Introdução; Educação Ambiental; Cidadania; e Conclusão. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), no Brasil, 64% dos resíduos dos municípios vão para os lixões a céu aberto, que degradam o meio ambiente e a saúde pública. Mas em Nova Iguaçu, cidade situada a 50 km do Rio de Janeiro, a situação é diferente, pois foi implantada em 2003, com investimentos do Grupo S.A. Paulista uma iniciativa modelo - a Central de Tratamento de Resíduos Nova Iguaçu S/A. Totalmente licenciada nas esferas municipal (Secretaria de Meio Ambiente de Nova Iguaçu), estadual (Feema) e federal (Ibama), sob supervisão direta do Ministério Público do Rio de Janeiro, o empreendimento está apto a fazer a recepção, tratamento e destinação final de resíduos sólidos urbanos e industriais, de serviços de saúde (RSS) e de entulho provenientes da construção civil. Com infra-estrutura própria e tecnologias de última geração, a central é composta por um aterro sanitário e industrial fundamentado em critérios de engenharia e normas operacionais específicas que permite um confinamento seguro, em termos de controle da poluição ambiental e proteção da saúde pública; uma unidade de tratamento de resíduos de serviços de saúde, uma unidade de tratamento de chorume e aproveitamento energético do biogás, uma unidade de britagem de entulho e uma unidade de gerenciamento de resíduos industriais que inclui um laboratório; além de centro de educação ambiental e viveiro de mudas de Mata Atlântica. A CTR Nova Iguaçu investe em educação ambiental, desenvolvendo e patrocinando projetos que contribuam para a formação de cidadãos mais conscientes de seu papel na defesa do meio ambiente. Atividades de educação ambiental são realizadas para alunos de escolas públicas e privadas, do ensino médio a universidades. O empreendimento é objeto de estudo de diversos alunos de Pós-graduação, Mestrado e Doutorado, tendo já vários trabalhos publicados. Para os que visitam a CTR é apresentada inicialmente uma palestra que aborda temas como situação dos resíduos sólidos no Brasil, diferenças entre lixão e aterro sanitário, efeito estufa e Tratado de Quioto. A implantação e operação da CTR também são explicadas aos estudantes que são levados ao campo para conhecer a dinâmica do trabalho. Aos moradores do entorno e aos colaboradores são oferecidos cursos de capacitação que utilizam técnicas de reciclagem e reutilização de diferentes tipos de lixo para confecção de móveis e objetos. No extinto “lixão de Marambaia”, local onde todo o lixo dos municípios de Nova Iguaçu e Mesquita era depositado sem qualquer controle, por 13 anos até a inauguração da CTR Nova Iguaçu, trabalhavam cerca de cem catadores que tiravam dali seu sustento. Com o encerramento das atividades, essas pessoas ficariam sem fonte de renda, para que isso não ocorresse a empresa realizou um amplo trabalho de inserção (ou reinserção) desta comunidade ao mercado de trabalho. Primeiramente, foi realizada uma pesquisa para avaliar a situação social e econômica deste grupo, o trabalho resultou num relatório que foi apresentado e discutido em audiência pública com todas as partes interessadas (steakholders). Depois disso, foram desenvolvidos vários programas de capacitação que garantiu a contratação das pessoas. Parte desta comunidade trabalha na CTR Nova Iguaçu com todos os direitos trabalhistas assegurados. Outros foram absorvidos pelas empresas que integram o empreendimento (fornecedores, coletores e transportadores) e uma boa parcela compõe a Cooperativa Vitória, criada com o apoio da Prefeitura de Nova Iguaçu. Além de criar uma alternativa de vida para os ex-catadores, o empreendimento gerou empregos na comunidade do entorno. São cerca de 500 vagas entre diretas e indiretas, todas com prioridade para moradores da região. São oferecidos ainda cursos de alfabetização para adultos, profissionalizantes para paisagismo e cultivo de mudas, oficinas de pet e formação de líderes e agentes sociais. Com a preocupação de melhorar as condições de vida da comunidade, a empresa apóia iniciativas sociais e ambientais promovidas pelas associações de moradores e Ongs próximas a CTR, consolidando parcerias produtivas. O sistema de gestão integrada garante a melhor qualidade dos serviços, a preocupação com o meio ambiente além dos cuidados com segurança e saúde dos seus funcionários e de toda a sociedade.