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Discurso do Engenheiro Agrônomo Antonio Carlos
Alberio, proferido na Sessão Especial da Assembléia
Legislativa do Estado do Pará, realizada no dia 23 de abril
de 2014, em homenagem aos 80 anos de criação do CREA-PA.
Senhores e Senhoras,
Boa tarde!
Iniciamos este pronunciamento agradecendo
ao
ilustre Deputado Estadual Engenheiro Agrônomo José
Megale Filho, pela iniciativa de propor aos seus pares a
realização desta sessão especial em homenagem aos 80 anos
de criação do CREA-PA.
Na pessoa Vossa Excelência, o
Senhor Presidente da Assembleia Legislativa, Deputado
Márcio Miranda, consignamos os agradecimentos a todos os
Deputados pelo acatamento desta iniciativa do Deputado
Megali.
Caros amigos, o CREA-PA, que originariamente
denominava-se CREA da 1ª. Região, foi um dos primeiros a
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serem criados para a fiscalização do exercício profissional
da Engenharia, Arquitetura e Agrimensura, mais tarde
incorporando, também, Agronomia e outras modalidades.
Assim, precisamente há oitenta anos, no dia 23 de
abril de 1934, foi editada a Resolução nº 002, do CONSELHO
FEDERAL DE ENGENHARIA, ARQUITETURA E AGRONOMIA,
assinada pelo Presidente Pedro Rache e pelo secretário
Cesar do Rego Monteiro Filho, instituindo oito regiões para
localização
dos
Conselhos
Regionais
de
Engenharia,
Arquitetura e Agronomia. Ao CREA-PA, coube sediar a
primeira região, com sede em Belém, ficando sob sua
jurisdição os Estados do Amazonas, Maranhão, Piauí e o
então, Território do Acre. Posteriormente, pela Resolução
nº 33, de 4 de novembro de 1943, essa jurisdição ficou
aumentada com a inclusão do território do Amapá, do
Território do Rio Branco e do território de Guaporé. Assim,
ao início do seu funcionamento, o CREA-PA teve sob sua
responsabilidade quase 50% do território nacional.
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Criado em 1934, porém, somente em 18 de abril
de 1936 realizou-se a reunião de instalação do CREA-PA,
ocasião em que foi empossado seu primeiro presidente, o
engenheiro civil Amyntas de Lemos e os oito primeiros
conselheiros, todos nomeados pelo Presidente do CONSELHO
FEDERAL.
No início do seu funcionamento o CREA-PA ocupou
algumas salas da Escola de Engenharia do Pará, na travessa
Campos Sales, passando na gestão do Engenheiro Lourival de
Oliveira Bahia, a ocupar o edifício Kislanov, na mesma
travessa Campos Sales. Com o trabalho abnegado de
Presidentes como Alírio César de Oliveira, João Messias dos
Santos Filho e João de Oliveira Sobrinho foi concretizado o
fortalecimento da estruturação e consolidação patrimonial
do CREA-PA, com a aquisição e ampliação de suas
instalações, no atual edífio-sede, situado na avenida Dr.
Moraes esquina com a Braz de Aguiar.
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Mas não parou por aí a fase expansionista do
Conselho. A abertura de estradas de integração e a
implantação de grandes projetos nas diversas regiões do
Pará exigiram e continuam exigindo dos dirigentes a
concepção de um programa de interiorização, priorizando
cidades onde as atividades da área tecnológica começam a
se evidenciar. Como resultado desse programa o CREA-PA,
além de Belém, está presente em 21 cidades: Ananindeua,
Altamira, Barcarena, Bragança, Cametá, Canaã dos Carajás,
Castanhal, Capanema, Conceição do Araguaia, Itaituba,
Juruti, Marabá, Monte Alegre, Novo Progresso, Oriximiná,
Parauapebas, Paragominas, Redenção, Santarém, Tucuruí e
Xinguara, estando previstas, ainda para este ano, a
implantação de representações em Breves, Rondon do Pará
e Tucumã.
Esta, senhoras e senhores, é uma breve história do CREA-PA
que, ao longo da sua existência, vem consolidando sua
presença no Pará, com a realização de um trabalho
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responsável,
voltado
para
a
defesa
da
Sociedade,
resguardando os interesses sociais e humanos através da
Engenharia, da Agronomia, da Geologia, da Geografia, da
Meteorologia; enfim, incluindo-se, no contexto, mais de
trezentas profissões.
Ao completar 80 anos de criação, é justo
reconhecer o trabalho incansável de vários profissionais,
presidentes, conselheiros e inspetores, que doaram grande
parte dos seus tempos para fazer do CREA-PA um órgão que
busca cumprir fielmente a missão que lhe foi destinada,
restringindo à profissionais habilitados o exercício das
atividades da engenharia, agronomia, geologia, geografia ,
meteorologia e áreas afins. Por isso nada mais justo do que
aproveitar esta data histórica para render homenagens a
todos eles nas pessoas dos ex-presidentes que deram grande
parte do seu tempo às causas do CREA-PA: ADOLFO MORALES
DE LOS RIO FILHO, AMYNTAS DE LEMOS, VIRGINIO MARQUES
SANTA ROSA, JOÃO DIAS DA SILVA, ANTONIO FERREIRA
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CELSO, LOURIVAL DE OLIVEIRA BAHIA, ALIRIO CESAR DE
OLIVEIRA, SÉRGIO DA FONSECA DIAS, SALOMÃO MARCOS
PINTO, JOÃO MESSIAS DOS SANTOS FILHO, JOÃO ALBERTO
BASTOS, CÂNDIDO ANTONIO BARBOSA BORDALO, JOÃO DE
OLIVEIRA SOBRINHO e JOSÉ LEITÃO DE ALMEIDA VIANA.
Justo, também, destacar a atuação de centenas
de profissionais que ao longo desses 80 anos, com suas
atuações
nas
tecnológico
e
mais
nas
variadas
mais
áreas
variadas
do
conhecimento
regiões
do
Pará
contribuíram para a elevação do conceito das nossas
profissões,
mostrando
o
importante
papel
que
elas
representam no desenvolvimento de uma cidade, de um
estado e de um país. Afinal, não há desenvolvimento sem
ENGENHARIA.
Infelizmente,
apesar
desse
notável
desempenho dos profissionais da área tecnológica – já
provamos a nossa capacidade de realização em todas as
áreas da Engenharia - parece ainda não ser suficiente para
despertar junto a alguns setores do poder público a
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sensibilidade para a importância das nossas profissões. A
baixa remuneração praticada que, em alguns casos, chega a
ser
inferior
ao
preenchimento
por
chamado
leigos
AUXILIO
de
cargos
RECLUSÃO;
que
o
exigem
conhecimentos técnicos são exemplos claros da pouca
atenção dispensada aos profissionais da área tecnológica.
Por isso, Deputado Megale, nada melhor do que aproveitar
este momento para fazer um apelo a Vossa Excelência e a
seus pares, no sentido de que esta Casa de Leis possa, por
meio de ações concretas, contribuir efetivamente para que
as nossas profissões, nessa convergência de esforços do
poder
público,
possam
obter
efetivamente
o
reconhecimento da valorização profissional. Já é tempo das
autoridades reconhecerem, na prática, o valor dos nossos
profissionais e das nossas profissões. Não precisamos provar
mais nada. Os exemplos estão aí. Basta olharmos para este
ambiente em que nos encontramos e veremos que a água e o
cafezinho que nos foram disponibilizados, a climatização, a
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iluminação, o som que utilizamos, os móveis, as paredes e
teto; enfim, para onde lançarmos nosso olhar, facilmente
constataremos a Engenharia presente na nossa vida.
Finalizando, queremos mais uma vez expressar
os agradecimentos a todos os que, de alguma forma, têm
contribuindo com as ações deste Conselho: profissionais,
empresas, órgãos públicos, aos poderes executivo, judiciário
e legislativo, às prefeituras municipais, à imprensa, aos
demais conselhos de fiscalização, ao Conselho Federal, à
mútua, às entidades de classe, às instituições de ensino, aos
nossos colaboradores e aos demais segmentos da sociedade,
aqui
presentes
ou
representados;
enfim,
a
todos,
indistintamente, que, em seu tempo e estilo próprios,
ajudam a consolidar o alicerce da Engenharia no Pará,
contribuindo para o desenvolvimento e valorização das
categorias
profissionais
abrangidas
CONFEA/CREA, em nossa Região.
Muito obrigado!
pelo
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