CARAMURU SANTA RITA DURÃO (1722 – 1784) Poema épico do descobrimento da Bahia Moldes camonianos: dez cantos versos decassílabos estrofes em oitava-rima Descreve o clima e a fertilidade da terra Ressalta a catequese do índio/ Diogo A HISTÓRIA... CANTO I O Navio de Diogo Álvares Correia naufraga Salvam-se ele e mais sete companheiros Os índios são canibais Comem um dos marinheiros que morreu Os sete são presos para que possam engordar Diogo guarda todas as armas (os índios não sabiam o que eram) e esconde na gruta Estava doente, então passa a usar uma arma como cajado Quando iam ser comidos, a tribo Tupinambá Gupeva foi atacada pela tribo Sergipe CANTO II Enquanto acontece a luta, Diogo veste uma armadura e vai ajudar seus companheiros. Vários o veem, inclusive Gupeva, que acha que o demônio habita o fantasma-armadura Convida o homem para que toque na armadura Diogo o leva para dentro da gruta e acende uma vela, fazendo com que acredite que tem poder nas mãos O índio encanta-se com a gravura da Virgem (será esposa ou mãe de Tupã?) Nesse momento, Diogo o catequiza, ganhando a sua dedicação. Gupeva fala para todos os índios que Tupã o havia enviado para protegê-los Saem para caçar: Diogo usa a sua espingarda e é chamado de Tupã Caramuru! Assim, passa a ser respeitado, como Caramuru – O filho do Trovão Diz que também é filho de Tupã e que queimará aquele que desrespeitar Gupeva Descreve os costumes Conhece Paraguaçu, uma índia de pele branca e apesar de não amar Gupeva, está prometida a ele. Estão apaixonados Diogo e Paraguaçu CANTO III Dialogam sobre o Deus e Tupã Tempo, céu, inferno Chega a hora do ataque dos inimigos Caetés Diogo pede calma, atira e todos correm CANTO IV O Caeté Jararaca invade porque ama Paraguaçu Declara guerra, pois está destinada a Gupeva Após o ataque do Caramuru, Jararaca chama as outras tribos. Diz que se isso continuar acontecendo, a Bahia vai ser tomada por emboabas O índio não teme o Caramuru, pois ele não vem de Deus. Paraguaçu também luta, e por várias vezes é salva pelo amado Conhece Moema CANTO V Paraguaçu e Diogo falam sobre o mal que habita o ser humano O herói destrói as canoas que Jararaca iria destrui-lo CANTO VI As filhas dos chefes indígenas são oferecidas ao destemido Diogo Na mata, o herói encontra uma gruta com e percebe a aceitação da Fé Cristã, e se dispõe a doutriná-los. Navio espanhol/Parte para França com Paraguaçu Várias índias vão atrás do barco e Moema, por não ter seu amor correspondido, morre e as outras voltam à praia. CANTO VII Na França, o casal é recebido na corte e Paraguaçu é batizada com o nome da rainha Catarina de Médicis, mulher de Henrique II, que lhe serve de madrinha. Diogo lhes descreve tudo o que sabe a respeito da flora e fauna brasileira. CANTO VIII Henrique II se predispõe a ajudar Diogo Álvares na tarefa de doutrinamento. Fiel à monarquia portuguesa, o valente lusitano recusa tal proposta. Na viagem de volta ao Brasil, CatarinaParaguaçu profetiza, prospectivamente, o futuro da nação. Descreve as terras da Bahia, suas povoações, igrejas, engenhos, fortalezas. Fala sobre seus governadores... CANTO IX Prosseguindo, Catarina-Paraguaçu descreve a luta contra os holandeses que termina com a restauração de Pernambuco. CANTO X Ao chegar, o rei Carlos V agradece a Diogo o socorro aos náufragos espanhóis. Apoio dos Tupinambás na dominação dos campos da Bahia. A penúltima estrofe canta a preservação da liberdade do índio e a responsabilidade do reino para com a divulgação da religião cristã entre eles. Diogo e Catarina, por decreto real, recebem as honras da colônia lusitana.