Desenvolvimento de Estudos Socioambientais – UHE Baixo Iguaçu
Parecer Técnico Conjunto IAP/PNI-ICMBio Nº 001/2008
ATENDIMENTO AOS REQUISITOS
DA LICENÇA PRÉVIA Nº 17648 E
AO PARECER TÉCNICO CONJUNTO
IAP/PNI-ICMBIO Nº 001/2008
UHE BAIXO IGUAÇU
APRESENTAÇÃO
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Parecer Técnico Conjunto IAP/PNI-ICMBio Nº 001/2008
IDENTIFICAÇÃO DA EMPRESA CONSULTORA
Elementos de identificação
Informações
1. Empresa consultora
ECOBR Engenharia Ambiental Ltda.
2. Responsavel Técnico
2.1 Nome
Jonel Nazareno Iurk
2.2. Endereços
Administrativo: Rua Fernando Simas 705, cjs. 31, 32, 33,34
Bigorrilho – Curitiba/PR CEP 80430-190
2.3. e-mail
[email protected]
2.4. Telefone/Fax
41 3339-5550 41 3339-7258
IDENTIFICAÇÃO DO EMPREENDEDOR
Elementos de identificação
Informações
1. Nome
Geração Água Grande S.A.
2. Número do CNPJ
09.136.819/0001-55
3. Endereço completo
Praia do Flamengo nº 78, 4º andar Rio de Janeiro - RJ CEP - 22210-30
4. Telefone
021 3235 9800
5. Fax
21 3235.9883
6. Representante legal
6.1 Nome
SOLANGE MARIA PINTO RIBEIRO
6.2. CPF
304.753.094-72
6.3. Endereço
PRAIA DO FLAMENGO, 78 – 3º ANDAR RIO DE JANEIRO – RJ CEP 22210-030
6.4. e-mail
[email protected]
6.5. Telefone/Fax
Tel.: (21) 3235.9813 – fax: (21) 3235.9883
7. Pessoa de contato
7.1 Nome
RONALDO CÂMARA CAVALCANTI
7.2 CPF
091.019.424/68
7.3 Endereço
PRAIA DO FLAMENGO, 200 – 11º ANDAR – RIO DE JANEIRO – RJ CEP 22210901
7.4 e-mail
[email protected]
7.5 Telefone/Fax
(21) 3235.2819 fax (21)3235.2855
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Parecer Técnico Conjunto IAP/PNI-ICMBio Nº 001/2008
CERTIFICADO
FEDERAL
DE
REGULARIDADE
–
CADASTRO
TÉCNICO
EQUIPE TÉCNICA
Registro
Nome
Classe/
Profissional e
Função
Formação
Cadastro no
Desempenhada
Assinatura
IBAMA
Jonel Nazareno Iurk
Eduardo Felga Gobbi
Paulo Aparecido Pizzi
Paulo Cezar Tosin
Tarcísio Luiz Coelho de
Castro
M. Sc. Eng.
CREA PR 8017D
Civil
CTF 247654
Dr. Eng. Civil
CREA RJ 042014
CTF 89685
Esp. Biólogo
Geógrafo
Coordenação Geral
CRBio PR 08082-7
Consultoria Técnica
CTF 240060
ao Meio Biótico
CREA PR 11534
CTF 196756
Eng. Civil
Supervisão Geral
Consultoria Técnica
ao Meio
Socioeconômico
CREA RJ 81-1-
Coordenação dos
21605-6
Estudos do Meio
CTF 310441
Físico
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Registro
Nome
Classe/
Profissional e
Função
Formação
Cadastro no
Desempenhada
Assinatura
IBAMA
Mary Helena Allegretti
Maria Angélica Garcia
Cecile Miers
Ana Sylvia Zeny
Dra.
Antropologia e
Desenvolviment
o
Sustentável
M. Sc. Bióloga
CTF 4977064
CRBIO 13514-4
CTF 248522
Socioeconômico
Coordenação dos
Estudos do Meio
Biótico
Coordenação
Urbanista
CTF 4977081
Administrativa
M. Sc. Eng.
CREA PR 7627/D
Co-coordenação
Civil
CTF 4977125
Administrativa
Civil e
CREA PR 93591/D
CTF 3317530
Tecnólogo em
Pablo Rodrigo Ferreira
Petróleo e Gás
CRQ 16137–S
Romeiro
Esp. Gestão
CTF 322237
Ambiental
Sanches
Estudos do Meio
CREA PR 15567/D
Ambiental
Alexandre Martinho
Coordenação dos
M. Sc. Arquiteta
Ph. D. Eng.
Maurício Felga Gobbi
-
Eng. Ambiental
CREA PR 105238-D
CTF 4275895
Meio Físico Modelagem
Hidrodinâmica
Meio Físico - GIS da
Avaliação Ambiental
Integrada
Meio Físico –
Qualidade da Água e
Sedimentos
Meio Físico –
Antônio Carlos
Witchmichen Iurk
Eng. Ambiental
CREA PR 102864-D
CTF 4425924
Qualidade da Água e
Sedimentos
Meio Físico –
Luis Augusto Dittrich da
Oceanógrafo e
CREA PR 106403-D
Silva
Eng. Ambiental
CTF 4904478
Renan Maron Barroso
Eng. Ambiental
Qualidade da Água e
Sedimentos
Meio Físico –
David Queiroz de
Sant‟Ana
Arquiteto M. Sc.
Engenharia
Mecânica
CREA PR 105417/D
CTF 4904688
CREA PR 82206/D
CTF 4903445
Qualidade da Água e
Sedimentos
Meio Físico - Ruídos
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Registro
Nome
Classe/
Profissional e
Função
Formação
Cadastro no
Desempenhada
Assinatura
IBAMA
M. Sc. Arquiteta
CREA PR 15567/D
Urbanista
CTF 4977081
M. Sc. Eng.
CREA PR 7627/D
Civil
CTF 4977125
Daniela Bonamigo
Socióloga e
-
Zupiroli
Antropóloga
CTF 4977370
Cecile Miers
Ana Sylvia Zeny
Meio Socioeconômico
– Infraestrutura e
Serviços
Meio Socioeconômico
– Infraestrutura e
Serviços
Meio Socioeconômico
– Aspectos
Institucionais e
Sistemas Produtivos
M. Sc. Eng.
Fernando Allegretti
Agrônomo
CREA PR 16827/D
-
Alessandra Chollet
Arquiteta
CREA PR 86312/D
Moreira Alvarenga
Urbanista
CTF 4977350
Sandra Ramalho de
M. Sc.
-
Paula
Socióloga
CTF 2000549
Rodolpho Humberto
Ramina
Neda Mohtadi Doustdar
Dr. Eng. Civil
M. Sc.
Socióloga
Sustentável
Meio Socioeconômico
– Infraestrutura e
Serviços
Meio Socioeconômico
– Cadastro e Apoio de
Campo
Meio Socioeconômico
CTF 1992730
– Cenários
DRT_PR n.º 99
-
Arqueólogo
CTF 201024
Carolina Machado
M. Sc.
-
Guedes
Arqueóloga
CTF 4978554
M. Sc. Eng.
CREA PR 023958/D
Florestal
CTF 610.043
Adilson Wandembruck
– Desenvolvimento
CREA PR 6038/D
M. Sc.
Antonio Cavalheiro
Meio Socioeconômico
Meio Socioeconômico
– Cenários
Meio Socioeconômico
– Coordenação
Arqueologia
Meio Socioeconômico
– Coordenadora de
Campo Arqueologia
Meio Biótico Coordenação de
Grupo Temático
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Registro
Nome
Classe/
Profissional e
Função
Formação
Cadastro no
Desempenhada
Assinatura
IBAMA
Gisley Paula Vidolin
Sergio Makrakis
Vinícius Abilhoa
Dra. Bióloga
Cassiano Fadel Ribas
João Marcelo
Deliberador Miranda
Paulo Rogério Mangini
Cristine Messias
CREA PR 19115-D
Pesca
CTF 2121842
Dr. Biólogo
M. Sc. Bióloga
Esp. Biólogo
Dr. Biólogo
Silva
Coordenação
Ictiofauna
CRBio028539-07D
Meio Biótico -
CTF 26.763
Herpetofauna
CRBio 25556-07D
Meio Biótico -
CTF 58.261
Avifauna
CRbio 66275-07D
Meio Biótico -
CTF 2003837
Mastofauna
M. Sc. Médica
CRMV-PR 3501
Veterinária
CTF 637.961
Eng. Cartógrafa
Meio Biótico -
Ictiofauna
CTF 534.851
Eng. Florestal
Grupo Temático
CTF 57.799
Veterinário
Leonardo Mateus Hase
Coordenação de
Meio Biótico -
CRMV-PR 3347
Dra. Bióloga
Meio Biótico -
CRBio 9978-07D
Dr. Médico
Marise Pim Petean
Marieta Cristina M da
CTF 483.390
Dr. Eng. de
Fernanda Stender de
Oliveira
CRBio 25256-07D
CRBio 34179-07D
CTF 333.851
CREA PR 86261/D
CTF 4008029
CTF 4983445
Meio Biótico - Fauna
Meio Biótico - Fauna
Meio Biótico - Flora
Meio Biótico - Flora
Geoprocessamento
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Registro
Nome
Classe/
Profissional e
Função
Formação
Cadastro no
Desempenhada
Assinatura
IBAMA
Jonatas Gabriel Arndt
Esp. Analista
de Sistemas
Arquiteto e
Eder Luciano Mochi
Urbanista,
Designer
Karina Witchmichen
Arquiteta e
Iurk
Urbanista
CTF 4983336
CREA PR 86031/D
CTF 4983688
-
M. Sc. Arquiteta
CREA PR 102370/D
e Urbanista
CTF
Alessandra Chollet
Arquiteta
CREA PR 86312/D
Moreira Alvarenga
Urbanista
CTF 4977350
Lívia Yu Iwamura
Patrícia Pellizzaro
Dra. Arquiteta e
Urbanista
Anna Luiza Agostineto
Arquiteta e
Rodrigues
Urbanista
Karoline Richte
Eng. Civil
Cassiano Ramiro
Gonçalves Simões
Samuel Charello
Pinheiro
Geoprocessamento
Arte Gráfica
Apoio Administrativo
Apoio Administrativo
Apoio Administrativo
CREA PR 33061/D
Apoio Administrativo
CREA PR 102614/D
Apoio Administrativo
CTF 4983745
Apoio Administrativo
CTF 4983925
Apoio Administrativo
-
Apoio Administrativo
Técnico em
Desenho
Industrial
Administrador
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Parecer Técnico Conjunto IAP/PNI-ICMBio Nº 001/2008
SUMÁRIO
IDENTIFICAÇÃO DA EMPRESA CONSULTORA....................................................................................i
IDENTIFICAÇÃO DO EMPREENDEDOR................................................................................................i
CERTIFICADO DE REGULARIDADE – CADASTRO TÉCNICO FEDERAL............ Erro! Indicador não
definido.
EQUIPE TÉCNICA ................................................................................... Erro! Indicador não definido.
1
INTRODUÇÃO ................................................................................................................................ 1
2
CONTEXTUALIZACÃO .................................................................................................................. 1
3
CONDICIONANTES E ESTUDOS COMPLEMENTARES – PERTINÊNCIA DAS ETAPAS LP E
LI...................................................................................................................................................... 6
3.1 ETAPA 1 - LICENÇA PRÉVIA (LP)................................................................................................. 6
3.2 ETAPA 2 – LICENÇA DE INSTALAÇÃO (LI) ................................................................................. 7
3.2.1
4
CONDICIONANTES (C) ...................................................................................................... 7
CUMPRIMENTO DOS REQUISITOS DE LICENCIAMENTO (RQLP) DA LP N.º 17.648 –
GERENCIAMENTO INTEGRADO DOS REQUISITOS ................................................................ 12
4.1 DETALHAMENTO DOS ESTUDOS POR GRUPO TEMÁTICO ................................................... 16
4.1.1
GRUPO I – ESTUDOS INTEGRADOS DOS EFEITOS DAS UHES NA BACIA DO BAIXO
IGUAÇU (UHE BAIXO IGUAÇU E UHE SALTO CAXIAS). .............................................. 16
4.1.2
GRUPO II – ESTUDOS SOBRE A INFRAESTRUTURA, SOCIOECONOMIA, CULTURA
E DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL NAS POPULAÇÕES IMPACTADAS PELA
UHE BAIXO IGUAÇU ........................................................................................................ 19
4.1.3
GRUPO III – ESTUDOS SOBRE A FLORA E FAUNA ..................................................... 23
4.1.4
IV – PROJETO BÁSICO AMBIENTAL (PBA) ................................................................... 30
ANEXOS ............................................................................................................................................... 32
ANEXO I – LICENÇA PRÉVIA (LP) N.º 17648 EMITIDA PELO IAP EM 25 DE JULHO DE 2008 ...... 33
ANEXO II – PARECER TÉCNICO SOBRE O EIA/RIMA DA UHE BAIXO IGUAÇU, DE 15 DE JULHO
DE 2008, UNIVERSIDADE ESTADUAL DO OESTE DO PARANÁ (UNIOESTE) ............................... 36
ANEXO III – PARECER TÉCNICO CONJUNTO IAP / PNI - ICMBIO N.º 001/2008, DE 22 DE JULHO
DE 2008 ............................................................................................................................................... 133
ANEXO IV – CARTA DE ANUÊNCIA DO INSTITUTO CHICO MENDES DE CONSERVAÇÃO DA
BIODIVERSIDADE (ICMBIO), DE 24 DE JULHO DE 2008 ............................................................... 146
ANEXO V – PARECER TÉCNICO DIRAM 004_2008 ........................................................................ 149
ANEXO VI – ATA REUNIÃO 22 DE JANEIRO DE 2010 EM FOZ DO IGUAÇU - IAP / PNI .............. 158
ANEXO VII – ATA DE REUNIÃO EM 08 DE FEVEREIRO DE 2010 NO INSTITUTO DAS ÁGUAS DO
PARANÁ .............................................................................................................................................. 211
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Desenvolvimento de Estudos Socioambientais – UHE Baixo Iguaçu
Parecer Técnico Conjunto IAP/PNI-ICMBio Nº 001/2008
LISTA DE TABELAS
Tabela 1 – Resumo da Fitossociologia e Inventário Florestal .............................................................. 30
LISTA DE QUADROS
Quadro 1 – Estudos Complementares Exigidos no Parecer Técnico IAP/DIRAM. ................................ 4
Quadro 2 – Condicionantes Exigidas no Parecer Técnico IAP/DIRAM. ................................................. 5
Quadro 3 – Estudos que Foram Atendidos na Etapa de Licença Prévia ............................................... 7
Quadro 4 – Grupos Temáticos e Respectivos Condicionantes ............................................................ 15
Quadro 5 – Requisitos do Licenciamento que Serão Atendidos no PBA ............................................. 15
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Desenvolvimento de Estudos Socioambientais – UHE Baixo Iguaçu
Parecer Técnico Conjunto IAP/PNI-ICMBio Nº 001/2008
1
INTRODUÇÃO
A Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) autorizou a Desenvix S/A, por meio do
processo N.º 48500.004281/03, a elaborar os estudos de viabilidade do aproveitamento
hidrelétrico do rio Iguaçu, no Estado do Paraná, denominado de Usina Hidrelétrica Baixo
Iguaçu. Após a elaboração dos estudos de inventário e com os procedimentos de
licenciamento ambiental finalizados em sua primeira etapa, o Instituto Ambiental do Paraná
(IAP) emitiu em 25 de julho de 2008 a Licença Prévia N.º 17648. Em 30 de setembro de
2008 a ANEEL realizou o Leilão de Energia A-5 para início do fornecimento a partir de 2013,
no qual a empresa NEOENERGIA S.A. foi vencedora da concessão da UHE Baixo Iguaçu,
cujo aviso de adjudicação foi publicado em 26 de novembro de 2008. Com capacidade
instalada de 350 MW e investimentos previstos de R$ 1,6 bilhões de reais a Usina
Hidrelétrica Baixo Iguaçu faz parte do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e
para o seu desenvolvimento foi formada a Sociedade de Propósitos Específicos (SPE)
denominada de Geração Água Grande S.A. tendo como acionistas as empresas Neoenergia
S.A. e Desenvix S.A..
A Licença Prévia N.º 17648 emitida pelo IAP contemplou a exigência do cumprimento de
vinte e sete Requisitos do Licenciamento Prévio (RQLP), denominados de Estudos
Complementares (EC) e Condicionantes (C). Este relatório tem por objetivo dar
conhecimento das providencias tomadas pela Geração Água Grande S.A. para o
cumprimento dos Requisitos de Licenciamento (RQLP) previstos na Licença Prévia (LP) N.º
17648 (Anexo I) emitida pelo IAP em 25 de julho de 2008.
2
CONTEXTUALIZACÃO
A Usina Hidrelétrica Baixo Iguaçu (UHE Baixo Iguaçu) está localizada na zona de
amortecimento do Parque Nacional do Iguaçu (PNI). Por isso mesmo, houve consenso de
que o processo de licenciamento deveria envolver equipe integrada de técnicos do IAP e do
Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), especialmente da
equipe gerencial e técnica responsável pela gestão do PNI. Além dos técnicos do IAP e do
ICMBio, docentes da Universidade Estadual do Oeste do Paraná (UNIOESTE) também
participaram das análises dos Estudos de Impactos Ambientais (EIA) e seu respectivo
Relatório de Impacto Ambiental (RIMA), das quais originaram os seguintes pareceres e
documentos:

Parecer Técnico sobre o EIA/RIMA da UHE Baixo Iguaçu, de 15 de julho de 2008,
Universidade Estadual do Oeste do Paraná (UNIOESTE) (Anexo II);

Parecer Técnico Conjunto IAP / PNI - ICMBio N.º 001/2008, de 22 de julho de 2008
(Anexo III).

Carta de Anuência do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade
(ICMBio), de 24 de julho de 2008 (Anexo IV).
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Desenvolvimento de Estudos Socioambientais – UHE Baixo Iguaçu
Parecer Técnico Conjunto IAP/PNI-ICMBio Nº 001/2008
Em 24 de julho de 2008, o IAP, por intermédio da Diretoria de Controle de Recursos
Ambientais (DIRAM), após verificação do pareceres citados, emitiu o Parecer Técnico
IAP/DIRAM N.º 04/2008, de 24 de julho de 2008, acatando as exigências de estudos
complementares e condicionantes integrantes daqueles pareceres, apresentados nos
Quadros 1 e 2, respectivamente. O parecer da DIRAM previu o atendimento a estas
exigências em duas etapas do licenciamento, sendo 27 (vinte e sete) delas na fase do
cumprimento das exigências da licença prévia (LP) e as outras 21 (vinte e uma) na fase da
licença de instalação (LI), totalizando 48 (quarenta e oito) estudos e documentos a serem
elaborados.
Em 25 de julho de 2008, com base no parecer técnico da DIRAM, o IAP emitiu a Licença
Prévia N.º 17648 (Anexo I), contendo as 27 exigências assinaladas nos Quadros 1 e 2
(etapa do licenciamento prévio).
ESTUDOS COMPLEMENTARES (EC)
Etapa
Licenciamento
(LP)
EC-01 – Elaborar estudos técnico-científicos ambientais para definição da necessidade
ou não da implantação de mecanismos de transposição de peixes de jusante para
montante do barramento e de sua eficácia quanto à reprodução das espécies à
montante. Se concluída pela necessidade de tal mecanismo, sua previsão deverá ser
incluída em projeto e na conseqüente instalação das obras da UHE.
X
EC-02 – Elaborar estudo sobre a interferência do Reservatório da UHE Baixo Iguaçu com
o empreendimento existente à montante, qual seja, UHE Salto Caxias, contendo o
respectivo Georreferenciamento.
X
EC-03 – Elaborar e apresentar estudos sobre os efeitos cumulativos e sinergéticos em
relação ao empreendimento em questão com os demais existentes na Bacia do Baixo
Iguaçu, em atenção à previsão constante na Resolução Nº. 01/86 do CONAMA.
X
EC-04 – Elaborar estudos sobre o uso e ocupação do solo sobre as áreas dos
municípios diretamente afetados, caracterizando os seguintes fatores: infra-estrutura,
educação, saúde, segurança, existência de eventuais cemitérios, fossas sépticas e
respectivos impactos.
X
EC-05 – Apresentar análise em forma de matriz de impactos e os respectivos programas,
em relação à perda de áreas produtivas, decréscimos ou acréscimos populacionais,
perdas de biomas, patrimônio histórico, mudança meteorológica, socioeconômica (fase
atual, fase de instalação e pós-construção da Usina), contendo pesos relativos às
perdas, ao controle da eficiência e eficácia das medidas de mitigação/controle de
impactos e sobre os ganhos sócios ambientais para futura análise do Plano Básico
Ambiental.
X
EC-06 – Apresentar um estudo de cenário, levando em consideração as experiências
passadas adquiridas em relação a demais empreendimentos hidrelétricos já implantados,
sobre a população flutuante atraída pelo empreendimento, e as que, eventualmente,
permanecerão na região pós-construção. Tais estudos visam subsidiar os municípios
atingidos pelo empreendimento no tocante a adaptação da sua infra-estrutura na
absorção deste contingente populacional.
X
EC-07 – Elaborar estudos referentes à transposição de fauna na Rodovia PRT 163 que
interliga o Parque Nacional do Iguaçu, permitindo o trânsito livre de animais e evitando
atropelamentos.
X
EC-08 – Estudar e elaborar programas que demonstrem que os empreendimentos UHE‟s
Baixo Iguaçu e Salto Caxias, apresentarão melhorias na atual vazão das águas dos rios
Iguaçu e Gonçalves Dias, solucionando os problemas já existentes de oscilação
diária/semanal, com o objetivo de demonstrar que serão preservadas as biotas aquática
e terrestre, bem como, a não interferência à paisagem cênica, em especial, em relação
das Cataratas do Iguaçu e o trecho do Parque onde as mesmas estão
inseridas/localizadas.
X
(LI)
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Desenvolvimento de Estudos Socioambientais – UHE Baixo Iguaçu
Parecer Técnico Conjunto IAP/PNI-ICMBio Nº 001/2008
ESTUDOS COMPLEMENTARES (EC)
Etapa
Licenciamento
(LP)
EC-09 – Verificar e monitorar a sedimentação de solos argilosos e siltosos do
compartimento da Bacia do Baixo Iguaçu. Devido à falta de uma análise relativa à fração
de sólidos finos que chegam ao local do reservatório, sugere-se que sejam realizadas
coletas para análises de sólidos visando determinar o impacto da fração de argila, silte e
areia no reservatório, quer no transporte de sedimentos como no assoreamento. Estas
coletas devem ser efetivadas anteriormente ao início da execução da obra pelo
empreendedor.
(LI)
X
EC-10 – Apresentar estudo e monitoramento da qualidade das águas com os seguintes
parâmetros: físico/químico, biológico e toxicológico. Devido à importância da qualidade
da água para o empreendimento e para a determinação dos impactos junto aos recursos
hídricos, fazem-se necessárias amostragens atualizadas dos parâmetros de qualidade
de água, a jusante da UHE Baixo Iguaçu e a jusante da UHE de Salto Caxias no Rio
Iguaçu. Estas amostragens devem ser realizadas antes do início das obras.
X
EC-11 – Realizar um estudo complementar quanto ao impacto da qualidade de água dos
afluentes antes da construção da UHE. Apresentar estudo e monitoramento dos pontos
de água para abastecimento envolvendo os vários afluentes do Rio Iguaçu, na Bacia do
Baixo Iguaçu; com destaque para o Rio Gonçalves Dias.
X
EC-12 – Avaliar e monitorar os níveis de ruídos a serem produzidos na UHE em relação
à fauna.
X
EC-13 – Implementar e executar, com parceira de Instituição Pública de Ensino,
Pesquisa e Extensão Regional; o Programa de Monitoramento Hidrossedimentológico. O
empreendedor deverá dar apoio físico e financeiro, tanto para a instalação quanto para
manutenção deste programa durante sua vigência. Os respectivos custos de implantação
e execução dos programas serão de responsabilidade única do empreendedor.
X
EC-14 – Realizar/Complementar o estudo florístico na área de influência direta,
identificando os diferentes estratos vegetais e estágios sucessionais a partir do uso de
transectos, objetivando solucionar dúvidas apontadas no EIA sobre ocorrência de
Ecótones.
X
EC-15 – Implementar e executar programa de estudo para conservação da flora, o qual
visa promover o aproveitamento científico e econômico da vegetação. O agente executor
deverá estar associado com Instituição Pública de Ensino, Pesquisa e Extensão
Regional.
X
EC-16 – Elaborar estudo de descrição geral das inter-relações fauna-fauna e fauna-flora
na área afetada diretamente pelo projeto, contemplando a IN 146/2007 do IBAMA.
X
EC-17 – Elaborar e implementar estudo sobre o aspecto reprodutivo da ictiofauna da
bacia do Baixo Iguaçu, abrangendo desde o ciclo de maturação gonadal, deslocamento e
identificação dos locais de desova e análise de ovos e larvas, de maneira a caracterizar
os sítios de recrutamento para cada espécie, atendendo a legislação vigente.
X
EC-18 – Elaborar um estudo do sistema educacional dos municípios atingidos e
averiguar a capacidade devido ao aumento de demanda.
X
EC-19 – Elaborar um quadro mais completo e qualitativamente analítico sobre a estrutura
produtiva e de serviços dos municípios diretamente afetados.
X
EC-20 – Efetuar o levantamento de vestígios e resgate de sítios arqueológicos em
conformidade com o IPHAN.
X
EC-21 – Elaborar estudos sociológico e antropológico sistemático que forneçam um
quadro descritivo da organização social e política da área de influência direta e indireta
da UHE Baixo Iguaçu.
X
EC-22 – Apresentar planta em escala identificável, contemplando todas as usinas
hidrelétricas à montante da futura hidrelétrica do Baixo Iguaçu, distância entre elas,
desnível, área abrangente, e vazões à jusante.
X
EC-23 – Apresentar plano de gerenciamento de riscos e ações de emergência na
construção.
X
EC-24 – Apresentar e entregar ao IAP, para conhecimento, cópia integral do Projeto
Básico do empreendimento entregue a ANEEL.
X
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Parecer Técnico Conjunto IAP/PNI-ICMBio Nº 001/2008
ESTUDOS COMPLEMENTARES (EC)
Etapa
Licenciamento
(LP)
EC-25 – Elaborar e apresentar estudos de desenvolvimento sustentável em relação aos
municípios diretamente afetados.
(LI)
X
EC-26 – Articular e implementar em conjunto com a SUDERHSA/SEMA/IAP/PARNA
IGUAÇU e Instituição Pública de Ensino Superior Regional e associação dos municípios
da Bacia do Baixo Iguaçu a criação de um comitê de Bacia visando regulamentar o uso
das águas e gerenciar as atividades relativas à Bacia, bem como a efetivação e
acompanhamento dos programas mitigadores propostos pelo empreendedor relativo aos
Recursos Hídricos e qualidade das águas.
X
Quadro 1 – Estudos Complementares Exigidos no Parecer Técnico IAP/DIRAM.
Fonte: IAP/DIRAM
CONDICIONANTES (C)
Etapa de
Licenciamento
(LP)
C1 – Elaborar e apresentar ao IAP
reassentamento e desapropriação das
incluindo as áreas de atividades de
impactadas e contendo informações
negociações.
documento com a definição dos critérios de
propriedades impactadas pelo empreendimento,
extração de areia, basalto, argila e pedreiras
a respeito da condução dos processos de
C2 – Elaborar cadastro fundiário socioeconômico atualizado das propriedades e famílias
impactadas pelo empreendimento.
(LI)
X
X
C3 – Manter, bem como, adensar com espécies da mata nativa uma área contígua ao
Parque Nacional do Iguaçu, sita na margem esquerda do Rio Gonçalves Dias, com uma
faixa mínima não inferior a 500,00 metros a contar a partir da margem direita do Rio
Iguaçu, interligando aquela área ao Parque Nacional do Iguaçu à faixa de preservação
permanente no entorno do reservatório criando, desta forma, um corredor de
biodiversidade.
X
C4 – Dispor os resíduos sólidos conforme normas técnicas e portarias/resoluções
vigentes, tanto do CONAMA, IBAMA e IAP. Desta forma, faz-se necessário a
especificação dos resíduos a serem gerados nesta fase, tanto quanto ao tipo de resíduo
quanto ao volume/massa gerada.
X
C5 – Implementar e executar o Programa de monitoramento meteorológico com
implantação e manutenção de estação meteorológica local com parceira de Instituição
Pública de Ensino, Pesquisa e Extensão local. Os respectivos custos de implantação e
execução dos programas serão de responsabilidade única do empreendedor.
X
C6 – Implementar e Fomentar a manutenção do programa de monitoramento do Meio
Aquático durante sua vigência. Os respectivos custos de implantação e execução dos
programas serão de responsabilidade única do empreendedor.
X
C7 – Realizar um levantamento/resgate fitossociológico anterior à fase de instalação das
obras, incluindo a fauna (conforme normativa do IBAMA 146/07) em conjunto com
Instituição Pública de Ensino, Pesquisa e Extensão Regional.
X
C8 – Elaborar e Implementar programa de monitoramento na fase inicial, instalação e
operação, este deverá ser realizado pelo departamento de ictiofauna da Instituição
Pública de Ensino, Pesquisa e Extensão Regional.
X
C9 – Fazer o cadastramento populacional e socioeconômico Georreferenciado
atualizado do Distrito de Marmelândia.
X
C10 – Efetuar o cadastramento efetivo das famílias diretamente atingidas nos fatores de
infra-estrutura e saneamento básico, estimando-se o consumo das mesmas.
X
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Desenvolvimento de Estudos Socioambientais – UHE Baixo Iguaçu
Parecer Técnico Conjunto IAP/PNI-ICMBio Nº 001/2008
CONDICIONANTES (C)
Etapa de
Licenciamento
(LP)
(LI)
C11 – Elaborar e implementar programa de segurança civil, saúde pública nas fases de
instalação e operação da usina UHE Baixo Iguaçu no sentido de subsidiar a infraestrutura dos municípios atingidos.
X
C12 – Apresentar plano de gerenciamento de riscos e ações de emergência na
construção.
X
C13 – Apresentar matriz gerencial para garantir todos os requisitos previstos nos
contratos e cronogramas, incluindo os questionamentos da sociedade civil. Atribuições e
responsabilidade ambiental na obra.
X
C14 – Apresentar inventário florestal dimensionando área para desmate.
X
C15 – Elaborar e implantar durante o período de obras um programa de segurança do
trabalho, mantendo um contingente mínimo de técnicos de segurança do trabalho e em
acordo com a legislação e normatização específica.
X
C16 – Elaborar programa de monitoramento da emissão de gases de efeito estufa pelo
reservatório, incluindo medição da emissão destes gases nas áreas a serem inundadas
previamente a formação do lago e após a formação do mesmo.
X
C17 – Elaborar programas para utilizar os recursos advindos de mercados de carbono na
implantação e manutenção dos programas ambientais do empreendimento.
X
C18 – Elaborar e apresentar ao IAP e PARNA IGUAÇU o Projeto Básico Ambiental –
PBA, com o detalhamento de todas as medidas, plano e programas ambientais
propostos no EIA/RIMA e exigidos nesta LP.
X
C19 – Em atenção aos impactos - Aumento de Exploração da Fauna e da Flora descritos
no EIA/RIMA, detalhar em conjunto com a Administração do Parque Nacional do Iguaçu
o Programa de Fiscalização dos Recursos Naturais a ser implementado já na fase inicial
do Empreendimento.
X
C20 e C21-Manter vazão suficiente para que tanto a vida aquática como a terrestre e a
paisagem cênica sejam garantidas, monitorar e acompanhar constantemente com a
apresentação de relatórios mensais elaborados por Instituição Pública de Ensino e
Pesquisa Regional ao longo do Rio Iguaçu e Tributários nas áreas de influência direta e
indireta do empreendimento UHE Baixo Iguaçu. (= Garantir vazão da águas do Rio
Iguaçu e seus tributários (onde há usinas hidrelétricas) com o objetivo de acabar com as
oscilações semanais).
X
C22. Considerando os Impactos diretos e irreversíveis e não mitigáveis, as questões
relativas à compensação Ambiental deverão ser submetidas às devidas Câmaras
Técnicas de Compensação Ambiental IBAMA/ICMBio em conjunto com IAP.
X
Quadro 2 – Condicionantes Exigidas no Parecer Técnico IAP/DIRAM.
Fonte: IAP/DIRAM
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Desenvolvimento de Estudos Socioambientais – UHE Baixo Iguaçu
Parecer Técnico Conjunto IAP/PNI-ICMBio Nº 001/2008
3
CONDICIONANTES
E
ESTUDOS
COMPLEMENTARES – PERTINÊNCIA DAS ETAPAS
LP E LI
Preliminarmente ao início do cumprimento dos Requisitos de Licenciamento (RQLP) previsto
na Licença Prévia N.º 17648, a Geração Água Grande S.A. fez uma análise do Parecer
Técnico IAP/DIRAM N.º 04/2008 (Anexo V), quanto à pertinência técnica dos quarenta e oito
(48) estudos complementares/condicionantes estarem previstos nas etapas de
licenciamento prévio ou de licenciamento de instalação da UHE Baixo Iguaçu. A referida
análise teve como objetivo avaliar a possibilidade de remanejamento de alguns dos estudos
previstos, de uma para outra etapa, sempre no intuito de oferecer a melhor solução técnica
para a mitigação/compensação dos impactos ambientais provocados pela UHE Baixo
Iguaçu. A seguir são apresentados os resultados da análise realizada:
3.1
ETAPA 1 - LICENÇA PRÉVIA (LP)
De acordo com a legislação vigente o licenciamento prévio de empreendimentos, atividades
ou obras, potencial ou efetivamente poluidores e/ou degradantes, a ser requerido na fase
preliminar do planejamento do empreendimento, atividade ou obra, tem por objetivo a
emissão de parecer por parte do órgão ambiental, sobre a possibilidade da implantação da
atividade no local pretendido. De forma complementar, tem ainda as finalidades de: suprir o
requerente com parâmetros para lançamento de resíduos líquidos, sólidos, gasosos e para
emissões sonoras no meio ambiente, adequados aos níveis de tolerância estabelecidos
para a área requerida e para a tipologia do empreendimento; suprir o requerente com as
diretrizes necessárias à apresentação de projetos para os sistemas de controle ambiental.
A Licença Prévia N.º 17.648 (Anexo I), emitida em 25 de julho de 2008 pelo Instituto
Ambiental do Paraná (IAP), imputa ao requerente o cumprimento dos Requisitos de
Licenciamento (RQLP), que se constituem em 27 (vinte e sete) estudos e documentos
(Quadro 3) a serem apresentados ao órgão licenciador quando do requerimento da Licença
de Instalação. Dos requisitos exigidos, 18 (dezoito) estudos pertencem ao grupo dos
“Estudos Complementares” e 9 (nove) estudos pertencem ao grupo de “Condicionantes”
conforme o previsto no Parecer Técnico Conjunto IAP / PNI - ICMBio N.º 001/2008 (Anexo
III), de 22 de julho de 2008.
Ao serem analisados os vinte e sete itens denominados de Requisitos de Licenciamento
(RQLP), integrantes da Licença Prévia N.º 17.648, todos apresentam pertinência com as
finalidades desta etapa do licenciamento. Tal pertinência justifica-se pelo fato de que nesta
etapa do licenciamento os projetos do empreendimento são preparados e adequados aos
sistemas de controle ambiental para posterior aprovação e autorização da construção do
empreendimento pelo IAP. É uma etapa destinada à complementação de estudos para
esclarecimentos e atendimento a padrões ambientais exigidos pelo órgão licenciador.
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Desenvolvimento de Estudos Socioambientais – UHE Baixo Iguaçu
Parecer Técnico Conjunto IAP/PNI-ICMBio Nº 001/2008
De outro lado, com o objetivo de se manter a unidade dos Estudos Complementares
previstos no Parecer Técnico Conjunto IAP / PNI - ICMBio N.º 001/2008 a Geração Água
Grande antecipou a elaboração dos oito estudos que o Parecer Técnico IAP/DIRAM N.º
04/2008 destinou para a Fase da Licença de Instalação. Os estudos antecipados foram:
EC09, EC12, EC13, EC14, EC15, EC23, EC24 e EC26. Da mesma forma, a elaboração da
Condicionante C5 foi antecipada para a Fase LP, tendo em vista a necessidade de
compatibilização com os programas previstos para o Projeto Básico Ambiental (PBA), e a
C12, por ter redação coincidente com a do EC23, já antecipado (Quadro 3).
ESTUDOS E DOCUMENTOS QUE FORAM ATENDIDOS NA FASE DE LICENÇA PRÉVIA
FASES
RQLP
(27 Estudos e Documentos)
10 Estudos e Documentos
Antecipados (LI)
ESTUDOS COMPLEMENTARES
CONDICIONANTES
EC01, EC02, EC03, EC04, EC05,
EC06, EC07, EC08, EC10, EC11,
EC16, EC17, EC18, EC19, EC20,
EC21, EC22 e EC25
C01, C02, C07, C08, C09 e C10,
C14, C18 e C19
EC09, EC12, EC13, EC14, EC15,
EC23, EC24 e EC26
C5 e C12
Quadro 3 – Estudos que Foram Atendidos na Etapa de Licença Prévia
Fonte: ECOBR/GERAÇÃO ÁGUA GRANDE
3.2
ETAPA 2 – LICENÇA DE INSTALAÇÃO (LI)
De acordo com a legislação a licença de instalação deve ser requerida quando da
elaboração do projeto do empreendimento, atividade ou obra, contendo as medidas de
controle ambiental e a sua concessão se dará pelo prazo de 1 (um) a 5 (cinco) anos, a
critério do IAP. Esta licença autoriza a implantação do empreendimento, mas não seu
funcionamento e tem por objetivo: aprovar os sistemas de controle ambiental; autorizar o
início da implantação do empreendimento; fixar os eventos das obras de implantação dos
sistemas de controle ambiental sujeitos a inspeção do IAP.
Para a obtenção da Licença de Instalação da UHE Baixo Iguaçu o requerente deverá
demonstrar ao IAP o pleno cumprimento dos “Requisitos de Licenciamento” previstos na
Licença Prévia N.º17.648 (Anexo I). Deverá ainda assumir o encargo de novos requisitos,
específicos da Licença de Instalação, como os estudos e documentos já previsto no Parecer
Técnico Conjunto IAP / PNI - ICMBio N.º 001/2008 e escalados para esta fase do
licenciamento pelo Parecer Técnico IAP/DIRAM N.º 004/2008, conforme mostrado nos
Quadros 1 e 2.
3.2.1
Condicionantes (C)
Os estudos denominados de Condicionantes (C) a serem cumpridas nesta fase serão: C3,
C4, C6, C11, C13, C15, C16, C17, C20, C21 E C22. A seguir, para cada um destes estudos
e condicionantes, são apresentadas as justificativas técnicas quanto à pertinência de terem
sido arrolados na Fase da LI do empreendimento em detrimento da Fase da LP. As
justificativas fazem-se necessárias, pelo fato de que alguns destes estudos abrangem áreas
especiais como canteiro de obras, de empréstimo e de bota-fora e do eixo da barragem e
ainda pela necessidade da realização de contraprovas antes do início do empreendimento,
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Desenvolvimento de Estudos Socioambientais – UHE Baixo Iguaçu
Parecer Técnico Conjunto IAP/PNI-ICMBio Nº 001/2008
de forma à formação de uma série histórica comparativa dos indicadores coligidos em todas
as fases do empreendimento.
C3 – Manter, bem como, adensar com espécies da mata nativa uma área contígua ao
Parque Nacional do Iguaçu, situada na margem esquerda do rio Gonçalves Dias, com uma
faixa mínima não inferior a 500,00 metros a contar a partir da margem direita do rio Iguaçu,
interligando aquela área ao Parque Nacional do Iguaçu à faixa de preservação permanente
no entorno do reservatório contribuindo, desta forma, para a criação de um corredor de
biodiversidade.
Justificativa da pertinência na fase LI => O PBA apresenta um programa específico para
esta condicionante, denominada “Consolidação do Corredor de Biodiversidade do Baixo
Iguaçu”. Seu início, na fase da LI, justifica-se para permitir o início de outras ações, estudos
complementares, condicionantes e programas, de forma a subsidiar a sua execução. Ou
seja, o cumprimento desta condicionante deverá ser precedido de outras atividades como,
programas de comunicação e educação ambiental junto aos proprietários dos imóveis na
área citada no escopo desta condicionante, implementação da infraestrutura de viveiro de
mudas, coleta de germoplasma a ser realizada durante os estudos complementares listados
na LP e o início do Programa de Resgate e Aproveitamento Científico da Flora nas áreas do
canteiro de obras, de empréstimo e de bota-fora, e no eixo da barragem.
C4 – Dispor os resíduos sólidos conforme normas técnicas e portarias/resoluções vigentes,
tanto do CONAMA, IBAMA e IAP. Desta forma, faz-se necessário a especificação dos
resíduos a serem gerados nesta fase, tanto quanto ao tipo de resíduo quanto ao
volume/massa gerada.
Justificativa da pertinência na fase LI => A especificação dos resíduos a serem gerados e a
determinação de seu acondicionamento temporário e destinação final, é objeto do PGRS
(Programa de Gerenciamento de Resíduos Sólidos), a ser elaborado no Programa de
Controle Ambiental da Construção, um dos programas do PBA. Da mesma forma, cabe
lembrar que a autorização de local para disposição de resíduos sólidos é objeto de obtenção
de licença ambiental específica junto ao IAP, sendo que é recomendável aguardar a
elaboração do PGRS para subsidiar o IAP neste processo de licenciamento.
C6 – Implementar e fomentar a manutenção do Programa de Monitoramento do Meio
Aquático – Sub-programa Monitoramento da Ictiofauna durante sua vigência. Os respectivos
custos de implantação e execução dos programas serão de responsabilidade única do
empreendedor.
Justificativa da pertinência na fase LI => O PBA apresenta programas específicos para
atender esta condicionante, de forma direta ou indireta (resultados dos estudos e
parâmetros coligidos devem complementar o programa específico para esta finalidade)
quais sejam: (i) Monitoramento do Lençol Freático e Qualidade das Águas, (ii)
Monitoramento Hidrossedimentológico; (iii) Monitoramento do Meio Aquático – SubPrograma Limnologia e da Qualidade da Água; (iv) Monitoramento do Meio Aquático – SubPrograma Monitoramento da Ictiofauna e (v) Conservação e Monitoramento da Fauna
Terrestre e Semi-aquática. Como já anteriormente citado, na fase LP, estes programas
serão iniciados com a realização de contraprovas.
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Desenvolvimento de Estudos Socioambientais – UHE Baixo Iguaçu
Parecer Técnico Conjunto IAP/PNI-ICMBio Nº 001/2008
C11 – Elaborar e implementar programa de segurança civil, saúde pública nas fases de
instalação e operação da usina UHE Baixo Iguaçu no sentido de subsidiar a infraestrutura
dos municípios atingidos.
Justificativa da pertinência na fase LI => O PBA apresenta programas específicos para
atender esta condicionante, de forma direta ou indireta (resultados dos estudos e
parâmetros coligidos devem complementar o programa específico para esta finalidade)
quais sejam: (i) Remanejamento e Monitoramento da População Atingida, (ii) Apoio aos
Municípios e as Comunidades Locais; (iii), Programa de Saúde; (iii) Seleção e Treinamento
de Mão de Obra; (iv) Relocação de Infraestrutura. Na fase LP, estes programas foram
iniciados com a realização dos seguintes Estudos:

EC04 – Elaborar estudos sobre o uso e ocupação do solo sobre as áreas dos
municípios diretamente afetados, caracterizando os seguintes fatores: infraestrutura,
educação, saúde, segurança, existência de eventuais cemitérios, fossas sépticas e
respectivos impactos.

EC05 – Apresentar análise em forma de matriz de impactos e os respectivos
programas, em relação à perda de áreas produtivas, decréscimos ou acréscimos
populacionais, perdas de ecossistemas, patrimônio histórico, mudança meteorológica,
socioeconomia (fase atual, fase de instalação e pós-construção da Usina), contendo
pesos relativos as perdas, ao controle da eficiência e eficácia das medidas de
mitigação/controle de impactos e sobre os ganhos socioambientais para futura análise
do Plano Básico Ambiental.

EC06 – Apresentar um estudo de cenário, levando em consideração as experiências
passadas adquiridas em relação a demais empreendimentos hidrelétricos já
implantados, sobre a população flutuante atraída pelo empreendimento, e as que,
eventualmente, permanecerão na região pós-construção. Tais estudos visam subsidiar
os municípios atingidos pelo empreendimento no tocante a adaptação da sua
infraestrutura na absorção deste contingente populacional.

EC18 – Elaborar um estudo do sistema educacional dos municípios atingidos e
averiguar a capacidade devido ao aumento de demanda.

EC19 – Elaborar um quadro mais completo e qualitativamente analítico sobre a
estrutura produtiva e de serviços dos municípios diretamente afetados.

C2 – Elaborar cadastro fundiário socioeconômico atualizado das propriedades e famílias
impactadas pelo empreendimento.

C9 – Fazer o cadastramento populacional e socioeconômico georreferenciado
atualizado do Distrito de Marmelândia.

C10 – Efetuar o cadastramento efetivo das famílias diretamente atingidas nos fatores de
infraestrutura e saneamento básico, estimando-se o consumo das mesmas.
C13 – Apresentar matriz gerencial para garantir todos os requisitos previstos nos contratos e
cronogramas, incluindo os questionamentos da sociedade civil. Atribuições e
responsabilidade ambiental na obra.
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Desenvolvimento de Estudos Socioambientais – UHE Baixo Iguaçu
Parecer Técnico Conjunto IAP/PNI-ICMBio Nº 001/2008
Justificativa da pertinência na fase LI => O PBA apresenta programas específicos para
atender esta Condicionante, quais sejam: (i) Controle Ambiental para a Construção e (ii)
Gerenciamento Ambiental. Na Fase LP, os seguintes Estudos foram realizados para
subsidiar o inicio destes programas:

EC02 – Elaborar estudo sobre a interferência do Reservatório da UHE Baixo Iguaçu
com o empreendimento existente à montante, qual seja, UHE Salto Caxias, contendo o
respectivo georreferenciamento.

EC03 – Elaborar e apresentar estudos sobre os efeitos cumulativos e sinergéticos em
relação ao empreendimento em questão com os demais existentes na Bacia do Baixo
Iguaçu, em atenção à previsão constante na Resolução Nº 01/86 do CONAMA.

EC04 – Elaborar estudos sobre o uso e ocupação do solo sobre as áreas dos
municípios diretamente afetados, caracterizando os seguintes fatores: infraestrutura,
educação, saúde, segurança, existência de eventuais cemitérios, fossas sépticas e
respectivos impactos.

EC05 – Apresentar análise em forma de matriz de impactos e os respectivos
programas, em relação à perda de áreas produtivas, decréscimos ou acréscimos
populacionais, perdas de biomas, patrimônio histórico, mudança meteorológica,
socioeconomia (fase atual, fase de instalação e pós-construção da Usina), contendo
pesos relativos as perdas, ao controle da eficiência e eficácia das medidas de
mitigação/controle de impactos e sobre os ganhos socioambientais para futura análise
do Plano Básico Ambiental.

EC06 – Apresentar um estudo de cenário, levando em consideração as experiências
passadas adquiridas em relação a demais empreendimentos hidrelétricos já
implantados, sobre a população flutuante atraída pelo empreendimento, e as que,
eventualmente, permanecerão na região pós-construção. Tais estudos visam subsidiar
os municípios atingidos pelo empreendimento no tocante a adaptação da sua
infraestrutura na absorção deste contingente populacional.
C15 – Elaborar e implantar durante o período de obras um programa de segurança do
trabalho, mantendo um contingente mínimo de técnicos de segurança do trabalho e em
acordo com a legislação e normatização específica.
Justificativa da pertinência na fase LI => O PBA apresenta programas específicos para
atender esta Condicionante, quais sejam: (i) Programa de Saúde e (ii) Seleção e
Treinamento de Mão de Obra.
C16 – Elaborar programa de monitoramento da emissão de gases de efeito estufa pelo
reservatório, incluindo medição da emissão destes gases nas áreas a serem inundadas
previamente a formação do lago e após a formação do mesmo.
Justificativa da pertinência na fase LI => A conclusão do PBA prevista na Fase da LP em
muito contribuirá para o desenvolvimento deste programa, subsidiando-o por meio de outros
programas com o mapeamento das áreas inundadas e com a descrição das tipologias da
vegetação afetada.
C17 – Elaborar programas para utilizar os recursos advindos de mercados de carbono na
implantação e manutenção dos programas ambientais do empreendimento.
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Parecer Técnico Conjunto IAP/PNI-ICMBio Nº 001/2008
Justificativa da pertinência na fase LI => A exemplo da EC26, esta exigência não se
encontra somente no campo da técnica, mas também depende do conhecimento e evolução
da política nacional e internacional sobre o Mercado do Carbono. Lembrando que se
encontra em discussão o novo regime internacional a vigorar para a questão do clima,
visando substituir as normas do Protocolo de Kyoto, cuja vigência expira em 2012. Portanto,
é pertinente que este programa seja iniciado apenas após a emissão da LI.
C20 – Garantir vazão da águas do rio Iguaçu e seus tributários (onde há usinas
hidrelétricas) com o objetivo de acabar com as oscilações semanais.
Justificativa da pertinência na fase LI => Esta condicionante não depende exclusivamente
do futuro empreendimento, principalmente porque ele será o último de um conjunto de seis
Usinas Hidrelétricas no rio Iguaçu, sendo que entre elas ocorre distintos gestores que
devem ser previamente contatados pelo órgão ambiental de forma a promover a elaboração
de uma política integrada entre estes empreendimentos, com a meta de acabar ou minimizar
as oscilações semanais nas vazões do rio Iguaçu e tributários. Na fase LP foram realizados
os estudos a seguir relacionados, que subsidiarão o IAP e o empreendedor com
informações sobre a questão. Com a conclusão destes estudos o empreendedor poderá
formular um relatório técnico conclusivo sobre a condicionante exigida, o que confirma a
pertinência da exigência desta condicionante para a Fase da LI.

EC2 – Elaborar estudo sobre a interferência do reservatório da UHE Baixo Iguaçu com
o empreendimento existente à montante, qual seja, UHE Salto Caxias, contendo o
respectivo georreferenciamento.

EC3 – Elaborar e apresentar estudos sobre os efeitos cumulativos e sinergéticos em
relação ao empreendimento em questão com os demais existentes na bacia do Baixo
Iguaçu, em atenção à previsão constante na Resolução Nº 01/86 do CONAMA.
C21 - Manter vazão suficiente para que tanto a vida aquática como a terrestre e a paisagem
cênica sejam garantidas, monitorar e acompanhar constantemente com a apresentação de
relatórios mensais elaborados por Instituição Pública de Ensino e Pesquisa Regional ao
longo do rio Iguaçu e tributários nas áreas de influência direta e indireta do empreendimento
UHE Baixo Iguaçu.
Justificativa da pertinência na fase LI => Os seguintes estudos do PBA devem produzir
resultados técnico-científicos para subsidiar a determinação do nível mínimo da vazão a ser
mantida para que sejam minimizados os impactos sobre a biota e paisagem cênica: (i)
Estudos para Conservação da Flora; (ii) Monitoramento do Meio Aquático – Sub-Programa
Limnologia e da Qualidade da Água; (iii) Monitoramento do Meio Aquático – Sub-Programa
Monitoramento da Ictiofauna; (iv) Conservação e Monitoramento da Fauna Terrestre e Semiaquática; (v) Monitoramento do Lençol Freático e da Qualidade das Águas Subterrâneas. Na
fase LP, os seguintes estudos complementares subsidiaram o IAP e o empreendedor da
UHE Baixo Iguaçu na tarefa de cumprir esta condicionante:

EC2 – Elaborar estudo sobre a interferência do reservatório da UHE Baixo Iguaçu com
o empreendimento existente à montante, qual seja, UHE Salto Caxias, contendo o
respectivo georreferenciamento.
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
EC3 – Elaborar e apresentar estudos sobre os efeitos cumulativos e sinergéticos em
relação ao empreendimento em questão com os demais existentes na bacia do Baixo
Iguaçu, em atenção à previsão constante na Resolução Nº 01/86 do CONAMA.

EC16 – Elaborar estudo de descrição geral das inter-relações fauna-fauna e fauna-flora
na área afetada diretamente pelo projeto, contemplando a IN 146/2007 do IBAMA.

EC17 – Elaborar e implementar estudo sobre o aspecto reprodutivo da ictiofauna da
bacia do Baixo Iguaçu, abrangendo desde o ciclo de maturação gonadal, deslocamento
e identificação dos locais de desova e análise de ovos e larvas, de maneira a
caracterizar os sítios de recrutamento para cada espécie, atendendo a legislação
vigente.

C7 – Realizar um levantamento/resgate fitossociológico anterior à fase de instalação
das obras, incluindo a fauna (conforme normativa do IBAMA 146/07) em conjunto com
Instituição Pública de Ensino, Pesquisa e Extensão Regional.
C22 – Considerando os Impactos diretos e irreversíveis e não mitigáveis, as questões
relativas à Compensação Ambiental deverão ser submetidas às devidas Câmaras Técnicas
de Compensação Ambiental IBAMA/ICMBio em conjunto com IAP.
Justificativa da pertinência na fase LI => Como envolve a delicada determinação de estipular
o exato e justo valor a ser pago pelo empreendedor como compensação aos impactos
socioambientais decorrentes do empreendimento, é pertinente que os integrantes desta
câmara técnica sejam subsidiados com o máximo de informações possíveis, entre elas,
todos os resultados já produzidos (no momento da reunião) pelos estudos complementares
e condicionantes estabelecidos na LP, bem como tenham em mãos, para análise, o PBA já
elaborado e aprovado pelo IAP.
4
CUMPRIMENTO
DOS
REQUISITOS
DE
LICENCIAMENTO (RQLP) DA LP N.º 17.648 –
GERENCIAMENTO INTEGRADO DOS REQUISITOS
Dos vinte e sete (27) estudos e documentos previstos nos RQLPs, dezoito (18) estudos
pertencem ao grupo dos “Estudos Complementares” e nove (9) estudos pertencem ao grupo
de “Condicionantes” conforme o contido nos pareceres - Parecer Técnico Conjunto IAP / PNI
- ICMBio N.º 001/2008, de 22 de julho de 2008 e Parecer Técnico IAP/DIRAM N.º 04/2008
(Anexo V).
Dentro do grupo de Condicionantes (C) merece destaque a elaboração do Projeto Básico
Ambiental (PBA), documento que contempla o detalhamento de todas as medidas, planos e
programas ambientais propostos no EIA/RIMA e exigidos na LP.
No âmbito do RQLP adotou-se um arranjo gerencial para compatibilizar a execução conjunta
das atividades necessárias à elaboração dos Estudos Complementares, PBA e demais
Condicionantes. Desta forma, para facilitar o cumprimento dos itens previstos no RQLP, os
mesmos foram organizados em quatro grupos temáticos (Quadro 3) tendo por base
orientações de Termos de Referências (TR) específicos de cada grupo. Cabe ressaltar que
o PBA (RQLP26 – C18LP), pela sua definição e abrangência, incorpora naturalmente alguns
dos itens dos RQLPs, como mostra o Quadro 4.
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Parecer Técnico Conjunto IAP/PNI-ICMBio Nº 001/2008
GRUPO TEMÁTICO
I – Estudos integrados dos
efeitos das UHEs na bacia
do Baixo Iguaçu (UHE Baixo
Iguaçu e UHE Salto Caxias).
(composto pelos RQLPs 02,
03, 05, 08 e 17 da LP e
pelos estudos previstos para
a Fase da LI – EC09, EC12,
EC13, e C5).
ITEM DOS RQLP ATENDIDO
RQLP2 – (EC02) – Elaborar estudo sobre a interferência do Reservatório da
UHE Baixo Iguaçu com o empreendimento existente à montante, qual seja,
UHE Salto Caxias, contendo o respectivo Georreferenciamento.
RQLP3 – (EC03) – Elaborar e apresentar estudos sobre os efeitos cumulativos
e sinergéticos em relação ao empreendimento em questão com os demais
existentes na Bacia do Baixo Iguaçu, em atenção à previsão constante na
Resolução Nº. 01/86 do CONAMA.
RQLP5 – (EC05) – Apresentar análise em forma de matriz de impactos e os
respectivos programas, em relação à perda de áreas produtivas, decréscimos
ou acréscimos populacionais, perdas de biomas, patrimônio histórico, mudança
meteorológica, socioeconomia (fase atual, fase de instalação e pós-construção
da Usina), contendo pesos relativos às perdas, ao controle da eficiência e
eficácia das medidas de mitigação/controle de impactos e sobre os ganhos
socioambientais para futura análise do Plano Básico Ambiental.
RQLP8 – (EC08) – Estudar e elaborar programas que demonstrem que os
empreendimentos UHE‟s Baixo Iguaçu e Salto Caxias, apresentarão melhorias
na atual vazão das águas do rios Iguaçu e Gonçalves Dias, solucionando os
problemas já existentes de oscilação diária/semanal, com o objetivo de
demonstrar que serão preservadas as biotas aquática e terrestre, bem como, a
não interferência à paisagem cênica, em especial, em relação das Cataratas do
Iguaçu e o trecho do Parque onde as mesmas estão inseridas/localizadas.
RQLP09 – (EC10) – Apresentar estudo e monitoramento da qualidade das
águas com os seguintes parâmetros: físico/químico, biológico e toxicológico.
Devido à importância da qualidade da água para o empreendimento e para a
determinação dos impactos junto aos recursos hídricos, fazem-se necessárias
amostragens atualizadas dos parâmetros de qualidade de água, a jusante da
UHE Baixo Iguaçu e a jusante da UHE de Salto Caxias no Rio Iguaçu. Estas
amostragens devem ser realizadas antes do início das obras.
RQLP10 – (EC11) – Realizar um estudo complementar quanto ao impacto da
qualidade de água dos afluentes antes da construção da UHE. Apresentar
estudo e monitoramento dos pontos de água para abastecimento envolvendo
os vários afluentes do Rio Iguaçu, na Bacia do Baixo Iguaçu; com destaque
para o Rio Gonçalves Dias.
RQLP17 – (EC22) – Apresentar planta em escala identificável, contemplando
todas as usinas hidrelétricas à montante da futura hidrelétrica do Baixo Iguaçu,
distância entre elas, desnível, área abrangente, e vazões à jusante.
(EC09) – Verificar e monitorar a sedimentação de solos argilosos e siltosos do
compartimento da Bacia do Baixo Iguaçu. Devido à falta de uma análise relativa
à fração de sólidos finos que chegam ao local do reservatório, sugere-se que
sejam realizadas coletas para análises de sólidos visando determinar o impacto
da fração de argila, silte e areia no reservatório, quer no transporte de
sedimentos como no assoreamento. Estas coletas devem ser efetivadas
anteriormente ao início da execução da obra pelo empreendedor.
(EC12) – Avaliar e monitorar os níveis de ruídos a serem produzidos na UHE
em relação à fauna.
(EC13) – Implementar e executar, com parceira de Instituição Pública de
Ensino, Pesquisa e Extensão Regional o Programa de Monitoramento
Hidrossedimentológico. O empreendedor deverá dar apoio físico e financeiro,
tanto para a instalação quanto para manutenção deste programa durante sua
vigência. Os respectivos custos de implantação e execução dos programas
serão de responsabilidade única do empreendedor.
(C5) – Implementar e executar o Programa de Monitoramento Meteorológico
com implantação e manutenção de estação meteorológica local com parceira
de Instituição Pública de Ensino, Pesquisa e Extensão local. Os respectivos
custos de implantação e execução dos programas serão de responsabilidade
única do empreendedor.
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Desenvolvimento de Estudos Socioambientais – UHE Baixo Iguaçu
Parecer Técnico Conjunto IAP/PNI-ICMBio Nº 001/2008
GRUPO TEMÁTICO
ITEM DOS RQLP ATENDIDO
II – Estudos sobre a Infraestrutura,
socioeconomia,
cultura e desenvolvimento
sustentável nas populações
impactadas pela UHE Baixo
Iguaçu.
(composto pelos RQLPs 04,
06, 13, 14, 15, 16, 18, 20, 23
e 24 da LP e pelos estudos
previstos para a Fase LI –
EC23, C12, EC24 e EC26 )
RQLP4 – (EC04) – Elaborar estudos sobre o uso e ocupação do solo sobre as
áreas dos municípios diretamente afetados, caracterizando os seguintes
fatores: infra-estrutura, educação, saúde, segurança, existência de eventuais
cemitérios, fossas sépticas e respectivos impactos.
RQLP6 – (EC06) – Apresentar um estudo de cenário, levando em consideração
as experiências passadas adquiridas em relação a demais empreendimentos
hidrelétricos já implantados, sobre a população flutuante atraída pelo
empreendimento, e as que, eventualmente, permanecerão na região pósconstrução. Tais estudos visam subsidiar os municípios atingidos pelo
empreendimento no tocante a adaptação da sua infra-estrutura na absorção
deste contingente populacional.
RQLP13 – (EC18) – Elaborar um estudo do sistema educacional dos
municípios atingidos e averiguar a capacidade devido ao aumento de demanda.
RQLP14 – (EC19) – Elaborar um quadro mais completo e qualitativamente
analítico sobre a estrutura produtiva e de serviços dos municípios diretamente
afetados.
RQLP15 – (EC20) – Efetuar o levantamento de vestígios e resgate de sítios
arqueológicos em conformidade com o IPHAN.
RQLP16 – (EC21) – Elaborar estudos sociológico e antropológico sistemático
que forneçam um quadro descritivo da organização social e política da área de
influência direta e indireta da UHE Baixo Iguaçu.
RQLP18 – (EC25) – Elaborar e apresentar estudos de desenvolvimento
sustentável em relação aos municípios diretamente afetados.
RQLP20 – (C02) – Elaborar cadastro fundiário socioeconômico atualizado das
propriedades e famílias impactadas pelo empreendimento.
RQLP23 – (C09) – Fazer o cadastramento populacional e socioeconômico
Georreferenciado atualizado do Distrito de Marmelândia.
RQLP24 – (C10) – Efetuar o cadastramento efetivo das famílias diretamente
atingidas nos fatores de infraestrutura e saneamento básico, estimando-se o
consumo das mesmas.
(EC23) e (C12) – Apresentar plano de gerenciamento de riscos e ações de
emergência na construção.
(EC24) – Apresentar e entregar ao IAP, para conhecimento, cópia integral do
Projeto Básico do empreendimento entregue a ANEEL.
(EC26)
–
Articular
e
implementar
em
conjunto
com
a
SUDERHSA/SEMA/IAP/PARNA IGUAÇU e Instituição Pública de Ensino
Superior Regional e associação dos municípios da Bacia do Baixo Iguaçu a
criação de um comitê de Bacia visando regulamentar o uso das águas e
gerenciar as atividades relativas à Bacia, bem como a efetivação e
acompanhamento dos programas mitigadores propostos pelo empreendedor
relativo aos Recursos Hídricos e qualidade das águas.
III – Estudos sobre a flora e
fauna
(composto
pelos
RQLPs 01, 07, 11, 12, 21,
22, 25 da LP e pelos estudos
previstos para a Fase LI –
EC14 e EC15 ).
RQLP01 – (EC01) – Elaborar estudos técnico-científicos ambientais para
definição da necessidade ou não da implantação de mecanismos de
transposição de peixes de jusante para montante do barramento e de sua
eficácia quanto à reprodução das espécies à montante. Se concluída pela
necessidade de tal mecanismo, sua previsão deverá ser incluída em projeto e
na conseqüente instalação das obras da UHE.
RQLP07 – (EC07) – Elaborar estudos referentes à transposição de fauna na
Rodovia PRT 163 que interliga o Parque Nacional do Iguaçu, permitindo o
trânsito livre de animais e evitando atropelamentos.
RQLP11 – (EC16) – Elaborar estudo de descrição geral das inter-relações
fauna-fauna e fauna-flora na área afetada diretamente pelo projeto,
contemplando a IN 146/2007 do IBAMA.
RQLP12 – (EC17) – Estudo sobre o ciclo reprodutivo da Ictiofauna na bacia do
Baixo Iguaçu.
RQLP21 – (C07) – Realizar um levantamento/resgate fitossociológico anterior à
fase de instalação das obras, incluindo a fauna (conforme IN do IBAMA
146/07).
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Desenvolvimento de Estudos Socioambientais – UHE Baixo Iguaçu
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ITEM DOS RQLP ATENDIDO
GRUPO TEMÁTICO
III – Estudos sobre a flora e
fauna
(composto
pelos
RQLPs 01, 07, 11, 12, 21,
22, 25 da LP e pelos estudos
previstos para a Fase LI –
EC14 e EC15). (cont.)
RQLP22 – (C08) – Elaborar e Implementar programa de monitoramento na fase
inicial, instalação e operação, este deverá ser realizado pelo departamento de
ictiofauna da Instituição Pública de Ensino, Pesquisa e Extensão Regional.
RQLP25 – (C14) – Apresentar inventário florestal dimensionando área para
desmate.
(EC14) – Realizar/Complementar o estudo florístico na área de influência direta,
identificando os diferentes estratos vegetais e estágios sucessionais a partir do
uso de transectos e elucidar dúvidas apontadas no EIA sobre ocorrência de
Ecótones.
(EC15) – Implementar e executar programa de estudo para conservação da
flora, o qual visa promover o aproveitamento científico e econômico da
vegetação. O agente executor deverá estar associado com Instituição Pública
de Ensino, Pesquisa e Extensão Regional.
IV Projeto Básico Ambiental
(PBA)
(RQLPs 19,26 e 27).
RQLP19 – (C01) – Elaborar e apresentar ao IAP documento com a definição
dos critérios de reassentamento e desapropriação das propriedades
impactadas pelo empreendimento, incluindo as áreas de atividades de extração
de areia, basalto, argila e pedreiras impactadas e contendo informações a
respeito da condução dos processos de negociações.
RQLP26 – (C18) – Elaborar e apresentar ao IAP e PNI o Projeto Básico
Ambiental (PBA), com o detalhamento de todas as medidas, plano e programas
ambientais propostos no EIA/RIMA e exigidos nesta LP.
RQLP27 – (C19) – Em atenção aos impactos - Aumento de Exploração da
Fauna e da Flora descritos no EIA/RIMA, detalhar em conjunto com a
Administração do Parque Nacional do Iguaçu o Programa de Fiscalização dos
Recursos Naturais a ser implementado já na fase inicial do Empreendimento.
Quadro 4 – Grupos Temáticos e Respectivos Condicionantes
Fonte: ECOBR/ GERAÇÃO ÁGUA GRANDE
Por último, utilizando-se de técnicas de gerenciamento que compatibilizem cronogramas e
metodologias, o Quadro 4 apresenta os RQLPs listados na LP que terão continuidade
durante a execução dos Programas do Projeto Básico Ambiental (PBA), que se refere ao
RQLP26 (C18LP).
ITEM DOS RQLP
RQLP15 (EC20) – Efetuar o levantamento de
vestígios e resgate de sítios arqueológicos em
conformidade com o IPHAN. (continuação)
RQLP19 (C01) – Elaborar e apresentar ao IAP
documento com a definição dos critérios de
reassentamento e desapropriação das propriedades
impactadas pelo empreendimento, incluindo as áreas
de atividades de extração de areia, basalto, argila e
pedreiras impactadas e contendo informações a
respeito da condução dos processos de negociações.
RQLP27 (C19) - Em atenção aos impactos - Aumento
de Exploração da Fauna e da Flora descritos no
EIA/RIMA, detalhar em conjunto com a Administração
do Parque Nacional do Iguaçu o Programa de
Fiscalização dos Recursos Naturais a ser
implementado já na fase inicial do Empreendimento.
PROGRAMA DO PBA QUE ATENDE O RQLP
-
Prospecção Arqueológica Intensiva
Resgate Arqueológico
Valorização do Patrimônio Arqueológico e
Histórico-Cultural
-
Remanejamento
Apoio aos Municípios e as Comunidades
Locais
Acompanhamento das Interferências com
Direitos Minerários
-
-
-Fiscalização dos Recursos Naturais
Consolidação de Unidade de Conservação.
Quadro 5 – Requisitos do Licenciamento que Serão Atendidos no PBA
Fonte: ECOBR/ GERAÇÃO ÁGUA GRANDE
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Desenvolvimento de Estudos Socioambientais – UHE Baixo Iguaçu
Parecer Técnico Conjunto IAP/PNI-ICMBio Nº 001/2008
4.1
DETALHAMENTO DOS ESTUDOS POR GRUPO TEMÁTICO
4.1.1
GRUPO I – Estudos integrados dos efeitos das UHES na
bacia do Baixo Iguaçu (UHE Baixo Iguaçu e UHE Salto
Caxias).
Os estudos que constituem o Grupo I atendem aos RQLPs 02, 03, 05, 08, 09, 10 e 17 da
Fase LP e aos estudos previstos para a Fase da LI - EC09, EC12, EC13, e C5. Os estudos
elaborados são mostrados no Volume 2 deste documento.
RQLP02 (EC02) – Elaborar estudo sobre a interferência do Reservatório da UHE Baixo
Iguaçu com o empreendimento existente a montante, qual seja, UHE Salto Caxias, contendo
o respectivo georreferenciamento.
Nota explicativa do RQLP02 (EC02):
Como este Requisito se refere à análise conjunta de interferências ou impactos, foi
elaborada uma análise dentro do contexto da avaliação de efeitos cumulativos e sinérgicos,
conjuntamente com um mapa com o reservatório de Baixo Iguaçu e a delimitação do
remanso junto ao empreendimento de Salto Caxias, no Capítulo 1.3 do Volume 2.
RQLP03 (EC03) – Elaborar e apresentar estudos sobre os efeitos cumulativos e
sinergéticos em relação ao empreendimento em questão com os demais existentes na Bacia
do Baixo Iguaçu, em atenção à previsão constante na Resolução Nº. 01/86 do CONAMA.
Nota explicativa do RQLP03 (EC03):
Estes estudos foram desenvolvidos com base nas diretrizes dos Estudos de Avaliação
Ambiental Integrada realizados pela EPE – Empresa de Pesquisa Energética, com
mapeamento das sensibilidades e fragilidades ambientais. Foram realizados para a bacia
dos reservatórios das UHEs Baixo Iguaçu e Salto Caxias pela maior relevância deste
conjunto em relação aos demais e a proximidade do Parque Nacional e estão contidos no
Capítulo 1.3 do Volume 2.
RQLP05 (EC05) – Apresentar análise em forma de matriz de impactos e os respectivos
programas, em relação à perda de áreas produtivas, decréscimos ou acréscimos
populacionais, perdas de biomas, patrimônio histórico, mudança meteorológica,
socioeconomia (fase atual, fase de instalação e pós-construção da Usina), contendo pesos
relativos às perdas, ao controle da eficiência e eficácia das medidas de mitigação/controle
de impactos e sobre os ganhos socioambientais para futura análise do Plano Básico
Ambiental.
Nota explicativa RQLP05 (EC05):
Foi desenvolvido com base na Avaliação dos Impactos realizada no EIA. Como solicitado e
negociado com técnicos do Instituto Ambiental do Paraná e do Parque Nacional do Iguaçu, a
matriz apresentada mostra com clareza os impactos, as medidas propostas para enfrentálos, as possíveis perdas e os possíveis ganhos socioambientais, nos temas solicitados.
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Desenvolvimento de Estudos Socioambientais – UHE Baixo Iguaçu
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RQLP08 (EC08) – Estudar e elaborar programas que demonstrem que os empreendimentos
UHEs Baixo Iguaçu e Salto Caxias, apresentarão melhorias na atual vazão das águas dos
rios Iguaçu e Gonçalves Dias, solucionando os problemas já existentes de oscilação
diária/semanal, com o objetivo de demonstrar que serão preservadas as biotas aquática e
terrestre, bem como, a não interferência à paisagem cênica, em especial, em relação das
Cataratas do Iguaçu e o trecho do Parque onde as mesmas estão inseridas/localizadas.
Nota explicativa do RQLP08 (EC08):
Estes estudos foram realizados com base nos dados hidrometeorológicos da bacia e nas
modelagens matemáticas do reservatório da UHE Baixo Iguaçu e da calha natural do rio a
jusante da UHE Salto Caxias, supondo-se variações bruscas na operação das usinas do
Iguaçu e sua propagação na calha fluvial e no reservatório, com foco no estirão de jusante já
na área do PNI. Estão contemplados no Capítulo 1.1 do Volume 2.
RQLP09 (EC10) – Apresentar estudo e monitoramento da qualidade das águas com os
seguintes parâmetros: físico/químico, biológico e toxicológico. Devido à importância da
qualidade da água para o empreendimento e para a determinação dos impactos junto aos
recursos hídricos, fazem-se necessárias amostragens atualizadas dos parâmetros de
qualidade de água, a jusante da UHE Baixo Iguaçu e a jusante da UHE de Salto Caxias no
rio Iguaçu. Estas amostragens devem ser realizadas antes do início das obras.
Nota explicativa do RQLP09 (EC10):
Foram realizadas duas campanhas de qualidade das águas na rede proposta pelo IAP.
Adicionalmente analisou-se a granulometria dos sedimentos do leito nos pontos
mencionados, como subsídio aos estudos de monitoramento hidrosedimentológico.
RQLP10 (EC11) – Realizar um estudo complementar quanto ao impacto da qualidade de
água dos afluentes antes da construção da UHE. Apresentar estudo e monitoramento dos
pontos de água para abastecimento envolvendo os vários afluentes do rio Iguaçu, na Bacia
do Baixo Iguaçu; com destaque para o rio Gonçalves Dias.
Nota explicativa do RQLP10 (EC11):
No RQLP09 foram realizadas campanhas de qualidade das águas. Adicionalmente fez-se
um levantamento de todas as outorgas de usuários dos recursos hídricos na área de
interesse, o que permitiu um conhecimento destes usuários e a definição de ações de
equacionamento dos problemas na fase de enchimento do reservatório.
RQLP17 (EC22) – Apresentar planta em escala identificável, contemplando todas as usinas
hidrelétricas a montante da futura hidrelétrica do Baixo Iguaçu, distância entre elas,
desnível, área abrangente e vazões a jusante.
Nota explicativa do RQLP17 (EC22):
Este mapa foi elaborado na escala de 1:250.000 para toda bacia, pois esta escala permite a
visualização dos empreendimentos da bacia e é compatível com os estudos de avaliação de
impactos cumulativos e sinérgicos e está apresentado no Capítulo 1.1 do Volume 2 e no
Caderno de Mapas (Volume 6, Apêndice 6).
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Desenvolvimento de Estudos Socioambientais – UHE Baixo Iguaçu
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Os RQLPs 02, 03 e 17 são apresentados no Capítulo 1.3, o RQLP 5 no Capítulo 1.5. e o
EC12 no Capítulo 1.4.
EC09 – Verificar e monitorar a sedimentação de solos argilosos e siltosos do compartimento
da Bacia do Baixo Iguaçu. Devido à falta de uma análise relativa à fração de sólidos finos
que chegam ao local do reservatório, sugere-se que sejam realizadas coletas para análises
de sólidos visando determinar o impacto da fração de argila, silte e areia no reservatório,
quer no transporte de sedimentos como no assoreamento. Estas coletas devem ser
efetivadas anteriormente ao início da execução da obra pelo empreendedor.
Nota explicativa do EC09:
O EC09 deverá ter continuidade quando da execução do PBA, no Programa de
Monitoramento Hidrossedimentológico. Destaque-se que no mencionado Capítulo 1.1 já foi
apresentado o tipo de modelo que poderá ser utilizado na fase do PBA. Também é
importante mencionar que o cumprimento do EC09 se apóia também no Capítulo 1.2, onde
se apresentam os resultados das amostras de sedimentos de fundo para diversos pontos
coletados no rio Iguaçu e tributários.
EC12 – Avaliar e monitorar os níveis de ruídos a serem produzidos na UHE em relação à
fauna.
Nota explicativa do EC12:
Nestes estudos foram apresentadas informações sobre os níveis sonoros locais antes de
quaisquer atividades de intervenção e transformação do ambiente. Estes dados
caracterizam uma situação de referência da área para comparação futura com os níveis
produzidos por atividades de construção civil e mesmo com o ruído produzido pela operação
da usina. O impacto das atividades de construção foi apresentado através de mapeamentos
sonoros da área, obtidos através de modelos computacionais. Na sequência dos estudos
será possível associar o comportamento da fauna aos ruídos (atuais e durante as obras).
EC13 e C12 – Implementar e executar, com parceira de Instituição Pública de Ensino,
Pesquisa e Extensão Regional o Programa de Monitoramento Hidrossedimentológico. O
empreendedor deverá dar apoio físico e financeiro, tanto para a instalação quanto para
manutenção deste programa durante sua vigência. Os respectivos custos de implantação e
execução dos programas serão de responsabilidade única do empreendedor.
Nota explicativa do EC13 e C12:
Quanto ao Programa de Monitoramento Hidrossedimentológico houve uma articulação
durante a sua elaboração com o Instituto Ambiental do Paraná e com a equipe do plano de
manejo do Parque Nacional do Iguaçu (ver Ata de Reunião no Anexo VI). No caso deste
programa, considerou-se que uma campanha de sedimentos de fundo seria suficiente, já
que o Programa de Monitoramento Hidrossedimentológico é objeto de um programa
específico apresentado no PBA. Esta campanha de sedimentos de fundo foi apresentada no
Capítulo 1.2 do Volume 2.
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Desenvolvimento de Estudos Socioambientais – UHE Baixo Iguaçu
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C5 - Implementar e executar o Programa de Monitoramento Meteorológico com implantação
e manutenção de estação meteorológica local com parceira de Instituição Pública de Ensino,
Pesquisa e Extensão local. Os respectivos custos de implantação e execução dos
programas serão de responsabilidade única do empreendedor.
Nota explicativa do C5:
A condicionante C5 que trata do Programa de Monitoramento Meteorológico está atendida
no âmbito do PBA por meio de um programa específico conforme acordado em reunião (ver
Ata de Reunião no Anexo VI) com técnicos do Instituto Ambiental do Paraná e do Parque
Nacional do Iguaçu. Este programa tem seu inicio previsto para um ano antes do
enchimento do reservatório.
4.1.2
GRUPO II – Estudos sobre a infraestrutura, socioeconomia,
cultura e desenvolvimento sustentável nas populações
impactadas pela UHE Baixo Iguaçu
Os estudos a serem realizados nesse Grupo II pretendem obter uma visão geral e integrada
sobre a caracterização regional especialmente quanto aos aspectos relativos à
infraestrutura, socioeconomia, cultura e desenvolvimento sustentável atinente às populações
dos municípios impactados pela UHE Baixo Iguaçu. Esse grupo de estudos visa atender
integralmente os RQLPs de números 04, 06, 13, 14, 15, 16, 18, 20, 23, 24 e aos estudos
previstos para a Fase LI – EC23 (C12), EC24 e EC26. Os estudos elaborados são
mostrados nos Volumes 3 e 4 deste documento.
RQLP04 – (EC04) – Elaborar estudos sobre o uso e ocupação do solo sobre as áreas dos
municípios diretamente afetados, caracterizando os seguintes fatores: infraestrutura,
educação, saúde, segurança, existência de eventuais cemitérios, fossas sépticas e
respectivos impactos.
Nota explicativa do RQLP04 (EC04):
Todos os temas solicitados foram trabalhados de maneira a buscar um detalhamento maior
para sua caracterização e dimensionamento, frente ao enchimento do reservatório e ao
incremento populacional temporário e consequente aumento de demanda por serviços,
ocasionado pelo empreendimento.
A dinâmica populacional da população flutuante esperada foi calculada sobre o histograma
da obra, fornecido pela construtora. Sobre ele foram feitas estimativas de quantas famílias
podem ser esperadas por ano, considerando os trabalhadores não alojados. O histograma
encontra-se no Anexo I do Volume 4.
As análises e resultados foram baseados em informações secundárias, provenientes dos
estudos ambientais já produzidos, dos planos diretores municipais, de outras instituições e
órgãos públicos consultados e dos programas constantes do Projeto Básico Ambiental,
assim como nos dados primários atualizados coletados em campo.
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Sempre que possível os dados foram mapeados, para uma visualização da localização dos
equipamentos a serem utilizados de maneira integrada e otimizada. O resultado deste
trabalho está contido no Capítulo 2.1 do Volume 3, Itens 2.1.7 e 2.1.8.3. O tema educação
foi tratado de maneira especial, em atendimento ao RQLP13 (EC18).
RQLP13 – (EC18) – Elaborar um estudo do sistema educacional dos municípios atingidos e
averiguar a capacidade devido ao aumento de demanda.
Nota explicativa do RQLP13 (EC18):
O tema educação foi trabalhado em detalhes, sendo enriquecido com extensa pesquisa em
campo, no sentido de se obter a real oferta disponível na estrutura educacional existente,
avaliando a sua capacidade frente ao aumento de demanda. O estudo contempla o
mapeamento das escolas, por nível educacional, mostrando espacialmente as distâncias a
serem percorridas em busca de vagas, que estão também sinalizadas simbolicamente por
distrito, indicando onde existe quantidade disponível e onde já faltam vagas.
Adicionalmente, estão relacionadas em tabelas, de acordo com o aumento de demanda a
cada ano da construção da Usina, quantas vagas seriam necessárias por nível de ensino,
para um atendimento adequado. Este estudo pode ser encontrado no Capitulo 2.1 do
Volume 3, Itens 2.1.7.7 e 2.1.8.4.
RQLP23 – (C09) – Fazer o cadastramento populacional e socioeconômico georreferenciado
atualizado do Distrito de Marmelândia.
Nota explicativa do RQLP23 (C09):
O RQLP23 (C09) está contemplado nos presentes estudos com novas informações e
conclusões sobre o efeito do empreendimento sobre o Distrito de Marmelândia. Este
trabalho está no Capítulo 2.1 do Volume 3, Itens 2.1.7.1, 2.1.7.2 e 2.1.8.2.4.
Adicionalmente, no Apêndice I do Volume 4, encontra-se o Relatório consolidado do
cadastramento realizado em Marmelândia em 2009 e complementado em 2010, bem como
a súmula da reunião realizada na comunidade em fevereiro de 2010, com a presença
maciça da população local.
RQLP24 – (C10) – Efetuar o cadastramento efetivo das famílias diretamente atingidas nos
fatores de infraestrutura e saneamento básico, estimando-se o consumo das mesmas.
Nota explicativa do RQLP04 (EC04):
O cadastramento realizado em 2009 foi mapeado sobre os polígonos das propriedades
traçados em 2004. Foram feitas as correções nestes polígonos em campo, juntamente com
os proprietários. Adicionalmente, as informações constantes no cadastro foram
espacializadas sobre os respectivos polígonos, para uma visualização com relação aos
serviços recebidos por esta população e a possível demanda gerada por eles, uma vez
relocados para outro local. Esta avaliação pode ser conferida no Capítulo 2.1 do Volume 3,
Itens 2.1.7.1.2, 2.1.7.4.6, 2.1.7.5.6, 2.1.7.6.6, 2.1.7.7.6, 2.1.7.8.6, 2.1.7.9.6, 2.1.7.10.6,
2.1.7.11.6 e 2.1.8.3.
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Nota explicativa para os RQLPs 04, 13, 23 e 24:
Os RQLPs 04, 13, 23 e 24 estão presentes no Capítulo 2.1 do Volume 3 e no Apêndice I e
Anexo I do Volume 4. Foram unificados em um único capítulo por serem complementares
em sua abordagem. Portanto, o título adotado para o Capítulo 2.1 foi: “Estudos sobre o uso
e ocupação do solo das áreas dos municípios diretamente afetados caracterizando a
infraestrutura viária e de serviços e, em particular, a estrutura educacional disponível,
avaliando a sua capacidade devido ao aumento de demanda, incluindo o cadastramento
efetivo das famílias diretamente atingidas nos fatores de infraestrutura e saneamento
básico, estimando-se o consumo das mesmas”.
RQLP6 – (EC6) – Apresentar um estudo de cenário, levando em consideração as
experiências passadas adquiridas em relação a demais empreendimentos hidrelétricos já
implantados, sobre a população flutuante atraída pelo empreendimento, e as que,
eventualmente, permanecerão na região pós-construção. Tais estudos visam subsidiar os
municípios atingidos pelo empreendimento no tocante a adaptação da sua infraestrutura na
absorção deste contingente populacional.
Nota explicativa para o RQLP6 (EC6):
O estudo de cenários está presente no Capítulo 2.5 do Volume 4. Este estudo definiu, em
princípio, duas situações muito distintas da trajetória de evolução da região a ser afetada
pelas obras da UHE Baixo Iguaçu: duas “famílias” de cenários. A primeira família
contemplando uma situação regional, sem a construção da UHE Baixo Iguaçu, refletindo as
tendências demográficas inerciais baseadas nos dados e registros censitários levantados
em anos passados e, a segunda família, contemplando a situação em que a obra será
implantada e realizada. Para cada família de cenários foram definidos dois horizontes: de
curto e de longo prazo.
RQLP14 – (EC19) – Elaborar um quadro mais completo e qualitativamente analítico sobre a
estrutura produtiva e de serviços dos municípios diretamente afetados.
Nota explicativa para o RQLO14 (EC19):
O estudo da estrutura produtiva e de serviços dos municípios diretamente afetados está
presente no Capítulo 2.2 do Volume 4. O resultado deste estudo levou às seguintes
recomendações:

Fortalecimento da bacia leiteira e da agroindústria;

Às prefeituras cabe estimular o desenvolvimento das atividades, projetos de
qualificação e capacitação dos trabalhadores dos municípios;

Ao empreendedor cabe fortalecer os vínculos com as prefeituras, desenvolvendo
parcerias que auxiliem no desenvolvimento das potencialidades econômicas municipais,
iniciativas que garantam investimentos estruturais capazes de ampliar a capacidade
produtiva dos municípios com aumento da produção familiar;

A questão da capacitação também pode configurar-se enquanto um dos objetivos a
serem apoiados pelo empreendedor.
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RQLP15 – (EC20) – Efetuar o levantamento de vestígios e resgate de sítios arqueológicos
em conformidade com o IPHAN.
Nota explicativa para o RQLP15 (EC20):
O RQLP 15 está como Anexo II do Volume 04. Trata-se de relatório parcial de um trabalho
que terá continuidade durante a execução do PBA, nos programas Prospecção
Arqueológica Intensiva, Resgate Arqueológico e Valorização do Patrimônio Arqueológico e
Histórico-Cultural, e acompanhará boa parte da construção da UHE Baixo Iguaçu.
RQLP16 – (EC21) – Elaborar estudos sociológico e antropológico sistemático que forneçam
um quadro descritivo da organização social e política da área de influência direta e indireta
da UHE Baixo Iguaçu.
Nota explicativa para o RQLP16 (EC21):
O estudo da organização social e política dos municípios afetados pela UHE Baixo Iguaçu
está presente no Capítulo 2.3 do Volume 4. O resultado deste estudo levou às seguintes
recomendações sociopolíticas:

Para modificar o cenário de vinculação da gestão ambiental à agricultura é preciso uma
conscientização da importância das questões ambientais como ferramenta de
desenvolvimento social e econômico;

A Área de Influência Indireta da UHE do Baixo Iguaçu ainda carece de iniciativas de
expansão dos meios de comunicação, poucas atividades radiofônicas e mídia impressa
na região;

Uma vez que as organizações civis possuem boa representatividade nos municípios
que compõem a AII, recomenda-se o fomento a estas para o incremento de suas
atividades;

Em relação à ADABI, recomenda-se por parte do empreendedor a manutenção
permanente do diálogo ativo e claro que vem sendo empregado para com os
integrantes da associação, de modo a minimizar a apreensão dos mesmos em relação
à instalação da UHE Baixo Iguaçu.
RQLP18 – (EC25) – Elaborar e apresentar estudos de desenvolvimento sustentável em
relação aos municípios diretamente afetados.
Nota explicativa para o RQLP18 (EC25):
Os estudos de desenvolvimento sustentável em relação aos municípios diretamente
afetados estão presentes no Capítulo 2.4 do Volume 4. O resultado deste estudo levou às
seguintes iniciativas:
I.
Apoiar a produção orgânica certificada em propriedades rurais e agroindústrias.
II.
Apoiar o turismo rural no entorno do Parque Nacional do Iguaçu e no lago da represa.
III. Apoiar os Centros Municipais de Informação.
IV. Programa especial para Marmelândia.
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RQLP20 – (C2) – Elaborar cadastro fundiário socioeconômico atualizado das propriedades e
famílias impactadas pelo empreendimento.
Nota explicativa para o RQLP20 (C2):
O RQLP 20 está contemplado em documento já protocolado no IAP em julho de 2009, o
Cadastro Socioeconômico.
(EC23) e (C12) – Apresentar plano de gerenciamento de riscos e ações de emergência na
construção.
Nota explicativa do (EC23) e (C12):
O escopo exigido para este estudo será atendido pelos seguintes programas específicos do
PBA (Fase LI): (i) Controle Ambiental da Construção e (ii) Gerenciamento Ambiental. No
primeiro programa, de forma clássica, são apresentados os PGR (Plano de Gerenciamento
de Riscos), PGRS (Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos), Planos de
Emergência/Contingências e as demais normas e procedimentos gerenciais e técnicas para
prevenir e minimizar impactos socioambientais durante a construção da UHE. Portanto, é
pertinente que este estudo seja iniciado apenas na LI, após a análise e aprovação do PBA
pelo órgão ambiental.
A apresentação deste plano para apreciação do IAP será realizada em até 30 dias após
emissão da Licença de Instalação.
(EC24) – Apresentar e entregar ao IAP, para conhecimento, cópia integral do Projeto Básico
do empreendimento entregue a ANEEL.
Nota explicativa para o (EC24):
O empreendedor apresentará e entregará ao IAP a cópia integral do Projeto Básico do
empreendimento entregue a ANEEL
(EC26) – Articular e implementar em conjunto com a SUDERHSA/SEMA/IAP/PARNA
IGUAÇU e Instituição Pública de Ensino Superior Regional e associação dos municípios da
Bacia do Baixo Iguaçu a criação de um comitê de Bacia visando regulamentar o uso das
águas e gerenciar as atividades relativas à Bacia, bem como a efetivação e
acompanhamento dos programas mitigadores propostos pelo empreendedor relativo aos
Recursos Hídricos e qualidade das águas.
Nota explicativa para o (EC26):
Com relação ao EC26, Articulação para implementação do Comitê de Bacias, foi realizada
uma reunião entre a Geração Água Grande S.A. e o Instituto das Águas do Paraná (antiga
SUDERHSA), quando os técnicos do instituto explicaram as diretrizes adotadas para
formalização dos Comitês no Paraná (ver Ata de Reunião no Anexo VII).
4.1.3
GRUPO III – Estudos sobre a flora e fauna
A compreensão das inter-relações flora-fauna, fauna-fauna e fauna-habitat são
fundamentais como determinantes de biodiversidade e é plenamente respaldada em
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literatura a sua observação em ações de conservação, o que ratifica as condicionantes e os
estudos complementares objeto do processo de licenciamento da UHE Baixo Iguaçu. O
IBAMA, inclusive, pautado por esta preocupação, determinou, por meio da Instrução
Normativa no 146/2007, procedimentos para a realização de estudos integrados da flora e
fauna. Os estudos previstos para este grupo atenderam aos RQLPs 01, 07, 11, 12, 21, 22,
25 da LP e aos estudos previstos para a Fase LI – EC14 e EC15 . Estes estudos são
mostrados no Volume 5 deste documento.
RQLP01 – (EC01) – Elaborar estudos técnico-científicos ambientais para definição da
necessidade ou não da implantação de mecanismos de transposição de peixes de jusante
para montante do barramento e de sua eficácia quanto à reprodução das espécies à
montante. Se concluída pela necessidade de tal mecanismo, sua previsão deverá ser
incluída em projeto e na conseqüente instalação das obras da UHE.
Nota explicativa para o RQLP01 (EC01):
Um estudo teórico multidisciplinar foi conduzido para consubstanciar a decisão pela
implantação ou não de sistema de transposição de peixes e resultaram no documento
apresentado no Capítulo 3.6.
Foram selecionados e discutidos critérios por equipe composta por biólogos, engenheiros
civis e de pesca, hidrólogos, ictiólogos e especialistas envolvidos nos estudos
complementares para o licenciamento da UHE Baixo Iguaçu. Esses critérios abarcaram o
arranjo proposto para a barragem (queda bruta, tipo de vertedouro, regras operativas),
componentes hidrológicas do local (vazão, níveis sazonais de montante e de jusante,
condições dos afluentes de montante e situação a jusante), composição da ictiofauna
(presença de migrações tróficas ou reprodutivas de longa distância), possíveis sistemas de
transposição de peixes.
A bibliografia e os estudos conduzidos no local por ocasião dos Estudos de Impacto
Ambiental da UHE Baixo Iguaçu e durante o subprograma de monitoramento da ictiofauna
(Unioeste, ora em desenvolvimento) ainda não ratificam a necessidade de implantação de
um sistema em função da ausência de evidências de ocorrência de espécies autóctones
migradoras no baixo rio Iguaçu. Diante disto, foi incluída atividade específica no
subprograma de monitoramento da ictiofauna que intensificará a coleta de dados primários
que possam corroborar ou não essa evidência até imediatamente antes da desmobilização
das obras civis da casa de força e tomada d‟água. No caso de, no transcorrer do
monitoramento, evidenciar-se a presença de migradores de longa distância autóctones, já
ficou sugerido um leiaute de uma escada de peixe, a qual o empreendedor deverá detalhar
e implantar antes da conclusão das obras.
RQLP07 – (EC07) – Elaborar estudos referentes à transposição de fauna na Rodovia PRT
163 que interliga o Parque Nacional do Iguaçu, permitindo o trânsito livre de animais e
evitando atropelamentos.
Nota explicativa para o RQLP07 (EC07):
O estudo foi conduzido por pesquisadores da Unioeste e prestar-se-iam ao conhecimento
prévio da taxa de atropelamentos nas proximidades com a futura área de canteiro de obras
da UHE Baixo Iguaçu. Entretanto, o monitoramento apenas do trecho de rodovia nas
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proximidades do local de implantação do canteiro de obra não forneceria um bom conjunto
de informações utilizáveis, porque não se tem base para comparação. Desta forma, optouse por realizar dois monitoramentos na região de modo a determinar se os atropelamentos
na região do empreendimento são importantes e se exigem especial atenção por parte dos
executores da obra, ou se constituem taxa de atropelamentos compatíveis com os
observados em outras rodovias e, assim, não obstantes à implementação do
empreendimento.
Os resultados apontados são insuficientes para quaisquer tomada de decisão quanto a
ações para a minimização de impactos que porventura possam ser associados às obras,
como aumento da taxa de atropelamentos. Assim, recomendou-se a continuidade do
monitoramento, compreendendo:

O monitoramento da fauna deve ser repetido em outras estações do ano, com ênfase
no início da primavera, quando os animais iniciam suas atividades reprodutivas, e no
verão, quando os filhotes abandonam a proteção dos pais e começam a explorar o
ambiente1.

É recomendável uma procura ativa por pegadas e rastros de mamíferos no terreno do
futuro canteiro de obras e levantamento de aves em face de a área de futura
implantação do canteiro de obras ser relativamente distante dos trechos das rodovias
monitorados, seria interessante considerar a necessidade de uma avaliação direta no
local, em busca de evidências diretas da presença ou passagem de fauna.
RQLP11 – (EC16) – Elaborar estudo de descrição geral das inter-relações fauna-fauna e
fauna-flora na área afetada diretamente pelo projeto, contemplando a IN 146/2007 do
IBAMA.
Nota explicativa para o RQLP11 (EC16):
Os estudos referentes à compreensão das inter-relações fauna-fauna, fauna-flora e faunahabitat (aqui incluso o meio físico) – RQLP11 (EC16) - não são considerados levantamentos
rápidos e merecem detalhamento para que sejam objeto de monitoramento. Assim, essas
atividades e sua fundamentação teórica, bem como seu delineamento amostral, são
apresentadas no Capítulo 3.1, Volume 5 do presente documento, com o detalhamento
necessário para que o monitoramento seja iniciado imediatamente antes da fase de
implantação do empreendimento.
Diferentemente do meio físico e socioeconômico, avaliar ou antecipar qualquer análise mais
aprofundada dos impactos sobre a fauna e flora implica um exercício prospectivo bastante
intenso e muitas vezes não ultrapassa os limites da qualificação. Séries e medições de
longo prazo, como as existentes para variáveis do meio físico (vazão, pluviometria)
inexistem e mesmo os estudos básicos de composição de espécies e comportamento de
populações animais são escassos. Assim, no que tange ao conhecimento da área de
influência do UHE Baixo Iguaçu, na zona de amortecimento do Parque Nacional do Iguaçu
(PNI), mesmo diante de sua complexidade e relevância para o bioma Mata Atlântica, os
dados disponíveis oriundos de estudos técnico-científicos publicados são insuficientes para
que se tenha um quadro prospectivo relativamente seguro para avaliar os impactos de um
1
Nestes dois períodos, que correspondem grosseiramente aos meses de setembro a dezembro, os índices de atropelamentos
tendem a se elevar.
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empreendimento da natureza do ora em estudo quando pretendida sua instalação na zona
de amortecimento daquela unidade de conservação de proteção integral.
Entretanto, a incerteza não deve pontuar a tomada de decisão quanto à viabilidade ou não
de um empreendimento como a UHE Baixo Iguaçu. Apesar de os questionamentos que
perpassam interações fauna-fauna, flora-fauna e fauna-habitat não poderem ser objeto de
levantamentos expeditos, essas inter-relações são mensuráveis e observáveis em estudos
de longo prazo. Para tanto, optou-se pelo detalhamento e atualização do conhecimento no
que tange aos aspectos faunísticos e florísticos, com vistas a conferir maior sustentação à
avaliação que se seguirá com a implantação do empreendimento.
A compreensão das inter-relações flora-fauna, fauna-fauna e fauna-habitat são
fundamentais como determinantes de biodiversidade e fortemente recomendadas como
objeto de estudo, principalmente para ações de conservação (GILBERT, 1980). Para tanto,
muitas espécies da fauna têm sido reconhecidas como bioindicadoras de tais inter-relações
bem como da qualidade ambiental.
Nesse contexto, para obter respostas sobre estas interações, bem como sobre os impactos
gerados pela UHE Baixo Iguaçu sobre as mesmas, foram delineados programas de
monitoramento de médio e longo prazo de espécies da fauna bioindicadoras.
Como o delineamento amostral dos programas de monitoramento foi elaborado para ser
executado em ações repetitivas e sistemáticas de coleta de informações sobre as espécies
em um mesmo local durante um tempo específico, será possível responder a alguns
fenômenos deflagrados pela UHE Baixo Iguaçu e avaliar os impactos sobre a
biodiversidade, abundância e extinção local de espécies. Assim, como está claro que
respostas imediatas são impossíveis, o propósito maior foi o de instruir os estudos de
monitoramento que se seguirão na próxima fase do processo para avaliar as tendências e
alterações potenciais (positivas e negativas) sobre as populações das espécies e seus
habitats, visando a intervir sempre que necessário, com medidas antecipadas de manejo
e/ou de proteção.
Em complemento aos estudos para o reconhecimento visual de espécies em campo e à
atualização bibliográfica procedida, foram envidados esforços para a harmonização das
exigências em nível monitoramento com os protocolos ora em observância no Estado do
Paraná para o monitoramento das espécies bioindicadoras selecionadas.
RQLP12 – (EC17) – Estudo sobre o ciclo reprodutivo da Ictiofauna na bacia do Baixo
Iguaçu.
RQLP22 – (C08) – Elaborar e Implementar programa de monitoramento na fase inicial,
instalação e operação, este deverá ser realizado pelo departamento de ictiofauna da
Instituição Pública de Ensino, Pesquisa e Extensão Regional.
Nota explicativa para o RQLP22 (C08) e o RQLP12 (EC17):
Ambos os RQLP serão executados de forma integrada por equipe técnica vinculada à
Unioeste. A pertinência da realização destes estudos se justifica pelo fato da América do Sul
apresentar a fauna de peixes de água doce mais rica do mundo, e de que cerca de 85% das
espécies de peixes do Brasil serem primariamente de água doce, sendo uma das menos
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conhecidas do mundo, com um total estimado de 30 a 40% de espécies não descritas na
literatura (MALABARBA & REIS, 1987).
A bacia do rio Iguaçu é caracterizada pelo seu elevado grau de endemismo, o qual foi
estimado em 75% (ZAWADZKI et al., 1999), e por ser possuidora de um pequeno número
de espécies de peixes quando comparada com outros rios da bacia do rio Paraná (JÚLIOJÚNIOR et al., 1997). Entretanto, acredita-se que haja um elevado número de espécies
ainda a serem descritas na literatura.
Assim, faz-se necessário a realização dos estudos da ictiofauna no Baixo Iguaçu, em
especial na área do Parque Nacional do Iguaçu, principalmente para inventariar as espécies
de peixes e áreas de desova e desenvolvimento inicial, até então nunca avaliados.
Essas informações são essenciais para melhor compreender a dinâmica populacional e as
consequências da variabilidade ambiental, que afetam os estágios iniciais de vida dos
peixes e, subsequüentemente, a variabilidade do recrutamento, com reflexos nos estoques
das espécies.
A área do Parque Nacional do Iguaçu e entorno carece de estudos da ictiofauna, apesar da
proximidade com o Reservatório de Salto Caxias, este já objeto de inventários. Neste
sentido, a utilização de técnicas tradicionais para inventariar a ictiofauna propiciará
atividades distintas como: a) formação de coleção-testemunho da fauna aquática local com
a deposição de exemplares em museus e universidades credenciadas; b) disponibilizar
material biológico para identificação taxonômica da assembléia de peixes; c) propiciar
material para estudos diversos, com ênfase do estudo da atividade reprodutiva, alimentação,
parasitos, genéticos; d) subsidiar a deliberação sobre a necessidade ou não de implantar
mecanismo de transposição da ictiofauna junto à barragem da UHE Baixo Iguaçu caso seja
comprovada a existência de espécies migradoras de longa distância e endêmicas desta
bacia.
Para avaliar áreas de desova e desenvolvimento inicial na região de influência da UHE
Baixo Iguaçu, serão realizadas coletas de ictioplâncton ao anoitecer e amanhecer. As
amostragens serão realizadas na superfície, através de arrastos com duração de 10
minutos, com o barco em baixa velocidade, utilizando-se rede de plâncton com medidor de
fluxo para a obtenção do volume de água filtrada, ou de redes estacionárias, expostas
durante 10 minutos nos horários estabelecidos. Todas as amostras serão fixadas em formol
diluído a 4% tamponado, previamente anestesiados e acondicionadas em frascos plásticos,
sendo identificados quanto ao local e data da coleta. No laboratório, ovos, larvas e juvenis
de peixes serão separados do restante do plâncton sob microscópio estereoscópico, sob
placa de acrílico do tipo Bogorov. A identificação, que consiste na separação dos espécimes
nos níveis genérico e específico, mediante análise morfométrica e merística, será realizada
de acordo com a literatura científica.
RQLP21 – (C07) – Realizar um levantamento/resgate fitossociológico anterior à fase de
instalação das obras, incluindo a fauna (conforme IN do IBAMA 146/07).
Nota explicativa para o RQLP21 (C07):
Em complementação aos assuntos de fauna, foram apresentados o detalhamento das ações
de resgate, em consonância com o disposto na IN 146/2007 do IBAMA, consubstanciadas
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em novos levantamentos de campo e atualização do conhecimento e apresentadas no
Capítulo 3.2.
Acresce-se ao conhecimento da fauna, os estudos referentes à necessidade de implantação
de mecanismos de transposição da BR-163, são apresentados no Capítulo 3.5 e suas
atividades serão integradas ao Programa de Resgate e Aproveitamento Científico da Fauna
no âmbito do PBA.
Ainda com relação à fauna, vale ressaltar a elaboração do estudo Avaliação e
Monitoramento dos Níveis de Ruídos a serem produzidos na UHE em relação à fauna
(RQLP29 – EC12 LI), constante no Volume 2 – Capítulo 1.4. A continuidade desse estudo
fornecerá dados para avaliação da covariável „níveis de ruído‟ na área de estudo definida
para o Programa de Resgate e Aproveitamento Científico da Fauna no âmbito do PBA.
(EC14) – Realizar/Complementar o estudo florístico na área de influência direta,
identificando os diferentes estratos vegetais e estágios sucessionais a partir do uso de
transectos e elucidar dúvidas apontadas no EIA sobre ocorrência de Ecótones.
Nota explicativa para o (EC14):
Os levantamentos da flora (florísticos e fitossociológicos) presente na área diretamente
afetada pela UHE Baixo Iguaçu (EC14 e parte do RQLP21-C07), do status dos
remanescentes florestais (estágios sucessionais e florística) para investigação da presença
de ecótonos (EC14) são apresentados no Capítulo 3.4, Volume 5. Esses estudos
representam uma atualização e detalhamento do conhecimento que já se tinha sobre a área
de influência e acresce novos mapeamentos baseados em campanhas conduzidas neste
primeiro trimestre de 2010 na área de influência da UHE Baixo Iguaçu. Para o detalhamento
das ações para o salvamento da flora (aproveitamento científico de germoplasma) exigido
no RQLP21 (C07), com base nos estudos apresentados no Capítulo 3.4 (florística e
fitossociologia), foi elaborado e detalhado um programa de salvamento no Capítulo 3.3, do
Volume 5.
O entendimento desta exigência é de que se trata de três condicionantes: atualização dos
levantamentos fitossociológico e florístico, aproveitamento e resgate de germoplasma e
resgate de fauna (segundo o disposto na IN 146/07 do IBAMA). Os levantamentos florístico
e fitossociológico foram procedidos nesta fase com atualização da composição florística e
determinação dos parâmetros estruturais (fitossociológicos) em 51 parcelas, totalizando 2,6
hectares e atingindo a estabilização das curvas espécie-área para os estágios sucessionais
identificados. Vale ressaltar que foi atualizado o mapeamento de uso e cobertura do solo a
partir de imagens CBERS e Spot 5 2009 antes de proceder aos levantamentos de campo. A
complementação dos levantamentos florísticos contidos no EIA/Rima foi realizada nos
remanescentes florestais a serem afetados pelo reservatório, simultaneamente a coleta de
dados realizada para o inventário florestal e levantamentos fitossociológicos.
A comparação entre os mapeamentos de 2004 e 2009 revelam diferenças decorrentes,
talvez, da expectativa dos proprietários com a implantação da usina ter deflagrado uma
maior pressão sobre os recursos madeireiros da área de influência. Vale ressaltar as
condições precárias do ponto de vista ecológico de grande parte destas áreas, que são
protegidas por lei (Art. 16 da Lei Federal 4771/65 do Código Florestal e Resolução
CONAMA 303, de 20 de março de 2002), pois é comum na região a “manutenção” ou
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“limpeza” do subosque para a utilização destas áreas, seja para o uso com animais, áreas
pra recreação ou outros fins.
Assim, os dados principais permitem inferir com maior grau de certeza e atualização:

A composição florística da área diretamente afetada;

A listagem de espécies ameaçadas de extinção (raras, vulneráveis e em perigo) e
espécies exóticas invasoras;

Estrutura das comunidades vegetais dos remanescentes em seus diferentes estágios
sucessionais;

A listagem e o levantamento quantitativo de herbáceas e arbóreas.
No que tange à fauna, ainda no RQLP21 – (C07), ficou claro que devia tratar-se de uma
exigência pós licenciamento de implantação, pois pressuporia o resgate de fauna. Para
tanto, entre a Licença Prévia e Licença de Implantação, caberia a complementação de
detalhamento do programa de resgate da fauna á luz de novos dados que representassem a
composição faunística atual da área de intervenção direta do empreendimento. Desta forma,
foram conduzidas as seguintes atividades:

Atualização do Diagnóstico Faunístico, a partir de reconhecimentos de campo e
levantamento de dados secundários atualizados existentes para a bacia do rio Iguaçu;

Detalhamento do programa de resgate e indicação da logística, equipamentos,
infraestrutura e recursos humanos necessários para a condução das ações de resgate
de fauna durante a implantação do empreendimento;

Elaboração de proposta para implantação de um Cemas2.
RQLP25 – (C14) – Apresentar inventário florestal dimensionando área para desmate.
Nota explicativa para o RQLP25 (C14):
O inventário florestal, objeto da RQLP25 - (C14) é detalhado no Capítulo 3.3 do Volume 5,
subsequente aos levantamentos florísticos e fitossociológicos atualizados.
A execução do inventário florestal propiciou a atualização do conhecimento da composição
florística e a estrutura das comunidades da área de influência, bem como forneceu os
subsídios para o dimensionamento das atividades de limpeza da bacia de acumulação e
estimativa dos volumes aproveitáveis, conforme Tabela 1. Ressalta-se que os
remanescentes de floresta primária apresentam diversidade e abundância bem inferiores
aos dos estágios menos avançados de sucessão, isto em função, como dito anteriormente,
do alto grau de degradação do sub-bosque observado por ações de „manutenção‟ ou
„limpeza‟ para usos antrópicos.
2
Diante da insuficiência de estrutura no Estado do Paraná para apoio a programas de resgate de fauna (com infraestrutura
suficiente para a reabilitação e abrigo de animais a serem devolvidos à natureza), a Geração Água Grande poderá contribuir
para o fortalecimento do Centro de Manejo de Animais Silvestres (Cemas) de Palotina/PR. Ajustes foram indicados no
programa de maneira a aportar recursos para a construção do Módulo 2 do Cemas.
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Tabela 1 – Resumo da Fitossociologia e Inventário Florestal
Estágios sucessionais de Floresta Secundária
Estágios
sucessionais de
Floresta Primária
Inicial
Médio
Avançado
Primária Alterada
0,15
1,95
0,2
0,25
N. espécies
53
160
54
49
N. famílias
24
55
18
24
3,28
4,20
3,31
2,37
1746,67
1438,97
1355
1280
Área basal (m2.ha-1)
16,13
30,26
48,95
39,19
Altura média das
espécies do dossel (m)
7,98
12,80
19,58
14,12
10
13,53
15,32
16,57
Área não estimada
167,40143
433,80995
Área não estimada
Área não estimada
62.060,73147
4.520,29963
Área não estimada
Parâmetros para o
estrato arbóreo
Área amostral (ha)
Shanon (H’)
Densidade (indiv.ha-1)
Diâmetro médio (m)
Média do Volume Total
(m³. ha-1)
Média do Volume Total
(m³.Total População)
FONTE: ECOBR, 2010.
(EC15) – Implementar e executar programa de estudo para conservação da flora, o qual visa
promover o aproveitamento científico e econômico da vegetação. O agente executor deverá
estar associado com Instituição Pública de Ensino, Pesquisa e Extensão Regional.
Nota explicativa para o (EC15):
Essas exigências foram atendidas por meio dos estudos complementares conduzidos para
atualização da composição florística e fitossociológica, cuja consecução foi concomitante ao
inventário florestal, RQLP25 - (C14), e nas mesmas parcelas deste (51 parcelas em
diferentes estágios sucessionais), com vistas a detalhar um programa científico de
conservação da flora antes da implantação do empreendimento.
Neste caso, foram detalhadas as atividades a serem desenvolvidas por meio do Programa
de Resgate e Aproveitamento Científico da Flora são demandas decorrentes da supressão
da vegetação na área da bacia de acumulação do reservatório e das áreas dos canteiros de
obras e vias de acesso. Assim o programa resgata e preserva em áreas não afetadas pelo
empreendimento, como áreas de preservação permanente, reserva legal, e áreas de
compensação ambiental, parte da biodiversidade existente nos ecossistemas afetados pelo
empreendimento.
4.1.4
IV – PROJETO BÁSICO AMBIENTAL (PBA)
Para atendimento ao RQLP26 (C18) foram realizados os estudos previstos no Grupo IV,
correspondentes a programas ambientais definidos no EIA/RIMA da UHE Baixo Iguaçu. De
forma complementar, conforme mostrado no Quadro 4, alguns dos programas a serem
desenvolvidos no âmbito do PBA atenderão igualmente aos RQLP de número 15 (em
continuidade aos estudos que já estão apresentados no presente documento, no Anexo II
do Volume 4, 19, 26 e 27 da LP. Os programas foram detalhados individualmente
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contemplando objetivos, justificativas, procedimentos metodológicos, previsão de custos,
agente executor, potenciais parceiros e cronograma de implantação.
RQLP19 – (C01) – Elaborar e apresentar ao IAP documento com a definição dos critérios de
reassentamento e desapropriação das propriedades impactadas pelo empreendimento,
incluindo as áreas de atividades de extração de areia, basalto, argila e pedreiras impactadas
e contendo informações a respeito da condução dos processos de negociações.
Nota explicativa para o RQLP19 (C01):
Este RQLP está contemplado no Plano Básico Ambiental, submetido ao IAP em julho de
2009, nos programas de Remanejamento, de Apoio aos Municípios e as Comunidades
Locais e no de Acompanhamento das Interferências com Direitos Minerários.
RQLP26 – (C18) – Elaborar e apresentar ao IAP e PNI o Projeto Básico Ambiental (PBA),
com o detalhamento de todas as medidas, planos e programas ambientais propostos no
EIA/RIMA e exigidos nesta LP.
Nota explicativa para o RQLP26 (C18):
O Projeto Básico Ambiental (PBA) já foi submetido ao IAP em julho de 2009.
RQLP27 – (C19) – Em atenção aos impactos - Aumento de Exploração da Fauna e da Flora
descritos no EIA/RIMA, detalhar em conjunto com a Administração do Parque Nacional do
Iguaçu o Programa de Fiscalização dos Recursos Naturais a ser implementado já na fase
inicial do Empreendimento.
Nota explicativa para o RQLP27 (C19):
Tendo em vista que não foi possível uma agenda conjunta com o gestor do Parque Nacional
do Iguaçu, permanece o Programa de Fiscalização dos Recursos Naturais e o Programa de
Consolidação de Unidades de Conservação, sugeridos no âmbito do Plano Básico
Ambiental submetido ao IAP em julho de 2009.
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ANEXOS
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ANEXO I – LICENÇA PRÉVIA (LP) N.º 17648 EMITIDA PELO IAP EM 25 DE JULHO
DE 2008
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ANEXO II – PARECER TÉCNICO SOBRE O EIA/RIMA DA UHE BAIXO IGUAÇU, DE
15 DE JULHO DE 2008, UNIVERSIDADE ESTADUAL DO OESTE DO PARANÁ
(UNIOESTE)
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ANEXO III – PARECER TÉCNICO CONJUNTO IAP / PNI - ICMBIO N.º 001/2008,
DE 22 DE JULHO DE 2008
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ANEXO IV – CARTA DE ANUÊNCIA DO INSTITUTO CHICO MENDES DE
CONSERVAÇÃO DA BIODIVERSIDADE (ICMBIO), DE 24 DE JULHO DE 2008
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ANEXO V – PARECER TÉCNICO DIRAM 004_2008
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ANEXO VI – ATA REUNIÃO 22 DE JANEIRO DE 2010 EM FOZ DO IGUAÇU - IAP /
PNI
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ANEXO VII – ATA DE REUNIÃO EM 08 DE FEVEREIRO DE 2010 NO INSTITUTO
DAS ÁGUAS DO PARANÁ
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ATENDIMENTO AOS REQUISITOS DA LICENÇA PRÉVIA Nº 17648