno, injúria intra-operatória e dissecção. Na maioria dos casos, a detecção é incidental devido a estudos de imagem realizados por outras indicações. Os sintomas, quando presentes, geralmente são inespecíficos. A cirurgia convencional é o tratamento padrão ouro para esses aneurismas. O reparo endovascular tem se mostrado uma alternativa para pacientes com anatomia apropriada, porém apresenta em torno de 20% a 30% de claudicação de nádegas no pós-operatório. PO-035 TRATAMENTO ENDOVASCULAR DO ANEURISMA DA AORTA ABDOMINA INFRARRENAL. RESULTADOS E SEGUIMENTO A PARTIR DE 2004 MARCELO JOSÉ DE ALMEIDA; LUDVIG HAFNER; AMAURI PORTO NUNES; JOSÉ BITU MORENO; MARÍLIA FREJUELO; PATRÍCIA UCHÔA; ARTHUR BORANELLI; BRUNO BERNARDO; TSUNEMI DOUGLAS Faculdade de Medicina de Marília MARÍLIA/SP ANEURISMA DE AORTA ABDOMINAL POSTER (PO) 035 JUSTIFICATIVAS E OBJETIVOS: O Tratamento Endovascular do Aneurisma da Aorta Abdominal infrarrenal (TEAA) é alternativa para pacientes de alto risco operatório. O TEAA, em geral, necessita de menor transfusão de sangue, evita o pinçamento da aorta e permite recuperação pós-operatória mais rápida. Contudo, o seguimento destes pacientes (p) é fundamental, pois, mesmo em tratamento bem sucedido inicialmente, há risco de migrações, 47 vazamentos e falhas estruturais das Endopróteses. Neste trabalho apresentam-se os resultados imediatos e seguimento de pacientes operados por esta técnica a partir de 2004. MÉTODO: 39 p foram operados a partir de 2004. 24 homens e 15 mulheres com idades entre 58-82 anos (média de 68,9 anos); utilizaram-se 18 Endopróteses BraileR, 13 TalentR, e 8 ExcluderR. Foram realizadas Angiotomografias de controle aos 30 dias de pós-operatório (PO), 90 dias e anualmente. Para 5 p com Creatinina sérica acima de 1,5 optou-se, após o primeiro controle tomográfico, pela realização de Dúplex arterial e RX abdome. O seguimento mínimo foi de 5 meses (m) e máximo de 67m (média de 32,1 m). RESULTADOS: Não houve necessidade de conversão imediata em nenhum caso. 3 p (7,69%) com Endoleak tipo II apresentaram remissão espontânea na tomografia de controle após 30 dias. 1 (2,56%) apresentou dilatação aneurismática da artéria ilíaca comum e externa com vazamento do tipo II após 12 meses, sendo realizada embolização da artéria ilíaca interna com molas e implante de extensão até a artéria ilíaca externa e correção do vazamento. 1 (2,56%) apresentou óbito aos 24 meses de pós-operatório devido a Infarto Agudo do Miocárdio. 1 p(2,56%) apresentou vazamento devido a desconexão da extensão da próteses ilíaca no 180 mês de PO. Houve expansão rápida do aneurisma e dor. O tratamento realizado consistiu do cateterismo do corpo da prótese o qual ocorreu a desconexão e implante de nova extensão com correção do vazamento. 2 p (5,12%) foram submetidos a embolectomia consequente à isquemia de membro inferior no PO imediato. Foi realizada a resutura da Artéria Femoral Comum com remendo venoso e correção da isquemia. O total de reintervenções foi de 4 p (10,2%). Quanto ao tamanho do aneurisma no PO, 25 p apresentaram redução (64,1%), 13 mantiveram o mesmo tamanho (33,3%) e 1 apresentou aumento do aneurisma culminando com desconexão da extensão ilíaca com correção endovascular. CONCLUSÕES: O TEAA é método eficaz de tratamento do aneurisma da aorta. Torna-se necessário seguimento com reintervenções em número expressivo de casos. PO-036 ANEURISMA DE AORTA ABDOMINAL E RIM PÉLVICO CONGÊNITO - RELATO DE CASO MÁRCIO MIYAMOTTO; BRUNO MORAES RIBAS; JOICE C. D. INGLEZ; MARCOS R. L. MISCHIATTI; FERNANDA ZANDAVALLI RAMOS; BARBARA DAGNOLUZZO MOREIRA; RICARDO C. R. MOREIRA Serviço de Cirurgia Vascular Dr Elias Abrão CURITIBA/PR ANEURISMA DE AORTA ABDOMINAL POSTER (PO) 036 JUSTIFICATIVAS E OBJETIVOS: A ocorrência de rim pélvico é um evento raro. A associação com aneurisma aorto-ilíaco é excepcional, e seu tratamento cirúrgico aberto foi relatado em aproximadamente 20 casos apenas, com várias técnicas de proteção renal. Relatamos um novo caso de rim pélvico congênito associado a aneurisma de aorta abdominal, tratado cirurgicamente com sucesso através de um bypass temporário áxilo-ilíaco para proteção renal. MÉTODO: Paciente do sexo masculino, 66 anos, assintomático, com aneurisma de aorta infrarrenal. Apresentava hipertensão arterial, hipertrigliceridemia e história de tabagismo. Foi submetido a angiotomografia, que demonstrou um aneurisma aórtico infra-renal de 6.9 cm de diâmetro transversal, 3,2 cm abaixo da artéria renal direita, além de um rim pélvico à esquerda com uma única artéria nutridora originada da artéria ilíaca comum direita. O rim direito estava em posição normal porém atrófico. Creatinina sérica de 1.5 mg/dL. Tratamento cirúrgico convencional foi realizado através de incisão oblíqua esquerda e acesso retroperitoneal. Foi realizado um bypass temporário áxilo-ilíaco esquerdo com PTFE para proteção renal. Seguiu-se com clampeio proximal e distal do aneurisma e interposição do enxerto de Dácron. O tempo total de isquemia renal foi de 20 minutos. O pós-operatório transcorreu sem intercorrências e o paciente teve alta após 4 dias. Evoluiu satisfatoriamente após 31meses e foi submetido a nova angiotomografia de controle sem alterações. RESULTADOS: A ocorrência de rim pélvico congênito é rara, entre 1/1000 e 1/2000 nascimentos, e a associação com aneurisma aorto-ilíaco é ainda mais rara. A vascularização renal deve ser identificada previamente. Neste caso a angiotomografia foi segura. A principal preocupação é a preservação da função renal. Foram descritas várias técnicas com sucesso, mas o melhor mecanismo ainda não foi definido. Neste caso, onde o rim pélvico era dominante, sua proteção era vital. O bypass axilo-iliaco ipsilateral foi escolhido, com sucesso técnico e sem adicionar morbimortalidade. CONCLUSÕES: A associação entre rim pélvico congênito e aneurisma da aorta abdominal é extremamente rara, tornando o tratamento desafiador. O planejamento pré-operatório é fundamental, assim como a proteção renal. Várias técnicas foram descritas e o bypass axilo-iliaco ipsilateral temporário mostrou-se factível, confiável e seguro. 48 PO-037 TRATAMENTO ENDOVASCULAR DE ANEURISMA DE AORTA ABDOMINAL EM PACIENTE COM TRANSPLANTE RENAL MURILO GAMBA BEDUSCHI; FABRÍCIA GAMBA BEDUSCHI; MARCO RODRIGO ORTIZ; JORGE DA ROCHA FILHO; WALMOR ERWIN BELZ; NILCEU DA ROCHA LOURES; PATRICK CARDOSO CANDEMIL; JOÃO MARCELO DA ROCHA LOURES; FABRÍCIO MARTINS ZUCCO; JEAN CARLO MIILLER Hospital Santa Isabel GASPAR/SC ANEURISMA DE AORTA ABDOMINAL POSTER (PO) 037 JUSTIFICATIVAS E OBJETIVOS: Devido aos números crescentes de transplantes realizados, e à melhora do prognóstico e sobrevida dos pacientes transplantados, a prevalência antes infrequente de pacientes transplantados que desenvolviam aneurisma de aorta abdominal tem aumentado. Neste relato de caso, apresentamos nossa experiência na correção de um aneurisma da aorta abdominal em um paciente com transplante renal. MÉTODO: Homem de 60 anos, tabagista, hipertenso, com história prévia de coronariopatia e transplante renal há nove anos, dirigiu-se ao serviço de pronto atendimento de um hospital apresentando queixa de dor abdominal e lombar de moderada intensidade, sem irradiação, durante uma semana. Ao exame físico apresentava-se lúcido, orientado e hemodinamicamente estável. A palpação de seu abdome evidenciava uma massa pulsátil de aproxidamente 8,0 cm em região mesogástrica. Uma ultrassonografia de abdome revelou um aneurisma de aorta abdominal. O paciente foi então transferido ao nosso hospital para dar seguimento à investigação e conduta. Investigação complementar com angiotomografia computadorizada de aorta abdominal e artérias ilíacas demonstrou a presença de aneurisma fusiforme da aorta abdominal infrarrenal iniciando 7,5 mm distal à artéria renal esquerda, estendendo-se até a bifurcação aórtica, medindo cerca de 78 mm no maior diâmetro axial x 107 mm e apresentando trombose mural em toda sua extensão. Notava-se também a presença de rim transplantado na fossa ilíaca direita, com boa vascularização, e rins nativos atróficos. Em virtude da complexidade do caso e visando minimizar danos ao aloenxerto renal, optou-se por correção endovascular do aneurisma. Após a correção, o paciente evoluiu bem, e manteve a função renal normal. RESULTADOS: A correção de um aneurisma de aorta abdominal em pacientes com transplante renal prévio pode ser complexa e arriscada. Um dos maiores desafios deste tipo de cirurgia é evitar a perda do enxerto devido à isquemia associada ao clampeamento da aorta. Desde 2000, relatos vêm sendo publicados confirmando que o reparo endovascular em pacientes com transplante renal prévio é seguro. Sua menor agressividade fisiológica e cirúrgica permite sua aplicação em pacientes incapazes de serem submetidos à cirurgia convencional. CONCLUSÕES: O tratamento endovascular de aneurisma de aorta abdominal em pacientes transplantados renais mostra-se uma técnica menos agressiva, evitando a isquemia associada ao clampeamento da aorta, podendo ser aplicada com segurança neste grupo de pacientes. PO-038 ANEURISMA AORTO - ILÍACO TRATADO COM TÉCNICA SANDWICH - RELATO DE CASO OTACILIO CAMARGO JUNIOR; ANTONIO CLAUDIO GUEDES CHRISPIN; GUILHERME VIEIRA MEIRELLE; ARMANDO CARVALHO LOBATO; DINO FECCI COLLI JR; SIDNEI GALEGO; STEFANO ATIQUE GABRIEL PontifÍcia Universidade Católica de Campinas CAMPINAS/SP ANEURISMA DE AORTA ABDOMINAL POSTER (PO) 038 JUSTIFICATIVAS E OBJETIVOS: A correção endovascular dos aneurismas aorto-ilíacos promove redução da taxa de mortalidade operatória, do volume de transfusão sanguínea, do tempo cirúrgico e do período de permanência em UTI e hospitalar. Sua realização, entretanto, pode exigir intervenções adicionais para manutenção da exclusão do saco aneurismático. O objetivo deste trabalho consiste em relatar um caso de correção endovascular de aneurisma aorto-ilíaco utilizando a técnica Sandwich. MÉTODO: Paciente sexo masculino, 79 anos, já previamente tratado, de forma convencional, de aneurisma de artéria ilíaca interna e artéria poplítea esquerda. Submetido a correção endovascular de aneurisma infrarrenal aorto-ilíaco direito. Foi utilizado endoprótese EVITA (26 x 150 mm) em corpo aórtico justa renal com extensão distal (14 x 50 mm) até ilíaca externa direita e endoprótese (14 x 90 mm) em artéria ilíaca esquerda. Após arteriografia de controle, visualizado endoleak IB em artéria ilíaca esquerda, sendo corrigido com Viabahn (7 x 100), excluindo artéria glútea. RESULTADOS: O paciente evoluiu de maneira satisfatória, recebendo alta da UTI no 1o pós operatório e alta hospitalar no 6° dia de internação hospitalar. CONCLUSÕES: A correção Poster endovascular do aneurisma aorto-ilíaco utilizando a Técnica Sandwich mostrouse um bom método de tratamento e extremamente eficaz. PO-039 RUPTURA ESPONTÂNEA DE AORTA ABDOMINAL OTACILIO CAMARGO JUNIOR; ANTONIO CLAUDIO GUEDES CHRISPIN; GUILHERME VIEIRA MEIRELLE; STEFANO ATIQUE GABRIEL; WILLIAN VENDRAMINI; LEONARDO SODRE PontifÍcia Universidade Católica de Campinas CAMPINAS/SP ANEURISMA DE AORTA ABDOMINAL POSTER (PO) 039 JUSTIFICATIVAS E OBJETIVOS: A rotura da camada íntima que marca o início da dissecção aórtica se origina na maioria dos casos na aorta torácica, sendo rara a dissecção espontânea da aorta abdominal infrarrenal. As três principais causas são: iatrogênica, traumática ou espontânea. A ruptura espontânea da aorta abdominal também uma entidade rara constitui uma condição de ameaça a vida, cujo diagnóstico e tratamento precisos são essenciais para o bom prognóstico do paciente. O atraso em seu reconhecimento deve-se ao difícil diagnóstico clínico e a raridade de tal entidade patológica. Neste trabalho, os autores relatam o caso de um paciente que apresentou ruptura espontânea de artéria aorta abdominal, sendo realizado tratamento por via endovascular. MÉTODO: Paciente do sexo masculino, 89 anos, apresentou dor abdominal súbita em cólica após esforço evacuatório. Durante internação hospitalar foi realizada tomografia computadorizada que evidenciou extravasamento sanguíneo de aorta abdominal infrarrenal cujo diâmetro era de 2.5 cm. Devido gravidade do quadro e comorbidades clínicas do paciente, foi optado por correção da ruptura de aorta por via endovascular, utilizando endoprótese revestida. Após realização do procedimento, não foi visualizado endoleak. Submetido a angiotomografia após 3 meses de acompanhamento nao demonstrou alterações quanto a endoprótese. RESULTADOS: Em acompanhamento ambulatorial, paciente apresenta-se bem, evoluindo sem intercorrências. CONCLUSÕES: O tratamento endovascular mostrou-se benéfico na correção de ruptura espontânea de aorta abdominal. PO-040 ENXERTO AORTO BI-ILÍACO COM VEIA FEMORAL SUPERFICIAL: UMA OPÇÃO NAS INFECÇÕES DE PRÓTESES E ENDOPRÓTESES AÓRTICAS PATRICK BASTOS METZGER; HERALDO ANTONIO BARBATO; FERNANDA M. RESEGUE ANGELIERI; EDUARDO SILVA JORDÃO; FREDERICO LINHARES OLIVEIRA; FABIO HENRIQUE ROSSI; BRUNO LORENÇÃO ALMEIDA; VANESSA L. ABREU DE MARCO; MARCELA SILVA DOURADO; ANTONIO MASSAMITSU KAMBARA; NILO MITSURU IZUKAWA Instituto Dante Pazzanese de Cardiologia SÃO PAULO/SP ANEURISMA DE AORTA ABDOMINAL POSTER (PO) 040 JUSTIFICATIVAS E OBJETIVOS: Uma das complicações mais temidas na cirurgia vascular e a infeccão de enxerto com prótese sintética. Ocorre em torno de 2% dos procedimentos e pode provocar deiscência das suturas arteriais, promovendo hemorragias de difícil controle, fístulas entre a prótese e as alcas intestinais, fistulas aortoentéricas (FAE). Apesar dos grandes avancos do peri e pós-operatórios e da terapia antimicrobiana, a taxa de mortalidade e morbidade operatória do tratamento das infecções de próteses e endopróteses aórticas (IPEA) permanece elevada. MÉTODO: Trata-se de paciente de 64 anos, sexo feminino, com história de correção de Aneurisma de Aorta Abdominal (AAA) infrarrenal, submetida a enxerto aorto-aórtico com prótese de Dacron de 23 mm, sem intercorrências. Após 9 anos, apresentou dilatação do colo proximal da aorta infrarrenal com diâmetro máximo de 43 mm. Foi submetida à correção endovascular com colocação de endoprótese revestida tubular aortobiíliaca. Retornou após seis anos, com história de sete dias de dor lombar com irradiacão para fossa ilíaca esquerda, associada a febre, anorexia e queda do estado geral. A tomografia computadorizada confirmou infecção da prótese e endoprótese aórtica. A paciente foi submetida, então, à cirurgia para retirada de prótese e endoprótese aórtica com reconstrução in situ, utilizando-se veia femoral superficial bilateral. Evoluiu no pós-operatório satisfatoriamente, recebendo alta hospitalar no 7 dia de pós-operatório. RESULTADOS: A retirada de prótese aórtica infectada e reconstrução do fluxo arterial com enxerto axilobifemoral é a cirurgia tradicional para as IPEA, apesar das taxas de morbidade e mortalidade não serem baixas. Observa-se atualmente o uso crescente de reconstruções in situ com materiais autógenos, sendo a veia femoral superficial um dos condutos preferênciais. CONCLUSÕES: Consideramos a reconstrução aórto-ilíaca com veia femoral superficial autógena uma boa opcão nas infecções de próteses e endoprótese aórticas. 49 Poster PO-041 TRATAMENTO ENDOVASCULAR DE AAA E AAT ROTOS EM INSTITUIÇÃO PRIVADA - ANÁLISE INICIAL SIDNEI JOSE GALEGO; SALOMÃO GOLDMAN; REINALDO DONATELLI; MARCOS ANTONIO CARDOSO; ANDERSON BUENO; ANDERSON OLIVEIRA Hospital Maternidade Brasil SÃO BERNARDO DO CAMPO/SP ANEURISMA DE AORTA ABDOMINAL POSTER (PO) 041 JUSTIFICATIVAS E OBJETIVOS: Apresentação da experiência inicial de abordagem endovascular de aneurismas de aorta abdominal rotos contidos e aneurisma torácico por trauma em instituição privada de referência na região do Grande ABC – São Paulo. MÉTODO: Análise retrospectiva de aspectos técnicos e acompanhamento de 3 casos realizados nos últimos 2 anos no Hospital e Maternidade Brasil. Foram 2 aneurismas rotos contidos com utilização de endoprotese Medtronic com técnica monoilíaca, com média de atendimento e cirurgia em torno de 03 horas. Um caso de rotura traumática de aneurisma de aorta distalmente à veia subclávia esquerda com utilização de protese TAG - Gore, com atendimento em torno de 04 horas. Os pacientes foram mantidos com controle hemodinâmicos submetidos à tomografia computadorizada e encaminhados ao setor de Hemodinâmica onde foram submetidos à correção endovascular. RESULTADOS: Nos 3 casos houve sucesso técnico da abordagem endovascular com selamento do aneurisma. Um paciente evoluiu à óbito na UTI no 4PO devido à complicações endovasculares. Os outros 2 pacientes sao acompanhados atualmente em regime ambulatorial. CONCLUSÕES: Embora seja apenas uma casuística inicial, esta experiência nos mostrou que esta abordagem se tornou factível em uma instituição privada com resultados iniciais aceitáveis. PO-042 ANEURISMA DISSECANTE DE AORTA ABDOMINAL INFRARRENAL BI-ILÍACO ALINNE DE JESUS; THIAGO DIAS MIRANDA; JOSE LACERDA BRASILEIRO; RILMON ELIAS COSTA; LEONARDO PEREIRA ALVES; ADRIANA COVATTI LUZA; FELIPE MANZANO HOSPITAL UNIVERSITÁRIO - UFMS CAMPO GRANDE/MS ANEURISMA DE AORTA ABDOMINAL POSTER (PO) 042 JUSTIFICATIVAS E OBJETIVOS: A dissecção espontânea de aneurisma da aorta abdominal é uma doença rara, que se manifesta clinicamente por dor (abdominal ou lombar) ou por isquemia de membros inferiores, podendo ser assintomática. MÉTODO: Paciente masculino, 56 anos, portador de hipertensão arterial sistêmica, insuficiência renal crônica – dialítico, em acompanhamento no serviço de Nefrologia do HU da UFMS, apresentou pico hipertensivo associado a dor toraco-abdominal súbita. Encaminhado ao pronto atendimento fez-se USG de abdome total e Tomografia computadorizada sendo diagnosticado aneurisma de aorta abdominal infrarrenal bi-ilíaco. Na evolução, paciente teve novas dores abdominais e dificuldade de controle de pressão arterial. Realizada angiotomografia tendo diagnóstico: Aneurisma Dissecante de aorta abdominal infrarrenal bi-ilíaco. Feito cirurgia de correção de aneurisma com abordagem abdominal transperitoneal usando prótese de Dracon aorto bi-ilíaco. RESULTADOS: Relatar um caso raro de Aneurisma dissecante de Aorta abdominal infrarrenal bi-ilíaco tratado com cirurgia aberta. CONCLUSÕES: Trata-se de caso raro, pouco relatado na literatura, de difícil tratamento e alta mortalidade. PO-043 TRATAMENTO ENDOVASCULAR DO DIVERTICULO DE KOMMERELL: RELATO DE CASO PIERRE GALVAGNI SILVEIRA; GILBERTO NASCIMENTO GALEGO; CRISTIANO TORRES BORTOLUZZI; RAFAEL NARCISO FRANKLIN; DIOGO RAMOS PAZELLO Coris FLORIANÓPOLIS/SC ANEURISMA TORACOABDOMINAL POSTER (PO) 043 JUSTIFICATIVAS E OBJETIVOS: Descrever a técnica endovascular utilizada no tratamento de um paciente portador de subclávia aberrante esquerda e diverticulo de Kommerell. MÉTODO: C.W., masculino, 80 anos encaminhado com diagnóstico de aneurisma de aorta torácica, por tomografia computadorizada realizada após episódio de dor torácica aguda. Reconstrução dos cortes tomográficos mostrou implante anômalo dos troncos supra-aórticos e dilatação fusiforme na origem da artéria subclávia esquerda, com diâmetro transverso máximo de 40 mm – sugerindo diverticulo de Kommerell. Decidiu-se pelo tratamento endovascular que foi realizado com a utilização de uma endoprótese tipo Valiant 38x38x150 mm. Para tal a endoprótese foi previamente liberada, a seguir foi retirado o terceiro anel de stent, confeccionada uma fenestração neste segmento, e foi suturado um tubo de PTFE 8 mm com 30 mm de extensão na luz do dispositivo, desta forma criando um canal dentro da endorpótese para posterior conexão a um ramo subclávio. Ao mesmo, posicionou-se uma guia 0,014 dentro do tubo de PTFE exteriorizado através da fenestração. Todo este conjunto foi novamente montado dentro do sistema introdutor e em ato continuo foi implantado no paciente com a fenestra voltada para o óstio da subclávia esquerda. Após cateterização da subclávia esquerda através do tubo de PTFE, dois Viabahns 11x100 e 8x100 foram posicionado do interior da prótese até imediatamente anterior à origem da artéria vertebral esquerda. O controle arteriográfico demonstrou a perviedade da artéria subclávia esquerda e a ausência de endoleaks. O paciente foi encaminhado à UTI após o procedimento e recebeu alta hospitalar no dia seguinte. Angiotomografia de controle após o primeiro mês evidenciou a perviedade da subclávia esquerda e a ausência de endoleak. RESULTADOS: Diversas técnicas já foram descritas para a terapêutica do diverticulo de Kommerell, incluindo técnicas abertas convencionais, endovasculares e hibrídas. Devido às altas taxas de morbimortalidade das técnicas abertas, a intervenção endovascular é atualmente recomendada. O objetivo deste relato é mostrar a eficácia e segurança desta técnica totalmente endovascular para o tratamento do aneurisma de Kommerell. CONCLUSÕES: A técnica descrita mostrou-se segura e eficaz, alcançando os objetivos de exclusão da dilatação e manutenção da perviedade arterial para o membro superior esquerdo. PO-044 OCLUSÃO DE TRONCO CELÍACO DURANTE CORREÇÃO ENDOVASCULAR DE ANEURISMAS TÓRACO-ABDOMINAL: RELATO DE CASO GUILON OTÁVIO SANTOS TENÓRIO; GUSTAVO FULTON SCHIMIT; JOSE MANOEL SILVA SILVESTRE; WANDER EDUARDO SARDINHA; DOMINGOS MORAIS FILHO; FERNANDO BARBOSA TREVISAN; EDUARDO DURANTE RAMIRES Universidade Estadual de Londrina LONDRINA/PR ANEURISMA TORACOABDOMINAL POSTER (PO) 044 JUSTIFICATIVAS E OBJETIVOS: A oclusão de ramos viscerais e troncos arteriais pélvicos podem resultar em isquemia grave de orgãos intra ou retroperitoneais e complicações potencialmente fatais. Mesmo com o conceito de evitar a oclusão de ramos arteriais, tanto na cirurgia convencional quanto em intervenções endovasculares, pode-se realizar a exclusão de certos ramos e troncos após planejamento cirúrgico prévio, pois estes procedimentos contam com o suprimento sanguíneo por circulação colateral. MÉTODO: Paciente do sexo feminino, 62 anos, encaminhada com achado de alargamento de contorno aórtico em transição tóraco-abdominal em exame cardiológico de rotina. Pela dificuldade de identificação da patologia ao exame físico e ultrassonográfico, foi solicitado angiotomografia que mostrou aneurisma tóraco-abdominal de 5,5 cm de diâmetro, com 7,2 cm de extensão e colo distal a 7 mm de tronco celíaco. No planejamento da intervenção endovascular, optou-se por oclusão de tronco celíaco e posicionamento justa artéria mesentérica superior para uma ancoragem adequada da porção distal prótese. RESULTADOS: Considerando que o tratamento cirúrgico clássico dos aneurismas tóraco-abdominais apresenta elevada morbidade e mortalidade, a terapia endovascular tornou-se atraente para o tratamento dessa doença. Entretanto, muitas vezes são necessárias oclusões de grandes ramos aórticos para que ocorra a perfeita ancoragem da endoprótese. O tronco celíaco é o ramo mais calibroso que emerge da face ventral da aorta abdominal. Seus ramos principais: esplênica, hepática comum e gástrica esquerda, suprem a irrigação da grande curvatura gástrica, fundo gástrico, grande omento, fígado, vesícula biliar, ductos biliares extraepáticos, grande parte do duodeno, baço e pâncreas. Porém esses ramos terminais fazem anastomoses com as artérias mesentéricas superior e inferior, principalmente, através das gastroepiplóicas, duodenais e pancreáticas. Esta vasta rede anastomótica permite que doenças estenóticas ou oclusivas dessas artérias sejam compensadas por mudança de fluxo e reenchimento retrógrado. No planejamento terapêutico é essencial a avaliação prévia desses ramos viscerais, constatando a perviedade fundamentalmente da artéria mesentérica superior para que se realize a oclusão segura do tronco celíaco. CONCLUSÕES: A oclusão do tronco celíaco é um procedimento que pode ser realizado com segurança no planejamento do tratamento dos aneurismas tóraco-abdominais, desde que se verifique a perviedade das outras artérias viscerais. 50 PO-045 ANEURISMA TÓRACO-ABDOMINAL RELACIONADO À DOENÇA DE TAKAYASU MARCELA GOMES FERNANDES; THACIRA DANTAS ALMEIDA; MARCELO SANTOS MACHADO; RAQUEL ALINE FERNANDES; CÍCERO RODRIGUES ALENCAR; ADÉRCIO PEREIRA; PAULO RICARDO VASCONCELOS HOSPITAL DA RESTAURAÇÃO RECIFE/PE ANEURISMA TORACOABDOMINAL POSTER (PO) 045 JUSTIFICATIVAS E OBJETIVOS: Os aneurismas têm como causa mais comum a aterosclerose, contudo atualmente sabe-se que a etiologia é multifatorial e envolve fatores genéticos, hemodinâmicos e familiares. No grupo de pacientes mais jovens, a etiologia tende a envolver doenças genéticas e inflamatórias. Destaca-se a Doença de Takaysu de característica não aterosclerótica que acomete a aorta, seus ramos primários e as artérias pulmonares. MÉTODO: MMCS, feminino, 33 anos, negra, procedente de Mirandiba-PE, com dor em andar superior do abdome há 10 anos, intermitente, com claudicação de membros inferiores. Hipertensa desde os 15 anos em uso de três anti-hipertensivos. No exame físico apresentava pressão arterial assimétrica nos membros superiores e tumoração pulsátil em epigastro com sinal de DeBakey positivo. A tomografia evidenciava aorta descendente torácica dilatada com diâmetro máximo de 4 cm, transição tóraco-abdominal com maior diâmetro de 3,8 cm, e no nível da emergência da artéria renal esquerda apresentava diâmetro máximo de 7,6 cm; rim direito atrófico sem visualização da artéria renal direita e área de dissecção em topografia da emergência da mesma. Após 3,2 cm da emergência da artéria renal esquerda, aorta com calibre normal. A paciente foi submetida à toracofrenolaparotomia, com correção do aneurisma e interposição de prótese aórtico-aórtica com anastomose proximal em aorta descendente torácica e reimplante de tronco celíaco, artéria mesentérica superior e artéria renal esquerda. Não foi utilizada circulação extra-corpórea. No pós-operatório houve dificuldade no controle da PA e no 29º dia pós-operatório (DPO) foi submetida a toracotomia esquerda com decorticação pulmonar por derrame pleural com encarceramento pulmonar. Recebeu alta no 52º DPO da primeira cirurgia com prescrição de propranolol e prednisona. Anátomo-patológico do fragmento arterial demonstrou alterações ateroscleróticas na parede arterial que podem representar a fase tardia da Doença de Takaysu, em cujos critérios diagnósticos a paciente se enquadra. RESULTADOS: O risco de isquemia medular, renal e hepática, advindas do clampeamento aórtico são grandes responsáveis pela morbimortalidade atribuída ao procedimento. A paciente não apresentou tais complicações porém, houve dificuldade no controle pressórico e da atividade da doença. CONCLUSÕES: Os aneurismas tóraco-abdominais constituem um desafio cirúrgico. Pacientes jovens, com expectativa de vida elevada, estimulam a busca de bons resultados cirúrgicos, a fim de proporcionar boa qualidade de vida. PO-046 CORREÇÃO ENDOVASCULAR DE ANEURISMA ROTO DE AORTA TORÁCICA DESCENDENTE EM PACIENTE NONAGENÁRIO RODRIGO DBS BORGES; MARCELO L. BRANDÃO; FÁBIO H. R. SOUZA; MÔNICA M. COSTA; GERMANA G. C. SOUZA; VIVIANE Q. M. ALCÂNTARA; WERTHER S. SALES; PAULA S. A. MILHOMEM Universidade Federal de Goiás – Hospital das Clínicas APARECIDA DE GOIÂNIA/GO ANEURISMA TORACOABDOMINAL POSTER (PO) 046 JUSTIFICATIVAS E OBJETIVOS: Correção endovascular de aneurisma roto de aorta torácica descendente em paciente nonagenário. MÉTODO: Relato de caso de J.F.M., 93 anos, masculino, hipertenso, tabagista, com quadro clínico inicial de dor torácica intensa, súbita, associada a hipotensão arterial. Após investigação clínica, com diagnóstico de aneurisma roto de aorta torácica descendente, o mesmo foi submetido a correção endovascular, e encaminhado a unidade de tratamento intensivo pós-cirúrgica. O paciente teve boa evolução pós-operatória, com alta da UTI no 2º PO, e alta hospitalar no 6º PO. RESULTADOS: Relatar a importância de um método de baixa morbimortalidade no tratamento de urgência de aneurisma torácico roto, em um caso de alto risco cirúrgico. CONCLUSÕES: Podemos inferir, a partir do caso, que a baixa morbimortalidade do método endovascular se mostra de fundamental importância no tratamento de urgência da patologia aórtica, em especial na população de avançada idade. PO-047 ALTERNATIVA TÉCNICA PARA TRATAMENTO DE ANEURISMA TÓRACO-ABDOMINAL TADEU PENTEADO VIRMOND FILHO; ANTONIO CARLOS SIMI; ANDRE SIMI; PRISCILA POLLO Hospital Santa Helena Poster SÃO PAULO/SP ANEURISMA TORACOABDOMINAL POSTER (PO) 047 JUSTIFICATIVAS E OBJETIVOS: Apresentar e analisar diferentes técnicas de tratamento endovascular dos Aneurismas de Aorta Tóraco-Abdominais (AATA) com endopróteses ramificadas e fenestradas. MÉTODO: Foram tratados 3 pacientes, todos do sexo feminino, com idade média de 75 anos (68, 75, 80 anos), portadores de múltiplas comorbidades clínicas que restringiam a correção cirúrgica convencional. As endopróteses foram customizadas segundo as características anatômicas da aorta e seus ramos viscerais. Os procedimentos foram realizados em centro cirúrgico, sob anestesia combinada, regional e geral, após drenagem liquórica e sob orientação fluoroscópica. Todos os acessos foram realizados através das artérias femorais direita e esquerda, ilíaca direita e axilar esquerda. A primeira paciente, de 68 anos apresentava um aneurisma tipo III. A exclusão do AATA foi realizada com endoprótese principal com ramificações, através das quais foram implantadas extensões secundárias, com stents revestidos, para as artérias viscerais e renais. A segunda paciente, de 75 anos, apresentava um AATA tipo I. A correção foi realizada com endoprótese cônica com fenestrações para as 2 artérias viscerais. A terceira paciente, de 79 anos, apresentava um AATA tipo IV. A correção foi realizada com endoprótese cônica com scallop (TC), fenestrada (AMS), ramificada (artérias renais), com stents revestidos para artérias viscerais e renais, seguida de implante de endoprótese bifurcada com prolongamento contra lateral esquerdo. RESULTADOS: Não houve complicações transoperatórias. A média de dias de internação foi de 9,6. As angiotomografias de controle não mostraram anormalidades. Houve um óbito, após 4 anos, de causa adversa. O seguimento médio é de 2,5 anos. CONCLUSÕES: Em casos bem selecionados, com endopróteses customizadas sob projetos criteriosos, os resultados dessa alternativa técnica são encorajadores, proporcionando menor morbimortalidade que a cirurgia convencional. PO-048 CORREÇÃO ENDOVASCULAR DE ANEURISMA RECORRENTE DE AORTA TÓRACO-ABDOMINAL. TADEU PENTEADO VIRMOND; RENATO MINORU ISHII; KARLOS SEITI KIAN; RICARDO PULIDO Hospital Nipo-Brasileiro SÃO PAULO/SP ANEURISMA TORACOABDOMINAL POSTER (PO) 048 JUSTIFICATIVAS E OBJETIVOS: Apresentamos um caso de aneurisma tóracoabdominal (AATA) recorrente, tratado exclusivamente pela técnica endovascular com duas endopróteses tubulares. MÉTODO: Paciente do sexo masculino, 62 anos de idade, hipertenso, há quatro anos portador de uma endoprótese em aorta torácica a partir do tronco braquiocefálico devido à dissecção tipo B, e há 10 anos foi submetido a enxerto aorto-aórtico convencional com prótese de dacron devido a aneurisma abdominal roto. Posteriormente desenvolveu uma dilatação de aproximadamente 70 mm iniciando após o termino da endoprótese torácica, com comprimento curto sugestivo de aneurisma sacular pelos exames de ultra- som e angiotomografia realizados previamente. Em virtude do alto risco cirúrgico e das múltiplas comorbidades do paciente foi optado por tratamento endovascular. A correção foi feita com duas endopróteses torácicas revestidas Target com fixação sem free-flow devido ao menor calibre da aorta distal e não haver disponibilidade de uma endoprótese cônica no momento. A primeira medindo 42 por 200 mm, iniciando após a endoprótese prévia, e a segunda com medida de 38 por 120 mm sendo fixada dentro da anterior e cobrindo todo o restante do aneurisma antes da emergência do tronco celíaco. O procedimento foi realizado em centro cirúrgico, sob anestesia geral, antecedido de drenagem liquórica e sob orientação fluoroscopica. O acesso para implante das endopróteses e o controle radiológico foram por dissecção de artéria femoral direita e punção a esquerda. O tempo total de procedimento foi de 3 horas. RESULTADOS: Evoluiu sem complicações clínicas ou cirúrgicas, com 24 horas de internação em unidade de terapia intensiva e alta hospitalar no 4º dia de pós-operatório. CONCLUSÕES: A terapia endovascular esta tornando possível o tratamento de patologias em aorta torácica que outrora eram inviáveis com a cirurgia convencional, alem de acarretar menor morbimortalidade e recuperação mais precoce. PO-049 HISTÓRIA NATURAL DA DOENÇA ARTERIAL OBSTRUTIVA PERIFÉRICA - EVOLUÇÃO DA DOENÇA ATEROSCLERÓTICA E SUAS CONSEQUÊNCIAS PARA O PACIENTE CLAUDICANTE CLÁUDIA AMORIM; GISELE CORDEIRO; CARLOS EDUARDO VIRGINI; JULIA GUERRA; SANDRA XIMENA; RAPHAELLA GATTIS; ROBERT EUDES; CRISTIANE ARAUJO; CRISTINA RIGUETTI; FELIPE BORGES; HELEN PESSONI; MONICA MAYALL; LEONARDO CASTRO 51 Poster Hospital Universitário Pedro Ernesto RIO DE JANEIRO/RJ CIRURGIA EXPERIMENTAL E PESQUISA POSTER (PO) 049 JUSTIFICATIVAS E OBJETIVOS: Em muitos casos a Aterosclerose sistêmica se manifesta inicialmente com a claudicação intermitente de membros inferiores. O acompanhamento no longo prazo mostra que a DAOP e a claudicação podem ser meros coadjuvante na evolução clínica da aterosclerose sistêmica nestes pacientes. O objetivo deste trabalho foi mostrar a evolução clínica no seguimento de longo prazo dos pacientes claudicantes acompanhados no Ambulatório de Claudicação do HUPE-UERJ. MÉTODO: Estudo retrospectivo, unicêntrico, com dados coletados no perídodo de Agosto de 2000 a Dezembro de 2010. RESULTADOS: Foram avaliados 760 pacientes, tendo uma média de 5.6 consultas por paciente, 61.4% sexo masculino, 81.8% portadores de HAS, tabagistas 57.5%, 42.1% diabéticos sendo 7% insulino-dependentes. 31% faz uso de mais de três drogas, 27.6% coronariopata, com história prévia de IAM 17.2% e com 9% de AVC, com IRC 6%, destes 21.7% em vigência de hemodiálise. 11.7% com cirurgia arterial prévia. 30% com lesão de artéria carótida, sendo 16% com estenose crítica. Além da evolução clínica desses pacientes. CONCLUSÕES: A claudicação não prejudica apenas a deambulação do paciente, mas resulta em sérias consequências relacionadas ao estilo de vida deste. Definir a relação de causa e efeito entre os fatores de risco e a claudicação é fundamental para a prevenção da doença na população em geral e controle dos pacientes portadores desta patologia. PO-050 TRANSPLANTE DE ARTÉRIA FÊMORO-POPLÍTEA DE CADÁVER EM PACIENTE TRANSPLANTADO RENAL. RELATO DE CASO FABRIZZIO B. G. DE L. SOUZA; MASARU NAKABA; ALINE C. DE C. PINTO; LUIZ HENRIQUE DIAS G. DE SOUSA; MARCELO R DE SOUZA MORAES; JOSÉ CARLOS COSTA BAPTISTA-SILVA Escola Paulista de Medicina - UNIFESP SÃO PAULO/SP CIRURGIA EXPERIMENTAL E PESQUISA POSTER (PO) 050 JUSTIFICATIVAS E OBJETIVOS: Relato de caso de paciente transplantado renal submetido a transplante de artéria fêmoro-poplítea fresca de doador cadáver. MÉTODO: Paciente masculino, de 57 anos, com dor ao repouso, claudicação limitante, lesões tróficas infectadas no hálux e primeiro pododáctilo direitos e sem resposta ao tratamento clínico. O estudo arteriográfico evidenciou oclusão da artéria poplítea supra-genicular, leito vascular infra-genicular com ateromatose grave, apresentando apenas reenchimento por colaterais da artéria tibial posterior no terço médio. Em decorrência do quadro vascular grave, com risco de perda de membro, infecção (contra-indicação ao uso de prótese), sem substituto autógeno para enxerto disponível (safenectomia prévia), imunosupressão por transplante renal e havendo evidências favoráveis na literatura, foi optado pela realização de transplante de artéria. A partir de doador cadáver, masculino, de 17 anos, em morte cerebral devido a acidente vascular encefálico hemorrágico em decorrência de ruptura de aneurisma intracraniano, foi realizada a captação das artérias femorais superficiais, poplíteas e tibiais posteriores, sendo preservadas em solução de Soltran®. Após 6 horas da captação e preparo na bancada do enxerto, foi realizada derivação fêmoro-tibial posterior com segmento da artéria fêmoro-poplítea. RESULTADOS: No pós-operatório o paciente manteve as medicações imunossupressoras que fazia uso em decorrência do transplante renal. Foram intensificados os cuidados de curativo e no 45º pós-operatório o paciente já apresentava suas lesões cicatrizadas. Além disso, não apresentou mais episódios de dor ao repouso e voltou a deambular, conseguindo manter suas atividades diárias sem dificuldade. Após 4 meses, houve oclusão do enxerto, porém sem repercussão clínica e as lesões se mantiveram cicatrizadas. CONCLUSÕES: Nos pacientes transplantados e imunossuprimidos, com doença arterial oclusiva complexa e em vigência de infecção, a utilização de enxerto homólogo arterial é uma alternativa viável aos métodos tradicionais nos casos em que não há disponibilidade de substituto vascular autógeno. PO-051 EFEITOS DO TRATAMENTO TÓPICO COM NITRITO DE SÓDIO ACIDIFICADO NA CICATRIZAÇÃO DE FERIDAS NA PELE DE RATOS WISTAR FILIPE CARLOS CARON; AMILTON PEROTTI JÚNIOR; LUANA PARMINONDI ROCHA; CLEBER PRIMO; SOLANO CAMPOS GONÇALVES; WALTER BOIM ARAUJO; DIEGO ALMEIDA; CARLOS NEJM JÚNIOR; JORGE RIBAS TIMI; JOÃO CARLOS REPKA HOSPITAL E MATERNIDADE ANGELINA CARON CURITIBA/PR CIRURGIA EXPERIMENTAL E PESQUISA POSTER (PO) 051 JUSTIFICATIVAS E OBJETIVOS: A cicatrização de feridas ainda representa um desafio na prática cirúrgica, uma vez que são significantes os registros de seqüelas e perdas de pacientes por esta causa. Na necessidade de obter medicamentos que atuem de forma favorável no fechamento das feridas muitos estudos vêm tentando avaliar as ações de drogas que possam simultaneamente, acelerar o processo cicatricial e que apresentem inocuidade para os tecidos adjacentes. O objetivo foi avaliar os efeitos do nitrito de sódio na cicatrização de feridas na pele de ratos Wistar. MÉTODO: Este estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa em Animais do Hospital Angelina Caron. Foram utilizados 30 ratos Wistar com pesos de 212,53±21 g. Sob anestesia induzida pela associação de ketamina e xilazina foi retirado um fragmento de pele de 4x1 cm, sobre a coluna vertebral de cada rato. Os animais foram separados em três grupos conforme os tipos de curativos oclusivos diários das feridas: Grupo simulação (GS): sem medicação. Grupo controle (GC): com aplicação de pomada básica com 1,8% de citrato de sódio. Grupo Nitrito (GN): com aplicação de pomada básica contendo 1,8% de citrato de sódio e 3% de nitrito de sódio. Após dez dias, os ratos foram submetidos à anestesia, coletado sangue e ressecada a ferida. No sangue foi dosado o teor de nitratos e nitritos e as feridas eram separadas em dois fragmentos. Um fragmento para a dosagem de hidroxiprolina (OH-prol) e o outro para avaliação histopatológica pela coloração de hematoxilina-e eosina (HE) para a contagem de vasos sangüíneos. Utilizaram-se os testes de ANOVA e T-Student com valores de p<0,05 para significância estatística. RESULTADOS: Teor de nitratos no sangue (p=0,0074): GS=0,043±0,029; GC=0,031±0,023; GN=0,080±0,045. Dosagem de OH-prol (p<0,0001): GS=0,201±0,062; GC=0,207±0,061; GN=0,55. CONCLUSÕES: A utilização de pomada com nitrito de sódio em feridas de pele de ratos, demonstrou inocuidade pois não alterou o nível sérico de nitratos. Na ferida induziu maiores taxas de hidroxiprolina e da formação de vasos sanguíneos, que são indicadores de processo cicatricial adequado. PO-052 PREVALÊNCIA DE DOENÇA CAROTÍDEA EM PACIENTES CLAUDICANTES NO AMBULATÓRIO DE CIRURGIA VASCULAR DO HOSPITAL UNIVERSITÁRIO PEDRO ERNESTO (HUPE) GISELE CORDEIRO; CLÁUDIA AMORIM; CARLOS EDUARDO VIRGINI; JULIA GUERRA; RAPHAELL GATTIS; ROBERT EUDES; SANDRA XIMENA; CRISTIANE ARAUJO; CRISTINA RIGUETTI; FELIPE BORGES; HELEN PESSONI; MONICA MAYALL; LEONARDO CASTRO Hospital Universitário Pedro Ernesto VOLTA REDONDA/RJ CIRURGIA EXPERIMENTAL E PESQUISA POSTER (PO) 052 JUSTIFICATIVAS E OBJETIVOS: A doença carotídea é uma patologia prevalente na população em geral, podendo gerar complicações catastróficas. Na grande maioria das vezes é sub-diagnosticada por evoluir de forma silenciosa. Nos pacientes com doença arterial periférica esta incidência se torna ainda maior. O objetivo deste trabalho foi quantificar o número de pacientes portadores de doença carotídea e a gravidade desta nos pacientes claudicantes que frequentam o ambulatório de cirurgia vascular do HUPE. MÉTODO: Estudo retrospectivo, sendo analisados 326 pacientes claudicantes no período de dezembro de 2001 a dezembro de 2010, através do uso de ecocolor-Doppler. RESULTADOS: Em 30% não foi encontrada lesão carotídea, 31.3% lesão de 30-49%, 22.7% lesão de 50-69%, 16% lesão crítica. As lesões eram bilaterais em 57% dos casos. A prevalência em homens era de 53.4%, sendo a idade média de 67.9 anos. Os fatores de risco mais comuns foram HAS (84%), fumo (61%) e DM (38%). CONCLUSÕES: Tendo a doença carotídea incidência significativa, podendo evoluir com altas taxas de morbimortalidade, e o ecocolor-Doppler como método de diagnóstico barato e acessível, entendemos que a triagem faz-se necessária em todos os pacientes claudicantes. PO-053 EFEITOS DA IMUNODEPRESSÃO COM TALIDOMIDA E CICLOSPORINA EM TRANSPLANTE INTESTINAL DE COELHOS HUSSEIN ALI AWADA; SARAH PARANHOS CAMPOS; JOÃO BATISTA VIEIRA CARVALHO; CARLOS HENRIQUE GARCIA; FLÁVIA FERREIRA MARTINS; ALINE STIVANIN TEIXEIRA Faculdade de Ciências Médicas UNIFENAS, Alfenas SÃO PAULO/SP CIRURGIA EXPERIMENTAL E PESQUISA POSTER (PO) 053 JUSTIFICATIVAS E OBJETIVOS: A talidomida por seus efeitos antiinflamatórios e imunodepressores tem importância no tratamento clínico da doença enxerto-contra-hospedeiro no transplante de medula óssea, da artrite reumatóide, pioderma gangrenoso, colite ulcerativa, na Hanseníase (reação tipo II) e entre 52 outras doenças. Há evidências da sua efetividade também como imunodepressor em transplante (Carvalho, JBV & Petroianu, A, 1999). Para avaliar a ação desse medicamento como imunodepressor em transplante de órgãos, estudou-se sua ação isolada ou em combinação com a ciclosporina na prevenção da rejeição ao aloenxerto intestinal heterotópico em coelho.O objetivo deste trabalho é avaliar a ação deste medicamento como imunodepressor em transplante de órgãos, estudando sua ação isoladamente ou em combinação com a ciclosporina na prevenção da rejeição ao aloenxerto intestinal heterotópico em coelho. MÉTODO: Utilizaram-se 50 coelhos sendo 25 doadores e 25 receptores. Os animais receptores foram divididos em cinco grupos (n=5) : Grupo I (controle) animais não imunodeprimidos; Grupo II (imunodeprimidos com ciclosporina na dose de 10 mg/kg/dia); Grupo III (imunodeprimidos com talidomida na dose de 50 mg/ kg/dia ); Grupo IV ( imunodepressão com ciclosporina na dose de 5,0 mg/kg/ dia) e Grupo V (imunodeprimidos com ciclosporina na dose de 5,0 mg/kg/dia associada a talidomida na dose de 50 mg/kg/dia). Os medicamentos foram administrados através de cateter orogástrico, a partir do dia anterior ao transplante. Um segmento de alça intestinal de jejuno de 20 cm com seu pedículo vascular foi isolado e transplantado no abdome do coelho receptor com exteriorização de ambas as bocas oral e aboral ao nível da pele. Foram feitos biópsias das neobocas e estudou-se o grau de rejeição ao transplante nos grupos respectivos. RESULTADOS: A associação de talidomida e ciclosporina apresentou o menor escore histopatológico de rejeição. Observou-se que a talidomida empregada isoladamente ou associada à ciclosporina foi efetiva sobre a rejeição, aumentando a sobrevida dos animais submetidos ao transplante intestinal heterotópico em posição abdominal. CONCLUSÕES: Este estudo sugere que a talidomida tem ação imunodepressora e efetiva contra a rejeição ao transplante intestinal (Aloenxerto) de coelho quando utilizada de forma isolada ou associada à ciclosporina. Pesquisas deverão ser implementadas pra definição de um possível emprego desta droga em transplantes de órgãos. PO-054 DESENVOLVIMENTO DE UMA NOVA TÈCNICA PARA PRESERVAÇÂO DE VASOS A VÀCUO LUIS CARLOS UTA NAKANO; JORGE EDUARDO AMORIM; WELLINGTON GIANOTTI LUSTRE; MARIA DEL CARMEN JANEIRO PEREZ; NEWTON BARROS JR.; FAUSTO MIRANDA JUNIOR; SILVIA BEDRAN CASTRO; JOSE CARLOS COSTA BAPTISTA; EMIL BURIHAN Escola Paulista de Medicina – UNIFESP SÃO PAULO/SP CIRURGIA EXPERIMENTAL E PESQUISA POSTER (PO) 054 JUSTIFICATIVAS E OBJETIVOS: Desenvolvimento de nova técnica de preservação de vasos através do vácuo. MÉTODO: Modelo experimental com utilização de 10 ratos linhagem EPM-Wistar I. Na primeira fase utilizamos 5 aortas retiradas cirurgicamente. De cada aorta foi retirado fragmento que foi realizado análise histológica para servir de controle. O restante da aorta foi dividido em 2 onde testamos duas formas de armazenamento a vácuo, a primeira com armazenamento a seco com colocação da peça em frasco especial e realização do vácuo e refrigeração a 4°C e a outra forma de armazenamento foi com a inclusão de 1 ml de solução salina 0,9%, realizado vácuo com retirada do ar do frasco e da solução e armazenamento a 4°C. Em ambas as técnicas o armazenamento foi de 4 semanas, no fim do qual as peças foram avaliadas macro e microscopicamente. As análises demonstraram total preservação das aortas submetidas a conservação a vácuo com solução fisiológica. Na segunda fase utilizamos 5 aortas onde da mesma forma que no primeiro experimento retiramos fragmento para controle e o restante foi dividido em 2 fragmentos onde testamos a preservação a vácuo com solução fisiológica e o armazenamento simples em solução fisiológica e refrigeração a 4°C sem a realização de vácuo. Após 4 semanas as peças foram submetidas a avaliação e os dados tabulados e submetidos a análise estatística. RESULTADOS: Na fase 1 do desenvolvimento da preservação a vácuo encontramos que não houve diferença estatísticas dos achados das peças submetidas a preservação a vácuo em solução fisiológica em relação ao controle a fresco. Já no grupo submetido a preservação a vácuo sem a solução fisiológica apresentou alterações em todas as peças analisadas sendo estatisticamente significante os resultados encontrados. Na fase 2 encontramos que as peças submetidas a vácuo em solução fisiológica não apresentaram alterações significativas macro e microscópicas em relação ao controle a fresco, diferente das peças armazenadas sem vácuo a temperatura de 4°C, onde encontramos destruição celular em todas as peças após o período de 4 semanas de armazenamento. CONCLUSÕES: A técnica de preservação a vácuo em solução fisiológica demonstrou total eficiência na manutenção das características histológicas dos vasos preservados, sendo necessários mais estudos para o desenvolvimento definitivo da técnica para que nos dê subsídios da utilização na prática clínica. Poster PO-055 ESTUDO HISTOLÓGICO COMPARATIVO ENTRE NOVA TÉCNICA DE PRESERVAÇÃO A VÁCUO E A CRIOPRESERVAÇÃO E O GLUTARALDEÍDO LUIS CARLOS UTA NAKANO; JORGE EDUARDO AMORIM; WELLINGTON GIANOTTI LUSTRE; MARIA DEL CARMEN JANEIRO PEREZ; FAUSTO MIRANDA JUNIOR; NEWTON BARROS JR.; SILVIA BEDRAN CASTRO; JOSE CARLOS COSTA BAPTISTA; EMIL BURIHAN Escola Paulista de Medicina – UNIFESP SÃO PAULO/SP CIRURGIA EXPERIMENTAL E PESQUISA POSTER (PO) 055 JUSTIFICATIVAS E OBJETIVOS: Realizar o estudo histológico comparativo entre uma nova técnica de preservação a vácuo e as técnicas de preservação já existentes: criopreservação e glutaraldeído. MÉTODO: Foi desenvolvido em modelo experimental com a utilização de 20 ratos adultos linhagem EPM-Wistar I da Unifesp – Escola Paulista de Medicina. Foi desenvolvido para este experimento um modelo experimental com a utilização de aorta de ratos adultos onde a aorta foi retirada e dividida em 4 segmentos onde randomicamente 1 dos segmentos foi enviado diretamente para a análise histológica a fresco para servir de grupo controle do experimento e cada um dos outros 3 segmentos foram submetidos a uma das técnicas selecionadas para o estudo: técnica de preservação a vácuo e armazenamento em refrigeração a 4°C, criopreservação e a preservação pelo glutaraldeído. Nestes 3 segmentos após um período de 4 semanas de armazenamento foram realizados estudos macro e microscópicos. Os resultados macro e microscópicos das peças foram tabulados e submetidos a análise estatística. RESULTADOS: Não foram encontradas diferenças estatísticas entre as amostras submetidas a técnica a vácuo e a criopreservação. Não encontramos diferenças entre as análises das peças retiradas a fresco utilizadas como grupo controle e essas duas técnicas. Só encontramos resultados estatisticamente significantes ao compararmos os achados macroscópicos e histológicos das peças submetidas a preservação pelo glutaraldeído com as duas outras técnicas e também em relação as amostras controles. As peças submetidas a preservação pelo glutaraldeido apresentaram grandes alterações histológicas que comprometem a integridade original do vaso. CONCLUSÕES: Pelos achados histológicos do estudo realizado podemos concluir que a nova técnica de preservação a vácuo conserva a estrutura histológica do vaso tão bem como a criopreservação, podendo desta forma apresentar resultados promissores na utilização como alternativa simples e eficaz na preservação de vasos. Novos estudos da técnica a vácuo estão sendo realizados em outros órgãos parenquimatosos como fígado, rins e coração para avaliar a eficácia da mesma na preservação para transplantes em geral. PO-056 RE-ESTRUTURAÇÃO DE NEO-VASO UTILIZANDO CÉLULAS TRONCO-MESENQUIMAIS DE TECIDO ADIPOSO DE COELHO EM ARCABOUÇO DE VEIA DESCELULARIZADA MATHEUS BERTANHA; ANDREI MOROZ; MARCONE LIMA SOBREIRA; REGINA MOURA; MARIA APAREDIDA CUSTODIO DOMINGUES; FLAVIA CILENE CRUZ ALVES; ROSANA ROSSI FERREIRA; ELENICE DEFFUNE FACULDADE DE MEDICINA DE BOTUCATU – UNESP BOTUCATU/SP CIRURGIA EXPERIMENTAL E PESQUISA POSTER (PO) 056 JUSTIFICATIVAS E OBJETIVOS: A doença arterial obstrutiva periférica está presente em 5% da população e cerca de 20 a 30% dos casos pode evoluir para amputação do membro inferior acometido, mesmo com os tratamentos existentes. Pesquisas recentes envolvendo células tronco (CT) e engenharia celular apontam para um futuro promissor com base na terapêutica regenerativa. Objetivos: 1) Aprimoramento de técnicas de engenharia celular com a finalidade de produzir um modelo de vaso sanguíneo in vitro, utilizando-se células tronco mesenquimais de tecido adiposo (CTMad) de coelho para recobrir um arcabouço (scaffolds) de veia de coelho. 2) Induzir diferenciação para tecido endotelial. MÉTODO: Esta etapa constituiu-se em 2 fases: descelularização das veias e reconstrução do neo vaso. Fase1: coletadas veias jugulares e veias cavas inferiores de 5 coelhos e submetidas à descelularização com por processo químico utilizando o detergente duodecil-sulfato de sódio-SDS à 1% por 2h. Após a descelularização confirmada, as veias foram cortadas em segmentos de 1 cm. Fase 2: os fragmentos foram colocados em meio de cultura com e sem a presença de células: I) Meio de cultura M199 (controle), II) M199 e 1X105 CTMad e III) Meio M199, 1X105 CTMad e suplementado com hormônios derivados de plaquetas humanas na concentração de 15%. Após 21 dias de cultura os Poster vasos foram submetidos a processamento histológico e corados com HE. Os sobrenadantes de cultura foram aliquotados para proceder a dosagem de fator de Von Willebrand (FVW). RESULTADOS: Na primeira fase, o método de descelularização com SDS 1% durante 2 horas mostrou-se eficaz. A análise histológica revelou que a ação do detergente removeu as células endoteliais, as células musculares lisas, fibroblastos do conjuntivo e adipócitos. Na fase 2, após 21 dias, na avaliação histológica, evidencia-se o crescimento de células endoteliais na superfície interna da estrutura, sendo que houve correlação positiva com a identificação do FVW no sobrenadante da cultura, por determinação enzimática. CONCLUSÕES: Os resultados preliminares mostram que houve aprimoramento das técnicas de engenharia celular em veias descelularizada por método químico, SDS 1%, bem como a diferenciação em cultura, de CTMad em endotélio com produção de FVW, quando o meio de cultura foi enriquecido com hormônios derivados de plaquetas. Novos experimentos estão em andamento para se aprimorar as técnicas de decelularização com diferentes detergentes com a diferenciação das CTMad em endotélio sobre este arcabouço. PO-057 EFEITOS DA IMUNODEPRESSÃO INDUZIDA POR TALIDOMIDA E CICLOSPORINA EM TRANSPLANTE CARDÍACO HETEROTÓPICO DE COELHO JOÃO BATISTA VIEIRA CARVALHO; ANDY PETROIANU; PLÍNIO AUGUSTO MOREIRA FONSECA; NATHAM SOUZA ANDRADE; KAROLINE P. R. V. CARVALHO; MOARA RODRIGUES Departamento de Cirurgia da UNIFENAS e UFMG ALFENAS/MG CIRURGIA EXPERIMENTAL E PESQUISA POSTER (PO) 057 JUSTIFICATIVAS E OBJETIVOS: A talidomida por seus efeitos antiinflamatórios e imunodepressores tem importância no tratamento clínico da doença enxerto-contra-hospedeiro no transplante de medula óssea, da artrite reumatóide, pioderma gangrenoso, colite ulcerativa, na Hanseníase (reação tipo II) e entre outras doenças. Há evidências da sua efetividade também como imunodepressora em transplante (Carvalho, JBV & Petroianu, A, 1999). Estudou-se sua ação isoladamente ou em combinação com a ciclosporina na prevenção da rejeição ao aloenxerto cardíaco heterotópico em coelho. O objetivo deste trabalho é avaliar a ação deste medicamento como imunodepressor em transplante de órgãos, estudando sua ação isoladamente ou em combinação com a ciclosporina na prevenção da rejeição ao aloenxerto cardíaco heterotópico em coelho. MÉTODO: Utilizaram-se 50 coelhos, sendo 25 doadores e 25 receptores. Os animais receptores foram subdivididos em cinco grupos (n= 5): Grupo I (controle) animais não-imunodeprimidos; Grupo II (imunodeprimidos com ciclosporina na dose de 10 mg/kg/ dia); Grupo III (imunodeprimidos com talidomida na dose de 100 mg/kg/ dia ); Grupo IV (imunodepressão com ciclosporina na dose de 5,0 mg/kg/ dia) e Grupo V (imunodeprimidos com ciclosporina na dose de 5,0 mg/kg/ dia associada à talidomida na dose de 50 mg/kg/dia). Os medicamentos foram administrados através de cateter orogástrico, a partir do dia anterior ao transplante. O coração do doador foi implantado no abdome dos receptores. RESULTADOS: A associação de talidomida e ciclosporina apresentaram o menor escore histopatológico de rejeição (p<0,05). Observou-se que a talidomida empregada isoladamente ou associada à ciclosporina foram efetivas sobre a rejeição aumentando a sobrevida (p<0,01) dos animais submetidos ao transplante cardíaco heterotópico em posição abdominal. CONCLUSÕES: A talidomida empregada isoladamente, ou associada à ciclosporina, pode representar uma opção de imunodepressão em transplantes cardíacos heterotópico experimental de coelho. Estudos devem ser implementados para definir a possibilidade de sua utilização em transplante de órgãos. PO-058 REVASCULARIZAÇÃO DE MEMBROS INFERIORES COM VEIAS DO SISTEMA VENOSO PROFUNDO SÉRGIO H. VIEGAS LADEIRA; JOÃO BATISTA VIEIRA DE CARVALHO; REBECA MACIEL BIZZOTTO; RENATA MUZZI DRUMMOND; WALLACE FERNANDES DINIZ UFMG BELO HORIZONTE/MG CIRURGIA EXPERIMENTAL E PESQUISA POSTER (PO) 058 JUSTIFICATIVAS E OBJETIVOS: A reconstrução aorto-ilíaco-femoral com veias femoral superficial e poplítea autógenas (veias do sistema venoso profundo – VSVP) para tratar as complicações relacionadas ao emprego de 53 próteses, como infecção, tem sido feita com sucesso. Os resultados efetivos a longo prazo e suas implicações, entretanto, permanecem questionáveis. Para serem efetivos, a morbidade e a mortalidade relacionadas deveriam ser pelo menos semelhantes aos métodos convencionais, com taxas de patência e de salvamento de membros efetivas, ausência de degeneração aneurismática e de morbidade venosa. Apresentamos aqui os resultados obtidos utilizando esta técnica. MÉTODO: Foram empregadas VSVP dos membros inferiores, basicamente veia femoral superficial e poplítea, de acordo com CLAGETT, G.P. et al e SCHULMAN et al. Essas foram escolhidas diante de situações especiais como: infecção do enxerto protético aortofemoral, indisponibilidade de próteses (45 casos) e derivações venosas fêmoro-poplíteas infrageniculares (09 casos). Seu emprego é justificado pela ausência das veias safenas magnas e parvas retiradas em cirurgias prévias ou pelo calibre inadequado para a utilização (05 casos). RESULTADOS: Os pacientes apresentaram boa evolução com edema discreto no membro. eco-Doppler venoso pós-operatório revelou trombose venosa profunda em apenas um destes pacientes, o qual apresentou boa evolução após instituição do tratamento anticoagulante. O tempo médio de seguimento dos pacientes foi de 60 meses. A idade média dos pacientes foi de 71 anos e a maioria apresentou doença arterial obstrutiva multissegmentar. A patência primária foi de 90% nas derivações aorto-ilícas e de 85% nas fêmoropoplíteas. A patência secundária foi de 100% nos aorto-ilíacos e 60% nos fêmoropoplíteos. A mortalidade foi de 11,1% (6/54 pacientes) sendo 5 óbitos nas derivações aotoilíacas e um nas derivações fêmoropoplíteas. A principal causa de óbito foi o infarto agudo do miocárdio (4/54 pacientes – 7,4%) e a síndrome de reperfusão secundária a isquemia aguda (2/54 pacientes – 3,7%). O tempo médio de cirurgia foi de 4,5 horas. CONCLUSÕES: Concluímos ser viável a utilização da veia femoral superficial em situações de exceção e na urgência, como relatado na literatura, quando não encontramos outra opção para procedermos à reconstrução arterial. Os resultados obtidos até o momento são aceitáveis, mas um seguimento maior destes pacientes é necessário para estabelecermos o real papel do emprego de veias do sistema venoso profundo dos membros inferiores em revascularizações. PO-059 EFEITOS DA IMUNODEPRESSÃO COM TALIDOMIDA E CICLOSPORINA EM TRANSPLANTE INTESTINAL DE COELHOS RENATA MUZZI DRUMMOND; REBECA MACIEL BIZZOTTO; SERGIO H. VIEGAS LADEIRA; JOAO B. VIEIRA DE CARVALHO; WALLACE FERNANDES DINIZ Departamento de Cirurgia da Faculdade de Ciências BELO HORIZONTE/MG CIRURGIA EXPERIMENTAL E PESQUISA POSTER (PO) 059 JUSTIFICATIVAS E OBJETIVOS: A talidomida tem sido utilizada clinicamente no tratamento da reação enxerto x receptor no transplante de medula óssea. Também tem sido efetiva no tratamento de várias doenças dermatológicas como artrite reumatóide, pioderma gangrenoso, colite ulcerativa, na Hanseníase (reação tipo II). Existem evidências consistentes da sua efetividade também como imunodepressor em transplante (Carvalho, JBV & Petroianu, A., 1999). Para avaliar a ação desse medicamento como imunodepressor em transplante de órgãos, estudou-se sua ação isolada ou em combinação com a ciclosporina na prevenção da rejeição ao aloenxerto intestinal heterotópico em coelho. MÉTODO: Utilizamos 50 coelhos sendo 25 doadores e 25 receptores. Os animais foram divididos em cinco grupos (n=5): - Grupo I (controle) animais não-imunodeprimidos; - Grupo II (imunodeprimidos com ciclosporina na dose de 10 mg/kg/dia); - Grupo III (imunodeprimidos com talidomida na dose de 50 mg/kg/dia); - Grupo IV (imunodeprimidos com ciclosporina na dose de 5,0 mg/kg/dia) - Grupo V (imunodeprimidos com talidomida na dose de 50 mg/kg/dia associada a ciclosporina na dose de 5,0 mg/kg/dia). Os medicamentos foram administrados através de cateter orogástrico, a partir do dia anterior ao transplante. Um segmento de alça intestinal de jejuno de 20 cm com seu pedículo vascular foi isolado e transplantado no abdome do coelho receptor com exteriorização de ambas as bocas oral e aboral ao nível da pele. Foram feitas biópsias das neobocas e estudou-se o grau de rejeição ao transplante nos grupos respectivos. Estudou-se a rejeição e a sobrevida dos animais em relação aos grupos. Para estudo estatístico utilizou-se a análise pnão paramétrica de Kruskall Wallis comparando-se as médias pelo teste t de Student. Adotou-se como nível de significância p menor que 0,05. RESULTADOS: A associação de talidomida e ciclosporina apresentou o menor escore histopatológico de rejeição. Observou-se que a talidomida empregada isoladamente ou associada a ciclosporina foi efetiva sobre a rejeição, aumentando a sobrevida dos animais submetidos ao transplante intestinal heterotópico em posição abdominal. CONCLUSÕES: A talidomida apresenta ação imunodepressora e pode ser uma opção no controle da rejeição em transplantes de órgãos. 54 PO-060 RESULTADOS DO TRATAMENTO COM FASCIOTOMIA EM PACIENTES COM OCLUSÃO ARTERIAL AGUDA DE ETIOLOGIA EMBÓLICA JOÃO BATISTA VIEIRA CARVALHO; RENATA MUZZI DRUMMOND; REBECA MACIEL BIZZOTTO; SERGIO H VIEGAS LADEIRA; WALLACE FERNANDES DINIZ Faculdade de Medicina, Hospital das Clínicas UFMG BELO HORIZONTE/MG CIRURGIA EXPERIMENTAL E PESQUISA POSTER (PO) 060 JUSTIFICATIVAS E OBJETIVOS: Os quadros de oclusão arterial aguda apresentam elevada morbimortalidade, são frequentes e as causa mais comuns são a embolia e a trombose. A fasciotomia representa um procedimento complementar fundamental no salvamento dos membros dos pacientes com síndrome compartimental. Estudamos o impacto da fasciotomia realizada nos pacientes com mais de 4 horas de início do evento isquêmico com síndrome compartimental relacionada a quadro obstrutivo arterial agudo de etiologia embólica e avaliar o impacto no salvamento de membros. MÉTODO: Sessenta pacientes sendo 42 (70%) do sexo feminino e 18 (30%) do sexo feminino foram admitidos no período entre janeiro de 2000 e março de 2010 no serviço de cirurgia vascular do Hospital Universitário Alzira Velano, Alfenas, MG, com quadro de oclusão arterial aguda. Estudou-se a causa da oclusão arterial aguda, a evolução dos pacientes pós-operatória e o impacto da fasciotomia no salvamento dos membros destes pacientes quando a embolia foi a causa da oclusão arterial. RESULTADOS: Em 23 (38,3%) pacientes o tempo de início do evento isquêmico era mais de 4,5 horas e os membros acometidos apresentavam síndrome compartimental caracterizada com empastamento e edema acentuado associados aos sinais de isquemia (“Five P”). Destes pacientes 65,5% (16/23) eram do sexo feminino e sete 34,5% (7/23) do sexo masculino. A principal causa de oclusão arterial aguda foi a embolia em 78,2% (18/23) pacientes. Todos estes pacientes desenvolveram síndrome compartimental e nestes pacientes foi indicada a fasciotomia ampla com exposição da musculatura dos compartimentos da perna após revascularização cirúrgica (embolectomia com Fogarty). O índice de sucesso com preservação dos membros foi de 66,6% (12/18 pacientes).O tempo médio de internação foi 2,5 semanas. A mortalidade foi de 27,7% (05/18 pacientes) demonstrando a gravidade do quadro clínico destes pacientes. Amputação foi realizada 33,3% (06/18) pacientes. A taxa de salvamento de membros foi de 66,6% (12/18 pacientes) (p < 0,05). CONCLUSÕES: Os resultados evidenciam a gravidade da isquemia aguda de membros inferiores. A morbimortalidade, o tempo de internação e a freqüência de amputação são elevadas. A embolia representa a principal causa de oclusão arterial. O impacto da fasciotomia no salvamento de membros pósembolectomia foi significativo demonstrando a importância do procedimento nestes pacientes. PO-061 AVALIAÇÃO DA CONCENTRAÇÃO DE HOMOCISTEINA EM PACIENTES COM DOENÇA ARTERIAL OBSTRUTIVA PERIFERICA RODRIGO AGUIAR GUEDES; THIAGO CHARAMBA DUTRA; WALTER FERREIRA VON SOHSTEN; JOSE NESTOR AGUIAR NETO HOSPITAL AGAMENOM MAGALHÃES RECIFE/PE CIRURGIA EXPERIMENTAL E PESQUISA POSTER (PO) 061 JUSTIFICATIVAS E OBJETIVOS: A aterosclerose é hoje a principal causa de morte em nosso país e no mundo. As lesões ateroscleróticas são responsáveis por 95% das coronariopatias, 85% das claudicações intermitentes dos membros inferiores e 75% dos acidentes vasculares cerebrais. Alguns fatores de risco para o desenvolvimento da doença aterosclerótica são conhecidos, como idade, sexo masculino, diabetes melito, obesidade, hiper-homocisteinemia, sedentarismo e fatores genéticos ou história familiar de doença aterosclerótica. O objetivo deste trabalho será avaliar a frequência de hiper-homocisteinemia em amostra dessa população em um estudo de prevalência com pacientes portadores de Doença Arterial Obstrutiva Periférica (DAOP). MÉTODO: Foi realizado um estudo de prevalência prospectivo. Foram avaliados 30 pacientes portadores de DAOP e dosados os níveis de Homocisteina séricos, em um período de 05 meses no Hospital Agamenon Magalhães – PE. RESULTADOS: A doença arterial periférica predominante foi a isquemia crônica de membros. A prevalência de hiper-homocisteinemia foi de 38%. Entre os pacientes analisados 48% deles são do sexo feminino e 52% do masculino. O percentual de hipertensão arterial sistêmica foi de 71%, o de Diabetes Mellitus tipo II foi de 66% e o de tabagismo de 52%. O segmento arterial mais acometido foi o infra-patelar com 52% dos pacientes. CONCLUSÕES: A hiper-homocisteinemia é um fator de risco importante em pacientes portadores de DAOP e foi encontrado em 38% dos pacientes neste estudo. Poster PO-062 INFLUÊNCIA DA SUPLEMENTAÇÃO DA RAÇÃO COM VITAMINA D SOBRE AS PROPRIEDADES MECÂNICAS DA AORTA DE RATOS RODRIGO GIBIN JALDIN; PRISCILA PORTUGAL SANTOS; L. P. ARDISSON; B. P. RAFACHO; MARCOS FERREIRA MINICUCCI; PAULA S. AZEVEDO; F. CHIUSOMINICUCC; C. P. BRAGA; A. AH FERNANDES; WINSTON BONETTI YOSHIDA; LEONARDO ANTÔNIO ZORNOFF; SERGIO ALBERTO RUPP PAIVA FACULDADE DE MEDICINA DE BOTUCATU - UNESP BOTUCATU/SP CIRURGIA EXPERIMENTAL E PESQUISA POSTER (PO) 062 JUSTIFICATIVAS E OBJETIVOS: Considera-se a deficiência de vitamina D um problema de saúde pública pela prevalência mundial estimada em um bilhão de pessoas. Está associada ao desenvolvimento de doenças crônicas e a fatores de risco cardiovascular. Dados estudos e meta-análises que relacionam negativamente a hipovitaminose à longevidade, o uso de vitamina D está atualmente indiscriminado. Recentes diretrizes nutricionais do US Food and Drug Administration sugerem que doses até 2000U diárias seriam efetivas e seguras. Estudos apontam que a hiperdosagem desta vitamina causaria efeitos deletérios sobre a aorta, como calcificação difusa, alterações parietais degenerativas e aneurisma. Porém, a literatura carece de estudos relacionando suplementação de vitamina D e propriedades mecânicas aórticas. Objetivou-se verificar se suplementação alimentar com diferentes doses de vitamina D3 promove alterações biomecânicas da aorta. MÉTODO: 38 ratos machos divididos em 4 grupos: controle (C) – dieta padrão; 3D, 5D e 10D – 3000, 5000 e 10000 UI de colecalciferol/ kg de ração, respectivamente. Após dois meses, os ratos foram submetidos a estudo funcional e bioquímico e sacrificados para coleta da aorta torácica para ensaio de tração e avaliação das propriedades mecânicas: coeficiente de rigidez, limite de elasticidade e força de rotura. Utilizou-se teste ANOVA ou Kruskal Wallis na comparação entre os grupos e de tendência para resposta de dose-dependência. RESULTADOS: A concentração sérica de cálcio (p=0,005) foi maior nos grupos 5D e 10D em relação a C. A pressão arterial (p<0,001) foi maior nos grupos 3D e 10D em relação a C, de modo dose dependente. Os mediadores inflamatórios TNF-α, INF-γ, IL-10 e ICAM-1 (p<0,001) foram maiores no 10D em relação aos outros grupos, de modo dose dependente. Houve variação na dosagem de marcadores de estresse oxidativo nos tratados: redução de superóxido dismutase e glutationa peroxidase e aumento de hidroperóxido de lipídio (p<0,001). A avaliação mecânica aórtica evidenciou redução significativa do limite de elasticidade no grupo 3D em relação a C (p<0,05), porém não houve diferença estatística nos demais parâmetros entre os grupos. CONCLUSÕES: Apesar de não haver relação aparente entre dose e alteração mecânica, é possível inferir que a suplementação dietética com vitamina D provocou dano estrutural na parede aórtica. A maior parte das alterações observadas foi dose dependente e a perpetuação desses achados poderia acarretar alterações estruturais e funcionais mais pronunciadas na parede aórtica. PO-063 ACOMPANHAMENTO EVOLUTIVO DA LESÃO ATEROSCLERÓTICA CAROTÍDEA COM ECOCOLOR-DOPPLER DO AMBULATÓRIO DE CIRURGIA VASCULAR DO HOSPITAL UNIVERSITÁRIO PEDRO ERNESTO (HUPE) SANDRA ZULUAGA; JULIA GUERRA; CLAUDIA AMORIM; ROBERT EUDES; GISELE CORDEIRO; CARLOS EDUARDO VIRGINI; RAPHAELLA GATTIS; HELEN PESSONI; CRISTIANE ARAUJO; CRISTINA RIGUETTI; FELIPE BORGES; MONICA MAYALL; LEONARDO CASTRO Hospital Universitário Pedro Ernesto RIO DE JANEIRO/RJ CIRURGIA EXPERIMENTAL E PESQUISA POSTER (PO) 063 JUSTIFICATIVAS E OBJETIVOS: A doença aterosclerótica carotídea é prevalente em populações com doenças crônicas associadas, podendo gerar complicações catastróficas. A ultrassonografia carotídea com Doppler colorido é o exame de eleição na avaliação da presença e quantificação da estenose aterosclerótica. MÉTODO: Trata-se de um estudo retrospectivo, unicêntrico, realizado no ambulatório do Hospital Universitário Pedro Ernesto, no período de janeiro de 2001 a dezembro de 2010. Foram avaliados 300 pacientes neste período. RESULTADOS: Os resultados do trabalho serão apresentados na apresentação oral. CONCLUSÕES: O conhecimento da incidência e da história natural da doença aterosclerótica carotídea em determinada população tem importância fundamental não apenas ao entendimento da magnitude do problema, como também ao planejamento de um programa de diagnóstico, tratamento e profilaxia. A magnitude do problema impõe sua prioridade como tema de pesquisa e o conhecimento da história natural, fundamental à avaliação e à comparação dos impactos das várias intervenções terapêuticas. Poster 55 PO-064 RELATO DE CASO: DISSECÇÃO ESPONTÂNEA DE AORTA ABDOMINAL DANILO ROCHA PAZ; ROANA LACERDA T. LEITE; ROGÉRIO FIGUEIREDO BARROS; FRANCISCO HENRIQUE P. SILVA; ANDRÉ OLIVEIRA PORTO Hospital e Maternidade São Vicente de Paulo CRATO/CE DISSECÇÃO DE AORTA POSTER (PO) 064 PO-066 ENDARTERECTOMIA DE CARÓTIDA INTERNA E PONTE COM SAFENA INVERTIDA LEVI GRANDI; ANA PAULA MARTINS NAZARIO; LUIS ANDRE SIMON; MARINA ELIZA MARCON; FABIO NASCIMENTO MILETO HOSPITAL SAO JOSÉ -CRICIUMA/SC RIO DE JANEIRO/RJ DOENÇA CAROTÍDEA POSTER (PO) 066 JUSTIFICATIVAS E OBJETIVOS: A dissecção espontânea da aorta abdominal infrarrenal (DEAAI) é uma condição rara quando comparada às dissecções da aorta torácica, sendo que sua etiologia ainda não é conhecida e o sintoma mais comum é uma dor lancinante com tendência de migrar do ponto de origem para outros sítios, geralmente acompanhando o trajeto da dissecção. Sendo importante como diagnóstico diferencial de dor abdominal. MÉTODO: AFS, masculino, 65 anos, admitido, com quadro de dor abdominal em mesogástrio e fossa ilíaca direita, início a 15 dias, de forte intensidade, agravada aos esforços físicos e aliviada com analgésicos. Paciente hipertenso, AVE ou coronariopatia. Tabagista (10 maços-ano), etilista social. Na admissão, encontrava-se em bom estado geral, estável hemodinamicamente, PA: 150/100 mmHG, FC: 88 bpm, FR: 18 irpm. Abdome plano, dor à palpação profunda em mesogástrio e ausência de sopro audível. Realizada tomografia computadorizada de abdome: Dissecção de aorta abdominal infrarrenal com extensão até próximo a bifurcação das artérias ilíacas, com ectasia (diâmetro AA: 30 mm). Arteriografia de AA: mostrou estenose de toda a aorta infrarrenal até às ilíacas com oclusão da falsa luz, com fluxo distal preservado, sem anormalidades na aorta ascendente. Paciente recebeu alta hospitalar com o diagnóstico de dissecção de aorta abdominal infrarrenal tipo B de Stanford, crônica não complicada, sendo encaminhado para acompanhamento ambulatorial. RESULTADOS: Dissecções da aorta abdominal ocorrem, na maioria das vezes, como consequência da extensão de dissecções ocorridas na aorta torácica. As principais causas de dissecção da aorta torácica são: trauma, gravidez, doenças do colágeno (Ehler-Danlos e Marfan) e deficiência da alfa-1-antitripsina. Porém, não há estudos relacionando essas afecções com a dissecção aórtica abdominal isolada. Neste caso, a etiologia é desconhecida e pode-se classificar em: iatrogênica, traumática e espontânea. Há maior prevalência no sexo masculino (66%) e sexta década de vida. Pacientes sintomáticos ou que evoluem para formação de aneurisma (40%) são candidatos a tratamento cirúrgico, e os pacientes assintomáticos recebem tratamento conservador com avaliações periódicas (TC ou RNM). CONCLUSÕES: A DEAAI é uma doença rara, em comparação a dissecção aórtica torácica, subdiagnosticada e com várias apresentações clínicas, sendo assim, o diagnóstico e o tratamento precoces podem alterar, significativamente, o desfecho catastrófico desta entidade. JUSTIFICATIVAS E OBJETIVOS: A doença oclusiva aterosclerótica dos troncos supra-aórticos é relativamente incomum e pode apresentar-se clinicamente com sintomas relacionados à insuficiência cérebro-vascular, claudicação de membro superior ou embolização distal. Pacientes com Ataque Isquêmico Transitório (AIT) ou Acidente Vascular Encefálico (AVE) prévio com estenose de 70 % ou mais tem indicação clara para intervenção cirúrgica. OBJETIVO: Relatar a realização de endarterectomia e ponte subclávia-carotída interna com bypass venoso. MÉTODO: É descrito um caso de homem idoso, branco, 82 anos, submetido à endarterectomia e ponte subclávio-carotídea interna esquerda com safena invertida, no Serviço de Angiologia e Cirurgia Vascular do Hospital São José de Criciúma – SC. Histórico de vertigem rotatória recorrente. AVE, em 2008, sem sequelas. Apresentava lesão oclusiva na artéria carótida interna esquerda. Realizados eco-Doppler color e Angiotomografia para confirmação diagnóstica e planejamento cirúrgico. O acesso cirúrgico foi através de uma incisão supraclavicular e medial ao estenocleidomastoideo do lado acometido. RESULTADOS: O pós-operatório foi de alívio significativo dos sintomas relacionados à obstrução da carótida interna. Não foi registrada nenhuma lesão de nervo frênico ou vago ou outros nervos periféricos. Não ocorreu AIT ou AVE. Durante o seguimento, o paciente foi submetido ao eco-Doppler color, que mostrou perviedade dos vasos operados e ausência de sinais de estenoses. CONCLUSÕES: A ponte subclávia-carótida interna com bypass venoso mostrou ser uma técnica útil que evita o uso de enxertos sintéticos. PO-065 CORREÇÃO ENDOVASCULAR DE DISSECÇÃO DE ARCO AÓRTICO COM PRÓTESE FENESTRADA PEDRO RICARDO GARCIA JAZBIK; JOSÉ JAZBIK; JOÃO CARLOS JAZBIK; MARIO RICARDO AMAR; MILENA PORTAVALES JAZBIK; CARLOS EDUARDO FERREIRA JAZBIK; NAGLA SIMÕES VINHOSA hospital de Clínicas de NiterÓI RIO DE JANEIRO/RJ DISSECÇÃO DE AORTA POSTER (PO) 065 JUSTIFICATIVAS E OBJETIVOS: Paciente portadora de Síndrome de EhlersDanlos, apresentou dissecção aguda do arco aórtico. Foi tratada com implante percutâneo de endoprótese, confeccionada com fenestração única para ramos supra-aórticos e cobertura do flap de entrada na croça, sem necessidade de intervenção nos vasos da base. MÉTODO: Paciente 47 anos, sexo feminino, internou com quadro de dor torácica devido a dissecção de aorta tipo ll. Foi submetida a cirurgia com circulação extra-corpórea para correção de aneurisma da aorta ascendente com implante de enxerto hemashield. No 6º mês de pós-operatório, apresentou novo quadro de dor torácica aguda,cuja ecocardiografia documentou a presença de nova dissecção, na parede posterior da croça da aorta, que iniciava a 10 mm do ostium do tronco braquiocefálico e progredia até as artérias renais. Foi customizada uma endoprótese, cuja a extremidade proximal era revestida nos seus primeiros 30 mm seguida por uma fenestração de 45 mm orientada para os troncos supra-aórticos, e revestida nos demais segmentos. RESULTADOS: O objetivo na correção de uma dissecção aórtica é o fechamento do flap de entrada. Nosso procedimento foi realizado com êxito, sem a necessidade de desramificações do arco, chaminés ou toracotomias, com trauma cirurgico mínimo sendo apenas obrigatório a marcação com exatidão dos troncos supra-aórticos. CONCLUSÕES: É possível a utilização de uma endoprotese customizada no tratamento das dissecções do arco aórtico. No momento, a maior contra-indicação é o tempo necessário para confeccioná-la. PO-067 PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DE PACIENTES SUBMETIDOS À ENDARTERECTOMIA CAROTÍDEA EXTRACRANIANA DEVIDO À ESTENOSE NO HOSPITAL SÃO JOSÉ - CRICIÚMA/SC NO PERÍODO DE JANEIRO DE 2001 A DEZEMBRO DE 2006 ANA PAULA MARTINS NAZARIO; MARINA ELIZA MARCON; LEVI GRANDI; LUIS ANDRE SIMON; FERNANDO CESAR LISSA HOSPITAL SAO JOSÉ RIO DE JANEIRO/RJ DOENÇA CAROTÍDEA POSTER (PO) 067 JUSTIFICATIVAS E OBJETIVOS: A estenose carotídea é uma das causas mais frquentes de acidente vascular celebral isquêmico e possui manifestação em pacientes com perfil na conhecida síndrome pluremetabolica. Objetivo: Estabelecer o perfil de pacientes submetidos à endarterectomia carotídea extracraniana por estenose, levando em consideração fatores de risco, acometimento carotídeo e características do diagnóstico. MÉTODO: Estudo descritivo, epidemiológico, retrospectivo e transversal de pacientes submetidos à endarterectomia carotídea por estenose causada por aterosclerose, no período de janeiro de 2001 a dezembro de 2006, no Hospital São José, na cidade de Criciúma-SC. RESULTADOS: Obteve-se como resultado o numero de 40 pacientes, dos quais 72,5% eram do sexo masculino, variando de 53 a 78 anos (média de idade de 66,7). Hipertensão arterial em 92,5% e tabagismo em 62,5% foram os principais fatores de risco para doença carotídea. As comorbidades foram: 55% possuíam doença da artéria periférica, 45% coronariopatia, 32,5% diabetes melittus, e 30% dislipidemia. O sopro carotídeo foi verificado em 37,5%. De forma isolada, a hipertensao arterial sistêmica foi o fator de maior prevalência entre as mulheres (100%) e entre os homens (89,7%). Nas 42 cirurgias, a aterosclerose foi unânime como causa. A localização das lesões foi variada. A mais frequente foi a placa de ateroma na ACID (67,5%). Todos os paciente relatados foram submetidos a endartercetomia convencional da artéria carotídea extracraniana. Desses, 88,5% obtiveram diagnóstico pelo ecocolor-Doppler e 90% realizaram arteriografia como exame complementar pré-operatório. CONCLUSÕES: Os resultados da série, comparados com a literatura, permitem concluir que os dados foram similares e que medidas efetivas de prevenção global na prevenção dos fatores de risco potencialmente modificável, podem ser instituídas a fim de diminuir a progressão da doença aterosclerotica carotídea. 56 PO-068 ANÁLISE DO USO DE HIPOGLICEMIANTES ORAIS E INSULINOTERAPIA E ESTENOSE DE CARÓTIDA NO MUNICÍPIO DE CASCAVEL - PR ANTONIO TRIGO ROCHA; JEFERSON FREITAS TOREGEANE; GIULIANO GIOVA VOLPIANI; CLAUDIO JUNDI KIMURA; RUI MANUEL DE S. S. A. DE ALMEIDA; ALVARO FERDINANDO SCREMIN; EMANUEL A. DE L. R. THOMAZINHO; GUILHERME MINIKOWSKI UNIVERSIDADE ESTADUAL DO OESTE DO PARANÁ CASCAVEL/PR DOENÇA CAROTÍDEA POSTER (PO) 068 JUSTIFICATIVAS E OBJETIVOS: O uso de hipoglicemiantes orais e insulinoterapia no tratamento do diabetes mellitus é um recurso altamente utilizado no combate e tratamento desta doença. Os hipoglicemiantes orais agem no pâncreas aumentando a secreção de insulina e diminuem a intolerância à glicose pelo organismo. O uso da insulina está indicado em casos em que há total falência na produção da mesma, como em diabetes mellitus do tipo 1. Este trabalho objetiva estabelecer um quadro comparativo entre o uso de hipoglicemiantes orais e insulinoterapia em pacientes portadores de diabetes mellitus e a ocorrência de estenose carotídea frente ao uso desses métodos terapêuticos na cidade de Cascavel – PR. MÉTODO: Foram pesquisados 408 pacientes entre idades de 60 a 97 anos através de protocolo que incluía anamnese, exame físico e ultrassonografia Doppler colorida e a possível relação com o uso de medicamentos tais como sulfaniluréias, biguanidas e insulinas injetáveis (NPH e regular). RESULTADOS: Do número total de participantes do estudo, 408 pacientes foram analisados e obteve-se o número de 69 (16,91%) portadores de diabetes mellitus, sendo 2 (2,89%) usuários de insulina NPH e 5 (7,24%) de insulina regular, não observando-se nestes a existência de estenose de carótida. 49 (71,01%) pacientes utilizavam hipoglicemiantes orais e, destes, 5 apresentavam estenose carotídea. Naqueles que não faziam uso de terapêutica alguma, 13 (18,84%), somente 1 apresentava estenose associada a sua condição. Sendo a estenose de carótida um fator predisponente para doenças cérebro-vasculares e suas complicações e o uso de medicamentos anti-diabéticos como uma das causas de aterosclerose em pacientes idosos, a relação dessas entidades deve ser avaliada quanto a possíveis malefícios. CONCLUSÕES: Observou-se que o uso de hipoglicemiantes orais possuem um alto índice de estenose de carótida (10,20%), porém não apresenta repercussão significativa no presente estudo, uma vez que naturalmente o diabetes mellitus induz a um aumento na aterosclerose, portanto o uso ou não de terapêutica anti-diabética não se relaciona com o aumento ou diminuição de estenose de carótida nesses pacientes. PO-069 CORRELAÇÃO ENTRE RAÇA E ESTENOSE CAROTÍDEA EM PACIENTES COM MAIS DE 60 ANOS ANTONIO TRIGO ROCHA; CLAUDIO JUNDI KIMURA; JEFERSON FREITAS TOREGEANE; GIULIANO GIOVA VOLPIANI; RUI MANUEL DE S. S. A. DE ALMEIDA; LEANDRO DE CAMPOS; TANGRYANE PEREIRA; ANDRESSA MARIA DE OLIVEIRA; CAMILA DUZANOWSKI; FERNANDA GRASIELE DA SILVA UNIVERSIDADE ESTADUAL DO OESTE DO PARANÁ CASCAVEL/PR DOENÇA CAROTÍDEA POSTER (PO) 069 JUSTIFICATIVAS E OBJETIVOS: Estenose de carótida consiste em uma obstrução, parcial ou total, da artéria carótida, sendo um importante fator de risco para os acidentes vasculares cerebrais (AVC). Por se tratar de doença silenciosa, 80% dos casos de AVC ocorrem em indivíduos assintomáticos, o que torna importante o rastreamento de indivíduos que apresentam estenose de carótida e a identificação de grupos de risco para a doença, já que a progressão anual de uma estenose moderada para grave é de 14%, e a incidência bienal de eventos isquêmicos varia de 3,3% (em indivíduos com estenose <50%) a 9,4% (naqueles com estenose >50%). O objetivo do trabalho é estabelecer uma relação entre raça e prevalência de estenose de carótida em pacientes acima de 60 anos no município de Cascavel – Paraná – Brasil. A prevalência de estenose carotídea na população geral é pouco estudada, pois depende de rastreamento rotineiro cujos custos operacionais são altos. Para que o rastreamento de uma determinada doença seja padronizado é necessário que a sua prevalência seja alta; seja possível alterar a sua evolução através de um tratamento fácil e eficaz; o exame para o rastreamento seja rápido e não invasivo; e que os custos sejam aceitáveis. Em relação à estenose de carótida, a baixa prevalência desta doença na população geral não permite a instituição rotineira do seu rastreamento. Estima-se que a prevalência de estenose maior ou igual a 50% varie de 2 a 8% e de 1 a 2% para estenose maior ou igual a 80% na população geral. Por isso, diversos estudos foram realizados a fim de identificar Poster uma população de risco que se beneficiasse do diagnóstico precoce da estenose carotídea. MÉTODO: Foram avaliados aleatoriamente 438 pacientes entre 60–97 anos, com idade média de 67.12 durante três finais de semanas consecutivos. Estes foram avaliados através do eco-Doppler colorido (General Eletric Logic III) de carótida por dois profissionais médicos especializados. A duração média do exame foi de 2 minutos. RESULTADOS: 92.2% (401) dos pacientes eram da raça branca, 6.7% (29) negros e 0,7% (3) amarelos. CONCLUSÕES: A identificação precoce da obstrução de carótida, através do eco-Doppler colorido de carótida, e o tratamento precoce, permite a redução de episódios de AVC, como apresentado no estudo de Joakimsen et al, em que estenose de carótida detectada no rastreamento de população geral através de ultrassom se mostrou um forte fator preditivo de mortalidade. PO-070 RELAÇÃO ENTRE SEDENTARISMO E ESTENOSE DE CARÓTIDA NA POPULAÇÃO IDOSA DE CASCAVEL - PR JEFERSON FREITAS TOREGEANE; ANTONIO TRIGO ROCHA; RUI MANUEL DE S. S. A. DE ALMEIDA; CLAUDIO JUNDI KIMURA; GIULIANO GIOVA VOLPIANI; CAMILA GARCIA SOMMER; ILDO TESSARO JUNIOR; MARINA F. RODOY BERTOL; PÂMELA OGASSAWARA BIONI UNIVERSIDADE ESTADUAL DO OESTE DO PARANÁ CASCAVEL/PR DOENÇA CAROTÍDEA POSTER (PO) 070 JUSTIFICATIVAS E OBJETIVOS: O sedentarismo é fator risco para a doença cardiovascular e estudos mostram que o exercício físico reduz a morbidade e mortalidade dessas doenças. A aterosclerose que ocorre nas carótidas é um exemplo de doença relacionada ao sedentarismo, e suas consequências, como o acidente vascular cerebral isquêmico um dos maiores causadores de incapacidade principalmente para as pessoas acima de 60 anos. Este trabalho objetiva verificar a possível relação entre estenose de carótida e sedentarismo na população idosa do município de Cascavel – PR. MÉTODO: Através de campanha, realizada na presente cidade, foram observados e avaliados 438 pacientes prospectivamente, com idades entre 60 e 97 anos (média de 67,12 anos), submetidas ao quick scan de carótidas, através da ultrassonografia Doppler colorida e realizado questionário sobre hábitos e condições de vida, onde um dos itens pesquisados foi o sedentarismo. RESULTADOS: Dos 438 casos avaliados, 23 pacientes apresentavam estenose e sedentarismo associados (5,25%), 179 pacientes eram sedentários sem estenose associada (40,82%), 15 pacientes apresentavam estenose sem sedentarismo associado (3,42%) e 221 pacientes não apresentavam estenose nem sedentarismo (50,45%). CONCLUSÕES: Apesar de estudos ajudarem a explicar os benefícios clínicos do exercício físico sobre a prevenção e reabilitação de doenças cardiovasculares e cérebro-vasculares, não houve diferença estatisticamente significativa entre os grupos estudados. PO-071 PREVALÊNCIA DA ESTENOSE CAROTÍDEA SUPERIOR A 50% EM PORTADORES DE DOENÇA ARTERIAL OBSTRUTIVA PERIFÉRICA DESCOMPENSADA EM HOSPITAL DE REFERÊNCIA NA CIDADE DE SALVADOR AQUILES TADASHI YWATA DE CARVALHO; JOANNA SUZANA LEAL DOS SANTOS; CARLOS ALBERTO PEREIRA GOMES; ALEKSANDRO JESUS SANTOS; JORGE BETTIO PIGEARD; MARCIO OLIVEIRA QUEIROZ; ADRIANO MELO; ROBERTO PASTOR RUBEIZ Hospital Geral Roberto Santos SALVADOR/BA DOENÇA CAROTÍDEA POSTER (PO) 071 JUSTIFICATIVAS E OBJETIVOS: Determinar a prevalência e os fatores de risco para estenose carotídea superior a 50%, em pacientes internados por doença arterial obstrutiva periférica (DAOP) descompensada em um Serviço de Referência na Cidade de Salvador. MÉTODO: Foram analisados prospectivamente, 96 pacientes portadores de isquemia crítica em membros inferiores (Rutherford 4, 5 e 6), internados no Serviço de Cirurgia Vascular do Hospital Geral Roberto Santos, no período de fevereiro a junho de 2011. Os pacientes foram submetidos a um questionário pré-estabelecido contendo dados pessoais, antecedentes mórbidos, fatores de risco para aterosclerose, topografia da DAOP e exame físico. Na etapa seguinte, foram realizados o ultrassom com Doppler colorido das carótidas visando identificar a presença de estenose superior a 50%, localização, extensão e características das placas. O aparelho de ultrassom Doppler adotado foi da marca Toshiba, com transdutor linear de 7,5 MHz, sendo realizado pelo mesmo profissional. RESULTADOS: Dos 96 pacientes analisados, 62 (64,6 %) eram do gênero masculino. A idade variou entre 52 a 84 anos (média de 65 anos) Poster e o seguimento arterial mais envolvido foi o infrapatelar (58%). As condições clínicas associadas mais frequentes foram HAS (84%), DM (72,4%), tabagismo (67%), dislipidemia (43%), antecedentes de AVE (25,8%) e IAM (6,9%). Dez pacientes (10,4%) apresentavam sopro cervical e 72 (75%) apresentavam DAOP Rutherford 5. A prevalência da estenose carotídea >50% foi 19,8% (19 pacientes). Os fatores de risco envolvidos com esse achado foram indivíduos com DAOP Rutherford 5 (p=0,035) e 6 (p=0,023) e a presença de sopro cervical (p=0,041). CONCLUSÕES: A estenose carotídea com repercussão hemodinâmica mostrouse mais prevalente e correlacionada com a presença de DAOP descompensada dos membros inferiores. PO-072 TRATAMENTO ENDOVASCULAR DA ESTENOSE CAROTÍDEA: RESULTADOS PRECOCES AQUILES TADASHI YWATA DE CARVALHO; VANESSA RIBEIRO DO SACRAMENTO; JULIANA LARISSA OLIVEIRA SANTOS; ALEKSANDRO JESUS SANTOS; CARLOS ALBERTO PEREIRA GOMES; JORGE EDUARDO BETTIO PIGEARD; MARCIO OLIVEIRA QUEIROZ; ROBERTO OLIVEIRA SENNA; WINNIE BASTOS NUNES; ANTÔNIO URBANO FERREIRA FILHO; ROBERTO PASTOR RUBEIZ Hospital Português SALVADOR/BA DOENÇA CAROTÍDEA POSTER (PO) 072 JUSTIFICATIVAS E OBJETIVOS: A angioplastia carotídea com stent (ACS) tem se mostrado uma opção terapêutica eficaz em grupos selecionados de pacientes com estenose da artéria carótida. A relevância do estudo se dá pela carência de trabalhos na região metropolitana de Salvador (Bahia) que reportem os resultados do tratamento endovascular da estenose carotídea. Os objetivos foram encontrar a taxa de mortalidade da ACS e reportar as principais complicações, neurológicas e cardíacas, que ocorreram no período de seis meses. MÉTODO: Foi realizado um estudo prospectivo descritivo, envolvendo 74 pacientes consecutivos submetidos a angioplastia carotídea com stent, em serviços particulares da Cidade Salvador (Bahia), no período de janeiro de 2006 a dezembro de 2010. A idade variou de 58 a 71 anos (média de 66 anos) e houve predominância do gênero masculino (68,9%). As doenças associadas mais frequentes foram HAS (83,7%), tabagismo (64,8%), DM (56,7%) e coronariopatia (28,3%). Todos os casos apresentavam estenose carotídea > 70% documentados por angiotomografia ou angioressonância, sendo a maioria (78,3%) assintomática. As indicações da angioplastia foram estenose carotídea severa (>70%) bilateral (33,8%), alto risco cirúrgico (31%), oclusão da carótida contralateral (12,1%), bifurcação alta (9,4%), re-estenose (6,85%) e pescoço hostil pós radioterapia ou cervicotomia (6,85%). Todos os procedimentos foram realizados com anestesia local associada a sedação endovenosa e punção da artéria femoral. Foi utilizado dispositivo de proteção cerebral em todos os casos (filtro EZ® em 73%, spider® em 21,6% e MOMA® em 5,4%) e implante primário de stent (wallstent® em 74% e protege® em 26%). RESULTADOS: A taxa total de complicações maiores (AVE, AIT e IAM) foi 2,7% (2 pacientes), sendo um paciente com AVE maior e outro com IAM. Não foram reportados óbitos relacionados ao procedimento. Durante o seguimento de seis meses, dois pacientes (2,7%) apresentaram re-estenose da carótida, dois pacientes (2,7%) apresentaram IAM seguido de óbito e um paciente (1,35%) apresentou AVE maior. CONCLUSÕES: Os resultados preliminares mostraram que a angioplastia com implante de stent representa um procedimento com baixa taxa de complicações, sendo uma opção terapêutica segura nos pacientes portadores de estenose carotídea. PO-073 TRATAMENTO ENDOVASCULAR DE MÚLTIPLAS ESTENOSES RECORRENTES DE ARTÉRIA CARÓTIDA NA DOENÇA DE TAKAYASU LEONARDO CESAR ALVIM; MARIO ANDRÉ ORANGES; MARCO CARNEIRO TEIXEIRA; GABRIEL JANINI BERTINO; RODRIGO DUQUE ESTRADA; DÉBORA OLIVEIRA SILVA HOSPITAL DE FORÇA AÉREA DO GALEÃO RIO DE JANEIRO/RJ DOENÇA CAROTÍDEA POSTER (PO) 073 JUSTIFICATIVAS E OBJETIVOS: A Arterite de Takayasu é uma vasculite da aorta e seus ramos primários, diagnosticada em aproximadamente 1 a 3 pessoas por milhão de habitantes por ano. Afeta predominantemente mulheres (80 a 90% das pessoas afetadas são do sexo feminino), com idades entre 10 a 40 anos. Exames de imagem como a arteriografia, a angiografia por tomografia computadorizada e a angiografia por ressonância magnética auxiliam no diagnóstico e seguimento: diversas alterações podem ser observadas, tais como: estreitamentos, 57 obstruções ou dilatação das artérias afetadas. MÉTODO: Paciente feminina, 60 anos, caucasiana, com histórico de ENDARTERECTOMIA CAROTIDEA ESQUERDA COM REMENDO DE PTFE em 1984 devido a sintomas cerebrovasculares. A análise histopatológica revelou um processo inflamatório inespecífico sugerindo PANARTERITE. Avaliação ecocardiográfica posterior mostrou estenose e prolapso de valva mitral, e associado a provas séricas de atividade inflamatória sugeriram o diagnóstico de ARTERITE DE TAKAYASU. Em 1992 a paciente desenvolveu novamente sintomas cerebrovasculares e uma nova estenose da artéria carótida esquerda foi diagnoosticada. Realizou-se uma PONTE CARÓTIDO-CAROTÍDEA COM INTERPOSIÇÃO DE VEIA SAFENA. No pós-operatório tardio, em 2009, desenvolveu novos sintomas. O eco-Doppler evidenciou múltiplas estenoses segmentares bilateralmente e também envolvendo artérias vertebrais. A arteriografia confirmou estas lesões estenóticas, com lesão mais importante dos ramos carotídeos esquerdos (60% no óstio, 60% no ramo comum proximal, 70% distal no ramo comum distal, e 80% no ramo interno proximal). RESULTADOS: Realizamos tratamento endovascular, que consistiu em ANGIOPLASTIA TRANSLUMINAL PERCUTÂNEA STENT-ASSISTIDA utilizando 2 stents (7x50 mm e 9x50 mm), recobrindo todas as lesões desde o óstio até o ramo interno com bom resultado no estudo angiográfico final). O paciente teve alta hospitalar, assintomático, com prescrição de antiagregação combinada. CONCLUSÕES: A Arterite de Takayasu é uma doença inflamatória rara que afeta mulheres jovens. A base do tratamento consiste no controle inflamatório com uso de corticosteróides. O tratamento cirúrgico restringe-se às complicações e recidivas das lesões. PO-074 PREVALÊNCIA DA DOENÇA ATEROSCLERÓTICA CAROTIDIANA ASSINTOMÁTICA EM PACIENTES PORTADORES DE ISQUEMIA CRÍTICA DOS MEMBROS INFERIORES ESDRAS MARQUES LINS; SILVIO ROMERO BARROS MARQUES; ILANA SOUZA BARROS; MACIA MARINHO; DANIELA MEDEIROS; DINARTE CESAR; CAMILA ALCOFORADO Universidade Federal de Pernambuco RECIFE/PE DOENÇA CAROTÍDEA POSTER (PO) 074 JUSTIFICATIVAS E OBJETIVOS: A aterosclerose é uma doença de acometimento sistêmico, sendo as artérias carótidas, coronárias e dos membros inferiores as mais freqüentemente envolvidas. Considerando que o acidente vascular cerebral é uma enfermidade de alta morbidade e mortalidade, é importante desenvolver métodos adequados de prevenção, como o “screening” de populações de alto risco. Objetivo: Determinar a prevalência da doença aterosclerótica carotidiana assintomática em pacientes portadores de isquemia crítica dos membros inferiores. MÉTODO: Foram avaliados com ultrassom Doppler colorido de carótidas de 27 pacientes internados na enfermaria de Cirurgia Vascular do Hospital das Clínicas - UFPE, com diagnóstico de arteriopatia obstrutiva crônica dos membros inferiores e isquemia crítica, no período de janeiro de 2009 a dezembro de 2010. RESULTADOS: A prevalência da aterosclerose carotidiana assintomática foi de 92% nessa população enquanto a prevalência de espessamento do complexo médio-intimal foi de 78%. A estenose era bilateral em 23 (92%) pacientes e unilateral em 2 (8%). A idade variou de 51 a 85 anos. Dos pacientes estudados 78% eram diabéticos, 78% eram hipertensos, 22% eram coronariopatas e 44% tinham história de tabagismo. CONCLUSÕES: A aterosclerose carotidiana assintomática apresentou alta prevalência em pacientes portadores de arteriopatia obstrutiva crônica dos membros inferiores e isquemia crítica. PO-075 DERIVAÇÃO CARÓTIDO-CAROTÍDEA POR VIA RETROFARÍNGEA EM PACIENTE COM DOENÇA OCLUSIVA EXTRA-CRÂNEANA FÁBIO ANDRÉ TORNQUIST; CARLOS CESAR LEOPARDO; CARLOS HENRIQUE PETTERSON; ANTONIO RODRIQUES SILVA; MARCOS PAULO MOREIRA Hospital Ana Nery SANTA CRUZ DO SUL/RS DOENÇA CAROTÍDEA POSTER (PO) 075 JUSTIFICATIVAS E OBJETIVOS: Relato de caso clínico de paciente submetido a cirurgia de derivação carótido-carotídea para tratamento de doença oclusiva extra-crâneana. MÉTODO: Relato de caso clínico de paciente assintomática, feminina, 72 anos, branca, hipertensa e tabagista. Ao exame físico foi evidenciado sopro em carótidas. Investigada com eco-Doppler e angiotomografia que evidenciou estenoses >90% em tronco bráquio-cefálico, 90% em carótida interna direita, 70% em origem de subclávia direita e 60% de carótida interna esquerda. A paciente foi submetida há avaliação clínico-cardiológica sendo identificado risco 58 elevado para cirurgia de grande porte. O tratamento cirúrgico realizado foi uma derivação carótido-carotídea por via retrofaríngea com prótese vascular de PTFE e endarterectomia de carótida interna direita. O procedimento foi realizado sob anestesia geral e com shunt trans-operatório. No período pós-operatório permaneceu em unidade de tratamento intensivo por 24h, apresentando boa evolução. Teve alta hospitalar no 5º dia de pós-operatório. RESULTADOS: No seu seguimento clínico o paciente foi avaliada com eco-Doppler e angiotomografia computadorizada que demonstraram perviedade e ausência de reestenoses no procedimento realizado. A paciente está em acompanhamento ambulatorial há 6 meses com boa evolução. CONCLUSÕES: As derivações cervicais usadas na doença obstrutiva extra-crâneana são alternativas de baixa morbidade e duradouras entre as quais destacamos a derivação carótido-carotídea por via retrofaríngea. PO-076 ENXERTO CAROTÍDEO-BRAQUIAL PARA REVASCULARIZAÇÃO DE MEMBRO SUPERIOR: RELATO DE CASO FABIO RIBEIRO MORAES; MILTON NEVES JUNIOR; POLLYANNA BEZERRA FLORÊNCIO; WILLIAN JOSE COSTA; EDGAR RABBONI; ALEXANDRE PETNYS; MARIA LUCIA IWASAKI; NEIVA MARICIA JACQUES HOSPITAL SERVIDOR PÚBLICO MUNICIPAL SÃO PAULO/SP DOENÇA CAROTÍDEA POSTER (PO) 076 JUSTIFICATIVAS E OBJETIVOS: A estenose ou oclusão da artéria subclávia (Ascl) é encontrada em até 25% as lesões dos troncos supra-aórticos (TSA), sendo a aterosclerose a principal etiologia. Podem resultar, menos comumente, de arterites inflamatórias, como a arterite de Takayasu, ou da exposição à irradiação terapêutica. A doença aterosclerótica da artéria subclávia pode ser assintomática ou produzir sintomas relacionados à isquemia do território cerebral posterior ou da extremidade superior. O tratamento da oclusão de TSA tem se mostrado um desafio ao cirurgião vascular, principalmente nas lesões de acometimento proximal, envolvendo abordagem transtorácica destes vasos. A revascularização extratorácica (bypass carotídeo-subclávio, a transposição subclávio-carotídea, bypass axilo-axilar) e a angioplastia com balão, com ou sem stent, são opções terapêuticas menos invasivas para o tratamento da estenose/oclusão da Ascl. Objetivo: Relatar caso de revascularização carotídeo-braquial como forma de tratamento bem sucedido para oclusão extensa da Ascl. MÉTODO: Paciente 64 anos, feminino, HAS, ex-tabagista, endarterectomia de ACIE há 1 ano, com dor intensa em mão e há 8 meses, evoluindo com gangrena de 3º, 4º e 5º quirodáctilos. Ao exame: ausência de pulsos em MMSS. Sem melhora ao tratamento clínico, optado por revascularização do MSE. A arteriografia evidenciou oclusão Ascl e logo após a origem da AVE, com reenchimento distal em artéria braquial proximal. Realizou-se inicialmente abordagem da artéria braquial E, com tentativa de recanalização endovascular, sem sucesso. Realizado enxerto carotídeo (terço medio)braquial, supraclavicular, com prótese de Dácron nº 6. Arteriografia de controle intra-operatória mostrou perviedade do enxerto e bom escoamento distal. Ao término do procedimento foi realizada a amputação dos 3º,4º e 5º quirodáctilos em seus respectivos níveis. No pós-operatório (PO) imediato observou-se a presença de pulsos radial e ulnar e melhora da perfusão periférica. O anátomo confirmou aterosclerose. Realizado US Doppler no 30° PO, evidenciando fluxo bifásico no enxerto, na artéria ulnar e radial. A paciente se encontra no 5° mês PO, assintomática, com enxerto pérvio e com cicatrização completa dos cotos de amputação. RESULTADOS: Relatar um caso de enxerto carotídeo-braquial para oclusão de subclávia extratorácica. CONCLUSÕES: O enxerto carotídeobraquial, embora incomum, é uma opção viável, eficaz e pouco invasivo para o tratamento das lesões extensas da artéria subclávia, evitando-se abordagem intratorácica. PO-077 TRATAMENTO ENDOVASCULAR DE ESTENOSE DE TRONCO BRAQUIOCEFÁLICO FABIO RIBEIRO MORAES; MILTON NEVES JUNIOR; POLLYANNA BEZZERRA FLORÊNCIO; WILLIAN JOSE COSTA; EDGAR RABBONI; ALEXANDRE PETNYS; MARIA LUCIA IWASAKI; NEIVA MARICIA JACQUES; VANISSE RAMOS HOSPITAL DO SERVIDOR PUBLICO MUNICIPAL SÃO PAULO/SP DOENÇA CAROTÍDEA POSTER (PO) 077 JUSTIFICATIVAS E OBJETIVOS: A evolução do tratamento de lesões ateroscleróticas de troncos supra-aórticos começou em 1951, com a primeira correção cirúrgica realizada por Shimizu. DeBakey et al. descreveram a reconstrução do tronco braquiocefálico (TBC) por via transtorácica, entretanto, mesmo proporcionando acesso direto aos vasos, foi associada a uma alta de mortalidade Poster (22%). A evolução do tratamento, com a técnica da Angioplastia Transluminal Percutânea (ATP), só ocorreu na década de 80, com vários relatos aceitáveis a médio prazo, principalmente, nos casos de implante de stent, nas lesões oclusivas do TBC. Apesar do sucesso terapêutico, o risco de embolização é uma preocupação constante, fazendo com que alguns cirurgiões utilizem dispositivos de proteção endoluminal ou método híbrido, com oclusão cirúrgica distal aberta. A abordagem endovascular tem vantagens sobre o reparo cirúrgico aberto, incluindo a capacidade de executar esses procedimentos sem a necessidade de anestesia geral, o tempo de recuperação mais rápida, menor tempo de internação. Ainda apresenta maior benefício em pacientes considerados de alto risco, como: portadores de doenças cardiovasculares, cirurgia e radiação prévia em região cervical. OBJETIVO: Relatar caso de estenose crítica de TBC, com tratamento endovascular bem sucedido. MÉTODO: Paciente de 74 anos, sexo feminino, HAS, DM, ex-tabagista, com quadro de amaurose à direita, atendida pela equipe de cirurgia vascular do Hospital do Servidor Público Municipal. Ao eco-Doppler de artérias carótidas e vertebrais, apresentava baixo fluxo em ACCD, sugestiva de estenose de TBC. realizado arteriografia de aorta e tronco supra-aórticos, que evidenciou lesão estenosante (>90%), acometendo o TBC. Indicado tratamento endovascular, sob sedação, com punção da artéria braquial direita, com bainha 6F, utilizado fio guia hidrofílico 0,035, e após ultrapassar a lesão, foi introduzido stent 10 mm x 40 mm, e em seguida realizado angioplastia com balão 90 mm x 20 mm. Foi feito controle do procedimento com cateter de Pigtail, com passagem de contraste pelo TBC, mostrando ausência de estenose residual. Paciente evoluiu sem sintomas, com alta hospitalar no 20 PO. Aguarda retorno ambulatorial para realizar, controle com US Doppler. RESULTADOS: Demonstrar um caso de tratamento endovascular para estenose de TBC, sem complicações. CONCLUSÕES: A terapia endovascular é considerada um tratamento alternativo para estenose de TBC, com baixas taxas de complicações, sobretudo em pacientes com altos riscos a cirurgia convencional. PO-078 ENDARTERECTOMIA E ANGIOPLASTIA CAROTÍDEA: ANÁLISE RETROSPECTIVA DO HOSPITAL FEDERAL DA LAGOA DE JANEIRO DE 2009 A JULHO DE 2011 GERALDO ESTANISLAU DE MORAIS JR.; JOANA BABO; DANIEL LUSTOSA; FELIPE CHIODO; HELENA SANTOS; ROBERTA ROCHA; ATILA DI MAIO; VASCO LAURIA DA FONSECA FILHO HOSPITAL FEDERAL DA LAGOA RIO DE JANEIRO/RJ DOENÇA CAROTÍDEA POSTER (PO) 078 JUSTIFICATIVAS E OBJETIVOS: Análise retrospectiva do tratamento da estenose carotídea, dos pacientes atendidos no Hospital Federal da Lagoa no período de janeiro de 2009 e julho de 2011. MÉTODO: Foram analisados 38 casos de 37 pacientes. Vinte e um casos abordados por endarterectomia, 13 casos por angioplastias e 4 casos na associação das duas técnicas. Os diagnósticos foram confirmados por duplex scan e angio TC. A conduta cirúrgica foi baseada na clínica e no diagnóstico por imagem de cada caso. RESULTADOS: Dos casos revisados, em 21 endarterectomias, 20 eram assintomáticos ou com pelo menos um caso de AIT. Um caso foi operado em vigência de ictus em evolução, resultando em óbito pós operatório. Dos 20 pacientes com doença estável, 19 (95%) sucederam bons resultados sem qualquer morbi mortalidade, ocorrendo no entanto 1 (5%) caso de hemiplegia. Os 13 casos de angioplastia obtiveram sucesso no tratamento até o presente momento. Os 4 casos de associação das técnicas têm resultados equivalentes à técnica endovascular. No total de 37 casos de estenose carotídea com doença estável, 36 (97,29%) apresentaram resultado cirúrgico eficaz, sendo que 1 (2,71%) apresentou sequela neurológica e não houve óbitos registrados. No total de casos o único óbito foi na abordagem do paciente com ictus em evolução. CONCLUSÕES: Em nosso serviço, para o tratamento da estenose carotídea, opta-se de acordo com os critérios clínicos e anatômicos, mostrando resultados satisfatórios, seja qual for a técnica empregada. PO-079 DOENÇA CAROTÍDEA GRAVE EM PACIENTE ASSINTOMÁTICO MARCELO LUIZ BRANDÃO; GERMANA GABRIELA C. SOUZA; PAULA SABRINA A. MILHOMEM; VIVIANE Q. MACEDO ALCÂNTARA; WERTHER SOUZA SALES; RODRIGO DAFICO B. S. BORGES; LY DE FREITAS FERNANDES Hospital das Clínicas da UFG GOIÂNIA/GO DOENÇA CAROTÍDEA POSTER (PO) 079 JUSTIFICATIVAS E OBJETIVOS: A doença aterosclerótica de carótidas acomete cerca de 2 milhões de pessoas nos Estados Unidos e os mecanismos Poster etiopatogênicos são bastante conhecidos, como o tabagismo, hipertensão, sedentarismo e dislipidemia. A prevenção da doença consiste em evitar tais fatores de risco, contudo, esses cuidados envolvem mudança do estilo de vida e, portanto, difíceis de serem aplicados na prática. Desta forma, é importante o número de pacientes que evoluem para formas graves e sintomáticas da doença, apresentando quadros de ataque isquêmico transitório ou mesmo de acidente vascular cerebral. Este trabalho tem como objetivo relatar o caso clínico de um paciente assintomático com doença arterial carotídea grave. MÉTODO: Paciente P. D. B., 56 anos, tabagista, hipertenso, deu entrada no serviço com queixa de cefaléia ocasional e síncopes esporádicas. Em acompanhamento ambulatorial, foi submetido a exames complementares que evidenciaram aterosclerose difusa do sistema carotídeo-vertebral bilateralmente. Iniciado tratamento clínico para controle pressórico e estímulo para cessar tabagismo, além do uso de AAS, Sinvastatina e Cilostazol, e em um período de cerca de 1 ano de acompanhamento, nega queixas neurológicas. Realizado exame ecográfico em 29/04/2010, o qual mostra aterosclerose difusa do sistema carotídeo-vertebral bilateralmente. Teste ergométrico e ecocardiograma de stress sem evidências de isquemia miocárdica. Submetido a arteriografia em 09/02/2011 que apresenta artéria vertebral esquerda pérvia e única responsável pelo enchimento do polígono de Willis, com reenchimento retrógrado das artérias carótida comum e interna direitas e vertebral direita. RESULTADOS: O caso clínico relatado torna-se intrigante devido ao fato de o paciente ter uma doença aterosclerótica severa dos vasos supra-aórticos, com paucidade de sintomas, sem interferência em atividades diárias do doente. A artéria vertebral esquerda se mostra como um “heroína” por ser a única nutridora do polígono de Willis e, portanto, do cérebro. CONCLUSÕES: Conclui-se, portanto, que a doença carotídea possui um espectro de sintomas clínicos muito variável. Por ser uma patologia crônica, o mecanismo de compensação diante de estenose ou oclusão carotídea e vertebral, faz com que a clínica do paciente seja, em alguns casos, incompatível com o grau de lesão vascular. PO-080 O PAPEL DA REVASCULARIZAÇÃO CAROTÍDEA EM ALGUNS DISTÚRBIOS DO MOVIMENTO GERMANO PAZ OLIVEIRA; GIULIANA G. BIASI; RICARDO SUAREZ CASTEDO; ANA TEREZINHA GUILLAUMON; WAGNER MAUAD AVELAR; FERNANDO CENDES FCM - Universidade Estadual de Campinas CAMPINAS/SP DOENÇA CAROTÍDEA POSTER (PO) 080 JUSTIFICATIVAS E OBJETIVOS: Os sintomas característicos do AVC são definidos classicamente como deficitários (por ex.: disartria, hemiparesia). Raros são os casos em que sintomas positivos (por ex.: hemibalia, hemicoréia) são uma manifestação clínica do AVC e mais raras ainda são as vezes em que estas manifestações aparecem isoladamente. A endarterectomia e a angioplastia carotídeas reduzem o risco absoluto de acidente vascular cerebral (AVC) em pacientes sintomáticos e, mais modestamente, em assintomáticos, com uma redução de risco absoluto da casa de 16% e 7%, respectivamente. No entanto, para casos bem selecionados de pacientes com sintomas positivos, nos quais encontra-se uma relação clara com a doença carotídea oclusiva, propõe-se uma abordagem cirúrgica de revascularização carotídea a fim de reverter o hipofluxo ao nível dos núcleos da base. RESULTADOS: Em um caso de hemicoréia operado por técnica de endarterectomia de bulbo carotídeo, por exemplo, houve reversão imediata dos sintomas no pós-operatório. CONCLUSÕES: Dessa forma, conclui-se que, independente da técnica empregada, a restauração do fluxo cerebral pode ter indicações mais amplas do que as clássicas preventivas. PO-081 ANÁLISE DOS RESULTADOS DAS ANGIOPLASTIAS CAROTÍDEAS EM UM SERVIÇO DE ENDOVASCULAR PIERRE GALVAGNI SILVEIRA; GILBERTO DO N. GALEGO; CRISTIANO T. BORTOLUZZI; RAFAEL NARCISO FRANKLIN; DANIELA SABINO; GUILHERME B. BARBOSA LIMA Coris FLORIANÓPOLIS/SC DOENÇA CAROTÍDEA POSTER (PO) 081 JUSTIFICATIVAS E OBJETIVOS: Estudos já comprovaram a superioridade do tratamento intervencionista da estenose carotídea severa sobre o tratamento clínico. A angioplastia carotídea com stent sob proteção cerebral ganhou espaço como método intervencionista alternativo à endarterectomia no tratamento da estenose carotídea, porém suas indicações ainda não foram totalmente estabelecidas. Os registros obtidos a partir de séries realizadas por uma mesma 59 equipe devem, no mínimo, apresentar resultados comparáveis aos trabalhos que mostram a não inferioridade da angioplastia em relação à endarterectomia para, assim, justificar a realização deste procedimento em centro de referência. Assim sendo, justifica-se a execução de um estudo que analis o perfil dos pacientes tratados pelo método em questão e observe a evolução desses pacientes após o procedimento. Os objetivos deste estudo são caracterizar os pacientes submetidos à angioplastia carotídea com colocação de stent sob proteção cerebral, avaliar descritivamente as complicações maiores (acidente vascular encefálico isquêmico, infarto agudo do miocárdio e óbito) e determinar se a incidência dessas complicações é aceitável de acordo com a literatura atual. MÉTODO: Análise estatística descritiva e quantitativa das angioplastias carotídeas realizadas em um serviço privado de saúde de janeiro de 2007 a junho de 2009. RESULTADOS: Três dos 91 pacientes (3,3%) submetidos à angioplastia de artérias carótidas apresentaram complicações maiores (acidente vascular encefálico isquêmico, infarto agudo do miocárdio e óbito) atribuídas aos procedimentos em até 30 dias. Não houve diferença significativa de sexo, idade e sintomatologia entre os pacientes com e sem complicações maiores. CONCLUSÕES: O perfil dos pacientes obtido no estudo é semelhante ao encontrado na literatura. O índice de complicações maiores (acidente vascular encefálico isquêmico, infarto agudo do miocárdio e óbito) atribuídas ao procedimento foi de 3,3%, sendo de 1,88% para assintomáticos e de 5,3% para sintomáticos, sendo esses índices considerados aceitáveis segundo as recomendações da American Heart Association. PO-082 TAXA DE REESTENOSE E PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DOS PACIENTES SUBMETIDOS À ANGIOPLASTIA DE CARÓTIDA NO SERVIÇO DE ANGIOLOGIA E CIRURGIA VASCULAR E ENDOVASCULAR DO HOSPITAL UNIVERSITÁRIO EVANGÉLICO DE CURITIBA CONSTANTINO MIGUEL NETO; WILSON MICHAELIS; JOSÉ FERNANDO MACEDO; ANTÔNIO LACERDA FILHO; RAFAEL PASINI DEL CLARO; MARCELO TIZZOT MIGUEL; THIAGO MICHAELIS; ANDRESSA HUBAR P. PIMPÃO; RODRIGO DE ALMEIDA MACEDO; GABRIEL ARNS MIRANDA; ERIC FREITAS; MELISSA YOSHINAGA; IGOR YUDI KURADOMI; ELY AUGUSTO DEZANETTI Hospital Universitário Evangélico de Curitiba CURITIBA/PR DOENÇA CAROTÍDEA POSTER (PO) 082 JUSTIFICATIVAS E OBJETIVOS: Os procedimentos endovasculares representam um grande avanço no tratamento das doenças vasculares do território supra-aórtico. O presente estudo tem como objetivo avaliar retrospectivamente os fatores de risco para doença estenosante carotídea e a taxa de reestenose em pacientes submetidos à angioplastia de carótidas no período de Janeiro de 2005 a Maio de 2011. MÉTODO: Foram estudados 123 pacientes submetidos a procedimentos de angioplastia de carótida com stent auto-expansível Carotid Wallstent Monorail e filtro de proteção neuroembólica (Spider, EZ ou Scipro) devido à estenose carotídea importante (maior que 70%) confirmada ao eco-Doppler. Sendo 77 pacientes do sexo masculino (62,60%) e 46 pacientes do sexo feminino (37,40%) com uma idade média de 69,72 anos. Os pacientes receberam anti-agregação plaquetária dupla (AAS e ticlopidina) com início 5 dias antes do procedimento e até 30 dias após, sendo mantido AAS indefinidamente. RESULTADOS: Dos pacientes estudados 56,09%, 54,47%, 49,59% e 27,64% apresentavam respectivamente dislipidemia, tabagismo, hipertensão e diabetes como fatores de risco isolados ou em associação. A taxa de reestenose importante (hiperplasia miointimal) no intervalo de tempo estudado foi de 1,62% (2 casos) sendo estes casos tratados satisfatoriamente com nova angioplastia. Três pacientes (2,43%) evoluíram para o óbito por complicações pós-operatórias. CONCLUSÕES: A angioplastia de carótidas com stent e dispositivos de proteção neuroembólica figura como excelente alternativa à endarterectomia carotídea, principalmente em pacientes de alto risco cirúrgico nos quais as complicações da cirurgia podem ultrapassar seus benefícios. Os resultados observados neste estudo retrospectivo demonstram uma baixa taxa de recidiva e morbimortalidade beneficiando sobremaneira os pacientes submetidos ao procedimento. PO-083 REESTENOSE CAROTÍDEA PÓS ENDARTERECTOMIA JULIANA AMARAL TINOCO; ROSANA PALMA; MARCELA TASSI; ROSSI SILVA; BRUNO ROSARIO; JUAN FERNANDO CASTRO; RITA CURY PROVIETT HOSPITAL MUNICIPAL SOUZA AGUIAR RIO DE JANEIRO/RJ DOENÇA CAROTÍDEA POSTER (PO) 083 JUSTIFICATIVAS E OBJETIVOS: Apresentar e discutir a etiopatogenia, a incidência e o tratamento da reestenose carotídea pós-endarterectomia, 60 avaliando a influência do uso do Patch e outros possíveis fatores na sua ocorrência. MÉTODO: Revisão de trabalhos publicados e apresentação de caso para discussão do tratamento. CONCLUSÕES: O uso do Patch reduz a ocorrência a curto e médio prazo. O tratamento mais indicado hoje é a correção endovascular da reestenose carotídea. PO-084 ACHADOS NA ULTRASSONOGRAFIA INTRAVASCULAR EM DISSECÇÃO DE PLACA ATEROMATOSA DE ARTÉRIA CARÓTIDA INTERNA: RELATO DE CASO LETICIA DALLEDONE SIQUEIRA; ALVARO RAZUK; ROBERTO CAFFARO; VALTER CASTELLI; WALTER KARAKHANIAN; GABRIEL NOVAES; JONG PARK; RONALDO D AVILLA; FERNANDO PINHO ESTEVES IRMANDADE DA SANTA CASA DE MISERICÓRDIA DE SÃO PAULO SÃO PAULO/SP DOENÇA CAROTÍDEA POSTER (PO) 084 JUSTIFICATIVAS E OBJETIVOS: A apresentação não usual das placas carotídeas parece ter correlação com os sintomas, além de ser um fator de risco para a ocorrência de eventos neurológicos isquêmicos. A dissecção da placa ateromatosa carotídea, com a formação de um segundo lumem, dificilmente pode ser identificada nas angiografias pela proximidade dos dois lumens, no entanto a utilização do ultrasson intravascular auxilia o diagnóstico. O objetivo foi demonstrar os achados na ultrassonografia intravascular em placa carotídea complexa. MÉTODO: Paciente masculino, 67 anos, apresentou em 2007 paralisia em hemicorpo esquerdo com duração de aproximadamente 1 minuto. Realizou ultrassom Doppler de carótidas que demonstrou doença ateromatosa leve em sistema carotídeo vertebral bilateral e imagem sugestiva de dissecção em bulbo carotídeo e artéria carótida interna esquerda. Foi submetido à angioplastia com stent de artéria carótida interna direita em abril de 2007. Realizou novos ultrassons controles em 2007, 2008 e 2009 que evidenciaram presença de placas moles, calcificadas, irregulares em artéria carótida comum e bulbo carotídeo esquerdo sem sinais de estenose significativa, com flapping intimal em artéria carótida interna esquerda por provável dissecção de placa, porém sem causar estenose em luz verdadeira e presença de stent pérvio em artéria carótida comum e interna direita. Em maio 2010 foi submetido à angioplastia de ACIE: angiografia pré-procedimento demonstrando dissecção de ACIE em seu óstio, sendo a lesão transposta com filtro EZ que foi liberado, em seguida procedeu-se a realização de ultrassom intravascular com catéter Eagle Eye® Gold 3,5Fr Volcano que evidenciou dissecção da placa aterosclerótica, realizou-se a passagem do wallstent 8x36, seguida de dilatação com balão ultrasoft 5,5x20, com arteriografia controle demonstrando ótimo fluxo de contraste pelo stent e contrastação residual da falsa luz da dissecção. Em junho de 2010 a angiografia para avaliação pós-operatória demonstrou ACCE pérvia, com stent em seu interior direcionado para ACIE pérvio e com bom fluxo, sem imagens sugerindo manutenção da falsa luz da dissecção. Realizado ultrassonografia intravascular que demonstrou boa adaptabilidade do stent e trombose da dissecção. CONCLUSÕES: O desenvolvimento de exames de alta resolução que identifiquem a morfologia das placas permitirá estabelecer quais pacientes deverão ser submetidos à intervenção antes da ocorrência de eventos tromboembólicos. PO-085 PARAGANGLIOMA DE CORPO CAROTÍDEO - RELATO DE CASO LUIZ MAURICIO GRANDI; JULIANA MARIA TENORIO JUCA SA; ANDRÉ LUIS BARROS DE SOUZA; GUSTAVO AURÉLIO BASSO; ADRIANO PASTORELI M. DE; ANA BEATRIZ B. D .A. CAVALCANT; EDUARDO ALVES BRIGIDIO; APARECIDO CÍCERO TODESCHINI; CRISTINA CHAHESTIAN; FRANCISCO C. L. LARA; MARCO ANTONIO C. CRIVELLARO; ALEXANDRE ARRUDA MARTINS; SAMUEL M. MOREIRA; BRUNO T. DE CARVALHO; VANIA MARIA LIMA CONJUNTO HOSPITALAR DO MANDAQUI (CHM) SÃO PAULO/SP DOENÇA CAROTÍDEA POSTER (PO) 085 JUSTIFICATIVAS E OBJETIVOS: Paragangliomas são tumores de células glômicas, quimiorreceptoras, localizadas ao longo dos vasos sanguíneos. São raros (0,5% dos tumores cervicais), de crescimento lento e unilaterais. Incidência entre 40 e 60 anos, em ambos os sexos. São neoplasias essencialmente benignas, com possibilidade de metástases de 2 a 5%. Mortalidade em pacientes não tratados de 8%, geralmente por asfixia e metástases intracranianas. Clinicamente se apresentam com surgimento de massa cervical no ângulo da mandíbula, fibroelástica e móvel. Podem cursar com dor no pescoço, disfasia, rouquidão ou tinido. O tratamento de eleição é essencialmente cirúrgico, com excisão completa do tumor. MÉTODO: Paciente M.S., masculino, 32 anos, sem comorbidades. Procurou Poster serviço de otorrinolaringologia queixando-se de massa cervical à esquerda, com crescimento lento porém contínuo. Nega disfagia, cefaléia, rouquidão, “zumbidos”, crises hipertensivas ou taquicardia. Ao exame físico: massa pulsátil, indolor, móvel apenas no plano horizontal, localizada em face antero-lateral esquerda cervical e de consistência endurecida. Foi encaminhado para cirurgia vascular e foram solicitados exames complementares de diagnóstico: tomografia computadorizada que revelou a presença de uma massa tumoral na região do trígono carotídeo esquerdo; eco-Doppler que identificou um alargamento da bifurcação carotídea esquerda devido a um nódulo; e arteriografia que mostrou massa hipervascularizada, medindo cerca de 4 x 3 x 2 cm, na região da bifurcação da artéria carótida esquerda, provocando um grande desvio de sua anatomia normal. Indicado tratamento cirúrgico no qual foi realizado a exérese do tumor, sendo preservadas estruturas vasculo-nervosas, à exceção da artéria carótida externa que foi ligada para melhor manipulação do tumor. A análise anatomo-patológica da peça confirmou o diagnóstico clínico e seu caráter benigno. Durante o P.O.I. paciente queixou-se de disfagia e observou-se desvio homolateral da língua, provavelmente devido a manipulação intra-operatória do nervo hipoglosso esquerdo. O desvio à esquerda da língua progrediu para uma hipotrofia homolateral, que foi totalmente revertida seis meses após a cirurgia. RESULTADOS: Relatar caso de paraganglioma de corpo carotídeo e seguimento pós-operatório. CONCLUSÕES: Os paragangliomas são tumores raros, cujo diagnóstico baseiase preferencialmente em exames de imagem. O tratamento de eleição é cirúrgico e quando realizado precocemente, apresenta melhores resultados. PO-086 TRATAMENTO COM ANGIOPLASTIA E STENT DA DOENÇA OBSTRUTIVA CAROTÍDEA: AVALIAÇÃO DOS RESULTADOS IMEDIATOS E EM MÉDIO PRAZO MARCELO JOSÉ DE ALMEIDA; LUDVIG HAFNER; AMAURI PORTO NUNES; MORENO BITU JOSÉ; MARÍLIA FREJUELO; PATRÍCIA UCHÔA Faculdade de Medicina de Marília MARÍLIA/SP DOENÇA CAROTÍDEA POSTER (PO) 086 JUSTIFICATIVAS E OBJETIVOS: O tratamento endovascular da doença aterosclerótica carotídea apresenta-se com baixos índices de complicação e vem se tornando alternativa interessante para abordagem desta doença. Avalia-se neste trabalho os resultados em curto e médio prazo da Angioplastia Transluminal Percutânea (ATP) com stent da carótida interna ao nível do bulbo carotídeo. MÉTODO: A partir de 2003, 43 pacientes com alto risco operatório e doença aterosclerótica carotídea avaliados previamente com duplex scan de carótidas e arteriografia ou angiotomografia, originários do ambulatório da Faculdade de Medicina de Marília e de clínicas particulares, foram submetidos a tratamento com (ATP) e stent da carótida com filtro de proteção cerebral sob anestesia local e monitoração. 38 pacientes (88,3%) eram assintomáticos e 5 (11,6%) tinham apresentado quadro de Isquemia cerebral transitória nos últimos 3 meses com recuperação completa. Os pacientes foram avaliados imediatamente após a cirurgia com controle angiográfico, clinicamente no primeiro mês e a cada seis meses com dúplex scan de carótidas. RESULTADOS: Houve 1 morte no pósoperatório imediato ocasionado por AVCi (2,32%) sendo que o paciente foi submetido a trombólise intra-arterial porém sem reversão do quadro isquêmico. 1 paciente (2,32%) apresentou isquemia cerebral que foi revertida com passagem de microcatéter e utilização de rtPA (Actilise) na dose de 0,3 mg. O trombo se situava na artéria na artéria cerebral média e houve boa recuperação com ausência de lesões neurológicas. CONCLUSÕES: A angioplastia com stent da carótida com filtro de proteção cerebral demonstrou ser tratamento seguro e que permite a correção de possíveis complicações embólicas. PO-087 O EXAME DE ECO-DOPPLER COLORIDO É SUFICIENTE PARA SE INDICAR A ENDARTERECTOMIA CAROTÍDEA? MARIANO GOMES; CARLOS HENRIQUE ALVARENGA BERNARDES; KLEBER FABBRI LOURO; RUBENS PALMA FILHO; ALFONSO DOI NOMURA Santa Casa de Misericórdia de Santos SANTOS/SP DOENÇA CAROTÍDEA POSTER (PO) 087 JUSTIFICATIVAS E OBJETIVOS: O Objetivo do trabalho foi Analisar a indicação da endarterectomia carotídea somente pelo exame de eco-Doppler colorido de carótidas. MÉTODO: Foram estudados 18 pacientes com 20 endarterectomias, no período de janeiro de 2009 a março de 2011. Neste segmento todos os pacientes eram sintomáticos e foram submetidos a avaliação pré operatória com o exame de eco-Doppler de artérias carótidas. Após a rotina laboratorial Poster pré-operatória foram submetidos a Endarterctomia carotídea pela técnica cirúrgica clássica, convencional. a anestesia realizada foi a geral em todos os pacientes. Foi utilizado patch de Dacron em todos os pacientes e também todos os pacientes passaram o primeiro pós operatório em unidade de terapia intensiva. RESULTADOS: Em nossa casuística 61 % dos pacientes eram do sexo masculino, e 39% do feminino, 88% brancos, e 22% negros. A média de idade foi de 68 anos. todos os pacientes foram classificados como sintomáticos, e encaminhados por quadro de isquemia cerebral em 38% dos casos. Como complicações operatórias houve 1 óbito por IAM. Sinais de isquemia transitória no pós-operatório foram encontrados em 2 pacientes. CONCLUSÕES: Concluímos que a Endarterectomia carotidea pela cirurgia aberta é um método seguro, com bons resultados finais para o paciente. O eco-Doppler colorido das artérias carótidas e vertebrais mostrou ser um método seguro e confiável para a indicação da cirurgia. PO-088 O EXAME DE ECO-DOPPLER COLORIDO É SUFICIENTE PARA SE INDICAR A ENDARTERECTOMIA CAROTÍDEA? MARIANO GOMES; CARLOS HENRIQUE ALVARENGA BERNARDES; KLEBER FABBRI LOURO; RUBENS PALMA FILHO; ALFONSO HENRIQUE DOI NOMURA Santa Casa de Misericórdia de Santos SANTOS/SP DOENÇA CAROTÍDEA POSTER (PO) 088 JUSTIFICATIVAS E OBJETIVOS: O Objetivo deste trabalho foi Analisar a indicação da endarterectomia carotídea pelo exame de eco-Doppler colorido das artérias carótidas. MÉTODO: No período de janeiro de 2009 a março de 2011 foram estudados 18 pacientes submetidos a 20 endarterctomias carotídeas. Neste segmento todos os pacientes eram sintomáticos e foram submetidos a avaliação pré-operatória com o eco-Doppler das artérias carótidas. Após rotina pré operatória clínica e laboratorial, os pacientes foram internados e submetidos a Endarterectomia pela técnica cirúrgica aberta clássica, convencional. A anestesia geral foi a preferida em todos os pacientes. Em todos os pacientes foi utilizado patch de Dacron. O primeiro pós-operatório foi realizado em unidade de terapia intensiva em todos os pacientes. RESULTADOS: Em nossa casuística 61% dos pacientes eram do sexo masculino, e 39% feminino. 8 5 brancos e 22% negros. A média de idade foi de 68 anos. todos os pacientes foram classificados com sintomáticos, tendo sido encaminhados por quadro de isquemia cerebral em 38% dos casos, desmaios em 50%, diminuição da força muscular em membro superior em 38.8%, e sintomas visuais e alteração da fala em 11.1%. todos os pcaientes foram operados pela técnica cirúrgica aberta, sem colocação de shunt. Em todos os pacientes a obsrevação intra operatória confirmou os achados ecográficos. Como complicações pós operatórias registramos um caso de óbito por IAM, e sinais de isquemia transitória em 11.1%. O tempo de internação foi de até 5 dias. CONCLUSÕES: A endarterectomia carotídea pela cirurgia aberta é um método seguro com bons resultados finais para os pacientes. O eco-Doppler colorido de carótidas na nossa casuística mostrou ser método seguro e confiável para a indicação da cirurgia. PO-089 PAPEL DOS FATORES DE RISCO E DOENÇAS ASSOCIADAS A ATEROSCLEROSE NA PROGRESSÃO DA ESTENOSE CAROTÍDEA NAYARA CIOFFI BATAGINI; ERASMO SIMÃO DA SILVA; CARLOS VENTURA PINTO; PEDRO PUECH LEÃO Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo SÃO PAULO/SP DOENÇA CAROTÍDEA POSTER (PO) 089 JUSTIFICATIVAS E OBJETIVOS: O objetivo é analisar o papel de fatores demográficos, clínicos e laboratoriais na progressão da estenose aterosclerótica na bifurcação carotídea em uma amostra de pacientes encaminhada a um serviço universitário de atenção terciária. Além destes fatores, existe a hipótese que fatores hemodinâmicos-morfológicos sejam importantes. MÉTODO: Estudo retrospectivo de registros preenchidos segundo um formulário específico, dedicado a pacientes matriculados no Ambulatório de Doença Carotídea do Serviço de Cirurgia Vascular e Endovascular do HCFMUSP. 201 pacientes foram eleitos para a análise (sintomáticos e assintomáticos, com mais de um mapeamento duplex e não submetidos à intervenção). A classificação das estenoses carotídeas pelo mapeamento duplex foi: <50%, 50-69% e >70%, segundo critérios de consenso na literatura. Esses pacientes foram divididos em dois grupos: GRUPO I formado por 160 indivíduos cujo mapeamento não mostrou nenhuma evolução da estenose carotídea bilateralmente. GRUPO II formado por 41 pacientes com evolução da estenose de menos de 50% para 50 a 69% (16), ou para além de 70% (25). Comparou-se entre os grupos as características demográficas, a prevalência 61 de fatores de risco e doenças associadas e dados laboratoriais. A análise estatística foi realizada utilizando os testes “t” de Student e qui-quadrado, sendo considerado p<0,05 como diferença estatística. RESULTADOS: A média do tempo de seguimento do GRUPO I foi de 35 meses e do GRUPO II foi de 39 meses. Não houve diferença estatística entre os dois grupos com relação ao tempo de seguimento, idade e sexo. Quanto às variáveis: HAS, DM, níveis de glicemia de jejum, colesterol total, LDL, HDL, triglicérides, creatinina, PCR e circunferência abdominal, não se encontrou diferença significativa entre os grupos, bem como para tabagismo, IMC, doença vascular periférica, história familiar de doença cardio-vascular e de AVC, porém nestas, houve tendência maior destes aspectos no GRUPO II. Os níveis plasmáticos de uréia e fibrinogênio do GRUPO II foram superiores aos níveis do GRUPO I com significância estatística. CONCLUSÕES: A análise desta amostra de pacientes mostra que fatores de risco para o desenvolvimento da aterosclerose na bifurcação carotídea são importantes embora não contundentes. Os resultados apontam para a necessidade de controle estreito destes fatores nesta população para evitar a progressão da doença. Por estes resultados os fatores hemodinâmicos-morfológicos não podem ser descartados na evolução da doença neste sítio. PO-090 ENXERTO SUBCLÁVIO-CAROTÍDEO COMO MÉTODO DE TRATAMENTO NA OBSTRUÇÃO DA ARTÉRIA CARÓTIDA COMUM: RELATO DE DOIS CASOS OTACILIO CAMARGO JUNIOR; CLAUDIO ROBERTO CABRINI SIMÕES; MARCIA FAYAD MARCONDES; LEONARDO SODRÉ; MARCIO OLIVEIRA; JULIANA LECH CAMARGO pontifÍcia Universidade Católica de campinas CAMPINAS/SP DOENÇA CAROTÍDEA POSTER (PO) 090 JUSTIFICATIVAS E OBJETIVOS: A oclusão isolada da artéria carótida comum é uma lesão relativamente incomum (0,5 a 5%). A maioria dos pacientes com obstrução da artéria carótida comum tem lesão concomitante na artéria carótida interna e na artéria carótida externa ipsilaterais, sendo que, ocasionalmente, a circulação colateral da artéria carótida externa pode preservar a perviedade da artéria carótida interna via fluxo retrógrado. O enxerto subclávio-carotídeo é o procedimento mais utilizado e o mais seguro segundo a literatura. Descreveremos dois casos de pacientes com oclusão da artéria carótida comum proximal e reenchimento do bulbo carotídeo por circulação colateral. MÉTODO: Paciente masculino, 75 anos, hipertenso e tabagista, com quadro de acidente vascular cerebral isquêmico há três meses com sequela motora parcialmente revertida em membro superior direito. Ao ultrassom Doppler evidenciou-se oclusão de artéria carótida comum esquerda, inversão de fluxo em artéria carótida externa e artéria carótida interna com fluxo proveniente da carótida externa, confirmado por angiografia. Paciente medicado com antiagregante plaquetário. Duas semanas após apresentou quadro de acidente isquêmico transitório, novamente com déficit motor em membro superior direito, acompanhado de episódios de tontura. Realizado novo ultrassom Doppler de carótidas que evidenciou patência de artéria carótida interna esquerda com fluxo proveniente de carótida externa. Paciente submetido à endarterectomia da bifurcação carotídea e enxerto subclávio-carotídeo a esquerda com prótese de PTFE de 6 mm. Outro paciente de 60 anos, tabagista e hipertenso com vários episódios de acidente isquêmico transitório, submetido a ultrassom Doppler que evidenciou oclusão de artéria carótida comum esquerda proximal e fluxo em bulbo carotídeo. Submetido a angiografia que demonstrou oclusão de artéria carótida comum e enchimento de bulbo carotídeo por circulação colateral. Sumetido a revascularização subclávio-carotídea com prótese de PTFE de 6 mm. RESULTADOS: O primeiro paciente evoluiu sem novos sintomas neurológicos em acompanhamento há cinco anos e o segundo paciente também não teve outros eventos neurológicos com três meses de acompanhamento. CONCLUSÕES: Pacientes que apresentam oclusão da artéria carótida comum e perviedade acima da oclusão podem ser tratados cirurgicamente através de revascularização com enxerto subclávio carotídeo, procedimento seguro, baixa morbimortalidade e bons resultados. PO-091 ACOMPANHAMENTO DOS PACIENTES SUBMETIDOS A ANGIOPLASTIA CAROTÍDEA COM SISTEMA DE REVERSÃO DE FLUXO CEREBRAL PELO PERÍODO DE 6 MESES PATRICK BASTOS METZGER; SAMUEL MARTINS MOREIRA; NILO MITSURU IZUKAWA; FERNANDA M. RESEGUE ANGELIERI; MARCELO B. OLIVEIR COLLI; EDUARDO RAFAEL NOVERO; BRUNO LORENÇÃO ALMEIDA; EDUARDO SILVA JORDÃO; LEANDRO CORDEIRO SOARES; DEO CRUZ CARNEIRO; FABIO HENRIQUE ROSSI; ANTONIO MASSAMITSU KAMBARA Instituto Dante Pazzanese de Cardiologia 62 SÃO PAULO/SP DOENÇA CAROTÍDEA POSTER (PO) 091 JUSTIFICATIVAS E OBJETIVOS: O tratamento endovascular da doença aterosclerótica carotídea vem evoluindo continuamente, embora possam ocorrer complicações embólicas ou isquêmicas, mesmo com o uso dos sistemas de proteção cerebral. Este estudo teve como objetivo avaliar os resultados de uma série inicial de pacientes que utilizaram o sistema de reversão de fluxo durante angioplastia carotídea pelo período de 6 meses de acompanhamento. MÉTODO: Estudo prospectivo, não-randomizado, não-controlado, realizado em um único centro. Foram incluídos pacientes assintomáticos com lesão >80% ou sintomáticos com lesão >70% em artéria carótida interna. Foi utilizado o sistema de reversão de fluxo, com pré-dilatação em casos selecionados e uso de stents de células abertas em todos os casos. Avaliou-se a ocorrência de acidentes vasculares encefálicos (AVEs) maiores e menores, ataques isquêmicos transitórios (AITs), infarto agudo do miocárdio (IAM) e óbito até 6 meses pós-procedimento. Foram considerados o tempo total do procedimento e o tempo de reversão de fluxo cerebral, as complicações durante o procedimento e o seguimento pós-operatório com ecocolor-Doppler. RESULTADOS: Entre setembro de 2010 e junho de 2011 foram adimitidos 76 pacientes para tratamento da estenose carotídea, dos quais 21 foram incluidos neste estudo. Foram realizadas angioplastias carotídeas com sistema de proteção cerebral por reversão de fluxo em todos os pacientes, a maioria do sexo masculino (57,1%), com media de idade de 65,8 + 8 anos, a hipertensão foi a comorbidade mais prevalente (95,2%). Cerca de metade dos pacientes era sintomática, 8 pacientes tinham história de AVE prévio (38,0%) e 3, de AIT (14,2%) prévio. Sucesso técnico foi obtido em 100% dos casos. Houve um caso de óbito (4,7%), 24 horas após o procedimento, em paciente de alto risco cirúrgico tratado na fase evolutiva de IAM por apresentar AITs de repetição. Não ocorreram casos de AVE maior, menor ou AIT durante o período de acompanhamento. Tanto o tempo de reversão de fluxo cerebral (11,6 + 2,6 min), quanto o tempo total do procedimento(20,6 + 5,6 min) foram decrescentes com a maior utilização do dispositivo do sistema de proteção cerebral. CONCLUSÕES: Neste estudo, o sistema de reversão de fluxo mostrou ser eficiente e seguro em pacientes submetidos a angioplastia carotídea. PO-092 INFLUÊNCIA DA MODALIDADE DE TRAMENTO DA DOENÇA CAROTÍDEA OBSTRUTIVA SOBRE A QUALIDADE DE VIDA DOS PACIENTES APÓS 6 MESES DE TRATAMENTO PATRICK BASTOS METZGER; FERNANDA M. RESEGUE ANGELIERI; EDUARDO SILVA JORDÃO; BRUNO LOURENÇÃO ALMEIDA; ANTONIO MASSAMITSU KAMBARA; AKASH K. PRAKASAN; RICARDO MOURA BARRETO; VANESSA L. ABREU DE MARCO; NILO MITSURU IZUKAWA Instituto Dante Pazzanese de Cardiologia SÃO PAULO/SP DOENÇA CAROTÍDEA POSTER (PO) 092 JUSTIFICATIVAS E OBJETIVOS: O acidente vascular cerebral isquêmico é a causa mais comum de déficits neurológicos na população idosa. Diversos estudos avaliam as morbidades e mortalidades no tratamento da estenose carotídea, porém poucos avaliaram a influência do tipo de tratamento escolhido sobre a qualidade de vida destes pacientes. Objetivo: Avaliar a influência da modalidade de tratamento da doença carotídea abstrutiva sobre a qualidade de vida dos pacientes após 6 meses de tratamento. MÉTODO: Estudo retrospectivo em que foram avaliados 54 pacientes durante o período de 8 semanas, portadores de estenose carotídea moderada a avançada (estenose 50 a 100%) em pelo menos 1 carótida, submetidos a tratamento clínico, endarterctomia carotídea convencional ou angioplastia carotídea com stent. Foi aplicado o questionário de qualidade de vida (SF -36 versão curta) no retorno ambulatorial após 6 meses de tratamento. RESULTADOS: As características clínicas e laboratoriais dos pacientes foram equiparáveis no momento do estudo. A análise da qualidade de vida mostrou que os indivíduos dos três tipos de tratamento apresentaram estatisticamente o mesmo perfil quanto à capacidade funcional (p=0,441), aspectos físicos (p=0,995), aspectos emocionais (p=0,451), dor (p=0,130), saúde mental (p=0,298), vitalidade (p=0,488), aspectos sociais (p=0,208) e estado geral de saúde (p=0,422). CONCLUSÕES: A modalidade de tratamento da doença carotídea não influenciou a qualidade de vida nesta população estudada. A escolha do tipo de tratamento para a doença carotídea deve ser guiada pelas indicações já sedimentadas na literatura. Estudos prospectivos e randomizados, com um maior número de doentes são necessários para a melhor avaliação da qualidade de vida entre os tipos de tratamento da doença carotídea. Poster PO-093 LESÕES CAROTÍDEAS COM ASPECTO ANGIOGRÁFICO DE BARBANTE (STRING SIGN): EXISTE PAPEL PARA O STENT DE CARÓTIDA? ALVARO RAZUK; RENATO FANCHIOTTI COSTA; GUSTAVO CABRAL DUARTE; RONALDO D. ÁVILA; LETÍCIA DALLEDONE SIQUEIRA; JONG HUN PARK; JOSÉ AUGUSTO DE JESUS RIBEIRO; CARLOS TIMARAN; GREGORY MODRALL; WALTER KHEGAM KARAKHANIAN; ROBERTO AUGUSTO CAFFARO Santa Casa de São Paulo SÃO PAULO/SP DOENÇA CAROTÍDEA POSTER (PO) 093 JUSTIFICATIVAS E OBJETIVOS: Lesões carotídeas pseudo-oclusivas com aspecto de barbante (String Sign) têm sido consideradas lesões desfavoráveis e contra-indicação relativa para angioplastia com stent de carótida. A dificuldade ou incapacidade de avançar o dispositivo de proteção cerebral através da lesão, a possibilidade de colapso do stent e a necessidade de pré-dilatação desprotegida são consideradas circunstancias adversas para a angioplastia. Este estudo procura avaliar a viabilidade e segurança da angioplastia com stent de carótida nas lesões carotídeas pseudo-oclusivas com aspecto angiográfico de barbante (String Sign). MÉTODO: Foram estudados 13 pacientes com lesões pseudo-oclusivas da carótida (String Sign) que foram submetidos à angioplastia com stent sendo usado dispositivo de proteção cerebral. Relatamos os resultados clínicos, técnica de intervenção, complicações periprocedimento e o segmento. RESULTADOS: Oito pacientes (62%) eram sintomáticos. O sucesso técnico foi obtido em 100% dos casos. Pré-dilatação foi necessária em 10 pacientes (77%). Inicialmente o filtro (FilterWireEZ, Boston Scientific, Natick, MA) foi usado em 4 casos para proteção embólica. Balão de oclusão proximal (MoMa, Invatec, Roncadelle, Italia) foi usado em 8 casos e o flow reversal (GORE Neuro-Protection System, W.L. Gore & Associates, Flagstaff, AZ) em 1. Após dilatação com balão foi observado angiograficamente a carótida interna de calibre normal além da lesão. Stent de células fechadas foi usado em 6 casos, stent de células abertas em 5, e stents híbridos em 2. Não foram observados ataques isquêmicos transitórios periprocedimento, acidente vascular cerebral (AVC) ou morte nos primeiros 30 dias. A média de acompanhamento foi de 12 meses. Ocorreu uma oclusão de stent que não resultou em déficit neurológico após 6 meses do tratamento. Não foi observado reestenose ou AVC ipsilateral durante o segmento. Dois pacientes foram a óbito 12 e 24 meses após a angioplastia de causas não relacionadas. CONCLUSÕES: Lesões carotídeas com aspecto de barbante (String Sign) podem ser tratadas com angioplastia com resultados precoces favoráveis. Devido a possível incapacidade de se avançar o filtro e a frequente necessidade de pré-dilatação, o balão de oclusão proximal e o flow-reversal podem ser usados preferencialmente pois permitem proteção efetiva durante todo procedimento. PO-094 ANEURISMA EXTRACRANIANO DE ARTÉRIA CARÓTIDA INTERNA SÉRIE DE CASOS RODRIGO AGUIAR GUEDES; JOSE NESTOR AGUIAR NETO; WALTER JOAQUIM VON SOHSTEN; ANA ISABEL CAVALCANTI; THIAGO CHARAMBA DUTRA; ALESSANDRA VASCONCELO BARROS; FREDERICK LORENA BARBOSA; CLEYBSON AUGUSTO SANTOS HOSPITAL AGAMENOM MAGALHÃES e HOSPITAL PORTUGUES RECIFE/PE DOENÇA CAROTÍDEA POSTER (PO) 094 JUSTIFICATIVAS E OBJETIVOS: Os aneurismas das artérias carótidas são considerados eventos extremamente raros, sendo classificados de acordo com a sua localização anatômica, morfologia e etiologia. Em relação a sua localização, é mais comumente encontrado na artéria carótida comum, especialmente em sua bifurcação e se apresentam como massas palpáveis e pulsáteis, junto às margens inferiores dos ângulos da mandíbula. A ultra-sonografia com Doppler pode confirmar ou excluir a presença de um aneurisma. Aneurismas do terço distal da carótida interna podem não ser diagnosticados pelo método, devendo-se empregar a tomografia computadorizada ou ressonância nuclear magnética. A arteriografia continua a ser o teste diagnóstico definitivo, sendo utilizada no planejamento cirúrgico. Dentre as diversas técnicas cirúrgicas para tratamento do aneurisma estão: ligadura, endarterectomia com endoaneurismorrafia, ressecção parcial com patch, interposição de enxerto, ou com anastomose término-terminal, alem das técnicas endovasculares. A mortalidade associada com restauração arterial varia de 0% a 10%. OBJETIVO: Relatar série de 10 aneurismas tratados nos serviços de cirurgia vascular do Hospital Agamenon Magalhães e Real Hospital Português de Beneficência, ambos localizados em Recife/PE. MÉTODO: Foram tratados, com cirurgia convencional ou por via endovascular, 08 pacientes (distribuídos igualitariamente entre os sexos), sendo que 02 pacientes apresentavam 63 Poster aneurismas em ambas as carótidas internas - perfazendo um total de 10 aneurismas tratados - internados nos Hospitais Agamenon Magalhães ou Real Hospital Português, localizados em Recife / PE. RESULTADOS: Dentre os aneurismas tratados, 08 (80%) apresentavam etiologia aterosclerotica - 04 mulheres e 02 homens, com média de idade de 48 anos - e os outros 02 (20%) - ambos homens, com média de idade de 18 anos - eram secundários a trauma na região cervical. Foram realizados 05 tratamentos cirúrgicos convencionais, apresentando como morbidade a presença de 01 lesao de nervo hipoglosso e 01 AVC; não tendo havido mortalidade na nossa casuística. Os demais casos foram, por diversas razões, tratados por via endovascular tais quais: idade do paciente, dificuldade de acesso e/ou tamanho do aneurisma, tendo sidos utilizadas diversas técnicas e materiais. Nesta série não houve presença de intercorrencias. CONCLUSÕES: A nossa serie demonstra que esta patologia apresenta grande gama de possibilidades de tratamento, todas com indicação precisa e segurança comprovada. PO-095 ANÁLISE RETROSPECTIVA DO TRATAMENTO ENDOVASCULAR DE ESTENOSE DE CARÓTIDA SIDNEI JOSE GALEGO; SALOMÃO GOLDMAN; REINALDO DONATELLI; MARCOS CARDOSO; ANDERSON OLIVEIRA; GUMARRARA DUTRA; ANDERSON BUENO Hospital e Maternidade Brasil - SP SÃO BERNARDO DO CAMP/SP DOENÇA CAROTÍDEA POSTER (PO) 095 JUSTIFICATIVAS E OBJETIVOS: Apresentar a analise retrospectiva do tratamento endovascular da doença carotídea em instituição privada da regiao do ABC – SP. Hospital e Maternidade Brasil , realizada pelo grupo de cirurgia vascular e endovascular. MÉTODO: Foram realizadas no período de setembro de 2007 a junho de 2011, 26 angioplastias de carótidas. As indicações de tratamento foram de acordo com os protocolos de indicação vigente (estenoses maiores que 70% em assintomáticos e sintomáticos), com indivíduos com comorbidades como coronariopatia. 16 pacientes possuiam arco aortico tipo I, 7 arco tipo II e 3 pacientes com arco tipo III. 23 das angioplastias foram realizadas com proteção cerebral com utilização de filtro (EZ em 18 pacientes, Emboshield em 4 pacientes e Filtro Spyder em 1 paciente), 3 casos utilizou-se inversão de fluxo sanguineo com dispositvivo Gore. Utilizou-se stents de celula aberta (20) e mistos (6) pacientes. Houve necessidade de em 2 casos com arco tipo III realizar cirurgia híbrida, com abertura de artéria carótidia comum, e 1 caso acesso não convencional por meio de acesso com artéria braquial direita para realização do procedimento. RESULTADOS: Houve sucesso técnico em 25 pacientes, 1 paciente não conseguiu-se colocar o filtro de proteção. No acompanhamento houve 2 acidentes vasculares cerebrais perioperatórios e 1 óbito perioperatório por TEP (28 dias). Houve 2 casos de reestenose com 1 ano de evolução. CONCLUSÕES: Os resultados com angioplastia de carótida se mostraram compatíveis com a literatura vigente , se tornando opção terapêutica viável nesta instituição. PO-096 TRATAMENTO ENDOVASCULAR DE ESTENOSE CRÍTICA DO TRONCO BRAQUIOCEFÁLICO, EM PACIENTE COM OBSTRUÇÃO CAROTÍDEA DIREITA E SUBCLÁVIA ESQUERDA LIBERATO KARAOGLAN MOURA; MARCELO R. MOURA; MARCOS LUIS MARTINS; WENDELL VIEIRA SOUZA; FABIO FREITAS CARDOSO; MARCUS VINICIUS ALMEIDA; VALQUIRIA CANGUÇU MACHADO HOSPITAL SÃO RAFAEL SERVIÇO DE CIRURGIA VASCULAR SALVADOR/BA DOENÇA CAROTÍDEA POSTER (PO) 096 JUSTIFICATIVAS E OBJETIVOS: A estenose da artéria inominada é uma lesão pouco frequente,tendo como causa mais comun a doença aterosclerótica, com 0.5 e 2% de incidência, com complicações frequentes e graves, como insuficiência vertebrobasilar, claudicação da extremidade superior e embolia cerebral. Relato de caso do Serviço de Cirurgia Vascular/Endovascular do HSR. Paciente feminina, hipertensa, diabética, 73 anos, com passado de endarterectomia e angioplastia carotídea à direita em 2001com obstrução precoce; Angioplastia coronariana em 2001 com parada cardio respiratória secundária a alergia a contraste iodado. Revascularização subclávio-subclávia secundária a oclusão de artéria subclávia esquerda em 2003. Passado de nefrectomia à direita por neoplasia maligna. Procura-nos com queixa de tontura que se acentua após atividade física há um ano, piorando nos últimos meses associada à parestesia em membros superiores com claudicação limitante. Traz AngioRM realizado há 6 meses evidenciando, subclávia esquerda ocluída em sua origem, reabitada por ponte prévia a partir da subclávia direita. Estenose sub-oclusiva na origem da artéria inominada e oclusão da carótida comum direita. Placa ateromatosa em carótida comum esquerda sem repercussão hemodinâmica. Ao exame físico apresentava-se sem pulso radial palpáveis, com fluxo presentes ao Doppler portátil. MÉTODO: Submetida a tratamento endovascular com liberação de stent 8 mm 37 mm balão expansível via braquial direita, após posicionamento de balão em carótida esquerda via femoral com concomitância do tempo de expansão e liberação, com resultado imediato satisfatório. RESULTADOS: Paciente apresentou resultado imediato satisfatório. Revisão com 8,30 e 90 dias assintomática, com pulsos distais palpáveis, ecocardiograma normal. CONCLUSÕES: A indicação de tratamento endovascular tem crescido principalmente naqueles pacientes com alto risco operatório, como neste caso. As lesões da artéria inominada tratadas com cirurgia aberta apresentam índices de mortalidade entre 3% e 16%, com complicações variando de 15 a 25%; Nos procedimentos endovasculares a mortalidade varia de 0 a 10%, com complicações de 2 a 6% .O resultado da conduta terapêutica escolhida foi bastante satisfatória,menos invasiva e de menor risco. PO-097 LINFOCELE INFRACLAVICULAR PRIMÁRIA: RELATO DE CASO ADENAUER M. DE O. GÓES JR.; BRUNA VENTURIELI; SALIM ABDOM HABER JEH; REINALDO SÉRGIO MONTEIRO FRANCO; PATRÍCIA FRANCIOLI HONOR HOSPITAL DE AERONÁUTICA DE BELÉM BELÉM/PA DOENÇA LINFÁTICA POSTER (PO) 097 JUSTIFICATIVAS E OBJETIVOS: Linfoceles são coleções circunscritas de linfa, não delimitadas por tecido epitelial, e que, na maioria dos casos, se desenvolvem após trauma ou como consequência de interrupção do sistema linfático. Embora ocorram no pós-operatório de muitos procedimentos, o seu surgimento espontâneo é bastante infrequente. Não há um algoritmo bem definido para o seu diagnóstico. Ultrassom, tomografia e ressonância ajudam a chegar ao diagnóstico sem que sejam necessários procedimentos invasivos. Entretanto, quando o diagnóstico diferencial com outras lesões císticas é imperativo, a análise do fluído é necessária. Linfoceles pequenas tendem a ser assintomáticas. Coleções maiores, principalmente quando infectadas ou quando comprimem estruturas nobres adjacentes, requerem tratamento. As intervenções incluem a simples aspiração, a colocação de cateteres para drenagem intermitente, a infusão de agentes esclerosantes e o tratamento cirúrgico. Objetivo: Relatar um caso incomum de linfocele infraclavicular primária e revisar os aspectos diagnósticos e opções terapêuticas para esta condição. MÉTODO: Paciente do sexo feminino, 54 anos, procurou o dermatologista com a queixa “nódulo” na região infraclavicular direita. Referia ter notado a lesão há cerca de 2 meses, negava sintomas sistêmicos e queixava-se apenas de desconforto local, provocado por um efeito de massa. Negava traumatismos e procedimentos cirúrgicos prévios em topografia próxima à lesão. Ultrassom revelou coleção cística em íntimo contato com os vasos subclávios e a paciente foi referenciada ao serviço de cirurgia vascular. A lesão era bem delimitada, indolor, fixa, sem sopros ou frêmitos. Uma angiotomografia revelou lesão cística posterior à musculatura peitoral, medindo 8 x 3,8 cm em seus maiores eixos, sem realce pelo meio de contraste, em íntimo contato com os vasos subclávios e sugeriu o diagnóstico de linfocele. A coleção foi esvaziada por punção guiada por ultrassom e a análise citológica apontou 100% de linfócitos, confirmando o diagnóstico de uma linfocele. Após o procedimento a paciente referiu melhora do desconforto local provocado pela lesão expansiva. RESULTADOS: Linfoceles primárias são raras e podem apresentar vários diagnósticos diferenciais. Esta condição representa um desafio propedêutico e requer um elevado índice de suspeita. CONCLUSÕES: As linfoceles primárias são incomuns. O angiologista/cirurgião vascular deve estar familiarizado com suas características e estar apto a fazer seu diagnóstico e conduzir sua terapêutica. PO-098 TRATAMENTO FISIOTERÁPICO DO LINFEDEMA PRIMÁRIO DE MEMBROS INFERIORES MAURO ANDRADE; MARLISE ANDRADE; FLÁVIA EMI AKAMATSU; ALFREDO LUIZ JACOMO Disciplina de Topografia Estrutural Humana - FMUSP SÃO PAULO/SP DOENÇA LINFÁTICA POSTER (PO) 098 JUSTIFICATIVAS E OBJETIVOS: Analisar se a redução volumétrica obtida com tratamento fisioterápico após a fase descongestiva da Terapia Física Complexa nos linfedemas do membro inferior é efetiva e se seus resultados podem ser comparados com os obtidos no tratameno do linfedema do membro superior secundário ao tratamento do câncer de mama. MÉTODO: Quarenta pacientes (58 membros) com linfedemas primários dos membros inferiores foram submetidos 64 à Terapia Física Complexa e os resultados foram avaliados retrospectivamente. Vinte e dois pacientes apresentavam edemas unilaterais e 18 bilaterais. A idade variou entre 4 e 68 anos (média 35.2). Os volumes iniciais e finais foram analisados e o seguimento variou de um a 132 meses (média 21.5±28) e comparados com uma série simultânea de pacientes com linfedemas de membro superior. RESULTADOS: Houve redução significativa do volume do edema após o tratamento (4820±1459 vs. 4544±1309) e os resultados não dependeram de nenhum fator observado no início do tratamento. A redução volumétrica foi comparável com a obtida no tratamento do linfedema pós mastectomia. CONCLUSÕES: A fase descongestiva da TFC propicia redução volumétrica consistente nos linfedemas primários do membro inferior, com resultados similares aos obtidos nos pacientes com linfedema do membro superior. PO-099 QUALIDADE DE VIDA DOS PACIENTES DO AMBULATÓRIO DE DOENÇAS LINFÁTICAS DA SANTA CASA DE MISERICÓRDIA DE SÃO PAULO NATHÁLIA MALUF GHORAYEB; MARCELA FIGUEIREDO PRESTI; RODRIGO NÓBREGA BARBOSA; FERNANDA MAYUMI TENGAN; LUIS GUSTAVO SCHAEFER GUEDES; RICARDO AUGUSTO BRAVO GAMBOA; MARCELO KALIL; CÁSSIO HUNGRIA DIB; ANDRÉ LUIS VILLELA; HENRIQUE JORGE GUEDES NETO; ROBERTO AUGUSTO CAFFARO FCMSCSP SÃO PAULO/SP DOENÇA LINFÁTICA POSTER (PO) 099 JUSTIFICATIVAS E OBJETIVOS: Dentre as doenças vasculares, a linfática caracteriza-se por edema, tem uma baixa mortalidade, mas por tratar-se de doença crônica, tem alto impacto com piora na qualidade de vida do paciente. Os dados da literatura sobre a qualidade de vida são escassos e impedem a quantificação do impacto dessa enfermidade nos pacientes. Sendo assim, nosso objetivo foi avaliar de forma precisa a qualidade de vida dos pacientes acometidos por doenças predominantemente linfáticas. Para a partir disso, adotar ou não condutas e tratamentos diferentes, beneficiando esses pacientes. MÉTODO: Foi realizado um estudo transversal prospectivo, nos pacientes do Ambulatório de Doenças Linfáticas da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo. Para tanto, foi utilizado o questinário WHOQOL-bref aplicado em 57 pacientes. A análise estatística dos dados foi realizada pelo programa Epi-info utilizando-se do teste de KruskalWallis. RESULTADOS: A população mostrou-se homogênea quanto a idade, sexo e estado civil. A qualidade de vida foi mais elevada quanto maior o nível educacional do paciente (p<0,05). Com uma pergunta direta de como está sua saúde conseguimos demonstrar que o modo como a população classificava sua própria saúde era de fato compatível com a qualidade de vida pontuada pelo questionário (p<0,05). A medicação oral também foi relacionada a uma pior qualidade de vida em relação àqueles que não faziam seu uso (p<0,05). As outras terapêuticas como cirurgia, uso de meia elástica, fisioterapia e terapia física complexa não mostraram impacto estatisticamente significativos sobre a qualidade de vida desses pacientes. O tabagismo demonstrou-se como um fator isolado para uma pior pontuação de qualidade de vida (p<0,05). Já o etilismo não foi fator significativo para a qualidade de vida dessa população. CONCLUSÕES:A população com nível educacional melhor tem uma maior qualidade de vida. Verificamos que a população analisada tem consciência e relaciona diretamente sua saúde com sua própria qualidade de vida. Quanto aos tratamentos, apesar de não mostrarem um impacto significativo sobre a qualidade de vida não devem ser dispensados porque já foram diversamente relacionados à melhora da doença. Os medicamentos orais se demonstraram como um fator de piora na qualidade de vida mas concluímos que esse resultados se refere ao fato de que a doença nesses pacientes é mais grave já que necessita dessa medicação e com isso quanto pior a doença menor a qualidade de vida. PO-100 LINFEDEMA PRIMÁRIO PRECOCE DE MÃO: RELATO DE CASO SOFIA OLIVEIRA NASSER; THIAGO FAIAD NAME VILLARI; JOAQUIM STORANI; AKASH PRAKASAN; RENATO MANZIONI; MARIO ARIAS; FABIO BONAFÉ SOTELO; LUCAS AZEVEDO PORTELA Hospital Ipiranga SÃO PAULO/SP DOENÇA LINFÁTICA POSTER (PO) 100 JUSTIFICATIVAS E OBJETIVOS: O linfedema primário ocorre em 1 a cada 6.000 a 10.000 nascidos vivos. Pode ser congênito (com eventual transmissão hereditária), precoce ou tardio, de acordo com a idade de aparecimento. O precoce (de início entre 1 e 35 anos) é mais freqüente no sexo feminino, durante a adolescência (12-16 anos) e geralmente é confinado aos membros inferiores. Poster O objetivo é relatar um caso de linfedema primário precoce restrito à mão, de evolução grave, tendo sucesso com tratamento conservador. MÉTODO: Paciente feminina, 16 anos, natural e procedente do Ceará, portadora de artrite reumatóide juvenil. Apresentou quadro de edema em mão direita iniciado em março de 2010, com piora progressiva. Procurou nosso serviço em fevereiro de 2011 com linfedema importante de mão direita associado à grave infecção local. Nega trauma, infecção ou irradiação prévia. História familiar negativa para linfedema. Realizada pesquisa para filariose (negativa) e, pela baixa estatura, fáscies cushingóide e pescoço alado foi solicitado cariótipo, cujo resultado foi normal. Solicitada tomografia computadorizada de mão para diagnóstico diferencial com neoplasias e síndromes compressivas, e para avaliar a presença de abscesso local. A mesma mostrou-se negativa para tais achados. Paciente evoluiu com regressão do edema após antibioticoterapia, curativo e elevação do membro, apresentando áreas de necrose no dorso da mão. Realizado desbridamento e curativo a vácuo, apresentando boa evolução, ficando com pequena área cruenta no dorso da mão. Resultado de anatomopatológico mostrou processo inflamatório crônico granulomatoso cutâneo e subcutâneo com áreas de necrose. Realizou enxerto de pele nessa área e está em fisioterapia motora. RESULTADOS: O presente caso é relatado pela localização não usual do linfedema, sendo raro o acometimento isolado da mão, assim como, pela evolução grave associada ao processo infeccioso que colocou em risco a viabilidade do membro, assim como, pelo sucesso do tratamento conservador. CONCLUSÕES: O linfedema precoce é a forma mais comum de linfedema primário (responsável por 94% dos casos). Porém, geralmente é unilateral e restrito ao pé e perna, tendo poucos casos relatados de acometimento isolado da mão. Porém, sua evolução e associação com processos infecciosos pode levar à um quadro de grande morbidade com risco à viabilidade do membro. PO-101 LINFEDEMA PEDICULADO EM OBESIDADE MÓRBIDA JOSE LACERDA BRASILEIRO; MALDONAT AZAMBUJA SANTOS; ALINNE DE JESUS; ADRIANA COVATTI LUZA; THIAGO DIAS MIRANDA; RILMON ELIAS COSTA; LEONARDO PEREIRA ALVES HOSPITAL UNIVERSITÁRIO - UFMS CAMPO GRANDE/MS DOENÇA LINFÁTICA POSTER (PO) 101 JUSTIFICATIVAS E OBJETIVOS: O linfedema é uma patologia crônica e progressiva que cursa com dor, desconforto, dificuldade motora, distúrbios psicológicos e, de difícil tratamento. MÉTODO: Paciente feminino, 58 anos, obesa mórbida (IMC 40) apresentando linfedema pediculado, volumoso em face medial de terço proximal de coxa direita. Após 6 meses de cirurgia bariátrica com redução de massa corporal de 28kg, Foi submetida a ressecção completa do linfedema pediculado com aproximadamente 5 kg e volume de 20x30 cm. Evoluiu com deiscência de sutura, atingindo cicatrização total após 2 meses. RESULTADOS: Relatar caso de linfedema pediculado volumoso em paciente obesa, tendo excelente resultado com o tratamento cirúrgico. CONCLUSÕES: O linfedema pediculado volumoso é uma manefestação atípica de linfedema primário tardio; onde, a cirurgia é o tratamento de escolha e, com bons resultados. PO-102 DISPLASIA FIBROMUSCULAR DE ARTÉRIA RENAL - RELATO DE CASO LUIS A. BATISTA PERES; ANTONIO TRIGO ROCHA; GISELE TOYAMA; CLAUDIO JUNDI KIMURA; JEFERSON FREITAS TOREGEANE; GIULIANO GIOVA VOLPIANI; MICHEL CARDOSO DE LIMA UNIVERSIDADE ESTADUAL DO OESTE DO PARANÁ CASCAVEL/PR DOENÇA OCLUSIVA - VASOS VISCERAIS POSTER (PO) 102 JUSTIFICATIVAS E OBJETIVOS: Displasia fibromuscular (DF) é uma doença vascular que afeta pequenos e médios vasos. É uma condição não inflamatória que acomete mais frequentemente mulheres jovens. Pode acometer vasos de qualquer território, sendo mais comum nos rins (60-75%), região crânio-cervical (25-30%), artérias viscerais (9%) e nas extremidades (5%). A doença acarreta em espessamento fibroso ou fibromuscular das camadas íntima, média ou adventícia dos vasos. Quando acomete as artérias renais é bilateral em aproximadamente 2/3 dos casos, sendo a segunda causa de hipertensão renovascular após aterosclerose. A apresentação clínica pode variar de formas assintomáticas a doença multissistêmica mimetizando vasculite necrotizante, sendo a hipertensão renovascular sua primeira manifestação. Objetivamos relatar um caso de displasia fibromuscular em paciente jovem do sexo feminino com hipertensão renovascular. MÉTODO: Paciente de 30 anos, branca, sexo feminino, admitida no Hospital Universitário 65 Poster do Oeste do Paraná com história de hipertensão arterial secundária a displasia fibromuscular há 13 anos. Há quatro anos submetida à nefrectomia direita devido a rim contraído e hipertensão arterial severa. Persistiu hipertensa, fazendo uso de nifedipina 40 mg/dia, atenolol 100 mg/dia e furosemida 20 mg/dia, evoluindo com aumento nos níveis de creatinina atingindo 1,8 mg/dL. Investigada com arteriografia renal seletiva à esquerda que revelou estenose importante focal em terço médio da artéria renal esquerda. RESULTADOS: Submetida à angioplastia transluminal com dilatação e colocação de stent. Arteriografia renal seletiva pós-dilatação mostra artéria renal sem evidência de estenose. Trinta dias após o procedimento houve normalização da creatinina, caindo para 1,0 mg/dL e normalização da pressão arterial, sendo suspensos os anti-hipertensivos. Mantida com ácido acetilsalicílico 100 mg/dia, apresentando após três anos de seguimento função renal estável e pressão arterial normal sem utilização de anti-hipertensivos. O relato do caso visa chamar a atenção para essa doença, seu tratamento e métodos diagnósticos, pois é causa comum de hipertensão renovascular e injúria renal evitáveis. CONCLUSÕES: Sendo o acometimento das artérias renais e consequente hipertensão sistêmica passíveis de reversão, o conhecimento dessa enfermidade, de seus métodos diagnósticos mais eficazes e tratamento correto e precoce, evitam a degeneração do parênquima renal e corrigem a hipertensão, dispensando o uso ad eternum de medicamentos anti-hipertensivos. PO-103 RELATO DE CASO: ANEURISMA DE ESPLÊNICA, TRATAMENTO ENDOVASCULAR RONALDO MIGUEL CARVALHO; BRUNO MORISSON; EDWAL BALTHAZAR DOS SANTOS; CARLO SASSI; CARLOS E. RIBEIRO GRUPILO; MAURICIO AMORETTI POLESSO; LUIZ A. CERQUEI DUQUE; LEONARDO TEIXEIRA ALMEIDA HOSPITAL FEDERAL DO ANDARAÍ RIO DE JANEIRO/RJ DOENÇA OCLUSIVA - VASOS VISCERAIS POSTER (PO) 103 JUSTIFICATIVAS E OBJETIVOS: Demonstrar a correção do aneurisma da artéria esplênica por embolização com molas. MÉTODO: Embolização com mola da artéria esplênica, em paciente feminina de 45 anos, encaminhada ao serviço de cirurgia vascular do Hospital Federal do Andaraí após achado de dilatação Aneurismática em Artéria Esplênica evidenciado em TC de Abdome. RESULTADOS: Evolução pós-operatória sem intercorrências. CONCLUSÕES: O tratamento eletivo do aneurisma da artéria esplênica é recomendado nos casos diagnosticados sem rotura. PO-104 TRATAMENTO ENDOVASCULAR DE ANEURISMA ROTO DA ARTÉRIA MESENTÉRICA SUPERIOR EM PACIENTE PORTADOR DE NEUROFIBROMATOSE TIPO I CÉLIO TEIXEIRA MENDONÇA; JANAÍNA WEINGARTNER; CLÁUDIO AUGUSTO CARVALHO; ALEXANDRE Y. SHIOMI; DANIEL S. M. COSTA Serviço de Cirugia Vascular - Universidade Positivo CURITIBA/PR DOENÇA OCLUSIVA - VASOS VISCERAIS POSTER (PO) 104 JUSTIFICATIVAS E OBJETIVOS: A Neurofibromatose tipo I, ou doença de von Recklinghausen, é uma patologia autossômica dominante que afeta um a cada 3000 indivíduos. Os sinais mais importantes da neurofibromatose tipo I incluem múltiplas manchas café-com-leite na pele, neurofibromas e hamartomas na íris. Aneurismas da artéria mesentérica superior (AMS) são extremamente raros. Nunca houve relato de aneurisma da MAS com rotura contida, nesta doença, tratado pela técnica endovascular. MÉTODO: Uma mulher de 31 anos apresentava hipotensão (90/60 mmHg) e dor abdominal. A paciente havia sido diagnosticada durante a infância com neurofibromatose tipo I. Foram administrados fluídos endovenosos, e sua pressão arterial aumentou para 110/70 mmHg. Uma angiotomografia computadorizada de emergência mostrou sangue no retroperitôneo, e dois aneurismas saculares na artéria mesentérica superior (AMS), sem sangramento ativo naquele momento. O maior aneurisma media 25 mm de diâmetro, e o menor 17 mm. A paciente foi levada imediatamente para a sala da hemodinâmica. A artéria femoral comum foi puncionada, e a AMS foi cateterizada seletivamente com um cateter mamário interno 5F. Arteriografia confirmou a presença de 2 aneurismas saculares na AMS, sem sangramento ativo. O cateter foi introduzido, sobre um fio guia 0.035”, até a porção distal da AMS. Neste ponto, um guia rígido 0.035” (Rosen wire) foi introduzido pelo cateter mamário, e o cateter foi retirado. Um introdutor 8F foi introduzido na artéria femoral direita, sobre o Rosen wire. Através do introdutor, um cateter guia 7F foi introduzido sobre o Rosen wire até a porção proximal da AMS. Um stent balão-expansível recoberto com politetrafluoroetileno (PTFE) foi introduzido por sobre o fio guia até a AMS. O stent utilizado foi o Advanta V12, de 6x38 mm. Uma arteriografia foi realizada para encontrarmos a melhor posição para o implante do stent recoberto, e ele foi expandido. A arteriografia de controle mostrou que a AMS encontrava-se permeável, e os dois aneurismas haviam sido excluídos da circulação sistêmica. RESULTADOS: A paciente apresentou ótima evolução, tendo alta no segundo dia de internação. Uma angiotomografia de controle feita 18 meses após o procedimento mostrou permeabilidade da AMS e ausência dos 2 aneurismas. CONCLUSÕES: Relatamos o primeiro caso na literatura mundial de aneurisma da AMS com rotura contida, em paciente portador de neurofibromatose, tratado com sucesso pela técnica endovascular (J Vasc Surg 2010; 51:461-464). Obs: este caso nunca foi apresentado em Congressos. PO-105 REVASCULARIZAÇÃO DE ARTÉRIA RENAL EM PACIENTE COM NEFROPATIA ISQUÊMICA FÁBIO ANDRÉ TORNQUIST; ALTEMIR SPINELLI; JAMES FRACASSO; CARLOS CESAR LEOPARDO Hospital Ana Nery SANTA CRUZ DO SUL/RS DOENÇA OCLUSIVA - VASOS VISCERAIS POSTER (PO) 105 JUSTIFICATIVAS E OBJETIVOS: Relato de caso clínico de paciente com insuficiência renal crônica que evoluiu para hemodiálise e foi submetido a cirurgia de revascularização de artéria renal com recuperação da função renal. MÉTODO: Paciente masculino, 69 anos, branco, hipertenso e com insuficiência renal crônica. Encaminhado por nefrologista devido perda progressiva da função renal nos últimos 2 meses, creatinina de 2,9 mg/dl . Tinha realizado investigação diagnóstica com eco-Doppler de artérias renais e angiotomografia computadorizada que demonstraram oclusão de artéria renal direita bem como atrofia do rim direito e estenose severa (90%) de artéria renal esquerda com rim esquerdo de dimensões normais. Paciente evoluiu para hemodiálise. Ao exame clínico identificado presença de sopro em carótidas e abdome, normotenso, pulsos periféricos normais. Solicitado novo eco-Doppler de renais que confirmou presença da estenose da artéria renal esquerda mesmo após ter evoluído para hemodiálise. O paciente foi submetido a cirurgia de revascularização da artéria renal esquerda através de derivação aortorrenal esquerda com enxerto de safena. Apresentou boa evolução pós operatória, permaneceu 2 dias em CTI e teve alta operatória no 5º dia de pósoperatório. Evoluiu com recuperação da função renal não necessitando mais de hemodiálise, último resultado de creatinina 1,6 mg/dl, uréia 44 mg/dl. Nos exames de controle realizou eco-Doppler de artérias renais evidenciando perviedade da derivação aortorrenal com fluxo intra renal esquerdo preservado. Também investigado com angioressonância de artérias renais que evidenciou derivação aortorrenal pérvia do rim esquerdo. RESULTADOS: No seguimento clínico de 6 meses o paciente apresentou estabilização da função renal,creatinina de 1,6 mg/ dl, não necessitando mais de tratamento através da hemodiálise. CONCLUSÕES: O paciente com nefropatia isquêmica quando diagnosticado a tempo e corretamente pode ter na revascularização renal uma evolução favorável com recuperação da função renal e sem a necessidade de manutenção do tratamento dialítico. PO-106 ANGIOPLASTIA TRANSLUMINAL PERCUTÂNEA COM STENT PRIMÁRIO EM ARTÉRIAS VISCERAIS. RELATO DE CASOS ALINE C. DE C. PINTO; FABRIZZIO B. G. DE L. SOUZA; MASARU NAKABA; ANDRÉ NOGUEIRA MILANI; CAROLINA VIANA BENZE; NICOLLE CASSOLA; RODRIGO MARTINS CABRERA; ANDRÉ VINÍCIUS DA FONSECA; JORGE EDUARDO AMORIM Escola Paulista de Medicina - UNIFESP SÃO PAULO/SP DOENÇA OCLUSIVA - VASOS VISCERAIS POSTER (PO) 106 JUSTIFICATIVAS E OBJETIVOS: A isquemia intestinal crônica, descrita pela primeira vez em 1894 por Councilman, teve, por muitos anos, a revascularização aberta como tratamento padrão ouro com taxas de sucesso próximo a 100% e recorrência variando de 5 a 40%, porém com mortalidade até 12 % . A angioplastia transluminal percutânea (ATP) visceral tem se mostrado uma boa opção de tratamento com sucesso semelhante e menor morbidade, sendo, em alguns serviços, a opção primária de tratamento. Este trabalho relata dois casos de pacientes sintomáticos submetidos à angioplastia com stent primário de vasos viscerais em hospital terciário de referência. MÉTODO: Paciente feminina, 63 anos, hipertensa, tabagista, dislipidêmica, com queixa de dor abdominal pós prandial há 2 anos, com piora progressiva há 6 meses, dor intensa há 3 meses e perda ponderal de 13 Kg. Foi submetida a tomografia (TC) de abdome que mostrou calcificações aórticas e 66 estenose no tronco celíaco (TCe). A arteriografia visceral mostrou artéria mesentérica superior (AMS) originada no TC e com suboclusão em sua origem. Realizada ATP da AMS com stent, com bom resultado e melhora clínica imediata. Após 7 meses, a paciente não aderiu ao tratamento, manteve tabagismo e apresentou reincidência dos sintomas. Evoluiu com oclusão intra-stent e suboclusão da artéria mesentérica inferior (AMI), sendo realizada ATP da AMI com stent e bom resultado. Outro paciente, masculino, 65 anos, hipertenso, dislipidêmico e tabagista, com queixa de dor pós prandial em colica e intensa, em abdome superior há 3 meses, acompanhada de perda ponderal de 10 Kg. Realizou endoscopia digestiva alta e baixa, USG abdominal, que não detectaram alterações. Na TC de abdome, notouse calcificação difusa da aorta e da AMS. A arteriografia expôs estenose de 70% na origem do TCe e oclusão da AMS. Realizada ATP do TCe com stent primário, com rico reenchimento da AMS pela arcada duodenopancreática. Paciente apresentou melhora clínica imediata. RESULTADOS: Foram realizadas ATP da AMS com sucesso imediato, porém com piora dos sintomas após 7 meses e evolução da doença na AMI, por falta de aderência ao tratamento clínico. ATP de TCe com resultado imediato satisfatório. CONCLUSÕES: A ATP tem se mostrado uma opção segura para o tratamento da isquemia intestinal crônica. É necessário salientar a necessidade do controle dos fatores de risco. PO-107 TRATAMENTO CONSERVADOR APÓS INVIABILIDADE DE TRATAMENTO CIRÚRGICO EM TROMBOSE DAS VEIAS MESENTÉRICA SUPERIOR E PORTA LÚCIO E. S. COSTA; MARCELLE S. A. SILVA; LEANDRO CORREA DE OLIVEIRA; GUILHERME JONAS S. RIBEIRO; MARIA ELISABETH RENNO C. SANTOS Santa Casa de Misericórdia de Belo Horizonte BELO HORIZONTE/MG DOENÇA OCLUSIVA - VASOS VISCERAIS POSTER (PO) 107 JUSTIFICATIVAS E OBJETIVOS: A trombose venosa mesentérica (TVM) é responsável por 5% a 15% de todos os eventos isquêmicos mesentéricos e geralmente envolve a veia mesentérica superior. A trombose de veia mesentérica inferior é mais rara. O diagnóstico é muitas vezes tardio e na maioria dos casos a identificação do problema é realizado à laparotomia ou necrópsia. Melhorias nas técnicas de imagem vieram a permitir diagnóstico mais precoce e maior acuidade na TVM, o que tem gerado melhores perspectivas no tratamento. MÉTODO: Relato de caso: Trata-se de paciente masculino, 40 anos, encaminhado de uma unidade de pronto-atendimento, com quadro de abdome agudo cirúrgico de início há oito dias. Avaliado com exames laboratoriais e radiografias, sendo encaminhado para o bloco cirúrgico. Submetido a laparotomia e observada extensa área de isquemia crítica de alças intestinais, correspondendo ao território de mesentérica superior. Optado por tratamento conservador devido à inviabilidade cirúrgica no momento. Paciente encaminhado à enfermaria para observação. Após 24 horas da laparotomia, paciente iniciou quadro de melhora clínica. Submetido a angiotomografia que evidenciou TVM superior, com acometimento de veia porta e jejunais, associada pneumatocele intestinal. Avaliado pela Cirurgia Vascular, sendo então iniciado heparina em bomba de infusão contínua e nutrição parenteral. RESULTADOS: Paciente apresentou melhora clínica expressiva, iniciado nutrição enteral após 20 dias do quadro com boa aceitação. Posteriormente iniciado varfarina 5,0 mg/dia. Paciente recebeu alta hospitalar e hoje se encontra em tratamento ambulatorial. CONCLUSÕES: A mortalidade entre pacientes com TVM aguda varia de 20% a 50%. A sobrevivência depende de vários fatores, incluindo idade, presença ou ausência de condições coexistentes e momento do diagnóstico e intervenção cirúrgica. Os pacientes que necessitam de cirurgia tem estadia hospitalar prolongada e maior indice de complicações. Complicações pós-operatórias incluem sepse, infecção de ferida e síndrome do intestino curto em pacientes que exigem ampla ressecção intestinal. Sobrevivência a longo prazo depende principalmente da causa da trombose. TVM tem uma alta taxa de reincidência e recorrências são mais comuns nos 30 dias após a apresentação. A taxa de reincidência pode ser menor em pacientes que recebem uma combinação de cirurgia e anticoagulação do que naqueles que são tratada com anticoagulação isolada. PO-108 TRATAMENTO LAPAROSCÓPICO DA COMPRESSÃO DO TRONCO CELÍACO PELO LIGAMENTO ARQUEADO DO DIAFRAGMA MÁRCIO MIYAMOTTO; FERNANDA ZANDAVALLI RAMOS; CHRISTIANO M. P. CLAUS; JOICE C. D. INGLEZ; BRUNO MORAES RIBAS; MARCOS R. L. MISCHIATTI; RICARDO C. R. MOREIRA Serviço de Cirurgia Vascular Dr Elias Abrão - Curitiba CURITIBA/PR DOENÇA OCLUSIVA - VASOS VISCERAIS POSTER (PO) 108 Poster JUSTIFICATIVAS E OBJETIVOS: O ligamento arqueado mediano é formado por bandas fibrosas de conexão entre os pilares direito e esquerdo do diafragma ao redor do hiato aórtico e pode gerar compressão extrínseca do tronco celíaco gerando a síndrome do ligamento arqueado ou de Dunbar. O quadro clínico é inespecífico e constituído por dor pós-prandial ou após exercícios, vômitos, ruídos epigástricos e perda de peso. Porém, a necessidade de tratamento para alívio dos sintomas e infrequente. A cirurgia aberta com secção cirúrgica do ligamento arqueado é aceito como tratamento padrão dessa patologia, porém a abordagem laparoscópica vem apresentado bons resultados. MÉTODO: Descrevemos dois casos onde foi necessário o tratamento da compressão do tronco celíaco pelo ligamento arqueado, realizado por laparoscopia. Caso 1: E. T., sexo feminino, 39 anos, assintomática, com achado incidental de aneurisma de arcada pancreatoduodenal em exame de imagem. A angiotomografia demonstrou compressão do tronco celíaco em sua origem junto a aorta abdominal, sugerindo compressão pelo ligamento arqueado. Foi realizada a liberação da compressão pela secção do ligamento via laparoscopia. Quatro meses depois, foi realizado o tratamento do aneurisma pancreatoduodenal com embolização por micromolas. Caso 2: L. S., sexo feminino, 66 anos, sintomas de dor, plenitude pós-prandial e emagrecimento. Realizou Doppler abdominal com compressão de tronco celíaco sugerindo síndrome do ligamento arqueado. Realizados outros exames abdominais para descartar outras causas de dor abdominal, os quais foram normais. Foi realizada a liberação da compressão pela secção do ligamento via laparoscopia com boa evolução no pós-operatório e no seguimento, com alívio da dor e ganho de peso. RESULTADOS: As paciente evoluíram satisfatoriamente no pós-operatório, sem complicações relacionadas à técnica laparoscópica adotada, permanecendo assintomáticas. O benefício do uso de abordagem menos invasiva incluiu menor dor pós-operatório, retorno precoce às atividades e menor tempo de internação. CONCLUSÕES: A compressão do tronco celíaco pelo ligamento arqueado raramente necessita de tratamento invasivo. A abordagem videolaparoscópica tem possibilitado o manejo dessa síndrome com menor morbidade e altos índices de sucesso. PO-109 ANEURISMA DE ARTÉRIA MESNETÉRICA INFERIOR: RELATO DE CASO MARIA GABRIELA SACRAMONI DE ALMEIDA; ALEXANDRE ARES; ANTONIO AUGUSTO MOREIRA NETO; RUY OTAVIO BARBOSA; GISELE CRISTINA M ROSOLEM; MARIA LUIZA PASQUOTTO; SYLVIO SOUZA Universidade de Mogi das Cruzes MOGI DAS CRUZES/SP DOENÇA OCLUSIVA - VASOS VISCERAIS POSTER (PO) 109 JUSTIFICATIVAS E OBJETIVOS: Os aneurismas viscerais são menos frequentes (0,2% da população) do que os periféricos, sendo que estes são diagnosticados 15 vezes menos que o da aorta abdominal. Geralmente, o aneurisma visceral é assintomático, sendo diagnosticado acidentalmente por exames de imagem. Os mais prevalentes dentre eles são os da artéria esplênica, renais, hepática e mesentérica superior, sendo que os demais aneurismas que envolvem as artérias intestinais, gástricas, gastroduodenal, pancreotoduodenal e mesentérica inferior (AMI) são muito raros. Sendo que a incidência destes não é realmente conhecida devido a presença apenas de casos isolados. Estes tipos de aneurismas apresentam outras causas além da arteroesclerose, mais comuns nos aneurismas abdominais, como aneurisma pós-etenótico, displasia fibromuscular, trauma e embolia micótica (7) e tem um significativo potencial de ruptura. Objetivos: Relatar um caso de paciente com claudicação intestinal e diagnostico de AMI, com tratamento endovascular e colocação de stent revestido expansível. MÉTODO: Foi utilizado o prontuário e exames realizados pela paciente submetida a procedimento endovascular para correção de AMI. RESULTADOS: Paciente com queixa de dor abdominal e emagrecimento importante, durante investigação diagnóstica foi submetida a tomografia computadorizada, sendo visibilizado estenose de artéria mesentérica inferior com aneurisma pós-estenótico. Realizado, então, arteriografia e visibilizado oclusão de tronco celíaco e de mesentérica superior sem possibilidade de tratamento, associado as mesmas lesões presentes na tomografia. Foi optado por angiolastia do óstio da mesentérica inferior com posterior colocação de stent revestido expansível em aneurisma de mesentérico inferior. Foi escolhido stent revestido devido a necessidade de manter perviedade desta artéria e de seus ramos, sendo este expansível por sua alta forma radial em comparação com o balão autoexpansível. CONCLUSÕES: A correção endovascular dos aneurismas viscerais tornou-se a primeira escolha devido aos melhores resultados visibilizados nos casos descritos, já que é possível tratar a lesão antes de sua complicação, além de submeter os pacientes a menor tempo cirurgico e de internação, assim como diminui os riscos de complicações. 67 Poster PO-110 SÍNDROME DE MAY-THURNER .RELATO DE 3 CASOS ALDO ZAMPIERI PASSALACQUA; FERNANDO ALVES; THIAGO SILVA GUIMARÃES; CAMILA LINHARES MEDEIROS; CESAR PRESTO CAMPOS; LAURA ANDRADE DA ROCHA; EDWALDO EDNER JOVILIANO; CARLOS ELI PICCINATO; TAKACHI MORYIA; VIVIANE FERNANDES DE FREITAS Divisão de Cirurgia Vascular do HCFMRP - USP RIBEIRÃO PRETO/SP INSUFICIÊNCIA VENOSA CRÔNICA POSTER (PO) 110 JUSTIFICATIVAS E OBJETIVOS: Relatar 3 casos de May-Thurner tratados na Divisão de Cirurgia Vascular e Endovascular do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo (HCFMRP-USP). MÉTODO: Análise retrospectiva dos prontuários de 3 pacientes. Foram avaliados principais sintomas, métodos diagnósticos, tratamentos realizados e seus resultados iniciais e médio prazo. RESULTADOS: Três pacientes do sexo feminino com idades de 28, 29 e 31 anos com quadro clinico: dor e edema de membro inferior esquerdo, varizes exclusivamente em membro inferior esquerdo e um caso de trombose venosa profunda ilíaco femoral esquerda já recanalizada. Todas as três pacientes foram submetidas à angioplastia percutânea de veia ilíaca esquerda com stent não revestido. Resultado inicial satisfatório à flebografia controle sem grau significativo de estenose residual e melhora significativa dos sintomas(de 5 a 17 meses pós-operatório). CONCLUSÕES: A angioplastia com colocação de stent foi uma opção terapêutica segura, pouco invasiva e eficaz a curto e médio prazo, mas ainda necessita seguimentos que avaliem seus resultados a longo prazo com maior casuística. PO-111A OXIGENOTERAPIA HIPERBÁRICA COMO COADJUVANTE NO TRATAMENTO DA ÚLCERA VENOSA CRÔNICA BEATRIZ CRUZ BARCELOS; EVANDRO HANNA SANT ANA; RENATO BARBOSA NESI; DANILO GALVÃO TEIXEIRA; PEDRO AUGUSTO JAQUETO; KLEBER LEANDRO OLIVEIRA; ABILIO M. L. J. FRANCO; GUILHERME LEMOS PEDERÇOLE; WAGNER HENRIQUE DELOVO; ROSEMARY A. FURLAN DANIEL UNAERP RIBEIRÃO PRETO/SP INSUFICIÊNCIA VENOSA CRÔNICA POSTER (PO) 111 JUSTIFICATIVAS E OBJETIVOS: A úlcera de perna é uma síndrome que se caracteriza pela perda circunscrita ou irregular da epiderme e/ou derme, pode atigir tecido subcutâneo e tecidos adjacentes. As úlceras de perna podem ser desencadeadas por diversos fatores, mas a sua principal causa é a insuficiência venosa crônica com conseqüente surgimento da úlcera venosa de perna (70 a 90%). Por isso, é de extrema importancia utilizarse de novos métodos terapêuticos para o seu tratamento. A OHB se define pela inalação de oxigênio a 100% em ambiente selado submetido a uma pressão atmosférica superior a do nível do mar (1ATM=760 mmHg), geralmete utiliza-se a pressão de 3 ATM. A elevação da pressão ambiente aumenta a tensão de oxigênio nos tecidos, com consequênte aumento da angiogênese,da síntese de colágeno e da epitelização. Este trabalho tem como objetivo avaliar a evolução de pacientes com úlceras de estase, portadores de insuficiência venosa crônica que foram submetidos ao tratamento com OHB. MÉTODO: Foram selecionados 5 pacientes portadores de úlcera venosa crônica, de Agosto de 2008 à Maio de 2011, que não apresentaram resolução das lesões apesar do tratamento (antibióticos, desbridamentos, curativos diários) realizado. Foram realizadas avaliações iniciais (condição clínica) e documentação fotográfica periódica das lesões. As sessões foram realizadas diariamente em câmara monoplace no Centro de Medicina Hiperbárica - Hospital São Paulo - Ribeirão Preto, com duração de 2h à 3 ATA de pressão. RESULTADOS: Todos os pacientes avaliados apresentaram excelente melhora do quadro com a OHB. As úlceras apresentaram uma diminuição na profundidade e extensão, com melhora do aspecto e presença de tecido de cicatrização no seu interior. O tempo de evolução para a cicatrização foi o dado mais relevante. Os pacientes necessitaram de 20 à 73 sessões e apresentaram excelente evolução. CONCLUSÕES: O tratamento com OHB tem sido proposto como um tratamento adjuvante para cicatrização de úlceras venosas refratárias ao tratamento convencional. A OHB estimula a angiogênese, possui efeito bacteriostático, vasoconstritor, aumenta a produção de colágeno e fibroblasto que aceleram a cicatrização. Essa cicatrização mais rápida da lesão ocasiona uma melhora acentuada na qualidade de vida do paciente em todo o contexto psicossocial. PO-112 ASSISTÊNCIA AMBULATORIAL AO PACIENTE PORTADOR DE ÚLCERA VENOSA UTILIZANDO A BOTA DE UNNA CAROLINA REIS MAIA; MARIA ELISABETH RENNO SANTOS; LEANDRO CORRÊA OLIVEIRA; MARCELLE SOUZA SILVA; JOÃO ALFREDO DE PAULA SILVA; GUILHERME JONAS RIBEIRO; NILSON FERREIRA JUNIOR; WAGNER ESPESCHIT; LÚCIO ESTEPHANO SALLES COSTA; THIAGO MARCOS MAIA; FREDERICO PELLI SEABRA Santa Casa de Misericórdia de Belo Horizonte BELO HORIZONTE/MG INSUFICIÊNCIA VENOSA CRÔNICA POSTER (PO) 112 JUSTIFICATIVAS E OBJETIVOS: Úlcera venosa é a ferida crônica mais comum dos membros inferiores. Cerca de 75% das úlceras dos membros inferiores resultam da doença venosa crônica e são conseqüência da hipertensão venosa. Afetam cerca de 1% da população em geral. São as úlceras mais frequentes em adultos em faixas etárias mais avançadas, acometendo 3,5% da população acima de 65 anos de idade. As úlceras venosas causam grande impacto social e econômico devido a sua alta taxa de recorrência e cronificação, levam à ausência prolongada do trabalho. Apesar da elevada prevalência e da importância da úlcera venosa, ela é, frequentemente, negligenciada e abordada de maneira, por vezes, inadequada. Objetivo: Apresentar os resultados obtidos com a utilização da terapia compressiva (bota de Unna) em pacientes portadores de doença venosa no ambulatório de Cirurgia Vascular do Centro de Especialidades Médicas da Santa Casa – CEM. MÉTODO: O trabalho foi desenvolvido em um ambulatório de Cirurgia Vascular na cidade de Belo Horizonte – MG. Foram selecionados aleatoriamente 100 pacientes portadores de úlceras de origem venosa instituindo-se um esquema de terapia compressiva com bota de Unna e troca semanal. Acompanhou-se as modificações na qualidade de vida, a taxa de cicatrização, e complicações decorrentes. RESULTADOS: Na maioria dos casos houve uma reparação tecidual mais rápida, melhora das condições da pele ao redor da úlcera e não ocorreu a reincidência. Os pacientes relataram maior conforto devido à periodicidade da troca ser entre 6 e 7 dias e a redução do custo do tratamento. Em apenas três pacientes houve necessidade de interrupção do tratamento devido à reação alérgica. CONCLUSÕES: O tratamento com o uso de bota de Unna é uma forma eficaz de controle clínico da doença venosa dos membros inferiores. Acelera o processo de cicatrização, otimiza o tratamento das úlceras venosas e principalmente melhora a qualidade de vida do paciente. Esse tratamento é disponibilizado gratuitamente à população em ambulatório da Rede Pública de Saúde - SUS. PO-113 COMPARAÇÃO DA REDUÇÃO DO EDEMA ANTES E DEPOIS DO EXERCÍCIO MUSCULAR NO TRATAMENTO DA INSUFICIÊNCIA VENOSA CRÔNICA CLEUSA E. Q. BELCZAK; GILDO CAVALHERI JR.; JOSÉ MARIA PEREIRA GODOY; SERGIO QUILICI BELCZAK; WALKIRIA HUEB; ROBERTO AUGUSTO CAFFARO Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo SÃO PAULO/SP INSUFICIÊNCIA VENOSA CRÔNICA POSTER (PO) 113 JUSTIFICATIVAS E OBJETIVOS: O objetivo deste trabalho foi comparar a redução do edema obtido no tratamento conservador das flebopatias após o repouso e após exercício muscular na posição de Trendelenburg. MÉTODO: Foram estudados vinte e oito membros inferiores de 24 pacientes com edema venoso de etiologia distinta, classificados como C3 , C4 ou C5 do CEAP. Foi realizada avaliação volumétrica por deslocamento de água antes e depois do repouso na posição de Trendelenburg; e 24 horas depois do exercício muscular programado na mesma condição de tempo, posição e temperatura. Para análise estatística foi utilizado o t-test pareado com um α de 5% aceitável. RESULTADOS: A média total do volume do membro inferior foi de 3,967.46 mL. A redução do edema obtido depois do repouso foi de 92.9 mL; já após o exercício de 135,4 mL, apresentando diferença estatisticamente significativa (p-value=0.0007). CONCLUSÕES: Em conclusão, exercícios são mais eficientes para reduzir o edema do membro inferior do que repouso em posição de Trendelenburg. PO-114 O USO DA COMPRESSÃO ELÁSTICA DURANTE MEIO DIA É TÃO EFETIVO QUANTO O DIA INTEIRO? C. E. Q. BELCZAK; J. M. P. GODOY; M. A. M. SILVA; S. Q. BELCZAK; W. HUEB; R. A. CAFFARO Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo SÃO PAULO/SP INSUFICIÊNCIA VENOSA CRÔNICA POSTER (PO) 114 68 JUSTIFICATIVAS E OBJETIVOS: Existem boas evidências do uso de compressão para algumas indicações clínicas, mas pouco se sabe sobre dosimetria na compressão. O objetivo deste trabalho foi avaliar se o uso da compressão elástica durante parte do dia pode ajudar na redução do edema no final do dia em paciente classificados do ponto de vista clínico, epidemiológico, anatômica e fisiopatológico (CEAP) entre C0 e C1. MÉTODO: Os efeitos sobre a variação volumétrica dos membros inferiores após um dia de trabalho com uso de meia de compressão elástica foram verificados em dois homens e 18 mulheres (40 membros inferiores). Os critérios de inclusão foram pacientes classificados entre C0 (10 membros) e C1 (30 membros), de acordo com o critério CEAP. Para os participantes que usaram meia elástica, sempre tamanho três quartos, compressão 20-30 mmhg, por três dias consecutivos. De acordo com o grupo ao qual pertenciam, a meia era utilizada durante todo o dia, apenas pela manhã, ou simplesmente não a calçavam. Para volumetria, usou-se a técnica de deslocamento da água, realizada pela manhã e a noite. Quando os pacientes aplicavam as meias apenas pela manhã, a volumetria era realizada às 13h00. RESULTADOS: Aumento significativo do volume foi observado para ambos os membros quando as meias não eram utilizadas em comparação com o uso de meias apenas pela manhã. Depois de retiradas, ambos os membros tinham aumento significativo de volume á tarde. Entretanto, o uso das mesmas por meio período era melhor do que não usá-las a qualquer tempo. CONCLUSÕES: O uso de meia elástica de compressão pode reduzir a variação da volumetria durante as horas de trabalho, com uso de meias durante o dia inteiro apresentando resultados melhores do que por meio período. PO-115 TRATAMENTO ENDOVASCULAR PARA OCLUSÃO CRÔNICA E EXTENSA DA VEIA CAVA INFERIOR - RELATO DE 3 CASOS JOÃO LUIZ SANDRI; GIULIANO DE ALMEIDA SANDRI; JOSÉ MONTEIRO SOUZA NETTO; CLAUDIO DE MELO JACQUES; BRUNO BURGUIGNON PREZOTTI; CRISTIANO NEGRI MODENESI; NÉLIO ARTUR DE PAULA BRANDÃO Vitória Apart Hospital - Medicina Vascular VITÓRIA/ES INSUFICIÊNCIA VENOSA CRÔNICA POSTER (PO) 115 JUSTIFICATIVAS E OBJETIVOS: A oclusão crônica da veia cava inferior geralmente está associda a sintomas muito incapacitantes. Poucos centros no mundo oferecem opções de tratamento cirúgico e a maioria dos pacientes portadores desta doença acabam recebendo tratamento clínico de suporte, tendo que conviver com graves sintomas por toda a vida. O desenvolvimento das técnicas e materiais na cirurgia endovascular oferece agora uma nova possibilidade de tratamento desta doença e destes pacientes, que podem finalmente contar com uma opção pouco invasiva para obter alívio sintomático satisfatório. Relatamos neste trabalho nossa pequena, porém satisfatória experiência no tratamento endovascular das oclusões crônicas da veia cava inferior. MÉTODO: Nós apresentamos três casos de pacientes portadores de oclusão crônica e extensa da veia cava inferior que foram submetidos ao tratamento endovascular com sucesso em nosso serviço entre os anos de 2005 e 2011. Todos foram tratados com dilatação prévia da lesão e em seguida com implante de stents auto-expansíveis em sala de hemodinâmica. Todos os pacientes apresentavam sintomas graves e incapacitantes de insuficiência venosa crônica, com úlceras ativas. Dois pacientes eram muito jovens (32 e 34 anos), enquanto o terceiro era idoso (72 anos). O seguimento é feito com exame clínico e duplex-scan em intervalos regulares. A compressão elástica pós-operatória e anticoagulação oral foram realizadas em todos os casos. RESULTADOS: O alívio sintomático foi supreendentemente rápido, com melhora subjetiva importante já na internação. Com exceção do caso realizado em 2011, já houve cicatrização completa das úlcera flebopáticas. A melhora da dor e do edema é notória e todos os pacientes relataram uma grande melhora na qualidade de vida após o procedimento. CONCLUSÕES: O tratamento endovascular das oclusões crônicas da veia cava inferior é promissor, sobretudo para pacientes jovens que antes tinham a perspectiva de sofrer anos com sintomas debilitantes associados a sinais estigmatizantes, quando submetidos apenas ao tratamento clínico. A literatura já mostra resultados animadores no curto e médio prazo, com melhora importante na qualidade de vida dos pacientes tratados. Nossa experiência também corrobora com estes trabalhos. PO-116 QUALIDADE DE VIDA DOS PACIENTES DO AMBULATÓRIO DE DOENÇAS VENOSAS DA SANTA CASA DE MISERICÓRDIA DE SÃO PAULO NATHÁLIA MALUF GHORAYEB; MARCELA FIGUEIREDO PRESTI; RODRIGO NÓBREGA BARBOSA; FERNANDA MAYUMI TENGAN; LUIS GUSTAVO SCHAEFER GUEDES; RICARDO AUGUSTO BRAVO GAMBOA; MARCELO KALIL; CÁSSIO HUNGRIA DIB; ANDRÉ LUIS VILLELA; HENRIQUE JORGE GUEDES NETO; ROBERTO AUGUSTO CAFFARO Poster FCMSCSP SÃO PAULO/SP INSUFICIÊNCIA VENOSA CRÔNICA POSTER (PO) 116 JUSTIFICATIVAS E OBJETIVOS: As doenças venosas são as de maior prevalência e incidência, não são as que causam o maior impacto na qualidade de vida de seus portadores. Os dados da literatura sobre a qualidade de vida são escassos e impedem a quantificação do impacto dessa enfermidade na vida dos pacientes. Nosso objetivo foi avaliar de forma precisa a qualidade de vida dos pacientes acometidos por doenças venosas. Para avaliar o impacto das diferentes condutas e tratamentos na qualidade de vida desses pacientes. MÉTODO: Foi realizado um estudo transversal prospectivo, nos pacientes do Ambulatório de Doenças Venosas da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo. Para tanto, foi utilizado o questinário WHOQOL-bref aplicado em 114 pacientes. A análise estatística dos dados foi realizada pelo programa Epi-info utilizando-se do teste de KruskalWallis. RESULTADOS: A saúde física e a percepção individual da mesma mostraram-se maior quanto mais avançado o nível educacional do paciente (p<0,05). Com uma pergunta direta de como o está sua saúde conseguimos demonstrar que o modo como a população classificava sua própria saúde era de fato compatível com a qualidade de vida pontuada pelo questionário (p<0,05). A medicação oral também foi relacionada a uma pior qualidade de vida em relação àqueles que não faziam seu uso (p<0,05). As outras terapêuticas como cirurgia, uso de meia elástica, exercício físico e terapia física complexa não mostraram impacto estatisticamente significativos sobre a qualidade de vida desses pacientes. O tabagismo demonstrou-se como um fator isolado para uma pior pontuação de qualidade de vida (p<0,05). Já o etilismo mostrou-se como fator significativo para a percepção individual da qualidade de vida dessa população sendo que aqueles que era etilistas tiveram menor pontuação (p<0,05). CONCLUSÕES: A população com nível educacional melhor tem uma maior qualidade de vida. Verificamos que a população analisada tem consciência e relaciona diretamente sua saúde com sua própria qualidade de vida. Quanto aos tratamentos, apesar de não mostrarem um impacto significativo sobre a qualidade de vida não devem ser dispensados porque já foram diversamente relacionados à melhora da doença. O tabagismo e o estilismo foram relacionados a uma pior qualidade de vida relacionada a saúde física do paciente. PO-117 TRATAMENTO DE ÚLCERAS DE MEMBROS INFERIORES DE LONGA DURAÇÃO COM SULFADIAZINA DE PRATA 1% SERGIO H. VIEGAS LADEIRA; JOÃO BATISTA VIEIRA DE CARVALHO; REBECA MACIEL BIZZOTTO; RENATA MUZZI DRUMMOND; WALLACE FERNANDES DINIZ UFMG BELO HORIZONTE/MG INSUFICIÊNCIA VENOSA CRÔNICA POSTER (PO) 117 JUSTIFICATIVAS E OBJETIVOS: Apresentar os resultados do tratamento com emprego de pomada de sulfadiazina de prata 1% em úlceras de estase de longa duração (mais de 6 meses de evolução). Os gastos com curativos apresentam impacto relevante sobre o sistema de saúde. Os pacientes com feridas crônicas necessitam de curativos periódicos, com envolvimento de pessoal de enfermagem, médicos, podólogos e estomatoterapeutas. Dessa forma, a utilização de produtos de baixo custo e com bom resultado na cicatrização das feridas é imperativo. A sulfadiazina de prata 1% tem demonstrado ser efetiva quando utilizada como cobertura do leito das úlceras nestes pacientes. MÉTODO: Vinte pacientes (n=20), sendo 07 do sexo masculino (74%) e 13 do sexo feminino (26%), com úlcera de estase de longa duração foram tratados com sulfadiazina de prata 1% utilizada como cobertura primária de ferida. Os curativos foram realizados com lavagem exaustiva com soro fisiológico 0,9% três vezes por dia sob pressão, colocação de pomada de sulfadiazina de prata 1% sobre o leito da ferida, cobertura da mesma com gases esterilizadas, e enfaixamento. As feridas foram acompanhadas semanalmente até a epitelização e cicatrização. Os pacientes foram orientados quanto ao repouso médio de 30 minutos a cada hora com os membros elevados, controle rigoroso da hipertensão, diabetes melito e outras comorbidades. RESULTADOS: Obtivemos 100% de sucesso na cicatrização das feridas. O tempo médio de cicatrização observado foi de 20,3 semanas. Os pacientes não apresentaram sinais maiores de infecção no período de seguimento. CONCLUSÕES: Tendo em vista o resultado encontrado, nota-se que a pomada de sulfadiazina de prata 1% mostrou efetividade considerável no tratamento de úlcera de estase de longa duração, favorecendo o processo de cicatrização nesses pacientes. Constata-se também que esta medida terapêutica contribui a médio e longo prazo para a redução de custos em saúde, referentes a curativos em portadores de feridas crônicas. Poster PO-118 ULCERAS VENOSAS DOS MEMBROS INFERIORES - PERFIL BACTERIOLÓGICO DO HOSPITAL AGAMENOM MAGALHÃES RODRIGO AGUIAR GUEDES; VLADIR ERICK ROCHA; JOSE NESTOR AGUIAR NETO; THIAGO CHARAMBA DUTRA; CLEYBSON AUGUSTO SANTOS; ALESSANDRA VASCONCELO BARROS; FREDERICK LORENA BARBOSA HOSPITAL AGAMENOM MAGALHÃES RECIFE/PE INSUFICIÊNCIA VENOSA CRÔNICA POSTER (PO) 118 JUSTIFICATIVAS E OBJETIVOS: Dentre as lesões mais comuns dos membros inferiores, estão as úlceras diabéticas e as de estase venosa, a infecção deve ser suspeitada em presença de problema local (edema, dor, ulceração, formação de coleção purulenta ou crepitações), ou problemas sistêmicos (hipertermia, taquicardia, calafrios, mal-estar) ou distúrbios metabólicos (hiperglicemia, cetoacidose, azotemia). Devido às complicações vasculares, as feridas tornam-se problemas de difícil resolução e as infecções ficam ainda mais graves. OBJETIVOS: Avaliar o perfil bacteriológico dos pacientes com úlceras em membros inferiores na enfermaria de vascular do Hospital Agamenom Magalhães. Avaliar a sensibilidade antimicrobiana das bactérias isoladas nas úlceras de membros inferiores. MÉTODO: Este estudo se caracteriza como uma pesquisa quantitativa com características de um Estudo analítico, transversal e prospectivo, em que são avaliados, após aprovação do Comitê de Ética em Pesquisa, pacientes expostos às bactérias hospitalares pelo prolongado período de internação ao qual são submetidos nesta clínica. A coleta de material das feridas foi realizada sete dias após o internamento quando termina o primeiro ciclo de antibioticoterapia com swab após limpeza da mesma com soro fisiológico a 0,9% sempre pelo mesmo funcionário do hospital e encaminhado ao Laboratório do HAM para cultura. RESULTADOS: Foram submetidos ao estudo 34 pacientes internados, com uma média de idade de 64,9 anos, com variação de 45 a 94 anos de idade. Compreendendo 17 (50%) do sexo masculino e 17 (50%) do sexo feminino. Foram realizadas 38 culturas, sendo 37 positivas, isoladas 49 bactérias, sendo a maioria delas 20 (42%) Pseudomonas aeruginosa, seguido de 8 (16%) Staphylococcus aureus, 6 (12%) Enterococcus faecalis, 5 (10%) Morganella morganii, 4 (8%) Klebsiella pneumoniae e 3 (6%) Acinetobacter baumannii. CONCLUSÕES: Foi evidenciado nesta amostra que a maioria das bactérias isoladas foram Pseudomonas aeruginosa com grande resistência aos carbapenêmicos, seguido do Staphylococcus aureus todos oxacilina resistente. Sendo importante, com esses dados, escolher de forma racional uma boa cobertura antibiótica, principalmente quando temos que iniciar empiricamente, devido aos cuidados com a resistência antimicrobiana elevada nesse hospital. Tendo em vista o acima exposto, há uma discordância com a literatura já que evidenciamos um aumento da resistência antimicrobiana. PO-119 TRATAMENTO DA ÚLCERA VARICOSA DOS MEMBROS INFERIORES MEDIANTE CIRURGIA E BOTA DE UNNA: UMA ECONOMIA PARA O SISTEMA DE SAÚDE BRASILEIRO SERGIO QUILICI BELCZAK; VITOR GORNATI; IGOR RAFAEL SINCOS; MARTA APONCHIK; PABLO PAMPIN; ALINE VALENTE SANTANA; RICARDO AUN; MARIO AMORIM DE BARROS Hospital Geral de Carapicuíba SÃO PAULO/SP INSUFICIÊNCIA VENOSA CRÔNICA POSTER (PO) 119 JUSTIFICATIVAS E OBJETIVOS: A úlcera venosa (UV), uma das manifestações mais graves da insuficiência venosa crônica dos membros inferiores, tem grande importância para a saúde pública, tanto por sua elevada incidência e prevalência quanto pelo alto impacto socioeconômico que provoca ao ser de difícil tratamento, exigir absenteísmo laboral prolongado e apresentar alto índice de recidiva, gerando importante ônus financeiro ao Estado e psicológico ao paciente e aos cuidadores. Propor o tratamento da úlcera varicosa mediante cirurgia radical de varizes e uso de bota de Unna como alternativa econômica importante para a saúde pública. Mais do que demonstrar a eficácia do tratamento a longo prazo, o estudo tem como intenção provar que a escolha da combinação entre cirurgia e curativos compressivos pode ser menos dispendiosa e mais custo-efetivo que o acompahamento clínico comumente realizado no serviço público, através de curativos simples e orientação de repouso, que aparenta ser menos oneroso. MÉTODO: Quinze pacientes foram selecionados ambulatorialmente para receber o tratamento da úlcera varicosa com cirurgia radical de varizes e bota de Unna. Todos tiveram a etiologia da IVC e das úlceras investigadas por meio de ultrassonografia de membros inferiores com eco-Doppler colorido e história clínica. O custo total do tratamento foi contabilizado (internação, cirurgia, curativos e retornos ambulatoriais) e comparado ao custo do acompanhamento clínico 69 com curativos simples trocados diariamente RESULTADOS: Estimamos em quase 2 milhões o número de brasileiros portadores de UV. Aproximadamente 1,06 milhão dessas são causadas especificamente pelo sistema venoso superficial e seriam beneficiados pela cirurgia . O equivalente a 424.000 úlceras permanecem abertas por um período maior que 1 ano e se forem acompanhados com curativos diários, serão gastos 692.849.496 reais/ano, considerando que essas úlceras permanecem realmente abertas e necessitando de curativos durante 55,223% do tempo, conforme estimado pelo nosso levantamento. O tratamento proposto foi em média 55,71% mais econômico que o manejo com curativos diários (R$ 717,846 x R$ 1.620,955), gerando uma economia de 365.718.656,00 reais/ano apenas no primeiro ano, quando extendidos os cálculos para escala nacional. CONCLUSÕES: O emprego da cirurgia radical de varizes associado ao uso de bota de Unna provou-se expressivamente menos dispendioso para a saúde pública do que o acompanhamento clínico com curativos diários. PO-120 TROMBOSE DE ANEURISMA DE ARTERIA FEMORAL COMUM RELATO DE CASO ANGELO ROBERTO PASCOTINI; ALDO E. K. T. SAIDNEUY; DANIEL HENRIQUE CASTRO; ROGERIO NORIO AOYAMA Hospital Regional João de Freitas LONDRINA/PR MISCELÂNEA POSTER (PO) 120 JUSTIFICATIVAS E OBJETIVOS: Apesar de os aneurismas arteriais periféricos mais comuns serem os poplíteos, os que envolvem a artéria femoral, comumente, são pseudoaneurismas por trauma penetrante ou deiscência anastomótica. Este trabalho tem como objetivo relatar um caso de aneurisma verdadeiro de a. femoral comum. MÉTODO: Paciente masculino, branco, 46 anos, tabagista, hipertenso; há 15 dias apresentou trauma em 1º dedo de pé esquerdo que evoluiu com necrose seca e dor em repouso. Ao exame físico: presença de abaulamento em região inguinal esquerda e necrose de primeiro dedo; na palpação: massa pulsátil em projeção da a. femoral comum associada a ausência de pulsos poplíteo e distais. O eco-Doppler confirmou presença de aneurisma de a. femoral comum esquerda com trombos em seu interior acarretando suboclusão do mesmo. Arteriografia demonstrou oclusão da a. femoral superficial ao nível do canal de Hunter com grande quantidade de circulação colateral. Sem reenchimento de a. poplítea, com reenchimento de artérias distais da perna. Submetido a aneurismectomia de a. femoral comum com interposição de prótese de Dacron, mantendo fluxo para a artéria femoral superficial e profunda, sendo realizado amputação de primeiro dedo do pé esquerdo. Evoluindo com bom resultado clinico. RESULTADOS: Os aneurismas são geralmente devido a doença degenerativa aterosclerose; e menos frequentes por infecções fúngicas, sifilíticas e vasculite. Normalmente são assintomáticos, descobertos no exame físico ou em exames complementares. Sinais e sintomas incluem desconforto local, massa pulsátil, compressão de veia ou nervo adjacentes ou manifestar-se devido suas complicações como trombose acarretando em isquemia do membro ou devido a sua ruptura acarretando em sangramento local. O eco-Doppler é o método não invasivo de escolha para confirmação diagnóstica. Arteriografia pode dar as informações necessárias para o diagnostico e tratamento. A cirurgia é indicada para os aneurismas sintomáticos, independente do tamanho. Para assintomáticos, a cirurgia deve ser determinada de acordo com o risco de desenvolvimento de complicações e as comorbidades do paciente. A aneurismectomia e interposição com prótese é uma solução durável e recomendável e o tratamento endovascular precisa ser melhor determinado a longo prazo. CONCLUSÕES: Os aneurismas arteriais periféricos apesar de serem menos frequentes necessitam de serem diagnosticados precocemente devido suas complicações como a trombose ou ruptura que podem acarretar em isquemia do membro chegando a perda do mesmo. PO-121 SÍNDROME DE MAY-THURNER. RELATO DE 3 CASOS. (ERRATA) ALDO ZAMPIERI PASSALACQUA; FERNANDO ALVES; THIAGO SILVA GUIMARÃES; CAMILA LINHARES MEDEIROS; CESAR PRESTO CAMPOS; LAURA ANDRADE DA ROCHA; EDWALDO EDNER JOVILIANO; CARLOS ELI PICCINATO; TAKACHI MORYIA; VIVIANE FERNANDES DE FREITAS; RODRIGO SOUZA MOTA; MARCELO BELINI DALIO Divisão de Cirurgia Vascular do HCFMRP - USP RIBEIRÃO PRETO/SP MISCELÂNEA POSTER (PO) 121 JUSTIFICATIVAS E OBJETIVOS: Relatar 3 casos de May-Thurner tratados na Divisão de Cirurgia Vascular e Endovascular do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo 70 (HCFMRP-USP). MÉTODO: Análise retrospectiva dos prontuários de 3 pacientes. Foram avaliados principais sintomas, métodos diagnósticos, tratamentos realizados e seus resultados iniciais e médio prazo. RESULTADOS: Três pacientes do sexo feminino com idades de 28, 29 e 31 anos com quadro clínico: dor e edema de membro inferior esquerdo, varizes exclusivamente em membro inferior esquerdo e um caso de trombose venosa profunda ilíaco femoral esquerda já recanalizada. Todas as três pacientes foram submetidas à angioplastia percutânea de veia ilíaca esquerda com stent não revestido. Resultado inicial satisfatório à flebografia controle sem grau significativo de estenose residual e melhora significativa dos sintomas (de 5 a 17 meses pós-operatório). CONCLUSÕES: A angioplastia com colocação de stent foi uma opção terapêutica segura, pouco invasiva e eficaz a curto e médio prazo, mas ainda necessita seguimentos que avaliem seus resultados a longo prazo com maior casuística. PO-122 SÍNDROME DE KLIPPEL TRENAUNAY WEBER: MALFORMAÇÃO ARTERIOVENOSA EM VASOS PULMONARES ASSOCIADA A TROMBOEMBOLISMO PULMONAR E TUBERCULOSE PULMONAR ANA PAULA MARTINS NAZARIO; MARCIA RIBEIRO ALVES; MARILIA BRANDAO PANICO; CARMEN LUCIA LASCASAS PORTO; FABIOLA DA CUNHA MORAIS; GLAUCIA MARQUES VIEIRA; CARLA ELLIS HOSPITAL UNIVERSITÁRIO PEDRO ERNESTO RIO DE JANEIRO/RJ MISCELÂNEA POSTER (PO) 122 JUSTIFICATIVAS E OBJETIVOS: Em 1901, M. Klippel e P. Trenaunay nomearam uma síndrome de nevo vasculoso osteohipertrófico que atualmente recebe o nome de Síndrome de Klippel Trenaunay Weber (SKTW) e que consiste numa alteração, rara, de etiologia desconhecida, congênita do mesoderma de forma desarmônica que pode apresentar a tríade clássica: angiomas planos, varizes e hipertrofia de membro. Objetivo: Relatar etiologia de hemoptise em paciente com Síndrome de Klippel-Trenaunay-Weber. MÉTODO: Estudo de caso de um paciente de 32 anos de idade, nascido no Rio de Janeiro, casado, acompanhado há 15 anos no ambulatório de Angiodisplasias da disciplina de Angiologia do Hospital Universitário Pedro Ernesto da Universidade do Estado do Rio de Janeiro. Apresenta a tríade clássica em membro inferior direito (MID). Em maio de 2010, apresentou dor limitante em MID, sendo diagnosticado trombose venosa das veias da panturrilha comprovada pelo ecocolor Doppler venoso e na angiotomografia (AT) pela falha de enchimento na artéria poplítea direita com acentuada redução do fluxo nos ramos distais. Iniciada a anticoagulação e controle seriado pelo INR. Em dezembro de 2010, apresentou dor torácica à esquerda com piora ao deitar; e hemoptise leve e intermitente. Pela pneumologia, os testes tuberculínico e BAAR foram positivos. Na época, Rx de tórax: faixa em atelectasia em lobo superior esquerdo (LSE). Em fevereiro de 2011, AT de tórax: múltiplos nódulos de diversos tamanhos, alguns broncogramas aéreos de permeio notadamente no segmento superior do lobo inferior esquerdo (LIE). Opacidades centrolobulares, algumas bifurcadas no LSE e segmento superior do LIE. Espessamento peribroncovascular na língula. Opacidades em faixa associados a bronquiectasias de tração no LSE. Trombo em ramo segmentar do LIE. Sem áreas sugestivas de infarto pulmonar em correspondência. RESULTADOS: O caso incomum mostra a concomitância de tuberculose pulmonar, tromboembolismo pulmonar, trombose venosa profunda e malformação de arteriovenosa em vasos pulmonares. O propósito deste caso, marcado pela exuberância clínica e de exames complementares, é ressaltar a necessidade de intervenção precoce. CONCLUSÕES: Os autores ressaltam a importância no diagnóstico diferencial para hemoptise em pacientes com a SKTW, pois o paciente pode sofrer atraso no diagnóstico de um evento tromboembólico potencialmente fatal. PO-123 SÍNDROME DE MAFFUCCI: RELATO DE CASO ANA PAULA MARTINS NAZARIO; MARCIA RIBEIRO ALVES; MARCELLA DE LIMA BARBOSA; MARILIA BRANDAO PANICO; FABIOLA DA CUNHA MORAIS; GLAUCIA MARQUES VIEIRA; CARMEN LUCIA LASCASAS PORTO Hospital UniversitÁrio Pedro Ernesto - UERJ RIO DE JANEIRO/RJ MISCELÂNEA POSTER (PO) 123 JUSTIFICATIVAS E OBJETIVOS: A Síndrome de Maffucci, descrita pela primeira vez em 1881 por Ângelo Maffucci, é uma displasia mesodermal congênita não hereditária que afeta igualmente homens e mulheres. É caracterizada pela associação de múltiplos encondromas, hemangiomas e outras lesões mesenquimatosas. Pouco mais de 200 casos foram publicados na literatura desde então. As manifestações clínicas aparecem na maioria dos casos na puberdade (75%). Poster A complicação mais severa é o condrossarcoma que pode ocorrer em 25-30% dos casos. O diagnóstico é realizado através de imagens radiológicas e apresentação clínica, as quais são patognomônicas. Não há tratamento específico, e em pacientes assintomáticos faz-se acompanhamento periódico. Nos casos de pacientes sintomáticos por debilidade óssea ou fraturas, pode-se recorrer à cirurgia e até mesmo ao enxerto ósseo. Objetivo: Relatar a Síndrome de Maffucci em mulher de 30 anos. MÉTODO: Estudo de caso de uma paciente de 30 anos de idade, nascida no Rio de Janeiro, casada, acompanhada há 19 anos no ambulatório de Angiodisplasias da disciplina de Angiologia do Hospital Universitário Pedro Ernesto da Universidade do Estado do Rio de Janeiro. Apresenta desde os 11 anos de idade o diagnóstico, pela arteriografia, de fístulas arteriovenosas e hemangioma volumoso em mão direita associada à dor de moderada intensidade. Apresentou ao RX da mão direita em maio deste ano, imagens típicas de encondromas e flebolitos. RESULTADOS: Os autores ressaltam a raridade do caso e ratificam que o quadro clínico é formado por deformidades das extremidades, frequentemente assimétricas, resultando em encurtamento dos membros e levando a graus variados de incapacidade. Além dos achados de encondromas concomitantes com malformações arteriovenosas que associados aos clínicos, são patognomônicos da SM. CONCLUSÕES: A SM é composta pela associação de duas displasias mesodermais, discondroplasia indistinta da Doença de Ollier e hemangiomatose de partes moles. E a distinção dentre essas é importante devido à alta incidência de malignidade na SM. O screening para tumores malignos é fundamental. PO-124 ÚLCERA DE MARTORRELL- RELATO DE CASO ANA PAULA MARTINS NAZARIO; LEVI GRANDI; LUIS ANDRE SIMON; MARINA ELIZA MARCON HOSPITAL SAO JOSÉ- CRICIÚMA/SC RIO DE JANEIRO/RJ MISCELÂNEA POSTER (PO) 124 JUSTIFICATIVAS E OBJETIVOS: A úlcera hipertensiva, descrita em 1945 por Martorell, considerada isquêmica, é pouco frequente e acomete mais mulheres. Acompanha casos de hipertensão arterial grave, sendo geralmente precipitada por crises de hipertensão. É localizada em membro inferior e desencadeia dor intensa. Objetivo: afirmar os critérios clínicos de Martorell relacionado à úlcera extremamente dolorosa em membro inferior. MÉTODO: Relato de caso de mulher jovem, branca, 29 anos, nascida em Santa Catarina, casada, internada há dois meses no Hospital São José- Criciúma /SC com quadro de úlceras muito dolorosas em membros inferiores associada a picos hipertensivos recorrentes. RESULTADOS: Os autores ressaltam a importância do caso referido e do diagnóstico fundamentado em critérios clínicos propostos por Martorell, em 1945, para úlcera hipertensiva. A paciente possui histórico familiar de hipertensão arterial sistemica e obesidade. Apresentava dentre os critérios estabelecidos: ausência de oclusão de grandes artérias de membros inferiores e pulsos palpáveis em todas as artérias dos membros inferiores; hipertensão arterial nos braços; hipertensão arterial nas pernas; prevalência em mulheres; ausência de distúrbio na circulação venosa; simetria de lesões, úlceras superficiais na face anterior dos membros inferiores e nos dorsos dos pés e ausência de calcificação arterial. Realizado pesquisa reumatológica com provas negativas. Alívio total da dor com uso de morfina e parcial com intravenoso de codeína e cloridrato de tramadol. Em uso combinado de trêsanti-hipertensivos. Realizada Simpatectomia Lombar e enxerto de pele com cicatrização completa. CONCLUSÕES: Considerando a escassez de publicação literária sobre úlcera de Martorell, descreve-se um caso com ênfase no diagnóstico clínico fundamentado em critérios e no comprometimento da microcirculação causada pela hipertensão arterial. PO-125 PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DE 63 PORTADORES DE SÍNDROME DE KLIPPEL-TRENAUNAY-WEBER ACOMPANHADOS NO AMBULATÓRIO DA SANTA CASA DE SÃO PAULO ANDRÉ LUIS VILLELA DE FARI; LUIS GUSTAVO SCHAEFER GUEDES; VICTOR VINICIUS AUGUSTO PASCHOA; DAVID BERNARDES ANDRÉ; HENRIQUE JORGE GUEDES NETO; ROBERTO AUGUSTO CAFFARO Faculdade da Santa Casa de São Paulo SÃO PAULO/SP MISCELÂNEA POSTER (PO) 125 JUSTIFICATIVAS E OBJETIVOS: Síndrome de Klippel-Trenaunay-Weber é uma doença rara com poucas publicações e pequena casuistica internacional e com morbidade significativa. Avaliar o perfil epidemiológico de 63 pacientes Poster 71 acompanhados por Síndrome de Klipple-Trenaunay-Weber. MÉTODO: Foram copilados dados do prontuário de 63 pacientes portadores da síndrome. RESULTADOS: A média de idade foi 11,9 anos, o diagnóstico foi realizado na maioria na infância, sendo o primeiro sinal notado pela família, a mancha em vinho do porto. Na maioria dos casos houve acometimento de membro inferior unilateralmente. Constatamos diferença no comprimento dos membros inferiores em 77,77% dos pacientes. A diferença ultrapassou os 25 milímetros em apenas 10%. O sintoma mais referido foi à dor, presente em 63,49% dos pacientes, na maioria das vezes relacionada aos sintomas de estase venosa. Já o edema foi referido por 52,3%. Os sintomas foram considerados debilitantes por 10 pacientes, em nove este fato foi relacionado à dor, e em um paciente, relacionado à enterorragia de repetição. Encontramos manchas em vinho do porto em 93,65% dos casos. O segundo sinal mais comum, encontrado em 84,12% dos casos, foi hipertrofia óssea ou de partes moles. As alterações venosas estão presentes em 68,25% dos pacientes, diagnosticado pela presença de varizes em 53,96%, e angiodisplasias em 23,80% e ainda os dois, em 6,34% dos indivíduos. Encontramos 53,9% dos pacientes com CEAP 2, 49,2% CEAP 3, 12,6% CEAP 4, 4,7% CEAP 5 e 1,5 CEAP 6. Foi diagnosticada a presença de fístulas arteriovenosas em 8,5% dos casos e 6,34% dos pacientes referiram história familiar. CONCLUSÕES: A Síndrome de Kliple-Trenaunay (SKT) e a Síndrome de Parkes Weber (SPW) são apresentações diferentes de uma única enfermidade e podem ser estudas juntamente como Síndrome de Klipple-Trenaunay-Weber. A maioria dos pacientes apresenta os primeiros sinais da doença na infância, muitas vezes desde o nascimento. Entendemos que este é o momento ideal para reconhecer os portadores e iniciar medidas terapêuticas que poderão diminuir a morbidade. O tratamento de eleição ainda é conservador visando controle da doença venosa e alívio dos sintomas. O tratamento compressivo deve ser indicado a todos os portadores da doença. O uso de órtese ameniza a deformidade na coluna vertebral causada. Desta forma acreditamos que a divulgação junto aos colegas pediatras, para o diagnóstico precoce da síndrome é essencial no manejo adequado desta doença. JUSTIFICATIVAS E OBJETIVOS: Cerca de 10% de todas as angiodisplasias necessitam de tratamento. As angiodisplasias que devem ser tratadas são: as lesões faciais com deformidade ou com comprometimento funcional, lesões em períneo ou genitálias, lesões em locais de pressão como nádegas e região plantar ou palmar, e ainda, lesões dolorosas ou que apresentem consumo de fatores de coagulação. Dentre as opções terapêuticas existem as sistêmicas que são corticóides, interferon e vincristina e as locais que são: laser pulsado, esclerose com álcool absoluto, injeção intralesional de esteróides nas angiodisplasias sanguíneas e também de bleomicina ou OK-432 nas angiodisplasias linfáticas. Há ainda opções cirúrgicas, seja para ressecção ou embolização. As lesões venosas com baixo fluxo são tratadas mais habitualmente com esclerose com alcool absoluto, o que consiste em um tratamento longo e doloroso. Nosso objetivo é descrever o laser endoluminal como uma opção de terapêutica para este tipo de lesão. MÉTODO: Tratamos 14 angiodisplasia sanguínea com laser endolesional. RESULTADOS: Foram tratados angiodisplasias com predominância venosa, baixo fluxo e presensa de lagos vasculares. Após o tratamento houve redução de 70 a 100% no tamanho das lesões, nas quais, oito apresentaram redução completa. Houve melhora dos sintomas em todas as lesões com diminuição da dor e dos ferimentos de repetição. O resultado estético foi avaliado como muito bom em oito lesões, como bom em três e como satisfatório nas restantes. Os pacientes foram acompanhados pelo período de três meses a cinco anos. Em nenhum dos oito casos que apresentaram redução completa da lesão houve recidiva. CONCLUSÕES: O laser endolesional se mostrou seguro e eficaz no tratamento de angiodisplasias cutâneas, apresentando ótimo controle da posição da fibra no interior da lesão, devido à transluminescência da luz emitida pela fibra através da pele. O intuito do tratamento foi promover a esclerose térmica. Com isso, obtivemos a redução da angiodisplasia em todos os casos. O laser endolesional apresentou resultados semelhantes a esclerose com álcool absoluto mas com melhor controle por parte do cirurgião e mais agilidade no tratamento. Acreditamos que o laser endolesional passe a integrar o arsenal de métodos terapêuticos disponível para tratamento desta afecção complexa. PO-126 PURPURA FULMINANS EM HOMOZIGOTO PARA DEFICIÊNCIA DE PROTEÍNA C - RELATO DE CASO E REVISÃO DE LITERATURA ANDRÉ LUIS VILLELA DE FARIA; CASSIO HUNGRIA DIB; HERNANI HIDEO KOMATSU; FERNANDO TRES SILVEIRA; MARIA APARECIDA TEIXEIRA; ROBERTO AUGUSTO CAFFARO Hospital Geral de Guarulhos SÃO PAULO/SP MISCELÂNEA POSTER (PO) 126 PO-128 PSEUDO-ANEURISMA ARTÉRIA TIBIAL ANTERIOR CAUSADO POR TRAUMA CONTUSO SEM FRATURA ANDRÉ ARAÚJO; MARCOS PARISATI; JULIANA ALFAIA; HUDSON PESSOA; WALDECIR BRITO Hospital Universitário Getulio Vargas MANAUS/AM MISCELÂNEA POSTER (PO) 128 JUSTIFICATIVAS E OBJETIVOS: Púrpura fulminans é uma condição clínica grave caracterizada por hemorragia e necrose cutânea causadas por coagulação intravascular disseminada com trombose vascular da pele, associada ou não a manifestações em outros órgãos. Tem como etiologia as coagulopatias, a sepse e idiopática. Dentre as coagulopatias, a homozigose para a deficiência da proteína C é extremamente rara, ocorrendo em 1 em cada 250.000 nascidos. Devido a baixa incidência desta condição associada a uma evolução atípica realizo este relato de caso. MÉTODO: Relato de caso de paciente nascido no Hospital Geral de Guarulhos. RESULTADOS: Relata-se o caso de um recem nascido prematuro, primeiro gemelar, que devido a isquemia de membros inferiores com rápida evolução para necrose, necessitou de amputação transfemoral direita no 4º dia de vida e transfemoral esquerda no 11º dia de vida, apresentou trombose mesentérica no sétimo dia de vida, quando realizou ressecção de intestino delgado, no 15º dia de vida apresentou nova isquemia intestinal mas desta vez muito extensa e incompatível com a vida evoluindo a óbito momentos após laparotomia exploratória. Foram realizados exames para busca de trombofilias hereditárias e diagnosticado homozigose para deficiência de proteína C. O irmão gêmeo não apresentou necrose de extremidades mas foi a óbito no 10º dia de vida. CONCLUSÕES: Não há consenso na literatura médica sobre um planejamento terapêutico adequado para purpura fulminas, sendo em geral, orientado nos primeiros dias a reposição dos fatores de coagulação diminuídos seguido da administração concomitante de heparina até regressão do quadro. PO-127 TRATAMENTO DE ANGIODISPLASIAS COM LASER ENDOLESIONAL ANDRÉ LUIS VILLELA DE FARIA; REINALDO ERNANI; KELLY CRISTINA DE MORAES; GUILHERME RENZI BELLUZZO Cirurgia Vascular Reinaldo Ernani - CIVARE SÃO PAULO/SP MISCELÂNEA POSTER (PO) 127 JUSTIFICATIVAS E OBJETIVOS: Os pseudo-aneurismas ou falsos aneurismas são causados por ruptura da parede arterial com extravasamento de sangue que é contido pelos tecidos vizinhos. Se não ocorre trombose espontânea, ha formação de cápsula fibrosa com fluxo turbilhonar em seu interior.Essa entidade foi inicialmente reconhecida por Galeno em 170 A.D. Apresentam causas multifatoriais, podendo resultar de traumas, como contusões, lesões por armas brancas, projéteis, fraturas, iatrogenia, atos cirúrgicos, tumores ósseos como osteocondromas entre outras. Nesse relato de caso, chama atenção a ocorrência do pseudo-aneurisma após trauma fechado sem fratura. MÉTODO: APRESENTAÇÃO DO CASO: Paciente L.C.C.O., 15 anos, compareceu ao ambulatorio de Cirurgia Vascular com relato de dor em perna esquerda e claudicação para 80 mentros. O exame físico evidenciou massa em panturrilha esquerda, dolorosao à palpação, sem flogose, frêmitos, ou sopros, pulsos poplíteo e tibiais diminuidos (++/4+). Índice Tornozelo-braço=1. .Foi solicitado angio-TC e angio-RNM: pseudo- aneurisma de artéria poplítea medindo 11 x 7 x 6,3 cm. Paciente foi submetido à exploração vascular em fossa poplítea com identificação e correçao de pseudo-aneurisma em artéria tibial anterior. RESULTADOS: Paciente evoluiu sem intercorrências no pós-operatório, recebendo alta no 4° DPO em uso de AAS 100 mg ao dia. No 15° DPO retorna ao ambulatório sem queixas, deambulando, ferida cirúrgica cicatrizada, sem sinais flogisticos. Suspenso AAS e alta ambulatorial. CONCLUSÕES: Pseudoaneurismas traumáticos são dilatações arteriais ou venosas provocadas pela ruptura parcial ou total da parede vascular. A incidência de pseudo-aneurisma traumático varia de 4% a 13% em lesões arteriais, aumentando para 25% a 71% no esqueleto apendicular. O aumento da incidência nos últimos anos deve-se à crescente violência civil, maior número de cateterizações e acidentes de punções arteriais. Vários estudos apontam a maior ocorrência de pseudo-aneurismas na artéria femoral (39,9%), seguida pela artéria axilar e pela braquial. Neste caso o diagnóstico de pseudo-aneurisma foi tardio, e o mecanismo de trauma e arteria acometida incomuns. Exames invasivos não foram realizados, pois o paciente já havia realizado angio-TC e angio- RNM diagnosticando pseudo-aneurisma. Na literatura existem poucos relatos de ocorrência de pseudo-aneurisma por traumas fechados sem fraturas associadas. 72 PO-129 ANEURISMA DE ARTÉRIA SUBCLÁVIA - RELATO DE CASO ANI LOIZE ARENDT; RODRIGO ARGENTA; ALAN KNOLSEISEN CAMBRUSSI; MARCUS VINICIUS P. RIJO Hospital Nossa Senhora da Conceição PORTO ALEGRE/RS MISCELÂNEA POSTER (PO) 129 JUSTIFICATIVAS E OBJETIVOS: Apresentar tratamento endovascular de patologia infrequente – aneurisma de artéria subclávia direita. Demonstrar a factibilidade e a segurança do tratamento endovascular para esta patologia. MÉTODO: Paciente masculino, 56 anos, trabalhador braçal, interna por dor e perda de força no membro superior direito com 30 dias de evolução. Apresentava massa pulsátil na projeção da cavícula direita. Sem histórico de traumatismo ou utilização de droga injetável. O membro superior direito apresentava franca hipotrofia. Apresentava disestesia e limitação do movimento. Pulsos radial, ulnar, braquial e axilar palpáveis. A ultrassonografia vascular com Doppler demonstrou imagem compatível com pseudo-aneurisma da artéria subclávia. Angio TC evidenciou aneurisma da transição subclávia-axilar. Optado por tratamento com endoprótese (Viabahn® WL Gore) 10 mm x 50 mm com acesso por dissecção da artéria braquial e instalação de introdutor 11F sob anestesia local. Arteriografia de controle mostrava bom resultado pós-operatório. Paciente evoluiu bem e apresentava pulsos normais no membro superior. RESULTADOS: Aneurismas de artéria subclávia representam aproximadamente 0.13% de todos os aneurismas. Apresentam risco de ruptura, embolização distal e trombose. As causas incluem aterosclerose, síndrome do desfiladeiro torácico, trauma, arterite, necrose cística da média, micótico, entre outras. É frequente a concomitância de aneurismas. Geralmente são assintomáticos. A ruptura do aneurisma não é frequente e representa grave complicação. AngioTC e AngioRNM são exames de grande valor no diagnóstico e planejamento terapêutico. No diagnóstico diferencial, devem ser considerados tumores primários pulmonares, adenopatias do mediastino e tumores tireóideos, cisto cervical, divertículo faringoesofágico. A cirurgia convencional permanece como o tratamento padrão, envolvendo ressecção do aneurisma com reconstrução com ou sem prótese, sendo o acesso cirúrgico o principal complicador. O tratamento endovascular vem se tornando cada vez mais popular e seguro. CONCLUSÕES: Apesar do tratamento convencional ainda ser considerado o padrão-ouro, a terapia endovascular constitui opção cada vez mais segura e efetiva para o tratamento do aneurisma da artéria subclávia. PO-130 ANEURISMA ROTO DE ARTÉRIA FEMORAL SUPERFICIAL - RELATO DE CASO ANI LOIZE ARENDT; ROBINSON MENEZES AMARAL; MARIANA VIEIRA SESTERHENN; RAFAEL NOGUEIRA RIBEIRO; WILIAM PERDOMO NUNES; RODRIGO ARGENTA; JOEL ALEX LONGHI Hospital Nossa Senhora da Conceição PORTO ALEGRE/RS MISCELÂNEA POSTER (PO) 130 JUSTIFICATIVAS E OBJETIVOS: Relatamos uma forma incomum de apresentação do aneurisma de artéria femoral superficial (AFS). Aneurisma verdadeiro isolado da AFS é incomum. Complicações como trombose, embolização distal ou ruptura podem ocorrer. MÉTODO: Paciente jovem do sexo masculino é internado pela emergência com dor súbita e abaulamento progressivo em coxa esquerda com 1 mês de evolução. Tabagista e usuário de cocaína e maconha. Negava trauma. No exame dos membros inferiores, presença de massa pulsátil em terço médio de coxa esquerda com ausência de pulsos poplíteo e distais à esquerda. Diante da suspeita de aneurisma, foram realizados exames para investigação. eco-Doppler colorido arterial evidenciava imagem cística no terço médio da coxa, surgindo a partir da artéria femoral superficial, com evidência de fluxo turbilhonado no seu interior. Realizada arteriografia que mostrava aneurisma no segmento médio da artéria femoral superficial com oclusão do vaso, artéria poplítea contrastastava por colaterais, artétia tibial posterior pérvia e oclusão das artérias fibular e tibial anterior. Submetido a cirurgia, constatouse volumoso hematoma com aneurisma roto de AFS. Foi realizada aneurismectomia de artéria femoral superficial e revascularização com safena reversa em anastomose término-terminal. Realizada investigação etiológica com ecocardiograma transesofágico, pesquisas reumatológicas, cultural e bacterioscópio que resultaram normais ou negativas. Realizado eco-Doppler arterial contralateral que evidenciou aneurisma em AFS direita no terço médio, sem evidências de outras dilatações. RESULTADOS: Aneurismas de AFS são raros e estão associados a aneurismas em outros locais em 27-69% dos casos. Tem como fatores etiológicos a sífilis, desordens imunológicas, inflamatórias e do tecido conjuntivo, ou Poster ainda, fibrodisplasia ou malignidade. O exame diagnóstico mais frequentemente utilizado é a arteriografia. Complicações como trombose, embolização distal ou ruptura podem ocorrer. O tratamento cirúrgico convencional de aneurisma periférico permanece como padrão-ouro utilizando enxerto venoso ou prótese. A colocação de stent percutâneo tem sido descrita como terapia alternativa. Outra opção terapêutica é a ligadura simples da artéria, principalmente em casos de pacientes com doença arterial oclusiva periférica compensada. CONCLUSÕES: Aneurisma de AFS roto é uma condição rara. Deve ser investigado na presença de massa pulsátil. O tratamento cirúrgico convencional é boa opção de tratamento, principalmente em jovens. PO-131 RELATO DE CASO - TRATAMENTO ENDOVASCULAR DE ANEURISMA ISOLADO DE ILÍACA ANI LOIZE ARENDT; RODRIGO ARGENTA Hospital Nossa Senhora da Conceição PORTO ALEGRE/RS MISCELÂNEA POSTER (PO) 131 JUSTIFICATIVAS E OBJETIVOS: Relatamos o tratamento endovascular de aneurisma de ilíaca em abdome hostil. Aneurisma de ilíaca na ausência de aneurisma de aorta abdominal é relativamente incomum. Tem risco de ruptura com alta mortalidade. MÉTODO: Paciente masculino de 64 anos com diagnóstico de aneurisma de ilíaca comum direita. Hipertenso, portador de fenótipo marfanóide, apresentava trauma abdominal prévio com peritoniostomia e colostomia esquerda. Realizou ainda aneurismectomia de ilíaca esquerda com interposição de prótese. Ao exame físico, apresentava pulsos distais presentes em membros inferiores. Realizou angiotomografia que demonstrou dilatação aneurismática da artéria ilíaca comum direita, a qual tem acotovelamento proximal, com trombo mural associado, e calibre máximo de até 4,0 cm. A dilatação aneurismática se estendia até a ilíaca interna homolateral, que tem calibre de 2,6 cm. Paciente foi hospitalizado e submetido a tratamento endovascular para correção de aneurisma de ilíaca comum direita com embolização de hipogástrica direita, com três molas helicoidais e correção do aneurisma com endoprótese bifurcada. Apresentou boa evolução pós-operatória e recebeu alta hospitalar no 3º dia pós-operatório. RESULTADOS: Aneurisma de ilíaca na ausência de aneurisma de aorta abdominal é relativamente incomum, representando apenas 2% de todos os aneurismas intra-abdominais. Tem alto risco de ruptura com mortalidade maior do que 80%. A cirurgia é recomendada em pacientes com diâmetro da ilíaca >3-4 cm. O tratamento cirúrgico convencional é tradicionalmente considerado o tratamento de escolha. Recentemente, a correção endovascular tem surgido como boa alternativa em pacientes com alto risco ou contra-indicação cirúrgica, mesmo que a anatomia, como a apresentada neste caso, sugira dificuldades técnicas para a instalação da endoprótese. CONCLUSÕES: O tratamento endovascular no aneurisma de artéria ilíaca é seguro e efetivo, principalmente em pacientes com alto risco ou contra-indicação à cirurgia convencional. PO-132 IMPACTO DA TÉCNICA ENDOVASCULAR NO TREINAMENTO DE RESIDENTES EM CIRURGIA VASCULAR NO HOSPITAL DAS CLÍNICAS DA FMUSP PEDRO PUECH-LEÃO; NELSON WOLOSKER; LUCIANO DIAS NASCIMENTO; ANTONIO EDUARDO ZERATI Hospital das Clínicas da FMUSP SÃO PAULO/SP MISCELÂNEA POSTER (PO) 132 JUSTIFICATIVAS E OBJETIVOS: O desenvolvimento das técnicas, materiais e equipamentos fazem com que a cirurgia endovascular seja cada dia mais frequentemente empregada. Em muitos casos tornou-se a primeira opção terapêutica, em detrimento da técnica aberta convencional. O objetivo deste estudo foi avaliar o impacto do desenvolvimento da cirurgia endovascular no treinamento da técnica aberta dos residentes de Cirurgia Vascular do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP. MÉTODO: Foram analisadas 1040 operações arteriais realizadas em 2 períodos distintos: Janeiro de 1995 a Dezembro de 1996 e Janeiro de 2006 a Dezembro de 2007. Os procedimentos, tomando por base a doença tratada, foram divididos em 5 grupos: aneurismas de aorta abdominal (AAA), doença obstrutiva aorto-ilíaca (AI), doença obstrutiva infra-inguinal (FP), doença carotídea (C) e outras (O). Considerando a técnica operatória empregada, as operações foram também divididas nos grupos cirurgia endovascular (ES) e cirurgia aberta (OS). Nós comparamos o número de operações abertas e endovasculares para cada grupo de doenças arteriais em ambos os períodos. Importante ressaltar que em ambos os períodos, Poster o número de leitos na enfermaria e de salas cirúrgicas disponíveis eram os mesmos, assim como o número de residentes em treinamento. RESULTADOS: Durante o período 2006-2007, 654 pacientes foram operados, enquanto que no intervalo 1995-1996, 386 operações arteriais foram feitas. Houve um aumento significativo (P<001) tanto no número de procedimentos realizados por via endovascular no período 2006-2007 em relação ao intervalo 1995-1996 (351 e 35, respectivamente), como na proporção representada por operações realizadas por esse método (9.1% no período 1995-1996 e 53.7% no período 2006-2007). O número total de operações feitas em 2006-2007 aumentou somente graças aos procedimentos endovasculares, já que as operações abertas sofreram um discreto decréscimo entre os 2 períodos, passando de 351 em 1995-1996 a 303 em 2006-2007. CONCLUSÕES: O aumento significativo no número de operações realizadas por técnica endovascular observado na década passada teve pouco impacto sobre o número de operações abertas praticadas no nosso centro. PO-133 CORREÇÃO ENDOVASCULAR DE ANEURISMA DE ARTÉRIA RENAL ANTONIO TRIGO ROCHA; WALTER KHEGAN KARAKHANIAN; CLAUDIO JUNDI KIMURA; GIULIANO GIOVA VOLPIANI; JEFERSON FREITAS TOREGEANE; ELIAKIN RADKE; JULIANO MAXIMIANO DAVID; LEANDRO PELEGRINI DE ALMEIDA UNIVERSIDADE ESTADUAL DO OESTE DO PARANÁ CASCAVEL/PR MISCELÂNEA POSTER (PO) 133 JUSTIFICATIVAS E OBJETIVOS: O presente trabalho objetiva discutir os principais tratamentos e suas indicações nos aneurismas de artéria renal (AAR). Os AAR constituem aproximadamente 1% de todos os aneurismas, justificando seu conhecimento e tratamento. Tendo em vista que a maioria desses aneurismas são assintomáticos, a indicação do tratamento, tanto cirúrgico como endovascular pode ser discutível. A maioria dos autores indica uma das formas de tratamento quando há sinais sugestivos de expansão, ruptura ou de erosão de estruturas vizinhas. MÉTODO: Em nosso estudo, obtivemos 3 casos: o primeiro de 48 anos, do sexo masculino, com hipertensão moderada, que apresentava dor abdominal incaracterística com irradiação para região lombar direita e AAR direitade aproximadamente 2 cm de diâmetro pela ultrassonografia. O segundo era do sexo feminino, de 75 anos, com hematúria microscópica, com dilatação aneurismática da artéria renal direita, confirmada pela angiografia. O terceiro era do sexo feminino, de 61 anos com hematúria microscópica e AAR esquerda, confirmada pelo ultrassom e tomografia computadoriza. Todos foram submetidos ao estudo angiográfico da aorta abdominal e seletivamente das artérias renais pela técnica descrita por Seldinger. No tratamento foram utilizadas as molas destacáveis de Guglielmi ou embolização com as molas não destacáveis de Gianturco-Wallace. Após alta, os pacientes foram acompanhados clinicamente. RESULTADOS: A angiografia realizada imediatamente após a embolização mostrou oclusão superior a 90% do saco aneurismático em todos os casos. Todos os sintomas prévios decorrentes do aneurisma desapareceram, inclusive a hematúria microscópica. Os exames de imagem confirmaram a trombose do saco aneurismático e os exames laboratoriais não mostraram alterações significativas renais. Os dois primeiros pacientes são acompanhados há mais de 3 anos, permanecendo assintomáticos e os seus respectivos aneurismas permanecem ocluídos; o terceiro permanece assintomático após 6 meses do procedimento. O entendimento das indicações clínicas e radiológicas favorece a melhor conduta no tratamento dos AAR, motivando esse trabalho. CONCLUSÕES: Os aneurismas saculares da artéria renal, quando sintomáticos ou maiores que 4 cm, podem ser tratados com resultados satisfatórios através da embolização com preservação do parênquima renal. Tendo em vista a baixa morbimortalidade, portadores de aneurismas renais incidentais poderiam ser submetidos a esse tratamento. PO-134 TRATAMENTO DE PACIENTE COM HEMANGIOMA CAVERNOSO EM FACE COM OXIGENOTERAPIA HIPERBÁRICA BEATRIZ CRUZ BARCELOS; EVANDRO HANNA SANT ANA; GUILHERME LEMOS PEDERÇOLE; RENATO BARBOSA NESI; KLEBER LEANDRO OLIVEIRA; ABILIO M. L. J. FRANCO; PEDRO AUGUSTO JAQUETO; DANILO GALVÃO TEIXEIRA; WAGNER HENRIQUE DELOVO; ROSEMARY A. FURLAN DANIEL UNAERP RIBEIRÃO PRETO/SP MISCELÂNEA POSTER (PO) 134 73 JUSTIFICATIVAS E OBJETIVOS: Descrição de um caso clínico de hemangioma cavernoso que evoluiu com extensa necrose de face após tratamento de alcoolização. Os hemangiomas são tumores benignos da infância, caracterizados por uma fase de crescimento rápido, com a proliferação de células endoteliais. Foram realizadas 20 sessões de oxigenoterapia hiperbárica (OHB) com tratamento coadjuvante. A OHB é uma terapia que envolve a inalação de oxigênio a 100% em ambiente fechado a uma pressão superior a o nível do mar que visa uma cicatrização mais rápida e eficiente. Este tratamento mudou a evolução da lesão evitando o desbridamento inicial, com preservação do tecido. MÉTODO: T. A. L, 4 anos, feminino, com extensa área de necrose em face direita após tratamento de hemangioma cavernoso. No 15° dia de vida foi evidenciada lesão puntiforme em lábio superior direito que evoluiu até o 1° ano, quando houve estabilização do tamanho da lesão. Entre o 8°e 12° mês a lesão foi tratada com corticóide tópico e evoluiu com ulceração da lesão, que causava sangramentos esporádicos. Foram realizados tratamentos com laser sem resultado significativo. Em 30/06/09 a lesão apresentava as seguintes medidas: 1,5 cm x 0,5 cm, tendo sido indicado o tratamento com alcoolização que foi realizado em 13/07/09 e obteve-se discreta melhora. Em 14/09/2009 foi realizada alcoolização que evoluiu com necrose em todo o lábio superior direito, com extensão delimitada pelo sulco nasogeniano com odor fétido. Devido à extensão da área de necrose foi solicitado o tratamento com OHB, que foi iniciado em 30/09/09. Ao exame a paciente apresentava extensa área de necrose em hemiface direita, delimitada pelo sulco nasogeniano, com destruição do lábio superior direito. A sessões de oxigenoterapia hiperbárica foram realizadas diariamente, em câmara monoplace, com pressurização de 2 ATA. A paciente apresentou evolução satisfatória, com diminuição acentuada da área de necrose, logo nas primeiras 10 sessões. Foram realizadas 20 sessões com excelente evolução do quadro inicial.. RESULTADOS: A terapia com OHB mostrou-se um processo válido neste tratamento, com ela houve diminuição do processo inflamatório, proliferação de fibroblastos e epitelização com aumento na produção de colágeno. CONCLUSÕES: O caso foi muito dramático por ser na face de uma criança. A OHB adjuvante mudou a evolução e permitiu retardar o desbridamento inicial com preservação de mais tecido, deste modo o quadro clínico final foi menos traumático para a criança e sua família. PO-135 ANEURISMA DE TRONCO BRAQUIOCEFÁLICO BRENNO AUGUSTO SEABRA MELLO NETTO; GIOVANA FERREIRA COMARELA DE ALM; JEANDRE PEREIRA; CLEILSON MARCHESI ALMEIDA; ANTÔNIO AUGUSTO BARBOSA MENEZES Hospital Universitário Cassiano Antônio de Moraes VILA VELHA/ES MISCELÂNEA POSTER (PO) 135 JUSTIFICATIVAS E OBJETIVOS: O aneurisma do tronco braquiocefálico é uma entidade pouco frequente. Os mecanismos patogênicos são variados e os pacientes podem cursar assintomáticos ou podem apresentar diversos quadros clínicos. O objetivo deste trabalho é a apresentação de um caso de aneurisma de tronco braquiocefálico, assintomático, e a conduta adotada em nosso serviço. MÉTODO: M. G. C. S., feminino, 46 anos, hipertensa em uso regular de captopril, deu entrada no Pronto-Socorro de um hospital da Grande Vitória com quadro de síncope. Inicialmente sem alterações ao exame físico, laboratorial e radiológico (tomografia computadorizada de crânio). Evadiu no dia seguinte, porém retornou devido novo episódio de síncope. Realizada arteriografia cerebral, a qual identificou aneurismas de tronco braquicefálico, subclávia direita (2,6 cm de diâmetro x 4,0 cm de extensão) e subclávia esquerda (2,9 cm de diâmetro x 3,0 cm de extensão). Assim, a paciente foi transferida ao serviço de Cirurgia Vascular do Hospital Universitário Cassiano Antônio de Moraes (HUCAM), onde realizou a devida avaliação pré-operatória (Angiotomografia de vasos cervicais, torácicos e abdominais; Raio X de tórax AP, Ecocardiograma, Eletrocardiograma e exames laboratoriais). O tratamento consistiu em toracotomia mediana e cervicotomia direita, com retirada do aneurisma de troncobraquicefalico e colocação de prótese de dacron de 8 mm em Y para reestabelecer o fluxo carotídeo e subclávio direitos. A paciente evoluiu sem intercorrências, tendo alta hospitalar no 7° dia pós-operatório. Encontra-se em acompanhamento ambulatorial sem intercorrências até o momento. RESULTADOS: Trata-se de um caso pouco frequente na literatura, o que nos motiva o aprofundamento e discussão do tema. CONCLUSÕES: Trata-se de um caso raro na prática médica, no qual optamos pelo tratamento cirúrgico aberto em detrimento ao tratamento endovascular, devido às características anatômicas da paciente. Mesmo a paciente sendo assintomática, tornase necessário o tratamento para prevenir possíveis complicações (ruptura, por exemplo). 74 PO-136 PSEUDOANEURISMA DE ARTÉRIA HEPÁTICA: RELATO DE CASO BRUNO VIEIRA ROSÁRIO; ROSSI MURILO SILVA; RITA PROVIETT CURY; ORLANDO BONIN SILVA; GUILHERME FARME D`AMOED; JULIANA AMARAL TINOCO; MARCELA AZZI TASSI; ROSANA SILVA PALMA; EDUARDO FÁVERO; JUAN CASTRO Hospital Municipal Souza Aguiar NITERÓI/RJ MISCELÂNEA POSTER (PO) 136 JUSTIFICATIVAS E OBJETIVOS: Os aneurismas da artéria hepática representam aproximadamente 20% dos aneurismas das artérias esplâncnicas,sendo superados apenas pelos aneurismas esplênicos. O pseudo-aneurisma da artéria hepática constitui uma doença vascular incomum e desenvolve-se principalmente como conseqüência de traumatismo abdominal fechado representando 22% dos aneurismas de artérias hepáticas publicados. MÉTODO: R. C. F. 38 anos deu entrada no Hospital Souza Aguiar com diarréia, astenia e hematoquezia. Relatava colecistectomia complicada com coleperitôneo há dois meses, sendo investigado com CPRE, a qual foi inconclusiva e apresentou difilculdades técnicas. Foi reoperado com drenagem da cavidade abdominal e da via biliar. Apresentava-se ictérico, desidratado e taquicárdico. Endoscopia digestiva alta: sangramento através da papila de Vater. Durante a internação evoluiu com hemorragia digestiva baixa profusa sendo reoperado pelo serviço de cirurgia geral e realizada ligadura de artéria hepática para tratar provável fístula desta para via biliar. No pós-operatório manteve o quadro de hemobilia, quando foi solicitada avaliação da cirurgia vascular. Realizada arteriografia, não sendo constatado sinais de extravasamento de contraste ou pseudo-aneurisma nas artérias hépaticas. Após 48 horas o paciente apresentou novo episódio de hemorragia, submetido então a nova arteriografia,na qual foi identificado um pseudo-aneurisma na hepática própria e fístula com a via biliar sendo realizada embolização com Surgicel. Evoluiu satisfatoriamente por 72 horas quando apresentou novo sangramento importante pela via biliar, sendo levado para o centro cirúrgico. Cateterizado o troco celíaco com Simmons 2 e na arteriografia apresentava uma falha de enchimento na artéria hepática própria. Realizada a introdução de oito molas de embolização nas artérias hepática própria, comum e gastroduodenal, sendo evidenciado, na arteriografia de controle, oclusão das hepáticas. Evoluiu sem novos episódios de hemorragia. No entanto, durante internação no CTI, o paciente evoluiu com pneumonia,abscesso hepático e choque séptico seguindo para o óbito 14 dias após a última embolização. RESULTADOS: Sendo o pseudo-aneurisma de artéria hepática uma patologia incomum na prática clínica, ressalta-se a importância da realização de estudos de imagem e tratamento adequados. CONCLUSÕES: A embolização da artéria hepática vem demonstrado ser uma técnica eficaz, sendo recomendável que o tratamento seja realizado em todos os casos, pois existe alto risco de sangramento. PO-137 ANEURISMA SIFILÍTICO DA ARTÉRIA ESPLÊNICA: RELATO DE CASO CESAR AUGUSTO CHERUBIM FILHO; ADRIANO CARVALHO GUIMARÃES; RICARDO HERKENHOFF MOREIRA; LUCIANO OLIVEIRA DIAS REIS Serviço de Cirurgia Vascular do Hospital NOSSO Senhor RIBEIRÃO PRETO/SP MISCELÂNEA POSTER (PO) 137 JUSTIFICATIVAS E OBJETIVOS: O aneurisma da artéria esplênica, apesar de raro, é o mais comum aneurisma das artérias viscerais. É uma entidade de etiologia variada (aterosclerose, hipertensão portal, fibrodisplasia, sífilis, pancreatite, gravidez, arterite localizada, etc), assintomático na maioria dos casos, porém passível de complicações potencialmente fatais. Com o desenvolvimento dos métodos de investigação diagnóstica tem crescido o número de aneurismas diagnosticados como achados incidentais. A maioria dos autores considerarem a abordagem cirúrgica nos pacientes sintomáticos, podendo ser ela convencional, videolaparoscopica ou em casos selecionados endovascular. MÉTODO: Descrevemos um caso de uma paciente do sexo feminino, 46 anos, tabagista, multípara, sem comorbidades ou patologias prévias. Durante a investigação de dor abdominal inespecífica foi solicitado ultrassom que demostrou massa sugestiva de aneurisma em topografia de artéria esplênica, sendo confirmado o diagnóstico por tomografia que visualizou duas dilatações (3,1x2,5 e 2,5x2,6 cm) acometendo a parte proximal da artéria esplênica. Realizado arteriografia para planejamento cirúrgico que identificou envolvimento do tronco celíaco e seguimento distal integro. Submetido a laparotomia mediana, com ligadura do tronco celíaco, da artéria hepática comum e da artéria esplênica distal, com ressecção dos dois aneurismas e preservação do baço. Evolução com dor no hipocôndrio esquerdo no pós-operatório imediato, sem outras complicações. Poster A análise anatomopatológica identificou aneurisma sifilítico. Submetido a antibióticoterapia. Acompanhamento feito até o 6 mês de pós-operatório sem complicações. RESULTADOS: Aneurismas de artéria esplênica são pouco frequentes e de etiologia variada. Apresentamos o relato de um caso raro de etiologia sifilítica. Além da etiologia rara, as características anatômicas deste aneurisma não seguem o padrão usual. Não encontramos relato de caso semelhante na literatura. CONCLUSÕES: Apesar de raro o aneurisma da artéria esplênica é uma entidade de muita importância clínica devido suas graves complicações. A investigação etiológica deve sempre ser realizada, o tratamento na maioria dos casos é cirúrgico com técnica variando conforme a existência ou não de complicações. PO-138 VARIAÇÃO DA APRESENTAÇÃO CLÍNICA DA SÍNDROME DO APRISIONAMENTO DA ARTÉRIA POPLÍTEA: RELATOS DE 02 CASOS CESAR AUGUSTO CHERUBIM FILHO; ADRIANO CARVALHO GUIMARÃES; RICARDO HERKENHOFF MOREIRA Serviço de Cirurgia Vascular do Hospital NOSSO Senhor RIBEIRÃO PRETO/SP MISCELÂNEA POSTER (PO) 138 JUSTIFICATIVAS E OBJETIVOS: A síndrome do aprisionamento da artéria poplítea (SAAP) é uma doença caracterizada pela compressão extrínseca dos vasos poplíteos, causada pelo desvio de seu trajeto anatômico habitual ou por estruturas musculotendinosas da fossa poplítea. É considerado uma das causas mais frequentes de claudicação intermitente em pacientes jovens. MÉTODO: Relatamos 02 pacientes com SAAP com classificação tipo III de Rich. Paciente 1: sexo masculino, 31 anos, com claudicação a média distância e síndrome do dedo azul em membro inferior direito e com lesão assintomática em membro inferior esquerdo. Paciente 2: sexo feminino, 36 anos, assintomática, com achado incidental de estenose grave em artéria poplítea esquerda em angiotomografia. Ambos submetidos a tratamento cirúrgico por acesso posterior e com resultados satisfatórios no seguimento pós-operatório. RESULTADOS: Apresentamos dois casos de pacientes com SAAP com as mesmas alterações anatômicas, porém com apresentações clínicas distintas, o primeiro com claudicação incapacitante e cianose, e o segundo assintomático. CONCLUSÕES: A SAAP é uma causa importante de doença arterial periférica em pacientes jovens que nem sempre se manifesta com sintomas clássicos, dificultando seu diagnóstico. Como observamos, nem sempre uma lesão grave esta associada a uma apresentação clínica exuberante. PO-139 ANEURISMA VERDADEIRO DA ARTÉRIA RADIAL: RELATO DE CASO CLAUDIO NACIF FERES; MARCOS AUGUSTO DE ARAUJO FERREIRA Hospital São Camilo SÃO PAULO/SP MISCELÂNEA POSTER (PO) 139 JUSTIFICATIVAS E OBJETIVOS: O presente estudo tem como objetivo relatar um caso de aneurisma verdadeiro de artéria radial, sua apresentação clínica e exames complementares diagnósticos. MÉTODO: Relato de caso de um paciente do sexo feminino, 47 anos, branca, apresentava há 6 meses um tumor no punho direito, de aparecimento espontâneo, com aumento progressivo, sem dor ou outra manifestação clínica. A paciente não apresentava história de traumas, infecções ou punções na região. Ao exame físico, evidenciou-se tumor pulsátil no trajeto da artéria radial direita, que média aproximadamente 1,2 cm de diâmetro. Foram solicitados eco-Doppler da artéria radial direita, arteriografia do membro superior direito e ressonância magnética de crânio. RESULTADOS: O eco-Doppler demonstrou a presença de dilatação aneurismática da artéria radial direita sugestiva de trombos. A arteriografia evidenciou imagem compatível com aneurisma trombosado no segmento distal da artéria radial direita. A ressonância magnética nuclear de crânio não apresentou anormalidades. A suspeita inicial de aneurisma da artéria radial direita foi confirmada e, diante da história clínica supracitada, definiu-se como hipótese diagnóstica aneurisma verdadeiro de artéria radial direita. A paciente foi submetida a tratamento cirúrgico, sendo realizada uma aneurismectomia com ligadura dos cotos proximal e distal da artéria radial direita, sem intercorrências. O estudo anátomo-patológico da peça cirúrgica foi compatível com aneurisma arterial verdadeiro com trombose mural da artéria radial direita. A paciente vem sendo seguida ambulatorialmente há três anos, com resultado satisfatório, sem sinais de outros aneurismas. CONCLUSÕES: O Aneurisma da artéria radial é raro e o verdadeiro é mais raro ainda. Foi realizada aneurismectomia sem reconstrução arterial. Poster PO-140 TRATAMENTO DA HIPERIDROSE AXILAR, PALMAR E PLANTAR: EXPERIÊNCIA DE 5 ANOS CLEBER FABRE; ADILSON NOVAK; CHRISTIAN CORDEIRO; DANILO GAIO; PAULO SBARAINI HospITAL NOSSA SENHORA DAS Graças e HOSPITAL Vitória CURITIBA/PR MISCELÂNEA POSTER (PO) 140 JUSTIFICATIVAS E OBJETIVOS: Comparar o grau de satisfação, antes e depois do procedimento, dos pacientes com esta patologia (CID R61.0), após serem submetidos ao tratamento com a Toxina Botulínica tipo A, Simpatectomia Torácica por Videotoracoscopia e Simpatectomia Lombar. MÉTODO: De janeiro de 2006 a março de 2011, 256 pacientes foram submetidos à simpatectomia torácica por videotoracoscopia com termoablação do tronco simpático à nível do quarto gânglio simpático, 08 pacientes (sexo feminino) submetidas a simpatectomia lombar aberta bilateral com técnica de mini-incisão (6 cm) no Hospital Milton Muricy (atual H. Vitória) e Hospital N. Sra. das Graças; 48 pacientes com hiperidrose axilar foram submetidos, em caráter ambulatorial, a aplicação de Toxina Botulínica tipo A (Dysport*) em clínica particular. RESULTADOS: Pós-operatório no controle da hiperidrose palmar/axilar, palmar e axilar: 96% destes pacientes consideraram o resultado da simpatectomia excelente e 3% consideraram o resultado bom; na simpatectomia lombar todos consideraram o resultado excelente e na aplicação da toxina botulínica todos relataram um ótimo resultado melhorando significativamente a qualidade de vida. CONCLUSÕES: A Simpatectomia Torácica propiciou excelente grau de satisfação e baixo índice de complicações com uma incidência mínima de hiperidrose compensatória comparado com os trabalhos publicados, por submetermos todos os nossos pacientes a ablação a nível de T4. A simpatectomia lombar com a técnica de mini-incisão (6 cm) é uma ótima opção para a hiperidrose plantar proporcionando uma mudança na qualidade de vida destas pacientes e para aqueles pacientes com hiperidrose axilar,que não querem ser submetidos ao procedimento cirúrgico, a toxina botulínica tipo A é uma alternativa que pode ser realizado no próprio consultório com a ressalva de que a ação desta toxina é em torno de nove meses (sete a 14 meses). Descritores: Simpatectomia; Videotoracoscopia; Hiperidrose; Toxina botulínica. PO-141 AVALIAÇÃO CLÍNICA, LABORATORIAL, ENDOSCÓPICA E ULTRASSONOGRÁFICA NO PÓS-OPERATÓRIO DO TRATAMENTO DA HIPERTENSÃO PORTAL ESQUISTOSSOMÓTICA PELA CIRURGIA DE DESCONEXÃO ÁZIGO-PORTAL CLEILSON ALMEIDA MARCHESI; JESSE RANGEL TABACHI; AUGUSTO DOS SANTOS; MARCOS M. REUTER MOTTA; MARCELO PETROCCHI CORASSA; ROVENA SCARDINI Hospital Universitário Cassiano Antônio de Moraes VITÓRIA/ES MISCELÂNEA POSTER (PO) 141 JUSTIFICATIVAS E OBJETIVOS: A esquistossomose mansônica é uma doença infecto-parasitária cuja prevalência é elevada em nosso meio. A infecção crônica, em sua forma hepato-esplênica, causa obstrução mecânica ao fluxo venoso portal e surgimento de varizes esôfagogástricas, com risco de ruptura e hemorragia digestiva, complicação potencialmente fatal. No Brasil, há preferência pela cirurgia de desconexão ázigo-portal com esplenectomia associada à escleroterapia endoscópica pós-operatória, como forma de tratamento da hipertensão portal de origem esquistossomótica. Faz-se mister, portanto, a avaliação comparativa pré e pós-operatória, com o objetivo de fornecer dados à escassa literatura a respeito da evolução a longo prazo do referido tratamento. Nosso hospital é referência para o tratamento no estado do Espírito Santo. MÉTODO: Análise retrospectiva dos prontuários de 19 pacientes portadores de esquistossomose hepatoesplênica submetidos à DAPE no Hospital Universitário Cassiano Antônio de Moraes, no período compreendido entre 01/02/2006 e 15/04/2010, e acompanhamento ambulatorial pós-operatório clínico, laboratorial, endoscópico e ultrassonográfico. Tempo mínimo de seguimento de 6 meses, seguimento médio de 34,4 meses. RESULTADOS: Nenhum dos pacientes evoluiu com insuficiência ou encefalopatia hepática. Três apresentaram ascite no pós-operatório, controlada com dieta e diuréticos. Houve melhora da anemia, leucopenia e plaquetopenia, com significância estatística. Aumento nos níveis percentuais do tempo de ação de protrombina e do RNI, diminuição paradoxal dos níveis de albumina sérica. A recidiva hemorrágica ocorreu em 21,4% dos casos. Houve redução percentual, porém não significativa do grau de varizes esôfagogástricas, com 94,7% apresentando varizes grau III ou IV no pré-operatório e 76,9% no pós-operatório. O índice de trombose portal no pós-operatório foi de 50%, sendo 33,3% com trombose 75 total e 16,7% com trombose parcial e transformação cavernomatosa. Não houve óbitos relatados. CONCLUSÕES: A cirurgia de desconexão ázigo-portal com esplenectomia, quando praticada em pacientes portadores de hipertensão portal esquistossomótica, leva à melhora da anemia, leucopenia e plaquetopenia, bem como dos níveis do TAP e RNI. Possui baixa morbimortalidade e não apresentou como complicação a encefalopatia hepática. A complementação do tratamento cirúrgico pelo controle endoscópico das varizes esofágicas propicia melhores resultados na redução do calibre e, conseqüentemente, menores índices de recidiva hemorrágica em longo prazo. PO-142 EMBOLIZAÇÃO DE PSEUDOANEURISMA POPLÍTEO CLEILSON ALMEIDA MARCHESI; ANTÔNIO AUGUSTO B. MENEZES; GIOVANA F. COMARELA DE ALMEIDA; BRENNO A. S. MELLO NETTO; JEANDRE PEREIRA; VIVIANE ALMEIDA MARCHESI Hospital Universitário Cassiano Antônio Moraes VITÓRIA/ES MISCELÂNEA POSTER (PO) 142 JUSTIFICATIVAS E OBJETIVOS: O aneurisma de artéria poplítea é o mais comum dos aneurismas periféricos, correspondendo entre 70 a 80% dos casos. Sua origem, tradicionalmente considerada como aterosclerótica, atualmente é compreendida como multifatorial. O tratamento cirúrgico convencional consiste na exclusão do aneurisma e interposição de enxerto em ponte ou na ressecção parcial ou total do aneurisma e reconstrução arterial com enxerto em continuidade. O tratamento endovascular surgiu em 1994, descrito por Marin, como uma alternativa ao reparo convencional. Desde então, poucas séries e com pequeno número de casos foram publicadas. A ruptura é uma complicação incomum, ocorrendo em 2,5 a 5,3% dos casos. O pseudoaneurisma poplíteo é uma complicação tardia e rara. MÉTODO: Sexo masculino, 73 anos, branco, hipertenso. Histórico de aneurisma de artéria poplítea esquerda corrigido por reparo convencional através de ressecção aneurismática e reconstrução arterial com enxerto em continuidade, há 15 anos, em outro hospital. Apresentou 9 anos após, tumoração pulsátil e dor intermitente em região supragenicular de membro inferior esquerdo, cuja investigação por arteriografia evidenciou pseudoaneurisma anastomótico abaixo do canal de Hunter, na topografia de anastomose distal do enxerto. Tratado por técnica endovascular com embolização de pseudoaneurisma por implante de múltiplas molas em seu interior, com oclusão total da luz do mesmo. Boa evolução pós-operatória imediata. Após 3 meses, apresentou ruptura espontânea de pseudoaneurisma e fistulização com exteriorização de molas. Submetido à intervenção cirúrgica eletiva através de incisão longitudinal e exploração de loja aneurismática, com remoção de molas e lâminas concêntricas de trombo antigo branco. Boa evolução, alta hospitalar após 2 dias de intervenção. Cicatrização total em 60 dias, atualmente assintomático. RESULTADOS: Descrever a experiência no tratamento de pseudoaneurisma de artéria poplítea pela técnica endovascular através de embolização com molas, bem como relatar a ocorrência de uma complicação rara, a ruptura tardia do pseudoaneurisma com exteriorização de molas. CONCLUSÕES: As inovações técnicas do tratamento endovascular tem mostrado sucesso na correção dos aneurismas periféricos, com a perspectiva de menores taxas de sangramento, menor tempo cirúrgico e permanência hospitalar. A exteriorização de molas para embolização é uma rara complicação, pouco descrita pela literatura. Faz necessário maiores estudos acerca do tratamento endovascular. PO-143 AS DIFERENÇAS DO ÂNGULO DO TORNOZELO DURANTE O MOVIMENTO NOS DIFERENTES GRUPOS ÉTNICOS MEDIDAS ATRAVÉS DA GONIOMETRIA C. E. Q. BELCZAK; G. CAVALHERI JR.; J. M. P. GODOY; W. HUEB; R. A. CAFFARO Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de SÃO PAULO SÃO PAULO/SP MISCELÂNEA POSTER (PO) 143 JUSTIFICATIVAS E OBJETIVOS: O objetivo deste estudo foi avaliar se há diferença do ângulo do tornozelo durante o movimento comparando-se diferentes grupos étnicos através de medidas goniométricas. MÉTODO: Um total de 288 tornozelos de 152 indivíduos foram avaliados e divididos em quatro grupos étnicos: 18 homens e 20 mulheres caucasianos (75 tornozelos), 11 homens e 26 mulheres orientais (72 tornozelos), 25 homens e 16 mulheres negros (70 tornozelos) e 19 homens e 17 mulheres mulatos (71 tornozelos). Todos os participantes tinham idade semelhante e foram examinados pelo mesmo profissional ás manhãs, através de estudo goniométrico. Para análise estatística foi utilizadas médias, desvio padrão, comparação do scores, e z-estatistica. Foi considerado 76 aceitável erro alfa de 5%. RESULTADOS: O total de média obtido de todos os grupos étnicos, considerando-se ambos os tornozelos e sexos, foi de 60.45°. A média das distintas etnias foi de 63.84° para caucasianos, 66.91° para orientais, 55.21° para negros e 55.87° para mulatos. Todos os grupos tiveram diferenças estatisticamente significativas em relação ao ângulo de movimento do tornozelo quando comparados entre si, exceto os negros e mulatos. Houve diferença estatisticamente significativa quando separadamente analizou-se as médias das medidas da goniometria do lado direito e esquerdo dos tornozelos nos homens e mulheres dos Grupos caucasianos e orientais. CONCLUSÕES: Há diferença no ângulo do tornozelo durante o movimento entre os grupos étnicos distintos, com acentuação desta característica nos negros e mulatos quando comparados a população caucasiana. PO-144 EXPLOSÃO DE ENXERTO RENAL - COMPLICAÇÃO DO TRANSPLANTE RENAL (RELATO DE CASO) DAVI DA SILVA CAZARIM; LUÍS FELIPE SILVA; ANDRÉ LUIZ FERNANDES; ANA CRISTINA OLIVEIRA MARINHO; JOSÉ LUIZ TELLES FONSECA; LUCIANA MOURA FARJOUN; ELIZABETH FIGUEIREDO SALLES; GIOVANNI MENICHELLI LUCCIO; PEDRO VAZ DUARTE; RAFAEL BELHAM STEFFAN; MÁRCIO GOMES FILIPPO; GUILHERME HELUEY CARVALHO; CAMILA MANCINI ALMEIDA; TIAGO COUTAS SOUZA; DIOGO LEITÃO GAMA HUCFF/UFRJ RIO DE JANEIRO/RJ MISCELÂNEA POSTER (PO) 144 JUSTIFICATIVAS E OBJETIVOS: A ruptura do enxerto renal é uma complicação pouco frequente, no entanto de grande importância e gravidade nos tranplantes renais pois envolve potencialmente a perda do enxerto e até óbito. Os autores relatam um caso de ruptura de enxerto renal no pós operatório imediato, a conduta utilizada e discutem os dados da literatura. MÉTODO: Paciente do sexo feminino, com 48 anos de idade, submetida a tranplante renal em setembro de 2010 de doador cadáver e tempo de isquemia de 24 horas. Evoluiu com persistência de escórias nitrogenadas elevadas e anúria, sendo intensificada a imunossupressão com corticóide e timoglobulina. No 4º dia de pós-operatório iniciou quadro de dor abdominal de forte intensidade na região do enxerto, e sangramento pelo dreno de cavidade com instabilidade hemodinâmica, sendo indicada cirurgia de urgência. Realizada laparotomia com retirada de enxerto renal. RESULTADOS: Realizada laparotomia e transplantectomia, sendo observada trombose de veia ilíaca externa à direita abaixo da anastomose com enxerto renal, sem trombose de veia renal do enxerto. Laudo histopatológico da peça cirúrgica evidenciou trombose de veia renal associada a infarto isquêmico focal, nefrite difusa e edema. CONCLUSÕES: A ruptura do enxerto renal é uma complicação do transplante renal tendo como principais etiologias a rejeição do enxerto, a necrose tubular aguda e a trombose de veia renal. No presente caso a hipótese etiológica mais provável foi a necrose tubular aguda com consequente perda do enxerto. Embora na literatura o salvamento do enxerto renal é factível, a gravidade do quadro clínico da paciente impôs a retirada do enxerto renal. PO-145 EXPERIÊNCIA INICIAL COM DISPOSITIVO PERCUTÂNEO DE OCLUSÃO ARTERIAL: RESULTADOS DE UM CENTRO DEO CEZAR CARN FONTES; PATRICK BASTOS METZGER; FERNANDA M. R. ANGELIERI; BRUNO LORENÇÃO ALMEIDA; LEANDRO CORDEIRO SOARES; EDUARDO RAFAEL NOVERO; MARCELO BUENO OLIV COLLI; EDUARDO SILVA JORD OLIVEIRA; SAMUEL MARTINS MOREIRA; NILO MITSURU IZUKAWA; ANTONIO MASSAMITSU KAMBARA; JOSÉ EDUARDO M. R. SOUSA Instituto Dante Pazzanese de Cardiologia SÃO PAULO/SP MISCELÂNEA POSTER (PO) 145 JUSTIFICATIVAS E OBJETIVOS: Procedimentos endovasculares para correção de doenças cardiovasculares representam intervenções menos invasivas comparadas às cirurgias convencionais, porém ainda não são isentos de complicações. O alto perfil dos sistemas de liberação de endopróteses e das próteses de válvula aórtica exige dissecções cirúrgicas e arteriorrafias. Tais incisões operatórias propiciam desconforto ao paciente e podem gerar complicações locais. O Perclose Proglide® (Abbott Vascular), dispositivo percutâneo de oclusão arterial, baseia-se no principio da sutura do orifício arterial com fio de polipropileno. Foi criado para oclusão de arteriotomias de até 8Fr. Sua técnica foi adaptada para utilização em orifícios de alto perfil, sendo denominada preclose. Esta técnica consiste no posicionamento de dois perclose distantes 60° a 90° entre si no acesso escolhido previamente a introdução dos sistemas de alto perfil. Este trabalho tem como Poster objetivo avaliar a segurança e eficácia do dispositivo de oclusão arterial percutânea nos procedimentos realizados em nossa instituição. MÉTODO: Trata-se de um trabalho retrospectivo, descritivo, realizado em um único centro, entre setembro/2010 e junho/2011 em que foram levantados os casos de intervenções endovasculares com fechamento do acesso arterial percutâneo. Foram avaliados o tempo de compressão aplicado e as complicações ocorridas no período até um mês após o procedimento. RESULTADOS: Foram realizados 373 procedimentos terapêuticos no período analisado. O dispositivo de fechamento percutâneo foi utilizado em 18 casos: troca de válvula aórtica e correção de aneurisma de ilíaca foram os procedimentos mais prevalentes em 55% e 16% dos casos, respectivamente. Intervenções sobre a aorta abdominal e torácica corresponderam aos demais casos. O perfil dos introdutores utilizados variou de 8 a 24 Fr. O tempo médio de compressão foi de 7 min ± 3 min. Não foi identificada nenhuma complicação que determinasse a necessidade de intervenção cirúrgica ou que trouxesse repercussões clinicas ao paciente. Ocorreram 5 complicações menores: 3 sangramentos seguidos de hematoma menores e 2 pseudo-aneurismas. Não houve necessidade de reposição sanguínea e a compressão local com o ecocolor doppler foi capaz de ocluir os pseudo-aneurismas. CONCLUSÕES: Em nossa instituição o dispositivo arterial de fechamento percutâneo representou um auxiliar seguro e eficaz para fechamento de acesso arterial vascular. PO-146 EVOLUÇÃO ANTROPOMETRICA E INTERVENÇÃO NUTRICIONAL EM PACIENTES CIRÚRGICOS COM ARTERIOPATIA CRÔNICA INTERNADOS EM UMA UNIDADE HOSPITALAR ANA PAULA LOPES LOUREIRO; ANDREIA ESTEVES DE LIMA; DIOGO TAKEMOTO; ROSANA SARMENTO BRASILEIRO; RICARDO DE SOUZA DIVINO; ULISSES UBALDO MATOSINHO MATHI; REGINA DE FARIA BITTENCOURT; CLAUDECI LOPES; ODILON PORTO DENARDIN; ARIELA M. G. AZEVEDO; FERNANDA BERTAGLIA SILVA; MARIANA ATILIO CORREA; VINICIUS PACHECO SCHWAN Hospital HeliÓpolis SÃO PAULO/SP MISCELÂNEA POSTER (PO) 146 JUSTIFICATIVAS E OBJETIVOS: Avaliar a evolução antropométrica e a intervenção nutricional em pacientes cirurgicos portadores de arteriopatias crônicas internados em hospital público. MÉTODO: Estudo retrospectivo com pacientes internados em hospital público com diagnóstico de arteriopatia crônica aterosclerótica no periodo de janeiro de 2009 a junho de 2011. Os dados antropométricos e a intervenção nutricional foram coletados das fichas de avaliação nutricional do serviço de nutrição. Comparou o estado nutricional (EN) no momento da internação (até 72 horas) com alta hospitalar expresso pela porcentagem de adequação da circunferencia do braço (%CB), da dobra cutanea triciptal (%DCT), do percentil da area muscular do braço (AMB), da necessidade calorica e proteica, da porcentagem da aceitação da dieta alimentar e do uso de suplementação. RESULTADOS: Foram incluídos na analise 180 pacientes com média de idade de 65,6±11,09 anos, a maioria do sexo masculino (62%). O tempo de internação foi em media de 18 dias. A analise de evolução antropométrica nao demostrou evolução significante no estado nutricional, sem ganho ou perda de massa magra e gorda. Segundo %CB: 60% desnutrição nos dois momentos, 33,9% vs 17,2% eutrofia, 14,4% vs 15,0% de excesso de peso. Em relação a AMB: 46,1% vs 47,2% de desnutridos e 53,9% vs 52,8% de eutróficos. A média de recomendação calorica na internação foi 28±3,65 cal/Kg de peso/dia e de proteina de 1,0±0,18g de proteina/Kg de peso/dia e na alta 35±3,78 cal/Kg de peso/dia e 1,2±0,25 g de proteina/Kg de peso/dia. O percentual de aceitação da dieta foi de 78% na internação e 76,5% na alta hospitalar. Utilizou suplemento em 21% dos pacientes logo na internação e em 60% dos pacientes após primeira semana. CONCLUSÕES: A prevalência de desnutrição na admissão foi elevada, permanecendo inalterada por ocasião da alta. Apesar da intervenção nutricional o tempo foi curto para verificar melhora do EN o qual foi mantido e evitado o agravamento mesmo com os procedimentos cirurgicos. PO-147 PÚRPURA FULMINANS: RELATO DE CASO DOUGLAS ALBERTO DO N. DIPOLD; JOÃO ANTÔNIO CORRÊA; ELIANE Y. FUJII; AGENOR JOSÉ V. COSTA; ADRIANA MARCO ANTÔNIO; BRUNA DE FINA; FERNANDA UCHIYAMA; MARCELO FRANCHINI GIUSTI; ERIKA TADEU DOBRIOGLO; SIMONE PEDROSO; MARIANA TERRA DINIZ Faculdade de Medicina do ABC SÃO PAULO/SP MISCELÂNEA POSTER (PO) 147 Poster JUSTIFICATIVAS E OBJETIVOS: A Purpura Fulminans é uma grave e rara complicação da septicemia com alta morbidade e mortalidade, com aproximadamente 40% de óbito e taxa de amputação da extremidade nos sobreviventes de 50%. Como a Purpura Fulminans é rara, relatos terapêuticos são escassos. OBJETIVO: Discutir sobre diagnóstico e terapêutica baseado em um caso clínico. MÉTODO: Relato de um caso clínico. RESULTADOS: Trata-se de paciente sexo feminino 13 anos inicialmente com isquemia crítica de membros superiores e necrose superficial de membros inferiores, internada previamente por meningite meningocócica que evoluiu com choque séptico. Apresentava necrose seca delimitada de mão e antebraço distal direito, necrose seca de 2º ,3º e 5º quirodáctilos esquerdos e capa necrótica superficial de pés e pernas até joelhos. Paciente submetida à amputação de antebraço direito e de quirodáctilos necrosados esquerdos além de vários desbridamentos de membros inferiores. Manteve internada por três meses com suporte pediátrico, psicológico intenso e acompanhamento diário da equipe vascular. Encontra-se em acompanhamento ambulatorial há 8 meses com reabilitação parcial dos movimentos da mão esquerda e cicatrização completa das lesões em pernas. CONCLUSÕES: Purpura Fulminans é um quadro de coagulação intravascular disseminada que necessita de abordagem agressiva para diminuir a incidência das graves sequelas psico-sociais trazidas pelas amputações. PO-148 LINFANGITE NECROTIZANTE EM PACIENTE DIABÉTICO EDUARDO PEREIRA SAVI; REGINALDO BOPRRÉ; ALBERTO BOPPRE FILHO; FELIPE MAMPRIM; FERNANDO WAGNER; YASMIN TOURNIER BOPPRE UNIVERSIDADE DO SUL DE SANTA CATARINA TUBARÃO/SC MISCELÂNEA POSTER (PO) 148 JUSTIFICATIVAS E OBJETIVOS: Linfangite necrotizante decorre de infecções mistas, onde se encontram os germes anaeróbios e aeróbicos associados e não raras associações fungicas. Dependendo do grau de patogenicidade e da evolução destes processos infecciosos, as linfangites podem evoluir para o sua forma mais grave, cujo quadro se caracteriza por apresentar extensas áreas de gangrena e sinais de toxemia. MÉTODO: Relatamos caso de homem 47 anos com diabete mélito tipo I, com febre alta, calafrios, cefaléia, mal-estar geral e dor na perna esquerda, foi orientado a procurar um cirurgião vascular. No exame físico pulsos femorais, poplíteo e distais presentes bilateralmente, perna esquerda com necrose intensa e extensa, envolvendo pele e tecido celular subcutâneo. Hemograma com hematócrito de 36,5 g/dl, hemoglobina de 11,6 g/dl, leucócitos 16800 mm³, bastões 2, segmentados 82, eosinófilos 0, linfócitos 12, monócitos 4, plaquetas 607000 mm³, PCR 79,4 mg/L e VHS 125 mm, creatinina 0,97 mg/dl, glicose 168 mg/dl, uréia 29 mg/dl, CPK 838 U/L, TAP 1,22, KPTT 30 segundos. Terapia com ceftriaxona 1 grama endovenoso de 8 em 8 horas, clindamicina de 600 mg endovenoso de 8 em 8 horas durante quinze dias, enoxaparina sódica 40 mg SC de 12 em 12 horas, antiinflamatório não-hormonal, analgésicos antitérmicos e desbridamento cirúrgico amplo no terceiro dia de internação, início de alprostadil ciclo alfadextrina (40 mcg diluído em 250 ml de SF EV 12/12h) no quarto dia. Foram instituídos desbridamentos cirúrgicos no 6º, 13º, 20º, 28º e 37º dia de internação. No 41º dia o paciente teve alta hospitalar, foi reinternado no 7º dia após alta para enxerto de pele tipo estampilha com pele doadora retirada da coxa e reinício de um novo ciclo de alprostadil ciclo alfadextrina (40 mcg diluído em 250 ml de SF EV 12/12h). Instituída alta hospitalar no 20º dia após o enxerto, com as lesões praticamente cicatrizadas. RESULTADOS: Trata-se de caso de linfangite eritematosa com evolução bolhosa necro-hemorrágica, que evoluiu com gangrena intensa e extensa de pele e tecido subcutâneo de toda a perna. O caso evoluiu bem com auxílio de antibioticoterapia e alprostadil ciclo alfadextrina. CONCLUSÕES: A ação vasodilatadora do alprostadil ciclo alfadextrina e antibioticoterapia de amplo espectro nos primeiros quinze dias do tratamento possibilitaram o controle da infecção, aumento da granulação após os desbridamentos e posteriormente epitelização rápida com implante dos enxertos tipo estampilha de pele retirado da coxa. PO-149 COMPLICAÇÕES OBSERVADAS EM CATETERES TOTALMENTE IMPLANTÁVEIS EM 9 ANOS EMERSON CIORLIN; CRISTIANO DUARTE PEREIRA; RENAN SOUZA CARVALHO; LETÍCIA MACEDO FILGUEIRAS; LAIS NICOLIELO; JOSE DALMO ARAÚJO FILHO; JOSE DALMO ARAÚJO INSTITUTO DE MOLÉSTIAS CARDIOVASCULARES SÃO JOSÉ DO RIO PRETO/SP MISCELÂNEA POSTER (PO) 149 77 JUSTIFICATIVAS E OBJETIVOS: Relatar as complicações dos cateteres totalmente implantáveis em nosso Serviço, observadas em estudo retrospectivo no período de janeiro de 2002 a abril de 2011. MÉTODO: Estudo retrospectivo de 146 cateteres totalmente implantáveis no período de janeiro de 2002 a abril de 2011, através de revisão dos prontuários médicos. A grande maioria dos procedimentos foi indicada para realização de quimioterapia sendo a via de acesso preferencial a veia subclávia. Foram retirados 37 cateteres neste período (25,34%). RESULTADOS: Dos 37 cateteres retirados, somente 17 foram por complicações (46%). Não foram observadas complicações cirúrgicas ou imediatas. Foram encontradas 17 (11,64%) complicações tardias ao implante (após 30 dias): 01 (0,68%) devido a mau posicionamento, 01 (0,68%) trombose venosa, 02 (1,37%) obstruções do cateter, 09 (6,16%) infecções e 04 (2,74%) outras causas. O tempo médio de utilização dos cateteres retirados foi de 697, 9 dias (60-1290). CONCLUSÕES: Encontramos em nossa estatística uma baixa taxa de complicações em relação à literatura, bem como uma durabilidade longa. Portanto, consideramos o cateter totalmente implantável um acesso seguro e eficiente possibilitando uma melhor qualidade de vida. O rigor nos métodos de preparo e implante, aliados a uma orientação incisiva para o manuseio, justifica tais resultados. PO-150 ANEURISMA DE ARTÉRIA FEMORAL SUPERFICIAL ROTO JOSUÉ R. F. CUNHA; RODOLPHO A. REIS; LUÍS F. C. BASTOS; ÉRICO O. H. BARROS; LARISSA N. VIEIRA; ÊNIO P. CARVALHO; DANILO F. FREITAS; MARCOS C. PESSOA Hospital de Base do Distrito Federal SOBRADINHO/DF MISCELÂNEA POSTER (PO) 150 JUSTIFICATIVAS E OBJETIVOS: Relato de caso de patologia pouco incidente e de gravidade extrema de manuseio cirúrgico imediatos necessário. Objetivo: Relatar caso de doença de baixa incidencia, eminentemente cirúrgica de bom prognóstico se tratada adequadamente. MÉTODO: Relato de caso. RESULTADOS: Paciente 91 anos, hipertensa, com história de dor súbita, massa pulsátil e equimose em face medial de coxa direita com 48 horas de evolução. Ausência de pulsos distais ipsilateral verificada. Submetida a exploração cirúrgica sendo observada aneurisma de artéria femoral superficial roto, seguido de aneurismectomia e revascularização de MID com boa evolução pós-operatória. CONCLUSÕES: O trabalho chama atenção para patologia rara, de manifestação aguda , principalmente como ruptura, com resultado cirúrgico excelente. PO-151 KINKING DE ARTÉRIA SUBCLÁVIA: RELATO DE CASO E REVISÃO DE LITERATURA FABIO RIBEIRO MORAES; MILTON NEVES JUNIOR; POLLYANNA BEZZERRA FLORÊNCIO; WILLIAN JOSE COSTA; EDGAR RABBONI; ALEXANDRE PETNYS; MARIA LUCIA IWASAKI; NEIVA MARICIA JACQUES; MARIA CLAUDIA FOLINO; MARILIA VOLPATO HOSPITAL DO SERVIDOR PUBLICO MUNICIPAL SÃO PAULO/SP MISCELÂNEA POSTER (PO) 151 JUSTIFICATIVAS E OBJETIVOS: A tortuosidade ou kinking da artéria subclávia (AScl) é uma doença com poucos relatos na literatura. Cha et al., num estudo retrospectivo com 253 pacientes submetidos à arteriografia coronariana transradial, encontraram uma prevalência de 10,8% de tortuosidade severa da AScl direita. Pode ser ocasionada pelo alongamento da aorta encontrada em pacientes idosos que distorce a anatomia da AScl, uma vez que sua porção ascendente não é fixa. Alguns fatores de risco estão relacionados como hipertensão arterial, sexo feminino, idosos, não tabagista, baixa estatura e elevado índice de massa corpórea. O kinking da AScl pode se manifestar como massa cervical pulsátil, principalmente durante a expiração, causar desconforto, devido à manipulação; dissecção arterial e até perfuração, durante a angiografia. A indicação de tratamento intervencionista em pacientes com sintomas é discutível, e não existem casos reportados de colocação de stents, uma vez que a maioria dos pacientes é assintomática. Objetivo: Relatar 2 casos de kinking de AScl direita e revisão de literatura. MÉTODO: CASO 1: Paciente de 69 anos, sexo feminino, HAS, não tabagista, encaminha ao serviço de cirurgia vascular do Hospital do Servidor Municipal devido a presença de massa pulsátil em região supraclavicular direita, indolor. Ao exame: pulso radial e ulnar simétricos, boa perfusão. CASO 2: Paciente de 59 anos, sexo feminino, HAS e DM, não tabagista, em investigação de linfoadenomegalia supraclavicular direita. Ao exame: massa pulsátil, indolor, com pulsos distais preservados. Foram submetidas ao US Doppler arterial que evidenciou kinking de AScl direita, sem repercussão hemodinâmica. 78 Os pacientes evoluíram de forma assintomática, sendo indicado tratamento conservador. RESULTADOS: Descrevemos 2 casos de kinking de AScl direita, manifestando-se como massa pulsátil, com evolução favorável, sendo optado por acompanhamento com US Doppler ambulatorial. CONCLUSÕES: O kinking de subclávia direita é uma deformidade vascular de ocorrência pouco freqüente e se assintomático, poderá ter tratamento conservador. PO-152 AVALIAÇÃO CLÍNICA DE 23 CASOS DE VÍTIMAS DE EVENTOS ATEROTROMBOEMBÓLICOS ASSOCIADOS COM A HIPERHOMOCISTEINEMIA FABÍOLA CUNHA MORAIS; ANA PAULA MARTINS NAZARIO; MARILIA BRANDÃO DUARTE PANICO; CARMEN LUCIA LASCASCAS PORTO; MARCIA MARIA RIBEIRO ALVES UNIVERSIDADE DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO NOVA IGUAÇU/RJ MISCELÂNEA POSTER (PO) 152 JUSTIFICATIVAS E OBJETIVOS: A hiperhomocisteinemia é um fator de risco para doença aterotromboembólica independente e deve sempre fazer parte da investigação diagnóstica. Objetivo: Apresentar a casuística de hiperhomocisteinemia em pacientes que sofreram tromboembolismo venoso (TEV) e trombose arterial. MÉTODO: Estudo retrospectivo de 328 pacientes que sofreram TEV e que são acompanhados em nosso Serviço à procura da descrição do sexo, idade na ocasião da trombose, presença de trombofilias hereditárias e adquiridas. A localização da trombose pelo ecocolor-Doppler, o tempo de evolução do evento trombótico, o número de embolia pulmonar e retromboses e o estágio evolutivo da insuficiência venosa crônica. Os dados coletados foram tabulados com auxílio de um software (Microsoft ACCESS). RESULTADOS: Encontramos 23 pacientes com elevação da homocisteína, destes 13 são portadores da mutação da MTHFR, sendo 4 homozigoses. A relação entre o sexo foi de 1:1. A raça predominou nos brancos, 52% dos casos. A trombose ocorreu em todas as faixas etárias, sendo mais frequente a partir dos 51 anos. As veias profundas do membro inferior esquerdo foram as mais comprometidas. A trombose arterial ocorreu em 2 casos, um envolvendo as artérias ilíacas comum e externa esquerda e no outro a artéria femoral direita. A associação com embolia pulmonar ocorreu em 21,7%. Quanto ao número de eventos trombóticos, 52% sofreram apenas um único episódio, 22% sofreram 2 eventos, 13% sofreram 3 eventos e 8% sofreram 4 eventos trombóticos. O tempo de evolução é de 5 a superior a 10 anos na maioria deles. Os pacientes que sofreram TVP de membros inferiores, 56% apresentam edema, 22% úlcera cicatrizada e 13% úlcera ativa. CONCLUSÕES: O TEV esteve predominantemente associado com hiperhomocisteinemia em 7% dos casos. O reconhecimento desta trombofilia previne as conseqüências clínicas dos eventos aterotromboembólicos. O tratamento é seguro e barato. PO-153 AVALIAÇÃO DAS TROMBOFILIAS EM 11 CASOS DE TROMBOSE ARTERIAL FABÍOLA CUNHA MORAIS; ANA PAULA MARTINS NAZARIO; CARMEN LUCIA LASCASCA PORTO; MARILIA DUARTE BRANDÃO PANICO; MARCIA MARIA RIBEIRO ALVES UNIVERSIDADE ESTADUAL DO RIO DE JANEIRO NOVA IGUAÇU/RJ MISCELÂNEA POSTER (PO) 153 JUSTIFICATIVAS E OBJETIVOS: Identificar e relacionar os pacientes que sofreram evento trombótico arterial com as trombofilias hereditárias e adquiridas. MÉTODO: Estudo retrospectivo de 328 prontuários de pacientes que sofreram Tromboembolismo e que são acompanhados em nosso Serviço à procura da descrição do sexo, idade na ocasião da trombose, presença de trombofilias hereditárias. Os dados coletados foram tabulados com auxílio de um software (Microsoft ACCESS). RESULTADOS: Foram identificados 11 pacientes vítimas de trombose arterial, 54 % do sexo masculino. A faixa etária predominou dos 0 aos 10 anos no sexo masculino e dos 31 aos 50 anos no sexo feminino. O acidente vascular encefálico ocorreu em 5 portadores de trombofilia hereditária: 4 crianças e uma mulher jovem. A localização predominou na área da artéria cerebral média nas crianças e nas femorais nos adultos. O tabagismo esteve associado em 18%, o diabetes mellitus em 9% e a hipertensão arterial em 27%. A trombofilia hereditária esteve presente em 7 casos: 3 meninos com deficiência de antitrombina, proteína C e S, 2 casos com deficiência isolada da proteína C, 1 caso de resistência a proteína C ativada e 1 caso de mutação no gene da protrombina. A deficiência das proteínas C e S ocorreu em, respectivamente 4 e 2 casos. A mutação no gene da protrombina foi encontrada em uma mulher de 46 anos, Poster hipertensa e dislipidêmica e associada a hiperfibrinogenemia. Dos 2 casos de resistência a proteína C ativada (RPCA), um esteve associado com elevação do fator VIII da coagulação e o outro com hiperfibrinogenemia. A hiperhomocisteinemia foi encontrada em 2 casos, sem mutação no gene da MTHFR. A síndrome antifosfolípide foi encontrada em duas mulheres. Houve 3 casos de amputação de membro inferior: uma necrose cumarínica em portadora de RPCA, um caso de descompensação aguda com evolução para necrose isquêmica e uma rejeição de enxerto após revascularização. CONCLUSÕES: O reconhecimento dos estados de hipercoagulabilidade em jovens vítimas do primeiro episódio trombótico pode evitar complicações dramáticas e irreversíveis, como o AVE e a amputação de membros. Além disso, pode orientar quanto à definição do dos fatores de risco e tratamento anticoagulante. PO-154 CATÉTERES IMPLANTÁVEIS DE LONGA PERMANÊNCIA: EXPERIÊNCIA DE SEIS ANOS NO HOSPITAL HELIÓPOLIS - SP FERNANDA BERTAGLIA SILVA; MARIANA ATTILIO F. CORRÊA; ARIELA MARIA G. AZEVEDO; VINICIUS PACHECO SCHWAN; ANDREIA ESTEVES LIMA; DIOGO TAKEMOTO; RICARDO DE SOUZA DIVINO; NELSON FERNANDES JR.; REGINA FARIA B. COSTA; ULISSES UBALDO M. MATHIAS; PAULO MATSUMURA Hospital Heliópolis SÃO PAULO/SP MISCELÂNEA POSTER (PO) 154 JUSTIFICATIVAS E OBJETIVOS: O acesso venoso adequado é importante no tratamento de várias doenças. Os cateteres implantáveis de longa permanência com reservatório são muito úteis ao oferecer ao paciente, em particular, aos portadores de neoplasia, uma via duradoura, segura, de fácil acesso, com baixo índice de complicações e que podem permitir não só a infusão de medicamentos como também coleta de amostras de sangue e eventualmente, hemotranfusões. O objetivo é demonstrar as vantagens da utilização dos cateteres de longa permanência com reservatório pela experiência de 6 anos da equipe de Cirurgia Vascular do Hospital Heliópolis. MÉTODO: Foram avaliados prospectivamente 70 pacientes submetidos a implante de cateter de longa permanência com reservatório, no período de abril/2005 a abril/2011. Os procedimentos foram realizados pela mesma equipe. Após exame clínico os pacientes foram selecionados para procedimento por punção ou dissecção venosa. Todos os pacientes foram submetidos a estudo prévio de coagulação. Os procedimentos foram realizados sob anestesia local e eventualmente sedação com midazolam. RESULTADOS: Análise de prontuário de 70 pacientes, 39 mulheres e 31 homens. A maioria das indicações para implante foram para tratamento quimioterápico, sendo o mais frequente o linfoma. Foram excluídos os pacientes com indicação para hemodiálise. A maioria dos procedimentos foram realizados através de punção, sendo preferencialmente a veia jugular o sítio de escolha. São relatadas complicações precoces e tardias, assim como o tratamento estabelecido. Os pacientes vêm sendo acompanhados ambulatoriamente para controle da perveabilidade dos dispositivos implantados e correção de complicações. CONCLUSÕES: A principal indicação do implante do cateter foi neoplasia hematológica. Na escolha do lado de implante do reservatório deve ser considerado o tipo da mesma, eventuais metástases, infiltrações loco-regionais e cicatrizes. Os pacientes toleram bem o procedimento realizado com anestesia local, necessitando nesta série apenas eventualmente a sedação. A interação entre as equipes de Oncologia e Cirurgia Vascular é importantíssima visando implante precoce nos pacientes com bom prognóstico. Deve ser discutida a necessidade de implante em pacientes com prognóstico reservado. PO-155 CORREÇÃO DE ANEURISMA DE ARTÉRIA RENAL COM OCLUSÃO POR ENDOPRÓTESE AÓRTICA FILIPE CARLOS CARON; AMILTON PEROTTI JÚNIOR; LUANA PARMINONDI ROCHA; PRIMO CLEBER; DIEGO ALMEIDA; FABIANO LUIZ ERZINGER; SOLANO CAMPOS GONÇALVES; WALTER BOIM ARAUJO; JORGE RIBAS TIMI; CARLOS NEJM JÚNIOR HORPITAL E MATERNIDADE ANGELINA CARON CURITIBA/PR MISCELÂNEA POSTER (PO) 155 JUSTIFICATIVAS E OBJETIVOS: O tratamento endovascular de pacientes com aneurisma da artéria renal vem ganhando espaço com o desenvolvimento de novas técnicas e materiais nos últimos anos. Esta modalidade de tratamento é menos invasiva e apresenta menor morbidade pós operatória. A seleção de pacientes candidatos a cirurgia endovascular deve ser criteriosa e individualizada, respeitando-se principalmente aspectos relacionados a anatomia vascular, comorbidades e risco cirúrgico. No relato a seguir será descrita uma abordagem 79 Poster inovadora de tratamento endovascular de aneurisma de artéria renal. MÉTODO: Paciente masculino, 67 anos, fez tomografia de abdome para acompanhamento de câncer de próstata que diagnosticou aneurisma de artéria renal direita com início justa aórtico, medindo 51 mm em seu maior diâmetro. Evidenciado também rim direito atrófico e rim esquerdo vicariante. A cintilografia renal com DMSA mostrou rim direito excluso. Foi optado pelo tratamento endovascular com anestesia local, utilizando endoprótese customizada com fenestra para a renal esquerda ocluindo assim o óstio da artéria renal direita. Realizado o implante da endoprótese e observado na arteriografia de controle que o óstio da artéria mesentérica superior estava parcialmente obstruído pela endoprótese. Optado por angioplastia com stent da mesma que foi realizada sem intercorrências. O paciente evoluiu bem e recebeu alta em 48 horas. RESULTADOS: O objetivo deste relato de caso foi apresentar uma técnica inovadora de tratamento de aneurisma de artéria renal, que pode ser realizada quando a exclusão do rim em questão não trará prejuízo ao paciente. CONCLUSÕES: O tratamento endovascular do aneurisma da artéria renal com oclusão do óstio da artéria renal com endoprótese fenestrada mostrou ser um método eficaz e de baixa morbimortalidade para pacientes com o rim já excluso. PO-156 PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DOS PACIENTES SUBMETIDOS A FILTRO DE VEIA CAVA INFERIOR DANILO ROCHA PAZ; THIAGO ALMEIDA BRASILEIRO; LARAH CORDEIRO KIAN; ROGÉRIO FIGUEIREDO BARROS; ROANA LACERDA T. LEITE; THIAGO CESAR S. VALE; FRANCISCO HENRIQUE P. SILVA; ROBERTO JAMACARU DE AQUINO FILHO Hospital e Maternidade São Vicente de Paulo CRATO/CE MISCELÂNEA POSTER (PO) 156 JUSTIFICATIVAS E OBJETIVOS: A interrupção da veia cava inferior foi preconizada em 1934 por Homans, para evitar a embolia pulmonar. A sua utilização como terapia foi incorporada à cirurgia vascular na década de 70, desenvolvendo-se a partir dos filtros de Mobin-Udin, Kim-ray Greenfield e hoje se dispõe de grande variedade deles com baixos perfis. Tais filtros tem a indicação absoluta: trombose venosa profunda ou embolia pulmonar associada à contraindicação para anticoagulação; tromboembolismo pulmonar recidivante apesar de anticoagulação eficaz; complicações da terapia anticoagulante; tromboembolismo pulmonar logo após embolectomia pulmonar. O paciente com indicação para interrupção mecânica através do filtro deverá se submeter à flebografia para localização e delimitação do trombo venoso e também avaliar a perviedade da veia cava inferior. O objetivo foi traçar o perfil epidemiológico dos pacientes submetidos ao Filtro de Veia Cava Inferior na instituição em que se realizou a pesquisa. MÉTODO: Foram analisados de forma retrospectiva 21 prontuários de pacientes submetidos à colocação de filtro de veia cava inferior por indicação de trombose venosa profunda, entre os anos de 2008 e 2011, na instituição em que se realizou a pesquisa. Os filtros utilizados foram os de Greenfield (4), Venatech (6), Simons (8) e G2x (3). A via de introdução foi a veia femoral em 19 casos e a veia jugular em 3 casos. O procedimento foi realizado através de punção percutânea obedecendo à técnica de Seldinger. RESULTADOS: Na análise estatística, os pacientes (85,7% do sexo feminino e 14,3% do masculino) apresentaram como indicação para o filtro a trombose venosa profunda com contraindicação para anticoagulação oral e observou-se que, dentre as faixas etárias, o predomínio ocorreu entre 61 e 80 anos (38%). As comorbidades foram neoplasia, dislipidemia, tromboembolismo pulmonar, tabagismo, sendo as mais prevalentes a hipertensão arterial sistêmica (76,8%), o diabetes (28,6%), o CA de colo de útero (23,8%) e a insuficiência renal (19%). Houve apenas um caso de hematoma no local da punção. CONCLUSÕES: O índice de complicações relacionadas à colocação do filtro de veia cava inferior foi inferior ao da maioria das séries e pode estar relacionado ao rigor técnico observado na execução da técnica endovascular. Portanto, apesar da pequena amostra, os resultados apontam para potencial eficácia e segurança da técnica de colocação de filtro de veia cava. PO-157 RELATO DE CASO - PSEUDO-ANEURISMA DE SUBCLÁVIA DIREITA TRATADO COM AGENTES EMBOLIZANTES VARIADOS GIOVANA FERREIRA COMARELA DE ALM; ANTÔNIO AUGUSTO BARBOSA DE MENE; BRENNO AUGUSTO SEABRA DE MELLO Universidade Federal do Espírito Santo VILA VELHA/ES MISCELÂNEA POSTER (PO) 157 JUSTIFICATIVAS E OBJETIVOS: Apresentar relato de caso de paciente com tumoração cervical pulsátil. Analisar aspectos de anamnese, exame físico, métodos complementares e opções terapêuticas. MÉTODO: EC, 49 anos, masculino, natural de Colatina – ES, atendido no ambulatório do Hospital Universitário Cassiano Antônio de Moraes com queixa de tumoração em região cervical de crescimento há aproximadamente 5 anos, em face lateral direita do pescoço. Ao exame físico: tumoração em região supraclavicular direita com 5 cm de diâmetro, fixa, pulsátil e com expansibilidade, ausência de sinais flogísticos. Acidente automobilístico há 07 anos sem sinais de perfuração ou fraturas em qualquer parte do corpo. Paciente sem comorbidades. Realizado exames complementares que demonstraram a presença de pseudo-aneurisma em artéria subclávia direita. Submetido a correção endovascular com preenchimento do pseudo-aneurisma com fragmentos de fio guia teflonado e molas de gianturco. Evolução pós-operatória com ausência completa de fluxo no interior do aneurisma. Serão discutidos os aspectos técnicos do procedimento. RESULTADOS: Os aneurismas de subclávia são raros, podendo ser classificados como aneurismas verdadeiros ou pseudo-aneurismas. As principais causas são: sífilis, tuberculose, necrose cística da média, arterite de Takayasu, síndrome de Marfan e traumáticas (iatrogênica, fratura de clavícula, arma branca, arma de fogo). Geralmente cursam com sintomas, como: dor, disfunção neurológica, rouquidão, insuficiência respiratória, disfagia, hemoptise, isquemia na extremidade superior e ataque isquêmico transitório. As opções terapêuticas devem ser individualizadas, passando pela cirurgia convencional, endovascular e injeção de trombina guiada por US. CONCLUSÕES: Tratamento de pseudoaneurisma de artéria subclávia direita endovascular utilizando agentes embolizantes variados. PO-158 ARTERITE DE TAKAYASU ASSOCIADA COM HIPERTENSÃO RENOVASCULAR GLAUCIA MARQUES A VIEIRA; FABÍOLA CUNHA MORAIS; ANA PAULA MARTINS NAZARIO; MARCIA MARIA RIBEIRO ALVES; CARMEN LUCIA LASCASCA PORTO; MARILIA DUARTE BRANDÃO PANICO HOSPITAL UNIVERSITÁRIO PEDRO ERNESTO MAGÉ/RJ MISCELÂNEA POSTER (PO) 158 JUSTIFICATIVAS E OBJETIVOS: INTRODUÇÃO: A arterite de Takayasu ou doença sem pulso é uma vasculite rara que envolve a aorta e seus ramos. Ela acomete preferencialmente mulheres jovens. Foi descrita primeiramente pelo oftalmologista japonês Takayasu em 1908. OBJETIVO: Relatar associação desta arterite com HAS de origem renovascular. MÉTODO: Relato de caso. Foram realizados exames de imagem para o diagnóstico de HAS (angioTC e duplex scan). RESULTADOS: Houve presença de associação de estenose da artéria renal e subclávia disgnosticadas pelo Duplex scan e angioTC. CONCLUSÕES: Duplex scan é método não-invasivo que deve ser solicitado nos casos de HAS e que deveria fazer parte de protocolo na pesquisa de pacientes com arterite de Takayasu. PO-159 UMA ALTERNATIVA PARA O TRATAMENTO DA HIPERHIDROSE PALMAR: O USO DA OXIBUTININA NELSON WOLOSKER; GUILHERME YAZBEK; PAULO KAUFFMAN; JOSE RIBAS DE CAMPOS; SAMANTHA NEVES; FABIO BISCEGLI JATENE; PEDRO PUECH-LEÃO Hospital das Clínicas da FMUSP SÃO PAULO/SP MISCELÂNEA POSTER (PO) 159 JUSTIFICATIVAS E OBJETIVOS: O Objetivo foi avaliar a eficácia e satisfação dos pacientes com o uso de oxibutinina, em baixas doses para o tratamento da hiperidrose palmar em uma grande série de pacientes. MÉTODO: De janeiro de 2007 a junho de 2009, 180 pacientes consecutivos com hiperidrose palmar foram tratados com oxibutinina. Foram coletados dados de 139 pacientes (41 pacientes com perda do seguimento). Durante a primeira semana, os pacientes receberam 2,5 mg de oxibutinina uma vez por dia, a partir do oitavo até o 42º dia, 2,5 mg duas vezes ao dia e, a partir do 43° dia até o final da 12ª semana, 5 mg duas vezes ao dia. Todos os pacientes foram submetidos a três avaliações: antes e depois do tratamento com a oxibutinina (6 e 12 semanas), utilizando um questionário clínico e um protocolo de qualidade de vida. RESULTADOS: Mais de 80% dos pacientes tiveram melhora na hiperidrose palmar. A maioria dos pacientes mostraram melhora na qualidade de vida (74,6%). Os efeitos colaterais foram bem suportáveis, sendo boca seca a mais frequente (70,5%). CONCLUSÕES: O uso da oxibutinina é uma alternativa como o primeiro passo no tratamento da hiperidrose palmar, uma vez que apresenta bons resultados e melhora a qualidade de vida. 80 PO-160 ANEURISMA VERDADEIRO DE ARTÉRIA PEDIOSA: RELATO DE CASO GUILON OTÁVIO SANTOS TENÓRIO; GUSTAVO FULTON SCHIMIT; LUIZ JOAQUIM MARINHO FILHO; FERNANDO BARBOSA TREVISAN; CARLOS JUNIOR TASHIYUKI KARIGYO; DOMINGOS MORAIS FILHO; EDUARDO DURANTE RAMIRES; JOSÉ MANOEL SILVA SILVESTRE; WANDER EDUARDO SARDINHA Universidade Estadual de Londrina LONDRINA/PR MISCELÂNEA POSTER (PO) 160 JUSTIFICATIVAS E OBJETIVOS: Aneurismas de artérias infra-poplíteas (AAIP) são uma entidade rara, comumente relacionados a origem traumática, e são na maioria dos casos, aneurismas falsos. Aneurismas verdadeiros dessas artérias, incluindo os de artéria pediosa (AAP), são extremamente raros, estando comumente relacionados a etiologia aterosclerótica. Devido à sua localização e potenciais complicações, o tratamento dos AAIP, incluindo AAP, consiste em sua remoção cirúrgica. MÉTODO: Paciente masculino, 62 anos; atendido inicialmente, pela ortopedia, com tumoração dolorosa em região dorsal de pé esquerdo, e interpretada como um cisto sinovial. Nesta ocasião, foi submetido a punção diagnóstica, que evidenciou sangue em seu interior. À primeira consulta em nosso ambulatório, relatava tumoração pulsátil em dorso do pé há 18 meses sem história de trauma local, previamente assintomática, porém associada a dor local e crescimento progressivo e acentuado nos últimos 6 meses. Ultrassom Doppler mostrou tumor de 2,02 x 1,39 cm de dimensões, fluxo arterial, assim como presença de trombo no interior. A angiografia revelou arco dorsal pérveo e anastomose comunicando com arco plantar. O paciente foi submetido a ressecção do aneurisma, com ligadura proximal e distal de artéria pediosa. O seguimento pós-operatório não revelou alterações isquêmicas em pododáctilos. RESULTADOS: A formação de aneurismas em membros inferiores é associada a traumas, malformações congênitas, degenerações na parede arterial, síndromes genéticas, infecções, entre outras causas. Os AAIP geralmente apresentam origem traumática e são caracterizados, na maioria das vezes, como pseudo-aneurismas. Embora os demais AAIP possam cursar com sintomas associados a compressão de estruturas adjacentes, pacientes com AAP queixam-se principalmente da localização inconveniente do mesmo. Mesmo com curso assintomático na maioria dos casos relatados, complicações como trombose e embolização distal foram relatadas em pacientes com AAIP. Essa condição torna necessários tanto o planejamento como cuidados específicos para o procedimento cirúrgico, incluindo a verificação por angiografia da anastomose dos arcos dorsal e plantar e a ausência de isquemia dos pododáctilos durante clampeamento arterial no ato cirúrgico. CONCLUSÕES: O aneurisma de artéria pediosa é uma afecção rara, porém a abordagem terapêutica, pelo cirurgião vascular, é mandatória e segura, uma vez que o tratamento cirúrgico é definitivo, não proporciona sequelas e evita complicações graves. PO-161 EMBOLIZAÇÃO DE ANEURISMA DE ARTÉRIA RENAL: RELATO DE CASO GUILON OTÁVIO SANTOS TENÓRIO; FERNANDO BARBOSA TREVISAN; GUSTAVO FULTON SCHIMIT; LUIZ JOAQUIM MARINHO FILHO; WANDER EDUARDO SARDINHA; DOMINGOS MORAIS FILHO; JOSÉ MANOEL SILVA SILVESTRE; EDUARDO DURANTE RAMIRES Universidade Estadual de Londrina LONDRINA/PR MISCELÂNEA POSTER (PO) 161 JUSTIFICATIVAS E OBJETIVOS: O aneurisma de artéria renal é patologia rara, atingindo incidência de até 0,1% do total dos aneurismas. Esse aneurisma podem sem intraparenquimatosos ou extraparenquimatosos, sendo a prevalência 10% e 90% respectivamente. Podem ser tratados por cirurgia convencional, interposição de enxerto, aneurismorrafia, ou por via endovascular com stents recobertos e/ ou embolizações. MÉTODO: Paciente feminino, 67 anos, hipertensa e diabética; inicialmente procurou o serviço de urologia por apresentar desconforto lombar a direita com evolução de 8 meses. Parcial de urina revelou hematúria microscópica com hemácias 2+/3+ e ultrassonografia de vias urinárias revelou cisto calcificado em topografia de pelve renal direita. Em urografia excretora, foi constatado imagem de calcificação circular em topografia de pelve renal em íntima relação com ductos coletores. Angiotomografia mostrou aneurisma de artéria renal direita em hilo renal com aproximadamente 1,8 cm. Após 3 anos, em nosso ambulatório, foi solicitado nova angiotomografia que mostrou pequeno aumento do aneurisma para 2,1 cm. Foram realizadas duas sessões de embolização, sendo que a primeira sessão não obteve trombose do aneurisma. Após a segunda sessão, controle radiológico Poster montrou oclusão do aneurisma. A paciente não teve alterações nos exames de função renal após as duas sessões e permaneceu assintomática. RESULTADOS: Mesmo apresentando índice de complicações baixo, o aneurisma de artéria renal tem risco de ruptura, e este quadro causa, quase que inevitavelmente, perda renal, pelo tempo de isquemia do tecido renal, também apresentando índice elevado de mortalidade. Outro fator importante é a dificuldade técnica para correção dos aneurismas renais, pela posição que ele guarda com o parênquima, pelve renal e origem da artéria renal da aorta. As técnicas endovasculares estão se tornando cada vez mais empregadas na intervenção destes aneurismas, porém há limitações quanto ao uso de stents revestidos devido anatomia e acometimento de bifurcações que podem comprometer a perfusão renal. A embolização por molas tornou-se uma terapia adjuvante e até principal, possibilitado a exclusão destes aneurismas com comprometimento mínimo da perfusão e função renal. CONCLUSÕES: A embolização dos aneurismas de artéria renal podem ser realizado sem comprometer a função renal, reservando essa modalidade de terapia para os casos onde há acometimento de ramos segmentares e bifurcações menores, que impossibilitam a terapia convencional e o implante de stents revestidos. PO-162 ANEURISMA DA ARTÉRIA POPLÍTEA. O FATOR LEITO DISTAL GUSTAVO CABRAL DUARTE; ROGÉRIO ABDO NESER; THIAGO ALMEIDA BARROSO; LETICIA CRISTINA D. SIQUEIRA; RENATO FANCHIOTTI COSTA; RONALDO DÁVILA; WALTER ZAVEN KARAKHANIAN; EDUARDO C. C. SANSOLO; HERNANI HIDEO BARB KOMATSU; RODRIGO ALBUQUERQU FIGUEIREDO; VALTER JUNIOR CASTELLI; WALTER KHEGAM KARAKHANIAN; ROBERTO AUGUSTO CAFFARO Santa Casa de Misericórdia de São Paulo SÃO PAULO/SP MISCELÂNEA POSTER (PO) 162 JUSTIFICATIVAS E OBJETIVOS: O aneurisma de artéria poplítea (AAP), apesar de raro (prevalência inferior a 1%), é o tipo mais comum dos aneurismas arteriais periféricos, correspondendo a 70-80% dos casos. Sua importância clínica reside no fato de ser assintomático em cerca de 40% dos pacientes, o que dificulta seu diagnóstico precoce, e pelo risco de amputação em decorrência do tromboembolismo agudo. Os AAP assintomáticos evoluem com taxa de complicações de 15-25% em um ano e de 60-75% em 5 anos, justificando o seu tratamento. Temos como objetivo avaliar a importância do leito distal como fator prognóstico na evolução, e as variáveis associadas aos pacientes submetidos a procedimentos cirúrgicos para correção do aneurisma da artéria poplítea. MÉTODO: Foram analisados retrospectivamente os prontuários de 16 pacientes, submetidos a 17 procedimentos cirúrgicos para o tratamento do AAP, no serviço de cirurgia vascular e endovascular da Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo, no período de 2003 a 2010. Obtivemos 15 pacientes do sexo masculino (93,7%) e apenas um do sexo feminino, com média etária de 67,2 anos, variando de 30 a 80 anos.Observamos a presença bilateral do aneurismas de artéria poplítea em 43,8% e associação com aneurisma de aorta abdominal em 18,7%. Utilizamos o teste Exato de Fisher e o teste t-Student, quando apropriado. Considerou-se um nível de significância de 5% (p-valor≤0,05). RESULTADOS: A importância da patência distal é determinante na evolução pós-operatória, aqueles com leito distal bom estavam presentes em todos os pacientes com aneurisma patente e em apenas 30% dos trombosados. A perviedade do enxerto em 30 dias foi de 65%, nos aneurismas trombosados foi de 50% e nos não trombosados 85,7%. Porém nos AAP trombosados com bom leito distal, obtivemos 100% de patência. Observamos que dos pacientes com leito distal bom apenas 10% foram submetidos a amputações, e os com leito distal ruim 57% foram submetidos a este procedimento. CONCLUSÕES: Pacientes com leito distal ruim obtiveram piores resultados, patência do enxerto baixa e alta taxa de amputação.Logo, devemos investir na obtenção de um bom leito distal sempre, seja através do diagnóstico e/ou indicação cirúrgica precoce ou através do uso de trombolíticos para resgate dos vasos distais. PO-163 ANÁLISE RETROSPECTIVA DE AMPUTAÇÔES MAIORES DE MEMBROS INFERIORES REALIZADAS NO HOSPITAL FEDERAL DA LAGOA ENTRE 2009 E 2010 - MORBIMORTALIDADE GERAL E COMPARATIVA ENTRE OS GRUPOS SUBMETIDOS OU NÃO À REVASCULARIZAÇÃO HELENA OLIVEIRA SANTOS; JOANA BABO LESSA CAMPOS; FELIPE DI NUBILA CHIODO; ROBERTA ANDRADE DA ROCHA; VASCO LAURIA; ATILA BRUNET DI MAIO; GERALDO ESTANISLAU MORAIS Hospital Federal da Lagoa RIO DE JANEIRO/RJ MISCELÂNEA POSTER (PO) 163 81 Poster JUSTIFICATIVAS E OBJETIVOS: O Hospital Federal da Lagoa é um dos hospitais terciários de referência no tratamento das doencas vasculares na rede federal do estado do Rio de Janeiro. Além disso, nesta unidade, encontra-se instalado o Pólo do Pé Diabético - serviço de referência secundário para onde são drenados os pacientes vindos de várias unidades de saúde da região metropolitana do Rio de Janeiro. Assim, nosso serviço apresenta um grande volume de atendimento à população, determinando um alto número de cirurgias vasculares arteriais, bem como de amputações de membros inferiores. O objetivo do presente trabalho foi fazer uma análise retrospectiva das amputações realizadas no Hospital Federal da Lagoa entre os anos de 2009 e 2010. MÉTODO: Foi realizada análise retrospectiva dos prontuários de todos os pacientes submetidos a amputações suprapatelares ou infrapatelares no Hospital Federal da Lagoa entre 2009 e 2010, perfazendo um total de 140 pacientes. RESULTADOS: Foram revisados os prontuários de 140 pacientes submetidos a amputações de membros inferiores supra ou infrapatelares naquele período, analisando a morbimortalidade geral e, posteriormente, realizada comparação desta entre grupos. Em primeira análise, os pacientes foram comparados segundo a causa que determinou a amputação do membro inferior em isquêmicos, infecciosos ou mistos. Dentre os pacientes classificados como isquêmicos ou mistos, foi feita nova comparaçâo entre aqueles submetidos a amputaçâo primária e os submetidos a revascularização previamente à amputação. No grupo submetido a algum procedimento de revascularização, seja por via endovascular ou aberta, foram analisadas as arteriografias pré-operatórias, e, então, realizada nova comparação entre os subgrupos de acordo com o TASC (TransAtlantic InterSociety Consensus). CONCLUSÕES: Devido a presença do Pólo do Pé Diabético em nosso hospital, a imensa maioria das amputações teve como indicação cirúrgica a infecção grave do membro inferior. Em nossa análise, concluimos que nosso serviço apresenta uma taxa muito reduzida de complicações pós-operatórias nas amputaçoões de membros inferiores, bem como da mortalidade geral. Além disso, foi reinforcada a importância da avaliação pré-operatória e da cautela quanto a indicação de revascularização do membro inferior de acordo com cada caso. com fístulas arteriovenosas optou-se para tratamento pela embolização através de método endovascular, com onix e histoacryl. RESULTADOS: Evidenciou-se diminuição considerável da MAV após acompanhamento de 3 meses. CONCLUSÕES: A técnica de embolização de por meio endovascular apresenta-se como uma excelente ferramenta para tratamento das malformações arteriovenosas . PO-164 COMPLICAÇÕES DA SÍNDROME DO APRISIONAMENTO DA ARTÉRIA POPLÍTEA JOSE DALMO ARAUJO; EMERSON CIORLIN; RENAN SOUZA CARVALHO; LAIS NICOLIELO; CRISTIANO DUARTE PEREIRA; LETÍCIA MACEDO FILGUEIRAS; JOSE DALMO ARAUJO INSTITUTO DE MOLÉSTIAS CARDIOVASCULARES - IMC SÃO JOSÉ DO RIO PRETO/SP MISCELÂNEA POSTER (PO) 164 PO-167 EMBOLIZAÇÃO UTERINA - SÉRIE DE CASOS JOSUE DANTAS DE MEDEIROS; GUILHERME BENJAMIN BRANDÃO PITTA; CEZAR RONALDO ALVES SILVA; GREGÓRIO LUIS GUARNIERI PANAZOLLO; ADRIANO DIONISIO D SANTOS; MARCOS ROBERTO CORREIA DA SILVA; MARINA REGUEIRA PITTA centro de medicina diagnóstica e intervencionista MACEIÓ/AL MISCELÂNEA POSTER (PO) 167 JUSTIFICATIVAS E OBJETIVOS: Relatar complicações observadas na síndrome do aprisionamento de vasos poplíteos. MÉTODO: 11 casos de complicações arteriais devidas à síndrome do aprisionamento da artéria poplítea: 7 oclusões arteriais crônicas e 4 agudas. Das crônicas 4 foram revascularizadas, 1 foi tratada clinicamente, 1 sofreu embolectomia e ligadura do aneurisma de artéria poplítea e 1 submetido à terapia celular com células tronco autógenas. Das agudas, 3 pacientes foram submetidos à fibrinólise intra-arterial e 1 submetido à embolectomia, fibrinólise e revascularização distal. Apenas em 2 pacientes foi realizada miectomia. RESULTADOS: Oclusão crônica: dos 4 revascularizados 1 evoluiu com oclusão do enxerto (mau deságue). O paciente tratado clinicamente evoluiu com melhora da claudicação. O da ligadura do aneurisma obteve má evolução com isquemia crítica do membro e foi tratado com células tronco com bom resultado; o submetido à terapia celular inicial obteve melhora das lesões. Oclusão aguda: 3 submetidos à fibrinólise evoluíram com bom resultado. O paciente submetido à embolectomia com fibrinólise também teve boa evolução. CONCLUSÕES: É fundamental o diagnóstico precoce da síndrome do aprisionamento da artéria poplítea, pois as complicações podem ser muito graves, principalmente se não tratadas com presteza. JUSTIFICATIVAS E OBJETIVOS: Este trabalho consiste no relato de 30 casos de pacientes submetidas embolização uterina devido miomatose uterina sintomática. MÉTODO: Pacientes portadoras de miomatose uterina submetida á embolização por cateterização seletiva da artéria uterina utilizando o cateter RUC e microcateres, com embosphere e micropartículas. RESULTADOS: Em 100% dos casos houve regressão do tamanho do mioma e melhora da sintomatologia. CONCLUSÕES: A embolização da artéria uterina é uma excelente alternativa para tratamento da miomatose uterina sintomática. PO-165 EMBOLIZAÇÃO DE MAV EM JOELHO JOSUE DANTAS DE MEDEIROS; GUILHERME BENJA BRANDÃO PITTA; CEZAR RONALDO ALVES SILVA; GREGÓRIO LUIS GUARNIERI PANAZOLLO; ADRIANO DIONISIO D SANTOS centro de medicina diaGnóstica e intervencionista MACEIÓ/AL MISCELÂNEA POSTER (PO) 165 JUSTIFICATIVAS E OBJETIVOS: Mulher 40 anos, com história de tumoração avermelhada no joelho direito, que apresentou crescimento após trauma, deu entrada neste serviço para tratamento. MÉTODO: Realizou-se angiografia que demostrou a presença de extensa malformação arteriovenosa na região do joelho, PO-166 EMBOLIZAÇÃO UTERINA NA EMERGÊNCIA-RELATO DE CASO JOSUE DANTAS DE MEDEIROS; GUILHERME BENJA BRANDÃO PITTA; CÉZAR RONALDO ALVES SILVA; GREGÓRIO LUIS GUARNIERI PANAZZOLO; ADRIANO DIONISIO DOS SANTOS; MARCOS ROBERTO CORREIA SILVA; MARINA REGUEIRA PITTA centro de medicina diagnóstica e intervencionista MACEIÓ/AL MISCELÂNEA POSTER (PO) 166 JUSTIFICATIVAS E OBJETIVOS: Mulher , 26 anos, no puérpério imediato, apresentando sangramento ativo via vaginal devido atonia uterina de difícil controle, evoluiu com choque hipovolêmico, acidose e anúria, devido á gravidade do quadro clínico, fora submetida á laparotomia exploradora de emergência, na qual realizou histerectomia parcial em outro serviço no interior do estado, e transferida para a UTI do HOSPITAL ARTHUR RAMOS - MACEIÓ-AL; neste momento foi solicitada a avaliação do nosso servuço. onde optamos pela embolização por via endovascular das artérias uterinas. MÉTODO: Arteriografia de controle, para evidenciar o foco de sangramento e embolização de artérias uterinas através de micropartícuças de PVA. RESULTADOS: parada completa do sangramento. CONCLUSÕES: A embolização de artérias uterinas por via endovascular constitui um importante método terapêutico disponível ao cirurgião endovascular no caso da hemorragoa uterina grave. PO-168 ENXERTO LIVRE DE PELE EM PACIENTES REVASCULARIZADOS JOSUE DANTAS DE MEDEIROS; GUILHERME BENJAMIN BRANDÃO PITTA; CEZAR RONALDO ALVES SILVA; GREGÓRIO LUIS GUARNIERI PANAZOLLO; ADRIANO DIONISIO D SANTOS; MARCOS ROBERTO CORREIA DA SILVA; MARINA REGUEIRA PITTA centro de medicina diagnóstica e intervencionista MACEIÓ/AL MISCELÂNEA POSTER (PO) 168 JUSTIFICATIVAS E OBJETIVOS: Este trabalho consiste no relato de 10 casos de pacientes que deram entrada no nosso serviço com lesões isquêmicas extensas e doença arterial oclusiva, sendo tratados com angioplastia e desbridamentos múltiplos para a limpeza das lesões e submetidos á enxertia livre de pele para aceleração do processo de cicatrização. MÉTODO: Pacientes apresentando extensas lesões isquêmicas, que após angioplastias arteriais e desbridamentos, tiveram suas feridas operatórias tratadas com enxertia livre de pele. RESULTADOS: Após 30 dias do procedimento, 8 (oito) pacientes apresentavam cicatrização completa da lesão, 1 (um) paciente necessitou de limpeza de bordas da enxertia tendo cicatrização completa após cerca de 3 meses, e 01 (um) paciente apresentou rejeição completa do enxerto, e continua realizando curativos diariamente em nosso consultório. CONCLUSÕES: A enxertia livre de pele pode ser um método eficaz para acelerar a cicatrização de feridas em portadodes de doença arterial submetidos á angioplastia. 82 PO-169 EMBOLIZAÇÃO PRÉ OPERATÓRIA DE LESÃO EXPANSIVA NA REGIÃO ANTERIOR DA COLUNA LOMBAR JOÃO M. F. TANNUS; SÉRGIO L. MELLO; FABIANO R. T. CANTO; LUCAS J. C. BUYSE; JULIANO R. T. CANTO; VINÍCIOS E. F. SILVA; RODRIGO P. GARCIA; PAULO H. V. ARAÚJO Universidade Federal de Uberlândia UBERLÂNDIA/MG MISCELÂNEA POSTER (PO) 169 JUSTIFICATIVAS E OBJETIVOS: A embolização intravascular de tumores vascularizados da coluna é um importante método terapêutico pré-operatório. O objetivo desse trabalho é mostrar um caso de embolização de tumor de coluna em que houve diminuição significativa do sangramento no perioperatório. MÉTODO: Paciente 27 anos, sexo masculino, procurou serviço de urgência referindo diminuição de força em membros inferiores nas últimas três semanas. Durante a avaliação neurológica evidenciou-se sinais de lesão neurológica incompleta com nível neurológico em L4 (Frankel C). Os exames de imagens sugeriam tumor de células gigantes (classificação Campanacci A3: tumor de células gigantes agressivo e ricamente vascularizado). Nesse período realizou-se a biópsia que se mostrou inconclusiva. O paciente foi encaminhado ao serviço de hemodinâmica que realizou a embolização das artérias lombares com micropartículas esféricas. O tumor apresentava rica rede vascular oriunda de ramos das artérias lombares. Após a embolização nova biópsia foi realizada com resultado histológico de schwanoma. A cirurgia definitiva foi realizada uma semana após a embolização, através de acesso anterior e posterior, com substituição do corpo vertebral por osso homólogo. RESULTADOS: Artrodese anterior e posterior da coluna lombar com melhora do quadro neurológico. Paciente independente para as atividades habituais, consegue deambular sem apoio. CONCLUSÕES: A cirurgia da coluna para ressecção de massa tumoral pode agravar a lesão neurológica já estabelecida. A embolização da massa tumoral ricamente vascularizada na coluna com intuito de diminuir o aporte sanguíneo e levar a um menor sangramento no perioperatório reduz a morbimortalidade relacionada ao procedimento cirúrgico da coluna. PO-170 FÍSTULA ESÔFAGO-CARÔTÍDEA APÓS INGESTÃO DE ESPINHO DE PEIXE JOÃO MANUEL TANNÚS FILHO; RUBENS AQUINO FILHO; LUCAS JERÔME CAVALINI BUYSE; JULIANO ROBERTO TAVARES CANTO; RODRIGO GARCIA PRUDÊNCIO; VINICÍUS EUSTÁQUIO FERREIRA SILVA; PAULO HENRIQUE VELOSO ARAÚJO Univerisidade Federal de Uberlândia UBERLÂNDIA/MG MISCELÂNEA POSTER (PO) 170 JUSTIFICATIVAS E OBJETIVOS: A ocorrência de corpos estranhos no trato digestivo não é rara em nosso meio, embora a maioria seja eliminada com as fezes, pode haver impactação dos mesmos na parede dos órgãos do tubo digestório, originando fístulas, abscessos e até lesões de grandes vasos. MÉTODO: Paciente 23 anos, sexo feminino, procurou serviço de urgência referindo ingestão acidental de espinho de peixe há 6 dias apresentando odinofagia e evoluindo com dois episódios de hematêmese sem repercussão hemodinâmica. Durante a avaliação apresentou hematêmese volumosa associada à taquicardia. Encaminhada para sala de emergência e solicitado endoscopia digestiva que visualizou somente resíduo hemático em estômago sem evidência de sangramento ativo, realizado estabilização hemodinâmica e nova endoscopia posteriormente. Paciente apresentou nova instabilidade hemodinâmica e repetida endoscopia revelou lesão em mucosa esofágica, tipo laceração, de aproximadamente 8 cm de diâmetro à 13 centímetros da arcada dentária superior com sinais de sangramento ativo. Encaminhada para cirurgia e solicitado avaliação da cirurgia vascular após cervicotomia longitudinal e presença de sangramento arterial ativo. Achado cirúrgico de área de necrose envolvendo esôfago e região ântero-medial da artéria carótida comum esquerda, associado à intenso processo inflamatório dos tecidos. Realizado exérese da área de necrose arterial com margens adequadas até tecido sadio e interposição de prótese de Dácron número 6 associado à esofagostomia e posicionamento de sonda nasoentérica pela equipe de cirurgia torácica. Paciente evoluiu sem intercorrências, extubada no primeiro dia pós-operatório sem apresentar complicações vasculares e recebendo alta para acompanhamento ambulatorial. RESULTADOS: Relata-se o caso de uma paciente com fístula esôfago-carotídea após ingestão de espinho de peixe, lesão rara porém relacionada à grande morbidade se não avaliada de forma adequada. CONCLUSÕES: Os corpos estranhos se fixam no esôfago geralmente abaixo do esfíncter esofágico Poster superior na saliência aórtico-brônquica encontrada em seu terço médio, a esofagoscopia flexível ou rígida permite seu diagnóstico em cerca de 90% dos casos. A fixação do corpo estranho na parede origina um processo inflamatório que evolui para necrose e formação de abscessos atingindo estruturas vizinhas. PO-171 TRATAMENTO ENDOVASCULAR DA COARCTAÇÃO DA AORTA LAURA DE ANDRADE DA ROCHA; ALDO ZAMPIERI PASSALACQUA; CAMILA LINHARES MEDEIROS; CÉSAR PRESTO CAMPOS; RODRIGO DE SOUZA MOTA; THIAGO ADRIANO GUIMARÃES; VIVIANE VERÔNICA DE FREITAS; EDWALDO EDNER JOVILIANO; CARLOS ELI PICCINATO; TAKACHI MORIYA USP- Ribeirão Preto RIBEIRÃO PRETO/SP MISCELÂNEA POSTER (PO) 171 JUSTIFICATIVAS E OBJETIVOS: A coarctação de aorta (CoAo) é uma das malformações cardiovasculares mais freqüentes, constituindo cerca de 6% a 8% das cardiopatias em geral. O tratamento cirúrgico tradicionalmente é a opção terapêutica de escolha, porém desde o início da década de 90 o uso de stents tem sido utilizado como tentativa de reduzir a morbimortalidade associada ao procedimento cirúrgico. Relatamos os casos de 3 pacientes em que o tratamento endovascular obteve bons resultados. MÉTODO: D.F.A., 40 anos, com queixas de tonturas e claudicação de membros inferiores há 1 ano, além de hipertensão em tratamento há 5 anos. Angiotomografia evidenciou estenose da aorta descendente abaixo da emergência da artéria subclávia esquerda. Realizado angioplastia com balão de 5 mm seguido de colocação de stent recoberto Advanta V12 10 mm x 38 mm (Atrium®). Gradiente pressórico após procedimento de 3 mmHg (gradiente pré operatório: 74 mmHg). J.A.N.S., 31 anos, com claudicação de membros inferiores desde a infância associado à hipertensão arterial. Há 8 anos foi submetido a correção cirúrgica de coarctação de aorta descendente (ressecção com anastomose termino-terminal). Há 2 meses iniciou com elevação dos níveis pressóricos, claudicação de membros inferiores, acompanhado de impotência sexual. Realizado angiotomografia que demonstrou restenose da aorta, logo abaixo da artéria subclávia esquerda. Optado pela correção endovascular, com uso de endoprotese Valiant 34 x 100 mm (Medtronic®) com stent livre proximal. Paciente apresentou melhora da claudicação e redução da diferença de pressão entre os membros superiores e inferiores. A.L.S, 40 anos, antecedente de hipertensão arterial de difícil controle; durante pré operatório para cirurgia de epilepsia, realizou ecocardiograma que mostrou estenose de aorta descendente, proximal ao tronco celíaco, com angiorressonância confirmando o achado. Colocado 2 stents Advanta V12 10 mm x 59 mm (Atrium®), e após angioplastia com balão de 5 mm, resultando num gradiente de pressão pós procedimento de 3 mmHg (gradiente pré operatório de 76 mmHg). RESULTADOS: O implante de stents revestidos ou endopróteses para CoA nativa ou pós cirúrgica é hoje aceito como alternativa para o tratamento cirúrgico ou aortoplastia com balão. CONCLUSÕES: Nossos resultados confirmam tratar-se de uma técnica segura e eficaz, associada a bons resultados a curto e médio prazo. PO-172 ARTERITE DE TAKAYASU EM AORTA TORÁCICA GUILHERME JONAS DA SILVA RIBEIRO; LEANDRO CORREA DE OLIVEIRA; MARCELLE SOUZA ALVES DA SILVA; LUCIO ESTEPHANO SALES COSTA; CARLA DE OLIVEIRA; MARCELO FREDERIGUE DE CASTRO; JOAO ALFREDO DE PAULA E SILVA SANTA CASA DE MISERICÓRDIA DE BELO HORIZONTE BELO HORIZONTE/MG MISCELÂNEA POSTER (PO) 172 JUSTIFICATIVAS E OBJETIVOS: INTRODUÇÃO: A arterite de Takayasu (AT) é uma doença inflamatória crônica, de causa desconhecida, que envolve artérias de grande e de médios calibres, incluindo a aorta e seus principais ramos, além de artérias pulmonares e coronárias. Na AT ocorre inflamação granulomatosa transmural que pode causar estenose, oclusão, dilatação e ou formação de aneurismas nas artérias envolvidas. A AT é uma doença rara que acomete principalmente mulheres em fase reprodutiva. Tem maior incidência em países asiáticos, o quadro clínico da AT inclui uma fase inflamatória sistêmica associada à febre e sintomas constitucionais, uma fase de inflamação vascular, e uma última fase tardia de isquemia. Entretanto, nem sempre todas as fases são observadas sequencialmente em todos os pacientes. Não há um marcador adequado para se mensurar a atividade da AT. A velocidade de hemossedimentação (VHS) e a quantificação da proteína C reativa (PCR) são utilizadas na prática clínica diária, mas nem sempre apresentam boa correlação com a atividade da doença. OBJETIVO: Apresentar um relato de caso de um paciente que apresenta arterite 83 Poster de Takayasu. MÉTODO: Relato de Caso. J. P. S., 41 anos, feminino natural de Pedro Leopoldo (MG), previamente hígida deu entrada na SCBH com quadro de AVE isquêmico em março de 2011 (hemiplegia esquerda + afasia) sendo realizada propedêutica, evidenciando pela angioressonância quadro típico de aneurisma de Aorta torácica (laudo em anexo). Realizado correção cirúrgica no dia 27/06/2011 com alta do CTI no 2º DPO, seguindo em acompanhamento com a equipe de angiologia e cirurgia vascular deste serviço. RESULTADOS: Paciente realizou correção cirúrgica, realizando pos operatório em UTI. Atualmente em acompanhamento com o serviço de angiologia e cirurgia vascular do hospital Santa Casa de BH. CONCLUSÕES: O tratamento da AT é baseado em análises observacionais e em relatos de casos. Corticosteróides e imunossupressores são amplamente utilizados na tentativa de se induzir a remissão ou de se evitar a progressão das lesões arteriais na AT. Grande parte da dificuldade em se produzir evidências para o tratamento da AT reside na falta de parâmetros confiáveis para se avaliar a atividade da doença e por esta entidade ser bastante rara, sendo muitas vezes subdiagnosticada. Estudos multicêntricos com maior número de pacientes são necessários para avaliar o melhor esquema terapêutico na AT. PO-173 CORREÇÃO DE PSEUDOANEURISMA DE VEIA SAFENA DIREITA EM PONTE AORTA-CORONÁRIA DIREITA COM STENT REVESTIDO LUCAS BOTOSSI TRINDADE; FERNANDO DAIGGI; WALMIR CANDIDO DE OLIVEIRA; ROBERTO ABDALLA FILHO; EVANDRO LIRA; GIANCARLO GONÇALVES Hospital Municipal “Dr. Mário Gatti” CAMPINAS/SP MISCELÂNEA POSTER (PO) 173 JUSTIFICATIVAS E OBJETIVOS: Discutir o diagnóstico de Pseudoaneurisma de Veia Safena. Mostrar a fisiopatologia desse evento. Elucidar uma proposta terapêutica para esse processo patológico. MÉTODO: CDB, branco, masculino, 62 anos, aposentado, natural e procedente de Pirassununga-SP. Paciente hipertenso grau II, dislipidêmico e obeso grau I (IMC=32,1 Kg/m2). Com história de IAM há 20 anos, sendo submetido à revascularização do miocárdio. Em 2002, foi submetido à Aneurismectomia por Aneurisma de Aorta abdominal infrarrenal roto. Em uso: Candesartano 10 mg ao dia, Atorvastatina 40 mg ao dia, Ácido Acetil Salicílico 100 mg ao dia. Em maio de 2010, durante rotina cardiológica, constatou-se, em Teste Ergométrico de Esforço, estresse cardíaco sugestivo de isquemia. Submetido à AngioTC de aa. coronarianas que mostrou pseudoaneurisma de veia safena direita em ponte aorta-coronária direita e estenose distal. Recebeu encaminhamento para o serviço de Cardiologia Intervencionista do Hospital Samaritano de Campinas-S. Programamos uma intervenção conjunta entre as equipes citadas. Sob anestesia geral, foi realizada punção de artéria braquial direita. Por meio da técnica de Seldinger houve liberação de Stent Viabahn® 5 mm x15 cm em veia safena direita, com controle angiográfico mostrando exclusão de Pseudoaneurisma. Posteriormente realizou-se a angioplastia distal com Stent Skylor® 2,5mmx16mm com sucesso. Paciente encontra-se em seguimento ambulatorial, assintomático, com Angiotomografia coronariana de fevereiro de 2011 confirmando a exclusão do Pseudoaneurisma e ausência de estenose distal. RESULTADOS: Riahi e cols. descreveram o aneurisma dessa veia como uma rara complicação. Essa lesão é mais comum em artéria descendente anterior esquerda. Pseudoaneurismas de veia safena são saculares e tipicamente localizados na porção proximal da anastomose, sendo relacionados com a tensão da anastomose. A ruptura dessa lesão apresenta altos índices de morbimortalidade.Somente 15% dos pacientes com pseudoaneurisma de veia safena são assintomáticos. Indivíduos brancos, masculinos e acima de 59 anos são mais acometidos. Não existe até o presente momento um tratamento específico para esse tipo de lesão. CONCLUSÕES: Esse relato mostra um pseudoaneurisma de veia safena em ponte aorto-coronária direita, topografia não habitual. O paciente não apresentava qualquer sintoma prévio à rotina cardiológica, fato incaracterístico. Optamos pela intervenção percutânea com Viabahn® por ser uma endoprótese auto-expansível flexível com diâmetros compatíveis com a necessidade. PO-174 ANEURISMA DE ARTÉRIA ISQUIÁTICA PERSISTENTE: RELATO DE CASO LUCIANA ALVES DE ARAUJO; PETERSON CAVALCANTI HOLANDA; FRANCISCO LEITE DE VASCONCELOS; LUCIANA PINHEIRO SPINELLI; JULIO CESAR OLIVEIRA NUNES; KLEBER CABRAL SILVA ALBUQUERQUE Hospital Getúlio Vargas PAULISTA/PE MISCELÂNEA POSTER (PO) 174 JUSTIFICATIVAS E OBJETIVOS: A artéria (a.) isquiática é a continuação da a. ilíaca interna no período embrionário e é principal fonte de suprimento arterial para os membros inferiores. A partir do terceiro mês de gestação, a a. femoral, continuação da a. ilíaca externa, se desenvolve e a isquiática regride dando origem, por sua vez, ao segmento proximal da a. glútea superior. A falha no desenvolvimento da a. femoral, a artéria isquiática persiste. O diagnóstico geralmente é dado quando já existem complicações. O presente trabalho relata caso de persistência da a. isquiática diagnosticado e tratado em 2009 no Hospital Getúlio Vargas (HGV) em Recife-PE. MÉTODO: Paciente do sexo masculino, 75 anos de idade, procurou a emergência do HGV com queixa de dor intensa em membro inferior direito de início espontâneo em quadril com irradiação para face posterior da coxa associada à tumoração em região glútea direita que surgiu há 06 meses do internamento. Paciente negada história de trauma local. Negava diabetes mellitus e tabagismo e relatava hipertensão arterial. Ao exame físico apresentava tumoração pulsátil em região glútea direita dolorosa a palpação provavelmente pela compressão do nervo isquiático. Na avaliação dos pulsos, à direita pulso femoral normal, poplíteo com amplitude reduzida e tibiais anterior e posterior ausentes. À esquerda, todos os pulsos estavam presentes, porém tibiais anterior e posterior tinham amplitude reduzida. Foi realizada angiografia por punção percutânea retrógrada da a. femoral comum esquerda e cateterismo seletivo da a. ilíaca comum direita. Constatou-se hipoplasia da a. femoral superficial direita, presença de a. isquiática persistente à direita, que se projetava pela coxa até se comunicar com a. poplítea, com aneurisma fusiforme em porção proximal medindo cerca de 7 centímetros em seu maior diâmetro luminal. Artéria poplítea direita era ocluída abaixo do joelho. RESULTADOS: O paciente foi submetido cirurgia, com confecção de ponte da a. femoral comum direita para terço médio da a. isquiática persistente e ligadura dos colos proximal e distal do aneurisma da a. isquiática. Procedimento realizado sem intercorrências e paciente com boa evolução no pós-operatório. CONCLUSÕES: A a. isquiática persistente é malformação congênita rara com incidência de 0,01 a 0,05% da população, dos quais 12% dos casos é bilateral. Em até 44% dos casos de a. isquiática persistente desenvolve-se aneurisma, isso porque localiza-se em região sujeita a traumas, por isso é importante identificar e tratar casos suspeitos. PO-175 ANEURISMA ANASTOMÓTICO DE ARTÉRIA FEMORAL COMUM RELATO DE CASO VANIA MARIA LIMA; LUIZ MAURICIO GRANDI; JULIANA MARIA TENORIO JUCA SA; ANDRE LUIS BARROS DE SOUZA; GUSTAVO AURÉLIO BASSO; ADRIANO PASTORELI MACHADO DE LIMA; ANA BEATRIZ BARBOSA CAVALCA; EDUARDO ALVES BRIGIDIO; JANIO HENRIQUE SEGREGIO; AMIR NOSSAR FILHO; CARLOS HENRIQUE DE ANDRADE CASTRO; APARECIDO CICERO TODESCHINI; SILVANA TORRES PEREZ; EDUARDO DE LACERDA BIONDI CONJUNTO HOSPITAR DO MANDAQUI (CHM) SÃO PAULO/SP MISCELÂNEA POSTER (PO) 175 JUSTIFICATIVAS E OBJETIVOS: Os aneurismas anastomóticos são complicações descritas após revascularização dos MMII, sendo a mais comum após revascularização com uso de prótese em artéria femoral. A incidência varia de 3 a 24%, tendo como principais fatores de risco envolvidos: fio de sutura utilizado, estresse na linha de sutura, desproporção artéria receptora - enxerto, localização da anastomose, infecção, falha técnica e comorbidades. Quanto à apresentação clínica, podem apresentar-se desde assintomáticos até ruptura com risco de perda do membro. Aneurismas anastomóticos de enxertos venosos são incomuns, sendo encontrados poucos casos descritos na literatura. Neste caso relatamos a ocorrência de um aneurisma anastomótico de artéria femoral comum após revascularização femoro-poplítea de surgimento tardio. MÉTODO: Paciente J.A.P., masculino, 79 anos, diabético, hipertenso e tabagista, com queixa de dor em repouso em ambos MMII e lesão trófica em pé D há 3 meses. Antecedente de revascularização do MID (derivação fêmoro-poplítea infragenicular com safena) há 20 anos. Ao exame, presença de abaulamento pulsátil em topografia de artéria femoral comum e de surgimento há 18 meses, assintomático. Negava trauma na região. Realizou arteriografia que apresentava dilatação aneurismática sacular com cerca de 3,5 cm de diâmetro em artéria femoral comum e com obstrução à montante e reechimento de artéria fibular distal por colaterais. MID com oclusão de artéria femoral superficial, com pobre vascularização da perna e pé. Pesquisa de outros sítios aneurismáticos negativa. Devido ao risco de ruptura aneurismática, optou-se primeiramente por abordagem do MIE com exploração vascular que identificou dilatação aneurismática sacular de artéria femoral comum préanastomótica, com enxerto venoso trombosado. Realizado exérese de segmento arterial contendo o aneurisma, profundoplastia e derivação ilíaca externa-femoral profunda com prótese de DACRON. Paciente evolui bem no pós-operatório 84 com perviedade do enxerto. No 7º P.O. é submetido a amputação transfemoral direita. Recebeu alta após dois dias e retornou ao ambulatório no 90º P.O. sem queixas, pulsos globalmente palpáveis e com boa cicatrização. RESULTADOS: Devido a raridade da patologia e aos poucos casos descritos na literatura nos motivaram a relatar o caso em questão. CONCLUSÕES: Aneurismas anastomóticos são possíveis complicações após revascularização de membros inferiores nas quais o cirurgião deve ter conhecimento dos fatores de risco envolvidos para minimizar a sua incidência. PO-176 ANEURISMA GIGANTE DE ARTÉRIA FEMORAL SUPERFICIAL MARCELO FALCO OLIVEIRA; RITA PERES SANCHES; RONALDO ADRIANO LOPES; JANE ERLI FERREIRA; JOSE RONALDO STELUTTI; MARCELLO AZEM BUCHDID INCOR RIO PRETO SÃO JOSÉ DO RIO PRETO/SP MISCELÂNEA POSTER (PO) 176 JUSTIFICATIVAS E OBJETIVOS: Os aneurismas da artéria femoral superficial são raros e geralmente ateroscleróticos. Suas complicações são ruptura (33%), trombose e isquemia do membro (19%). O tratamento cirúrgico é recomendado em todos os aneurismas que apresentem complicações ou para os assintomáticos com 2,5 cm ou mais de diâmetro. Objetivos: Relatar um caso de aneurisma de artéria femoral superficial isolado de 8,0 cm de diâmetro assintomático. MÉTODO: V.F., sexo masculino, 71 anos, com quadro clínico apresentando uma massa pulsátil em terço médio de coxa esquerda há 5 anos. Vinha em acompanhamento até 2006, e o mesmo não retornou ao consultório. No exame clínico o paciente não relatava claudicação, trauma, dor local. Ao exame físico apresentava além da massa pulsátil, todos os pulsos distais ao aneurisma presentes (poplíteo, dorsal do pé e tibial posterior). Antecedentes pessoais incluem paciente com marcapasso, fração de ejeção de 30%, renal crônico não dialítico, diabético, hipertenso, dislipidêmico, obeso e sedentário. Realizado eco-Doppler color visualizando aneurisma fusiforme de artéria femoral superficial de 7,5 cm de diâmetro máximo, e angiotomografia multi slice 64 canais, visualizando um aneurisma fusiforme de 8,0 cm. Foi realizado aneurismectomia e anastomose termino-terminal com PTFE 8 anelado e prolene 6-0. RESULTADOS: O paciente evoluiu em excelente estado geral, realizado o pós-operatório imediato na unidade de terapia intensiva e alta hospitalar após 3 dias de enfermaria (4º PO). CONCLUSÕES: É mandatório pesquisar outros sítios de aneurisma. O caso é interessante pela raridade e pelo tamanho do aneurisma sem sinais de ruptura no intra-operatório. O tratamento cirúrgico do aneurisma de artéria femoral superficial é relativamente simples, devendo ser indicado após diagnóstico. PO-177 TRATAMENTO ENDOVASCULAR DE ANEURISMA DA ARTÉRIA POPLÍTEA. RELATO DE 2 CASOS MARCELO JOSÉ DE ALMEIDA; LUDVIG HAFNER; AMAURI PORTO NUNES; JOSÉ BITU MORENO; MARÍLIA FREJUELO; PATRÍCIA UCHÔA; ARTHUR BORANELLI; BRUNO BERNARDO; DOUGLAS TSUNEMI Faculdade de Medicina de Marília MARÍLIA/SP MISCELÂNEA POSTER (PO) 177 JUSTIFICATIVAS E OBJETIVOS: O tratamento endovascular com uso de Stents revestidos para o aneurisma da artéria poplítea vem sendo empregado como alternativa ao tratamento com cirurgia convencional em ponte. Neste trabalho são relatados dois casos que foram submetidos ao tratamento endovascular do aneurisma da artéria poplítea. MÉTODO: 2 pacientes, gênero masculino, com idades de 79 e 68 anos foram submetidos ao tratamento endovascular de aneurisma da artéria poplítea não trombosado. No primeiro caso foi tratado o membro inferior direito e no segundo o membro inferior esquerdo com implante de endopróteses revestidas Viahban (GoreR) de forma a excluir completamente o aneurisma. Foram utilizadas anestesia local, monitoração com anestesista, e punção descendente da artéria femoral comum com passagem de guia hidrofílica que foi trocada por guia rígida 0,035 (Stiff/BostonR) seguida do implante das endopróteses. Foram realizadas angiografias de controle após o término do procedimento demonstrando boa patência das próteses e ausência de vazamentos. RESULTADOS: Em ambos os casos o resultado imediato foi bom, com exclusão completa do aneurisma e presença de pulsos nos pés. No primeiro caso o seguimento de 36 meses, utilizando dúplex, demonstra bom fluxo na endoprótese e nas artérias proximais e distais, trombose do aneurisma e ausência de vazamentos. No segundo caso, houve trombose completa da endoprótese após 90 dias de pósoperatório, devido a agachamento realizado por período de 10 minutos durante Poster atividade de pesca. Houve necessidade de exploração, abertura do aneurisma, passagem de cateter de embolectomia proximal e distal a este e exclusão do aneurisma com ponte fêmoro-poplítea utilizando veia safena inversa ex-situ. Houve bom resultado imediato e de seguimento após 24 meses. CONCLUSÕES: No primeiro paciente, mais idoso, com limitações de movimento no joelho devido à artrose e atividade física limitada, o tratamento endovascular parece ser opção aceitável de tratamento. Para o segundo paciente, mais jovem, que apresentava movimentação normal de flexão e extensão do joelho, mesmo após orientações de evitar a movimentação da perna, a realização de atividade física com flexão exagerada da perna provocou trombose da endoprótese, desta forma, para este paciente, o tratamento endovascular não foi boa opção em razão do custo e do resultado ruim. Análise criteriosa com casuística expressiva deverá ser utilizada para verificar a possibilidade do uso deste método para casos selecionados. PO-178 ANÁLISE DOS FATORES DE RISCO E DO USO DE PROFILAXIA PARA TROMBOEMBOLISMO VENOSO EM HOSPITAL DE ATENÇÃO TERCIÁRIA EM SÃO LUIS (MA) EM 2011 ABRAÃO COELHO G. JÚNIOR; RODRIGO ARTUR SOUZA DE OLIVEIRA; DANILO TRAVASSOS MARTINS; DANIEL COUTO GUIMARÃES; LEONARDO OLIVEIRA PEREIRA; ALLAN FONTENELE ESTRELA; CAMILA CARVALHO DE S. A. MATOS; PEDRO LUCAS DOS S. G. F. SILVA; LUIZ EDUARDO ALVES SIMÕES; SEBASTIÃO B. DE BRITO FILHO; KELSTON PAULO FELICE DE SALES Universidade Federal do Maranhão SÃO LUÍS/MA MISCELÂNEA POSTER (PO) 178 JUSTIFICATIVAS E OBJETIVOS: Avaliar a presença de fatores de risco para o desenvolvimento de Tromboembolismo Venoso (TEV) em pacientes clínicos em nosso serviço e o uso de profilaxia quando indicado, bem como a adequação da profilaxia quando presente afim de melhorar a qualidade do atendimento e prognóstico dos pacientes de risco. MÉTODO: Foi realizado um estudo observacional transversal, no qual foram recolhidos dados dos pacientes internados no setor de Clínica Médica de um Hospital de atenção terciária em São Luís - MA, utilizando-se uma ficha padronizada e pré-elaborada para coleta de dados a partir dos prontuário dos pacientes. Foram avaliados os fatores de risco, a presença de profilaxia para TEV e sua adequação, de acordo com as informações contidas na “Diretriz Brasileira de Profilaxia de TEV no Paciente Clínico Internado” (2005). RESULTADOS: Foram avaliados 79 pacientes. Os fatores de risco mais encontrados foram: idade ≥55 anos (53%), paralisia ou paresia de MMII (19%), obesidade (13,9%) e ICC descompensada (11,3%). Dos pacientes avaliados, 47 (59,5%) apresentavam indicação de profilaxia. Destes, apenas 32 (68,1%) faziam uso de profilaxia, enquanto os outros 15 (31,9%) não receberam nenhum tipo de profilaxia. Dos pacientes com medidas profiláticas, 20 (62,5%) pacientes não as receberam de modo adequado. CONCLUSÕES: Fatores de risco foram frequentes nos pacientes estudados. Entretanto, a profilaxia de TEV ainda é subutilizada e, quando presente, inadequada em sua maioria. PO-179 BYPASS AXILO-FEMORAL MODIFICADO PARA TRATAMENTO DE LESÕES INFECTADAS DA AORTA ABDOMINAL RICARDO CESAR ROCHA MOREIRA; MÁRCIO MIYAMOTTO; BARBARA D. AGNOLUZZ MOREIRA; FLÁVIA RAMOS TRISTÃO; JOICE CRISTINA DALTOÉ INGLEZ; BRUNO MORAES RIBAS; FERNANDA ZANDAVALLI RAMOS; MARCOS ROBERTO LIKES MISCHIATT; ROGÉRIO LAGO FRANCO; IZARA CASTRO SOUZA Serviço de CirURGIA Vascular Dr. Elias Abrão - Curitiba CURITIBA/PR MISCELÂNEA POSTER (PO) 179 JUSTIFICATIVAS E OBJETIVOS: Relatar uma nova técnica de derivação extraanatômica para tratamento de lesões infectadas da aorta infrarrenal. MÉTODO: Três pacientes foram submetidos a derivação modificada axilo-femoral descritos a seguir. O primeiro paciente possuía aneurisma da aorta infrarrenal resultante de erosão na parede posterior da aorta secundária a tuberculose da coluna lombar. O segundo paciente foi encaminhado por outro hospital com hemorragia maciça GI, seis semanas após o reparo de AAA com um enxerto tubular. O terceiro paciente possuía um AAA infrarrenal infectado com Salmonella sp. Descrição da técnica: Com o paciente colocado em posição supina, o tronco inteiro e os membros inferiores são preparados e draped. Um bypass axilo-femoral é realizado usando um enxerto de PTFE de oito ou 10 mm . As incisões axilar e femoral são fechadas e após é realizada uma laparotomia xifo-púbica. Ambas as artérias ilíacas comuns e externas são dissecadas. As artérias ilíacas comuns são seccionadas distalmente Poster à bifurcação da aorta, mobilizadas em direção à linha média e uma anastomose término-terminal é confeccionada. O fluxo para o membro inferior contralateral à derivação axilo-femoral é re-estabelecido através das artérias ilíacas comuns. Após a conclusão da derivação extra-anatômica de revascularização de ambos os membros inferiores e pelve, a lesão da aorta infectada é tratada. RESULTADOS: Os dois pacientes eletivos estão em seguimento por 55 meses e 28 meses, respectivamente. Ambos têm as derivações patentes. O paciente com a fístula aorto-entérica morreu no período pós-operatório imediato. CONCLUSÕES: O bypass modificado axillofemoral com anastomose ilíaca-ilíaca demonstrou ser uma técnica útil em lesões infectadas da aorta nas quais a reconstrução aórtica direta deve ser evitada. PO-180 PSEUDOANEURISMA MICÓTICO DA ARTÉRIA FEMORAL SUPERFICIAL INDUZIDO POR SALMONELLA SP: RELATO DE CASO MARCUS VINICIUS MARTINS CURY; MAYSA HEINECK CAMPOS; DIOGO P. SANTOS; ANTÔNIO A. T. ISSA Hospital Santa Cecília SÃO PAULO/SP MISCELÂNEA POSTER (PO) 180 JUSTIFICATIVAS E OBJETIVOS: Pseudoaneurismas micóticos ocorrem por invasão da artéria por um agente infeccioso, determinando ruptura de sua parede. Tradicionalmente o tratamento desta condição envolve a realização de um enxerto, seguido pela ligadura da artéria comprometida. O emprego de stents revestidos tem sido descrito no tratamento destes pacientes, porém ainda há discussão principalmente quanto às complicações tardias e o risco de infecção do material protético. Por outro lado, o uso de veias como substituto arterial já foi consagrado. Descrevemos a realização de enxerto com veia safena magna em trajeto extra-anatômico para tratamento com sucesso de pseudoaneurisma micótico da artéria femoral superficial induzido por Salmonella sp. MÉTODO: Não se aplica - Relato de caso. RESULTADOS: Não se aplica - Relato de caso. CONCLUSÕES: Demonstramos um caso de revascularização com sucesso, utilizando veia safena magna em trajeto extra-anatômico. O uso de material autógeno associa-se a bons resultados de perviedade e diminuição do risco de infecção. PO-181 PSEUDOANEURISMA DE ARTERIA AXILAR APÓS CIRURGIA ORTOPÉDICA DE OMBRO-RELATO DE CASO VIVIANE AUGUSTO PEREIRA; AGENOR JOSE VASCONCELO COSTA; MARIANA TERRA DINIZ; JOÃO ANTONIO CORREA; SIMONE PEDROSO; MARCELO GIUSTI; ERIKA TADEU DOBRIOGLO; BRUNA DEFINA; FERNANDA UCHIYAMA; ADRIANA MARCO ANTONIO; DOUGLAS ALBERTO DIPOLD FMABC SANTO ANDRÉ/SP MISCELÂNEA POSTER (PO) 181 JUSTIFICATIVAS E OBJETIVOS: Pseudoaneurismas resultam da atuação de mecanismos variáveis, infecção, trauma ou procedimentos cirúrgicos junto a parede arterial. Falsos aneurismas de artéria axilar são raros, em geral, relacionados com procedimentos de canulação arterial para diagnóstico ou terapêutica, traumas e cirurgias ortopédicas. MÉTODO: Discutir os achados clínicos, de imagens e cirúrgicos de pseudoaneurismas de artéria axillar associado com manifestações neurológicas e de hipertensão venosa. RESULTADOS: MSB, 45 anos, com abaulamento em região axillar esquerda há 3 anos, com crescimento progressivo, associado a dor, edema e paresia do membro. Ao exame físico apresentava aumento do volume de todo o membro, abaulamento pulsátil em região axilar. À hiperextensão do braço relatava parestesia do membro. Presença de pulsos distais 4+/4. Ao Doppler apresentava imagem de pseudoaneurisma em artéria axilar e ectasia de artéria subclávia confirmado pela angiotomografia. Na arteriografia apresentava pseudoaneurisma em artéria axilar, intensa congestão venosa (interrogado presença de FAV), compressão venosa da veia axilar. Demais artérias de encontravam-se sem alterações. O tratamento foi realizado com enxerto subclvia axillar com veia safena magna invertida, sendo a subclávia acessada supraclavicular, local onde foi realizada a anastomose proximal. Realizou-se incisão infraclavicular extendendo-se para região axilar para abordagem de artéria subclávia ectasiada e para ligadura da mesma e acesso para o pseudoaneurisma. Após controle proximal e distal, realizada abertura do pseudoaneurisma para visualização de provável fistula arteriovenosa a qual não foi confirmada. Realizada anastomose em artéria axilar distal ao pseudoaneurisma onde a artéria encontrava-se com calibre normal. Após a cirurgia a paciente mantinha pulsos distais, com queixa de discreta parestesia do membro, com recuperação completa no retorno precoce. CONCLUSÕES: A correção cirúrgica do falso aneurisma no terço distal de artéria axilar esquerda com interposição de veia safena reversa, obteve a resolução dos sintomas e o 85 controle ultrasonográfico Doppler evidenciou melhora dos sinais de congestão venosa. Conclusão: 1. Abordagem cirúrgica com interposição de veia safena para falsos aneurisma de artéria subclávia é um procedimento seguro e eficaz. 2. O efeito compressivo desses aneurismas sobre o plexo venoso, pode mimetizar o padrão de fístula arteriovenosa, ás vezes, só descartado no intraoperatório. PO-182 ANÁLISE COMPARATIVA DA MORTALIDADE EM PACIENTES SUBMETIDOS A AMPUTAÇÕES MAIORES E MENORES OTACILIO CAMARGO JUNIOR; GUILHERME ABREU; STEFANO ATIQUE GABRIEL; VINICIUS FERREIRA SILVA; FABIENE CUTRIM OHKI; TALITA TAVARES FERREIR Pontifícia Universidade Católica de Campinas CAMPINAS/SP MISCELÂNEA POSTER (PO) 182 JUSTIFICATIVAS E OBJETIVOS: JUSTIFICATIVA/OBJETIVOS: Amputações de membros inferiores constituem procedimentos cirúrgicos relacionados a elevada morbidade e mortalidade. Os principais fatores de risco para amputações não traumáticas de membros inferiores são: pé diabético e insuficiência arterial. O objetivo deste trabalho consiste em comparar a mortalidade dos pacientes submetidos a amputações maiores e menores em membros inferiores no Hospital e Maternidade Celso Pierro (PUC – CAMPINAS). MÉTODO: Análise retrospectiva de 96 prontuários médicos durante período de 2009 e 2010. Divisão dos pacientes em 2 grupos: grupo 1 – amputação maior (suprapatelar e infrapatelar); grupo 2 – amputação menor (transtársica, transmetatársica, amputação de pododáctilos). Critérios de inclusão: pacientes submetidos a amputação de membros inferiores por insuficiência arterial, pé diabético e infecção. Critério de exclusão: amputação de origem traumática. RESULTADOS: 62 homens e 34 mulheres. Média de Idade: 73 anos. 90.7% diabéticos; 88.6% hipertensos e 8% renais crônicos dialíticos. Foram realizados 142 procedimentos de amputação durante as internações hospitalares. 29.5% (42) de amputações maiores (64.2% de amputações suprapatelares e 35.8% de infrapatelares) e 70.5% (100) de amputações menores (2% de amputações transtársicas, 9% de transmetatársicas e 89% de artelhos). Mortalidade dos pacientes amputados: 22.9% (22). Mortalidade de 81.8% (18) em amputações maiores e 18.2% (4) em amputações menores. CONCLUSÕES: Amputações maiores apresentam maior índice de mortalidade que amputações menores. PO-183 MORTALIDADE DOS PACIENTES SUBMETIDOS A AMPUTAÇÃO DE MEMBROS INFERIORES OTACILIO CAMARGO JUNIOR; GUILHERME ABREU; STEFANO ATIQUE GABRIEL; VINICIUS FERREIRA SILVA; FABIENE CUTRIM OHKI; TALITA TAVARES FERREIRA Pontifícia Universidade Católica de Campinas CAMPINAS/SP MISCELÂNEA POSTER (PO) 183 JUSTIFICATIVAS E OBJETIVOS: JUSTIFICATIVA/OBJETIVOS: O pé diabético e a insuficiência arterial constituem importantes fatores de risco para amputações não traumáticas de membros inferiores. O risco de perda de membro no paciente diabético é 15 a 20 vezes maior que no indivíduo não diabético. O objetivo deste trabalho consiste em avaliar a mortalidade dos pacientes submetidos à amputação no Hospital e Maternidade Celso Pierro (PUC – CAMPINAS). MÉTODO: Análise retrospectiva de 96 prontuários médicos durante período de 2009 e 2010. Critérios de inclusão: pacientes submetidos à amputação de membros inferiores por insuficiência arterial, pé diabético e infecção. Critério de exclusão: amputação de origem traumática. RESULTADOS: 62 homens e 34 mulheres. Média de Idade: 73 anos. 90.7% diabéticos; 88.6% hipertensos e 8% renais crônicos dialíticos. Mortalidade dos pacientes amputados: 22.9%. CONCLUSÕES: Pacientes submetidos à amputação de membros inferiores apresentam alto índice de mortalidade. PO-184 TRATAMENTO DA SÍNDROME DO APRISIONAMENTO DA ARTÉRIA POPLÍTEA OTACILIO CAMARGO JUNIOR; GUILHERME VIEIRA MEIRELLE; GUILHERME ABREU; STEFANO ATIQUE GABRIEL; LEONARDO SODRÉ; MARTIN GEIGER PontÍficia Universidade Católica de Campinas CAMPINAS/SP MISCELÂNEA POSTER (PO) 184 86 JUSTIFICATIVAS E OBJETIVOS: Anomalia congênita verificada pela primeira vez por um estudante de medicina em 1879 em Edimburgo na Escócia, apresentando uma compressão extrínseca da artéria poplítea por desvio de seu trajeto, compressão por músculos ou outros componentes da fossa poplítea. Relatos da literatura demonstram a primeira cirurgia bem sucedida na Holanda em 1959, com secção do músculo e tromboendarterectomia da artéria poplítea aprisionada em uma jovem de 12 anos de idade. Relatamos o tratamento cirúrgico realizado em um paciente com síndrome do aprisionamento da artéria poplítea em membros inferiores. MÉTODO: Paciente do sexo masculino, 42 anos, apresentando queixa de dor em membros inferiores à deambulação, já tendo sido tratado em outro serviço de cirurgia vascular. Apresentava ultrassonografia Doppler com laudo de oclusão de artéria poplítea D com stent e artérias de perna com fluxo monofásico. Submetido à angiografia de membros inferiores que demonstrava oclusão de artéria poplítea com stent até a linha articular e recanalização em artéria poplítea distal e estenose de artéria poplítea esquerda. Submetido à revascularização fêmoro poplítea distal com veia safena invertida em membro inferior direito e ressecção da cabeça do músculo gastrocnêmio a esquerda. RESULTADOS: Paciente apresentou ótima evolução no pós-operatório e em acompanhamento de sete meses apresenta pulsos distais palpáveis em membros inferiores e sem queixa de claudicação. CONCLUSÕES: A arteriografia é um exame importante tanto para o diagnóstico como para o planejamento terapêutico na síndrome do aprisionamento da artéria poplítea, podendo ser auxiliado por tomografia computadorizada para demonstração simultânea da posição do vaso e dos músculos adjacentes. Os exames devem ser realizados em ambos membros inferiores pela alta taxa de bilateralidade da síndrome (40%). Tendo o tratamento como finalidade eliminar o fator responsável pelo aprisionamento e pela compressão vascular concluímos não ser viável o tratamento endovascular com ou sem stent. PO-185 DOR ABDOMINAL COMO MANIFESTAÇÃO INICIAL DA ARTERITE DE TAKAYASU PEDRO LUCAS S. G. F. SILVA; CAMILA C. S. A. MATOS; CAROLINE ALMEIDA OLIVEIRA; MARCELO LIMA ROCHA; ELLANO DE BRITO PONTES; LEONARDO OLIVEIRA PEREIRA; ALLAN FONTENELLE ESTRELA; FREDERICO LUCAS LIMA PAIVA CAVALCANTE; EVALDO CÉSAR MACAU F. FERREIRA; LUCAS AKIRA COSTA HIRAI; PEDRO FELIPE MENEZES DOS REIS; LUIZ EDUARDO ALVES SIMÕES; JOSÉ ARNON L. M. DOS SANTOS; KELSTON PAULO FELICE DE SALES; SEBASTIÃO B. DE B. FILHO Universidade Federal do Maranhão SÃO LUÍS/MA MISCELÂNEA POSTER (PO) 185 JUSTIFICATIVAS E OBJETIVOS: As manifestações clínicas da arterite de Takayasu (AT) são variáveis, dependentes da fase da doença, do sítio anatômico da lesão e da presença de complicações. A primeira fase compreende o período inflamatório, com presença de pulsos e sintomas inespecíficos como febre, artralgia, emagrecimento, mal-estar. A segunda fase envolve inflamação vascular, com dor no trajeto arterial. Na terceira e última fase (fibrótica) predominam a isquemia e sopros vasculares, devido à estenose, oclusão e dilatação aneurismática. Entretanto, nem sempre todas as fases são observadas sequencialmente em todos os pacientes. Apesar de ser menos frequente, a angina mesentérica deve ser cogitada em todo paciente com AT que evolua com dor abdominal, especialmente se houver piora após alimentação. O presente trabalho tem o propósito de descrever um caso de dor abdominal crônica em uma mulher com AT, em uma forma de apresentação atípica. MÉTODO: Mulher de 27 anos com quadro de dor abdominal difusa, contínua, localizada em hemiabdome esquerdo há três anos. Ao exame físico apresentou dor à palpação profunda no local supracitado, sem massas palpáveis. A angiorressonância de abdome mostrou lesão estenótica em artéria mesentérica superior, artéria hepática comum e artéria ilíaca comum direita. Foi submetida à corticoterapia com boa resposta terapêutica e melhora das provas de atividade inflamatórias durante a evolução. A paciente obteve remissão da doença durante cerca de dois anos, no período compreendido entre 2008 a 2010, possibilitando a redução gradual do corticóide. Neste período a mesma teve três gestações, sendo uma delas gemelar. Atualmente encontra-se em acompanhamento ambulatorial fazendo uso de prednisona em doses ajustadas de acordo com a atividade da doença. RESULTADOS: A arterite de Takayasu tem uma apresentação clínica variada dependendo do vaso acometido. No entanto, angina mesentérica não é um sintoma usualmente observado, especialmente como manifestação inicial em pacientes com AT. CONCLUSÕES: A dor abdominal não tem sido relacionada como manifestação clínica da AT, embora o envolvimento da vasculatura abdominal não seja incomum. Conclui-se, então, que a AT deve ser lembrada como uma das possíveis causas de dor abdominal crônica em mulheres jovens. Poster PO-186 VASCULITE LEUCOCITOCLÁSTICA EM PACIENTE COM TROMBOFILIA E DEFICIÊNCIA DE PROTEÍNA C E S JOÃO BATISTA VIEIRA CARVALHO; PLÍNIO AUGUSTO MOREIRA FONSECA; ALINE STIVANIN TEIXEIRA; MONISE ZACCARIOTTO; JAMIL C. NETO; KAROLINE P. R. V. CARVALHO Universidade José do Rosário Vellano ALFENAS/MG MISCELÂNEA POSTER (PO) 186 JUSTIFICATIVAS E OBJETIVOS: Ao processo de inflamação da parede dos vasos dá-se o nome de vasculite. A vasculite leucocitoclástica cutânea, também chamada de vasculite de hipersensibilidade, inclui um grupo heterogêneo de vasculites associadas a este quadro. É desencadeada por diversas causas, como infecções, neoplasias e reação a medicamentos. Como podem atingir qualquer vaso, de qualquer órgão, a apresentação clínica é bastante variável sendo púrpura palpável nas fases iniciais, podendo apresentar várias formas de lesões, de acordo com a evolução da doença.O objetivo deste trabalho é apresentar um caso de vasculite leucocitoclástica em paciente tratado no ambulatório de cirurgia vascular do departamento de Cirurgia da Faculdade de Ciências Médicas da UNIFENAS. MÉTODO: Paciente jovem, de 28 anos, sexo masculino, procurou o ambulatório de cirurgia vascular com úlcera no terço médio da perna esquerda, de 2,0 cm de diâmetro, com bordas elevadas, fundo necrótico, pouco doloroso, de uma semana de evolução e precedida de pápula eritematosa elevada nas mesmas dimensões. Pesquisa de trombofilia revelou deficiência de proteínas C e S. RESULTADOS: Após orientação de repouso com membros elevados, curativos com soro fisiológico 0,9% e sulfadiazina de prata 1% duas vezes ao dia e enfaixamento do membro, o paciente apresentou boa evolução com cicatrização da lesão após 12,5 semanas de tratamento. CONCLUSÕES: Conclui-se que a associação com trombofilia e deficiências de proteínas C e S cursando com tromboses venosas de repetição contrinuem para um caso atípico e de interesse médico-acadêmico pela sua raridade. Ressalta-se a importância de se efetuar o diagnóstico rapidamente, a fim de se iniciar a melhor terapêutica e contribuir para um melhor prognóstico do paciente. PO-187 CORRELAÇÃO ENTRE O TIPO DE NEOPLASIA MALIGNA E COMPLICAÇÕES NOS ACESSOS VENOSOS TOTALMENTE IMPLANTÁVEIS NA SANTA CASA DE SÃO PAULO RENATO FANCHIOTTI COSTA; EDUARDO CARVALHO SANSOLO; RICARDO BRAVO GAMBOA; WALKIRIA HUEB BERNARDI; VALTER CASTELLI-JR.; ROBERTO AUGUSTO CAFFARO Santa Casa de São Paulo SÃO PAULO/SP MISCELÂNEA POSTER (PO) 187 JUSTIFICATIVAS E OBJETIVOS: 150 milhões de acessos intravenosos são passados, e pelo menos 5 milhões são acessos venosos centrais, todos anos nos Estados Unidos. O uso de dispositivos de acesso vascular são relacionados com altas taxas de complicação sendo que mais da metade decorrente de informação insuficiente ou técnica inapropriada. Este estudo procurou obter a taxa de complicações dos cateteres totalmente implantáveis. Também procuramos correlacionar especificamente as complicações com o tipo de neoplasia que desencadeou a necessidade de acesso. MÉTODO: Foram estudados retrospectivamente 76 pacientes do Hospital Central da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo indicados à colocação de cateter totalmente implantável com diagnóstico de neoplasia maligna no período de dezembro de 2008 a fevereiro de 2010. RESULTADOS: A média de idade dos pacientes foi de 52 anos sendo 47 mulheres e 28 homens, com idade mínima de 14 anos e máxima de 81. O lado do acesso foi preferencialmente o direito com 67 e a esquerda 7. A veia escolhida para o acesso foi a jugular interna direita, com 62 dos 75 pacientes. Tivemos 15 pacientes com neoplasia de mama, 12 com linfomas de Hodgkin, 11 pacientes com Leucemia, 10 pacientes com neoplasia de cólon, 7 pacientes com linfoma não Hodgkin. Houve maior número de casos de infecção de bolsa precoce (<30 dias) nos pacientes com linfoma não Hodgkin - p=0,021 . CONCLUSÕES: Podemos concluir que houve correlação entre linfoma não Hodgkin e infecção do cateter totalmente implantável. PO-188 FRAGMENTOS DE CATÉTER IMPLANTÁVEL E SEMI-IMPLANTÁVEL: RETIRADA POR TÉCNICAS ENDOVASCULARES RICARDO MAGNANI; ADNAN NESER; JOSÉ CARLOS INGRUND; FELIPE NASSER; MARCELO CALIL BURIHAN; ORLANDO BARROS; RHUMI INOGUTHI; RODRIGO BIAGIONI; MELISSA MORAES; SELENO GLAUBER; THIAGO TONIAL; DANIEL MOITA; ALEXANDRE LOBUE Poster HOSPITAL SANTA MARCELINA SÃO PAULO/SP MISCELÂNEA POSTER (PO) 188 JUSTIFICATIVAS E OBJETIVOS: Analisar o número e perfil como idade e gênero dos pacientes que apresentaram fragmentos de cateter. Verificar ainda o local de punção para retirada dos corpos estranhos, tamanho do introdutor, alojamento dentro do sistema vascular, tipo de material que sofreu embolização e taxa de sucesso da retirada. MÉTODO: Estudo retrospectivo e descritivo consistiu em analisar 20 pacientes que apresentaram fragmentos de cateter no sistema vascular, no Hospital Santa Marcelina - SP, entre os períodos de janeiro de 2005 a junho de 2011. Todos os pacientes foram encaminhados ao serviço de hemodinâmica deste serviço para tentativa de retirada dos fragmentos por técnicas endovasculares. RESULTADOS: A média de idade foi de 31,6 anos, sendo 12 (60%) do sexo masculino e 8 (40%) do sexo feminino. A veia femoral comum direita foi o local de punção em 16 casos (80%), e a veia jugular interna direita a de escolha nos outros 4 casos (20%), sendo utilizado introdutores de 5fr a 10 fr (média de 6,75). Os corpos estranhos encontrados foram; fragmentos de intracath (40%), de port-a-cath (35%) e fios guias (25%), com os seguintes locais de alojamento; veia cava superior (35%), átrio direito (15%), ventrículo direito (15%), tronco da artéria pulmonar(15%), veia braquiocefálica direita (5%), veia braquiocefálica esquerda (5%), veia subclávia direita (5%) e veia cava inferior (5%). Os dispositivos disponíveis mostraram-se bastante eficazes, sendo o cateter tipo laço Amplatz Goose Neck o mais utilizado. Em dois casos foi necessária mobilização prévia com cateter de Pig Tail, seguida pela preensão proximal do corpo estranho e posterior retirada. O procedimento foi realizado com sucesso em 90% dos casos, não sendo possível a retirada do corpo estranho em 1 paciente pela endotelização local, e com retirada parcial em outro paciente pelo mesmo motivo. Não houve complicações dos procedimentos. CONCLUSÕES: A média de idade dos pacientes com fragmentos de cateter implantável e semi-implantável foi baixa, com a veia cava superior o local mais comum. A retirada de corpos estranhos por técnicas endovasculares é procedimento relativamente simples e seguro tendo sido utilizada com sucesso na maioria dos casos. PO-189 TRATAMENTO ENDOVASCULAR DE PSEUDOANEURISMA ROTO DA ARTÉRIA MESENTÉRICA SUPERIOR - RELATO DE CASO BRUNO DI BERNARDO; RICARDO SUAREZ CASTEDO; GIULIANA GIULIANELL BIASI; ANA TEREZINHA GUILLAUMON; BRUNA FERREIRA PILAN; RAQUEL FRANCO LEAL; PRISCILA MINA FALSARELLA; WILMAR AZAL NETO Universidade Estadual de Campinas - UNICAMP MOGI GUAÇU/SP MISCELÂNEA POSTER (PO) 189 JUSTIFICATIVAS E OBJETIVOS: Os aneurismas viscerais são patologias incomuns, porém potencialmente fatais. O aneurisma de artéria mesentérica superior apresenta incidência de 5,5%. Sua etiologia está relacionada mais comumente com endocardite bacteriana e e trauma abdominal. A mortalidade dos aneurismas viscerais rotos varia entre 20% a 100%, evoluindo muitas vezes com hemorragia severa, com erosão para órgãos adjacentes. O tratamento clássico dos aneurismas viscerais é a cirurgia aberta. Entretanto, esta implica em considerável morbimortalidade. Assim, o tratamento endovascular nesses casos vem ganhando espaço, devido a altas taxas de sucesso técnico e clínico. Descrevemos relato de caso de implante de stent recoberto com sucesso para tratamento de pseudoaneurisma pós-traumático roto tamponado da artéria mesentérica superior. MÉTODO: Paciente de 47 anos, masculino, com história de trauma abdominal há 11 anos, submetido na época a laparotomia exploradora e esplenectomia, mantendo-se assintomático desde então. Há 10 dias, iniciou quadro de dor abdominal epigástrica progressiva. No exame físico inicial apresentava-se estável, com massa pulsátil em epigastro. Através de angiotomografia, foi diagnosticado pseudoaneurisma da artéria mesentérica superior, sem sinais evidentes de ruptura. Foi proposta correção endovascular com implante de stent recoberto. Realizado, inicialmente, videolaparoscopia confirmando a viabilidade das alças intestinais e a presença de hematoma contido no mesentério. Na sequência foi realizado o implante de 2 stents revestidos Viabahn® 9X50 mm na artéria mesentérica superior, com exclusão do aneurisma e preservação de seus principais ramos. O paciente evoluiu satisfatoriamente no pós-operatório, com resolução gradual da dor abdominal. Realizada angiotomografia de controle, evidenciando-se a perviedade dos stents, exclusão do aneurisma e ausência de vazamentos. RESULTADOS: A correção endovascular com implante de stent recoberto neste caso mostrou-se uma boa opção terapêutica, tendo sucesso na exclusão do aneurisma e mantendo 87 a perviedade dos principais ramos da artéria mesentérica superior. Não houve complicações isquêmicas ou hemorrágicas significativas, demonstrando a baixa morbidade do método. CONCLUSÕES: O tratamento endovascular do aneurisma de artéria mesentérica superior, sintomático ou roto, é viável e apresenta excelente resultado em casos selecionados. Sendo assim, o implante de stent revestido deve ser considerado uma alternativa à correção cirúrgica aberta, com menor morbimortalidade. PO-190 ANEURISMA DE ARTÉRIA POPLÍTEA: EXPERIÊNCIA DO SERVIÇO DE CIRURGIA VASCULAR DO HAM RODRIGO AGUIAR GUEDES; ANDRE SOARES RAMOS; WALTER JOAQUIM VON SOHSTEN; JOSE NESTOR AGUIAR NETO; THIAGO CHARAMBA DUTRA; CLEYBSON AUGUSTO SANTOS; ALESSANDRA VASCONCELO DUTRA; FREDERICK LORENA BARBOSA HOSPITAL AGAMENOM MAGALHÃES RECIFE/PE MISCELÂNEA POSTER (PO) 190 JUSTIFICATIVAS E OBJETIVOS: Aneurismas da artéria poplítea (AAP) são relativamente raros, com uma prevalência de 1% na população geral. Apesar de pouco frequüentes clinicamente, são os mais comuns dentre os aneurismas periféricos, correspondendo a 70 a 80% dos casos. Sendo considerada aneurismática quando o diâmetro for maior de 2 cm de diâmetro. A etiologia mais frequente é a aterosclerose (70%), contudo existem outras causas como trauma, infecções ou aprisionamento da artéria poplítea. As complicações mais frequentes vistas em AAP são fenômenos embólicos, trombóticos e compressivos. A ruptura do AAP é uma complicação incomum, porém constitui uma situação grave, com elevado índice de amputação. O quadro clínico varia desde a ausência completa de sintomas até complicações graves como citado anteriormente. O exame clínico da artéria poplítea é dificultado pela sua situação anatômica, muito profunda. No entanto, em grandes aneurismas é possível sentir o tumor pulsátil. Objetivo: Descrever a experiência de seis anos com o tratamento cirúrgico dos aneurismas da artéria poplítea, entre janeiro de 2005 e junho de 2011, no Hospital Agamenon Magalhães (HAM) – Recife/PE. MÉTODO: Foram analisados os prontuários médicos de 09 pacientes quanto a dados epidemiológicos, fatores de risco associados, quadro clínico, técnica, morbidade cirúrgica e patência primária de 12 aneurismas operados. RESULTADOS: Havia 8 pacientes do sexo masculino (88,8%) e 1 do sexo feminino (11,2%) com média de idade de 66,8 anos (variação de 35 a 88 anos). Dislipidemia foi observado em 100%, hipertensão arterial foi observada em 42,8% e tabagismo em 42,8%. Aneurisma bilateral foi encontrado em 57% dos casos, no entanto não houve evidência de aneurismas extrapoplíteos. Sete membros (58,3%) apresentavam sinais de isquemia periférica, dois (16,7%) apresentavam sintomas compressivos em veia ou nervo, três (25%) eram assintomáticos, e nenhum apresentou rotura. O tratamento cirúrgico foi instituído em 12 AAP, sendo a exclusão do aneurisma e reconstrução com veia safena interna realizada em 50%, exclusão e reconstrução com prótese em 20%, enquanto ressecção do saco aneurismático com substituição por veia safena interna foi realizado em 20% dos casos. Somente um membro foi submetido à amputação primária (8,3%). As complicações precoces mais encontradas foram edema e hematoma com 30% cada. CONCLUSÕES: Na experiência deste serviço os aneurismas de artéria poplítea foram tratados cirurgicamente sem maiores complicações. PO-191 SÍNDROME DE KASABACH-MERRITT: NECESSIDADE TRATAMENTO CIRÚRGICO INVASIVO EFETIVO REGINA MOURA; RODRIGO GIBIN JALDIN; BONIFACIO KATSUNORI TAKEGAWA; MARIA MADALENA SILVA; MATHEUS BERTANHA; MARCONE LIMA SOBREIRA; LIED MARTINS PEREIRA; MANUELLA PACIFICO SEGREDO; PEDRO LUIS LOURENÇÃO; GUSTAVO MUÇAÇA BRANDÃO; RAFAEL ELIAS PIMENTA FACULDADE DE MEDICINA DE BOTUCATU - UNESP BOTUCATU/SP MISCELÂNEA POSTER (PO) 191 JUSTIFICATIVAS E OBJETIVOS: A síndrome de Kassabach-Merritt caracteriza-se por associação de angiodisplasia e trombocitopenia. Compõe-se por hemangiomas e hemangioendoteliomas que, se não tratados, podem evoluir desfavoravelmente por sangramento e coagulopatia de consumo. A reposição de hemoderivados pode precipitar consumo, por sequestro na massa tumoral. A conduta preconizada seria corticoterapia, interferon alfa ou quimioterápicos. Descreve-se caso em que o tratamento convencional não resultou em 88 melhora clínica, sendo que apenas a conduta cirúrgica radical proporcionou o salvamento do paciente. MÉTODO: Relato de caso. RESULTADOS: Criança recém-nascida, feminino, com hemangioma gigante de raiz da coxa até joelho à direita, apresentou na primeira semana de vida, plaquetopenia tratada com corticoterapia e melhora na contagem plaquetária. Recebeu alta hospitalar em boas condições clínicas. Em um ano, apresentou clareamento da lesão, sem regressão de volume da coxa. Realizado Mapeamento Duplex que não evidenciou macrofístulas arteriovenosas. Aos dois anos, houve progressão da lesão e concomitante anemia discreta. Optou-se por corticoterapia, agora sem melhora. Houve entumecimento do hemangioma, intensificação da anemia e plaquetopenia associada. Pontos friáveis da lesão sofriam rotura espontânea, com hemorragia de difícil hemostasia. A criança foi internada em cuidados intensivos por hipotensão corrigida por reposição volêmica. Recebeu plasminogênio sem melhora, mantendo sangramentos espontâneos. Pensou-se em quimioterapia com interferon e vincristina, mas não havia condições clínicas para tal. Para controle hemostático, tentou-se suturas “em bolsa-de-tabaco” nos pontos de sangramento, sem resolução. Optou-se pela ressecção tumoral ampla emergencial frente a rotura de grande lago venoso, em vigência de plaquetopenia e hemorragia. A ressecção permitiu pequena quantidade de malformação vascular residual. Tentou-se cobertura da lesão por enxerto de pele parcial e curativo a vácuo, mas houve infecção, perda do enxerto e necrose tecidual extensa. Evoluiu para sepse grave e necessidade de desarticulação aberta ao nível do quadril. Houve boa evolução cicatricial da ferida cirúrgica, normalização da contagem de plaquetas e restabelecimento de hematócrito. Atualmente, está com três anos, com boa evolução clinica, em reabilitação. CONCLUSÕES: O tratamento clínico pode não ter resposta satisfatória e quando possível, medida invasiva de ressecção do tumor hemangiomatoso pode ser a melhor opção buscando a manutenção da vida. PO-192 SÍNDROME DE PROTEUS: REPERCUSSÕES CLÍNICAS E PSÍQUICAS. HÁ LUGAR PARA A AMPUTAÇÃO TERAPÊUTICA? REGINA MOURA; RODRIGO GIBIN JALDIN; MATHEUS BERTANHA; MARCONE LIMA SOBREIRA; WINSTON BONETTI YOSHIDA; HAMILTON ALMEIDA ROLLO; LIED MARTINS PEREIRA; MANUELLA PACIFICO SEGREDO FACULDADE DE MEDICINA DE BOTUCATU - UNESP BOTUCATU/SP MISCELÂNEA POSTER (PO) 192 JUSTIFICATIVAS E OBJETIVOS: A síndrome de Proteus, conjunto de más formações descrito por Wiendemann, caracteriza-se por gigantismo de mãos, pés ou ambos. Associa-se a macrocrânia, anomalias ósseas, harmatomas de partes moles, nevo verrucoso pigmentado, anomalias viscerais entre outros. Tem-se por objetivo descrever a evolução de paciente portador desta síndrome, que apresentou quadro de desnutrição intensa, com melhora clínica apenas após ressecção de parte destas deformidades. MÉTODO: Paciente do sexo masculino, acompanhado desde os 7 anos com gigantismo de pés, nevus verrucoso e hiperpigmentado em coxa, varicosidades no membro inferior esquerdo, hemangioma plano em hemicorpo esquerdo (espectro de Síndrome de Klippel-Trenaunay), escoliose e deformidade torácica por harmatoma no hemitorax direito. RESULTADOS: Desde o início do acompanhamento, mostrava-se introvertido frente suas deformidades e principalmente por não poder calçar sapatos usuais pelo gigantismo de extremidades. Ao longo do seguimento, realizou exames como US, TC e RM e optou-se por acompanhamento clínico frente a recusa familiar para procedimentos invasivos. Porém, houve crescimento progressivo de pés e desnutrição proteico-energética bem como dificuldade progressiva para deambulação e ortostase. Com abordagem multidisciplinar entre Cirurgia Vascular, Pediatria, Ortopedia, Fisioterapia, Cirurgia Plástica e Psiquiatria, optou-se conscientemente pela amputação bilateral de membros em ato cirúrgico único, sendo em nível transfemoral a esquerda e desarticulação de calcâneo (desarticulação de Syme) a direita. No ato cirúrgico, observaram-se à esquerda, onde havia malformação vascular, a presença de vasos aberrantes fibrosados e trombosados, sendo que houve retardo do processo cicatricial e complicação com infecção refratária de difícil resolução. Após quase dois meses de intensos curativos e antibioticoterapia de amplo espectro, conseguiu-se cicatrização completa do coto. Passado um ano de pós-operatório, apresentou melhora significativa do estado nutricional, desenvolvimento físico normal para a idade e melhora do estado psicológico e desempenho escolar, provavelmente por não mais ser visto como uma aberração genética. Encontra-se em fase reabilitação para protetização de ambos os membros. CONCLUSÕES: Conclui-se que tais deformidades devem ser tratadas e removidas quando apresentam repercussões sistêmicas e metabólicas, com ganho psicológico importante após a remoção da deformidade mais evidente, pois permite integração deste individuo a sociedade. Poster PO-193 VASCULITE LEUCOCITOPLÁSTICA EM PACIENTE COM TROMBOFILIA E DEFICIENCIA DE PROTEINAS C E S SERGIO H. VIEGAS LADEIRA; JOÃO BATISTA VIEIRA DE CARVALHO; REBECA MACIEL BIZZOTTO; RENATA MUZZI DRUMMOND; WALLACE FERNANDES DINIZ Universidade Federal de Minas gerais BELO HORIZONTE/MG MISCELÂNEA POSTER (PO) 193 JUSTIFICATIVAS E OBJETIVOS: Justificativas: A vasculite leucocitoplástica, necrotizante ou de hipersensibilidade, inclui um grupo heterogêneo de vasculites associadas à hipersensibilidade aos antígenos de diversos agentes farmacológicos, como aspirina, sulfonamidas, barbitúricos e de agentes infecciosos, como bactérias, fungos e vírus, destacando-se o da hepatite C. Neoplasias malignas como linfomas, carcinoma de cólon, câncer de pulmão, próstata, mama e renal também se relacionam com este quadro. Há acometimento das vênulas pós-capilares, inflamação e necrose fibrinóide secundários à deposição de imunocomplexos circulantes principalmente nos rins, músculos, articulações,trato gastrintestinal e nervos periféricos. A vasculite leucocitoclástica pode representar importante marcador para doenças sistêmicas não diagnosticadas e deve motivar a sua busca. Objetivos: Apresentar um caso de vasculite leucocitoplástica em paciente tratado no ambulatório de cirurgia vascular da disciplina de Cirurgia Vascular do Departamento de Cirurgia da Faculdade de Ciências Médicas da UNIFENAS. MÉTODO: Paciente jovem, 28 anos, sexo masculino, procurou o ambulatório de cirurgia vascular com úlcera no terço médio da perna esquerda, de 2,0 cm de diâmetro, bordas elevadas e fundo necrótico, pouco dolorosa, de uma semana de evolução precedida de pápula eritematosa elevada das mesmas dimensões. Relata dois episódios de tromboflebite profundas pregressos sendo tratado em regime hospitalar com anticoagulação sistêmica e posteriormente com anticoagulates orais. Pesquisa de trombofilia revelou deficiência de proteínas C e S. Após orientação de repouso com membros elevados, curativos com soro fisiológico 0,9% e sufadiazina de prata 1% duas vezes ao dia e enfaixamento do membro apresentou boa evolução com cicatrização da lesão após 12,5 semanas de tratamento. RESULTADOS: Após orientação de repouso com membros elevados, curativos com soro fisiológico 0,9% e sufadiazina de prata 1% duas vezes ao dia e enfaixamento do membro apresentou boa evolução com cicatrização da lesão após 12,5 semanas de tratamento. Durante o período de tratamento o paciente ainda persistiu trabalhando em posição ortostática porém, guardando o repouso recomendado conforme orientação. CONCLUSÕES: A associação com trombofilia e deficiências de proteínas C e S cursando com tromboses venosas de repetição não foi encontrado na literatura pesquisada. Trata-se de um caso atípico de interesse médico-acadêmico pela sua raridade. PO-194 A UTILIZAÇÃO DE CURATIVO DE PRESSÃO NEGATIVA PELO CIRURGIÃO VASCULAR SERGIO QUILICI BELCZAK; IGOR RAFAEL SINCOS; RICARDO AUN; VITOR GORNATTI; ALINE VALENTE SANTANA; MARIO AMORIM DE BARROS FILHO; FABRICIO RIBEIRO; ANNA PAULA WEINHARDT BAPTISTA Hospital Geral de Carapicuíba SÃO PAULO/SP MISCELÂNEA POSTER (PO) 194 JUSTIFICATIVAS E OBJETIVOS: O curativo com pressão negativa é muito utilizado pelos cirurgiões plásticos no auxílio do tratamento de feridas complexas. Esta modalidade terapêutica oferece uma série de benefícios pouco conhecidos pelos cirurgiões vasculares e por isso é subutilizada em nosso meio. Objetivamos descrever os mecanismos de ação e as indicações do curativo de pressão negativa nas diversas afecções vasculares como a insuficiência arterial, a insuficiência venosa, feridas nos pacientes portadores de pé diabéticos. MÉTODO: Utilizamos o curativo com pressão negativa em 5 casos de feridas em pacientes portadores insuficiência arterial, 8 casos de insuficiência venosa e em 7 casos de portadores de pé diabético infectado. Avaliamos e comparamos entre as diferentes patologias, a quantidade de dias necessários da utilização do curativo e porcentagem de fechamento da lesão em trinta dias. Para avaliação da porcetagem de fechamento da lesão, utilizamos software adequado para realização de planimetria (MATLAB 7.0®). RESULTADOS: Todos os casos (n=20) apresentaram resultados favoráveis, com uma estimativa de fechamento da lesão em trinta dias maior que 50% da área da mesma. Os pacientes com insuficiência arterial necessitaram de um tempo maior de pressão negativa que os demais (média de 13 dias) e tiveram um índice de cicatrização menor (73,3% da área em 30 dias). Os pacientes com insuficiência venosa e portadores de pé diabético necessitaram da utilização do 89 Poster curativo por 6 e 7,2 dias em média. Obtivemos uma estimativa de fechamento da ferida em 30 dias de 88,75% e 89%, respectivamente. CONCLUSÕES: O emprego do curativo com pressão negativa é uma alternativa que deve ser considerada para o tratamento de feridas complexas conduzidas pelos cirurgiões vasculares. Suas indicações e forma de utilização devem ser difundidas em nossa especialidade. PO-195 CASE REPORT - INFECTED ANEURYSM OF THE TIBIOPERONEAL TRUNK SERGIO QUILICI BELCZAK; MARIO AMORIM DE BARROS; IGOR RAFAEL SINCOS; RICARDO AUN; MARTA JORGE APONCHIK; ALINE VALENTE SANTANA; CARLOS ALBERTO SIAN; MARCELO TEIVELIS; HÉLIO FRAGOSO Hospital Geral de Carapicuíba SÃO PAULO/SP MISCELÂNEA POSTER (PO) 195 JUSTIFICATIVAS E OBJETIVOS: After the widespread use of antibiotics for bacterial endocarditis and the replacement of infected heart valves, mycotic aneurysms caused by septic emboli have become extremely rare. Recently, there has been an increase in the prevalence of bacterial endocarditis due to intravenous drug abuse. The aorta, peripheral arteries, cerebral arteries and visceral arteries are the most affected sites. The most frequently involved peripheral artery is the femoral artery, and the majority of the emboli lodge in the bifurcation of the common femoral artery. Lodging in the infrapopliteal arteries is very rare, with few cases reported. We report here a case of mycotic aneurysm of the right tibioperoneal trunk in a patient who suffered from bacterial endocarditis. We demonstrate a review of the literature of this rare condition. MÉTODO: A 28year-old male patient who presented with pain and edema in the right leg and the ultrasound performed to exclude deep vein thrombosis (DVT) revealed an aneurysm of the right tibioperoneal trunk and DVT. The patient was admitted and developed acute congestive heart failure, being diagnosed with endocarditis. The aneurysm was confirmed by arteriography. Aggressive antibiotic treatment was initiated, and open surgery was done with a homolateral inverted great saphenous vein graft. We performed a PubMed/MedLine search and regarding indexed journals and we found seven case reports on tibioperoneal trunk infected aneurysms. RESULTADOS: The patient of our case had an uneventful recover and continued under antibiotic therapy. At postoperative folow up distal pulses of the right inferior limb were palpable and with good amplitude. In the other cases reported some kind of intevention took place, except for the right leg of a pediatric patient with a bilateral infection, whose investigation diagnosed a thrombosed aneurysm on the limb. Endovascular treatment was performed in one case. Ligation/closure of the aneurysm was undertaken on four cases, without reconstruction, and arterial reconstruction with saphenous vein was performed on three cases. CONCLUSÕES: Infrapopliteal mycotic aneurysm resulting from endocarditis is rare, with few reported cases. To our knowledge, this is the 8th case reported in this particular location. Aggressive antibiotic treatment is mandatory , and open surgery or endovascular procedures are necessary in the majority of times. PO-196 MALFORMAÇÕES ARTÉRIO-VENOSA PÉLVICA INCIDENTAL SIMONE PEDROSO; MARCELO FRANCHINI GIUSTI; ERICA TADEU DOBRIOGLO; MARIANA TERRA DINIZ; ADRIANA MARCO ANTONIO; FERNANDA UCHIYAMA; DOUGLAS ALBERTO DIPOLD; BRUNA DE FINA; BRUNO OLIVEIRA CARDELINO; JOAO ANTONIO CORRÊA; YUMIKO YAMAZAKI Faculdade de Medicina do ABC SÃO PAULO/SP MISCELÂNEA POSTER (PO) 196 JUSTIFICATIVAS E OBJETIVOS: Malformações arteriovenosas pélvicas são raras e de difícil tratamento, sendo atualmente, a embolização por cateter a opção de escolha. Neste relato de caso, o objetivo deste trabalho é discutir o diagnóstico clinico, diferencial e radiológico das MAV pélvicas assim como relatar a raridade do caso e da apresentação tardia de sintomas, e suas possibilidades de tratamento. MÉTODO: Neste relato, apresentamos paciente masculino, 61 anos, com achado incidental de varizes pélvicas abundantes durante rotina urológica .Segue há 20 anos em acompanhamento clínico, sem intercorrências. Há 10 dias, paciente apresentou enterorragia intermitente e evidência de abaulamento em região inguinal direita com presença de frêmito e sopro local. Toque retal com presença de grande quantidade de cordões varicosos. RESULTADOS: Paciente submetido à arteriografia que evidenciou presença de MAV de grandes dimensões em região pélvica proveniente de ramos pélvicos de artéria ilíaca interna direita vicariante. À tomografia computadorizada de pelve e abdome evidenciada grande massa em região pélvica acometendo vasos ilíacos a direita, sem limites precisos definidos. Paciente em programação de embolização local e investigação etiológica de MAV. CONCLUSÕES: A embolização com uso de etilenoglicol e molas parecem ser o tratamento de escolha , porém não oferecem a cura permanente. O diagnóstico e o tratamento destas malformações podem ser bastante difíceis devido a distorção anatômica local, as limitações dos exames radiológicos e as dificuldades da abordagem cirúrgica, sendo hoje em dia, bastante beneficiadas pelo técnica endovascular. PO-197 VOLUMOSO ANEURISMA ANASTOMÓTICO DE ARTÉRIA FEMORAL ALINNE DE JESUS; THIAGO DIAS MIRANDA; JOSE LACERDA BRASILEIRO; ADRIANA COVATTI LUZA; RILMON ELIAS COSTA; LEONARDO PEREIRA ALVES; MALDONAT AZAMBUJA SANTOS HOSPITAL UNIVERSITÁRIO - UFMS CAMPO GRANDE/MS MISCELÂNEA POSTER (PO) 197 JUSTIFICATIVAS E OBJETIVOS: O aneurisma anastomótico corresponde a uma complicação dos enxertos vasculares, e sua incidência varia de 0,2 a 15%, em se tratando de prótese Aorto bifemoral, como neste caso. MÉTODO: Paciente masculino, 73 anos, branco, apresentando abaulamento volumoso (12 cm de diâmetro), pulsátil, expansivo e doloroso em região inguinal esquerda, abaulamento semelhante à direita porém de 7 cm de diâmetro. Há 10 anos operado de AAA infrarrenal com derivação aorto-bifemoral (prótese de Dacron®). Eco Doppler confirmou aneurisma de artéria femoral comum bilateral, sendo maior à esquerda. Realizou ponte em posição íleo-femoral à esquerda, com PTFE. Evoluiu sem intercorrências, no pós operatório. Do lado direito, optou-se por cirurgia em 2º tempo. Atualmente em acompanhamento ambulatorial. RESULTADOS: Relatar a experiência cirúrgica de um caso de aneurisma anastomótico de artéria femoral comum, em cirurgia de AAA sub-renal. CONCLUSÕES: O aneurisma de artéria femoral é uma complicação que pode ocorrer após a cirurgia de AAA por técnica aberta, localizada na artéria femoral comum, porém com resolução cirúrgica bem conhecida e aceita. PO-198 PARAGANGLIOMA VAGAL: RELATO DE CASO THIAGO CHARAMBA DUTRA; WALTER VON SOHSTEN; RODRIGO SOUZA LEÃO; ANA KARLA ARRAES; CLEYBSON AUGUSTO SANTOS; DANIELLE SEABRA RAMOS; JOSE NESTOR AGUIAR Hospital Agamenon Magalhães RECIFE/PE MISCELÂNEA POSTER (PO) 198 JUSTIFICATIVAS E OBJETIVOS: Os paragangliomas são tumores raros, extremamente vascularizados, que se originam em células derivadas da crista neural associadas ao sistema nervoso autônomo. Os paragangliomas vagais são neoplasias raras e representam menos de 2,5% de todos os paragangliomas localizados na cabeça e pescoço. O objetivo deste trabalho é relatar um caso de paraganglioma do nervo vago com embolização preoperatória e acesso cirúrgico através de mandibulotomia paramediana. MÉTODO: A paciente RFCM, 26 anos apresentou queixa de tumoração em região cervical acompanhada de ptose palpebral, enoftalmia e miose à direita. Ao realizar ressonância magnética de crânio e região cervical foi visualizada volumosa formação expansiva,à direita, heterogênea com contornos bocelados de 6,6 x 4,8 x 4,0 cm determinando desvio anterior das estruturas vasculares do espaço carotídeo. No dia 11 de novembro de 2010 a paciente foi submetida a embolização da tumoração cervical por acesso femoral D com Gelfoam e PVA. Em 16 de novembro de 2010 foi realizada ressecção cirúrgica de tumoração cervical por cervicotomia direita associado a mandibulotomia paramediana. Após enviado material para o serviço de patologia o laudo histopatológico foi de paraganglioma vagal. A paciente apresentou como complicação pós-operatória disfagia moderada a qual não limitou totalmente sua capacidade alimentar oral e a mesma continua em acompanhamento ambulatorial. RESULTADOS: Massas cervicais sempre apresentam-se como um desafio diagnóstico. Devido a sua profunda localização e o limite impreciso de outras estruturas cervicais e apresentação tardia dos sintomas muitas vezes é necessário o uso de tomografia computadorizada, ressonância magnética e angiografia para a programação terapêutica cirúrgica, assim como o exame histopatológico para a definição do tipo de tumor cervical. Os paragangliomas vagais apresentam um crescimento lento e frequentemente são assintomáticos. Estes tumores apresentam-se malignos em 7 a 15% dos casos. Metástases ocorrem para linfonodos regionais e quando a distância acometem principalmente pulmão e ossos. CONCLUSÕES: O tratamento é o cirúrgico podendo ou não ser precedido de 90 embolização para diminuir o sangramento durante a cirurgia. Entre as complicações cirúrgicas as lesões nervosas estão entre as mais comuns ocorrendo em torno de 40% dos casos. PO-199 TRATAMENTO FISIOTERÁPICO NA ÚLCERA CRÔNICA: RELATO DE CASO HIANNA PAULLA JESUS SANTOS; VANESSA LÔBO CARVALHO; ANA CLÁUDIA AUSTRILINO CEDRIM; GUILHERME BEJAMIM PITTA MedAngio MACEIÓ/AL MISCELÂNEA POSTER (PO) 199 JUSTIFICATIVAS E OBJETIVOS: Justificativa:As úlceras crônicas, de acordo com a etiologia, podem ser: por pressão, arteriais, venosas e por deficits neurológicos periféricos (Tomaz & Oliveira 1996 apud Davini et al. 2005). A pressão constante intraluminal e o déficit do retorno venoso comprometem as células ocorrendo necrose tecidual e ulceração da pele com áreas de coloração enegrecida (SILVA et al. 2009). Objetivo: Comprovar a eficácia do tratamento fisioterápico na úlcera crônica. MÉTODO: Estudo experimental, qualitativo e analítico. O sujeito da pesquisa, portadora de úlcera de origem mista (venosa e arterial), na face lateral do pé direito na região do osso cuboide com a dimensão de 1,0 cm X1,5 cm medida com paquímetro BRASFORT. A úlcera, a 6 meses em atividade, foi submetida à aplicação de ondas de ultrassom (US) da marca IBRAMED de 1 MHZ com a intensidade de 0,5 W/ cm2 de forma pulsátil utilizando o gel de base aquosa como acoplamento durante 5 minutos. Após a utilização do US, foram realizadas a drenagem linfática manual (DLM) e os exercícios linfomiocinéticos.A conduta foi realizada em 20 sessões. RESULTADOS: Houve recuperação tecidual e redução da úlcera que inicialmente apresentava edema, exsudato, ponto central necrótico, hiperpigmentação no dorso e tecido de granulação. Os parámetros do US teve como base os estudos de LEHMANN & DeLAUTEUR, 1994 LOW & REED, 2001 apud Olsson 2008 que utilizaram valores de intensidade de 0,5 W/cm2 para que fossem atingidas maiores velocidades de cicatrização tecidual. Acrescentam DYSON & SUCKLING 1978 apud Olsson 2008 que os efeitos terapêuticos do US tem se mostrado benéficos a cicatrização de úlceras estimulando à neovascularização. A DLM é uma técnica auxiliar do retorno venoso. O’Meara 2009 apud Azoubel et al. 2010 relatam ser essencial a associação da DLM ao uso da terapia compressiva que age na micro e macrocirculação, diminuindo o refluxo na deambulação e aumentando o volume de ejeção durante a ativação dos músculos da panturrilha, favorecendo a reabsorção do edema. O reforço muscular poderá estimular a hemodinâmica, reduzindo o refluxo venoso e estimulando o processo cicatricial (O’Meara 2009 apud Azoubel et al. 2010). Desta forma é indicada a prática de exercícios linfomiocinéticos. Após as 20 sessões o sujeito da pesquisa apresentou epitelização da úlcera crônica. CONCLUSÕES: O tratamento utilizado na úlcera crônica foi eficaz no caso estudado. Todavia fazem-se necessários outros estudos com um número maior da amostra. PO-200 ANÁLISE DA MORBIMORTALIDADE DOS PACIENTES SUBMETIDOS AS AMPUTAÇÕES MAIORES DE MEMBROS INFERIORES ELISA MEIRELLES; VICENTE FREIRE; LUISA CIUCCI; ADNAN NASER; JOSE CARLOS INGRUND; FELIPE NESSER; ORLANDO BARROS; MARCELO CALIL; RODRIGO BIAGIONE; RHUMI INOGUTHI; SELENO GLAUBER; MELISSA MORAES; THIAGO TONIAL HOSPITAL SANTA MARCELINA ITAQUERA SÃO PAULO/SP MISCELÂNEA POSTER (PO) 200 JUSTIFICATIVAS E OBJETIVOS: As amputações maiores de membro inferiores são as realizadas acima do tornozelo. Dentre estas, as amputações no nível de perna e de coxa, são as mais frequentes. Como tal, envolvem riscos e mortalidade descritos na literatura, levando em conta as comorbidades e progres OBJETIVO: Analisar o número de amputações maiores, bem como as principais indicações e discutir as comorbidades associadas, causas de óbito, tempo de acompanhamento e pacientes reabilitados do serviço de cirurgia vascular do Hospital Santa Marcelina nos últimos 2 anos, comparando-os com a literatura. MÉTODO: Foram analisados retrospectivamente 301 registros de prontuários de pacientes submetidos a amputações maiores entre janeiro de 2009 a dezembro de 2010. As variáveis estudadas foram a idade dos pacientes, sexo, causa da amputação, nível da amputação e comorbidades, causas de óbito, tempo de acompanhamento, quantidade de pacientes reabilitados. RESULTADOS: A idade variou de 5 a 103 Poster anos com idade, média de 66 anos. Pacientes do sexo masculino representaram 55% dos casos. As amputações de coxa e perna representaram, respectivamente, 67,3,% e 30,7% das amputações, enquanto as desarticulações de coxa foram de 1,9%. A causa do procedimento cirúrgico foi por oclusão arterial crônica em 57,44%, isquemia aguda em 19,14% dos casos. A principal indicação foi isquemia crítica após tentativa de salvamento do membro por meio de angioplastia ou revascularização em 36,95%. Gangrena já instalada, a segunda, com 23,9%. A incidência de hipertensão, tabagismo e diabetes, foram de 73%, 57%, 53,8%, respectivamente. O tempo de acompanhmaneto médio foi de 5 meses e meio. A principal causa de óbito foi sepse com foco cutâneo e na mesma proporção, sepse de foco pulmonar, ambas com 23,9% cada. A nossa mortalidade foi de cerca de 40%. A porcentagem de pacientes reabilitados foi de aproximadamente 4%. CONCLUSÕES: As amputações maiores fazem parte do tratamento da especialidade vascular, e exigem conhecimento profundo das doenças e condições clínicas que levam à indicação destes procedimentos que salvam vidas. A taxa de reabilitação de nossos pacientes, é baixa devido a dificuldade de encaminhamento a centros especializados. De acordo com a literatura os nossos casos também tem como principal causa de amputações a isquemia crítica e crônica. A indicação de amputações pós revascularização reflete o maior acesso da nossa população a estas terapias. PO-201 HEMANGIOENDOTELIOMA DE VEIA ILÍACA EXTERNA ESQUERDA: RELATO DE CASO VINICIUS OLIVEIRA GODOI; HUDSON CRUZ REIS CARVALHO; LEONARDO AUGUSTO D GONÇALVES; LUIZ RONALDO GODINHO PEREIRA Hospital Marcio Cunha IPATINGA/MG MISCELÂNEA POSTER (PO) 201 JUSTIFICATIVAS E OBJETIVOS: Os tumores venosos são patologias raras na vivência do cirurgião vascular, sendo o tipo histológico mais comum o leiomiosarcoma. Muitas vezes seu diagnostico é bem difícil e só é feito em fases bem avançadas da patologia. OBJETIVO: Relatar um caso raro de hemangioendotelioma de veia ilíaca externa esquerda. RELATO DE CASO: PMP, 26 anos, sexo feminino, branca, casada. Paciente com queixa de edema de 2 anos de evolução, com piora progressiva. Relata cirurgia previa de apendicite e exerese de cisto tireoglosso, fazia uso de medicação para tratamento de cefaléia crônica. Ao exame físico pulso distal presente e amplo, edema de mie (coxa esquerda 3 cm maior que coxa direita) e presença de circulação colateral em coxa/região inguinal. Exames prévios (duplex venoso, flebo-ressonância e linfocintilografia de MIE) que demonstravam estenose curta em transição ílio-femoral esquerda em sua parede posterior, com alterações de fluxo. Além de estase linfática secundaria em MIE. Foi submetida em 25/01/2010 a ressecção de tumor venoso, com reconstrução do segmento removido com prótese de PTFE de 14mm. Seguiu heparinizada plena e evoluiu no pós-operatório com hematoma de retroperitôneo necessitando de exploração cirúrgica como colocação de dreno de sucção com excelente resultado. Anatomo-patológico da peça evidenciou hemangioendotelioma epitelioide. Paciente foi encaminhada para oncologia e hoje em dia encontra-se bem, com prótese pérvia, resolução do edema e sem evidências de recidiva do tumor. CONCLUSÕES: Os tumores venosos são patologias raras no cotidiano do cirurgião vascular, mas devem ser lembrados no diagnostico diferencial das estenoses intrínsecas destes vasos. PO-202 MALFORMAÇÕES VASCULARES EM MEMBROS SUPERIORES: RELATO DE 6 CASOS VINICIUS P. SCHWAN; ARIELA M. G. AZEVEDO; FERNANDA B. SILVA; MARIANA A. F. CORRÊA; ANDRÉIA E. LIMA; DIOGO TAKEMOTO; RICARDO S. DIVINO; NELSON FERNANDES JR.; REGINA F. B. COSTA; ULISSES U. M. MATHIAS; EDGAR BOLANHO Hospital Heliópolis SÃO PAULO/SP MISCELÂNEA POSTER (PO) 202 JUSTIFICATIVAS E OBJETIVOS: Malformações vasculares (MAVs), podem aparecer na infância ou vida adulta, com prevalência no sexo feminino (1,1:1). Nos membros superiores correspondem a menos de 1% dos tumores vasculares. O objetivo é apresentar 6 casos de MAVs de membros superiores através de angiográfias e fotográficas. MÉTODO: Relato de caso e revisão de literatura. CASO 1: Feminino, 46 anos. Queixa: há 8 dias dor em 2° e 3° quirodáctilos (QRD) esquerdos, cianose e diminuição de temperatura. Arteriografia demonstrando retardo de enchimento das artérias dos 2? e 91 Poster 3? QRD E, retenção de contraste (blusch) em 1?, 4? e 5? QRD E, reenchimento precoce das veias da mão esquerda. CASO 2: Feminino, 52 anos, dor e cianose de mão direita há dois anos. Lesões tróficas em 3? e 4? QRD D. Arteriografia: Aumento do calibre das artérias braquial e radial, arco palmar contrastado pela artéria radial, MAV em região metacarpiana em 3? e 4? QRD D , onde se observa fístula arteriovenosa (FAV) de alto fluxo. CASO 3: Feminina, 43 anos: tumoração pulsátil em 4? e 5? QRD D com aumento de volume. Arteriografia com porção distal de artérias radial e ulnar apresentando tortuosidade com ectasia em múltiplos segmentos, retenção de contraste e opacificação precoce do sistema venoso. CASO 4: Feminina, 13 anos: dilatações venosas em antebraço direito há cinco anos, indolores, com prejuízo estético. Ao exame: Tumorações vinhosas, depressíveis à palpação em ante-braço direito. Arteriografia: normal. Venografia: ramos de veia basílica e cefálica formando lagos venosos com retenção de contraste e presença de veias de drenagem para sistema venoso superficial. CASO 5: Feminina, 39 anos, dilatação venosa em dorso da mão direita, dolorosa, sem relato de trauma anterior. Venografia realizada por punção direta da MAV com duplo garrote, demonstrando lago venoso e drenagem tardia para veias superficiais. CASO 6: Feminina, 43 anos, dilatação venosa em 3° QRD D há 2 anos, crescimento progressivo. Venografia de MSD realizada por punção direta da MAV revelou presença de lago venoso próximo á articulação interfalangeana média e retenção de contraste, com drenagem para veias superficiais da mão. RESULTADOS: Realizado embolização em 4 dos casos, 1 dos casos foi realizado embolização e ressecção cirúrgica, 1 caso foi optado por elastocompressão. CONCLUSÕES: Sempre que possível em nosso serviço optamos como tratamento preferencial a embolização dessas MAVs obtendo resultados muito satisfatórios. PO-203 OCLUSÃO ARTERIAL AGUDA DE MEMBROS INFERIORES POR ÊMBOLO TUMORAL EM PACIENTE COM NEOPLASIA DE PULMÃO MARCELO LUIZ BRANDAO; VIVIANE QUELI MACEDO ALCANTARA; ANA LUCIA RASSI; JOSE MAURO ALVES FERREIRA; GERMANA G. CAMPOS SOUZA; PAULA SABRINA ARAUJO MILHOMEM; WERTHER SOUZA SALES; RODRIGO DAFICO B. SOUSA BORGES UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIAS GOIÂNIA/GO MISCELÂNEA POSTER (PO) 203 JUSTIFICATIVAS E OBJETIVOS: As neoplasias são consideradas um importante fator de risco para desordens da coagulação. A hipercoagulabilidade tem sido considerada uma importante causa de tromboembolismo em pacientes com câncer de pulmão. Contudo, a embolia arterial periférica de origem tumoral é relativamente incomum. Assim, o câncer de pulmão é considerado uma causa rara de embolia arterial para membros inferiores. Apesar de infrequente, a neoplasia pulmonar deve ser considerada como uma fonte de êmbolos oara as extremidades, principalmente, quando há invasçao neoplásica para átrio e/ou veias pulmonares. MÉTODO: Paciente do gênero masculino, 72 anos, tabagista, ancaminhado ao ambulatório de cirurgia torácica por presença de lesão suspeita de meoplasia em lobo inferior do pulmão direito na radiografia de tórax. Encontrava-se em avaliação pré-operatória para cirurgia de recontrução de trânsito. Após onvestigação pela equipe da cirurgia torácica foi confirmado diagnóstico de neoplasia de pulmão (adenocarcinoma invasor) e indicada ressecção cirúrgica da lesão. No intra-operatório, observado invasão a veia pulmonar direita. No pós-operatório imediato da ressecção da lesão pulmonar, após aproximadamente 30 minutos do término da cirurgia, foi solicitada avaliação da cirurgia vascular por suspeita de oclusão arterial aguda em membros inferiores. Confirmado o diagnóstico de oclusão arterial aguda por trombo a cavaleiro, com ausência de pulsos femorais bilateralmente. O paciente retornou a sala cirúrgica para embolectomia arterial. Realizada embolectomia artéria através de acesso inguinal bilateral e passagem de cateter de Fogarty em artérias femorais proximal e destalmente, com extração de trombos de aspectotumoral e coágulos. Paciente evoluiu bem no pós-operatório, com presença de pulsos pediosos e tibiais posteriores, recebendo alta 15 dias após o procedimento cirúrgico. O histopatológico confirmou a presença de teciso tumoral no material enviado para estudo. RESULTADOS: A finalidade desta apresentação é expor um caso raro de oclusão arterial aguda de membros inferiores por êmbolo tumoral, que foi diagnosticada e tratada de forma rápida com evolução favorável nos membros inferiores e sistemicamente. CONCLUSÕES: A embolia arterial periférica de origem tumoral é uma complicação grave da neoplasia pulmonar. Por isso, o diagnóstico e terapêutica adequados e de forma rápida desta complicação são essenciais para evitar isquemia de mebros e as repercussões sistêmicas da oclusão arterial aguda. PO-204 TRATAMENTO ENDOVASCULAR DE ANEURISMA ISOLADO DE ARTÉRIA ILÍACA COMUM MARCELO LUIZ BRANDAO; FABIO HENRIQUE RIBEIRO SOUZA; VIVIANE QUELI MACEDO ALCANTARA; GERMANA G. CAMPOS SOUZA; PAULA SABRINA ARAUJO MILHOMEM; WERTHER SOUZA SALES; RODRIGO DAFICO B. SOUSA BORGES Universidade Federal de GoiÁs GOIÂNIA/GO MISCELÂNEA POSTER (PO) 204 JUSTIFICATIVAS E OBJETIVOS: Os aneurismas isolados de artéria ilíaca comum são considerados uma entidade rara, com incidência estimada de 2%. A etiologia é quase sempre a aterosclerose. É mais frequente no sexo masculino e a média de idade fica em torno de 69 anos. Devido ao elevado risco de rotura, em geral é recomendado o tratamento intervencionista desses aneurismas com diâmetro acima de 3cm. Apesar de a cirurgia aberta ser considerada o tratamento padrão para os aneurismas isolados de artéria ilíaca, a correção endovascular tem se tornado uma alternativa terapêutica com resultados satisfatórios, apresentando vantagens como a utilização da anestesia locorregional, menor sangramento intra-operatório e o fato de ser menos invasiva. MÉTODO: Paciente do gênero masculino, 75 anos, hipertenso, portador de Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica, história prévia de Acidente Vascular Cerebral, ex-tabagista e ex-etilista foi atendido em primeira consulta no ambulatório de cirurgia vascular do Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Goiás. Relatava queixa de abaulamento doloroso em fossa ilíaca direita com início há 4 meses do atendimento médico no serviço. O paciente apresentava-se em bom estado geral, corado, estável hemodinamicamente e com a presença de um abaulamento em fossa ilíaca direita, com característica pulsátil à palpação. Foi solicitada tomografia de abdome e pelve que evidenciou dilatação fusiforme de artéria ilíaca comum direita, com diâmetros de 5,2 x 4,6 cm. O caso foi discutido entre os médicos da equipe de cirurgia vascular do serviço e optado pela correção endovascular. Foi realizada correção endovascular do aneurisma com embolização prévia de artéria ilíaca interna direita com coil e em seguida o implante de endoprótese tubular em artéria ilíaca comum direita, sem imagem de endoleak em arteriografia de controle. O paciente foi encaminhado a UTI, recebendo alta para enfermaria 5 dias após o procedimento e alta hospitalar após 53 dias devido intercorrências clínicas relacionadas às comorbidades do paciente. RESULTADOS A finalidade deste relato é expor o caso de um paciente com aneurisma isolado de artéria ilíaca comum direita submetido a correção endovascular com sucesso. CONCLUSÕES: O caso apresentado demonstra a possibilidade de tratamento endovascular para pacientes com aneurismas isolados de artéria ilíaca comum como alternativa terapêutica, principalmente em pacientes com muitas comorbidades e/ou dificuldades anatômicas que dificultem o reparo com cirurgia aberta. PO-205 EMBOLIA A CAVALEIRO (ÊMBOLO NEOPLÁSICO). RELATO DE CASO MASARU NAKABA; FABRIZZIO B. G. DE L. SOUZA; ALINE C. DE C. PINTO; DANIEL HACHUL MORENO; JORGE EDUARDO AMORIM Escola Paulista de Medicina - UNIFESP SÃO PAULO/SP OBSTRUÇÕES AORTO-ILÍACAS POSTER (PO) 205 JUSTIFICATIVAS E OBJETIVOS: Relato de caso raro de embolia a cavaleiro por neoplasia maligna e revisão da literatura. MÉTODO: Paciente masculino, de 29 anos, em pós-operatório tardio de orquiectomia esquerda por tumor germinativo misto, com metástase pulmonar, apresentou perda súbita da força muscular e dor em região pélvica e membros inferiores, associado a gradiente térmico e parestesia. Ao exame físico: livedo reticular infra-umbilical e membros inferiores, palidez cutânea, gradiente térmico e cianose não fixa de pododáctilos; pulsos ausentes nos membros inferiores; e ausência de fluxo arterial ao Doppler. A tomografia evidenciou grande massa sólida e heterogênea (12 X 15 X 18 cm) na base do hemitórax direito com invasão mediastinal, extensão para brônquiofonte direito e átrio esquerdo; e imagem compatível com embolia, com oclusão da aorta infrarrenal. O paciente foi submetido a tromboembolectomia à Fogarty de urgência, através de acesso femoral bilateral e fasciotomia das pernas, com restauração do fluxo e pulsos em membros inferiores. RESULTADOS: O estudo anátomo-patológico confirmou êmbolo neoplásico. O paciente foi submetido a quimioterapia de resgate, porém evoluiu com sangramento tumoral de brônquio pulmonar direito e acidente vascular encefálico isquêmico hemisférico (esquerdo), evoluindo para óbito no 15º pós-operatório. CONCLUSÕES: A embolia a cavaleiro por neoplasia maligna é rara, com poucos casos descritos na literatura. 92 PO-206 ESTUDO SOBRE AS PRINCIPAIS INDICAÇÕES DE AORTOGRAFIA ASSOCIADA A ARTERIOGRAFIA DOS MEMBROS INFERIORES EM HOSPITAL TERCIÁRIO DE REFERÊNCIA CAROLINA VIANA BENZE; ANDRÉ NOGUEIRA MILANI; NICOLLE CASSOLA; FABRIZZIO B. G. DE L. SOUZA; ALINE C. DE C. PINTO; MASARU NAKABA; LUIS CARLOS UTA NAKANO; WELLINGTON GIANOTTI LUSTRE; JORGE EDUARDO AMORIM Escola Paulista de Medicina - UNIFESP SÃO PAULO/SP OBSTRUÇÕES AORTO-ILÍACAS POSTER (PO) 206 JUSTIFICATIVAS E OBJETIVOS: Avaliar as principais indicações clínicas de aortografia associada a arteriografia dos membros inferiores em hospital terciário de referência. MÉTODO: No serviço de Radiologia Vascular da Disciplina de Cirurgia Vascular do Departamento de Cirurgia da Escola Paulista de Medicina – UNIFESP, foram realizadas de janeiro de 2010 a junho de 2011, 116 aortografias associadas a arteriografia de membros inferiores. Foram 48 mulheres (41%) e 68 homens (59%). A idade média da amostra foi de 61,7 anos, não havendo diferença entre homens e mulheres. Foram analisadas as indicações primárias que levaram a realização dos exames sendo classificadas em presença de lesão trófica; claudicação intermitente limitante; dor ao repouso; pós-operatório de enxertos; aneurismas; traumas; e diagnóstico de tumores. RESULTADOS: Ao analisarmos o grupo formado pelas mulheres encontramos que a maior indicação para a realização do exame foi a presença de lesão trófica, representando 42% (20 pacientes) das indicações, seguida da dor ao repouso, que representou 18% (9 casos). Ainda encontramos como indicação a claudicação intermitente limitante em 17% (8 casos). O restante das indicações foram 12% de pós operatório de enxertos e 11% as demais indicações como aneurismas e trauma. No grupo masculino encontramos 38% (26 casos) das indicações por lesão trófica, 25% claudicação limitante (17 casos), 12% dor ao repouso (8 casos), 9% pós operatório de enxerto, 8% traumas e 8% aneurismas e diagnóstico tumores. CONCLUSÕES: Pelos achados do estudo podemos concluir que as principais indicações de aortografia associada a arteriografia dos membros inferiores no serviço analisado foi a presença de lesão trófica, demonstrando a gravidade que estes pacientes chegam para acompanhamento no serviço terciário. PO-207 TÉCNICA DE CHAMINÉ NO TRATAMENTO DE DOENÇA OCLUSIVA DA AORTA FLÁVIA RAMOS TRISTÃO; JOICE CRISTINA DALTOÉ INGLEZ; BRUNO MORAES RIBAS; FERNANDA ZANDAVALLI RAMOS; MARCOS ROBERTO LIKES MISCHIATT; MÁRCIO MIYAMOTTO; MÁRIO MARTINS; IZARA CASTRO SOUZA; ROGÉRIO DO LAGO FRANCO; BÁRBARA MOREIRA; RICARDO CESAR ROCHA MOREIRA Serviço de CirURGIA Vascular Dr. Elias Abrão - Curitiba CURITIBA/PR OBSTRUÇÕES AORTO-ILÍACAS POSTER (PO) 207 JUSTIFICATIVAS E OBJETIVOS: A oclusão de aorta abdominal infrarrenal, sindrome de Lerich, é uma patologia rara com alta morbidade e limitação do estilo de vida. O tratamento cirurgico aberto é o padrão ouro e consiste em endarterectomia ou ponte aorto-bifemoral. O tratamento endovascular vem ganhando espaço nos últimos anos e consiste em angioplastia, sendo usado em casos de alto risco cirurgico. O objetivo deste trabalho é relatar um caso de tratamento endovascular de oclusão de aorta abdominal infra renal associado à técnica de chaminé para preservação da artéria mesentérica inferior. MÉTODO: Relato de caso de uso de tratamento endovascular e técnica de chaminé para tratamento de oclusão de aorta abdominal infra-renal com poreservação da artéria mesentérica inferior. RESULTADOS: Paciente do sexo masculino, 66 anos, evolui com oclusão arterial aguda da aorta e ilíacas bilateralmente com evoluão de 15 dias, apresentando alto risco cirurgico. Doppler demosntra oclusão da aorta abdominal infrarrenal e ilíacas comuns bilateralmente. Realizado tratamento endovascular com endoprótese monoilíaca à esquerda, com preservação de artéria mesentérica inferior (que se apresentava calibrosa) com implante de stent pela técnica de chaminé, associado a ponte femoro-femoral cruzada para revascularização do membro inferior direito. Paciente evolui com melhora clínica importante, sem alterações abdominais e melhora importante da dor ao repouso de membro inferior esquerdo. CONCLUSÕES: A técnica de chaminé pode ser utilizada com sucesso no tratamento de oclusão da aorta abdominal infrarenal com preservação da artéria mesentérica inferior em pacientes com alto risco cirurgico. Poster PO-208 RECANALIZAÇÃO ENDOVASCULAR DE OCLUSÃO AORTO-ILÍACA COMPLEXA (TASC D) EM PACIENTE DE ALTO RISCO CARDIOLÓGICO FILIPE CARLOS CARON; AMILTON PEROTTI JÚNIOR; LUANA PARMINONDI ROCHA; CLEBER PRIMO; SOLANO CAMPOS GONÇALVES; WALTER BOIM ARAUJO; DIEGO ALMEIDA; CARLOS NEJM JÚNIOR; JORGE RIBAS TIMI HOSPITAL E MATERNIDADE ANGELINA CARON CURITIBA/PR OBSTRUÇÕES AORTO-ILÍACAS POSTER (PO) 208 JUSTIFICATIVAS E OBJETIVOS: O uso de técnicas endovasculares como ferramenta na revascularização de oclusões aorto-ilíacas têm demonstrado ótimos resultados nas últimas duas décadas. Por ser menos invasiva acarreta diminuição da morbimortalidade e possibilita o tratamento de pacientes com alto risco cirúrgico para os quais as únicas opções restantes seriam as modificações nos hábitos de vida e tratamentos farmacológicos. Relatamos um caso de abordagem endovascular para um paciente portador de oclusão da aorta infra-renal e das artérias ilíacas comuns e externas, com contraindicação para cirurgia aberta (ponte aortobifemoral) devido as suas comorbidades cardiológicas. Relato do caso: Paciente masculino de 62 anos com queixa de claudicação intermitente de panturrilha direita para 20 metros e esporadicamente dor ao repouso em perna e pé direitos. Na angiotomografia apresentava oclusão justa-renal da aorta abdominal e das artérias ilíacas comum e externa bilateralmente (TASC D). Foi submetido a tratamento endovascular com recanalização da aorta abdominal infrarrenal e das artérias ilíacas comum e exterma direitas com utilização de um stent auto expansível e com 2 stents revestidos em série (aos moldes de uma endoprótese monoilíaca) e posterior confecção de ponte com prótese de PTFE de 6 mm da artéria femoral comum direita para femoral profunda esquerda. No primeiro pós-operatório apresentava-se sem dor e com as extremidades dos membros inferiores aquecidas. No seguimento não apresentou dor ao repouso e evoluiu com melhora da claudicação intermitente, sem limitação de marcha por dor tipo claudicação intermitente. RESULTADOS: A recanalização endovascular do território aortoilíaco mostrou-se ser uma boa alternativa para pacientes com alto risco cirúrgico para a cirurgia convencional, com resultados a curto e médio prazo similares e menor morbimortalidade. CONCLUSÕES: Pode-se concluir que a abordagem endovascular na oclusão aórtica infrarrenal é factível para pacientes com oclusões complexas e comorbidades. Com boa perviedade a curto e médio prazo. A indicação individualizada da intervenção é essencial para melhores resultados. Novos estudos com populações mais homogêneas submetidas à tratamento endovascular das oclusões aortoilíacas são necessários para que esta técnica se firme, trazendo menor morbimortalidade e melhorando a qualidade de vida destes pacientes. PO-209 SÍNDROME DE LERICHE ASSOCIADA A PIODERMA GANGRENOSO JULIANA LOPES ALFAIA; ANDRÉ LUIZ DE SOUZA ARAÚJO; HUDSON ANSELMO PESSOA; WALDECIR JOSÉ DE BRITO Hospital Universitário Getúlio Vargas - UFAM MANAUS/AM OBSTRUÇÕES AORTO-ILÍACAS POSTER (PO) 209 JUSTIFICATIVAS E OBJETIVOS: A oclusão completa da aorta infrarrenal (Síndrome de Leriche) é a forma mais bem definida de lesão aortoilíaca crônica. É infrequente, observada em apenas 10% dos casos e caracterizada pela presença de claudicação intermitente, impotência sexual, ausência de pulsos em membros inferiores com sinais de doença arterial periférica. O pioderma gangrenoso é uma doença ulcerativa dolorosa, com predileção pelo sexo feminino, picos de incidência entre 20-50 anos e apresenta-se como nódulos ou pústulas estéreis, com ulceração central, bordas infiltradas eritematovioláceas,fundo necrótico e tecido de granulação, profundas, geralmente em membros inferiores. MÉTODO: M.R.C., masculino, 53 anos, tabagista, apresentou em Julho de 2009 história de dor súbita em pontada na coxa direita, dor de menor intensidade em MIE, evoluindo com claudicação intermitente para 100 metros. Após 03 meses, apresentou lesão papular eritematosa e pruriginosa em face medial da coxa direita, úlcera dolorosa de limites precisos e bordas escurecidas. Foi admitido no setor de Clínica Médica para investigação, sendo solicitado parecer da Dermatologia e Cirurgia Vascular. No momento da avaliação, queixava quadro descrito, associado a impotência sexual, ausência de pulsos periféricos bilaterais, parestesia em perna esquerda, com aumento das lesões papulares e aparecimento de novas úlceras em face lateral da coxa, região inguinal e glúteo e extensa lesão isquêmica com 93 Poster gangrena desde 1/3 proximal da perna até pé direito, intensa dor local e perda ponderal de 60 kg no período. RESULTADOS: Foi realizada arteriografia por subtração digital, confirmando o diagnóstico de Síndrome de Leriche, além de biópsia de lesão ulcerada positiva para Pioderma Gangrenoso, com PCR reativo. Em Junho 2010 , o paciente foi submetido à amputação transfemoral proximal de membro inferior direito, associada a antibioticoterapia + Prednisona 2 mg/kg/dia, com melhora substancial do quadro clínico, controle da queixa álgica em membro inferior esquerdo, e ganho ponderal de 10 kg durante a internação. Permaneceu assintomático, recebendo alta para acompanhamento ambulatorial. CONCLUSÕES: Não há descrição em literatura médica que solidifique a associação entre Síndrome de Leriche e Pioderma Gangrenoso. Porém, as lesões e características encontradas são comuns às duas patologias, com quadro álgico semelhante, podendo confundir o diagnóstico. É necessária investigação minuciosa baseada em dados clínicos, apoiada por exames complementares para conclusão do diagnóstico. PO-210 DERIVAÇÃO PELO FORAME OBTURADOR: RELATO DE CASO KARLA BUENO ABUJAMRA AVILA; KAREN KONO MIYABUKURO; MARIO MARTINS Hospital de Clínicas de Curitiba CURITIBA/PR OBSTRUÇÕES AORTO-ILÍACAS POSTER (PO) 210 JUSTIFICATIVAS E OBJETIVOS: A realização de ponte pelo forame obturado é uma técnica descrita tradicionalmente para casos em que há necessidade de revascularização do membro inferior, porém o tratamento não é viável por cirurgia convencional devido a situações adversas relacionadas à região inguinal, tais como: infecção local, seja de partes moles ou de material protético, e região hostil por retrações actínicas ou cicatriciais por cirurgias prévias. MÉTODO: Neste trabalho, relatamos o caso de um paciente de 69 anos de idade, hipertenso e tabagista, com isquemia crítica de membro inferior esquerdo por obstrução de segmento aorto-ilíaco (oclusão da artéria ilíaca comum esquerda desde sua origem até artéria ilíaca externa esquerda na transição com artéria femoral). Tinha ainda história de herniorrafia inguinal esquerda com deiscência de ferida operatória. Após ponte femoro-femoral cruzada com veia safena, evoluiu com infecção de região inguinal bilateralmente e oclusão da ponte. A solução encontrada foi a revascularização do membro inferior esquerdo por derivação pelo forame obturador, utilizando-se veia safena reversa como enxerto venoso, com resultado pós-operatório satisfatório. RESULTADOS: Vimos por meio deste, apresentar um caso bem sucedido de revascularização via acesso extraanatômico cada vez menos utilizado, senão de exclusão na maior parte dos casos. CONCLUSÕES: Apesar de pouco utilizado, o uso de derivação pelo forame obturador ainda é uma opção para a revascularização de membro inferior frente à impossibilidade de utilizar a via convencional ou tratamento endovascular. PO-211 EXPERIÊNCIA INICIAL COM DISPOSITVO DE TROMBECTOMIA “ANGIOJET” SIDNEI GALEGO; GUSTAVO COFFLER; VITOR GUERREIRO; HENRIQUE WESTIN; REINALDO DONATELLI; SALOMAO GOLDMAN; MARCOS CARDOSO Hospital e Maternidade Brasil SÃO BERNARDO DO CAMPO/SP OBSTRUÇÕES AORTO-ILÍACAS POSTER (PO) 211 JUSTIFICATIVAS E OBJETIVOS: Apresentar experiencia inicial e dispositivo de fibrinolise mecânica “angiojet” medrad. MÉTODO: Análise retrospectiva dos primeiros 6 casos de utilização do dispositivo de fibrinólise mecânica. Foram 2 casos de obstrução aguda de segmento iliaco femoral, 2 casos de obstrução aguda femoropoplitea e 1 fibrinolise de enxerto arteriovenoso. Utilizou-se o dispositivo com método de aspiração de trombo em todos os casos e associado à tecnica de pulse spray em casos de ilíaca e 1 de femoral. Utilizou-se associado rtpa com doses de ataque variando de 7 a 15 mg/bolus / 20minutos. RESULTADOS: Houve abertura de todos os segmentos trombosados, com aparecimento de pulso distal nos 5 casos arteriais. No caso de trombectomia de enxerto arteriovenoso houve trombose precoce nas primeiras 72 horas, mesmo após angioplastia com balão de segmento venoso. CONCLUSÕES: O dispositivo Angiojet, se mostrou nesta experiência inicial, útil no tratamento de trombose aguda, reduzindo o tempo e dose de fibrinolítico utilizado para abertura das lesões. PO-212 TRATAMENTO ENDOVASCULAR PARA TROMBO MÓVEL DE AORTA TORÁCICA EM ASSOCIAÇÃO COM RETOCOLITE ULCERATIVA LUCIANO CABRAL ALBUQUERQUE; VANESSA DEVENS TRINDADE; JURANDI BETTIO Pontifícia Universidade Católica do RS SÃO LEOPOLDO/RS OBSTRUÇÕES AORTO-ILÍACAS POSTER (PO) 212 JUSTIFICATIVAS E OBJETIVOS: Trombo mural móvel da aorta torácica é uma patologia rara e uma possível causa de embolia cerebral, visceral e periférica. A melhor abordagem terapêutica permanece controversa. Apresentamos um caso de trombo móvel da aorta torácica, em um paciente com colite ulcerativa, causando oclusão embólica periférica. O tratamento foi realizado com endoprótese endovascular. MÉTODO: Paciente do sexo feminino, 50 anos, negra. Veio à emergência apresentando dor em membros inferiores, parestesia dos dedos e resfriamento dos pés. História médica pregressa significativa para retocolite ulcerativa. Negou tabagismo. Ao exame físico não foram palpados pulsos femorais, poplíteos e pediosos. Estudo com dupplex scam revelou ausência de fluxo nas artérias ilíacas, femorais e distais. Embolectomia femoral bilateral foi realizada. Ela foi submetida à ecocardiografia transesofágica, a qual mostrou uma imagem ecogênica de 1,8 x 1,7 centímetros no diâmetro transversal, com aspecto embólico. A tomografia computadorizada do tórax selou o diagnóstico de trombo mural na aorta torácica descendente com 1,8 cm de diâmetro e 5,6 cm de extensão, originado próximo ao óstio da artéria subclávia esquerda. A paciente foi submetida a implante de endoprótese ZENITH de 28 x 140 mm. Ela recebeu clopidogrel 75 mg/dia e recuperou-se sem novos episódios de embolização. RESULTADOS: A etiologia de trombos murais de aorta inclui patologias da parede da aorta, tais como aterosclerose e aneurismas, diferentes formas de doenças endoteliais, câncer, gravidez e hipercoagulabilidade. Pacientes com doença inflamatória intestinal têm três vezes mais probabilidade de sofrer complicações tromboembólicas que a população geral. A sua detecção tem se tornado cada vez mais comum com o uso da ecocardiografia transesofágica após eventos embólicos. As abordagens terapêutucas utilizadas incluem tratamentos conservadores com anticoagulação ou trombólise, técnicas intervencionistas, como a implantação de endoprótese e cirúrgica, com trombectomia e substituição aórtica com prótese. Tratamento com endoprótese endovascular é uma nova abordagem que não só remove o trombo como também trata a causa subjacente, cobrindo a parede da aorta aterosclerótica. CONCLUSÕES: Trombo mural primário de aorta é uma entidade incomum e uma causa de embolização periférica. A exclusão destes trombos pela implantação da endoprótese pode ser uma opção eficaz e menos invasiva de tratamento cirúrgico desta condição potencialmente crítica. PO-213 ENDARTERECTOMIA DE SEGMENTO ILÍACO-FEMORAL DIREITO PREVIAMENTE TRATADO COM STENT: RELATO DE CASO VINICIUS PACHECO SCHWAN; ARIELA MARIA G. AZEVEDO; FERNANDA B. SILVA; MARIANA A. F. CORRÊA; ANDRÉIA E. LIMA; DIOGO TAKEMOTO; RICARDO S. DIVINO; REGINA F. B. COSTA; NELSON FERNANDES JR.; TASSO ROBERTI; ULISSES U. M. MATHIAS Hospital Heliópolis SÃO PAULO/SP OBSTRUÇÕES AORTO-ILÍACAS POSTER (PO) 213 JUSTIFICATIVAS E OBJETIVOS: No tratamento da doença arterial oclusiva periférica, a prática endovascular com utilização de stent tem sido cada vez mais e aceita. Contudo, ainda há muita discussão quanto à indicação, patência/ perviedade e conduta a ser tomada quando ocorre oclusão do stent. Objetivo é relatar caso de retirada de stent de artéria ilíaca externa através de endarterectomia por anel de Vollmar. MÉTODO: Paciente 53 anos, sexo masculino, hipertenso, cardiopata, ex-tabagista, com antecedente de isquemia crítica e amputação transfemoral em membro inferior direito (MID) há 10 anos, realizada em outro serviço. Procurou atendimento ambulatorial com queixa de lesão ulcerada em perna esquerda, com aproximadamente 5 anos de evolução e aumento progressivo. Ao exame vascular: presença de lesão com cerca de 15 cm de diâmetro em 1/3 distal da perna esquerda, com áreas de fibrina e granulação. Pulsos ausentes em MID e femoral 1+/4+ em MIE com índice tornozelo/braço (ITB) 0,3 em artéria tibial posterior E. Referia reação alérgica ao contraste iodado durante angiografia, sendo indicada angioressonância com gadolíneo que evidenciou estenose crítica em artéria ilíaca externa (AIE), extensão para artérias ilíaca comum (AIC) e femoral comum (AFC), sem alterações hemodinamicamente significativas em demais segmentos arteriais. Devido à impossibilidade de realização de procedimento endovascular, optou- 94 se por exploração cirúrgica. No intra-operatório, observou-se adenomegalia inguinal importante, desencorajando a utilização de prótese, além de ausência de substituto venoso adequado. Realizada endarterectomia sob visão direta da AIC e, de forma retrógrada utilizando anel de Vollmar, da AFC e AIE, cujo produto consistia em extensa placa de ateroma envolta por stent (não visualizado na angioressonância). RESULTADOS: No pós-operatório houve boa evolução clínica, com melhora do pulso femoral, aumento do ITB para 0,85 e melhora do aspecto da ferida. CONCLUSÕES: A endarterectomia do território ilíacofemoral é uma opção terapêutica pouco utilizada nos dias atuais. No paciente acima foi de opção cirúrgica intra-operatória e o achado de stent no conteúdo da endarterectomia não era esperado. A literatura ainda é escassa em relatar possibilidade de retirada de stent através de endarterectomia com anel. Na nossa opinião, a endarterectomia retrógrada no tratamento de pacientes selecionados é uma alternativa viável e eficaz, com reduzida morbidade e mortalidade perioperatória, e patência semelhante aos demais procedimentos. PO-214 O ESPESSAMENTO MÉDIO-INTIMAL CAROTÍDEO NÃO REFLETE O ESTÁGIO DA DOENÇA VASCULAR PERIFÉRICA EM PACIENTES COM ISQUEMIA CRÍTICA DE MEMBROS IVAN BENADUCE CASELLA; ALEXANDRE SACCHETTI BEZERRA hospital regional sul - são paulo CARAPICUÍBA/SP OBSTRUÇÕES INFRA-INGUINAIS POSTER (PO) 214 JUSTIFICATIVAS E OBJETIVOS: A medida do espessamento médio-intimal carotídeo (intima-media thickness, IMT) tem sido utilizada como um marcador da presença e evolução da doença ateromatosa em diversos segmentos arteriais, bem como medida de resposta do controle de fatores de risco para doença aterosclerótica em geral. OBJETIVOS: Analisar possíveis correlações entre os valores absolutos de espessamento médio-intimal carotídeo e a extensão da doença arterial de membros inferiores. MÉTODO: Trinta e três pacientes internados por isquemia crítica de membros inferiores de etiologia aterosclerótica foram estudados por eco-Doppler. A medida do espessamento médio-intimal carotídeo foi tomada de até 12 pontos de cada artéria carótida comum. O estudo de imagem da doença arterial de MMII foi realizado igualmente com eco-Doppler e sua quantificação calculada pela escala de Bollinger. A comparação entre os valores médios e máximos de IMT e os índices de doença arterial foram realizados por teste de correlação de Spearman. RESULTADOS: Os valores médios de IMT variaram entre 0,69 a 3,16 mm. Os valores obtidos pela escala de Bollinger apresentaram média de 45,6±18,8 (16 a 83). Não houve correlação significativa entre os valores médios de IMT e a intensidade da doença aterosclerótica de MMII mensurada no membro doente (R=0,09; P=0,60), bem como na quantificação segmentar dos segmentos femoropoplíteo (R=0,03; P=0,83)e infrapoplíteo (R=0,10; P=0,58). Analisando possíveis correlações entre os valores máximos de IMT e a intensidade da doença aterosclerótica de MMII, não houve diferença quando analisado o membro doente como um todo (R=0,09; P=0,59), bem como na quantificação segmentar dos segmentos femoropoplíteo (R=0,17; P=0,32)e infrapoplíteo (R=0,01; P=0,92). CONCLUSÕES: A medida do espessamento médio-intimal carotídeo médio ou máximo não reflete a intensidade da doença aterosclerótica de MMII em pacientes com isquemia crítica crônica. PO-215 REOPERAÇÕES EM ENXERTOS INFRAINGUINAIS EM RISCO DE OCLUSÃO: EXPERIÊNCIA DE 15 ANOS FRANCISCO CARDOSO BROCHADO NETO; ALINE YOSHIMI FUTIGAMI; DIOGO PIRES SANTOS; MARCELO BARRETO RIBEIRO; MARCOS ROBERTO GODOY; GIULIANO ALMEIDA SANDRI; MARCELO JORGE KALAF; ROBERTO SACILOTTO HOSPITAL DO SERVIDOR PÚBLICO ESTADUAL DE SÃO PAULO SÃO PAULO/SP OBSTRUÇÕES INFRA-INGUINAIS POSTER (PO) 215 JUSTIFICATIVAS E OBJETIVOS: As derivações infrainguinais constituem o tratamento de escolha para salvamento de membro em pacientes com lesões TASC D. Aproximadamente 20% dos pacientes submetidos a esse tipo de procedimento desenvolverão estenoses significativas das artérias nativas ou do corpo do enxerto, pondo em risco sua perviedade. Nas lesões extensas a indicação geralmente é a derivação em extensão, que pode ser realizada com material autógeno ou protético. O objetivo do estudo foi avaliar os resultados de perviedade, salvamento de membro e sobrevida dos pacientes submetidos a revisões de enxertos, analisando diferentes substitutos alternativos (veia cefálica, Poster basílica, safena contralateral e prótese). MÉTODO: No período de Abril de 1994 a Dezembro de 2009, foram realizadas 86 revisões de enxertos complicados de um total de 1081 derivações, utilizando como substituto a veia basílica, cefálica, safenas parva e magna, assim como prótese. A indicação da revisão foi por vigilância clínica e/ou USG Doppler, sendo que 39,5% eram assintomáticos e o restante com isquemia crítica. O grupo foi formado em 60,5% dos casos por homens, o fator de risco mais freqüente foi HAS com 78,8% dos casos e a média de idade foi de 67,3 anos. Na estratificação dos enxertos de acordo com o substituto, a veia basílica foi utilizada em segmento único em 15,1%, a cefálica em 16,9%, safena parva em 3,6%, safena magna em 32,5%, prótese em 19,2%, outras em 12% dos casos (alças basílico-cefálicas, composições). Foram realizadas 21 revisões proximais, 64 extensões distais e 1 interposição de enxertos. RESULTADOS: Na análise de 24 meses, verificamos estimativas de perviedade secundária de 67% (EP=0,05), salvamento de membro de 74,3 % (EP=0,05) e sobrevida de 76,1 % (EP=0,05). A mortalidade operatória foi de 1,2%. Nas revisões proximais e extensões distais, observamos perviedade de 75,2% (EP 0,09) e 63,8% (EP 0,06), respectivamente, com p=0,12. Quanto ao salvamento de membro foi observado estimativa de 88,9% (EP=0,07) nas revisões proximais e de 68,5% (EP=0,05) nas extensões distais, com p=0,05. CONCLUSÕES: Neste estudo observamos que as revisões de enxertos melhoram significativamente a paliação efetiva, com boas estimativas de salvamento de membro e mortalidade operatória aceitável. PO-216 SÍNDROME COMPARTIMENTAL AGUDA DOS MEMBROS INFERIORES APÓS EXERCÍCIO FÍSICO - RELATO DE CASO ANTÔNIO TRIGO ROCHA; CAROLINA MACIEL NARVAES; CLAUDIO JUNDI KIMURA; CRISLAYNE MAXILENE REZEPOKA; GIULIANO GIOVA VOLPIANI; JEFERSON FREITAS TOREGEANE; MARCELO RODRIGO CAPORAL; MARCO ANTONIO ALESSIO; REJANE PACHECO DE SOUSA UNIVERSIDADE ESTADUAL DO OESTE DO PARANÁ CASCAVEL/PR OBSTRUÇÕES INFRA-INGUINAIS POSTER (PO) 216 JUSTIFICATIVAS E OBJETIVOS: A síndrome compartimental aguda induzida por exercício físico é uma afecção pouco diagnosticada e incomum que se caracteriza pelo aumento da pressão nos compartimentos dos membros inferiores, atingindo, com maior frequência, os compartimentos tibial anterior e posterior profundo. Suas manifestações clínicas incluem dor, palidez, paralisia ou paresia muscular, edema, hipoestesia ou parestesia, endurecimento e/ou inflamação e diminuição dos pulsos distais. Como diagnóstico diferencial, devem ser consideradas a síndrome compartimental crônica por exercício físico, a síndrome do estresse medial da tíbia e o estresse de fraturas da tíbia e fíbula. MÉTODO: Paciente do sexo masculino, caucasiano, foi encaminhado pelo serviço de ortopedia com quadro sugestivo de síndrome compartimental. Refere que no dia anterior iniciou quadro de dores nas pernas imediatamente após exercício físico na academia (quatro séries de vinte flexões plantares sobre o peso do corpo em anteparo retangular). Houve piora progressiva da dor no período noturno, fazendo uso de Cataflan® a cada 8 horas, sem melhora. No dia seguinte, persistiu com o quadro álgico, procurando o pronto socorro à noite com queixas de dor e edema nas pernas, sendo recomendado repouso e uso de manitol, diurético e analgésico. Após avaliação pelo cirurgião vascular, foi realizado estudo dos sistemas venosos superficial e profundo dos membros inferiores, com aparelho de eco-Doppler colorido, sendo visualizado edema muscular infra-genicular acentuado, com compressão extrínseca das veias profundas e transferência do fluxo para sistema venoso superficial, com maior intensidade em membro inferior direito. Também observou-se fluxo lento nas veias infra-geniculares com pico após compressão distal sugestivo de obstrução ao nível da perna e joelho, ausência de trombose venosa profunda (TVP) ou hematoma e veias safenas internas e externas com fluxo aumentado, fásico. Após confirmação do quadro de síndrome compartimental bilateral, optou-se pela realização de fasciotomia por miniincisão, com diminuição do empastamento. RESULTADOS: Expor um relato de caso e revisão de literatura sobre síndrome compartimental aguda em membros inferiores após exercício físico, suas principais manifestações clínicas, métodos diagnósticos e terapêuticos, bem como seus diagnósticos diferenciais mais significativos. CONCLUSÕES: Com o conhecimento e diagnóstico correto, evitam-se sequelas que seriam geradas por isquemia e necrose teciduais, através da intervenção cirúrgica precoce. PO-217 TAXA DE SALVAMENTO DO MEMBRO INFERIOR EM PACIENTES COM NECESSIDADE TRATAMENTO CIRÚRGICO DE URGÊNCIA E EMERGÊNCIA NO SERVIÇO DE CIRURGIA VASCULAR DA IRMANDADE DA SANTA CASA DE MISERICÓRDIA DE LIMEIRA 95 Poster BRUNO LEONE CARMELLO; CARLA APARECIDA FACCIO BOSNARDO; THIAGO LOUZA DO N. FONTENE; MARIO LUIZ FURLANETTO JUNI; FERNANDO ADEO LAPEIZ; TIAGO AUGUSTO MIRANDA; JULIANA FONSECA FREIRE; RUBENS JUNQUEIRA EMBOABA DA COSTA; SÉRGIO BRAGA JUNIOR; PAULO ROBERTO PEREIRA ZAMPOLI; LUCAS EDUAReDO MIQUELIN; LUIZ EDUARDO COELHO EMERENCI; CARLOS ALBERTO FERRAZ CANDIOTO; LUIS GUSTAVO HERNANDES; MIGUEL FRANCISCHELLI N. Irmandade da Santa casa de Misericórdia de Limeira LIMEIRA/SP OBSTRUÇÕES INFRA-INGUINAIS POSTER (PO) 217 JUSTIFICATIVAS E OBJETIVOS: Foi realizado um estudo retrospectivo na população de pacientes atendidos na Santa Casa de Misericórdia de Limeira. Os dados foram obtidos através da revisão de prontuários médicos dos pacientes internados na enfermaria do serviço de Cirurgia Vascular, portadores de Insuficiência Arterial Obstrutiva Periférica Crônica e Oclusão Arterial Aguda de membros inferiores, submetidos a algum procedimento cirúrgico. Objetivo: Avaliar a taxa de salvamento de membro da população atendida no nosso serviço, que abrange cerca de 35 cidades, totalizando aproximadamente 2.000.000 de pacientes SUS no interior do Estado de São Paulo, a fim de adicionar medidas que possam integrar o atendimento e o tratamento desses pacientes. MÉTODO: Foram avaliados cerca de 200 pacientes dos ambulatórios municipal e regional, que permaneceram internados na enfermaria da Santa Casa de Misericórdia de Limeira, submetidos a procedimentos cirúrgicos arteriais de urgência e emergência em membro inferior e/ou a amputação dos mesmos, no período de 2009 até a primeira metade de 2011, totalizando por volta de 30% pacientes com Oclusão Arterial Aguda e 70% de pacientes com Insuficiência Arterial Obstrutiva Periférica Crônica. Procedeu-se a coleta de dados como: idade, procedência, dias de internação, doenças associadas, cirurgias realizadas, necessidade de amputação e seu nível. RESULTADOS: Foi observada uma taxa de amputação primária baixa, tanto nos pacientes com Insuficiência Arterial Obstrutiva Periférica Crônica quanto nos pacientes com Oclusão Arterial Aguda de membros inferiores, resultando em uma boa taxa de salvamento de membro, durante o período estudado. Notou-se também que a maioria dos pacientes eram encaminhados de outras cidades ao serviço. CONCLUSÕES: O índice de amputação primária foi baixo no nosso serviço, sendo realizado como protocolo de tratamento cirúrgico as indicações mais aceitas na literatura, podendo ter sido o principal fator para termos conseguido esse resultado. PO-218 TRATAMENTO DA DOENÇA ARTERIAL OBSTRUTIVA CRÔNICA DO TERRITÓRIO FEMORO-POPLITEO COM STENT-GRAFT IMPREGNADO COM HEPARINA: RESULTADOS INICIAIS PIERRE GALVAGNI SILVEIRA; GILBERTO NASCIMENTO GALEGO; CRISTIANO TORRES BORTOLUZZI; RAFAEL NARCISO FRANKLIN; DIOGO RAMOS PAZELLO Coris FLORIANÓPOLIS/SC OBSTRUÇÕES INFRA-INGUINAIS POSTER (PO) 218 JUSTIFICATIVAS E OBJETIVOS: O objetivo deste estudo é descrever os resultados inicias no tratatamento de lesões oclusivas femoro-poplíteas com a utilização de stent-graft impregnado com heparina (Viabahn Protpaten). MÉTODO: Foram incluidos neste estudo 12 pacientes tratados no período entre agosto de 2010 e junho de 2011, com estenoses e/ou oclusões longas da artéria femoral superficial (AFS), ou com reestenoses e/ou oclusões de stents implantados previamente neste mesmo território arterial. Dados demográficos, laboratoriais e de imagem foram coletados e armazenados. A confirmação diagnóstica e as caracteristicas das lesões foram obtidas através de arteriografia. O seguimento se deu através da anamnese, exame fisico e US-Doppler realizados no primeiro e sexto mês e após anualmente. RESULTADOS: Foram incluidos 12 pacientes, sendo 8 masculinos (66,6%) e 4 femininos (33,4%). De acordo com o TASC II, 9 pacientes foram classificados como classe D (75%) e 3 como classe C (25%). Em todos os pacientes foi implantado o stent-graft impregnado com heparina na AFS com sucesso e não houveram complicações durante ou após o procedimento. No seguimento do primeiro mês, todos os pacientes relataram melhora dos sintomas clinicos e o US-Doppler evidenciou a perviedade do stent, sem reestenoses. Dos 12 pacientes tratados, 6 já atingiram o sexto mês de seguimento, com uma patência primária de 100%. CONCLUSÕES: A utilização do stent-graft impregnado com heparina mostrou ótimo resultado a curto prazo no que se referea patência e ocorrência de reestenoses assim como mostrou-se seguro e eficaz no resgate de falhas em stents previamente implantados. Maior tempo de seguimento e um maior número de pacientes é mandatório para confirmar os resultados iniciais. PO-219 SALVAMENTO DE MEMBRO COM DISPOSITIVO DE TROMBECTOMIA DIOGO RIBEIRO ALVES; CAMILA BEATRIZ S. MAGALHÃES; LEONARDO CORDEIRO DE CARVALHO; FULVIO TOSHIO HARA Hospital Municipal Salgado Filho RIO DE JANEIRO/RJ OBSTRUÇÕES INFRA-INGUINAIS POSTER (PO) 219 JUSTIFICATIVAS E OBJETIVOS: O presente estudo tem como objetivo demostrar o uso do dispositivo de trombectomia (AngiojetR) em uma paciente com quadro de oclusão arterial aguda em MIE. MÉTODO: Paciente de 65 anos, após pico hipertensivo e palpitação evoluiu com quadro de dor súbita em MIE associada a palidez, diminuíção da temperatura, parestesia e claudicação para 100 metros. EcoDoppler realizado na data da internação apresentava oclusão da artéria poplítea retro-patelar por material hipoecóico, possivelmente trombótico (ou embólico), e reabitando distalmente. Arteriografia apresentando oclusão da artéria poplítea em “cálice invertido”. Paciente submetida a tratamento cirúrgico com trombolítico (tenecteplase) e trombectomia com AngiojetR. RESULTADOS: Paciente evoluiu com melhora do quadro clínico e presença de pulsos distais. Como efeito colateral apresentou hemólise e hematúria macroscópica tendo alta no quinto dia pósoperatório. CONCLUSÕES: Demonstrar o uso do dispositivo de trombectomia (AngiojetR), para tratamento de oclusão arterial, em casos selecionnados. PO-220 DEGENERAÇÃO CÍSTICA DE ARTÉRIA POPLÍTEA E ISQUEMIA CRÍTICA DE MEMBRO INFERIOR - RELATO DE CASO EDSON GASSEN; FÁBIO ANDRÉ TORNQUIST; MARCELO ARBO MAGALHÃES HOSPITAL ANA NERY SANTA CRUZ DO SUL/RS OBSTRUÇÕES INFRA-INGUINAIS POSTER (PO) 220 JUSTIFICATIVAS E OBJETIVOS: O objetivo deste trabalho é descrever uma patologia rara em nosso meio, porém causa de oclusões arteriais agudas e crônicas em pacientes jovens, que é a degeneração cística de artéria poplítea. MÉTODO: Paciente de 48 anos, masculino, motorista com histórico de dor crônica e nodulação em fossa poplítea há 4 anos e sem fatores de ricos para aterosclerose ou doença cardíaca. Interna com quadro de isquêmia aguda parcialmente compensada de membro inferior direito com início do quadro há 30 dias. Submetido a eco-Doppler arterial com trombose de artéria poplítea e nodulação císitca junto da artéria. Ressonânica magnética com cisto poplíteo com inclusões sem comunicação com espaço articular aderido e deslocando a artéria poplítea. Realizado manejo inicial com anticoagulação a pleno com heparina de baixo peso molecular durante investigação. Paciente foi submetido a cirurgia múltipla primariamente com abordagem posterior da lesão e da artéria poplítea, se evidenciaindo cisto aderido a mesma, sem comunicações com outras estruturas da fossa poplítea e atrofia e trombose antiga do vaso. Realizada ressecção do cisto com a artéria acometida. No segundo tempo cirúrgico realizada abordagem medial das artéria femoral superficial e poplítea infra-condiliana, com embolectomia distal e realização de bypass com veia safena reversa. RESULTADOS: O paciente evoluiu favoravelmente, com melhora da dor e distesias perna e cicatrização das lesões isquêmicas. No acompanhamento tardio de 60 dias apresentava pulso pedioso 4+/4, sem claudicação e sem alterações no exame físico da fossa poplítea. Anatomopatológico da peça demonstrou cisto benigno de paredes fibrosas, sem revestimento endotelial e com inclusões de cristais de colesterol, achados compatíveis com degeneração cícitca de artéria poplítea. Não havia achados sugestivos anatomopatológicos de cisitos de origem músculo-esquelética ou articular. CONCLUSÕES: A degeneração cística de artéria poplítea é uma causa rara de isquemia arterial (1:1200 casos de oclusão arterial) porém que deve ser pensada em pacientes sem causa aparente para aparecimento dos sintomas. O tratamento clássico inclui ressecção do vaso afetado para evitar recidivas com reconstrução arterial. A causa é desconhecida porém inclui alterações na formação da parede do vaso e microtraumas de repetição. O prognóstico é bom, se reconhecida a tempo. PO-221 APRISIONAMENTO DA ARTÉRIA POPLÍTEA - RELATO DE CASO EDUARDO CAMARGO REBOLHO; FRANCISCO EDUARDO CORAL; LUCAS MANTOVANNI; HELENA VICENTE DE CASTRO; GUILHERME ALBERTO CUNHA; FERNANDO DALLA COSTA; RUI HAGMANN Hospital Santa Casa de Curitiba CURITIBA/PR OBSTRUÇÕES INFRA-INGUINAIS POSTER (PO) 221 96 JUSTIFICATIVAS E OBJETIVOS: A Síndrome do Aprisionamento da Artéria Poplítea é uma causa rara de insuficiência arterial de extremidade inferior em adultos jovens, com incidência variável na população geral com predominância no sexo masculino. Ocorre em função da compressão extrínseca dos vasos poplíteos. Os autores descrevem um caso de aprisionamento de artéria poplítea tipo III com diagnóstico confirmado no intra-operatório. MÉTODO: Paciente, branca, sexo feminino com 36 anos de idade admitida em serviço de referência com história de dor em membro inferior direito, com claudicação para 50 metros, associado à frialdade e parestesia de segundo e terceiro pododáctilos com 15 dias de evolução. Negava sintomas anteriores de claudicação intermitente, tabagismo e história familiar de doença vascular periférica. Relatava hipotireoidismo e dislipedemia. O exame físico apresentava pulsos femorais presentes bilaterais e ausência dos pulsos pópliteo, tibial anterior, tibial posterior e fibular no membro inferior direito e índice tornozelo-braço 0,48. Realizado eco-Doppler colorido que evidenciou oclusão do segmento médio da artéria poplítea com reenchimento em poplítea distal, oclusão segmentar de artéria tibial anterior e total da fibular. Paciente foi submetida à angioplastia intraluminal com balão evoluindo com melhora importante da frialdade em pé direito e presença de pulso em artéria tibial posterior. Após 2 meses paciente evoluindo com os mesmo sintomas foi submetida a novo exame de eco-Doppler colorido que evidenciou oclusão da artéria poplítea médio distal, durante o exame realizou-se manobras de dorso-flexão do pé demonstrando oclusão de um ramo colateral paralelo à artéria poplítea. Realizou angioressonância magnética que concluiu síndrome de aprisionamento de poplítea por compressão muscular por banda anômala. Paciente submetida a acesso posterior em membro inferior direito, durante a cirurgia observou-se compressão da artéria poplítea direita por banda fibrosa. RESULTADOS: Realizado ressecção da banda fibrosa e confecção de enxerto com veia safena reversa poplítea poplíteo termino-terminal. Paciente evolui com pulso tibial posterior no pós-operatório, apresentando índice tornozelo-braço 1. CONCLUSÕES: Os autores descrevem um caso de aprisionamento de artéria poplítea tipo III com diagnóstico confirmado no intra-operatório. PO-222 TRATAMENTO ENDOVASCULAR DE OBSTRUÇÃO ARTERIAL PERIFÉRICA CAUSADA POR HIPER-HOMOCISTEINEIMA: RELATO DE CASO ELLANO DE BRITO PONTES; LUCAS AKIRA COSTA HIRAI; PEDRO FELIPE MENEZES DOS REIS; KELSTON PAULO FELICE DE SALES; MARCELO LIMA ROCHA; LEONARDO OLIVEIRA PEREIRA; FREDERICO LUCAS LIMA PAIVA CAVALCANTE; PEDRO LUCAS S. G. F. SILVA; CAMILA CARVALHO DE SOUZA A MATOS; LUIZ EDUARDO ALVES SIMÕES; EVALDO CÉSAR MACAU F. FERREIRA; ALLAN FONTENELE ESTRELA; JOSÉ ARNON LINH MORAES DOS SANTOS; SEBASTIÃO BARRE DE BRITO FILHO Hospital Universitário Unidade Presidente Dutra SÃO LUÍS/MA OBSTRUÇÕES INFRA-INGUINAIS POSTER (PO) 222 JUSTIFICATIVAS E OBJETIVOS: A hiper-homocisteinemia vem sendo descrita como um fator de risco isolado para a Doença Arterial Obstrutiva Periférica (DAOP) sendo que aproximadamente 30% dos pacientes com DAOP prematura apresentam níveis séricos de homocisteína elevados. McCully em 1969 relatou o primeiro caso de DAOP associado a hiper-homocisteínemia em uma criança de 6 anos. Este artigo relata o caso de um paciente com DAOP associada à hiperhomocisteinemia tratado com sucesso com a técnica endovascular. MÉTODO: Paciente masculino, 38 anos com claudicação limitante em membro inferior direito (MID). Ao exame físico, apresentava palidez e diminuição de temperatura no pé direito com ausência de pulsos infrapatelares no MID. Após 6 meses de tratamento clínico sem melhora foi realizada arteriografia do MID revelando obstrução das artérias fibular, tibial anterior e posterior com paredes regulares. Decidiu-se então pela abordagem endovascular para tratamento das lesões arteriais. No pré-operatório não apresentava irregularidades no hemograma ou coagulograma, glicemia, uréia ou creatinina e, apesar da DAOP, possuia lipidograma normal. O Procedimento foi realizado sob anestesia local no setor de hemodinâmica através de punção anterógrada da artéria femoral comum direita com introdutor 5F realizando angioplastia da artéria fibular com balão 3.0 x 150 mm sob fio guia 0,35 mm. RESULTADOS: O procedimento durou uma hora sem intercorrências sendo o paciente encaminhado para a enfermaria após a retirada do introdutor. Iniciou-se o uso de AAS e clopidogrel recebendo alta no dia seguinte. Atualmente encontra-se em acompanhamento ambulatorial sem claudicação e Doppler colorido evidenciando patência da artéria fibular 1 ano após a intervenção. O diagnóstico de hiperhomocisteínemia foi através da dosagem sérica de homocisteína=100µmol/L. CONCLUSÕES: Vários relatos têm demonstrado uma forte associação entre o aumento na homocisteinemia e DAOP. O nível sérico de homocisteína pode ser significativamente reduzido pela administração de ácido fólico, vitamina B6 e vitamina B12. No entanto, nenhum Poster estudo randomizado foi capaz de demonstrar que a redução da concentração de homocisteína no soro é benéfica em pacientes com DAOP e tratamento das lesões arteriais são empregados de acordo com quadro clínico de cada paciente. O tratamento endovascular da obstrução arterial provocada por hiper-homocisteínemia mostrou-se eficaz no presente relato. Entretanto, mais estudos devem ser realizados para verificar sua segurança e eficácia a longo prazo. PO-223 PREVALÊNCIA DA DIABETE MELITO EM PACIENTES PORTADORES DE ISQUEMIA CRÍTICA DOS MEMBROS INFERIORES ESDRAS MARQUES LINS; JOSÉ WELLINGTON BARROS; FERNANDA APPOLÔNIO; EDUARDO CAVALCANTE LIMA; MARCOS BARBOSA; EDUARDO ANACLETO Serviço de Cirurgia Vascular do IMIP RECIFE/PE OBSTRUÇÕES INFRA-INGUINAIS POSTER (PO) 223 JUSTIFICATIVAS E OBJETIVOS: A Diabete Melito é uma doença de alta prevalência no Brasil e no mundo. Os pacientes portadores desta enfermidade apresentam maior risco ao desenvolvimento da aterosclerose e consequentemente maior possibilidade de surgimento de eventos isquêmicos devido à obstrução dos mais diversos sítios arteriais, merecendo destaque o envolvimento das artérias carótidas, das artérias coronárias, das artérias renais e das artérias dos membros inferiores. Nos pacientes que apresentam arteriopatia obstrutiva crônica dos membros inferiores, a presença da Diabete Melito aumenta em até cinco vezes o risco de evolução para a isquemia crítica, desta forma o objetivo deste trabalho foi avaliar a prevalência da Diabete Melito em pacientes portadores de isquemia crítica dos membros inferiores. MÉTODO: Foram avaliados 32 pacientes portadores de isquemia crítica dos membros inferiores e submetidos a revascularização dos membros inferiores, internados na Enfermaria de Cirurgia Vascular do Hospital Oscar Coutinho – Instituto de Medicina Integral Professor Fernado Figueira (IMIP), no período abril de 2009 a março de 2011, 22 (69%) pacientes eram do sexo masculino e 10 (31%) eram do sexo feminino. A média de idade dos pacientes foi de 68,5 anos. RESULTADOS: Do total de 32 pacientes avaliados, 24 eram portadores de Diabete Melito, prevalência de 75%. Entre os pacientes com Diabete Melito, 9 (37%) pacientes eram do sexo feminino e 15 (63%) eram do sexo masculino. CONCLUSÕES: No presente trabalho a prevalência de Diabete Melito em pacientes portadores de isquemia crítica dos membros inferiores foi de 75%. PO-224 TUNELIZADOR MALEÁVEL MOLDÁVEL UNIVERSAL NA CIRURGIA DE REVASCULARIZAÇÃO DO MEMBRO INFERIOR ISQUÊMICO FABIO HENRIQUE ROSSI; NILO MITSURU IZUKAWA; LANNES ALBERTO OLIVEIRA; AKASH KUZHIPARAM PRAKASAN; HERALDO ANTONIO BARBATO; CAMILA BAUMANN BETELI; FREDERICO AUGUSTO LINHARES FILHO; MARCELA DOURADO; RICARDO MOURA BARRETO; MILTON KIYONORY UEHARA Instituto Dante Pazzanese de Cardiologia SÃO PAULO/SP OBSTRUÇÕES INFRA-INGUINAIS POSTER (PO) 224 JUSTIFICATIVAS E OBJETIVOS: A revascularização do membro inferior isquêmico envolve a criação de túnel para a acomodação do enxerto vascular cujo trajeto e extensão dependem do local da anastomose proximal e distal do enxerto. Na atualidade, os tunelizadores utilizados consistem em estruturas cilíndricas metálicas rígidas. Objetivo: Testar a utilização de um tunelizador universal metálico e moldável na revascularização de membros inferiores isquêmicos. MÉTODO: O tunelizador desenvolvido consiste de uma estrutura cilíndrica híbrida e modular composta de fio de aço inoxidável moldável interno, com manopla em extremidade proximal, dupla ponta cônica intercambiável em extremidade distal e bainha cilíndrica externa de polietileno. O tunelizador foi utilizado em cirurgias de revascularização do membro inferior isquêmico, independentemente do tipo, trajeto e extensão do enxerto escolhido. RESULTADOS: As características de maleabilidade e capacidade de deformação permitiram a adaptação e utilização do mesmo tunelizador nos diversos tipos de enxerto realizados. A ponta cônica distal com duplo diâmetro, intercambiável, permitiu que o mesmo aparato pudesse ser utilizado na cirurgia de revascularização com veia safena reversa ou prótese sintética. CONCLUSÕES: O tunelizador metálico maleável moldável pode ser utilizado com segurança e apresenta vantagens nas cirurgias de revascularização dos membros inferiores isquêmicos e possivelmente em outros territórios vasculares isquêmicos. Sua versatilidade e baixo custo de produção podem levá-lo a substituir os tunelizadores rígidos utilizados na atualidade. 97 Poster PO-225 ANGIOPLASTIA PERCUTÂNEA DO TERRITÓRIO ARTERIAL INFRAPOPLÍTEO VISANDO AO SALVAMENTO DE MEMBRO NA DOENÇA VASCULAR PERIFÉRICA AVANÇADA FERNANDA MARIA RESEGUE ANGELIERI; PATRICK BASTOS METZGER; BRUNO LORENÇÃO ALMEIDA; EDUARDO JORDÃO OLIVEIRA; ANTONIO KAMBARA; SAMUEL MARTINS MOREIRA; NILO IZUKAWA; FABIO HENRIQUE ROSSI; MARCELO COLLI; EDUARDO RAFAEL NOVERO; LEANDRO SOARES CORDEIRO; DEO CEZAR FONTES Instituto Dante Pazzanese SÃO PAULO/SP OBSTRUÇÕES INFRA-INGUINAIS POSTER (PO) 225 JUSTIFICATIVAS E OBJETIVOS: A isquemia crítica é uma das formas mais graves de doença arterial obstrutiva periférica (DAOP). Essa população tem alto risco coronário e de perda de membro inferior (MI). As opções de tratamento disponíveis incluem abordagem clínica, angioplastia transluminal percutânea com balão (ATPB), revascularização cirúrgica, e suas combinações. O tratamento clínico isolado é pouco significativo nesse estágio da doença. Objetivo: Avaliar o sucesso terapêutico da desobstrução arterial por ATPB no território infragenicular, verificando a cicatrização da lesão trófica refratária ao tratamento clínico, bem como a perfusão do MI isquêmico. MÉTODO: Estudo prospectivo (n=21), não randomizado, realizado em um unico centro, sendo incluidos pacientes Rutherford 5, com criterios arteriograficos TASC B e C. Foram excluidos pacientes com creatinina serica >2.0 mg/dl, presença de estenose em arteria femoral superficial >50% e aqueles que não tinham condições de realizar seguimento ambulatorial. O acompanhamento clinico incluiu documentação fotografica das lesões troficas, indice tornozelo braço e estudo com ecocolor-Doppler (ECD) no 7°, 30° e 60° dia. Foi analisado a taxa de amputação maior, diminuição da superficie da lesão trofica e numero de arterias patentes pos-ATPB. Foram consideradas as complicações inerentes ao procedimento. Termo de consentimento livre e esclarecido foi obtido de todos os pacientes. RESULTADOS: Foi possível evitar a amputação maior em 81% dos pacientes. Houve ganho de pelo menos uma artéria de perna em 76,2% e de duas artérias em 19% dos casos, à ECD. Observou-se redução da área média da lesão trófica de 4,4 cm2, achado que foi atribuído ao ganho de pelo menos uma artéria de perna (p=0.05). O risco de complicações da ATPB foi bastante baixo e pouco significativo. CONCLUSÕES: A ATPB se mostrou eficaz nessa população com DAOP de alto risco para perda de membro, salvando quatro de cada cinco MMII ameaçados. Feridas isquêmicas de difícil cicatrização demonstraram redução significativa de diâmetro e facilitação da cura após a ATPB. A ATPB se mostrou uma modalidade terapêutica de boa aplicabilidade e baixo risco de complicações nesse perfil de paciente. PO-226 SÍNDROME DO APRISIONAMENTO DA ARTÉRIA POPLÍTEA RELATO DE CASO JOÃO BATISTA VIEIRA CARVALHO; ISABELLE CRISTINE LIMA; BEATRIZ BARBOSA DE LIMA; MONISE ZACCARIOTTO; JAMIL KALIL NETO Universidade José do Rosário Vellano ALFENAS/MG OBSTRUÇÕES INFRA-INGUINAIS POSTER (PO) 226 JUSTIFICATIVAS E OBJETIVOS: Esta síndrome é caracterizada pelo aprisionamento extrínseco da artéria poplítea causado pelo desvio de seu trajeto anatômico habitual ou compressão por estruturas musculotendinosas da fossa poplítea. Esta variação anatômica foi descrita pela primeira vez em 1879 por Stuart e batizada por Love e Whelan em 1965 com a denominação atual e desde então tem despertado muita atenção e interesse. O objetivo deste trabalho é descrever um caso com as manifestações clínicas pertinentes à Síndrome do Aprisionamento da Artéria Poplítea, atendido pelo serviço de Cirurgia Vascular do Hospital Alzira Velano. MÉTODO: Paciente de 26 anos, sexo feminino, estudante de Medicina, natural de São Paulo, SP, procurou o serviço de Cirurgia Vascular com quadro de dor a deambulação por 30 metros, de início há 6 seis meses, típica de claudicação com piora recente. Ao exame físico observou-se pulsos diminuídos em membro inferior direito e presentes sem alterações em membro inferior esquerdo. Indice tornozelo-braço de 0,6. Pressão supramaleolar direita de 60 mmHg e Pressão arterial sistêmica de 120 mmHg. Solicitados dupplex scan que revelou fluxo trifásico em artérias femorais e poplítea supragenicular e monofásico em artérias distais da perna em MID; fluxo trifásico em todas as artérias de MIE. Solicitado então angio-ressonância magnética de MID que revelou estenose segmentar de a poplítea direita por banda fibrosa na fossa poplítea e reabitação de todas as artérias distais. Chegou-se ao diagnóstico de Síndrome do Aprisionamento da Artéria Poplítea (SAAP) clássica e foi indicação de tratamento com AAS 100 mg BID e cilostazol 100 mg BID.A paciente evoluiu com melhora do quadro e da dor com seis meses de tratamento e deambulação diária no plano diária durante 40 minutos. RESULTADOS: O diagnóstico precoce proporcionou boa resposta ao tratamento clínico, com controle dos sintomas, sem necessidade de intervenção cirúrgica. Porém, ressalta-se a importância do acompanhamento a longo prazo. CONCLUSÕES: O diagnóstico precoce é fundamental, pois permite o início do tratamento antes da ocorrência de trombose arterial e restringe o procedimento cirúrgico à retirada dos elementos que encarceram a artéria poplítea, sem necessidade de enxertos arteriais. Todo paciente jovem, com queixa de claudicação é canditado a portador da síndrome, tanto na forma anatômica, como funcional. PO-227 ESTUDO SÉRIE DE CASOS DE RECANALIZAÇÃO DE ARTÉRIAS FEMORAIS EM LESÕES TASC D GUILHERME BENJAMIN BRANDÃO PITTA; CEZAR RONALDO ALVES SILVA; GREGÓRIO LUIS GUARNIERI PANAZOLLO; ADRIANO DIONISIO D. SANTOS; JOSUE DANTAS DE MEDEIROS centro de medicina diagnóstica e intervencionista MACEIÓ/AL OBSTRUÇÕES INFRA-INGUINAIS POSTER (PO) 227 JUSTIFICATIVAS E OBJETIVOS :O presente estudo apresenta uma série de casos de oclusões extensas do segmento femoro-popliteo, classificadas como TASC D, tratados com recanalização por angioplastia e stents por técnica endovascular. MÉTODO: 11 pacientes com oclusões extensas de segmento arterial femoropopliteo, que foram submetidos á angioplastia com stent por técnica endovascular. RESULTADOS: Dos 11 pacientes submetidos á angioplastia, apenas um, necessitou de revascularização por técnica aberta com enxerto, em 10 pacientes, a técnica fora realizada com sucesso. CONCLUSÕES: A técnica endovascular para recanalização do segmento femoro-popliteo classificados como TASC D é factível e pode ser ser utilizada como alternativa em pacientes selecionados. PO-228 ESTUDO COMPARATIVO ENTRE ARTERIOGRAFIA E ECO-DOPPLER ARTERIAL EM PACIENTES COM ISQUEMIA CRÍTICA DE MEMBROS INFERIORES POR DOENÇA OCLUSIVA FÊMORO-POPLÍTEA LUCIANA ALVES DE ARAUJO; MARCUS VINÍCIUS LIMA CARDOZO; SAULO PADILHA VILELA; LUIZ HENRIQUE SERPA DE MENEZES; JULIO CESAR DE OLIVEIRA NUNES; LUCIANA PINHEIRO SPINELLI; KLEBER SILVA CABRAL ALBUQUERQUE Hospital Getúlio Vargas, Recife-PE PAULISTA/PE OBSTRUÇÕES INFRA-INGUINAIS POSTER (PO) 228 JUSTIFICATIVAS E OBJETIVOS: A arteriografia tem sido o exame padrãoouro na avaliação de pacientes com suspeita clínica de doença arterial oclusiva periférica (DAOP). Recentemente, métodos menos invasivos, como o eco-Doppler, têm sido usados com a mesma finalidade. O presentes estudo teve como objetivo comparar prospectivamente o eco-Doppler com a arteriografia do segmento fêmoro-poplíteona avaliação pré-operatória de pacientes com isquemia crítica dos membros inferiores. MÉTODO: Um total de 23 pacientes internados com diagnóstico de isquemia crítica de membros inferiores foram submetidos a arteriografia e ao eco-Doppler do segmento fêmoro-poplíteo do membro afetado, avaliando comparativamente 161 segmentos divididos em femoral comum, femoral profunda, 1/3 proximal da artéria femoral superficial, 1/3 médio da artéria femoral superficial, 1/3 distal da artéria femoral superficial, poplítea acima do joelho e poplítea abaixo do joelho. As lesões encontradas foram classificadas em 03 categorais: normal ou estenose moderada (<50% da luz); estenose hemodinamicamente significativa (>50% da luz); oclusão. Foram calculados índices de validade (sensibilidade, especificidade, valor preditivo positivo, valor preditivo negativo e acurácia) para distinguir cada categoria em todos os segmentos arteriais. Também foram calculados os coeficientes de correlação kappa entre arteriografias e ecoDoppler para o conjunto dos segmentos fêmoro-poplíteos. RESULTADOS: Estenoses moderadas foram detectadas em 112 (72,25%) segmentos pela arteriografia e 109 (70,32%) segmentos pelo eco-Doppler. Lesões hemodinamicamente significativas (>50%) foram observadas no eco-Doppler em 19 segmentos (12,25%) e na arteriografia em 17 segmentos (10,96%). O número de oclusões encontradas pela arteriografia foi de 26 (16,77%) segmentos e 27 (17,41%) segmentos pelo eco-Doppler. Dos 161 segmentos analisados, em 145 (93,54%) houve concordância no grau de oclusão entra a arteriografia e o eco-Doppler. CONCLUSÕES: O presente estudo mostrou que o eco-Doppler apresenta elevados índices de validade e coeficientes estatisticamente 98 significativos de correlação com a arteriografia na avaliação de pacientes com doença arterial oclusiva no segmento fêmoro-poplíteo. PO-229 SALVAMENTO DE MEMBRO INFERIOR EM PACIENTES COM ISQUEMIA CRÍTICA SUBMETIDOS À REVACULARIZAÇÃO PERIFÉRICA NO HGV-PE LUCIANA ALVES DE ARAUJO; MARCONI MARTINS SIMÕES ALVIM; LUIZ HENRIQUE SERPA DE MENEZES; JULIO CESAR NUNES DE OLIVEIRA; LUCIANA PINHEIRO SPINELLI; KLEBER SILVA CABRAL ALBUQUERQUE Hospital Getúlio Vargas, Recife - PE PAULISTA/PE OBSTRUÇÕES INFRA-INGUINAIS POSTER (PO) 229 JUSTIFICATIVAS E OBJETIVOS: A isquemia dos membros inferiores por doença arterial obstrutiva periférica (DAOP), em sua forma crônica, é a patologia arterial com maior incidência na prática do cirurgião vascular. Isquemia crítica representa um estágio avançado da doença arterial periférica. Engloba todos os doentes com dor de repouso de forte intensidade e persistente (por mais de 04 semanas), úlceras ou gangrena, requerendo analgésicos especiais como opiáceos e atribuída objetivamente à doença arterial. Na ausência de uma intervenção, o paciente sofrerá, indubitavelmente, a perda da extremidade. A escolha do tratamento intervencionista, endovascular ou cirurgia direta, depende basicamente da extensão da doença aterosclerótica. O salvamento do membro após a revascularização é definida como a ausência de uma amputação maior (acima do tornozelo). MÉTODO: Estudo retrospectivo observacional realizado no Hospital Getúlio Vargas de julho de 2009 a julho de 2010. Foram analisados 60 prontuários de pacientes portadores de isquemia crítica por DAOP que foram submetidos a revascularização por cirurgia convencional ou intervenção endovascular. RESULTADOS: Dos 60 pacientes, em 48 observou-se estágio IV na classificação de Fontaine e em 12 casos estágio III de Fontaine. Entre os procedimentos de revascularização, 53% dos pacientes foram submetidos à angioplastia, 47% realizaram cirurgia convencional. Obtivemos salvamento de membro em 51 (85%) pacientes revascularizados e 09 (15%) pacientes foram submetido a amputação maior, sendo que destes 04 tinham sido submetidos a angioplastia e 05 a cirurgia convencional. Em 66,66% dos pacientes amputados foi observada perviedade do enxerto ou artéria sendo a amputação realizada por progressão da infecção no membro amputado. Nos demais 33,33% dos amputados foi observada trombose primária do enxerto ou artéria. Portanto se levarmos em consideração perviedade da revascularização, chegamos ao patamar de 95% de enxertos ou artérias pérvias. Das amputações, 77,7% foram transtibiais e 22,2% transfemorais. CONCLUSÕES: A revascularização distal das artérias dos membros inferiores para salvamento do membro na fase terminal da doença aterosclerótica oclusiva ainda é um grande desafio em cirurgia vascular reconstrutora. Sempre visamos pela melhor opção terapêutica que é aplicável, a fim de promover a manutenção de uma estremidade viável, capaz de deambular, com o menor risco para o paciente e proporcionando uma qualidade de vida adequada. PO-230 ANEURISMA SACULAR DE ARTÉRIA POPLITEA ROTO - RELATO DE CASO LUIZ MAURICIO GRANDI; GUSTAVO AURÉLIO BASSO; JULIANA MARIA TENÓRIO JUCA SÁ; ANDRÉ LUIS BARROS DE SOUZA; ADRIANO P. M. DE LIMA; ANA BEATRIZ B. D. A.CAVALCANT; EDUARDO ALVES BRIGÍDIO; JANIO HENRIQUE SEGREGIO; AMIR NASSAR FILHO; CARLOS HENRIQUE DE ANDRADE ; SERGIO QUILICI BELCZAK; IGOR RAFAEL SINCOS; CAMILA DI RENZO AGUIAR; BRUNA LOPES SILVEIRA; BRUNO T. DE CARVALHO CONJUNTO HOSPITALAR DO MANDAQUI (CHM) SÃO PAULO/SP OBSTRUÇÕES INFRA-INGUINAIS POSTER (PO) 230 JUSTIFICATIVAS E OBJETIVOS: Os aneurismas de artéria poplítea são os mais frequentes dentre os aneurismas periféricos, correspondendo a 70% do total. São mais comuns no sexo masculino, frequentemente bilaterais e comumente associados a outros aneurismas. Aterosclerose e trauma são os principais fatores de risco. Clinicamente podem apresentarem-se assintomáticos ou com sinais de isquemia, principalmente por trombose ou embolização distal. A ruptura é bastante rara, sendo relatado na literatura uma frequencia de 1,4 - 2,4% dos casos. No presente caso, relatamos a ocorrência de ruptura espontânea de aneurisma sacular e a abordagem terapêutica utilizada. MÉTODO: Paciente E.L., 66 anos sem comorbidades. Paciente referindo que há 4 meses apresentou edema em MIE associado a dor. Ficou internado em outro serviço, inicialmente com suspeita de TVP, onde realizou Doppler e foi identificado aneurisma de poplitea supragenicular com Poster maior diametro de 5,3 cm e ausencia de TVP. Recebeu alta e realizou angiografia e procurou nosso serviço com queixas de piora do edema. Arteriografia apresentava imagem de aneurisma sacular em arteria poplítea supragenicular. Negava história de trauma na região devido a imagem parecida com pseudoaneurisma. Diante do caso, foi solicitado avaliação pré-operatória e após 12 dias, paciente retornou na emergência com queixas de dor súbita em MIE e piora do edema com endurecimento de toda perna. Solicitado Doppler de urgência e identificado rotura do aneurisma com presenca de coleção em região de gastrocnemios. Ao exame fisico, apresentava panturrilha tensa, ausência de déficit motor e sensitivo e não palpado pulsos devido a edema. Presença de fluxo em arterias tibiais posterior e anterior no Doppler portátil. Paciente submetido a exploração arterial e identificado aneurisma sacular roto. Realizado secção do segmento doente e anastomose terminoterminal da arteria nativa. Paciente evoluiu bem no pos-operatorio, recebendo alta no 5º PO e apresentando pulsos tibiais palpaveis. Paciente retornou no ambulatorio sem queixas algicas e mantendo edema em perna. RESULTADOS: Relatar apresentação rara de aneurisma de poplitea sacular, bem como sua evolução (ruptura). CONCLUSÕES: Aneurismas de poplítea roto são patologias de difícil diagnóstico e de risco de perda de membro, no qual o cirurgião vascular deve incluir no diagnóstico diferencial de edemas de perna. PO-231 APRISIONAMENTO DA ARTÉRIA TIBIAL ANTERIOR - RELATO DE CASO MARCIO MIYAMOTTO; MARCOS ROBERTO LIKES MISCHIATT; IZARA CASTRO SOUZA; BRUNO MORAES RIBAS; JOICE CRISTINA DALTOÉ INGLEZ; FERNANDA ZANDAVALLI RAMOS; CINTIA LOPES RAYMUNDO; RICARDO CESAR ROCHA MOREIRA Serviço de CirURGIA Vascular Dr Elias Abrão CURITIBA/PR OBSTRUÇÕES INFRA-INGUINAIS POSTER (PO) 231 JUSTIFICATIVAS E OBJETIVOS: A queixa de claudicação intermitente é freqüente na faixa etária mais avançada da população. Ocorre principalmente por estenoses vasculares devido a doença aterosclerótica. Entretanto, em pacientes jovens com queixa de claudicação, outras causas devem ser aventadas, tais como: compressão arterial extrínseca por tecidos moles, como na síndrome do aprisionamento da artéria poplítea, síndrome compartimental crônica, compressão óssea e arterites. O presente trabalho tem por objetivo relatar um caso de claudicação intermitente devido à compressão extrínseca da artéria tibial anterior pela membrana interóssea (síndrome do aprisionamento da tibial anterior). MÉTODO: Paciente de 33 anos, sexo feminino, com quadro de claudicação intermitente de membro inferior direito, principalmente ao caminha com maior velocidade. A paciente não apresentava comorbidades e não havia história de tabagismo. Ao exame físico apresentava pulsos pediosos e tibiais posteriores presentes bilateralmente, amplos e simétricos. Porém apresentava diminuição dos pulsos tibiais anteriores bilateralmente, com a manobra de dorsiflexão. O exame de eco-Doppler sugeriu compressão arterial extrínseca confirmado pela angiorressonância que evidenciou compressão da artéria tibial anterior direita proximal, ao nivel da membrana interóssea. A paciente foi submetida a tratamento cirúrgico. para descompressáo da artéria tibial anterior por secção da membrana interóssea. A angiorressonância de controle demonstrou ausência de compressão da artéria tibial anterior e o paciente evoluiu com melhora da claudicação. RESULTADOS: A síndrome do aprisionamento da artéria tibial anterior ocorre quando existe uma relação anatômica anormal entre a artéria e as estruturas musculotendinosas ao redor causando compressão da mesma, geralmente ao realizar exercício físico. Devido sua localização anatômica, o aprisionamento da artéria tibial anterior está mais associado a fraturas da tíbia e sua compressão pela membrana interóssea é rara, sendo que não foram encontrados relatos semelhantes na literatura. CONCLUSÕES: Aprisionamento da artéria tibial anterior é uma causa rara de claudicação de membro inferior, mas deve ser considerada como um diagnóstico diferencial em pacientes jovens que apresentam dor durante exercícios, especialmente em indivíduos atletas e sem fatores de risco. PO-232 USO DE ANGIOPLASTIA TRANSLUMINAL PERCUTÂNEA (ATP) PARA REVISÃO DE DERIVAÇÕES ARTERIAIS MARCOS ROBERTO GODOY; RONALDO ARROYO DAUDT; EDSON TAKAMITSU NAKAMURA; MARCUS VINICIUS MARTINS CURY; ALINE YOSHIMI FUTIGAMI; MARCELO BARRETO RIBEIRO; HUGO BRAZ LEAL LESSA; ROBERTO SACILOTTO Hospital do Servido Público Estadual de São Paulo SÃO PAULO/SP OBSTRUÇÕES INFRA-INGUINAIS POSTER (PO) 232 Poster JUSTIFICATIVAS E OBJETIVOS: Na isquemia critica de membros inferiores, as derivações arteriais com uso de veia já se estabeleceram como tratamento padrão para salvamento de membro. Habitualmente, a falha destas derivações está associada a risco de perda de membro. Neste sentido, a realização de programas de vigilância de enxerto por ultrassonografia com Doppler (Duplex) permite a detecção precoce de estenoses, permitindo a realização de perviedade primaria assistida. O objetivo deste estudo foi demonstrar os resultados de perviedade e salvamento de membro por ATP dos enxertos arteriais revisados. MÉTODO: No período de Janeiro de 2004 a Março de 2011, realizamos 45 ATP em 33 enxertos arteriais de um total de 270 derivações, realizadas primariamente por isquemia crítica. Todas as revisões foram indicadas por alterações clínicas e/ou ao eco-Doppler, e os procedimentos incluíram tratamento de lesões nos enxertos, bem como nas artérias doadora/receptora. Os principais desfechos analisados foram: perviedade cumulativa e salvamento de membro (Kaplan-Meier). RESULTADOS: Houve predominância do sexo masculino (63.6%) com média de idade de 69.1±7.7 anos, sendo a hipertensão arterial sistêmica a principal comorbidade (90.9%). As derivações arteriais foram preferencialmente realizadas com veia safena magna em segmento único (78.1%), com anastomose distal em artérias infra-patelares (83.8%). Na ocasião da angioplastia, 66.7% dos pacientes se encontravam com suas lesões tróficas já cicatrizadas e o tempo mais frequente entre a realização da derivação arterial e a ATP foi de 3 meses. Houve predominância de estenoses únicas, sendo inferiores a 20 mm em 63.6% e o sítio mais frequente o complexo anastomótico proximal (45.5%). O uso de stent foi necessário em 30.3% dos casos. Aos 12 e 36 meses as estimativas de perviedade cumulativa foram de 87% e 75.3% e salvamento de membro de 93.3% e 86.7%, respectivamente (EP<0,10). Aos 6 meses, somente a presença de estenose com extensão superior a 20 mm foi associada a piores resultados de perviedade cumulativa (95% x 82.5%; p<0.05), no entanto, sem interferência no salvamento de membro. Na análise univariada, não identificamos qualquer fator de risco associado a piores resultados de perviedade cumulativa e salvamento de membro. CONCLUSÕES: A ATP constitui um bom método terapêutico para revisão dos enxertos arteriais, principalmente em estenoses com extensão inferior a 20 mm, mostrando boas estimativas de perviedade e salvamento de membro. PO-233 AVALIAÇÃO DA EVOLUÇÃO CLÍNICA DOS PACIENTES APÓS ANGIOPLASTIAS DISTAIS E PROXIMAIS EM LESÕES ESTENOSANTES OU OCLUSIVAS MARIA GABRIELA SACRAMONI DE ALMEIDA; ANTONIO AUGUSTO MOREIRA NETO; ALEXANDRE ARES; GISELE CRISTINA M. ROSOLEM; MARIA LUIZA MAZZER PASQUOTO; RUY BARBOSA; RUY OTAVIO BARBOSA; SYLVIO SOUZA Universidade de Mogi das Cruzes MOGI DAS CRUZES/SP OBSTRUÇÕES INFRA-INGUINAIS POSTER (PO) 233 JUSTIFICATIVAS E OBJETIVOS: A doença aterosclerótica oclusiva periférica (DAOP) infrainguinal pode levar a claudicação intermitente e a isquemia crítica com o aparecimento de lesões tróficas. Apesar dos baixos índices de complicação no território infrainguinal, as taxas de perviedade primária da angioplastia transluminal levaram a reservar essa modalidade para pacientes com lesões curtas, de alto risco cirúrgico ou que não possuíam conduto autógeno. Com o desenvolvimento de novos dispositivos, a indicação dessa modalidade vem crescendo ao longo dos anos, sendo que o TASC 2 já institui a terapia endovascular fêmoropoplítea como modalidade estabelecida e preferida para os casos de estenoses ou oclusões menores que 10 cm de extensão.Objetivos: A pesquisa tem como objetivo avaliar a evolução clínica após angioplastia transluminal de lesões oclusivas e estenóticas em membros inferiores. MÉTODO: Foi realizado um estudo retrospectivo, no ambulatório do HCLPM, dos pacientes submetidos à angioplastia, separados em dois grupos: grupo A, submetidos à angioplastia proximal (artérias ilíaca, femoral comum e superficial e poplítea) e grupo B, angioplastia distal (tibial anterior e posterior). Estes grupos foram comparados através das variáveis: tipo de lesão e sintomatologia. Estes pacientes foram avaliados 6 meses após o procedimento através de exame físico, medida de índice tornezelo-braquial (ITB) e o ecocolor-Doppler arterial. RESULTADOS: Foram selecionados 30 pacientes que realizaram angioplastia no período de janeiro de 2010 a janeiro de 2011. Destes pacientes, 60% (18) apresentaram lesões proximais (grupo A) e 40% (12) tiveram lesões distais (grupo B). Dos 30 pacientes, 7 perderam acompanhamento, 2 foram a óbito e 2 amputaram o membro tratado. Dos 19 restantes, 84,21% (16) pertenciam ao grupo A e 15,78% (3) ao grupo B. No grupo A, 50% dos paciente (8) tinham lesão do tipo estenose e 50% (8) lesão do tipo oclusão e foram tratadas com colocação de stent em 56,25% (9) e somente com angioplastia 43,75% (7). No grupo B todos os pacientes foram tratados com angioplastia somente. No grupo A, o ITB médio foi de 0,70 e 62,5% (10) encontravam-se assintomáticos no dia da consulta, enquanto 37,5% (6) claudicavam. Já no grupo B a média de 99 ITB foi de 0,97 e 66,6% (2) estavam assintomáticos e 33,3% apresentavam claudicação. Ao ecocolor-Doppler, 36,36% (4) do grupo A apresentaram reestenoses hemodinamicamente significativas e 50% (1) do grupo B. CONCLUSÕES: Não houve diferença estatística entre os grupos quanto à evolução clínica. PO-234 QUALIDADE DE VIDA DOS PACIENTES DO AMBULATÓRIO DE DOENÇAS ARTERIAIS DA SANTA CASA DE MISERICÓRDIA DE SÃO PAULO NATHÁLIA MALUF GHORAYEB; MARCELA FIGUEIREDO PRESTI; RODRIGO NÓBREGA BARBOSA; FERNANDA MAYUMI TENGAN; LUIS GUSTAVO SCHAEFER GUEDES; RICARDO AUGUSTO BRAVO GAMBOA; MARCELO KALIL; CÁSSIO HUNGRIA DIB; ANDRÉ LUIS VILLELA; HENRIQUE JORGE GUEDES NETO; ROBERTO AUGUSTO CAFFARO FCMSCSP SÃO PAULO/SP OBSTRUÇÕES INFRA-INGUINAIS POSTER (PO) 234 JUSTIFICATIVAS E OBJETIVOS: As doenças arteriais têm como peculiaridade a dor devido a isquemia, gangrena e amputação, principalmente, dos membros inferiores. Elas cursam com uma piora da qualidade de vida associada com uma alta taxa de mortalidade. Os dados da literatura sobre a qualidade de vida são escassos e impedem a quantificação do impacto dessa enfermidade na vida dos pacientes. Assim, resolvemos estudar a qualidade de vida dos arteriopatas. Nosso objetivo foi avaliar de forma precisa a qualidade de vida dos pacientes acometidos por doenças predominantemente arteriais. Para a partir disso avaliar o quanto estamos beneficiando não apenas a saúde mas esses pacientes como um todo. MÉTODO: Foi realizado um estudo transversal prospectivo, nos pacientes do Ambulatório de Doenças Arteriais da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo. Para tanto, foi utilizado o questinário WHOQOL-bref aplicado em 39 pacientes. A análise estatística dos dados foi realizada pelo programa Epi-info utilizando-se do teste de Kruskal-Wallis. RESULTADOS: A população analisada mostrou-se homogênea quanto a idade, sexo e estado civil. Quanto maior o nível educacional do paciente melhor a qualidade de vida relacionada ao meio ambiente no qual o paciente estava inserido (p<0,05). Com uma pergunta direta de como o está sua saúde conseguimos demonstrar que o modo como a população classificava sua própria saúde era compatível com a qualidade de vida pontuada pelo questionário (p<0,05). As terapêuticas como cirurgia, uso de meia elástica, medicação oral, fisioterapia e terapia física complexa não mostraram impacto estatisticamente significativos sobre a qualidade de vida desses pacientes. O tabagismo demonstrou-se como um fator isolado para uma pior pontuação de qualidade de vida sob o aspecto da saúde física dos pacientes (p<0,05). Já o etilismo foi fator significativo tanto para a melhor qualidade de vida geral quanto psicológica dessa população. CONCLUSÕES: A população com nível educacional melhor tem uma maior qualidade de vida. Verificamos que a população analisada tem consciência e relaciona diretamente sua saúde com sua própria qualidade de vida. Apesar dos tratamentos não mostrarem um impacto significativo sobre a qualidade de vida não devem ser dispensados porque já foram diversamente relacionados à melhora da doença. O tabagismo foi relacionado a uma pior qualidade de vida relacionada a saúde física do paciente enquanto o estilismo se mostrou como um fator de melhora da qualidade de vida geral e psicológica. PO-235 CIRURGIA ENDOVASCULAR EM MEMBRO INFERIOR OTACILIO CAMARGO JUNIOR; ANTONIO CLAUDIO GUEDES CHRISPIN; CLAUDIO ROBERTO CABRINI SIMÕES; GUILHERME VIEIRA MEIRELLE; WILLIAN VENDRAMINI; MARCIO OLIVEIRA PontifÍcia Universidade Católica de Campinas CAMPINAS/SP OBSTRUÇÕES INFRA-INGUINAIS POSTER (PO) 235 JUSTIFICATIVAS E OBJETIVOS: O tratamento de isquemia dos MMII por via endovascular é uma opção factível no território fêmoro-poplíteo e distal, especialmente para os pacientes com riscos aumentados para a cirurgia aberta. Relatamos cinco casos de pacientes com isquemia crítica em membro inferior tratados com cirurgia endovascular. MÉTODO: Foram tratados cinco pacientes com doença arterial obstrutiva periférica, grau 3 e 4 de Fontaine por via endovascular. Uma paciente do sexo feminino, 81 anos, admitida com história de dor em membro inferior direito há 6 meses, com piora abrupta nos últimos dias com lesão trófica. A segunda paciente do sexo feminino, 92 anos, com lesão trófica em membro inferior esquerdo. Dois pacientes, 89 e 67 anos, ambos do sexo masculino apresentavam dor em repouso em membro inferior. Outra paciente, 68 anos, do sexo feminino, apresentava no momento da consulta dor em repouso com necrose de pododáctilos em membro inferior esquerdo. Todos pacientes foram 100 tratados com cirurgia endovascular, com e sem colocação de stent e um paciente foi submetido à revascularização fêmoro-poplítea com PTFE e angioplastia de artérias de perna. RESULTADOS: Todos pacientes apresentaram melhora do quadro álgico com salvamento do membro e dois pacientes com amputações menores. CONCLUSÕES: No território fêmoro-poplíteo onde teve início a cirurgia endovascular para tratar a doença oclusiva aterosclerótica a angioplastia transluminal percutânea constitui uma técnica conservadora alternativa em relação à cirurgia de reconstrução dos vasos dos membros inferiores. Podendo ser realizada como tratamento único ou associada a cirurgia aberta na tentativa de salvamento de membro. PO-236 ALPROSTADIL INTRAVENOSO NO TRATAMENTO DE DOENÇA ARTERIAL OBSTRUTIVA PERIFERICA RODRIGO AGUIAR GUEDES; IRLANDA CAVALCANTI SILVA; JOSE NESTOR AGUIAR; THIAGO CHARAMBA DUTRA; CLEYBSON AUGUSTO SANTOS HOSPITAL AGAMENOM MAGALHÃES RECIFE/PE OBSTRUÇÕES INFRA-INGUINAIS POSTER (PO) 236 JUSTIFICATIVAS E OBJETIVOS: A doença arterial obstrutiva periférica (DAOP), patologia vascular com alta prevalência e grande impacto na qualidade de vida do paciente, exige uma abordagem segura e bem direcionada, principalmente em casos avançados ou complicados, quando não há possibilidade de revascularização. Objetivo: Avaliar eficácia do uso intravenoso de alprostadil para o tratamento de pacientes arteriopatas, classe III e IV de Fontaine. MÉTODO: Foram analisados 30 pacientes internados na enfermaria de cirurgia vascular do HAM no período de junho de 2009 a julho de 2010, submetidos a uso de alprostadil na dose de 40 µg intravenoso de 12/12 horas por 28 dias. RESULTADOS: A média de idade dos pacientes foi de 67 anos; na admissão 90% dos pacientes era portadores de lesões tróficas, classe IV de Fontaine; ao término do tratamento, 40% dos pacientes apresentavam claudicação intermitente, mostrando uma regressão na classificação da arteriopatia para classe II de Fontaine. Três meses após, 60% dos pacientes estavam na classe II de Fontaine e 57% não faziam mais uso regular de analgésicos controlados. CONCLUSÕES: Com base nos bons resultados, baixa taxa de complicações, e significativa melhora na qualidade de vida dos pacientes arteriopatas, o alprostadil demonstrou benefícios clínicos a curto e médio prazo. PO-237 OCLUSÃO ARTERIAL AGUDA ASSOCIADA AO USO DE CRACK RELATO DE CASO RONALDO DÁVILA; GUSTAVO CABRAL DUARTE; RENATO FANCHIOTTI COSTA; LETÍCIA CRISTINA D. SIQUEIRA; HERNANI H. BARBOSA KOMATSU; RODRIGO A. FIGUEIREDO; EDUARDO C. CARVALHO SANSOLO; WALTER ZAVEN KARAKHANIAN; THIAGO ALMEIDA BARROSO; CASSIO HUNGRIA DIB; RICARDO AUGUSTO BRAVO GAMBOA; MARCELO KALIL DI SANTO; VALTER CASTELLI JÚNIOR; WALTER KHEGAM KARAKHANIAN; ROBERTO AUGUSTO CAFFARO Irmandade Santa Casa de Misericórdia de São Paulo SÃO PAULO/SP OBSTRUÇÕES INFRA-INGUINAIS POSTER (PO) 237 JUSTIFICATIVAS E OBJETIVOS: O crack é uma droga derivada da cocaína, que é a mais utilizada entre indivíduos procurando auxílio em serviços de emergência ou centros de tratamento de drogas. Além do mais, é a causa mais frequente de morte relacionada ao consumo de drogas. No Brasil é consumida por cerca de 2,3% da população. A cocaína é um alcaloide extraído da planta Erythroxylon coca com efeito simpaticomimético potente e consumida por via injetável ou nasal sob a forma de sal ou, fumada através de apresentações voláteis. Os efeitos vasculares da cocaína resultam basicamente em vasoespasmo e trombose. Os principais mecanismos são: efeito alfa-adrenérgico por inibição da recaptação de noradrenalina na junção neuromuscular, indução da síntese de endotelina-1 e inibição da síntese de óxido nítrico pelo endotélio, estimular a agregação plaquetária e diminuir a fibrinólise. As complicações vasculares mais comuns incluem síndromes coronarianas agudas e acidentes vasculares encefálicos; embora, acometimentos em praticamente todos territórios orgânicos já foram descritos. Apesar de raras, síndromes isquêmicas agudas em extremidades podem ocorrer. MÉTODO: Relatamos um caso de JES, sexo feminino, 37 anos, que deu entrada na emergência da Santa Casa de São Paulo em 11/08/2009 com queixa de dor e edema de início súbito há duas semanas em membros inferiores associados à cianose de 2o pododáctilo direito e 5° pododáctilo esquerdo. Antecedente de tabagismo e usuária de crack, sem claudicação prévia. Ao exame Poster físico de entrada, apresentava-se com sinais vitais estáveis e ausência de pulsos no território infra-patelar bilateralmente. Realizada arteriografia com evidência de oclusão segmentar das artérias da perna e pé bilateralmente, sem sinais de aterosclerose. Realizado tratamento com enoxaparina sódica 120 mg/dia, ácido acetilsalicílico 200 mg/dia e alprostadil 80 mcg/dia com duração de quatro semanas. Paciente evoluiu com melhora clínica, apresentando delimitação de necrose seca nos pododáctilos supracitados, sendo submetida à amputação dos mesmos em 02/09/2009. Recebeu alta em 08/09/2009. RESULTADOS: Descrição de uma síndrome isquêmica aguda de membros inferiores, secundária a trombose, associado ao consumo de crack que leva a hipertrofia miointimal e diminuição progressiva da luz arterial segundo descrito na literatura. CONCLUSÕES: Uma vez que o diagnóstico de trombose arterial foi feito e paciente apresentou sinais de isquemia aguda, houve beneficio clínico através do uso de anticoagulante, antiagregante plaquetário, alprostadil. PO-238 EXPERIÊNCIA NO USO DE PRÓTESE DE DACRON EM BYPASS FEMORO-POPLÍTEO SUPRA PATELAR SAMOU SAID SALOMÃO; CARLOS H. A. BERNARDES; AGLAIR L. S. SOARES; ALFONSO H. D. NOMURA; ROBSON PARREIRA MORAIS JUNIOR Santa Casa de Misericórdia de Santos SÃO PAULO/SP OBSTRUÇÕES INFRA-INGUINAIS POSTER (PO) 238 JUSTIFICATIVAS E OBJETIVOS: O paciente com isquemia crítica e úlcera isquêmica no seu membro inferior necessita reestabelecimento sanguíneo do fluxo sanguíneo no membro afetado através de um bypass arterial. É sabido que a veia safena autógena é o melhor material, porém, na impossibilidade do uso da mesma, pode-se lançar mão do uso da prótese de Dacron. O objetivo deste trabalho é mostrar os resultados no seguimento de um ano, em nosso serviço, do bypass com prótese. MÉTODO: Foram estudados 20 pacientes no período de janeiro de 2008 à janeiro de 2010, com isquemia crítica de membros inferiores, sendo critério de inclusão pacientes com dor em repouso ou lesão trófica (Classificação de Rutherford 4, 5 e 6). Todos submetidos a bypass femoro-poplíteo supra-patelar com prótese de Dacron e com seguimento de um ano e 70% em uso de cilostazol e 30% com uso de antiagregante plaquetário. RESULTADOS: Neste estudo tivemos 1 óbito por IAM, 15% de infecção pós operatório, 2% de amputação. Cicatrização de duas lesões tróficas. 75% dos enxertos mantiveram-se pérvios. Média de internação de 5 dias. CONCLUSÕES: A prótese de Dácron mostrou-se uma alternativa viável e com bom resultado nos pacientes onde a veia safena foi extirpada ou possui calibre insuficiente para sua utilização. PO-239 PERSISTENT SCIATIC ARTERY ANGIOPLASTY: CASE REPORT SERGIO QUILICI BELCZAK; ALINE VALENTE SANTANA; MARIO AMORIM DE BARROS; IGOR RAFAEL SINCOS; RICARDO AUN; DENIS SZENJFELD; VITOR GORNATI; ANNA PAULA WEINHARDT BAPTISTA; ETTORE PEGNEAU Hospital do Brigadeiro SÃO PAULO/SP OBSTRUÇÕES INFRA-INGUINAIS POSTER (PO) 239 JUSTIFICATIVAS E OBJETIVOS: The presence of a persistent sciatic artery is a rare congenital anomaly of the circulatory system, and few cases have been described in the literature. Therefore, no consensus has been reached about its diagnosis and treatment. The authors describe the case of a patient that underwent a successful angioplasty of the of a persistent sciatic artery. MÉTODO: An 81-yearold woman presented with a history of rest pain in the left lower limb and trophic ulcers in the first and third toes. The patient, who had a history of hypertension, had no pulses in the left lower limb and no posterior tibial pulse in the right lower limb. Aortography and pelvic and left lower limb arteriography revealed persistent sciatic artery with atherosclerosis and segment occlusion. Endovascular treatment was suggested for the obstructive lesion. Using a contralateral approach and a 45-cm-long 6F introducer sheath, a 0.018 guidewire was advanced through the obstruction. Angioplasty was performed using a 5 x 20 mm balloon. The fibular artery was also submitted to angioplasty using a 3 x 120 mm balloon. RESULTADOS: Follow-up arteriogram showed that the artery was pervious and that contrast medium flow rate was good.Immediately after surgery, the patient reported pain relief. She is currently being followed up in our outpatient service; at 90 days after the endovascular procedure, the trophic lesions have not progressed and the patient has no pain. There is no consensus in the literature about the best therapy for this entity, and treatments should be selected for each specific case. Some reports describe the use of several grafts, synthetic prosthesis and autologous veins, and results have been good. There are also a few reports Poster of successful endovascular treatment using thrombolysis, embolization, covered stents and angioplasty. CONCLUSÕES: Several treatment options are available for a pathologic persistent sciatic artery and should be chosen individually for each specific case. The endovascular approach combined with angioplasty is a possible alternative for the treatment of this condition. PO-240 PONTE AORTO-POPLÍTEA EXTRA-ANATÔMICA THIAGO DIAS MIRANDA; ALINNE DE JESUS; JOSE LACERDA BRASILEIRO; MALDONAT AZAMBUJA SANTOS; RILMON ELIAS COSTA; LEONARDO PEREIRA ALVES HOSPITAL UNIVERSITÁRIO - UFMS CAMPO GRANDE/MS OBSTRUÇÕES INFRA-INGUINAIS POSTER (PO) 240 JUSTIFICATIVAS E OBJETIVOS: A revascularização com prótese sintética de membros inferiores normalmente são inseridos em posição anatômica. As variantes extra-anatômicas mais comuns são femoro-femoral cruzado, axilo femoral, tóraco femoral e forame obturador. MÉTODO: Paciente masculino, 51 anos, pardo, tabagista, 6 meses após ponte aortofemoral esquerda (E), evoluiu com agravamento da necrose isquêmica do pé E. Nova arteriografia demonstrou prótese trombosada. Submetido à trombectomia e amputação de 5º metatarso necrosado. Pós-operatório com extensão da necrose em região dorsal do pé e sinais de infecção grave em incisão femoral. Submetido a ponte aorto poplítea extra anatômica não convencional com exérese da prótese antiga. Paciente evoluiu com melhora do quadro isquêmico em processo de cicatrização e pulso tibial posterior presente. RESULTADOS: Relatar caso de ponte extra anatômica não convencional. CONCLUSÕES: As pontes extra anatômicas constituem via de exceção que por vezes são a única maneira de abordagem para revascularização efetiva. PO-241 ESTUDO COMPARATIVO DO PADRÃO ARTERIOGRÁFICO DE PACIENTES DIABÉTICOS E NÃO DIABÉTICOS COM ISQUEMIA CRÍTICA POR DAOP INFRA INGUINAL VANESSA PRADO SANTOS; ROMNEL LISBOA SANTOS; CARLOS ALBERTO SILVEIRA ALVES; CÍCERO FIDELIS LOPES; JOSÉ SIQUEIRA ARAÚJO FILHO Universidade Federal da Bahia SALVADOR/BA OBSTRUÇÕES INFRA-INGUINAIS POSTER (PO) 241 JUSTIFICATIVAS E OBJETIVOS: O objetivo deste estudo é analisar comparativamente o padrão arteriográfico de pacientes diabéticos e não diabéticos, com quadro de isquemia crítica por DAOP infra-inguinal, e encontrar se existem diferenças entre eles. MÉTODO: Estudamos 154 membros inferiores de 136 pacientes com isquemia crítica por DAOP infra-inguinal no HUPES-UFBA. Avaliou-se comparativamente os dois grupos de pacientes (diabéticos e não diabéticos) em relação aos aspectos clínicos e arteriográficos. Nas arteriografias foi estudado o número de artérias da perna que apresentavam algum segmento contrastado e a presença de opacificação de qualquer segmento das artérias: poplítea, tibial anterior, tibial posterior e fibular. A análise estatística foi com os testes do Quiquadrado, exato de Fisher, análise de variância e regressão logística, considerando significante um valor de p menor que 0,05. RESULTADOS: A idade média dos 136 pacientes foi de 69,6 anos, 51% (69 pacientes) eram diabéticos e 70% (95) hipertensos. Analisando-se os 154 membros inferiores estudados a porcentagem de arteriografias com opacificação ou não das artérias poplítea, fibular e tibial anterior não diferiu entre os doentes diabéticos e não diabéticos. Também não houve diferença quanto a opacificação destas três artérias quanto ao sexo, idade ou presença de hipertensão arterial. Quanto à artéria tibial posterior, idade, sexo, diabetes e hipertensão arterial foram estatisticamente significantes para sua a sua opacificação. Foi realizado o pareamento dos membros inferiores dos doentes diabéticos e não diabéticos quanto ao sexo e idade. Analisando os 118 membros pareados (59 em cada grupo), a opacificação da artéria tibial posterior foi significativamente menor entre os diabéticos (p=0,03), hipertensos (p=0,005) e pacientes do sexo feminino (p=0,007). Na análise multivariada através da regressão logística, entretanto, o diabetes (p=0,09), a hipertensão (p=0,12) e o sexo feminino (p=0.07) não se mostraram fatores de risco significativos para a não opacificação da artéria tibial posterior. O número de artérias opacificadas de diabéticos e não diabéticos não diferiram significativamente (p=0,37), sendo que em ambos a maioria dos pacientes apresentava opacificação de apenas uma artéria na perna (66% vs 58%). CONCLUSÕES: Pacientes diabéticos e não diabéticos, com isquemia crítica por DAOP infra-inguinal, não diferiram significativamente em relação ao padrão de opacificação das artérias dos membros inferiores nas arteriografias de subtração digital. 101 PO-242 OXIGENOTERAPIA HIPERBÁRICA NO TRATAMENTO DE PÉ DIABÉTICO BEATRIZ CRUZ BARCELOS; KLEBER LEANDRO OLIVEIRA; EVANDRO HANNA SANT ANA; DANILO GALVÃO TEIXEIRA; GUILHERME LEMOS PEDERÇOLE; PEDRO AUGUSTO JAQUETO; WAGNER HENRIQUE DELOVO; ABILIO M. L. J. FRANCO; RENATO BARBOSA NESI; ROSEMARY A. FURLAN DANIEL UNAERP RIBEIRÃO PRETO/SP PÉ DIABÉTICO POSTER (PO) 242 JUSTIFICATIVAS E OBJETIVOS: O pé diabético é uma importante e prevalente morbidade do DM, sendo responsável por gastos elevados no sistema de saúde, causando grande déficit também na previdência social. Dados do DATASUS mostram que em torno de 4,5% de todos os diabéticos no Brasil desenvolvem pé diabético nos primeiros dez anos de doença. Estima-se que 80% das amputações de membros inferiores ocorridas de janeiro de 2002 até maio de 2010 no país foram, direta ou indiretamente, devido a complicações do DM. A oxigenoterapia hiperbárica (OHB) é um tratamento adjuvante na cicatrização de lesões cutâneas. Este trabalho tem por objetivo avaliar a evolução de paciente portador de pé diabético e amputação, submetido ao tratamento com OHB. MÉTODO: Paciente NGS, 56 anos, sexo M, tabagista, portador de DM II há 10 anos e lesão em pés D e E. O paciente, em agosto/08, sofreu trauma em pé D e evoluiu com abscesso e gangrena úmida, sendo submetido a desbridamento e amputação do 2° pododáctilo D. Em março/09 iniciou quadro de abscesso em pé E, novamente submetido à desbridamento e drenagem do abscesso. Após as cirurgias foi iniciado tratamento com: curativos diários, desbridamento da lesão, antibioticoterapia e controle glicêmico (insulina NPH e glibenclamida), sem resolução do quadro, com discreta melhora das lesões. Devido à gravidade do quadro, à evolução arrastada e o risco de novas infecções, que poderiam levar a amputações maiores foi solicitado tratamento adjuvante com OHB, em julho/09, quando apresentava: ferida cirúrgica de amputação em pé D não cicatrizada com secreção serohemática e 2 lesões no pé E com 10 e 8 cm de extensão na face lateral interna do hálux e no dorso, com presença de áreas de necrose, sinais flogísticos e secreção purulenta à pressão e exposição de tendões. Foram realizadas sessões diárias no Centro de Medicina Hiperbárica - Ribeirão Preto em uma câmara multiplace, com duração de 2 horas e à 2,4 atm de pressão. RESULTADOS: Como apresentado pelas figuras o paciente apresentou excelente evolução clínica, com controle da infecção, diminuição da secreção e dos sinais flogísticos, tecido de granulação e melhora da perfusão tecidual com cicatrização da lesão. CONCLUSÕES: A utilização da OHB como terapia adjuvante no pé diabético com lesões refratárias aos tratamentos convencionais, mostrou-se uma importante opção de tratamento. A sua utilização levou a uma cicatrização rápida da lesão, diminuindo a chance de infecções recorrentes que poderiam levar a quadros mais graves e amputações maiores. PO-243 O USO DA TELEMEDICINA NO TRATAMENTO DE PORTADORES DE DOENÇAS VASCULARES EM MUNICÍPIOS DO ESTADO DO AMAZONAS CLEINALDO DE ALMEIDA COSTA; JOSÉ EMERSON DOS SANTOS SOUZA; ANTONIO OLIVEIRA ARAÚJO; HABIB STEPHANNE A. M. W. S. HAFID; DANIEL MONTEIRO QUEIROZ Universidade do Estado do Amazonas MANAUS/AM PÉ DIABÉTICO POSTER (PO) 243 JUSTIFICATIVAS E OBJETIVOS: A Telemedicina caracteriza-se como um recurso da saúde quando a distância é um fator crítico. No Amazonas, por sua dimensão territorial, e pela falta de profissionais esecializados, essa ferramenta torna-se fundamental como consulta de segunda opinião formativa. OBJETIVOS: Avaliar a aplicação da telemedicina no atendimento de pacientes portadores de doenças vasculares no interior do Estado do Amazonas. MÉTODO: Trata-se de um estudo prospectivo, não randomizado, cuja amostra foi composta por pacientes atendidos pela disciplina de cirurgia vascular via telemedicina no Pólo de Telemedicina da Amazônia (Universidade do Estado do Amazonas, em Manaus) no período de agosto de 2010 a maio de 2011. Todos os participantes aceitaram participar do projeto, por meio de termo de consentimento livre e esclarecido. Durante a primeira consulta foram anotados dados epidemiológicos. Nas consultas subsequentes, foi anotada a evolução dos pacientes e analisado cada caso por meio das fichas clínicas do ambulatório virtual e anexadas fotografias digitais de suas lesões. Posteriormente foram realizadas teleconsultas por webconferência. Após essa etapa foi feita a análise descritiva dos dados epidemiológicos, montagem do banco de dados, utilizando o software Excel®, para plotagem das tabelas e gráficos. RESULTADOS: Foram 102 realizados no Pólo de Telemedicina da Amazônia, no período de onze meses (julho de 2010 a junho de 2011) 23 atendimentos de doentes nos municípios de Parintins e Tefé, onde 78% de teleconsultas partiram de Parintins e 22% de Tefé. Em relação ao sexo dos pacientes atendidos nesse período constatou-se que 57% eram homens e 43% mulheres. Em relação à idade pode-se observar a maior frequência na faixa etária dos 50 a 60 anos, com predomínio de lesões secundárias do diabetes mellitus tipo 2. As principais doenças vasculares atendidas foram pé diabético com 52% do total, seguido de úlceras flebopáticas com 13%, varizes 13%, insuficiência venosa crônica com 9% dos atendimentos além de úlcera por trauma com 4% dos atendimentos. Obtivemos duas úlceras venosas cicatrizadas do total de três, com tempo médio de 3 meses. Foram evitadas dez amputações de membros inferiores e apenas dois doentes com pé diabético precisaram de remoção para Manaus. CONCLUSÕES: A telemedicina pode oferecer atendimento de segunda opinião eficaz em cirurgia vascular, diminuindo morbidade e mortalidade, racionalizando transferência e diminuindo custos de saúde pública. PO-244 PÉ DIABÉTICO INFECCIOSO: EXPERIÊNCIA DO SERVIÇO DE CIRURGIA VASCULAR DO HOSPITAL GERAL ROBERTO SANTOS AQUILES TADASHI IWATA; DAVI DIAS INOCÊNCIO; RODRIGO GONÇALVES DANTAS; LUIS CARLOS FURINI; KATARYNE SIMÕES BARRETO; WENDER CÉSAR VIDAL; CARLOS ALBERTO GOMES; ROBERTO PASTOR RUBEIZ; PRISCILA NUNES BOAVENTURA; JORGE EDUARDO PIGEARD; ALEKSANDRO JESUS SANTOS HOSPITAL GERAL ROBERTO SANTOS SALVADOR/BA PÉ DIABÉTICO POSTER (PO) 244 JUSTIFICATIVAS E OBJETIVOS: Um dos grandes problemas atuais de saúde pública trata-se do Diabetes Mellitus e de suas complicações, dentre elas destaca-se o pé diabético infeccioso. Úlceras e amputações de membros inferiores são umas das principais conseqüências do pé diabético, causando alta taxa de morbimortalidade, principalmente da Cidade de Salvador (Bahia). Para que este problema seja revertido é necessário um maior conhecimento sobre vários aspectos desta patologia. Nosso objetivo é reportar a experiência da Equipe de Cirurgia Vascular do Hospital Geral Roberto Santos nos pacientes internados com pé diabético infeccioso. MÉTODO: Estudo descritivo retrospectivo, realizado no HGRS, em Salvador – BA, centro de referência para doenças vasculares no estado, onde foram colhidos dados de 448 prontuários de pacientes internados com “pé diabético infeccioso”, no período de junho de 2009 a maio de 2010, e que foram submetidos a cirurgia. As variáveis analisadas foram: sexo, idade, procedência, cor, tipo de cirurgia, tempo de internação, mortalidade e Classificação de Wagner. RESULTADOS: Foram estudados 448 pacientes de acordo com os critérios diagnósticos, variáveis clínicas e epidemiológicas conforme apresentado a seguir. Dos 448 pacientes, 238 (53,2%) eram do sexo masculino e 210 (46,8%) do sexo feminino. A distribuição de casos em relação à idade foi: 21-30 anos (2%), 31 a 40 anos (3,6%), 41 a 50 anos (16,5%), 51 a 60 anos (26,3%), 61 a 70 anos (25,8%), 71 a 80 anos (14,1%), 81 a 90 anos (9,7%) e maior que 90 anos (2%). Quanto à procedência, 376 (83,9%) pacientes moravam na capital e 72 em outros municípios do estado da Bahia. Em relação a cor, 7 pacientes eram brancos, 388 pardos e 53 negros. Na admissão a Classificação de Wagner foi utilizada, com a maioria dos pacientes apresentando as formas mais graves: classe 3 (38,8%), classe 4 (20,7%) e classe 5 (19,9%). As taxas de amputações foram de 43,8% para as menores, e 22,3% para as amputações maiores. Ocorreram 35 óbitos (taxa de letalidade de 14,1%). A maioria dos pacientes permaneceu menos de 10 dias internada (50,4%). CONCLUSÕES: A gravidade do Diabetes Mellitus e de suas complicações como o pé diabético infeccioso é reafirmada pela alta taxa de mortalidade, além de mutilações realizadas na maioria dos pacientes que necessitaram de cirurgia. A realidade da saúde pública em nosso meio ainda é precária, refletida pelas formas graves observadas na admissão dos pacientes. Pequenas ações de planejamento e prevenção poderiam reduzir de forma significativa esse quadro. PO-245 OXIGENOTERAPIA HIPERBÁRICA COMO OPÇÃO AO TRATAMENTO DE LESÕES DO PÉ DIABÉTICO EVANDRO HANNA SANT ANA; BEATRIZ CRUZ BARCELOS; RENATO BARBOSA NESI; WAGNER HENRIQUE DELOVO; ABÍLIO MURILO JUNQUEIRA L. FRANCO; DANILO GALVÃO TEIXEIRA; GUILHERME LEMOS PEDERÇOLE; PEDRO AUGUSTO JAQUETO; KLEBER LEANDRO OLIVEIRA; ROSEMARY A. FURLAN DANIEL UNAERP RIBEIRÃO PRETO/SP PÉ DIABÉTICO POSTER (PO) 245 Poster JUSTIFICATIVAS E OBJETIVOS: O diabetes mellitus é uma doença metabólica que, devido, principalmente, à falta de adesão do paciente a um tratamento adequado, leva a uma complicação muito frequente: o pé diabético. Essa complicação gera inúmeros gastos para a família, a sociedade e o Sistema Único de Saúde, além de problemas psicossociais. Dados indicam que o pé diabético leva a 6% das internações nos Estados Unidos e no Brasil, e as ocorrências em diabéticos tipo 2 são de 5 a 10%. Devido às complicações que advêm dessa doença, além dos gastos e do longo tempo de tratamento, é de extrema importância que se utilizem todos os recursos disponíveis para se garantir melhor condição de vida ao paciente. A OHB é um tratamento com 100% de oxigênio em uma pressão mais alta que a atmosférica (1 ATA), em uma unidade especial designada para permitir que todo o corpo do paciente se insira em uma câmara. Esta demonstrou ter efeito antimicrobiano e também aumentar a oxigenação em feridas com sinais de hipóxia. Isso eleva a capacidade de fagocitose do neutrófilo, estimula a angiogênese, aumenta a atividade dos fibroblastos e a síntese do colágeno. O objetivo deste trabalho é avaliar o efeito que a OHB traz no manejo do pé diabético, com o propósito de auxiliar nos tratamentos convencionais, reduzindo o tempo de tratamento e evitando complicações como as amputações maiores. MÉTODO: Foram selecionados 5 pacientes, que já haviam realizado, sem sucesso, outras terapias e que apresentavam lesões decorrentes de complicações do diabetes. No período de julho de 2008 a maio de 2011), foram realizadas, no mínimo 42 sessões e, no máximo 92. Avaliaram-se as condições clinicas dos pacientes e realizou-se documentação fotográfica das lesões. As sessões foram efetuadas em câmara monoplace, no Centro de Medicina Hiperbárica – Hospital São Paulo – Ribeirão Preto, com duração de 2 horas e pressão de 3 ATA. RESULTADOS: Com a OHB, os pacientes apresentaram significativa melhora do quadro clínico. O tratamento levou ao controle da infecção e, além disso, formou-se tecido de granulação o que contribuiu significativamente para uma melhor cicatrização, deste modo diminuíu-se a necessidade de amputação. CONCLUSÕES: O tratamento com OHB como complemento da terapia convencional demonstrou importante melhora das lesões, o que nos leva a concluir que houve grande impacto da terapia, com diminuição do tempo de tratamento e uma melhora do prognóstico dos pacientes. PO-246 REVISÃO LITERÁRIA À RESPEITO DA OXIGENOTERAPIA HIPERBÁRICA PARA UMA DAS MAIS PREVALENTES COMORBIDADES DO DIABETES EVANDRO HANNA SANT ANA; RENATO BARBOSA NESI; BEATRIZ CRUZ BARCELOS; ABILIO M. L. J. FRANCO; WAGNER HENRIQUE DELOVO; DANILO GALVÃO TEIXEIRA; PEDRO AUGUSTO JAQUETO; KLEBER LEANDRO OLIVEIRA; GUILHERME LEMOS PEDERÇOLE; ROSEMARY A. FURLAN DANIEL UNAERP RIBEIRÃO PRETO/SP PÉ DIABÉTICO POSTER (PO) 246 JUSTIFICATIVAS E OBJETIVOS: A população diabética no mundo está em franca expansão. Estima-se que o número de pacientes salte dos quase 200 milhões atuais para mais de 300 milhões de indivíduos nos próximos 20 anos. Sabe-se através dos avanços na compreensão da fisiopatologia do Diabetes que, a hiperglicemia sustentada ao longo do tempo determina uma série de alterações estruturais e bioquímicas em órgãos-alvo, especialmente em olhos, rins, coração, artérias e nervos periféricos. A duração e a magnitude da hiperglicemia são determinantes da velocidade de progressão da doença microvascular. A interação da doença vascular, da infecção e em especial da neuropatia periférica transforma o pé diabético em um órgão-alvo de altíssimo risco. Um indivíduo diabético tem entre 15 e 40 vezes mais chance do que a população geral de submeter-se a uma amputação do membro inferior. Em pacientes com lesões infectadas e isquêmicas, o risco pode ser 90 vezes maior comparado ao apresentado por pacientes sem isquemia ou infecção. Com isto percebeu-se, na última década, que o emprego de equipes multidisciplinares e educação poderiam reduzir de forma significativa este aumento previsto de amputações de pé diabético. MÉTODO: Foram usados dados, presentes na literatura, sobre análises comparativas de pacientes portadores do pé diabético associado a úlcera crônica com o tratamento multidisciplinar e educação comparando-se com a associação destes ao tratamento com câmara hiperbárica. RESULTADOS: Na literatura mais atualizada foram feitos dois trabalhos, randomizado, duplo-cego controlados com placebo que colocou a oxigenoterapia em terreno mais firme como tratamento de uma seleção de pacientes com pé diabético crônico. Algumas evidências indicam que os parâmetros microvasculares, com a pressão de oxigênio (parcial) pode ser útil em predizer quais pacientes irão se beneficiar da terapia. Estudos econômicos em saúde apontaram custo-benefício da oxigenoterapia. CONCLUSÕES: Apesar do uso da Câmara hiperbárica para tratamento do pé diabético estar embasada em fraca literatura científica, a consistência nos resultados positivos nestes testes de avaliação de tal tratamento sobre a cicatrização da úlcera é notável, constatando- se a melhora em todos os sentidos para os pacientes portadores de tal comorbidade. Poster PO-247 A PREVALÊNCIA DE AMPUTAÇÕES MAIORES E MENORES EM PACIENTES DO SUS GUILHERME B. BRANDAO PITTA; MARINA REGUEIRA PITTA Universidade de ciencias de saude de Alagoas MACEIÓ/AL PÉ DIABÉTICO POSTER (PO) 247 JUSTIFICATIVAS E OBJETIVOS: A prevalência de amputações apresenta-se como uma constante elevada ao longo dos últimos anos. Considerada um importante problema de saúde pública no Brasil, representa importante impacto no sistema de saúde e na vida dos indivíduos acometidos. Tal condição é multifatorial e revela-se como reflexo da manutenção elevada ou ascensão de um ou mais de seus fatores etiológicos: traumas e também seqüelas possíveis ao Diabetes Melittus tipo 2. MÉTODO: Serão incluídos dados obtidos na plataforma DataSUS a respeito das amputações de membros superiores e inferiores em indivíduos de ambos os sexos e de todas as idades nos anos de 2008 a 2010. RESULTADOS: Verificou-se que a idade média dos brasileiros amputados é de 63,3 anos, porém faixa etária varia dependendo da causa da amputação. A maior incidência predomina no sexo masculino. De acordo com estimativas, pelo aumento da expectativa de vida, espera-se que entre os idosos haja um aumento da ocorrência de amputações de membro inferior. À medida que a expectativa de vida da população aumenta, a incidência de doença vascular periférica e diabetes mellitus mostra-se proporcional a esse aumento. Assim, doenças vasculares geralmente atingem uma faixa etária mais avançada. Já tumores malignos têm uma incidência variada, e acidentes traumáticos geralmente ocorrem em indivíduos mais jovens e sadios. No Brasil, estima-se que o índice de amputações no SUS seja de aproximadamente 42.000 casos por ano. Este valor incorpora as amputações maiores e menores em membros inferiores e também intervenções em membros superiores realizadas no Brasil por meio do Sistema Único de Saúde (SUS) referentes aos últimos 5 anos. Vale ressaltar uma maior ocorrência deste evento em parte distal de pés e predominância na região sudeste, em indivíduos do sexo masculino. Tal procedimento tem um importante impacto social no que diz respeito ao compromisso da mobilidade e independência do doente. Felizmente a ocorrência desse ato cirúrgico tem-se mantido estável nos últimos anos graças à melhora da educação em saúde e avanços tecnológicos em medicamentos e cirurgias. CONCLUSÕES: O paciente amputado tem à sua frente uma grande mudança ao seu estilo de vida, além de incertezas quanto às suas capacidades e às atitudes de familiares e amigos. O pós-operatório adequado ajuda na recuperação e reabilitação do paciente. PO-248 PÉ DIABÉTICO EM PACIENTES ORIUNDOS DA COMUNIDADE VINICIUS PACHECO SCHWAN; ARIELA M. G. AZEVEDO; FERNANDA B. SILVA; MARIANA A. F. CORRÊA; ANDREIA E. LIMA; DIOGO TAKEMOTO; RICARDO S DIVINO; ULISSES U. M. MATHIAS; REGINA F. B. COSTA; NELSON FERNADES JR. Hospital Heliópolis SÃO PAULO/SP PÉ DIABÉTICO POSTER (PO) 248 JUSTIFICATIVAS E OBJETIVOS: O diabetes é uma síndrome, decorrente da falta de insulina e/ou da incapacidade da insulina de exercer suas funções.O pé diabético se caracteriza como um conjunto de alterações nas quais a neuropatia, isquemia e infecção levam à lesão tecidual.Objetivo e avaliar perfil microbiológico dos pacientes atendidos no Hospital Heliópolis (HH) com infecção nos pés. Avaliar resultados dos tratamentos utilizados (clínico e/ou cirúrgico). MÉTODO: Trabalho prospectivo realizado no HH, no período de julho/2010 a junho/2011, em 31 pacientes que foram internados. Inclusão :Pacientes diabéticos com lesão nos pés, classificados segunda a classificação PEDIS. Exclusão: Pacientes isquêmicos ou que pudessem ser classificados como portador de infecção hospitalar, conforme critérios da Sociedade Brasileira de Infectologia. Pacientes foram submetidos a tratamento inicial utilizando-se Ciprofloxacina e clindamicina ou Ceftriaxona e Metronidazol, conforme orientação da CCIH. Quando necessário foram submetidos a cirurgia apropriada (drenagens, fasciotomias, desbridamentos e amputações menores ou maiores). Foram coletados sempre que possível 02 fragmentos de tecido profundo (parte mole e osso) ao final do procedimento após limpeza adequada da ferida com soro fisiológico. Tais tecidos foram acondicionados em meio de tioglicolato para posterior cultura e antibiograma no Laboratório. RESULTADOS: A eficácia do tratamento foi avaliada quando da resolução da infecção e realização de cirurgia ou amputações menores. Os antibióticos foram revistos conforme evolução clínica e resultado do antibiograma e modificados sempre que necessário. Dos 31 pacientes 26 foram do sexo masculino, com idade média de 50 anos. 65,4% dos pacientes tiveram mais de um germe 103 isolado na cultura sendo, 34,6% gram positivos, 11,5% gram negativo e 53,9% misto (f gram positivo e negativo). Os 3 organismos mais frequentes foram: E. faecalis (38,46%), S. aureus (23,07%) e P. mirabilis (15,38%). A mudança do antibiótico foi necessária em 53,8% dos pacientes. 46% dos pacientes necessitaram de amputações maiores e ocorrereu 1 óbito. CONCLUSÕES: Foi observado uma resistência à Ciprofloxacina e Clindamicina (utilizado empiracamente em nosso serviço, assim como em muitos outros) em torno de 50%,Assim como descrito na literatura, também encontramos predominantemente uma flora polimicrobiana nos pacientes avaliados.A importância da cultura corretamente colhida e do antibiograma para melhor eficácia e sucesso no tratamento. PO-249 TRANSPOSIÇÃO DE UM SEGMENTO ARTERIAL DE MEMBRO INFERIOR AMPUTADO TRAUMATICAMENTE PARA TRATAMENTO DE LESÃO VASCULAR DO MEMBRO SUPERIOR EM POLITRAUMATIZADO: UMA ALTERNATIVA PARA PACIENTES VÍTIMAS DE TRAUMA ADENAUER M. DE O. GÓES J; SIMONE DE C. VIEIRA A. B. HOSPITAL METROPOLITANO DE URGÊNCIA E EMERGÊNCIA BELÉM/PA TRAUMA VASCULAR POSTER (PO) 249 JUSTIFICATIVAS E OBJETIVOS: A busca por condutos vasculares no paciente politraumatizado pode ser um grande desafio para o cirurgião vascular ou de trauma. Em pacientes que sofreram amputação traumática do membro inferior ou naqueles em que a amputação primária foi necessária devido à gravidade das lesões, o membro amputado pode servir como fonte de enxertos vasculares autólogos. Objetivo: Descrever a utilização do segmento arterial femoropoplíteo de um membro inferior amputado traumaticamente como enxerto autólogo para o tratamento de uma lesão de artéria axilar em um paciente politraumatizado. MÉTODO: Relato do Caso e descrição da técnica cirúrgica: Paciente do sexo masculino de 32 anos envolvido em acidente motociclístico. Apresentava amputação traumática completa da coxa esquerda, uma laceração profunda sobre o sulco delto-peitoral esquerdo e uma deformidade acentuada no terço proximal do braço esquerdo. Não havia pulsos palpáveis no membro superior esquerdo e nem sinais de Doppler audíveis. O membro inferior esquerdo, amputado pouco acima do joelho, foi trazido pela equipe de atendimento pré-hospitalar em um simples saco plástico. A exploração vascular do membro superior esquerdo revelou uma artéria braquial não pulsátil, porém sem lesões aparentes. A artéria axilar foi exposta por um acesso infraclavicular e uma transição bem delimitada entre um segmento ileso proximal e uma porção trombosada distal foi identificada. A opção por um enxerto axilo-braquial foi feita e o conduto vascular escolhido foi o segmento arterial poplíteo-distal do membro amputado traumaticamente. Os ortopedistas executaram a fixação externa da fratura umeral, uma síntese abreviada dos planos anatômicos foi realizada e o paciente foi encaminhado à UTI. RESULTADOS: O paciente faleceu no quarto pós-operatório devido falência de múltiplos órgãos. Durante todo o período pós-operatório a temperatura e a perfusão do membro superior operado estiveram simétricas ao contra-lateral e, embora pulsos distais não tenham sido palpados no lado operado (provavelmente devido à hipotensão arterial e ao edema e hematoma locais), a avaliação com Doppler portátil revelou fluxo arterial tanto sobre a topografia do enxerto quanto da artéria radial durante todo o período pós-operatório. CONCLUSÕES: Nenhuma descrição prévia de um segmento arterial removido de um membro traumaticamente amputado e usado como enxerto vascular para o tratamento de outra lesão foi encontrada na revisão das bases de dados MEDLINE e PubMed. PO-250 TRATAMENTO ENDOVASCULAR DE FÍSTULA ARTERIOVENOSA EM REIGÃO POPLÍTEA AMILTON PEROTTI JUNIOR; JORGE R. R. TIMI; FILIPE CARLOS CARON; WALTER JR. BOIM ARAUJO; SOLANO CAMPOS GONÇALVES; DIEGO DE ALMEIDA; CARLOS SEME NEJM JR.; LUANA PARMINONDI ROCHA; CLEBER PRIMO NICEP - NÚCLEO INTERGRADO DE CIRURGIA ENDOVASCULAR CURITIBA/PR TRAUMA VASCULAR POSTER (PO) 250 JUSTIFICATIVAS E OBJETIVOS: Fístulas arteriovenosas (FAV) podem ser congênitas ou adquiridas. As FAV adquiridas decorrem de traumas fechados ou, mais comumente, lesões penetrantes, com laceração tanto da artéria como da veia, estabelecendo uma comunicação direta e imediata entre ambas. A correção está indicada devido ao seu desenvolvimento progressivo e suas conseqüências, como insuficiência venosa crônica e insuficiência cardíaca congestiva. A complexidade e a morbidade potencial associada ao reparo cirúrgico de algumas FAV têm suscitado interesse pelo reparo endovascular. O objetivo é relatar um caso 104 de FAV de artéria e veia poplítea pós Ferimento por arma de fogo submetida a tratamento endovascular. MÉTODO: Relato de caso. RESULTADOS: Paciente Masculino, 32 anos, história de ferimento por projétil de arma de fogo em membro inferior esquerdo há 7 anos. Sintomas: dor, dormência e sensação de peso no membro acometido. Exame Físico: edema, varizes, frêmito e sopro em fossa poplítea esquerda. Angiografia digital evidenciou fístula arteriovenosa entre artéria e veia poplítea acima do joelho, com arteriomegalia proximal a fístula e hipoplastia distal a mesma. Foi realizado tratamento endovascular com extensão de endoprótese MEDTRONIC - TALENT® - 18x14x80 mm invertida. Controle angiográfico mostrou resolução total da fístula. No seguimento de 12 meses paciente apresenta-se assintomático e com exame físico normal. CONCLUSÕES: A abordagem pouco invasiva, a diminuição das perdas sanguíneas e a possibilidade de atingir locais anatomicamente distantes e de difícil acesso cirúrgico, tornam o tratamento endovascular para FAV traumática de membros inferiores um procedimento factível com elevada taxa de sucesso e um baixo índice de complicações, como evidenciado em diferentes séries da literatura. Uma opção quando não dispomos de material apropriado é a inversão de extensões de endopróteses no procedimento (técnica já escrita e de fácil execusão). PO-251 TRATAMENTO ENDOVASCULAR DE LESÕES VASCULARES PÓS-TRAUMÁTICAS - EXPERÊNCIA INICIAL DE UM SERVIÇO DE ALTA COMPLEXIDADE AMILTON PEROTTI JUNIOR; JORGE R. R. TIMI; FILIPE CARLOS CARON; WALTER JR. BOIM ARAUJO; SOLANO CAMPOS GONÇALVES; DIEGO DE ALMEIDA; CARLOS SEME NEJM JR.; LUANA PARMINONDI ROCHA; CLEBER PRIMO NICEP - NÚCLEO INTERGRADO DE CIRURGIA ENDOVASCULAR CURITIBA/PR TRAUMA VASCULAR POSTER (PO) 251 JUSTIFICATIVAS E OBJETIVOS: A incidência de traumas vasculares vem aumentando muito nos últimos anos, incluindo lesões penetrantes, traumas fechados ou até mesmo lesões iatrogênicas. O tratamento cirúrgico aberto implica em vias de acesso complexas, além de aumento da morbidade. Com o desenvolvimento da cirurgia endovascular, a abordagem destas lesões por esta técnica pode beneficiar o paciente com um tratamento menos invasivo. O objetivo é relatar a experiência inicial do serviço de cirurgia vascular do Hospital Angelina Caron de Campina Grande do Sul – Paraná, no tratamento endovascular de 12 casos de lesões vasculares no trauma. MÉTODO: No período de janeiro de 2008 a maio de 2011, todo o paciente vitima de ferimento por arma branca ou arma de fogo ou que apresentavam lesões vasculares iatrogênicas foram avaliados quanto à indicação de tratamento endovascular. RESULTADOS: Dos pacientes que foram avaliados, 12 foram tratados por técnica endovascular. Destes, 5 apresentavam fistula arteriovenosa, 3, pseudoaneurisma e 4, ruptura arterial. Os pacientes eram 9 do sexo masculino e 3 do sexo feminino. A média de idade encontrada foi 56.9 anos. Todos os procedimentos foram realizados em sala de hemodinâmica e sob anestesia local. Os pacientes com fistula arteriovenosa foram tratados com endoprótese. Aqueles com pseudoaneurisma foram tratados por embolização com molas. Nos casos de ruptura arterial, um foi tratado por embolização com gelfoam® e o outro com endoprótese. O tempo médio de internação foi 2 dias. Os procedimentos foram bem sucedidos em todos os casos. Todos os pacientes encontram-se em acompanhamento ambulatorial. Das complicações:paciente com FAV de poplítea, 7 meses após o procedimento, paciente evoluiu com oclusão da endoprótese necessitando reintervenção endovascular e após 4 meses da reintervanção apresentou nova oclusão necessitando de ponte femoro-poplítea. Um paciente com pesudoaneurisma de artéria tibial anterior necessitou desbridamento de toda a musculatura de compartimento anterior de perna por necrose muscular. CONCLUSÕES: Com uma abordagem pouco invasiva, diminuição das perdas sanguíneas e a possibilidade de atingir locais anatomicamente distantes e de difícil acesso cirúrgico, o tratamento endovascular no trauma é um procedimento factível com elevada taxa de sucesso e um baixo índice de complicações, como evidenciado em diferentes séries da literatura. PO-252 HEMORRAGIA DIGESTIVA POR FÍSTULA AORTO-ENTÉRICA SECUNDÁRIA ANA CAROLINA NASCIMENTO NETT; THACIRA DANTAS ALMEIDA; MARCELA G FERNANDES; MARCELO S. MACHADO; OTACILIO ALBUQUERQUE; ADERCIO PEREIRA DA SILVA; RAQUEL A. FERNANDES; PAULO R. VASCONCELOS HOSPITAL DA RESTAURAÇÃO RECIFE/PE TRAUMA VASCULAR POSTER (PO) 252 Poster JUSTIFICATIVAS E OBJETIVOS: A fístula aorto-entérica (FAE) secundária ocorre quando a comunicação com o intestino faz-se através de uma prótese aórtica, relacionada à cirurgia reconstrutiva prévia. Atualmente, a erosão intestinal pela prótese tornou-se a causa mais comum de FAE com uma incidência acima de 4%. Será relatado um caso de hemorragia digestiva decorrente de FAE secundária à migração de prótese aórtica para o duodeno. MÉTODO: A.L.S., masculino, 29 anos, procedente de Caruaru-PE, admitido no Hospital da Restauração em 18/07/10, com história de hematêmese há 24 horas. Ao exame físico, apresentava-se consciente, orientado, descorado, taquicárdico (FC: 120bpm), abdômen doloroso à palpação, sem sinais de irritação peritoneal, com Hb de 5,6g/% e Ht de 17,6%. Apresentou episódio semelhante há seis meses, com Endoscopia Digestiva Alta (EDA) e colonoscopia normais. Possuía histórico de ferimento por arma de fogo em abdômen, há 14 anos, sendo submetido, na ocasião, à laparotomia exploradora, com reparo de lesão de aorta abdominal através de interposição de prótese de dacron aorto-aórtica, cuja extremidade proximal se encontra a 1,7 cm abaixo da emergência da artéria renal esquerda e extremidade distal a 2,4 cm acima da bifurcação das ilíacas. Realizada EDA na admissão, que evidenciou a presença de corpo estranho erodindo a mucosa da 3ª porção duodenal. O paciente foi estabilizado hemodinamicamente, e submetido a by-pass axilo-bifemoral com prótese de PTFE anelada nº 08 e à laparotomia exploradora com duodenorrafia, retirada da prótese e ligadura de aorta abdominal. Permaneceu em UTI até o 3º dia pós-operatório (DPO). No 4º DPO, desenvolveu fístula duodenal, sendo tratado clinicamente com melhora do quadro e recebendo alta após 24 dias de internação hospitalar. RESULTADOS: O intervalo entre a implantação da prótese e o aparecimento dos sintomas de uma fístula varia de 2 a 96 meses, sendo o maior intervalo descrito entre tais eventos, de 27 anos. O local mais comum de ocorrência é o duodeno (78%), particularmente, a sua terceira e quarta porções (80%). CONCLUSÕES: Devido à rara incidência, 0,3 - 2,0% em indivíduos sujeitos a cirurgia da aorta abdominal, e à alta taxa de mortalidade, 100% nos casos não diagnosticados e 75% naqueles submetidos à correção cirúrgica, o sucesso do tratamento depende da cirurgia precoce e agressiva, baseando o diagnóstico no alto índice de suspeição, considerado em todo paciente com cirurgia aórtica prévia. PO-253 TRAUMA COMPLEXO DE MEMBRO SUPERIOR COM TORÇÃO RELATO DE 2 CASOS JEFERSON FREITAS TOREGEANE; ANTONIO TRIGO ROCHA; CLAUDIO JUNDI KIMURA; RUBENS MARTINS NETO; ROBERTA MARCHIORI; MARCELO ACCORSI; VICTOR SOUZA; MARCELO DE ALMEIDA COSTA; ROGÉRIO CAVALCANTE DE ALMEIDA; VINICIUS CANEZIN GALLETTO UNIVERSIDADE ESTADUAL DO OESTE DO PARANÁ CASCAVEL/PR TRAUMA VASCULAR POSTER (PO) 253 JUSTIFICATIVAS E OBJETIVOS: As lesões traumáticas complexas dos membros necessitam de tratamento por uma equipe multidisciplinar. No caso das lesões dos membros superiores o estabelecimento de prioridades na seqüência do atendimento é fundamental para preservar a capacidade laborativa do paciente. Este trabalho relata a seqüência de atendimento de dois casos de trauma complexo de membro superior por torção produzidos por máquina industrial e atendidos na emergência do Hospital Universitário do Oeste do Paraná. MÉTODO: Caso um: Masculino, 19 anos, vítima de acidente com centrífuga industrial. Caso dois: Masculino, 35 anos, vítima de acidente com polia de prensa hidráulica. Ambos foram admitidos em estado de choque hipovolêmico, com bandagens compressivas. Apresentavam sinais de isquemia do membro superior direito, perda de função motora e sensória, além de fratura exposta evidente e lesão de partes moles circular atingindo uma extensão de 280° e 180° respectivamente. Foram estabilizados do ponto de vista hemodinâmico e atendidos na seqüência pela equipe ortopédica e pelo cirurgião vascular. O ato operatório demorou cinco e sete horas respectivamente. RESULTADOS: No tocante a parte vascular no 1º. PO os pacientes apresentavam pulsos distais normais e edema discreto. No 1° caso, após 6 meses de seguimento, houve recuperação da função motora do antebraço e da mão, porém o braço ainda apresentava déficit significativo e necessitaria de enxertia óssea. No 2° caso, após três meses de seguimento, apresentava déficit motor significativo na mão, sendo que no braço e antebraço já existia função significativa e estruturalmente estava em fase de consolidação. CONCLUSÕES: Embora de difícil tratamento, as lesões complexas podem ter resultados favoráveis. A indicação de amputação primária nestes casos deve ser analisada de forma rigorosa, pois a seqüela física e emocional para o paciente é inestimável. Poster 105 PO-254 TRAUMA DE ARTERIA SUBCLAVIA ESQUERDA . RELATO DE 2 CASOS E REVISÃO DA LITERATURA BRUNO VAZ DE MELO; RODRIGO ANDRADE VAZ DE MELO; PAULO OLIVEIRA SILVEIRA; BEATRIZ TURANO Hospital Municipal Lourenço Jorge RIO DE JANEIRO/RJ TRAUMA VASCULAR POSTER (PO) 254 PO-256 CAUSA INCOMUM DE EMBOLIA DA ARTÉRIA POPLÍTEA: SHUNT TEMPORÁRIO ÉRICO O. H. BARROS; LEONARDO P. S. NÓBREGA; LARISSA N. VIEIRA; ALCIDES J. A. RIBEIRO; JOSUÉ R. CUNHA Hospital de Base do Distrito Federal SOBRADINHO/DF TRAUMA VASCULAR POSTER (PO) 256 JUSTIFICATIVAS E OBJETIVOS: As lesões de artéria subclávia esquerda são raras no trauma. Tratam-se de lesões de difícil abordagem pela posição anatômica desta artéria, o que torna o tratamento desafiador. Para tal, existem abordagens distintas, sendo uma delas a cirúrgica, demonstrada nestes casos apresentados. Objetivo: Fazer uma revisão da literatura médica e relatar dois casos tratados no Hospital Municipal Lourenço Jorge. MÉTODO: Realizada revisão na literatura nas bases MEDLINE, LILACS, e SciELO. Termos utilizados: “subclavian arterial trauma”, “left subclavian trauma”, “vascular torax trauma”, “truncal vascular trauma”. Pesquisamos artigos co-relacionados e sem limites na busca. Foi realizada descrição de 2 casos tratados neste serviço. RESULTADOS: Foram acompanhados no período de 3 anos e meio 122 pacientes com lesão vascular. Dois pacientes apresentaram lesão de artéria subclávia esquerda: Paciente 1, MAS, 29 anos, vítima de PAF, com orifício de entrada em zona I, volumoso hematoma no local e ausência de pulso distal. Paciente 2, JSP, 35 anos, vítima de trauma fechado, também com volumoso hematoma em região subclavicular e ausência de pulso distal. Em ambos foi realizada toracotomia anterior esquerda para controle proximal. O primeiro apresentava extensa lesão da artéria sendo realizada interposição de enxerto de PTFE. Evoluiu no D2 com síndrome compartimental, sendo realizado fasciotomia, e no D7 com morte súbita. O paciente 2 apresentava extensa trombose da artéria, sendo realizado ressecção do segmento e interposição com enxerto de safena. Evoluiu bem. CONCLUSÕES: Na revisão realizada, identificamos diversas formas de abordagens desta lesão. O tratamento cirúrgico é o mais freqüente, embora o endovascular tenha sido também bastante utilizado. A técnica cirúrgica utilizada pelo nosso serviço nos dois casos foi o controle proximal por toracotomia esquerda. Esta técnica demonstrou ser factivel e de facil resolução para controle proximal da subclavia esquerda .Ambos pacientes apresentaram evolução inicial satisfatória, mas 1 paciente foi a óbito tardio, devido a complicações pulmonares. JUSTIFICATIVAS E OBJETIVOS: Descrever caso raro onde um shunt temporário implantado na carótida comum esquerda migrou para artéria poplítea esquerda e a ecografia vascular com Doppler arterial localizou o ponto de embolização, com uma dermatografia exata e foi fundamental para que a abordagem cirúrgica transcorresse com facilidade através de uma via de acesso restrita e precisa. MÉTODO: Relato de caso de paciente do sexo masculino vítima de ferimento por arma de fogo em região cervical direita, submetido a cervicotomia exploradora em hospital da periferia, realizada identificação de lesão de artéria carótida comum e seu controple provisório com shunt temporário. Foi encaminhado para tratamento definitivo pela cirurgia vascular. RESULTADOS: Durante nova abordagem cirúrgica para o reparo definitivo da lesão, notou-se migraçao da prótese. Realizado ecografia vascular com Doppler arterial do membro inferior esquerdo e identificado a presença de corpo estranho (sonda de nelaton) no interior da artéria poplítea proximal, e realizado o mapeamento dermográfico para guiar abordagem cirúrgica. CONCLUSÕES: O deslocamento de um shunt temporário para um ramo arterial mais distal, percorrendo um longo trajeto, é uma complicação rara. A ultrassonografia vascular pode se apresentar como uma excelente modalidade diagnóstica para identificar o sítio de embolização de corpos estranhos intravasculares. Os autores relatam um caso raro onde um shunt temporário implantado na carótida comum esquerda migrou para artéria poplítea esquerda e o ecocolor Doppler arterial além de localizar o ponto de embolização, com uma dermatografia exata, foi fundamental para que a abordagem cirúrgica transcorresse com facilidade através de uma via de acesso restrita e precisa. PO-255 TRAUMA VASCULAR - EXPERIÊNCIA INICIAL DO GRUPO DE CIRURGIA DO TRAUMA BRUNO VAZ DE MELO; RODRIGO ANDRADE VAZ DE MELO; PAULO OLIVEIRA SILVEIRA Hospital Municipal LourenÇo Jorge RIO DE JANEIRO/RJ TRAUMA VASCULAR POSTER (PO) 255 JUSTIFICATIVAS E OBJETIVOS: As Lesões vasculares traumáticas são um grande desafio ao cirurgião do trauma e uma das principais causas de morbimortalidade neste grupo de pacientes . Em julho de 2007 foi criado o Grupo de cirurgia do Trauma do HMLJ . O objetivo do presente trabalho é avaliar a experiência inicial do Grupo de Cirurgia do Trauma do Hospital Municipal Lourenço JorgeRJ com pacientes com lesões vasculares traumáticas no período de julho de 2007 a abril de 2011. MÉTODO: Análise descritiva dos pacientes com lesões vasculares traumáticas acompanhados no período, baseada em banco de dados criado, sendo avaliado: – incidência das lesões, local do trauma, mecanismo de trauma, complicações, reintervenções e mortalidade (precocetardia). RESULTADOS: Neste período foram acompanhados 810 pacientes vitimas de trauma, destes, 122 pacientes apresentaram lesões vasculares traumáticas. As lesões penetrantes foram mais prevalentes (85%) dos pacientes. As lesões de membros superiores foram as mais frequente em (30%) pacientes, seguidas do membro inferior (23%) pacientes, abdômen em (20%) pacientes, Tórax em (15%), pescoço em (10%). 2 pacientes apresentaram amputação traumática de membro. A fasciotomia foi um procedimento realizado em 11 pacientes, sendo em 7 tardias (8%). 10% Pacientes apresentaram complicações relacionadas ao tratamento da lesão vascular, sendo a trombose de enxerto e síndrome compartimental mais frequentes. A mortalidade global deste grupo foi de 19% dos pacientes, sendo 13 na fase precoce (<24h) e em 10 na fase mais tardia, sendo mais frequente nas lesões vasculares do tronco . CONCLUSÕES: As lesões vasculares apresentaram um incidência razoável na nossa casuística. As lesões de extremidades foram as mais frequentes seguida das abdominais .Alguns pacientes apresentaram complicações, sendo estas graves e aumentaram a morbidade. A mortalidade deste grupo foi alta quando comparada aos pacientes vitimas de trauma sem lesões vasculares, principalmente nos pacientes com lesões vasculares no tronco. PO-257 HEMATOMA RETROPERITONIAL ZONA I APÓS LESÃO POR ARMA DE FOGO ÉRICO O.H. BARROS; LUÍS A.B. MOROSINI; RODOLFO AFIUNE Hospital Regional do Gama SOBRADINHO/DF TRAUMA VASCULAR POSTER (PO) 257 JUSTIFICATIVAS E OBJETIVOS: Descrever abordagem sistematizada de hematoma retroperitonial zona I após ferimento por projétil de arma de fogo (PAF) sem sinais de expansão, estável, em paciente com múltiplas lesões tóraco-abdominais. MÉTODO: Relato de caso conduzido pela equipe de Cirurgia Geral do HRG. RESULTADOS: Homem de 22 anos, vítima de PAF em transição tóraco-abdominal esquerda na linha axilar média ao nível do 7° espaço intercostal, sem orifício de saída, deu entrada taquipnéico, sudoréico e hipotenso, apresentando estabilização hemodinâmica após infusão de 2.000 ml de solução cristalóide. realizada radiografia simples de tórax e abdome, identificado hemopneumotórax à esquerda e presença de projétil na fossa ilíaca direita. Realizado toracostomia com drenagem pleural fechada sob selo d’água e laparotomia, que identificou hematoma retroperitonial zona I e II à direita, rechaçando medialmente o cólon direito, sem pulsatilidade ou expansão; além de lesões de outros órgãos abdominais. Realizada gastrorrafias (2), enterorrafias (2), frenorrafia esquerda e pancreatectomia corpo-caudal enquanto a equipe anestésica estabilizava os parâmetros hemodinâmicos. Manobra de Cattel com identificação de lesão de veia cava inferior infra-renal de 5 cm antero-lateral. Realizado clampeamento com pinças vasculares e sutura primária no sentido longitudinal. Doente encaminhado extubado para a enfermaria, evolui sem complicações e recebeu alta após 6 dias. CONCLUSÕES: Sempre se deve suspeitar de lesões de múltiplos órgãos após lesões por PAF na transição tóraco-abdominal. Na vigência de hematoma retroperitonial sem sinais de expansão, a opção pela otimização da volemia através de infusão de soluções cristalóides e hemoderivados deve ser adotada, bem como a correção das outras lesões intra-cavitárias, para melhor compensação hemodinâmica antes da abordagem da lesão vascular grave, que pode cursar com importante sangramento e piora clínica. É importante um adequado entrosamento entre a equipe cirúrgica e anestésica, fato determinante na condução desse tipo de paciente. PO-258 TRAUMA VASCULAR DISTAL COM TRATAMENTO TARDIO: RELATO DE CASO FABIO RIBEIRO MORAES; MILTON NEVES JUNIOR; POLLYANNA BEZZERRA FLORÊNCIO; WILLIAN JOSE COSTA; EDGAR RABBONI; ALEXANDRE PETNYS; MARIA LUCIA IWASAKI; NEIVA MARICIA JACQUES 106 HOSPITAL DO SERVIDOR PÚBLICO MUNICIPAL SÃO PAULO/SP TRAUMA VASCULAR POSTER (PO) 258 JUSTIFICATIVAS E OBJETIVOS: O trauma vascular infrapatelar associado a fraturas e/ou luxações é incomum. Entretanto apresenta altas taxas de amputações de membros, particularmente maior em casos de lesão de mais de um tronco arterial e diagnóstico tardio. O reparo arterial é o tratamento padrão e indicado de acordo com a condição clínica do paciente e viabilidade do membro. A oclusão da revascularização é uma complicação possível e de evolução desfavorável. Representa um novo desafio diagnóstico e terapêutico, com baixas taxas sucesso no salvamento do membro, especialmente se não for prontamente corrigida. MÉTODO: Paciente masculino, 44 anos, com luxação exposta de tornozelo direito por trauma contuso, submetido à redução cirúrgica. Nas primeiras 48h de pós-operatório, o paciente evoluiu com palidez, frialdade, redução da perfusão do pé direito e ausência de pulsos distais. Submetido a arteriografia que evidenciou oclusão das artérias tibiais anterior e posterior ao nível do tornozelo. Cirurgia mostrou trombose da artéria tibial posterior e secção completa da artéria tibial anterior. Foi revascularizado com enxerto de veia safena invertida em artéria tibial anterior e ressecção e anastomose termino-terminal em artéria tibial posterior. Após o procedimento, apresentava pulsos pedioso e tibial posterior 4+/4+. Recebeu imobilização ortopédica com tala e foi orientado a acompanhamento ambulatorial. Perdeu seguimento, retornando apenas 4 semanas após a alta com ausência de pulsos distais, frialdade, dor, cianose não-fixa de pododáctilos. Submetido a nova arteriografia que evidenciou re-oclusão das artérias tibiais anterior e posterior. Realizado trombólise intra-arterial com melhora da perfusão do pé, desaparecimento da cianose, porém ainda sem pulsos distais. Mantido sob anticoagulação com warfarina. RESULTADOS: Relatar um caso de salvamento de membro em um paciente com subseqüentes diagnósticos e tratamentos tardios de interrupção aguda do fluxo arterial infrapoplíteo devido a trauma arterial contuso. CONCLUSÕES: O trauma vascular infrapatelar representa uma ameaça ao membro atingido, especialmente nos casos de diagnóstico tardio e oclusão da revascularização inicial. PO-259 É POSSIVEL RECANALIZAR SECÇÕES TOTAIS ARTERIAIS TRAUMÁTICAS? RELATO DE CASO GUILHERME LUCHINE ALMEIDA; FABIO APRIGIO ASSIS; BERNARDO NASCENTES BRUNO; THIAGO PRADO TONIAL; MELISSA MORAES; SELENO GLAUBER SILVA; RODRIGO BRUNO BIAGIONI; RHUMI INOGUTI; ORLANDO COSTA BARROS; MARCELO CALIL BURIHAN; FELIPE NASSER; JOSÉ CARLOS INGRUND; ADNAN NESER Hospital Santa Marcelina SÃO PAULO/SP TRAUMA VASCULAR POSTER (PO) 259 JUSTIFICATIVAS E OBJETIVOS: Traumas da artéria subclávia corresponde a apenas 5% do total das lesões vasculares e 3% a 9% das lesões vasculares civis. Apesar dessa limitada frequência, estas lesões estão associadas com taxas de morbidade e mortalidade de 5% a 39%. A abordagem endovascular no tratamento dessas lesões vem se apresentando como uma alternativa exequível, com patência similar, menor tempo operatório e menor perda de sangue. Uma limitação potencial do tratamento endovascular seria as tentativas de recanalização de secções totais arteriais, com trombose em cotos proximal e distal. Este trabalho visa expor o relato de um caso onde foi realizada a recanalização de uma secção total de artéria subclávia e evidenciar as manobras dispensadas para o sucesso dessa recanalização. MÉTODO: Realizada a revisão de prontuários médico e exames complementares de paciente em questão tanto em serviço de origem onde foi realizado os atendimentos primário e secundário ao trauma, quanto no Hospital Santa Marcelina onde foi realizado o diagnóstico e tratamento da lesão vascular. RESULTADOS: J. R. S., 64 anos, vitima de FAF em região infraclavicular direita há 20 dias, trazia consigo US Doppler que evidenciava oclusão de artéria subclávia direita e trombose de veia subclávia direita realizado em serviço onde foi prestado o atendimento de emergência. Queixava-se de edema pronunciado em hemiface direita e em MSD associado à dispnéia aos pequenos esforços, ortopnéia e dispnéia paroxística noturna. Ao exame não apresentava pulsos em MSD com edema mole indolor; apresentava frêmito em região clavicular direita. Realizou arteriografia que evidenciou fístula arteriovenosa entre artéria e veia subclávia direita e oclusão de artéria subclávia direita em terço distal. Utilizando a técnica do varal montado por punção em artéria femoral direita combinada com dissecção de artéria braquial direita procedeu-se ao posicionamento e liberação do stent revestido Viabahn (Gore) de modo a ocluir a fístula, tratar todo Poster segmento arterial ocluído e preservar fluxo anterógrado pela artéria vertebral direita. CONCLUSÕES: Concluímos que a técnica endovascular apresenta-se como uma alternativa para tratamento de lesões arteriais traumáticas agudas e com alguns estudos na literatura evidenciando excelente taxa de sucesso técnico, boa perviedade em curto prazo e baixa morbidade. Mesmo a secção total arterial apontada como um potencial limitante do tratamento endovascular pode ser factível a tratamento por cateter à medida que se aprimoram técnicas e materiais. PO-260 TRAUMA VASCULAR CERVICAL JOÃO BATISTA CARVALHO; BÁRBARA MENDES HADDAD; RAYANNE NUNES RIBEIRO; EMERSON ISIDORO DA COSTA; PEDRO HENRIQUE RIBEIRO ALVES; HUSSEIN ALI AWADA Faculdade de Ciências Médicas, UNIFENAS, Alfenas. SÃO PAULO/SP TRAUMA VASCULAR POSTER (PO) 260 JUSTIFICATIVAS E OBJETIVOS: Os ferimentos vasculares cervicais são graves e potencialmente fatais, constituem 10% do total das lesões vasculares e têm como principal causa o trauma por arma de fogo. As características anatômicas dos vasos cervicais envoltos com aponeuroses e fáscias determinam uma tendência a permanecerem abertos após a sua lesão. Além disso, a compartimentalização aponeurótica pode levar ao sangramento para dentro dos espaços fechados, o que pode comprometer as vias aéreas. A possibilidade de complicações como embolia aérea e hemorragia exsanguinante associam-se com morbimortalidade altas.O objetivo deste trabalho é apresentar um caso de ferimento cervical com lesão vascular grave (tentativa de auto-extermínio). MÉTODO: Paciente de 32 anos, sexo masculino, presidiário, vítima de tentativa de auto-extermínio provocada por lesão com fragmento de vidro na região cervical profunda, associada com lesão vascular (veias jugulares externas e internas) e hemorragia externa volumosa. Deu entrada no Pronto Socorro do Hospital Universitário Alzira Vellano com quadro de choque hipovolêmico, hipotensão (PA-90/50 mmHg), taquicardia (FC-120 bpm), hipocorado (+3/+4) e agitado. Foi conduzido rapidamente ao bloco cirúrgico após reanimação inicial com infusão de solução salina e hemotransfusão. Apresentava ferimento cortante de 8,0 cm profundo transversal na região infrahióidea. RESULTADOS: O paciente foi submetido a tratamento cirúrgico de lesões vasculares (jugular externa e interna direitas) com sutura das lesões com prolene 5.0 e reconstrução dos planos cervicais. Evoluiu bem no pós-operatório com alta no 3º dia e controle ambulatorial. Recebeu assistência psiquiátrica no período de internação e pós-alta hospitalar. CONCLUSÕES: Estudos mostram que as lesões da zona cervical II, a área cervical mais acometida por trauma pode apresentar-se como hemorragia externa ou intraoral, hematoma de rápida expansão, evidência de fístula artério-venosa carótida-jugular ou perda de pulso com déficit neurológico10,11-20. O acompanhamento deste caso demonstrou que as lesões cervicais traumáticas são graves e estão associadas a lesões vasculares, nervosas e aéreas. O tratamento efetivo deve ser rápido, com controle da hemorragia externa através de clampes arteriais e sutura das lesões vasculares. No presente caso a eficiência e precisão do atendimento pré e hospitalar foram cruciais na sobrevida do paciente. PO-261 FÍSTULA AORTOCAVA COM REPERCUSSÃO HEMODINÂMICA OCASIONADA POR FERIMENTO PENETRANTE ABDOMINAL JULIANA LOPES ALFAIA; LEONARDO PESSOA CAVALCANTE; MARCOS VELLUDO BERNARDES Hospital Universitário Francisca Mendes - UFAM MANAUS/AM TRAUMA VASCULAR POSTER (PO) 261 JUSTIFICATIVAS E OBJETIVOS: As fístulas arteriovenosas abdominais (FAVA) são uma rara complicação dos aneurismas de aorta abdominal e muito menos descritos na literatura quando associados a traumatismos abdominais. Ocorrem em cerca de 1% dos casos dessas enfermidades, mas sua prevalência pode chegar a 4%, e tem predileção pelo sexo masculino. Apesar de rara, sua primeira descrição foi feita em 1831, por J. Syme. Os sintomas podem ter início agudo ou insidioso, podendo durar horas ou 1 a 2 anos após o evento agudo. MÉTODO: J.I.P., 53 anos, masculino, sem comorbidades,deu entrada em serviço de emergência, com história de dispnéia súbita, taquicardia, diaforese, síncope, sendo transferido para Hospital terciário para investigação diagnóstica. Foi realizado Ecocardiograma transtorácico com FE: 58% e presença de fluxo turbulento acelerado, sendo solicitada Cintilografia miocárdica e Angiotomografia do tórax e abdome evidenciando fístula arteriovenosa aortocava de cerca de 0,8 cm, localizada 4 cm abaixo das artérias renais, com aumento das câmaras cardíacas e Poster hipertrofia ventricular importante. Na ocasião o paciente quando indagado, referiu história de trauma penetrante abdominal, com laparotomia exploradora, há cerca de 27 anos. RESULTADOS: A despeito da sintomatologia do paciente, foi optado pelo tratamento endovascular, com introdução de fio guia Landerquist por introdutor 7Fr, substituído pelo sistema de entrega da Endoprótese Endurant (Medtronic) 25x45 cm, e acomodação da mesma utilizando Balão Reliant (Medtronic), demonstrando resultado final satisfatório, com melhora do quadro congestivo cardíaco. Apresentou aumento transitório das escórias nitrogenadas, responsivo à infusão de cristalóides. O mesmo permaneceu assintomático pelos 03 dias subsequentes, recebendo alta hospitalar para segmento clínico e controle radiológico ambulatoriais. CONCLUSÕES: A fístula aortocava é um tipo de complicação aguda rara em casos de traumatismo abdominal, sendo mais ligada a aneurismas de aorta abdominal rotos, correspondendo a cerca de 1% dos casos. É melhor caracterizada pela presença de sintomas agudos (taquiarritmias, sinais de sobrecarga ventricular), enquanto nosso paciente apresentou sintomatologia apenas 22 anos após o ferimento abdominal penetrante, quando já apresentava disfunção cardíaca importante. Apesar da idade e ausência de comorbidades, foi optado pelo tratamento endovascular com liberação de Endoprótese Endurant (Medtronic), com resultado angiográfico satisfatório e radiológico ambulatorial. PO-262 PSEUDO-ANEURISMA ARTÉRIA TIBIAL ANTERIOR CAUSADO POR TRAUMA CONTUSO SEM FRATURA ANDRÉ LUIZ SOUZA DE ARAÚJO; JULIANA LOPES ALFAIA; MARCOS VELLUDO BERNARDES; LEONARDO PESSOA CAVALCANTE Hospital Universitário Francisca Mendes MANAUS/AM TRAUMA VASCULAR POSTER (PO) 262 JUSTIFICATIVAS E OBJETIVOS: Os aneurismas são divididos em verdadeiros e falsos. O verdadeiro é decorrente de uma simples dilatação da parede arterial, sendo o falso conseqüente a uma ruptura traumática da parede do vaso. Em contraste com o aneurisma verdadeiro, que apresenta todas as camadas anatômicas intactas, a parede do falso é composta primariamente de tecido cicatricial. Caracterizam-se, como dilatações fusiformes ou saculares, representando uma forma de dissecção, com ruptura da artéria entre a camada média e adventícia da parede vascular ou resultante de fraqueza da própria adventícia com subseqüente encapsulamento do hematoma paravascular. MÉTODO: História de queda de altura de 2 m, em ortostase, evoluiu com dor em MIE, sem sinais de fraturas, fez uso de sintomáticos. Após 5 meses, apresentou abaulamento em panturrilha esquerda, com dor, dificuldade de deambulação. Relata claudicação intermitente para distância de 80 metros. Ao exame físico possui massa em panturrilha esquerda, dolorosa à palpação, com diferença de 10 cm (panturrilha esquerda 41 cm e direita 31 cm), pulsos arteriais presentes, porém diminuídos em poplíteo, tibial posterior e tibial anterior (++/4+). ITB igual a 1. Solicitada Angio TC de MIE que evidenciou coleção hemática parcialmente trombosada na região posterior da perna, medindo 11,0 x 7,0 x 6,3, com pequena comunicação com artéria poplítea, comprimindo e deslocando-a lateralmente, se estendendo inferomedialmente entre a cabeça medial do músculo gastrocnêmio, sem sinais de fraturas. RESULTADOS: Paciente foi submetido à exploração vascular em MIE, com acesso posterior e incisão tipo baioneta. Foram isolados vasos poplíteos e tibiais após individualização da cápsula do pseudoaneurisma, com fechamento da comunicação. O quadro se manteve inalterado até o 4° DPO, onde o paciente recebeu alta hospitalar medicado com sintomáticos e AAS 100mg ao dia. CONCLUSÕES: Na literatura existem poucos relatos de ocorrência de pseudo-aneurisma por traumas fechados sem fraturas associadas.A incidência de pseudo-aneurisma traumático varia de 4% a 13% em lesões arteriais, aumentando para 25% a 71% no esqueleto apendicular. O aumento da incidência nos últimos anos deve-se à crescente violência civil, maior número de cateterizações e acidentes de punções arteriais. Vários estudos apontam a maior ocorrência de pseudo-aneurismas na artéria femoral (39,9%), seguida pela artéria axilar e pela braquial, fato explicado pela proximidade vascular dos ossos longos nos casos em que ocorrem fraturas. PO-263 FÍSTULA ESÔFAGO-CARÔTÍDEA APÓS INGESTÃO DE ESPINHO DE PEIXE JOÃO M. F. TANNÚS; RUBENS F. AQUINO; LUCAS J. C. BUYSE; JULIANO R. T. CANTO; VINÍCIOS E. F. SILVA; RODRIGO P. GARCIA; PAULO H. V. ARAÚJO Universidade Federal de Uberlândia UBERLÂNDIA/MG TRAUMA VASCULAR POSTER (PO) 263 107 JUSTIFICATIVAS E OBJETIVOS: A ocorrência de corpos estranhos no trato digestivo não é rara em nosso meio, embora a maioria seja eliminada com as fezes, pode haver impactação dos mesmos na parede dos órgãos do tubo digestório, originando fístulas, abscessos e até lesões de grandes vasos. MÉTODO: Paciente 23 anos, sexo feminino, procurou serviço de urgência referindo ingestão acidental de espinho de peixe há 6 dias apresentando odinofagia e evoluindo com dois episódios de hematêmese sem repercussão hemodinâmica. Durante a avaliação apresentou hematêmese volumosa associada à taquicardia. Encaminhada para sala de emergência e solicitado endoscopia digestiva que visualizou somente resíduo hemático em estômago sem evidência de sangramento ativo, realizado estabilização hemodinâmica e nova endoscopia posteriormente. Paciente apresentou nova instabilidade hemodinâmica e repetida endoscopia revelou lesão em mucosa esofágica, tipo laceração, de aproximadamente 8 cm de diâmetro à 13 centímetros da arcada dentária superior com sinais de sangramento ativo. Encaminhada para cirurgia e solicitado avaliação da cirurgia vascular após cervicotomia longitudinal e presença de sangramento arterial ativo. Achado cirúrgico de área de necrose envolvendo esôfago e região ântero-medial da artéria carótida comum esquerda, associado à intenso processo inflamatório dos tecidos. Realizado exérese da área de necrose arterial com margens adequadas até tecido sadio e interposição de prótese de Dácron número 6 associado à esofagostomia e posicionamento de sonda nasoentérica pela equipe de cirurgia torácica. Paciente evoluiu sem intercorrências, extubada no primeiro dia pós-operatório sem apresentar complicações vasculares e recebendo alta para acompanhamento ambulatorial. RESULTADOS: Relata-se o caso de uma paciente com fístula esôfago-carotídea após ingestão de espinho de peixe, lesão rara porém relacionada à grande morbidade se não avaliada de forma adequada. CONCLUSÕES: Os corpos estranhos se fixam no esôfago geralmente abaixo do esfíncter esofágico superior na saliência aórtico-brônquica encontrada em seu terço médio, a esofagoscopia flexível ou rígida permite seu diagnóstico em cerca de 90% dos casos. A fixação do corpo estranho na parede origina um processo inflamatório que evolui para necrose e formação de abscessos atingindo estruturas vizinhas. PO-264 ANÁLISE DOS PACIENTES COM TRAUMA VASCULAR SUBMETIDOS À INTERVENÇÃO CIRÚRGICA NO HOSPITAL SANTA MARCELINA ITAQUERA NO PERÍODO DE 2009-2010 LUISA CIUCCI; ADNAN NASER; JOSE CARLOS INGRUND; FELIPE NESSER; MARCELO CALIL; ELISA MEIRELLES; VICENTE FREIRE Hospital Santa Marcelina Itaquera SÃO PAULO/SP TRAUMA VASCULAR POSTER (PO) 264 JUSTIFICATIVAS E OBJETIVOS: A prevalência de trauma vascular varia de 0,2 a 4% (1) a depender do mecanismo de trauma envolvido, sendo maior em traumas por arma de fogo, arma branca e fechados. Em 80% dos casos o trauma envolve as extremidades. O atendimento pré-hospitalar ao trauma e o avanço nos métodos diagnósticos e terapêuticos ajudou a diminuir a mortalidade e a taxa de amputações, que chegavam até 35-50% dos casos em casuísticas militares. Atualmente o trauma vascular ainda representa fator de gravidade associado principalmente a fraturas, lesões contusas e perfurantes por arma de fogo e arma branca, vitimando predominantemente homens jovens, que têm até sete vezes mais chance de óbito que as mulheres da mesma faixa etária. Objetivos: Analisar os pacientes com trauma vascular no Hospital Santa Marcelina, admitidos no pronto socorro cirúrgico ou encaminhados de outros serviços para avaliação da cirurgia vascular no período de Janeiro de 2009 e Dezembro de 2010. MÉTODO: Análise retrospectiva dos registros de prontuários dos pacientes vítimas de trauma vascular atendidos no Hospital Santa Marcelina no período de Janeiro 2009 a Dezembro de 2010. RESULTADOS: Foram avaliados registros de prontuários de 37 pacientes no período, de 14 a 51 anos (média 27,5 anos), sendo 33 homens e 04 mulheres. Os principais tipos de trauma envolvidos foram: automobilísticos (15), arma de fogo (6 ), arma branca (4), trauma perfurante (6), trauma contuso (4), outros (2). A mortalidade foi de 21,2% e a incidência de amputações após intervenção cirúrgica foi de 16,2%. Ao total, os pacientes apresentaram 53 lesões vasculares, corrigidas por meio de enxerto com veia em 18 casos, anastomose termino terminal em 14, ligadura simples em 08 casos, rafia em 4 casos e tromboembolectomia em 02 casos. Vinte e quatro pacientes apresentaram lesões associadas tais como: luxação em 02 casos, lesão de tendões e partes moles em 03 casos, fraturas em 04 casos, lesões nervosas em 03 casos, lesões mistas em 11 casos e trauma abdominal em 01 caso. O RTS pode ser calculado em 29 pacientes, com média de 7,61 (3,361 a 7,8408), o que representa probabilidade de sobrevivência maior que 96%. CONCLUSÕES: A paciente vítima de trauma deve ser avaliado a procura de lesões vasculares, já que o trauma vascular ainda é prevalente e pode ser corrigido precocemente com bons resultados funcionais para o paciente e diminuição da morbimortalidade associada. 108 PO-265 TRAUMA CONTUSO DE SUBCLÁVIA - ALTERNATIVA DE ACESSO MARCELA TASSI; ROSANA PALMA; JULIANA TINOCO; BRUNO VIEIRA; JUAN CASTRO; ROSSI MURILO; RITA CURI; RENATA VILLAS-BOAS; GUILHERME FARME Hospital Municipal Souza Aguiar RIO DE JANEIRO/RJ TRAUMA VASCULAR POSTER (PO) 265 JUSTIFICATIVAS E OBJETIVOS: Os traumatismos de vasos subclávios, sejam eles contusos ou penetrantes, são bastante complexos e de alta morbimortalidade. O mesmo arcabouço ósseo que protege a região pode ser o responsável pelo agravamento das lesões no local. Objetivo: Discutir as diferentes vias de acesso para abordagem ao trauma de vasos subclávios esquerdo em sua primeira e segunda porção. MÉTODO: Relato de caso do paciente J.A.V. vítima de acidente automobilístico com lesão de vasos subclávio associada a hemomediastino. RESULTADOS: Optamos pela realização de esternotomia com prolongamento lateral (“open tórax”). Foram realizadas reconstrução de a. subclávia com safena. CONCLUSÕES: A decisão do acesso cirúrgico é o ponto crucial no paciente traumatizado que interferira diretamente no sucesso do procedimento. O planejamento cirúrgico cuidadoso possibilita o reparo seguro. PO-266 TRAUMA VASCULAR CONTUSO DE AORTA ABDOMINAL POR CINTO DE SEGURANÇA MARCELLE S. A. SILVA; GUSTAVO H. D. KLEINSORGE; GUSTAVO S. M. GATTAS; DOMINGOS A. F. DRUMOND Hospital João XXIII BELO HORIZONTE/MG TRAUMA VASCULAR POSTER (PO) 266 JUSTIFICATIVAS E OBJETIVOS: Demonstrar que embora a lesão de aorta abdominal por trauma contuso seja um evento raro, quando ocorre, na maioria das vezes, está associada ao uso de cinto de segurança levando a uma compressão desse vaso contra o corpo vertebral. Quando esta lesão resulta na oclusão aórtica completa, a apresentação clínica é dramática e a intervenção precoce é essencial. MÉTODO: Paciente do gênero feminino, 29 anos, vítima de acidente automobilístico em via de alta velocidade, transferida para o Hospital JXXIII após 48 horas de trauma devido a quadro de isquemia em membros inferiores. Recebeu atendimento inicial em Instituição Hospitalar do interior de Minas Gerais tendo sido submetida a laparotomia exploradora (enterorrafias e colorrafias) devido a quadro de irritação peritoneal associada a presença de tatuagem traumática extensa. À admissão no HJXXIII, apresentava-se estável hemodinamicamente, em Glasgow 15, queixando-se de dor intensa em membro inferior esquerdo. Ao exame evidenciava-se ausência de pulsos femoral, polplíteo, tibial posterior e pedioso esquerdos com empastamento de todo membro, frialdade e hipoestesia. Membro inferior direito perfundido e aquecido, porém com pulso femoral diminuído. Realizado propedêutica complementar com angiotomografia de abdome e pelve que evidenciou, na altura da bifurcação das artérias ilíacas comuns, oclusão total à esquerda e oclusão parcial à direita. Estudo da coluna com evidências de fratura de corpo vertebral de L5, sem déficit motor. RESULTADOS: Optado por realização de amputação transfemoral esquerda seguida de revascularização distal com by-pass aortobi-ilíaco com prótese de dacron e revisão de suturas intestinais. Realizado fechamento abdominal alternativo com bolsa de Bogotá devido a distensão de alças intestinais. Paciente evoluiu satisfatoriamente no pós-operatório mantendo coto da coxa esquerda e membro inferior direito bem perfundindos e laparostomia em bom aspecto. Segue internada aguardando progressão da granulação da laparostomia para fechamento definitivo da cavidade abdominal. Mantido tratamento conservador da fratura de L5 com uso de colete protetor. CONCLUSÕES: Alto índice de suspeição de lesão de aorta abdominal é fundamental, dado que esta lesão, potencialmente letal, pode ser inicialmente assintomática. Compreender os mecanismos de trauma e reconhecer precocemente os sinais clínicos e lesões podem definir e determinar a evolução, o prognóstico e a gravidade do paciente. PO-267 EMBOLIZAÇÃO ARTERIAL EM FRATURAS PÉLVICAS COMPLEXAS, CONTROLE DO SANGRAMENTO E ESTABILIZAÇÃO HEMODINÂMICA NO ATENDIMENTO DE PACIENTES POLITRAUMATIZADOS: RELATO DE CASO MARCELO FRANCHINI GIUSTI; ERIKA TADEU DOBRIOGLO; MARIANA TERRA DINIZ; SIMONE PEDROSO; ADRIANA MARCO ANTONIO; BRUNA DE FINA; DOUGLAS NASCIMENTO DIPOLD; FERNANDA UCHIYAMA; MARITA VON RAUTENFELD; EDGAR BORTOLINI; DANIEL FONSECA; ANDRE VINICIUS FONSECA; AGENOR VASCONCELO COSTA; JOAO ANTONIO CORREA Poster Faculdade de Medicina do ABC SÃO BERNARDO DO CAMP/SP TRAUMA VASCULAR POSTER (PO) 267 JUSTIFICATIVAS: Politraumatismo é a principal causa de morte em adultos jovens. Quando associada a lesões pélvicas complexas e lesões vasculares, o índice de morbidade e mortalidade aumenta ainda mais. Assim, o grande desafio para o cirurgião geral e cirurgião vascular é fazer o diagnóstico precoce e o tratamento adequado no momento certo. Relato de caso: Mulher jovem vítima de acidente de moto, trazida para o Hospital Estadual Mario Covas de Santo André. Apresentava à entrada na emergência fratura cominutiva do quadril associada a fratura de fêmur direito, evoluindo com instabilidade hemodinâmica. Foi submetida a fixação externa de fratura de quadril e tração transtibial da perna direita, mantendo a instabilidade no entanto, mesmo após ressuscitação volêmica. Evoluiu com hematoma extenso na coxa direita e distúrbio de coagulação grave. A angiografia mostrou sinais e sangramento ativo nos ramos distais da artéria ilíaca interna direita, tratado com embolização distal de ramos com gelfoam e oclusão da artéria ilíaca direita com mola helicoidal, obtendo cessação imediata de extravasamento de contraste nas artérias. No pós-operatório corrigiu insuficiência renal aguda por rabdomiolise e discrasia sanguinea, evoluindo satisfatoriamente. Objetivo: Enfatizar a importância da cirurgia endovascular no tratamento de politraumatizados graves devido à fratura cominutiva da bacia. CONCLUSÕES: Concluímos que os procedimentos endovasculares podem ser extremamente importante no tratamento de vítimas de trauma grave. Os primeiros trabalhos como parte de uma abordagem multidisciplinar de pacientes politraumatizados, mostraram grande influência sobre o resultado da evolução clínica em casos de trauma grave de difícil controle hemodinâmico. PO-268 TECNICA CIRURGICA PARA CORREÇÃO DE FISTULA CRONICA ENTRE ARTERIA CARÓTIDA INTERNA E VEIA JUGULAR INTERNA APOS FERIMENTO POR ARMA DE FOGO MARIANA TERRA DINIZ; AGENOR JOSE VASCONCELO COSTA; JOAO ANTONIO CORREA; ELIANE YUMI FUJI; ANDERSON NADIAK BUENO; ANDRE VINICIUS FONSECA; SIMONE PEDROSO; MARCELO GIUST; ERIKA TADEU DOBRIOGLO; BRUNA DEFINA; FERNANDA UCHIYAMA; ADRIANA MARCO ANTONIO; DOUGLAS ALBERTO DIPOLD FMABC SANTO ANDRÉ/SP TRAUMA VASCULAR POSTER (PO) 268 JUSTIFICATIVAS E OBJETIVOS: Fístula carotídea jugular é um evento raro e associa-se principalmente a introdução de cateteres venosos para hemodiálise, acometendo geralmente a artéria carótida comum. A FCJ pós traumática (não iatrogênica) é ainda mais rara e corresponde a menos de 4% das complicações do trauma arterial na região cervical. O trauma cervical pode ser decorrente de ferimentos abertos ou fechados e pode evoluir com outros tipos de complicações como trombose e aneurisma . MÉTODO: Apresentar um caso de correção cirúrgica de fístula entre a artéria carótida interna e veia jugular interna decorrente de trauma cervical tardio sem sintomas neurológicos ou cardiovasculares. RESULTADOS: F.S, masculino, 21, vítima de ferimento por projétil de arma de fogo há 18 meses. Orifício de entrada em mento com projétil alojado em região cervical posterior esquerda, na altura da quarta vértebra cervical. Assintomático, sem déficit motor ou sensitivo. Ao exame apresentava edema moderado em região cervical esquerda, discreta ectasia venosa, frêmito e sopro local. Doppler: fístula entre ACIE e a VJIE, à 2cm acima da bifurcação, com orifício de 1cm de diâmetro; fluxo retrógrado pela ACI esquerda distal à fístula. Arteriografia: fístula entre ACIE e a VJIE, polígono de Willis completo e pérvio com fluxo direcionado da artéria vertebral esquerda à ACI esquerda através do sistema vértebro basilar e artéria comunicante posterior. Optado por realizar a correção cirúrgica por via aberta,e não por tratamento endovascular, por se tratar de paciente jovem com longa expectativa de vida, além da anatomia favorável da lesão. Secção do trajeto fistuloso mais próximo à veia com rafia simples, com fio de polipropileno 6-0, primeiramente da veia, posteriormente rafia da carótida interna com patch da própria veia jugular do trajeto fistuloso . A liberação do fluxo arterial não demonstrou frêmito ou turgência da veia. Paciente evoluiu sem déficits neurológicos. Doppler de controle sem estenose ou dilatação do local abordado. CONCLUSÕES: Nesse caso (zona II) a opção cirúrgica é a primeira escolha. Além do desconhecimento evolutivo das endopróteses em pacientes com longa expectativa de vida. A cirurgia mostrou-se eficiente e segura, e deve ser considerada como a 1ª opção na correção da lesão vascular traumática envolvendo a zona II. Opções alternativas, como tratamento endovascular, deve ser resultante da individualização de cada caso ou nas situações que o dano ocorra em áreas anatômicas complexas(zona I- III). 109 Poster PO-269 TRAUMATISMO POR ARMA BRANCA DO TRONCO PULMONAR. RELATO DE CASO MILENA MACEDO COUTO; BEATRIZ BARBOSA DE LIMA; ISABELLE CRISTINE MARQUES DE LIM; JOÃO BATISTA VIEIRA DE CARVALHO; ANDRÉ DE PAULA GARCIA; CAROLINA REIS CARVALHO; ABNER BRITO SANTOS DONATO; CAROLINE COSTA CARNEIRO UNIFENAS, ALFENAS, MG ALFENAS/MG TRAUMA VASCULAR POSTER (PO) 269 JUSTIFICATIVAS E OBJETIVOS: Introdução:As lesões do tronco pulmonar são graves e provocadas por agressão por arma-de-fogo ou arma branca. O hematoma mediastinal que se forma comprime as estruturas do mediastino como traquéia, brônquios e nervos (vago, laríngio recorrente), veia cava superior, veias braquiocefálicas. O tratamento é cirúrgico e de emergência e a morbimortalidade é expressiva (2040%). Apresentamos caso de lesão traumática do tronco pulmonar por arma-branca tratado com sucesso. MÉTODO: Paciente do sexo feminino, 77 anos, do lar, solteira, tentativa de auto-extermínio. Apresentava arma branca (punhal) em hemitórax E em região supra-clavicular E com pulsação do punhal. Queixava-se apenas de dor no local da inserção da arma branca. Encontrava-se estável hemodinamicamente, com Escala de Coma de Glasgow=15, frequência respiratória =20 i.r.p.m, Freqüência cardíaca =70 b.p.m, Pressão arterial =120x80 mmHg, Temperatura axilar: 36ºC. Ao exame físico encontrava-se sem alterações. Foi realizado Rx de tórax, ecocardiograma e triplex-scan de artérias e veias subclávia à E. A arma branca encontrava-se posicionada longitudinalmente da região supraclavicular E em direção ao mediastino. Não se constatou lesão cardíaca ao ecocardiograma. As artérias e veias subclávias esquerdas estavam íntegras. Os exames de imagem não foram conclusivos sobre a localização exata do punhal.No bloco cirúrgico procedeu-se a toracotomia exploradora em livro aberto. Foi retirada a arma branca da região supraclavicular E desde o hilo pulmonar. Não houve lesão cardíaca. Constatou-se lesão do tronco da artéria pulmonar de 1 cm tamponada. Feito rafia com fio prolene 4.0. Constatado fístula aérea em lobo superior esquerdo corrigida com fio prolene 2.0 em dois planos. Feito drenagem pleural tubular. No pós-operatório o paciente evoluiu bem e recebeu alta no oitavo dia de internação. Objetivo: Apresentar caso de lesão traumática do tronco pulmonar por arma-branca. CONCLUSÕES: As lesões do tronco pulmonar por arma-branca passíveis de correção cirúrgica na urgência são raras. Atualmente se dispõe da abordagem endovascular porém em muitas situações a abordagem convencional é a única opção de emergência para o tratamento efetivo. O presente relato demonstra como é possível o diagnóstico e o tratamento efetivos através de abordagem precoce com cirurgia convencional. PO-270 ANEURISMA VERDADEIRO PÓS-TRAUMÁTICO DE ARTÉRIA RADIAL OTACILIO CAMARGO JUNIOR; MARCIA FAYAD MARCONDES; GUILHERME ABREU; WILLIAN VENDRAMINI; MARTIN GEIGER; MARCIO OLIVEIRA Pontificia Universidade Católica de Campinas CAMPINAS/SP TRAUMA VASCULAR POSTER (PO) 270 JUSTIFICATIVAS E OBJETIVOS: Os aneurismas periféricos são pouco frequentes. Nas extremidades superiores podem acometer as artérias axilar, umeral, radial, interóssea, ulnar ou artérias da mão. No território subclávio-axilar a etiologia mais frequente é a aterosclerótica, porém, a partir da artéria umeral a principal etiologia é a traumática, que pode apresentar um período de latência entre o trauma e o aparecimento de sinais e ou sintomas. Relatamos um caso de aneurisma verdadeiro pós-traumático de artéria radial. MÉTODO: Paciente do sexo masculino, com 49 anos, apresentou massa tumoral pulsátil em trajeto de artéria radial quatro meses após ter sido vítima de mordedura de cachorro. Ao exame físico foi identificado tumoração pulsátil de 1,5 cm em região de artéria radial sem dor à palpação, compatível com aneurisma de artéria radial, com pulsos radial e ulnar presentes e sem sinais de isquemia. Submetido a ultrassonografia Doppler, com diagnóstico de aneurisma de verdadeiro de artéria radial. RESULTADOS: O paciente foi submetido à cirurgia de retirada da massa aneurismática com ligadura proximal e distal da artéria com manutenção da perfusão da mão. O estudo anátomo-patológico evidenciou um aneurisma verdadeiro de artéria radial. CONCLUSÕES: Os aneurismas periféricos de membro superior são raros e os mais distais tem como etiologia mais frequente o traumatismo, podendo ser pseudoaneurisma. Sempre que diagnosticados devem ser operados pela possibilidade que apresentam de embolização para as artérias digitais. O tratamento é benigno e quando o arco palmar está pérvio o tratamento pode ser ligadura proximal e distal com anestesia local. PO-271 COMPLICAÇÃO TARDIA EM TRUMA DE ARTÉRIA POPLÍTEA OTACILIOC CAMARGO JUNIOR; STEFANO ATIQUE GABRIEL; LEONARDO SODRE; MARTIN GEIGER; MARCIO OLIVEIRA; JULIANA LECH CAMARGO PontifÍcia Universidade Católica de Campinas CAMPINAS/SP TRAUMA VASCULAR POSTER (PO) 271 JUSTIFICATIVAS E OBJETIVOS: Pseudo-aneurismas ou falsos aneurismas são causados por rotura da parede arterial com extravasamento de sangue que é contido pelos tecidos vizinhos. A rotura parcial da parede do vaso impede retração e trombose das extremidades lesadas. Nessas condições, é frequente o sangramento ativo ou a formação de um pseudo-aneurisma, quando a hemorragia é contida pelas estruturas musculoaponeuróticas, e o hematoma tem comunicação com a luz arterial, transmitindo pulsatilidade, podendo expandir-se progressivamente e comprimir estruturas vizinhas ou romper-se. Os pseudo-aneurismas traumáticos podem ser resultantes de traumas diretos, de projéteis ou instrumento perfurocortante, por traumas fechados ou iatrogenia, como por embolectomia, angioplastia e até mesmo por acupuntura. Nos pseudo-aneurismas traumáticos, pelo grande hematoma que em geral ocorre, a presença do aneurisma só é detectada tardiamente. Relatmos o caso de um paciente do sexo masculino que apresentava pseudoaneurisma de artéria poplítea pós cirurgia ortopédica, que teve seu diagnóstico realizado por apresentar isquemia de artelhos por embolização distal. MÉTODO: Paciente do sexo masculino deu entrada no hospital com queixa de dor em artelhos de membro inferior esquerdo. Ao exame físico apresentava cianose em artelhos de pé esquerdo e massa tumoral pulsátil em coxa esquerda. Submetido à ressecção do pseudoaneurisma e ponte femoro-poplítea com veia safena. RESULTADOS: Paciente evoluiu sem queixas no pós-operatório e com pulsos distais palpáveis. CONCLUSÕES: Pesudo-aneurismas de artéria poplítea são raros e geralmente são secundários a traumatismos locais, incluindo aqueles causados por procedimentos ortopédicos. O vaso mais frequentemente acometido é a artéria femoral comum, que comumente é alvo de procedimentos invasivos diagnósticos ou terapêuticos. Pseudo-aneurismas de artéria poplítea são raros e etiologias diversas são relatadas na literatura. PO-272 TRATAMENTO CIRÚRGICO DE FAV TRAUMÁTICA OTACILIO CAMARGO JUNIOR; CLAUDIO ROBERTO CABRINI SIMÕES; MARCIA FAYAD MARCONDES; LEONARDO SODRÉ; MARTIN GEIGER; JULIANA LECH CAMARGO PontifÍcia Universidade Católica de Campinas CAMPINAS/SP TRAUMA VASCULAR POSTER (PO) 272 JUSTIFICATIVAS E OBJETIVOS: Fístulas arteriovenosas podem se apresentar como complicação de traumatismo, sendo uma complicação rara no couro cabeludo. Apresentam-se geralmente como uma massa pulsátil, crescente e dolorosa na região do trauma. Existem relatos de fístula arteriovenosa secundária a craniotomia e a transplante de cabelo. Para determinar a sua localização a arteriografia carotídea externa pode ser utilizada como meio diagnóstico. Relatamos o caso de um paciente com fístula arteriovenosa traumática tratado cirurgicamente. MÉTODO: Paciente do sexo masculino, 44 anos, refere traumatismo craniano por acidente motociclístico há 17 anos. Refere aparecimento de varizes na cabeça, com aumento progressivo há mais de 10 anos. Realizado arteriografia diagnóstica com evidência de fístula arteriovenosa e tratamento cirúrgico de ligadura da fístula e exerese das varizes de couro cabeludo. RESULTADOS: O paciente apresentou ótima evolução, sem qualquer complicação, com acompanhamento pós-operatório de um ano e dez meses. CONCLUSÕES: Fístula arteriovenosa de couro cabeludo apesar de ser uma complicação infrequente de traumatismo craniano, pode trazer complicações importantes como varizes, trombose e sangramentos. O tratamento deve ser realizado tão logo seja feito o diagnóstico para evitar tais complicações. PO-273 TRATAMENTO ENDOVASCULAR DE FÍSTULA ARTERIOVENOSA TRAUMÁTICA PABLO SALIM VARELA; ALEX ANTUNES BEZERRA; LUÍS FELIPE MENDES RODRIGUES; BRUNO DO AMARAL PEDRETE; CARLOS ALBERTO DA SILVA FRIAS NETO; EDUARDO LAMI PEREIRA FILHO; ANDRÉIA WALLAU VILAVERDE; RODRIGO VAZ DE MELO; JOÃO BATISTA MONIZ BARRETO DE ARAG; SERGIO SILVEIRA LEAL DE MEIRELLES Hospital Federal dos Servidores do Estado RIO DE JANEIRO/RJ TRAUMA VASCULAR POSTER (PO) 273 110 JUSTIFICATIVAS E OBJETIVOS: Relatar o caso clínico de um paciente atendido no serviço de cirurgia vascular do Hospital Federal dos Servidores do Estado (HFSE), submetido a tratamento endovascular de fístula arteriovenosa traumática em vasos femorais. Será realizada uma breve revisão na literatura sobre o tema, discutindo-se as condutas alternativas para a patologia em questão. MÉTODO: Masculino, 55 anos, hipertenso, diabético e portador de insuficiência renal crônica há 2 anos, submetido à punção acidental de artéria femoral direita durante tentativa de colocação de cateter para Hemodiálise em 2009, evoluindo após o procedimento com edema importante em coxa e coto de amputação infra patelar à direita. Evoluiu com piora progressiva dos sinais e sintomas, sendo encaminhado para tratamento. Apresentava pulso femoral 3+/4+ bilateralmente, e ausência de frêmitos em região inguinal direita. ecocolor-Doppler venoso com imagem sugestiva de fístula arteriovenosa em vasos femorais à direita. RESULTADOS: Submetido a arteriografia diagnóstica, identificada FAV entre artéria femoral superficial direita (AFSD) e veia femoral comum direita (VFCD) aproximadamente a 0,5-1 cm da origem da artéria femoral profunda direita (AFPD). O paciente foi submetido a tratamento endovascular da lesão, com colocação de stent revestido, com extremidade proximal posicionada na origem da AFSD. O paciente recebeu alta hospitalar no 2° dia de pós operatório, com melhora importante do edema após 7 dias do procedimento, voltando a deambular com prótese em membro inferior direito. CONCLUSÕES: A FAV em vasos femorais é uma rara complicação decorrente da punção inadvertida da bifurcação da AFC ou da artéria e veia femoral profunda. A incidência desta complicação apresenta grande variação entre os estudos na literatura. Os fatores de risco encontrados foram sexo feminino, hipertensão, punção à esquerda e anticoagulação periprocedimento. A história natural da FAV femoral é pouco conhecida, devido à sua raridade, com algoritmos de tratamento também escassos. Durante anos, a única opção terapêutica para o tratamento de FAV, quando o manejo conservador falhava, era o reparo cirúrgico aberto. A compressão guiada por ultrassonografia também já foi utilizada, porém, devido à baixa taxa de sucesso, encontra-se abandonada. Com o surgimento da cirurgia endovascular, e o desenvolvimento de técnicas e materiais de maior qualidade, uma nova opção de tratamento para tais lesões tornou-se disponível, sendo atualmente a terapia de escolha. PO-274ABDOMEN AGUDO HEMORRÁGICO COMO COMPLICAÇÃO DE ACESSO VASCULAR POR PUNÇÃO EM ARTÉRIA FEMORAL PATRICK BASTOS METZGER; FABIO HENRIQUE ROSSI; FERNANDA M. RESEGUE ANGELIERI; SAMUEL MARTINS MOREIRA; ANTONIO MASSAMITSU KAMBARA; MARCELA SILVA DOURADO; CAMILA BAUMAN BETELLI; AKASH KUZHIPARAM PRAKASAN; NILO MITSURU IZUKAWA Instituto Dante Pazzanese de Cardiologia SÃO PAULO/SP TRAUMA VASCULAR POSTER (PO) 274 JUSTIFICATIVAS E OBJETIVOS: A opção por técnicas minimamente invasivas, sejam terapêuticas ou diagnósticas, é tendência natural da evolução médica. Complicações importantes devido a inserções de cateteres ou introdutores em região femoral são infrequentes, porém acrescentam grande morbidade aos pacientes já debilitados por doenças prévias. MÉTODO: Trata-se de um paciente de 74 anos, hipertenso, diabético, portador de hérnia inguino-escrotal direita, em uso de dupla anti-agregação plaquetária, que deu entrada no serviço de emergência com um quadro de angina instável sendo submetido à angioplastia coronariana com stent não farmacológico via acesso femoral direito. Evoluiu no primeiro dia pós-operatório com dor abdominal e choque hipovolêmico. ecocolor-Doppler da região femoral sem sinais de hematomas ou pseudoaneurismas. A tomografia computadorizada de abdômen demonstrou liquido livre em toda a cavidade abdominal. Foi submetido a laparotomia exploradora que evidenciou lesão em mesocólon de sigmóide e sangramento ativo em omento maior, sendo realizada omentectomia parcial,revisão hemostática de mesocólon e drenagem de 2 litros de sangue da cavidade abdominal. Evoluiu no pós operatório satisfatoriamente. RESULTADOS: Punções em artéria femoral inadvertidas podem causar sangramentos locais, pseudoaneurismas, fístulas artério- venosas, dissecções arteriais ou lesões neurológicas. A presença de lesão intra abdominal durante acessos femorais é de muito pouca freqüência na literatura. CONCLUSÕES: A presença de alterações anatômicas locais, como a presença de hérnias inguino-escrotais devem alertar o médico que realiza o acesso vascular para a possibilidade de dificuldades técnicas e possíveis complicações durante o procedimento. Poster PO-275 TRATAMENTO ENDOVASCULAR PARA CORREÇÃO DE FÍSTULA ARTERIOVENOSA TRAUMÁTICA ABDOMINAL RICARDO BERGER SOARES; LUIZ FRANCISCO MACHADO COSTA; ADAMASTOR HUMBERTO PEREIRA; SHARBEL MAHFUZ BOUSTANY; MARCO AURÉLIO GRÜDTNER; GILBERTO GONÇALVES DE SOUZA; FERNANDA DA SILVA CANANI; LEONARDO REIS DE SOUZA Hospital de Clínicas de Porto Alegre PORTO ALEGRE/RS TRAUMA VASCULAR POSTER (PO) 275 JUSTIFICATIVAS E OBJETIVOS: Paciente masculino, 24 anos, com história de ferimento por arma de fogo (FAF) há 8 anos apresentando abaulamento em região de fossa ilíaca direita (FID) com presença de frêmito em “maquinário” e edema importante de membro inferior direito. A tomografia computadorizada evidenciou uma fístula arteriovenosa em transição abdomino-pélvica com provável pseudoaneurisma medindo 5 cm e comunicação arteriovenosa ao nível da ilíaca externa direita, preenchimento precoce pelo contraste da veia ilíaca externa e comum direita, assim como ectasia arterial do eixo ilíaco direito. Em razão da progressão do quadro clínico com piora do edema e repercussão cardiológica pela fistula arteriovenosa de alto débito, o tratamento para correção da FAV de alto débito foi indicado. Considerando as particularidades anatômicas, como a ectasia do eixo arterial ilíaco direito, não era possível o tratamento endovascular com os dispositivos padrões (stents recoberto ou extensões ilíacas). MÉTODO: A técnica utilizada envolveu a colocação de endoprótese monoilíaca (Medtronic 21x16x127) com a cobertura da artéria ilíaca comum e externa direita, sendo previamente realizada a embolização com molas da artéria hipogástrica direita e posterior colocação de extensão ilíaca reta (Medtronic 16x14x75) até imediatamente abaixo do ligamento inguinal. A extremidade proximal da endoprótese foi disposta logo abaixo da bifucação aórtica. A angiografia de controle imediata demonstrou fechamento da comunicação com o pseudoaneurisma em pelve e perpetuação da fistula arterio-venosa ao nível da transição ilíaco-femoral direita. A arteriografia de controle após 15 dias do procedimento demonstrou o completo da fistula arteriovenosa ao nível da transição ilíaco-femoral direita. RESULTADOS: O paciente apresentou satisfatória evolução pós-operatória. A melhora do edema foi observada no pós-operatório imediato (15º pós-operatório). Ao exame físico não havia mais abaulamento, presença de frêmito ou pulsação em FID. CONCLUSÕES: O tratamento endovascular é uma alternativa aos pacientes com lesões vasculares complexas com tratamento cirúrgico associado à elevada morbimortalidade. As evidências na literatura sobre a eficácia da técnica endovascular ainda são limitadas, principalmente considerando o desgaste dos materiais quando utilizados em pacientes com elevada expectativa de vida. Pesquisas futuras são necessárias para confirmar a sua segurança e eficácia a longo-prazo. PO-276 TRATAMENTO ENDOVASCULAR DE PSEUDOANEURISMA DA ARTÉRIA HIPOGÁSTRICA APÓS TRAUMA PERFURANTE - RELATO DE CASO ROBSON PARREIRA MORAIS JR.; CARLOS HENRIQUE ALVARENGA BERNARDES; CAROLINE ARAUJO BICHEIRO; AGLAIR LOPES SANTOS SOARES; SAMOU SAID SALOMÃO; ALFONSO H. DOI NOMURA; MARIA CAROLINA SIMÕES SILVA SANTA CASA DE SANTOS SANTOS/SP TRAUMA VASCULAR POSTER (PO) 276 JUSTIFICATIVAS E OBJETIVOS: Os ferimentos penetrantes são os responsáveis por mais de 90% dos traumatismos vasculares. E dentre estes, muitas vezes levando apenas à rotura parcial da parede do vaso, com preservação de um segmento da circunferência do vaso íntegro, impedindo a retração e a trombose, levando frequentemente ao sangramento ativo ou a formação de um pseudoaneurisma. Os pseudoaneurismas da artéria hipogástrica são raros, geralmente secundários a trauma penetrante ou contuso. Representam menos de 1% de todos os aneurismas e geralmente estão localizados na artéria glútea superior ou inferior. MÉTODO: O presente estudo foi desenvolvido a partir da descrição e comparação de um caso clínico com publicações retiradas de artigos originais e artigos de revisão. Para a ilustração do caso clínico, utilizamos imagens originais dos procedimentos realizados no seu diagnóstico e tratamento. RESULTADOS: Paciente S.D.P. de 20 anos, sexo feminino, sofreu trauma penetrante em região glútea esquerda, seguido da formação de moderado hematoma pulsátil no local há um mês. Procurou o pronto socorro por estar apresentando sangramento ativo em jato pela ferida na região glútea. A hemorragia foi contida inicialmente por compressas. Após a identificação do vaso lesado foi optado pela terapêutica Poster endovascular com a embolização dos ramos da artéria hipogástrica esquerda com molas de Giantuco, resultando na cessação da hemorragia. CONCLUSÕES: O sangramento de origem pélvica, de qualquer etiologia, representa um desafio para o cirurgião em função da dificuldade do acesso e pela possibilidade da existência de múltiplos vasos acometidos. Assim elevando o número de indicações da terapêutica endovascular no trauma. O tratamento endovascular é um significativo avanço no manejo de lesões vasculares pélvicas , que ainda hoje são um grande desafio para os cirurgiões vasculares pela técnica convencional. PO-277 EFICÁCIA DO TRATAMENTO ENDOVASCULAR POR EMBOLIZAÇÃO EM TRAUMA DE ÓRGÃOS PARENQUIMATOSOS DO ABDÔMEN RONALDO DÁVILA; ÁLVARO RAZUK; EDUARDO C. C. SANSOLO; GUSTAVO CABRAL DUARTE; RENATO FANCHIOTTI COSTA; FERNANDO PINHO ESTEVES; CLÁUDIA GURGEL MARQUES; GUSTAVO J. P. TELLES; ALEXANDRE FIORANELLI; WALTER K. KARAKHANIAN; ROBERTO A. CAFFARO Irmandade Santa Casa de Misericórdia de São Paulo SÃO PAULO/SP TRAUMA VASCULAR POSTER (PO) 277 JUSTIFICATIVAS E OBJETIVOS: As lesões de vísceras parenquimatosas podem ser de difícil acesso, porém com a técnica endovascular é possível tratar de forma pouco invasiva órgãos maciços lesados em traumas, coibindo sangramentos e desta forma evitando grandes intervenções em pacientes já debilitados. O objetivo do estudo é analisar o perfil dos pacientes submetidos à embolização das lesões hepato-esplênicas por trauma do abdômen, além da evolução e principalmente da eficácia do tratamento. MÉTODO: Foi realizada uma revisão retrospectiva dos pacientes submetidos ao tratamento endovascular de lesões por trauma hepato-esplênico no período de outubro de 2001 a abril de 2011. Foram selecionados 16 pacientes com idade entre 7 e 53 anos (média 29,8). O trauma fechado foi responsável por 93,75% dos casos, atingindo o fígado em 68,75% e o baço em 31,25%. O diagnóstico foi feito através de tomografia em 68,75% dos casos e a ultrasonografia utilizada em 75%. Os pacientes foram atendidos segundo as diretrizes protocoladas pelo Advanced Trauma Life Support, sendo avaliados o estado hemodinâmico, a necessidade e o volume da transfusão de hemoderivados. As lesões foram classificadas com exames de imagem através da graduação da American Association for the Surgery of Trauma Organ Injury Scaling Committee. Apresentavam lesão grau III 12,5% dos pacientes, grau IV 56,25% e 31,25% com lesão grau V. O procedimento teve como base a cateterização seletiva da artéria responsável pela irrigação do órgão lesionado, sendo usados materiais sintéticos para controle da hemorragia. RESULTADOS: Cinco pacientes apresentavam instabilidade hemodinâmica. Foram submetidos à laparotomia 18,75% das vítimas antes da embolização. A média de concentrados de hemácias transfundidos foi de 3,8, porém apenas 5 pacientes receberam mais de três concentrados e um necessitou de hemoderivados após o procedimento. Os materiais foram selecionados de acordo com a necessidade de cada tipo de lesão, sendo o Gelfoam utilizado em 50%, os espirais metálicos em 31,25%, as micropartículas em 25% e a cola em 6,25%. A taxa de sucesso foi de 93,75%. Complicação ocorreu em 18,75%, que evoluiram com abscesso hepático tratados com drenagem percutânea. O seguimento de 18 meses foi alcançado em 85% dos pacientes que não apresentaram outras complicações. Não houve óbito. CONCLUSÕES: Os resultados da embolização das lesões hepato-esplênicas por trauma abdominal são promissores, e quando bem indicado evita grandes cirurgias em pacientes já debilitados pelo mecanismo de trauma. PO-278 REDUÇÃO DOS CASOS DE TRAUMA VASCULAR NO HMSA: MUDANÇA DO PERFIL NOS ÚLTIMOS ANOS ROSANA PALMA; MARCELA TASSI; JULIANA TINOCO; BRUNO VIEIRA; JUAN CASTRO; GUILHERME CARVALHO; ROSSI MURILO SILVA; RITA CURI; ANTONIO CLAUDIO PINTO Hospital Municipal Souza Aguiar RIO DE JANEIRO/RJ TRAUMA VASCULAR POSTER (PO) 278 JUSTIFICATIVAS E OBJETIVOS: OBJETIVO: Rever as lesões vasculares no serviço de cirurgia vascular e endovascular do Hospital Municipal Souza Aguiar, buscando o número total de pacientes, a incidência relativa entre os agentes etiológicos, com o objetivo de avaliar o impacto das medidas para redução da violência urbana. MÉTODO: Estudo retrospectivo onde foram revistos 1231 pacientes no período de agosto de 1998 a dezembro de 2010, avaliando a porcentagem de pacientes vítimas de arma de fogo e acidentes automobilísticos com lesão vascular. Esses dados serão confrontados com os números revistos 111 em 2009 e 2010. RESULTADOS: No período avaliado, as lesões tiveram como maior agente etiológico, a arma de fogo, 76% dos casos. Nos primeiros quatro anos a taxa de projéteis de média velocidade girava em torno de 95%. A partir do ano de 2001 o índice de pacientes vitimas de lesão por projétil de alta velocidade passou a ascender, no caso para 19,4%, chegando em 2007 a 25,9 dos casos. Foi observada uma queda do número de vítimas com lesão vascular a partir de 2003, proporcionalmente inverso a taxa de homicídios nesse período. Nos últimos dois anos, o número de feridos diminuiu, assim como a taxa de lesões por arma de fogo e acidentes automobilísticos. Porém nesse período também houve queda dos índices de homicídios e acidentes de trânsito a partir da implementação de medidas, como a lei seca e ocupação das favelas por forças policiais (UPP). CONCLUSÕES: Devido ao grande poder de destruição das armas de fogo utilizadas nos centros urbanos atualmente, as mortes são mais frequentes antes do atendimento hospitalar. Somente uma política multifatorial voltada para o entendimento e controle desta situação é capaz de reduzir os números encontrados, que ainda estão distantes do ideal para nossa sociedade. Isso justifica-se pela queda dos índices de ocorrência de acidentes automobilísticos e lesões por arma de fogo(10vítimas/100000habitantes - OMS), e portanto lesões vasculares, observada no período da implantação de novas medidas de segurança. PO-279 TRATAMENTO ENDOVASCULAR DE PSEUDOANEURISMA E FÍSTULA ARTERIOVENOSA DE VERTEBRAL THAÍS TORRES NEVES; FERNANDO BONETTO SCHINKO; LUCIANO SCHMIDT; EDSON JOSÉ CARDOSO; JORGE W. MORITZ; IGOR KUNZE RODRIGUES UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA FLORIANÓPOLIS/SC TRAUMA VASCULAR POSTER (PO) 279 JUSTIFICATIVAS E OBJETIVOS: A incidência de lesões da artéria vertebral em pacientes com trauma cervical se calcula entre 0,20 a 0,77%. Existem poucas informações sobre o manejo de lesões traumáticas da artéria vertebral. Tradicionalmente, tem se evitado o tratamento cirúrgico por dificuldade de abordagem, optando-se pela correção endovascular. Neste trabalho relatamos um caso de embolização pseudoaneurisma com FAV de vertebral. Relato de caso: HDA: C.V., masculino, 30 anos, janeiro/2011 trauma corto-contuso com arma branca em região retroauricular esquerda. Após uma semana percebeu zumbido em ouvido esquerdo . Exame físico: massa pulsátil e abaulamento de 10x7 cm em região retro auricular que se estendia além da linha média em face posterior cervical, com frêmito e sopro sistodiastólico. Eco-Doppler: confirmou exame físico. Tomografia computadorizada: imagem hipodensa com 9,2 x 2,9 cm em região cervical esquerda, adjacente aos corpos vertebrais de C1 e C2, compatível com pseudoaneurisma. Procedimento: sob anestesia local , punção retrógrada de artéria femoral direita. Identificado pseudoanerisma cervical, por extravasamento da artéria vertebral esquerda (V3) e enchimento venoso precoce, característico de FAV. Feito coiling distal ao balão para “trapping” da artéria vertebral, imediatamente proximal ao site da fístula. Após desinflar o balão, notamos a completa oclusão arterial desejada. A injeção de contraste em vertebral contralateral mostrava a irrigação da fístula através da porção distal Vertebral esquerda. Colocação de outro balão pela artéria femoral direita, em porção distal à fístula, junto com um microcatéter. Feito coiling para fechamento . O controle angiográfico mostra a exclusão total da fístula através desta via. Feito controle angiográfico em vertebral esquerda, e da artéria cervical ascendente, mostrando uma irrigação através de colaterais entre ambas, fechadas após o coiling destes aportes. Ao final, a fístula estava restrita a poucas artérias vindas de anastomoses vértebrocervicais. Paciente seguiu para a UTI para seguimento clínico. RESULTADOS: O tratamento endovascular de lesões traumáticas de artéria vertebral é uma alternativa com mínima morbimortalidade e com custos razoáveis, evitando a dificuldade de abordagem ao acesso cirúrgico. CONCLUSÕES: A evolução mostrou resolução total do tinitus, da lesão pulsátil, e diminuição importante do efeito de massa, além da ausência de sintomas neurológicos. PO-280 FAV E ANEURISMA TRAUMÁTICOS IATROGÊNICOS EM MEMBRO INFERIOR ESQUERDO APÓS CIRURGIA ORTOPÉDICA THIAGO DIAS MIRANDA; ALINNE DE JESUS; JOSE LACERDA BRASILEIRO; MALDONAT AZAMBUJA SANTOS; RILMON ELIAS COSTA; LEONARDO PEREIRA ALVES HOSPITAL UNIVERSITÁRIO - UFMS CAMPO GRANDE/MS TRAUMA VASCULAR POSTER (PO) 280 112 JUSTIFICATIVAS E OBJETIVOS: As FAV traumáticos tem sua etiologia mais frequente por FAB (63%), por FAF (26%) e por trauma contuso cerca de 1% apenas. Já, os aneurismas traumáticos são cada vez mais comuns na atualidade, devido ao índice crescente de violência. MÉTODO: Paciente masculino, 25 anos, há 3 anos, após fratura exposta de perna esquerda foi submetido a tratamento cirúrgico ortopédico e ponte de safena - poplíteo – tibial posterior, com colocação de fixador Ilizarov. Após a retirada do fixador, durante consulta com serviço de cirurgia vascular foi identificado frêmito em terço médio da face lateral de MIE. Arteriografia diagnosticou FAV de artéria tibial anterior, ponte de safena pérvia com presença de aneurisma traumático. Realizado tratamento endovascular em tempo único das duas patologias com stent revestido de 4 x 60 mm, Viabahn. Procedimento sem intercorrências. No momento o paciente em acompanhamento ambulatorial com ambas próteses pérvias. RESULTADOS e CONCLUSÕES: Caso de fístula arteriovenosa e aneurisma traumáticos iatrogênicos tratados por técnica endovascular, com sucesso. PO-281 FÍSTULAS TRAUMÁTICAS AORTOCAVA E AORTORENAL TRATADAS POR CIRURGIA ABERTA JOSE LACERDA BRASILEIRO; THIAGO DIAS MIRANDA; ALINNE DE JESUS; LEONARDO PEREIRA ALVES; RILMON ELIAS COSTA; MALDONAT AZAMBUJA SANTOS HOSPITAL UNIVERSITÁRIO - UFMS CAMPO GRANDE/MS TRAUMA VASCULAR POSTER (PO) 281 JUSTIFICATIVAS E OBJETIVOS: A causa mais frequente de fístula entre aorta abdominal e sistema venoso adjacente é devido erosão de aneurisma, sendo o trauma uma causa mais rara desta complicação. MÉTODO: Paciente masculino, 26 anos, atendido na emergência do HU com ferimento por arma branca (FAB) em abdome. Realizado laparotomia exploradora de urgência com rafias de vísceras ocas. No pós-operatório evoluiu com insuficiência cardíaca congestiva (ICC) grave, desnutrição grave, ascite volumosa, insuficiência renal dialítica e edema agudo de pulmão. Chamava atenção a importante turgência jugular e hepatomegalia, associado a sopro em heme-abdome esquerdo com irradiação posterior. Eco-Doppler demonstrou grande dilatação de veia cava, com FAV aortocava. Angiotomografia confirmou FAV aortocava justa renal e aortorenal à esquerda. Submetido à cirurgia aberta, com fechamento primário da FAV. Paciente evoluiu bem no pós-operatório, no momento em acompanhamento com resolução da ascite, função renal normal, compensação cardíaca e reabilitação do estado nutricional. RESULTADOS: Relatar a experiência de cirurgia aberta em caso de FAV aortocava e aorto renal traumática, com sucesso. CONCLUSÕES: A FAV traumática aortocava e aortorenal é uma complicação grave, rara e de difícil tratamento pela técnica cirúrgica aberta. PO-282 TRAUMA VASCULAR CERVICAL POR LESÕES AUTO-INFLIGLIDAS (TENTATIVA DE AUTO-EXTERMÍNIO). ABORDAGEM EM LIVRO ABERTO COMO ACESSO NA EMERGÊNCIA WALLACE FERNANDES DINIZ; JOÃO BATISTA VIEIRA DE CARVALHO; REBECA MACIEL BIZZOTO; RENATA MUZZI DRUMMOND Univesidade Federal de Minas Gerais BELO HORIZONTE/MG TRAUMA VASCULAR POSTER (PO) 282 JUSTIFICATIVAS E OBJETIVOS: As lesões cervicais auto-provocadas que cursam com lesões vasculares, nervosas e aéreas são graves e com alta morbimortalidade e a evolução depende do atendimento precoce e efetivo. No caso em questão a eficiência do atendimento pré e hospitalar foram cruciais na sobrevida do paciente. A abordagem com acesso em livro aberto possibilita o controle da hemorragia minimizando as complicações. Objetivo: Evidenciar a necessidade de intervenção precoce com identificação das lesões e sua correção cirúrgica, dada as características anatômicas dos vasos cervicais que apresentam uma tendência a permanecerem abertos após sua lesão. MÉTODO: Apresentamos relato de dois casos de lesões auto-infligidas com comprometimento dos vasos cevicais. No primeiro caso um paciente de 32 anos, sexo masculino, presidiário, vítima de tentativa de auto-extermínio provocada por fragmento de vidro, na região cervical profunda, associada com lesão vascular (veias jugulares externas e internas) e hemorragia externa volumosa. No segundo, um jovem de 18 anos que após perda da mãe em tentativa de auto-extermínio feriu a região cervical esquerda com três golpes de faca e lesão de artéria carótida interna e veia jugular interna esquerdas, com hemorragia externa e interna, formação de fístula arteriovenosa e hematoma mediastinal volumoso. RESULTADOS: O primeiro paciente foi submetido Poster a tratamento cirúrgico de emergência com boa evolução pós-operatória. O segundo, apresentou evolução desfavorável em CTI com isquemia cerebral embora tenha sido submetido a cirurgia de urgência com acesso em livro aberto, exposição dos vasos intratorácicos, evacuação do hematoma mediastinal e fechamento da fístula carotídeojugular. CONCLUSÕES: As lesões cervicais traumáticas são graves e associadas a lesões vasculares, nervosas e aéreas. A morbimortalidade é alta. O tratamento efetivo deve ser rápido com controle da hemorragia externa e sutura das lesões vasculares e aéreas. PO-283 IMPLANTE DE FILTRO EM VEIA CAVA INFERIOR EM HOSPITAL DO SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE: ASPECTOS CLÍNICOS E RESULTADOS AQUILES TADASHI YWATA DE CARVALHO; JULIANA LARISSA OLIVEIRA SANTOS; MARIA CLARA SAMPAIO PEREIRA; CARLOS ALBERTO PEREIRA GOMES; ALEKSANDRO JESUS SANTOS; JORGE EDUARDO BETTIO PIGEARD; MARCIO OLIVEIRA QUEIROZ; ANTÔNIO URBANO FERREIRA FILHO; ROBERTO PASTOR RUBEIZ; JOANNA SUZANA LEAL DOS SANTOS Hospital Geral Roberto Santos SALVADOR/BA TVP POSTER (PO) 283 JUSTIFICATIVAS E OBJETIVOS: Reportar os aspectos clínicos e os resultados do implante de filtro em veia cava inferior em pacientes internados em Hospital do Sistema Único de Saúde na Cidade de Salvador - Bahia. MÉTODO: Foram analisados prospectivamente 64 pacientes consecutivos com tromboembolismo venoso, submetidos a implante de filtro em veia cava inferior no Hospital Geral Roberto Santos, no período de janeiro de 2006 a dezembro de 2010. Através de protocolo foram colhidas informações referente a dados pessoais, doenças associadas e localização e extensão da TVP pelo ultrassom Doppler colorido. Foram avaliadas complicações imediatas, tais como trombose do sítio de punção, infecção, ruptura vascular e mau posicionamento do filtro. No seguimento de seis meses avaliou-se migração do filtro pela radiografia simples do abdome, trombose da veia cava inferior pelo ultrassom Doppler colorido, embolia pulmonar pela angiotomografia e morte. Foi realizada somente análise estatística descritiva de frequências. RESULTADOS: Dos 64 casos, 37 (57,8%) eram do gênero masculino. A idade variou entre 32 a 77 anos (média de 59 anos). As indicações foram TVP com contra-indicação de anticoagulação (71,8%), complicações hemorrágicas com a anticoagulação (25%) e embolia pulmonar apesar da anticoagulação adequada (3,2%). A via de acesso utilizada foi a veia femoral em 62,5% (40 pacientes) e a transjugular em 37,5% (24 pacientes). O procedimento foi realizado através da punção percutânea e todos os pacientes que não apresentavam contraindicação foram mantidos, após o implante do filtro, sob tratamento anticoagulante. Os filtros utilizados foram Ella (29,7%), ALN (27,6%), Gunther Tulip (25%) e Greenfield (17%). O procedimento foi realizado com sucesso em todos os casos, não sendo reportados perfuração, mau posicionamento e trombose do acesso. Não foram observados hematomas no sítio da punção nem infecção local. Durante o seguimento de seis meses ocorreram duas complicações maiores no total de 64 pacientes (3,1%), representadas por embolia pulmonar recorrente (1,56%) e trombose da veia cava inferior (1,56%). Não foram observados deslocamento do filtro. Ocorreram 18 óbitos relacionadas a doença de base grave e prognóstico reservado. Não houve óbito relacionado ao procedimento ou suas complicações. CONCLUSÕES: Os resultados preliminares revelam eficácia e segurança na colocação de filtro em veia cava inferior no período estudado. PO-284 IMPLANTE DE FILTRO DE VEIA CAVA INFERIOR EM PACIENTES PORTADORES DE NEOPLASIA MALIGNA COM DIAGNÓSTICO DE TROMBOSE VENOSA PROFUNDA DE MEMBRO INFERIOR BERNARDO NASCENTES BRUNO; ADNAN NESER; JOSE CARLOS INGRUND; FELIPE NASER; MARCELO CALIL BURIHAN; ORLANDO COSTA BARROS; RODRIGO BRUNO BIAGIONI; RHUMI INOGUTHI; SELENO GLAUBER JESUS SILVA; MELISSA MORAIS; THIAGO PRADO TONIAL; FABIO APRIGIO ASSIS; GUILHERME LUCHINE ALMEIDA HOSPITAL SANTA MARCELINA SÃO PAULO/SP TVP POSTER (PO) 284 JUSTIFICATIVAS E OBJETIVOS: Nos últimos 20 anos, houve um aumento de 25 vezes no número de implantes de filtros de veia cava inferior em nível mundial. Há relatos na literatura de aumento da mortalidade e aumento da incidência de síndrome pós trombótica em pacientes portadores de neoplasia maligna submetidos a implante de filtro de veia cava. O objetivo desse trabalho é avaliar as indicações de implante de filtro de veia cava e o acompanhamento a curto 113 Poster prazo em pacientes portadores de neoplasia maligna com diagnóstico de trombose venosa profunda (TVP) de membro inferior. MÉTODO: Foram avaliados 23 pacientes portadores de neoplasia maligna e TVP de membro inferior submetidos a implante de filtro de veia cava e acompanhados entre julho de 2008 a julho de 2011. Desses, 14 (60,8%) das pacientes eram portadoras de neoplasia ginecológica, 4 (17,4%)de origem neural, 2 (8,7%) de origem gastrointestinal, 2 (8,7%) de origem indeterminada e 1 (4,4%) de origem óssea. As indicações para implante foram contraindicação para anticoagulação em 3 (13%), complicações da anticoagulação em 4 (17,4%), TVP ou EP recorrente apesar da anticoagulação adequada em 2 (8,7%), pré-operatório de cirurgia de grande porte em 10 (43,5%), trombo caval flutuante em 2 (8,7%) e pós-operatório de cirurgia de grande porte em 2 (8,7%) casos. RESULTADOS: Todos os filtros foram implantados com sucesso, sem complicações imediatas à fluoroscopia. Todas as indicações para implante foram previstas na literatura. Em 9 casos (39%) a indicação foi recomendada (baseada em guidelines) e em 14 casos (61%) a indicação foi expandida (não baseada em guidelines). 14 pacientes (61%) evoluíram para óbito, em todos os casos em período inferior a 6 meses após o implante do filtro de veia cava. 9 pacientes (39%) mantêm retorno ambulatorial, 6 (26%) com quadro clínico de síndrome pós trombótica e 3 (13%) assintomáticos. CONCLUSÕES: A presença de trombose venosa profunda é indicativo de prognóstico limitado de vida em pacientes com neoplasia maligna. Entretanto, o alto índice de sucesso para o implante, associado à baixa incidencia de embolia pulmonar, justificam as indicações expandidas de filtro de veia cava em pacientes portadores de neoplasia maligna. PO-285 IMPLANTE DE FILTRO DE VCI GUIADO POR USG CAMILA BEATRIZ S. MAGALHÃES; DIOGO RIBEIRO ALVES; LEONARDO CORDEIRO DE CARVALHO; HARLENE RODRIGUES KAPICHE; ANTÔNIO A. R. MACHADO; FÚLVIO TOSHIO S. L. HARA Hospital Municipal Salgado Filho RIO DE JANEIRO/RJ TVP POSTER (PO) 285 JUSTIFICATIVAS E OBJETIVOS: O presente estudo tem como objetivo relatar um caso de implante de filtro de veia cava inferior (VCI) guiado por ultrassonografia (USG) em paciente admitida em unidade de terapia intensiva, com diagnóstico de TVP em MIE e contra-indicação para anticoagulação. MÉTODO: Paciente de 16 anos, sexo feminio, internada na unidade de terapia intensiva há 28 dias, com diagnóstico de Síndrome de Guillan-Barrè e fístula traqueo-esofagica com sangramento ativo, evoluiu com TVP em MIE. Optou-se pela colocação de filtro de VCI permanente (Braile BiomedicalR) guiado por USG devido a gravidade da paciente que encontrava-se com instabilidade hemodinâmica, a despeito do uso de aminas vasoativas. RESULTADOS: Após o procedimento foi realizado USG abdominal mostrando veias renais livres e o filtro posicionado abaixo da emergência das mesmas. Foi ainda submetida à radiografia de abdome em AP no leito que confirmava que o dispositivo encontrava-se centralizado. CONCLUSÕES: O implante de filtro de VCI guiado por ultrassonografia mostra-se como uma alternativa viável em casos selecionados, como o anteriormente relatado. acentuado. Realizada a drenagem e cultura, que revelou S. aureus. Swab retal com crescimento de Klebsiella pneumoniae. O membro inferior esquerdo evoluiu com manutenção do edema, dor e rubor local e sinais de flutuação e realizou-se a drenagem de abcesso, com extravasamento de secreção piossanguinolenta do local. Após 14 dias de internação na UTI pediátrica, o paciente foi transferido para a enfermaria do mesmo hospital, apresentando melhora expressiva, em bom estado geral. RESULTADOS: A TVP é um evento raro em crianças. Diversos fatores explicam a relativa proteção dos infantes à esta condição. Entre os fatores de risco, destaca-se a presença de cateter venoso central, prematuridade, câncer, infecção, cirurgia, trauma, entre outros. O quadro clínico da TVP em crianças é similar ao do adulto, apresentando os mesmos sinais e sintomas. Seu tratamento também segue os mesmos preceitos. As doses das drogas para profilaxia de recorrências variam segundo a idade da criança. A decisão de promover ou não a profilaxia para TVP em pacientes pediátricos se difere para pacientes adultos, sendo realizada apenas em situaçoes de risco elevado. CONCLUSÕES: Apesar de pouco frequente na infância, o médico deve estar sempre atento aos diversos fatores de risco e situações associadas à TVP na criança, instituindo o tratamento correto e analisando a necessidade de profilaxia, a fim de prevenir complicações graves como o tromboembolismo pulmonar e a síndrome pós-trombótica. PO-287 TROMBECTOMIA VENOSA EDUARDO TOLEDO DE AGUIAR; WELLINGTON YOHITI ISHIZAKA Spaço Vascular SÃO PAULO/SP TVP POSTER (PO) 287 JUSTIFICATIVAS E OBJETIVOS: A trombose venosa profunda (TVP) é evento agudo que se acompanha de complicações graves: embolia pulmonar (EP), “phlegmasia coerulea” (PC) e, ao longo prazo, a insuficiência venosa crônica. O objetivo do tratamento anticoagulante é impedir a extensão proximal do trombo, prevenir a embolia pulmonar e evitar a insuficiência venosa tardia. A heparina evita a extensão do trombo e a embolia pulmonar, mas não remove o coágulo já instalado, deixando este trabalho para o mecanismo fibrinolítico endógeno que demora meses e ao final prejudica a função valvar. Há necessidade de tratamento mais agressivo que preserve a função valvar venosa. A trombectomia pode cumprir esta finalidade. Objetivo: Apresentar a técnica e os resultados da trombectomia venosa. MÉTODO: Estudo clínico, retrospectivo e descritivo baseado no levantamento de prontuários. As variáveis quantitativas foram representadas por médias e desvios-padrões e as qualitativas por porcentagens. RESULTADOS: 10 doentes (83,3%) tiveram alta com veias pérvias, sem edema de membro e se mantiveram assim por 6 meses. Em 2 doentes não foi possível a retirada dos trombos – eram prováveis re-tromboses e o diagnóstico não foi feito no primeiro episódio e nem os doentes haviam sido tratados. CONCLUSÕES: A trombectomia venosa é útil no tratamento da TVP ilíaco-femoral se realizada até 6 dias de sintomas e previne a lesão valvular venosa em mais de 80% dos casos evitando a síndrome pós-flebitica. PO-286 TROMBOSE VENOSA PROFUNDA EM CRIANÇA: RELATO DE CASO EDUARDO CARVALHO HORTA BARBOSA; YUME LAÍS ARASHIRO ASSIS; MÚCIO LOPES DA FONSECA; CAROLINA GAMBETTA PAIM Escola Superior de Ciências da Saúde BRASÍLIA/DF TVP POSTER (PO) 286 PO-288 COMPARAÇÃO ENTRE HEPARINA NÃO FRACIONADA E HEPARINA DE BAIXO PESO MOLECULAR PARA O TRATAMENTO DE TROMBOSE VENOSA PROFUNDA FABIO RIBEIRO MORAES; MILTON NEVES JUNIOR; POLLYANNA BEZZERRA FLORÊNCIO; WILLIAN JOSE COSTA; EDGAR RABBONI; ALEXANDRE PETNYS; MARIA LUCIA IWASAKI; NEIVA MARICIA JACQUES HOSPITAL DO SERVIDOR PÚBLICO MUNICIPAL SÃO PAULO/SP TVP POSTER (PO) 288 JUSTIFICATIVAS E OBJETIVOS: A Trombose Venosa Profunda (TVP) vem sendo reconhecida cada vez mais como um agravo de saúde importante em crianças, apesar de sua baixa incidência nesse grupo etário. Este relato visa narrar o caso de uma criança de 07 anos acometida por TVP, suscitando os fatores de risco que levaram a esta condição, esclarecendo o tratamento e a profilaxia da doença na infância. MÉTODO: Criança de 07 anos, sexo masculino, iniciou febre, tosse e dispneia. Após uma semana, evoluiu com dor em região posterior da perna esquerda, edema e rubor local. Iniciado oxacilina e ceftriaxona. Evoluiu com sepse e exacerbação dos sinais flogísticos em panturrilha. Submetido ao eco-Doppler de membros inferiores, foi visualizada TVP em veia poplítea, gastrocnêmicas e terço proximal de safena parva esquerdas. Introduzido enoxaparina, 40 mg/dia. Transferido para unidade de terapia intensiva com murmúrio vesicular diminuído em hemitórax direito, tiragem de fúrcula e turgência jugular a 45°. Progrediu com bulhas cardíacas hipofonéticas. ECG revelou derrame pericárdico de grau JUSTIFICATIVAS E OBJETIVOS: A trombose venosa profunda (TVP) é uma doença comum que acomete tanto em pacientes hígidos como internados. No Brasil a incidência de TVP é de 0,6 casos por mil habitantes/ano e representa a terceira causa de doença cardiovascular nos EUA. Seu tratamento visa impedir a progressão do trombo e assim diminuir as taxas de complicações como tromboembolia pulmonar (TEP) - principal causa de óbitos evitáveis - e a síndrome pós-trombótica, a qual resulta em consequências graves como varizes e úlceras venosas, sendo responsáveis por longo período de afastamento de trabalho. A heparina não fracionada (HNF) tem sido considerada padrão para o tratamento do tromboembolismo venoso. No entanto, diversos trabalhos demonstram que a heparina de baixo peso molecular (HBPM) é tão segura e eficaz quanto a HNF, dispensa o controle laboratorial, tem resposta anticoagulante mais previsível, pode ser usada ambulatorialmente e apresenta meia vida plasmática maior e melhor biodisponibilidade. OBJETIVO: Avaliar as taxas de complicações de 114 pacientes internados com trombose venosa tratados com heparina não fracionada e com heparina de baixo peso molecular. MÉTODO: Ensaio clínico, randomizado, prospectivo com todos os pacientes internados no Serviço de Cirurgia Vascular Hospital do Servidor Público Municipal entre Junho de 2010 a Junho de 2011, com diagnóstico de TVP sem contra-indicação para anticoagulação. Os pacientes foram alocados em dois grupos (HBPM x HNF) e avaliou-se as taxas de complicações e óbitos dos tratamentos. Análise estatística utilizada foi o teste exato de Fisher. RESULTADOS: Foram estudados 47 pacientes (24-HBPM e 23HNF) com idade média de 55 anos, O tempo do início dos sintomas até o início do tratamento foi de 5,7 dias-HBPM e 5,8 dias-HNF e o tempo de internação foi 5,8 dias-HBPM e 7,8 dias-HNF. Taxa de complicação global foi de 12,7%, sendo no grupo HNF: Sangramento maior (4,3%), TEV recorrente (8,6%) e plaquetopenia (8,6%); e no grupo HBPM: Sangramento menor (4,1%) (P=0,08). Taxa de óbitos foi de 4,2%, ambos no grupo da HNF (Hemorragia digestiva e TEP) (P=0,23). CONCLUSÕES: A HBPM apresenta menores taxas de complicações e óbitos que HNF em números absolutos, entretanto não houve diferença estatística significativa entre ambos os grupos. PO-289 TROMBECTOMIA MECÂNICA EM TROMBOSE ILEOCAVA EM PACIENTE COM HIPOPLASIA DE VEIA CAVA INFERIOR SUPRARRENAL RELATO DE CASO GUILHEREME HELUEY CARVALHO; LUÍS FELIPE SILVA; ANDRÉ LUIZ FERNANDES; ANA CRISTINA OLIVEIRA MARINHO; JOSÉ LUIZ TELLES FONSECA; LUCIANA MOURA FARJOUN; ELIZABETH FIGUEIREDO SALLES; GIOVANNI MENICHELLE LUCCIO; PEDRO VAZ DUARTE; RAFAEL BELHAM STEFFAN; BRENO FRANÇA VIEIRA; DAVI DA SILVA CAZARIM; CAMILA MANCINI ALMEIDA; TIAGO COUTAS SOUZA; DIOGO LEITÃO GAMA HUCFF/UFRJ RIO DE JANEIRO/RJ TVP POSTER (PO) 289 JUSTIFICATIVAS E OBJETIVOS: A síndrome pós-trombótica determina manifestações clínicas significativas decorrentes da hipertensão venosa, fruto principalmente de alterações valvulares de veias proximais. Assim esforços têm sido feito no sentido de recanalizar o segmento trombosado precocemente evitando complicações. É relatado um caso de trombose ileocava, em que foi utilizado a trombectomia mecanica associada ao uso de trombolítico com bom resultado. MÉTODO: Paciente do sexo feminino, 24 anos, deu entrada na emergência com quadro de dor abdominal em fossa ilíaca direita de início há uma semana. Ausência de edema de membros inferiores. Durante investigação realizou Tomografia Computadorizada Abdominal com contraste que evidenciou trombose ílio cava associada a hipoplasia da porção suprarrenal da veia cava inferior e ectasia de veia ázigos, hemiázigos e lombares. Exames laboratoriais demonstraram infecção urinária, sendo feito antibioticoterapia venosa por 7 dias, com melhora do quadro. Foi considerada que a trombose ileocava já era crônica devido a história prévia de sepsis urinária 2 anos antes com TC anterior já demonstrando ectasia de veia ázigos. Recebeu alta hospitalar com melhora do quadro álgico e após 36 horas, evoluiu com edema súbito de membro inferior direito, decorrente da extensão da trombose, confirmada por eco-Doppler. Indicada trombectomia mecanica e trombolise direta associada. RESULTADOS: Realizada punção de veia poplítea bilateral em decúbito ventral, ecoguiada e posteriormente trombectomia mecânica associada a trombólise com alteplase de todo segmento íleo femoral e cava. A paciente apresentou importante melhora do quadro no pós operatório imediato. Eco-Doppler de controle mostrou recanalização dos sistema ileocava e femoral. CONCLUSÕES: A Agenesia ou hipoplasia de veia cava inferior representa um importante fator de risco para trombose venosa profunda ileofemoral. Aumentando a propabilidade de evolução de síndrome pós trombótica que, apesar de menos dramática que a embolia pulmonar, apresenta grande morbidade. A trombólise por cateter tem como objetivo restaurar a fluxo venoso, redução do edema e da dor e preservar a função valvular e reduzir a incidência de síndrome pós trombótica. No presente caso foi observada recanalização precoce do sistema venoso com objetivo de obter melhora clínica dos sintomas e redução de morbidade. PO-290 PROSPECTIVE EVALUATION OF VENOUS RECANALIZATION AFTER AN EPISODE OF LOWER EXTREMITY DEEP VEIN THROMBOSIS GUSTAVO MUÇOUÇAH BRANDÃO; HAMILTON ALMEIDA ROLLO; MARCONE LIMA SOBREIRA Faculdade de Medicina de Botucatu - UNESP SÃO CARLOS/SP TVP POSTER (PO) 290 Poster JUSTIFICATIVAS E OBJETIVOS: To assess the initial process of venous recanalization in the lower extremities after an episode of acute deep vein thrombosis (DVT) utilizing duplex ultrasound (DUS) imaging. MÉTODO: Twelve patients with a first episode of lower extremity DVT (<10 days) were followed using DUS at 1, 3 and 6 months at a single institution. Eighteen zones from the external iliac to the calf veins were mapped and a thrombosis score (TS) generated (TS=0, patent vein; TS=1, non-occlusive DVT, and TS=2, occlusive DVT). A variation index of the venous diameter (VIVD) calculated dividing the diameter of the vein under maximum compression and no compression was also utilized to assess recanalization rates. Thrombus propagation rate and arteriovenous fistula formation were reported. All patients were treated with anticoagulation and compression therapy. RESULTADOS: All patients sustained proximal DVT with variable involvement of superficial and distal segments with median TS of 12 (range, 5 to 16) at admission. Venous recanalization based on lower TS was found in all patients at 6 months follow-up with significant recanalization rates noted in the external iliac, common femoral, deep femoral and popliteal veins after 3 months. The VIVD was higher at 6 months in all patients demonstrating recanalization of the affected segments being significant in the popliteal vein after 3 months. AVF formation was frequently found in the proximal deep veins at one month follow-up and there was no thrombus propagation to superficial or deep veins. CONCLUSÕES: Venous recanalization after a first episode of DVT is achieved within 6 months in patients on anticoagulation and compression therapy. Notably, recanalization rates were higher and occurred earlier in the proximal deep veins. PO-291 AVALIAÇÃO DO USO DA PROFILAXIA DE TROMBOSE VENOSA PROFUNDA NOS PACIENTES INTERNADOS NO HOSPITAL GETÚLIO VARGAS LUCIANA ALVES ARAUJO; ANGELA MARIA OLIVEIRA LOPES; ANDRÉ ROGÉRIO KOBAYASHI; TAMASHY OLIVEIRA COSTA FAVA; KLEBER SILVA CABRAL ALBUQUERQUE; LUCIANA PINHEIRO SPINELLI Hospital Getúlio Vargas, Recife-PE PAULISTA/PE TVP POSTER (PO) 291 JUSTIFICATIVAS E OBJETIVOS: A Trombose Venosa Profunda (TVP) é uma doença prevalente em pacientes internados. A morbidade e a mortalidade da TVP e suas complicações, principalmente a embolia pulmonar (EP) são altas. A profilaxia para TVP já é bem estabelecida no meio científico com métodos físicos e medicamentosos a depender do risco estratificado, no entanto, de acordo com estudos sobre o emprego da profilaxia, ela não vem sendo feita de maneira sistemática. Este estudo objetiva avaliar o uso da profilaxia para TVP nos pacientes internados no Hospital Getúlio Vargas. MÉTODO: Estudo observacional do tipo corte transversal descritivo que selecionou aleatoriamente 194 pacientes internados no Hospital Getúlio Vargas em Recife-PE, sendo 40 pacientes da Cirurgia Geral, 40 da Clínica Médica, 20 da Neurocirurgia, 40 da traumato-ortopedia, 26 da urologia, 15 da Unidade de Terapia Intensiva e 13 da Cirurgia Vascular. Foi aplicado questionário de risco para TVP proposto pelas Diretrizes da SBACV. A partir do questionário, pacientes foram classificados quanto ao risco. Foi observada a profilaxia para TVP prescrita e então avaliado seu enquadramento nas recomendações da SBACV quanto a risco em que o paciente foi classificado. RESULTADOS: Dos 194 pacientes avaliados, 21 (10,82%) foram classifi¬cados como de baixo risco, 73 (37,62%) como de risco moderado e 100 (51,56%) como de alto risco para TVP. Todos tinham indicação de profilaxia mecânica e/ou medicamentosa para TVP, no entanto, apenas 66,49% receberam algum tipo de profilaxia sendo que todos receberam profilaxia inadequada ao risco estratificado. Os outros 33,51% não receberam nenhum tipo de profilaxia. Dos 194 pacientes, 173 (89,17%) foram classificados com risco moderado ou alto para TVP e, portanto, tinham indicação de profilaxia medicamentosa, mas apenas 62,42% deles a receberam, porém sem profilaxia mecânica. Os outros 29,62% não receberam nenhum tipo de profilaxia. Das modalidades de profilaxia mecânica, só a cinesioterapia era empregada, mas ainda de forma precária. Meias elásticas e compressão pneumática não eram utilizadas no hospital. CONCLUSÕES: Apesar da eficácia da profilaxia para TVP já estar bem estabelecida cientificamente e existirem vários protocolos de avaliação de risco e recomendações já consagradas para o uso da profilaxia, ela vem sendo subutilizada no Hospital Getúlio Vargas. PO-292 TVP DE MEMBRO INFERIOR CONSEQUENTE À COMPRESSÃO EXTRÍNSECA: RELATO DE CASO MARIANA ATTILIO F. CORRÊA; FERNANDA BERTAGLIA SILVA; ARIELA MARIA G. AZEVEDO; VINICIUS PACHECO SCHWAN; RICARDO SOUZA DIVINO; DIOGO TAKEMOTO; ANDREIA ESTEVES LIMA; NELSON FERNANDES JR; REGINA FARIA B. COSTA; ULISSES UBALDO M. MATHIAS 115 Poster Hospital Heliópolis SÃO CAETANO DO SUL/SP TVP POSTER (PO) 292 JUSTIFICATIVAS E OBJETIVOS: O leiomioma é uma neoplasia benigna com origem em células musculares lisas, correspondendo a aproximadamente 4% dos tumores de partes moles, com predileção por útero e pele, raramente acometendo tecidos profundos. O objetivo deste trabalho é relatar um caso de trombose venosa profunda, consequente à compressão extrínseca por tumor de coxa (leiomioma). Paciente do sexo feminino, 26 anos, secretária, com queixa de abaulamento em coxa direita, de surgimento em período gestacional, com aumento progressivo e associado a desconforto local. Realizou biópsia incisional da massa, revelando fibroma a ser tratado em ocasião oportuna. Evoluiu com edema de todo o membro e piora da dor, comparecendo então em consulta ambulatorial especializada. Ao exame de membro inferior direito – edema de todo membro; massa em terço médio, de localização antero-medial, consistência fibroelástica, indolor á palpação, aderida a planos profundos, sem alteração cutânea; pulsos presentes; panturrilha com empastamento e dor a palpação. Realizado ultrassom Doppler venoso, que evidenciou trombose venosa profunda femoro-poplítea, e angiotomografia, que revelou formação expansiva com volume de 358 cm³, de localização entre músculos da coxa, com áreas de necrose em seu interior, levando à compressão venosa profunda, além de deslocamento e redução do calibre arterial. Foi submetida à angiografia por subtração digital, sendo optado no ato por embolização dos ramos nutrientes do tumor utilizando partículas de PVA 350-500μ, com objetivo de reduzir sangramento intra-operatório e volume tumoral e, posteriormente, a ressecção cirúrgica tumoral, cujo anatomopatológico evidenciou leiomioma. MÉTODO: Anamnese, exame físico, exames subsidiários e revisão da literatura. RESULTADOS: Paciente encontra-se no pós-operatório tardio, em acompanhamento ambulatorial, assintomática. CONCLUSÕES: Diante de um quadro de trombose venosa profunda de extremidades, ainda que em pacientes jovens, deve-se aventar a possibilidade de compressão extrínseca tumoral, que determinará o tratamento adequado do paciente. PO-293 COMPARAÇÃO DE DOIS MÉTODOS DE DOSAGEM DE D-DÍMERO: ELISA-PADRÃO VERSUS AGLUTINAÇÃO DO LÁTEX MATHEUS BERTANHA; MARCONE LIMA SOBREIRA; ADRIANA POLACHINI DO VALLE; NELISE LUCIANO MARVULO; RODRIGO GIBIN JALDIN; REGINA MOURA; HAMILTON ALMEIDA ROLLO; WINSTON BONETTI YOSHIDA FACULDADE DE MEDICINA DE BOTUCATU - UNESP BOTUCATU/SP TVP POSTER (PO) 293 JUSTIFICATIVAS E OBJETIVOS: A trombose venosa profunda (TVP) é uma condição clínica comum, estimada em 60 casos para cada 100.000 pessoas por ano. Seu correto diagnóstico faz-se necessário em decorrência das possíveis complicações, entre elas a embolia pulmonar que é a mais devastadora. O diagnóstico de TVP tem evoluído durante os últimos anos e têm sido propostos algoritmos que combinam pré-testes de probabilidade clinica (Wells) e dosagem do d-dímero (DD) além de avaliação clínica do paciente. A presença de níveis elevados de DD tem boa sensibilidade e sugere a presença de trombos na circulação. Propõe-se a comparação de dois métodos de dosagem de DD: ELISA-padrão (VIDAS D-DIMER Exclusion®) versus aglutinação do látex (DIALAB D-DIMER LATEX®) para verificar correlação entre eles (concordância kappa, sensibilidade e especificidade) e a confiabilidade no diagnóstico e exclusão de TVP (concordância kappa, sensibilidade, especificidade e valor preditivo negativo). MÉTODO: 36 pacientes com suspeita clínica de TVP no período de maio a junho de 2011 foram submetidos à avaliação clínica e preenchimento do questionário de probabilidade clínica (Wells) e a dosagem dos dois DD – 24 pacientes foram submetidos ao eco-Doppler para confirmação do diagnóstico de TVP. RESULTADOS: Obteve-se: 1) na comparação entre os dois métodos de DD (teste qui quadrado, exato de Fischer e concordância Kappa. P<0.05): concordância moderada (k=0,5207), 100% de especificidade, 64% de sensibilidade; 2) ELISA-padrão versus diagnóstico de TVP: boa concordância (k=0,7534), 76,92% de sensibilidade, 100% de especificidade (X2=14,50, p<0,0001) e 92,86% de valor preditivo negativo; 3) aglutinação do látex versus diagnóstico de TVP: alta concordância (k=0,8286), 90% de sensibilidade, 92,86% de especificidade (X2=16,47, p<0,0001) e 92,86% de valor preditivo negativo. CONCLUSÕES: A dosagem do DD (ELISA e aglutinação do látex) apresenta moderada concordância entre si, porém os testes foram igualmente eficazes no auxílio diagnóstico de TVP, apresentaram sensibilidade abaixo da esperada para exclusão de TVP e portanto a realização do eco-Doppler não pode ser descartada sem forte evidência clínica da inexistência de TVP. Novos estudos com amostras populacionais maiores são necessárias para corroboração desses resultados. PO-294 AVALIAÇÃO DA PROFILAXIA DO TROMBOEMBOLISMO VENOSO EM UM HOSPITAL UNIVERSITÁRIO WILSON MICHAELIS; ANTÔNIO LACERDA SANTOS; NELSON MESQUITA JUNIOR; MELISSA YOSHINAGA; ERIC DE FREITAS; HENRIQUE WAMBIER; HIGOR DE ASSIS FREITA Hospital Universitário Evangélico de Curitiba CURITIBA/PR TVP POSTER (PO) 294 JUSTIFICATIVAS E OBJETIVOS: Verificar se a profilaxia do tromboembolismo venoso está sendo prescrita de maneira rotineira e como preconizada pela Sociedade Brasileira de Angiologia e Cirurgia Vascular (SBACV) pelos cirurgiões do Hospital Universitário Evangélico de Curitiba. MÉTODO: Realizado estudo descritivo através de entrevistas aplicadas a 60 cirurgiões do Hospital Universitário Evangélico de Curitiba no período de Agosto de 2007 a Julho de 2008. O questionário aplicado foi baseado no protocolo para profilaxia de TEV preconizado pela SBACV. RESULTADOS: Dos 60 questionários, 16 (26,67%) foram respondidos por ortopedistas, 11 (18,33%) por ginecologistas, 11 (18,33%) por cirurgiões do aparelho digestivo e 22 (36,67%) por outras especialidades cirúrgicas. 3 (5%) deles não fazem uso de profilaxia. 75,44% fazem a profilaxia de maneira empírica considerando os principais fatores de risco mencionados: tipo de procedimento cirúrgico, idade, obesidade e imobilização. Foram utilizados profilaxias mecânica e medicamentosa. Das profilaxias mecânicas foram citadas: movimentação ativa no leito, deambulação precoce, compressão pneumática e meias elásticas. A profilaxia medicamentosa consistiu na utilização de heparina de baixo peso molecular e heparina não fracionada. Dos 57 médicos entrevistados, 35 (61,40%) médicos fazem uso de heparina somente durante o período de internamento e somente 22 (38,60%) utilizam mesmo após a alta hospitalar, e/ ou até o restabelecimento da deambulação normal do paciente. CONCLUSÕES: A profilaxia de TEV está sendo prescrita de maneira rotineira pelos cirurgiões entrevistados, porém não conforme preconizado pela SBACV. PO-295 FIBRINÓLISE EM TVP ACOMPANHADA DE ECO-DOPPLER OTACILIO CAMARGO JUNIOR; GUILHERME VIEIRA MEIRELLE; WILLIAN VENDRAMINI; MARTIN GEIGER; MARCIO O.; JULIANA LECH CAMARGO PontifÍcia Universidade Católica de Campinas CAMPINAS/SP TVP POSTER (PO) 295 JUSTIFICATIVAS E OBJETIVOS: O tratamento com agentes fibrinolíticos para eventos trombóticos vasculares já existe há mais de meio século e uma das primeiras indicações foi no tratamento de trombose venosa profunda. O início do tratamento não apresentou resultados estimulantes por apresentar baixos índices de efetividade e alta incidência de complicações, porém, com o desenvolvimento de fibrinolíticos mais seguros e infusão seletiva eco-dirigida o tratamento passou a ser uma alternativa eficaz e segura. Relatamos o tratamento fibrinolítico eco-dirigido realizado em seis pacientes. MÉTODO: Seis pacientes sendo quatro do sexo feminino, três no período pós-operatório, apresentaram trombose venosa profunda. Um caso em veia ilíaca comum e femoral comum, um caso em veia ilíaca comum e femoral comum, poplítea e veias de perna, dois casos em ilíaca externa e femoral comum e nos dois outros em femoral comum e veias da perna. O acesso foi obtido por punção percutânea dirigida por eco-Doppler sendo dois casos em safena parva, e quatro casos em veia poplítea. Quatro pacientes foram tratados com estreptoquinase e dois com RTPA. RESULTADOS: Todas as pacientes apresentaram lise do trombo e nas avaliações subsequentes as veias se mantiveram pérvias e sem refluxo. CONCLUSÕES: O eco-Doppler mostrou-se de fundamental importância no tratamento Endovascular. O tratamento endovascular associado à fibrinólise mostrou-se viável, permitindo a recanalização do segmento trombosado e a manutenção da função valvular, sendo uma possibilidade de abordagem para pacientes jovens com TVP proximal sem fatores impeditivos para fibrinólise. PO-296 TROMBOSE VENOSA PROFUNDA EM PACIENTES COM DOENÇA OBSTRUTIVA PERIFERICA SUBMETIDOS À AMPUTAÇÃO MAIOR DO MEMBRO INFERIOR RODRIGO AGUIAR GUEDES; VITOR ROBERTO MEDEIROS; THIAGO CHARAMBA DUTRA; JOSE NESTOR AGUIAR NETO; WALTER JOAQUIM VON SOHSTEN; ALESSANDRA VASCONCELO BARROS HOSPITAL AGAMENOM MAGALHÃES RECIFE/PE TVP POSTER (PO) 296 116 JUSTIFICATIVAS E OBJETIVOS: Pacientes submetidos à amputação de membro inferior por doença arterial obstrutiva periférica (DAOP) estão em risco para o desenvolvimento de trombose venosa profunda (TVP). Na ausência de profilaxia, a incidência da doença tromboembólica venosa em pacientes submetidos a operações maiores das extremidades inferiores, estende-se de 0 a 67%, embora esta incidência, em pacientes amputados sob profilaxia, não esteja ainda bem definida na literatura. A TVP é a terceira causa mortis de doença cardiovascular nos EUA, ocorrendo, anualmente, em 1% da população. A embolia pulmonar é a principal causa de óbitos evitáveis em leitos hospitalares. MÉTODO: Determinar a incidência de trombose venosa profunda aguda até o sétimo dia após amputação maior do membro inferior em pacientes com Doença Arterial Oclusiva Periférica (DAOP) sob profilaxia com heparina fracionada. VARIÁVEIS ESTUDADAS: A trombose venosa profunda aguda dos membros inferiores foi a variável primária estudada por meio do exame ecoDoppler colorido, no período pré e pós-operatório. As variáveis secundárias foram: idade, obesidade, cardiopatias, imobilização, nível de amputação, complicações dos cotos de amputação e mortalidade. MÉTODO ESTATÍSTICO: Na amostra deste estudo foram utilizados porcentagens simples e números absolutos, fazendo-se o uso de gráficos e tabelas. Os dados foram armazenados numa base de dados informatizada de forma a resguardar os direitos dos pacientes envolvidos ao sigilo, privacidade e a não estigmatização. RESULTADOS: Dos 15 pacientes com DAOP submetidos à amputação maior do membro inferior, em uso de heparina fracionada de baixo peso molecular, não foi diagnosticada, através do USG Doppler Venoso dos MMII, TVP no coto de amputação ou no membro contralateral em nenhum paciente no período estudado. As prevalências das doenças associadas foram 13/15 (86,6%) de hipertensos, 12/15 (80%) diabéticos e 13/15 (60%) tabagistas. Em relação aos fatores de risco para TVP avaliados, as maiores prevalências foram de 08/15 (53,3%) imobilizados, 05/15 (33,3%) obesos e 05/15 (33,3%) sequelados de AVC. CONCLUSÕES: A incidência de trombose venosa profunda aguda dos membros inferiores, em pacientes isquêmicos submetidos à amputação maior da extremidade inferior, sob profilaxia com heparina fracionada de baixo peso molecular até o 7° DPO, no período do estudo foi de (zero) 0%. Não houve relação entre presença de outras comorbidades estudadas e ocorrência de TVP pós-operatória. PO-297 PROFILAXIA DE TROMBOSE VENOSA PROFUNDA EM PACIENTES INTERNADOS NA SANTA CASA DE MISERICÓRDIA DE PONTA GROSSA DYEISON M. DE MELO COSTA; CESAR ROBERTO BUSATO; TIAGO F. MELEIRO ZUBIOLO; RICARDO ZANETTI GOMES Santa Casa de Misericórdia de Ponta Grossa PONTA GROSSA/PR TVP POSTER (PO) 297 JUSTIFICATIVAS E OBJETIVOS: O tromboembolismo venoso (TEV) é uma entidade frequente e grave, tendo como complicações o tromboembolismo pulmonar (TEP) e a síndrome pós-trombótica. Sua incidência mundial foi estimada em 50 casos a cada 100.000 habitantes/ano, sendo em sua maioria associada a situações clínicas de risco bem definidas, denominadas fatores de risco. A importância e os benefícios de uma correta e efetiva profilaxia medicamentosa em relação à TEV estão bem documentados. Esse trabalho tem por objetivo avaliar as medidas profiláticas de TVP e TEP na Santa Casa de Misericórdia de Ponta Grossa (SCMPG), estratificar o perfil de risco e propor uma forma prática de incentivar a tromboprofilaxia nos pacientes. MÉTODO: Realizou-se um estudo descritivo, com a finalidade de avaliar a profilaxia da TVP nos pacientes internados na SCMPG no dia quinze de maio de 2009. Uma amostra de 104 pacientes, dividida em dois grupos: clínico e cirúrgico, e estratificada em diferentes especialidades presentes na SCMPG. A coleta de dados foi realizada através de respostas obtidas por questionário e análise de prontuários eletrônicos. A correta utilização da profilaxia para TVP foi avaliada segundo recomendações da SBACV (2005), considerandose métodos profiláticos presentes nas informações explícitas encontradas na prescrição médica de cada paciente. RESULTADOS: Dos 104 pacientes entrevistados, 51 (49,04%) eram pacientes clínicos e 53 (50,96%) eram cirúrgicos. De acordo com a estratificação do risco, 17 (16,35%) foram classificados como baixo risco, 37 (35,58%) como risco moderado, 46 (44,23%) como alto risco e 4 (3,85%) como altíssimo risco para TVP/EP. Do total de pacientes, 68 (65,38%) receberam profilaxia, sendo que deste número, apenas 56 (53,85%) aplicaram a profilaxia corretamente, e 36 (34,62%) não receberam nenhuma profilaxia. CONCLUSÕES: O risco de TEV é alto tanto em pacientes com tratamento cirúrgico quanto tratamento clínico, especialmente quando acometidos por enfermidades que os imobilize ou altere os mecanismos de coagulação. Na literatura a importância e os benefícios de uma correta e efetiva profilaxia medicamentosa são superiores em todos os aspectos relacionados Poster ao tratamento da doença já instalada. A profilaxia continua sendo subutilizada, e vários serviços mantem altos índices de morbimortalidade preveníveis. PO-298 COMPARAÇÃO ENTRE A COMPRESSÃO AUTOMÁTICA E A COMPRESSÃO MANUAL PARA AVALIAÇÃO DO REFLUXO NA INSUFICIÊNCIA DA VEIA SAFENA MAGNA EM PACIENTES PORTADORES DE VARIZES PRIMÁRIAS DOS MEMBROS INFERIORES ANA PAULA MORBIO; MARCONE LIMA SOBREIRA; RODRIGO GIBIN JALDIN; FERNANDO CORDEIRO PIMENTEL; HAMILTON ALMEIDA ROLLO Faculdade de medicina de Botucatu - UNESP BOTUCATU/SP VARIZES POSTER (PO) 298 JUSTIFICATIVAS E OBJETIVOS: O Mapeamento Dúplex (MD) permite avaliar alterações morfológicas e funcionais da doença venosa crônica (DVC) e quantificá-las. O refluxo venoso é uma das principais causas da DVC, identificá-lo e quantificá-lo é importante, especialmente na insuficiência de veia safena magna. Na quantificação do refluxo venoso a técnica da compressão distal é a mais frequentemente utilizada para obtenção do mesmo. A maioria dos autores faz essa avaliação utilizando a compressão manual, entretanto outros propõem a compressão automática por esta ser padronizada e, portanto ser mais confiável. O estudo objetivou comparar o volume de refluxo (VR), o tempo de refluxo (TR) e alterações anatômicas na VSM obtidos pela compressão automática e manual, para avaliar se há diferença entre as mesmas. MÉTODO: Foram incluídos no estudo 40 membros inferiores de 31 pacientes com varizes primárias com insuficiência da VSM, com refluxo a partir da junção safenofemoral (JSF). Dos 40 membros inferiores avaliados, 19 membros pertenceram aos CEAP 2 e 3; e os outros 21 aos CEAP 4, 5 e 6. Todos os indivíduos foram submetidos à avaliação clínica e pelo MD. Na clínica foi utilizada a classificação CEAP. O MD foi realizado em dois momentos. Primeiramente, de acordo com a rotina do Laboratório Vascular. Posteriormente, foram selecionados os pacientes que apresentavam insuficiência de VSM. A VSM foi avaliada quanto as suas alterações anatômicas e foram medidos os diâmetros: 3 em nível de coxa, 1 em joelho e 2 em perna. O refluxo venoso foi avaliado na coxa superior, média e inferior, e desencadeado pela interrupção da compressão (à pressão de 100 mmHg) e descompressão distal da perna feita pelo manguito pneumático com compressão e deflação automática; e também pela compressão e descompressão manual feita no mesmo nível do manguito. Foi feito um sorteio prévio para a escolha da técnica a ser primeiro executada. RESULTADOS: O VR e o TR obtidos pela compressão e descompressão automática se correlacionaram com os mesmos obtidos pela compressão e descompressão manual. Os diâmetros da VSM também se correlacionaram com VR e o TR em ambas as técnicas. Houve correlação entre o volume de fluxo ejetado com o volume de refluxo, independente do método de compressão e descompressão. CONCLUSÕES: Este estudo mostrou que a técnica de compressão e descompressão feita manual não diferiu quanto à produzida pelo equipamento automático de compressão padronizada na avaliação dos parâmetros avaliados na amostra estudada. PO-299 PERSISTÊNCIA DA VEIA CIÁTICA PRIMITIVA - RELATO DE CASO JEFERSON FREITAS TOREGEANE; ANTONIO TRIGO ROCHA; CARLOS AUGUSTO SCHREINER; CLAUDIO JUNDI KIMURA; GIULIANO GIOVA VOLPIANI; GUILHERME DA SILVA SILVESTRE; MARCELO RODRIGO CAPORAL; MARCO ANTONIO ALESSIO; RAPHAEL F. FACHINI CIPRIANI UNIVERSIDADE ESTADUAL DO OESTE DO PARANÁ CASCAVEL/PR VARIZES POSTER (PO) 299 JUSTIFICATIVAS E OBJETIVOS: A persistência dos vasos ciáticos ocorre devido a uma falha no processo embriogênico de involução dos vasos axiais primitivos, resultando em uma anomalia congênita rara conhecida como veia ciática persistente, podendo associar-se a outras anomalias, como a persistência da artéria ciática. .O objetivo do presente trabalho é relatar um caso de paciente com veia ciática persistente. MÉTODO: Paciente do sexo feminino, 36 anos, gestante no 7º mês, procurou cirurgião vascular devido à cianose do membro inferior direito e aumento de volume, que havia sido mais intenso após 6º mês de gestação. Ao exame, apresentava o trofismo dos membros semelhantes, pulsos simétricos e índice tornozelo-braço normal. Apresentava cianose que melhorava com elevação, além de aumento de volume em toda face lateral do pé,com consistência esponjóide. A paciente foi investigada através de eco-Doppler colorido que evidenciou ectasia de toda veia safena externa, que por sua 117 Poster vez continuava-se em sentido ascendente na coxa até adentrar a musculatura glútea, apresentando refluxo significativo em toda extensão. RESULTADOS: A paciente foi orientada para iniciar medidas de controle postural e elastocompressão, aguardando-se pelo final da gestação. Após o período puerperal, a paciente retornou ao consultório referindo melhoras, com diminuição da cianose e do aspecto de ”esponja no pé”. Recusou-se ao tratamento cirúrgico devido à necessidade de cuidados com a criança. Vem sendo acompanhada com bom controle com elastocompressão, tratamento postural e eventualmente flebotônicos. CONCLUSÕES: O conhecimento das anomalias anatômicas venosas no membro inferior tem grande importância prática, devido à dificuldade da realização do tratamento cirúrgico. Entre essas variações, devemos ter em mente a persistência da veia ciática por ser condição rara e de difícil abordagem cirúrgica. O tratamento clínico com elastocompressão, drenagem postural e flebotônicos podem oferecer bons resultados. PO-300 ANEURISMA DE VEIA POPLÍTEA. RELATO DE CASO E REVISÃO DE LITERATURA EDUARDO TOLEDO DE AGUIAR Spaço Vascular SÃO PAULO/SP VARIZES POSTER (PO) 300 JUSTIFICATIVAS E OBJETIVOS: O aneurisma de veia poplítea é raramente diagnosticado, mas frequentemente causa embolia pulmonar. O uso rotineiro do mapeamento ultrassonográfico colorido da Doença Venosa Crônica (DVC) dos membros inferiores (MMII) fez aumentar seu diagnóstico e levantou a discussão a respeito do seu tratamento. O objetivo é descrever um caso e seu tratamento e rever a literatura a respeito. MÉTODO: Descrição de caso clínico. Caso: A.I.G. gênero feminino, 52 anos de idade, veio à consulta por apresentar varizes de MMII e queixava-se de dor nas panturrilhas, vespertina, que melhorava com repouso. Apresentava antecedente familiar de varizes. O exame físico revelou as varizes em ambos MMII (C2), sem edema nem alterações tróficas de pele. O mapeamento ultrassonográfico dúplex (US) revelou veia safena magna e parva normais em ambos MMII, veias perfurantes insuficientes em ambas pernas, veias varicosas em ambas pernas (não-safenas) e aneurisma fusiforme de veia poplítea esquerda de 1,8 cm de diâmetro com trombose mural. Tratamento: o aneurisma foi removido e interpôs-se segmento valvulado de veia safena magna com anastomoses término-terminais proximal e distal. Confirmou-se a trombose mural. Não foi feita anti-coagulação pós-operatória e não houve complicações. Após 3 meses o US demonstrou o segmento venoso interposto pérvio, com válvula competente a após um ano a doente se apresentava sem edema e sem queixas no MIE. RESULTADOS: Pesquisa mostra que a maioria dos trabalhos publicados é de descrição de casos e que 30% dos casos de aneurisma de veia poplítea se acompanharam de embolia pulmonar. Sassa et al. (2000) relataram sua experiência com 25 casos e verificaram que o aneurisma de veia poplítea é mais comum nas mulheres e que existe forte correlação entre trombose mural e embolia pulmonar. A maioria dos aneurismas de veia poplítea é sacular e a técnica de tratamento mais empregada é a venoplastia com remendo; a interposição de segmento venoso é reservada aos aneurismas fusiformes. Não houve óbitos ou embolia pulmonar após tratamento cirúrgico. CONCLUSÕES: O aneurisma de veia poplítea é potencialmente letal, seu diagnóstico deve ser enfatizado e o tratamento cirúrgico indicado. PO-301 RELAÇÃO ENTRE O NERVO SURAL E A VEIA SAFENA PARVA. UM ESTUDO ANATÔMICO - ULTRASSONOGRÁFICO ROBSON BARBOSA DE MIRANDA; ERICA PATRICIO NARDINO; DANIELA KLEINFELDER Fluxo Cirurgia Vascular SÃO BERNARDO DO CAMP/SP VARIZES POSTER (PO) 301 JUSTIFICATIVAS E OBJETIVOS: O nervo sural apresenta localização constante, na face posterior da perna, porém mostra variações no seu padrão de formação. Pode ser formado pela união dos nervos cutâneo sural medial e pelo nervo cutâneo sural lateral (ramo comunicante fibular). O nervo sural e a veia safena parva apresentam grande proximidade, o que pode gerar lesão do nervo, durante a fleboextração da veia safena parva. A retirada do nervo sural causa discreta sequela (hipoestesia na metade externa do dorso e planta do pé). No entanto, isso gera grande desconforto e ansiedade nos pacientes, no pós-operatório de varizes dos membros inferiores. Pretendemos fornecer, ao cirurgião vascular, dados para uma melhor tática cirúrgica, minimizando os riscos de complicações pós - operatórias, decorrentes da lesão do nervo sural, durante a fleboextração da veia safena parva. MÉTODO: Utilizamos a ecografia vascular com Doppler colorido para avaliar a correlação anatômica do nervo sural com a veia safena parva (distância em milímetros, entre o nervo e a veia, em pontos pré estabelecidos). Para a análise do nervo sural, a perna foi dividida em 4 segmentos: distal, médio - distal, médio - proximal e proximal. RESULTADOS: Foram estudados 60 indivíduos e 120 membros inferiores. Entre estes pacientes, encontramos 49 do sexo feminino e 11 do sexo masculino. A forma clínica predominante foi CEAP I. O segmento distal foi o local onde veia e nervo apresentaram maior proximidade. CONCLUSÕES: O nervo sural tem maior proximidade com a veia safena parva, no segmento distal de perna. Assim, o cirurgião deve evitar sua retirada, neste segmento, quando possível, para minimizar os riscos de lesão do nervo. A utilização da ecografia vascular pré e intra-operatória pode ser útil para localizar o nervo e evitar lesões. PO-302 AVALIAÇÃO DA REMISSÂO DOS SINTOMAS DA INSUFICIÊNCIA VENOSA CRÔNICA DOS MEMBROS INFERIORES APÓS TRATAMENTO CIRÚRGICO JOSÉ WELLINGTON BARROS; ESDRAS MARQUES LINS; FERNANDA APPOLÔNIO; EDUARDO CAVALCANTE LIMA; MARCOS BARBOSA; EDUARDO ANACLETO SERVIÇO DE CIRURGIA VASCULAR DO IMIP RECIFE/PE VARIZES POSTER (PO) 302 JUSTIFICATIVAS E OBJETIVOS: A cirrgia para cura de varizes dos membros inferiores é atualmente amplamente empregada . Várias técnicas cirúrgicas tem sido utilizadas tendo como principais objetivos o alívio dos sintomas da insuficiência venosa crônica, a melhora estética e a prvenção de complicações como a tromboflebite ou a varicorragia. Apesar das freqüentes discussões acerca de qual técnica cirúrgica traz mais benefícios aos pacientes, poucos trabalhos tem avaliado a satisfação dos apcientes submetidos a esta terapêutica principalmente no que se refere a remissão dos sintomas. A partir deste ponto de vista, o presente estudo tem como o objetivo avaliar a remissão dos sintomas da insuficiência venosa crônica após cirurgia para cura das varizes dos membros inferiores. MÉTODO: Foram avaliados 201 pacientes 30 dias após terem sido submetidos ao tratamento cirúrgico para cura de varizes dos membros inferiores, no Serviço de Cirurgia Vascular do Instituto de Medicina Integral Professor Fernando Figueira (IMIP), no período de agosto de 2006 a abril de 2007. Várias técnicas cirúrgicas foram empregadas sendo a mais comum a técnica de mini-incisões e exérese das veias varicosas com agulha de crochê. RESULTADOS: Dos apacientes avaliados, 83,1% relatavam dor, 82,1% cansaço e 78,6% queimação. A sensação de peso foi relatada por 77,6% dos pacientes enquanto inchaço foi a queixa em 65,7% dos casos. Cãimbras foram relatadas por 58,7% dos pacientes. Após a cirurgia 74,1% relataram remissão total dos sintomas pré-operatórios. CONCLUSÕES: A maioria dos pacientes apresentou remissão total dos sintomas de insuficiência venosa crônica após a cirurgia para cura das varizes dos membros inferiores. PO-303 PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DOS PACIENTES SUBMETIDOS AO TRATAMENTO CIRÚRGICO DAS VARIZES DOS MEMBROS INFERIORES JOSÉ WELLINGTON BARROS; ESDRAS MARQUES LINS; FERNANDA APPOLÔNIO; EDUARDO CAVALCANTE LIMA; EDUARDO ANACLETO; MARCOS BARBOSA Serviço de Cirurgia Vascular do IMIP RECIFE/PE VARIZES POSTER (PO) 303 JUSTIFICATIVAS E OBJETIVOS: A cirurgia para cura das varizes dos membros inferiores está entre as mais frequentemente realizadas pelos cirurgiões vasculares. Apesar de mais comum em pessoas do sexo feminino e a partir da 4ª década de vida, esta cirurgia é atualmente empregada nas mais diversas faixas etárias EME em ambos os sexos, apesar disto não temos estabelecido, na cidade de Recife, o perfil epidemiológico dos pacientes que são submetidos a esta modalidade terapêutica. Eeste trabalho tem o objetivo de avaliar o perfil epidemiológico dos pacientes submetidos a cirurgia para a cura das varizes dos membros inferiores, no Serviço de Cirurgia Vascular do Instituto de Medicina Integral Professor Fernando Figueira (IMIP). MÉTODO: Foram avaliados 201 pacientes submetidos ao tratamento cirúrgico para a cura de varizes dos 118 membros inferiores, no Serviço de Cirurgia Vascular do Instituto de Medicina Integral Professor Fernando Figueira (IMIP) no período de agosto de 2006 a abril de 2007. Foram avaliados os seguintes parâmetros: sexo, idade, sedentarismo, sobrepeso e obesidade, presença de ortostatismo prolongado em atividade laboral e grau de escolaridade. RESULTADOS: Do total de paciente avaliados, 175 (87,1%) eram do sexo feminino e 26 (12,9%) eram do sexo masculino. A faixa etária mais acometida foi a de 41 a 50 anos (32,3%) enquanto que o sobrepeso estava presente em 38,8% dos pacientes e obesidade em 7,5% dos casos. Quanto ao ortostatismo prolongado, durante a atividade laboral, estava presente em 82,1 % dos pacientes avaliados. O grau de escolaridade mais comum, observado em 83,2% dos pacientes, foi de até 8 anos de tempo de estudo. O sedentarismo foi encontrado em 69,2% dos pacientes. CONCLUSÕES: A maioria dos pacientes avaliados no presente estudo era do sexo feminino com idade menor de 40 anos, era sedentário e não apresentava sobrepeso ou obesidade, desenvolvia atividades laborais com ortostatismo e tinha baixa escolaridade. PO-304ANÁLISE INICIAL DA CORRELAÇÃO ENTRE POTÊNCIA DE ELETROCAUTERIZAÇÃO E EFEITOS HISTOLÓGICOS NAS VARIZES DE MEMBROS INFERIORES FABIO HENRIQUE ROSSI; NILO MITSURU IZUKAWA; AKASH KUZHIPARAM PRAKASAN; MABEL BARROS ZAMORANO; LILIAN MARY DA SILVA; CYBELLE BOSSOLANI ONOFRE; CAMILLA BAUMANN BETELI; MARCELA DA SILVA DOURADO; PATRICK METZGER; AMANDA REGO SOUZA INSTITUTO DANTE PAZZANESE SÃO PAULO/SP VARIZES POSTER (PO) 304 JUSTIFICATIVAS E OBJETIVOS: A eletrocauterização endovascular pode provocar a destruição seletiva das camadas de um vaso. Esse fenômeno é relacionado com a potência (P) = intensidade de energia (E) x tempo (T) da aplicação. Proporções diferentes dessas duas variáveis podem provocar efeitos histológicos diferentes. O objetivo desse estudo é determinar a relevância dessas duas variáveis, na intensidade das alterações histológicas observadas em pacientes acometidos de varizes de membros inferiores, submetidos à eletrocauterização endovascular. MÉTODO: Pacientes acometidos por varizes de membros inferiores foram convidados a participar desse estudo randomizado, duplo-cego e prospectivo. Sessenta fragmentos de veias safenas magnas insuficientes foram submetidos a eletrocauterização endovascular. A potência aplicada pelo eletrocautério foi aleatoriamente escolhida entre dez Grupos (G) que possuiam intensidades e tempos de aplicação distintos: GI: 0J/15s (0W); GII: 60J/5s (300W); GIII: 60J/10s (600W); GIV: 60J/15s (900W); GV: 80J/5s (450W); GVI: 80J/10s (900W); GVII: 80J/15s (1350W); GVIII: 120J/5s (600W); GIX: 120J/10s (1200W): GX: 120J/15s (1800W). Para a análise da importância das variáveis: intensidade de energia e tempo de aplicação nos efeitos histológicos ocorridos na parede do vaso estudado (Grupo A: Endotélio/Média; Grupo B: Adventícia) realizou-se o teste de QuiQuadrado em um modelo tipo dose-resposta. RESULTADOS: A intensidade das alterações histológicas observadas na parede do vaso estudado é proporcional a potência aplicada pelo eletrocautério endovascular (p=0,0001). Quando fixamos a variável tempo e analisamos os efeitos histológicos determinados por intensidades progressivas de energia aplicada, observamos uma correlação positiva com o grau de destruição celular, exceto para 10s que teve uma correlação quase positiva: 5s x 60; 90; 120W; (p=0.0047); 10s x 60; 90; 120W (p=0.0585); 5s x 60; 90; 120W (p=0.0027). Essa correlação se demonstrou ainda mais positiva quando fixou-se a variável intensidade de energia e observou-se os efeitos histológicos determinados por tempo de eletrocauterização progressivamente maiores: 60W x 5; 10; 15s (p=0.0004); 90W x 5; 10; 15s (p=0.0208); 120W x 5; 10; 15s (p=0.0031). CONCLUSÕES: A destruição das camadas da parede das varizes dos membros inferiores, causado pela eletrocauterização endovascular, é proporcionais a potência utilizada. O tempo de aplicação da energia pelo eletrocautério é mais importante do que a intensidade de energia utilizada para uma mesma potência de aplicação. PO-305AVALIAÇÃO DAS COMPLICAÇÕES PÓS-OPERATÓRIAS PRECOCES EM PACIENTES SUBMETIDOS À CIRURGIA DE VARIZES DE MEMBROS INFERIORES NO HUCFF/UFRJ NOS ÚLTIMOS 5 ANOS GUILHERME HELUEY CARVALHO; LUÍS FELIPE SILVA; ANDRÉ LUIZ FERNANDES; ANA CRISTINA OLIVEIRA MARINHO; JOSÉ LUIZ TELLES FONSECA; LUCIANA MOURA FARJOUN; ELIZABETH FIGUEIREDO SALLES; GIOVANNI MENICHELLI LUCCIO; PEDRO VAZ DUARTE; RAFAEL BELHAM STEFFAN; BRENO FRANÇA VIEIRA; DAVI DA SILVA CAZARIM; CAMILA MANCINI ALMEIDA; TIAGO COUTAS DE SOUZA; DIOGO LEITÃO GAMA Poster Universidade Federal do Rio de Janeiro RIO DE JANEIRO/RJ VARIZES POSTER (PO) 305 JUSTIFICATIVAS E OBJETIVOS: As varizes de membros inferiores representam uma das alterações vasculares mais comuns e de alta prevalência na população. A cirurgia convencional é aceita como terapia padrão no tratamento, porém, embora considerada um procedimento seguro está associada a uma taxa de morbidade não-desprezível, insatisfação do paciente e recorrências. Este trabalho tem como objetivo relatar as complicações encontradas no tratamento cirúrgico convencional de varizes de membros inferiores e sua relação com o tipo de cirurgia, tempo cirúrgico, tipo de anestesia e uso de antibiótico profilático nos pacientes submetidos a este procedimento no HUCFF/UFRJ nos últimos 5 anos. MÉTODO: Estudo retrospectivo de 60 pacientes submetidos a tratamento cirúrgico de varizes de membros inferiores no HUCFF/UFRJ no período de novembro de 2006 a junho de 2011. As complicações encontradas: infecção de ferida operatória, granuloma de corpo estranho, hematomas, alterações de sensibilidade, cefaléia pós bloqueio espinhal e lesão de veia femoral, foram relacionadas ao tipo de cirurgia, duração do ato operatório, uso de antibiótico profilático e tipo de anestesia. RESULTADOS: A taxa de complicação encontrada nos 60 pacientes foi de 25% (15 pacientes), distribuídos da seguinte forma: hematomas em 7 pacientes, alterações de sensibilidade em 6, cefaléia intensa em 1, infecção de ferida operatória em 1, granuloma de corpo estranho pelo fio de sutura em 1 e ligadura acidental da veia femoral em 1 paciente. Todos os 15 pacientes foram submetidos à raquianestesia com sedação, sendo utilizado antibiótico profilático em 12 pacientes, e o tempo médio de cirurgia foi de 148,24 minutos. O tipo de cirurgia mais frequententemente relacionado as complicações foi safenectomia interna total (7 pacientes), seguida da ressecção de tributárias sem safenectomia (5 pacientes), safenectomia interna segmentar (2 pacientes) e ligadura de croça de safena interna em 1 paciente. CONCLUSÕES: Neste estudo observou-se que as complicações mais frequentes na cirurgia de varizes de membros inferiores foram os hematomas e as alterações de sensibilidade (parestesia, hiperestesia) no membro operado. Em relação ao tipo de cirurgia foi observado maior frequência de complicações nas cirurgias com safenectomias internas. O tempo médio de cirurgia nos pacientes com complicação foi de 150,33 minutos (maior que no restante dos pacientes). O número total de pacientes que receberam antibiótico profilático foi de 35 (58,33 %) e 12 (80%) no grupo de pacientes que complicaram. PO-306PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DOS PACIENTES SUBMETIDOS À CIRURGIA DE VARIZES DE MEMBROS INFERIORES NO HUCFF/UFRJ NOS ÚLTIMOS 5 ANOS GUILHERME HELUEY CARVALHO; LUÍS FELIPE SILVA; ANDRÉ LUIZ FERNANDES; ANA CRISTINA OLIVEIRA MARINHO; JOSÉ LUIZ TELLES FONSECA; LUCIANA MOURA FARJOUN; ELIZABETH FIGUEIREDO SALLES; GIOVANNI MENICHELLI LUCCIO; PEDRO VAZ DUARTE; RAFAEL BELHAM STEFFAN; DAVI DA SILVA CAZARIM; CAMILA ALMEIDA MANCINI; TIAGO COUTAS DE SOUZA; DIOGO LEITÃO GAMA Universidade Federal do Rio de Janeiro RIO DE JANEIRO/RJ VARIZES POSTER (PO) 306 JUSTIFICATIVAS E OBJETIVOS: As varizes de membros inferiores acometem pessoas de ambos os sexos e diferentes faixas etárias gerando problemas socioeconômicos, como queda da qualidade de vida e da produção laborativas. A literatura sobre o tratamento das varizes de membros inferiores tem variado muito devido às diferenças nos métodos de avaliação, critérios para a definição e as regiões geográficas analisadas. Este trabalho tem como objetivo traçar o perfil epidemiológico dos pacientes quanto a idade, sexo, comorbidades, classificação CEAP, avaliação por ecocolor-Doppler e tipo de cirurgia realizada no HUCFF/UFRJ nos últimos 5 anos. MÉTODO: Estudo retrospectivo de 57 pacientes portadores de varizes de membros inferiores submetidos a tratamento cirúrgico no HUCFF/UFRJ no período de novembro de 2006 a junho de 2011. Foram analisadas as variáveis: idade, sexo, comorbidades, classificação CEAP, avaliação de ecocolor-Doppler e tipo de cirurgia. RESULTADOS: Observou-se que 15 pacientes (26,31%) eram do sexo masculino e 42 (73,68%) do sexo feminino, perfazendo uma relação de 1:2,8. A idade média encontrada foi de 48,25 anos. O maior número de pacientes operados, 26 (45,61%) apresentava-se dentro da classificação clínica II da CEAP. Encontrou-se 41 pacientes (71,92%) com insuficiência de veia 119 Poster safena interna ao ecocolor-Doppler e 4 pacientes (7,01%) com insuficiência de veia safena externa. Quanto às comorbidades consideradas, diabetes, HAS, tabagismo, etilismo, IRC e dislipidemia encontrou-se maior associação com a HAS, 16 pacientes (28,07%) porém sem significância estatística. Foi realizada safenectomia interna em 39 pacientes (68,42%) e safenectomia externa em 2 pacientes (3,50%). 14 pacientes (24,56%) foram reoperados por recidiva da doença. CONCLUSÕES: Neste estudo observou-se a predominância de pacientes do sexo feminino, na faixa entre 42 e 64 anos, hipertensas e não tabagistas. Considerando a classificação CEAP, em relação à clínica constatamos maior incidência de CEAP II. Observou-se uma taxa de recorrência de 24,56% nos pacientes operados. PO-307RELATO DE CASO DE DUPLICAÇÃO DE VEIA SAFENA MAGNA GUILHERME JONAS DA SILVA RIBEIRO; LEANDRO CORREA DE OLIVEIRA; MARCELLE SOUZA ALVES DA SILVA; LUCIO ESTEPHANO SALES COSTA; ALEXANDRE TOSCANO MARCHETTI; MARIA ELIZABETH RENNÓ CASTRO SA SANTA CASA DE MISERICÓRDIA DE BELO HORIZONTE BELO HORIZONTE/MG VARIZES POSTER (PO) 307 JUSTIFICATIVAS E OBJETIVOS: INTRODUÇÃO: A importância clínicocirúrgica da veia safena magna impulsiona uma série de estudos anátomo descritivos que tem revelado algumas alterações no padrão anatômico clássico, sendo, por vezes, de fundamental importância sua identificação, seja padrão comum ou mais raramente em sua forma duplicada a fim de se implantar terapêutica apropriada e conhecimento mais aprofundado sobre sintomatologia atípica. OBJETIVO: Apresentar um relato de caso de um paciente que apresenta duplicação total de veia safena magna Direita. Bem como salientar suas correlações anátomo-clínicas e anátomo-cirúrgicas. MÉTODO: Relato de Caso R. F. E., 33 anos, solteira, feminino. Procurou o serviço de Angiologia e Cirurgia Vascular do ambulatório do CEM (centro de especialidades médicas) da Santa Casa de Misericórdia de Belo Horizonte, com úlcera maléolar em MIE, até o momento sem qualquer tratamento específico. Foi instituido tratamento com confecção de Bota de Unna enquanto prosseguia a propedêtica com ecodopler venoso de MMII. Optado por terapêutica cirúrgica em segundo tempo, entretanto por desejo da paciente e pronta resposta ao tratamento clínico com bota de unna, a mesma se recusou a tal procedimento, persistindo em acompanhamento ambulatorial no serviço de Angiologia e Cirurgia Vascular do Hospital santa Casa de Misericórdia de Belo Horizonte. RESULTADOS: Apesar da indicação de terapêutica cirurgica, por vontade da paciente, optou-se por condução clínica e acompanhamento ambulatorial. CONCLUSÕES: A identificação da variação anatômica para veia Safena Magna deve ser realizada na avaliação inicial do paciente, sendo essa, de fundamental importância para escolha do correto manejo clínico-cirúrgico. Levando-se em conta que atualmente a terapêutica clínica com Bota de UNNA é um importante aliado ao cirurgião vascular sendo capaz de controle dos sintomas e complicações da enfermidade. PO-308AVALIAÇÃO DAS VEIAS SAFENAS INTERNA E EXTERNA NO PRÉOPERATÓRIO DE VARIZES DE MEMBROS INFERIORES UTILIZANDO-SE O ECO-DOPPLER COLORIDO WILSON MICHAELIS; SÔNIA PERRETTO; ANTÔNIO LACERDA SANTOS; NELSON MESQUITA JUNIOR; MELISSA YOSHINAGA; MARIANNE ARIELY ANDRETTA; THAIS DUTRA VIEIRA; ELY AUGUSTO BADIA DEZZANETT HOSPITAL UNIVERSITÁRIO EVANGÉLICO DE CURITIBA CURITIBA/PR VARIZES POSTER (PO) 308 JUSTIFICATIVAS E OBJETIVOS: Avaliação anatomofuncional dos padrões de refluxo nas veias safenas interna e externa, baseada eco-Doppler colorido. MÉTODO: Foram analisados os laudos dos exames de eco-Doppler colorido para mapeamento venoso pré-operatório de 692 pacientes, totalizando 1278 membros, no período de um ano, realizados no CEPEC, Curitiba. Excluiu-se os pacientes que já haviam realizado cirurgia de varizes e os sem clínica de insuficiência venosa. Foram estabelecidos padrões de refluxo para as safenas interna e externa. RESULTADOS: Os padrões de refluxo mais prevalentes na safena externa foram os do tipo III e VI, aparecendo respectivamente em 113 (8,84%) e 103 (8,06%) membros. Nas safenas internas foi o do tipo II aparecendo em 373 (29,19%) membros. Quando avaliado o comprometimento da junção safeno-femural e safeno-poplítea, encontramos insuficiência em 60,18% e 16,30% respectivamente. CONCLUSÕES: Há uma ampla variedade de padrões de refluxo nas veias safenas, o que justifica a avaliação de rotina por eco-Doppler colorido no pré-operatório de cirurgia de varizes dos membros inferiores. PO-309LASER ENDOVENOSO NO TRATAMENTO DA DOENÇA VARICOSA PRIMÁRIA NAYANA FONSECA VAZ; MARCELO GOMES DA SILVA; LUIZ GUSTAVO TRINDADE BARROSO Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública SALVADOR/BA VARIZES POSTER (PO) 309 JUSTIFICATIVAS E OBJETIVOS: O Endovenous Laser Therapy (EVLT) surgiu como um método moderno e minimamente invasivo para o tratamento de varizes dos membros inferiores com resultados promissores no que diz respeito a sua segurança e eficácia. Descrever os resultados obtidos no tratamento da doença varicosa em membros inferiores com a exclusão da veia safena magna, utilizando-se o laser endovenoso. MÉTODO: Estudo retrospectivo, descritivo realizado em pacientes tratados por laser endovenoso em hospital filantrópico em Salvador-BA no período de outubro de 2008 a julho de 2010. Os pacientes foram convidados a comparecer em ambulatórios de cirurgia vascular para aplicação de questionário, avaliação clínica do pósoperatório tardio e realização de exame de imagem (ecocolor-Doppler) nos membros tratados para a correção de varizes. No questionário, as variáveis de interesse foram: idade, sexo, ocupação, sintomatologia vascular prévia à cirurgia, sintomatologia vascular atual, escala de dor (0-10) do pós-operatório imediato, avaliação estética e satisfação do paciente. O atendimento procurou identificar possíveis complicações do tratamento pelo laser endovenoso e avaliar se há presença de recanalização e refluxo na veia safena magna. O projeto foi aprovado pelo comitê de ética e pesquisa do hospital referido e os pacientes foram incluídos somente após assinarem o termo de consentimento livre e esclarecido. Os dados foram tabulados e processados no programa SPSS 15.0 para Windows. RESULTADOS: Do estudo de 29 membros, foi obtida taxa de oclusão de 75,9% (22), com persistência do refluxo em 20,7% (06) na veia safena magna e 27,6% (08) na junção safeno femoral. Nenhuma complicação tardia foi detectada. Após o tratamento 48,3% dos pacientes (14) relataram ausência de sintomas e 37,9% (11) assinalaram ausência de dor no pós-operatório imediato. Todos os pacientes referiram melhora estética do membro operado e satisfação com o procedimento. CONCLUSÕES: Concluiu-se que o tratamento com laser endovenoso é uma técnica segura, pelos baixos índices de complicações e sendo essas autolimitadas, e eficaz, pela melhora clínica evidente, alta taxa de satisfação dos pacientes e sucesso na oclusão da VSM na maioria dos casos. Mas que apresenta taxas de recanalização e refluxo no pós-operatório tardio maiores que no pós-operatório imediato. PO-310REMOÇÃO DE VARIZES COLATERAIS COM LASER ESTUDO COMPARATIVO REINALDO BISCARO Instituto Reinaldo Biscaro SÃO JOÃO DA BOA VIST/SP VARIZES POSTER (PO) 310 JUSTIFICATIVAS E OBJETIVOS: o estudo presente tem como objetivo comparação de utiização de laser,s ktp 532, nd yag 1064 e luz pulsada em varizes colaterais de médio calibre e secagem de telangiectasias de perna e face. Na última decada ocorreu uma verdadeira revolução para tratamento utilizando a tecnologia a laser e esperamos poder contribuir com o desenvolvimento dessa dentro da angiologia e cirurgia vascular. MÉTODO: Laser intra operatório; número de pacientes 22; sexo feminino variando de 18 a 65 anos de idade, tratados em regime ambulatorial. O diagnóstico foi obtido por anamneses, dopler sem registro e exame físico direcionado. As características dos portadores de varizes no presente estudo são de varizes reticulares da região posterior da panturilha e lateral da coxa. O protocolo inistitudio foi alternacia de equipamentos para cada paciente. Os resultados mostraram-se satisfatórios. Não ocorreu nenhuma complicação importante e todos foram reavaliados com intervalos de 7, 14, 21 e 28 dias. Foram observadas hiperpigmentação transitoria, prurido, discromias e eritema ou edema local de 30 minutos a 72 horas. Não existe containdicação especificas nos tratamento em que o sistema é proposto. No entanto, a exposição solar das áreas tratadas 120 deve ser evitada. fora. RESULTADOS: Dos 22 pacientes tratados 70% mostraram-se satisfeitos pela diminuição das visitas ao consultório após remoção das varizes para realização de secagem de teleangiectasias. 20% das pacientes preferem o tratamento convencional de secagem de teleangiectasias. 10% não optaram. CONCLUSÕES: No estudo compartaivo entre os lasers ktp 532 - nd yag 1064 e luz pulsada. Há necessidade de estudo com um numero maior de pacientes e estudo comparativos quanto ao estudo realizado. O panorama da utilização da tecnologia a laser mudou nos últimos anos. A tendência da sua utiização aumentou e atualmente importante complemento no tratamento de telangiectasias de membros inferiores. Em lesões muitos extensas, podem ser consideradas um planejamento de multipças sessões com intervalos de cerca de 30 dias. Como crítica fica o custo do equipamento e a necesssidade de estudos prospectivos e randomzados, objetivando melhor comparação com as técnicas já consagradas. Poster