O engenheiro e professor Roberto Médici, filho do ex-presidente Médici autografou livros de autoria do General Agnaldo Del Nero. A tarde de autógrafos fez parte da homenagem prestada ao Presidente Médici no almoço mensal da ADESG/SP, edição do mês de março. Veja entrevista. Roberto Médici Além da Engenharia, o senhor tem outra atividade? Gosta de política também? O seu pai contribuiu também com os anos de ouro do milagre brasileiro. Eu sou professor faz anos. Sou civil. Agora sou mais professor do que engenheiro, porque a minha vida foi praticamente no magistério superior. Atuei na Universidade Federal do Rio Grande do Sul como professor de matemática de engenharia estrutural. Fui arrastado pela política quando papai foi presidente da República. E aí eu achei que como filho mais velho deveria acompanhá-lo. Sim, mas realmente a grande obra do meu pai foi essa, impedir que o povo brasileiro se submetesse a um regime totalitário. Qual foi a influência do seu pai na sua vida? Muito grande! Sou um homem que me relacionava muito bem com o meu pai, um relacionamento de respeito mútuo. Ele me respeitava e eu também o respeitava muitíssimo. É isso que eu tenho que te dizer, eu tinha admiração por ele e acho que ele também me respeitava como filho. O que você acha que Médici estaria fazendo no Brasil de hoje? Eu acho que ele estaria triste, mas estaria agindo. Sem dúvida nenhuma meu pai era um homem de ação. Ele, como tenente, se revoltou em sua unidade e aderiu à revolução de 30. Sempre foi um revolucionário. Sempre foi um inconformado com a realidade se essa realidade pudesse ser melhorada. Ele sem dúvida nenhuma lutaria e brigaria para mudar. O que você acha que motivou o General Del Nero a escrever esse livro? Vocês tiveram que terminálo? Eu não toquei no livro do General Del Nero. A minha contribuição foi absolutamente zero, é obra particular dele e de algumas pessoas que terminaram o livro. Eu não participei de nada. Deixe uma mensagem para as pessoas que estão pensando em ler o livro. O livro relata a última revolução brasileira, uma tentativa desesperada da esquerda daquele tempo, de introduzir um regime totalitário no Brasil. Felizmente meu pai contribuiu em grande parte pra evitar essa desgraça nacional, porque eu acho que todo povo merece ser um povo livre. Roberto Médici discursa durante o almoço da ADESG/SP.