GOVERNO DO DISTRITO FEDERAL SECRETARIA DE ESTADO DE EDUCAÇÃO PROGRAMA DE MODERNIZAÇÃO DA REDE PÚBLICA DE ENSINO PROJETO-BASE ESCOLA NA CULTURA DIGITAL SEEDF Julho/2013 Página 1 de 34 Secretaria de Estado de Educação Subsecretaria de Modernização e Tecnologia Setor Bancário Norte, Quadra 02, Bloco C, Edifício Phenícia – 4º Andar Brasília-DF, CEP: 70.040-020 Telefone: 3901-3640 “Ao esgotarem-se o ideal e as estratégias de uma sociedade homogênea, o que se impõe é um novo e radical pluralismo.” Daniel Innerarity Página 2 de 34 Secretaria de Estado de Educação Subsecretaria de Modernização e Tecnologia Setor Bancário Norte, Quadra 02, Bloco C, Edifício Phenícia – 4º Andar Brasília-DF, CEP: 70.040-020 Telefone: 3901-3640 GOVERNO DO DISTRITO FEDERAL SECRETARIA DE ESTADO DE EDUCAÇÃO Sumário CULTURA DIGITAL.................................................................................................. 14 TECNOLOGIA......................................................................................................... 16 INTERNET E CIDADANIA........................................................................................ 16 REDES DE APRENDIZAGEM...................................................................................17 EDUCOMUNICAÇÃO.............................................................................................. 18 EDUCAÇÃO ABERTA E RECURSOS EDUCACIONAIS ABERTOS................................19 HIPERTEXTO.......................................................................................................... 20 SOFTWARE LIVRE.................................................................................................. 21 Geral..................................................................................................................... 24 Específicos............................................................................................................ 24 Página 3 de 34 Secretaria de Estado de Educação Subsecretaria de Modernização e Tecnologia Setor Bancário Norte, Quadra 02, Bloco C, Edifício Phenícia – 4º Andar Brasília-DF, CEP: 70.040-020 Telefone: 3901-3640 INTRODUÇÃO O presente consiste do Projeto-base do Projeto Escola na Cultura Digital (PECD), uma das ações do PROGRAMA DE MODERNIZAÇÃO DA REDE PÚBLICA DE ENSINO DO DISTRITO FEDERAL, iniciativa da Subsecretaria de Modernização e Tecnologia da Secretaria de Educação do Distrito Federal (SUMTEC). A SUMTEC busca implementar ações em rede que facilitem a comunicação e o fluxo de informações – sejam elas administrativas, pedagógicas, relatos, experiências, demandas, dentre outras – na rede pública de ensino do GDF. Esse Programa abarca vários projetos, entre eles o PECD, que tem como objetivo inserir a escola pública na cultura digital contemporânea, pela construção coletiva e democrática de uma orientação pedagógica voltada para o uso pedagógico das tecnologias (OP-ECD), pela formação do corpo de professores, pelo planejamento de ações de uso das Tecnologias de Informação e Comunicação (TICs) para apoiar a organização do trabalho pedagógico em salas de aula e em outros espaços escolares, e pelo incentivo, nas escolas, à reflexão crítica e cotidiana sobre as influências das tecnologias nos processos sociais e na vida da cidade, do campo e das comunidades. Assim, este Projeto-base tem por intuito fornecer os alicerces para a discussão e a construção coletiva da OP-ECD, uma orientação pedagógica que pretende considerar a complexidade dos processos pedagógicos existentes na rede pública de ensino do DF. Componentes fundamentais de aprendizagens significativas, ajudam a compor o cotidiano desse cenário complexo tecnologias como tablets, lousas digitais e computadores em geral, com e sem o uso da internet. A proposta deste documento, portanto, é oferecer uma base para dar início à construção coletiva do Projeto Escola na Cultura Digital, tanto no âmbito das coordenações, gerências e núcleos da SEEDF, quanto na esfera das coordenações regionais, das unidades administrativas, das escolas da rede pública do GDF e das comunidades. Para efetivar-se a intenção de envolvimento dos diversos atores da comunidade escolar, devem ser convidadas para integrar as discussões, também, instituições com história e ações profundamente associadas à da Rede Pública de Ensino do GDF, como o Sindicato de Professores do DF (SINPRO-DF), o Conselho de Educação do DF e a Universidade de Brasília. Como referência e ponto de partida, este documento Página 4 de 34 Secretaria de Estado de Educação Subsecretaria de Modernização e Tecnologia Setor Bancário Norte, Quadra 02, Bloco C, Edifício Phenícia – 4º Andar Brasília-DF, CEP: 70.040-020 Telefone: 3901-3640 GOVERNO DO DISTRITO FEDERAL SECRETARIA DE ESTADO DE EDUCAÇÃO é aberto a contribuições e será continuamente reformulado, enquanto se realizar o processo de discussão, já que o Projeto será construído de forma coletiva. Da mesma maneira, a sistemática de discussões, organização e consolidação das propostas está aberta a sugestões e pode ser alterada a qualquer momento, se os atores envolvidos assim o decidirem. Página 5 de 34 Secretaria de Estado de Educação Subsecretaria de Modernização e Tecnologia Setor Bancário Norte, Quadra 02, Bloco C, Edifício Phenícia – 4º Andar Brasília-DF, CEP: 70.040-020 Telefone: 3901-3640 JUSTIFICATIVA O conceito de cultura digital é historicamente recente – os fenômenos sociais, econômicos e tecnológicos que levaram e ainda levam à sua construção têm ocorrido há apenas algumas décadas. A corrente digitalização de vastas massas de documentos, fotos, músicas e vídeos e o grande fluxo de informações proporcionado pela miniaturização de equipamentos e pela disseminação de dispositivos conectados suscitam uma questão fundamental: a educação para a reflexão sobre as tecnologias e o seu uso fazendo parte da educação para a cidadania. Silveira (2001) afirma que a pobreza será reduzida apenas com a construção de coletivos sociais inteligentes, e tal construção tem suas perspectivas ampliadas em grande escala pela conexão em rede e pelas infinitas possibilidades de comunicação e interação que a Internet oferece. O Governo Brasileiro tem mantido sítios com o propósito de beneficiar a população em geral e promover o efetivo acesso aos serviços públicos. Sítios 1 como Portal Brasil, e-democracia, Portal da Copa, Governo Eletrônico, Portal do Planalto, Portal da Transparência dos Recursos Públicos Federais, além dos portais de ministérios, universidades e outros entes que aumentam, de forma qualificada, não somente a oferta de serviços por vias eletrônicas, mas também a demanda. O acesso à Internet no Brasil e no mundo cresce continuamente e um grande volume de computadores é vendido por ano, o que torna mais importante tratar a questão das parcelas da população sem acesso às TICs. Países ricos usam com intensidade as redes informacionais para se comunicar, armazenar e processar informações, ao passo que as populações dos países pobres são mantidas à margem dos benefícios das redes informacionais. Kroker (1994) chama a atenção para a constituição de uma nova classe dirigente virtual, composta de administradores, formuladores e executores da telemática – uma nova elite que comandaria uma sociedade dividida entre “inforicos” e “infopobres”. 1 Respectivamente: www.brasil.gov.br, http://edemocracia.camara.gov.br, http://www.copa2014.gov.br, http://www.governoeletronico.gov.br, http://www2.planalto.gov.br, www.portaltransparencia.gov.br. Página 6 de 34 Secretaria de Estado de Educação Subsecretaria de Modernização e Tecnologia Setor Bancário Norte, Quadra 02, Bloco C, Edifício Phenícia – 4º Andar Brasília-DF, CEP: 70.040-020 Telefone: 3901-3640 GOVERNO DO DISTRITO FEDERAL SECRETARIA DE ESTADO DE EDUCAÇÃO O Governo Brasileiro por meio do Comitê Executivo do Governo Eletrônico, CEGE (Brasil, 2008), apresenta um conjunto de diretrizes que evidenciam a preocupação ao acesso como forma de inclusão social e digital: Promoção da cidadania como prioridade. Indissociabilidade entre inclusão digital e governo eletrônico. Importância do software livre como recurso estratégico para a implementação do governo eletrônico. Gestão do Conhecimento como instrumento estratégico de articulação e gestão das políticas públicas. Racionalização de recursos no governo eletrônico. Elaboração de arcabouço integrado de políticas, sistemas, padrões e normas para o governo eletrônico. Integração das ações de governo eletrônico com outras esferas e poderes. Para a efetivação de tais diretrizes, é necessário que, de fato, a população tenha acesso garantido às TICs por meio de políticas publicas estabelecidas, buscando a diminuição do aprofundamento da brecha digital. A relação Governo e Sociedade na área do governo eletrônico pretende construir capacidades coletivas de controle social e participação política. Com o GDF não é diferente, ao investir no uso de ferramentas eletrônicas e de tecnologias da informação e comunicação para aproximar governo e cidadãos, como por exemplo, o Portal do GDF 2, o Portal do Cidadão, o sítio de Orçamento Participativo e os sítios de suas secretarias, dentre outros. 2 Respectivamente: http://www.df.gov.br, http://www.df.gov.br/portal-do-cidadao.html, http://www.orcamentoparticipativo.df.gov.br. Página 7 de 34 Secretaria de Estado de Educação Subsecretaria de Modernização e Tecnologia Setor Bancário Norte, Quadra 02, Bloco C, Edifício Phenícia – 4º Andar Brasília-DF, CEP: 70.040-020 Telefone: 3901-3640 O desenvolvimento de capacidades coletivas de controle social e participação política não acontece a partir da simples oferta de ferramentas. É fundamental o envolvimento das redes públicas de ensino, para que se possa alcançar a efetiva ampliação da cidadania – o que só se pode dar a partir de um planejamento estratégico na área. Uma parceria entre a GDFNet, responsável pela infraestrutura de rede do DF, as Redes Comunitárias de Educação e Pesquisa (REDECOMEP 3) e a GigaCandanga (REDE-COMEP no DF) levará cabos de fibra ótica a todas as escolas da Rede Pública de Ensino do Distrito Federal. Todos os tipos de Unidades de Ensino estarão interligados com conexão de alta velocidade. O momento, portanto, pede a construção imediata de uma orientação pedagógica baseada na cultura digital, nas redes sociotécnicas, na comunicação e na tecnologia, na busca da formação para o exercício da cidadania e da autonomia, para favorecer o desenvolvimento pleno das potencialidades dos estudantes na perspectiva da sociedade em rede, usufruindo dessa conexão de alta velocidade. O Projeto Político-pedagógico (PPP) Carlos Mota contribui com alguns elementos para a discussão sobre a inserção crítica e qualificada das escolas do GDF na sociedade em rede. Serão apresentados, a seguir, trechos que abordam algumas questões referentes à relação entre escola e tecnologias. 1. “A escola necessita reorganizar o seu trabalho, seu planejamento, sua coordenação coletiva, reconstruir a relação entre o sujeito e o conhecimento, para subverter a lógica que separa pessoas e saberes, prazeres e descobertas, respeito e diferenças. Reconhecer que democracia, solidariedade e liberdade devem orientar o trabalho pedagógico. Há ainda que se considerarem as novas formas de ensinar e aprender que, a exemplo da transcendência espacial, requerem a conexão com as novas realidades do tempo presente, como o diálogo com as novas tecnologias. Lévy (1999) nos alerta que qualquer projeção a ser feita sobre o futuro da educação e das sociedades deve considerar as novas relações com o saber, dada a velocidade com que os saberes são renovados e os meios que estão a esse serviço.” (p. 21) Quatorze anos depois da referida citação de Lévy, cabe colocar a questão: a escola considera, hoje, em sua prática pedagógica, a velocidade de construção 3 Iniciativa do Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT), que tem por objetivo implementar redes de alta velocidade nas regiões metropolitanas do país servidas pelos Pontos de Presença da RNP (http://www.redecomep.rnp.br/). Página 8 de 34 Secretaria de Estado de Educação Subsecretaria de Modernização e Tecnologia Setor Bancário Norte, Quadra 02, Bloco C, Edifício Phenícia – 4º Andar Brasília-DF, CEP: 70.040-020 Telefone: 3901-3640 GOVERNO DO DISTRITO FEDERAL SECRETARIA DE ESTADO DE EDUCAÇÃO e reconfiguração dos saberes, os novos fluxos do conhecimento e os meios disponíveis para isso? Hoje, os processos pedagógicos que têm lugar na escola são capazes de preparar os estudantes para o uso crítico e reflexivo sobre as tecnologias, propiciando educação para a cidadania? 2. “As crianças chamadas “nativas digitais” ingressam na escola habituadas a aparatos tecnológicos e à nova rotina deles advinda, que lhes permitem desenvolver diversas atividades ao mesmo tempo. Elas ouvem música no MP3 player, enquanto enviam mensagens pelo celular, acessam sites, baixam fotos, realizam a pesquisa encomendada pelo professor e, ainda, aprendem (MARTINS, 2009)”. (p. 22) Há que se aproximar o trabalho pedagógico das numerosas possibilidades oferecidas pelas TICs e pela habilidade que parte significativa dos estudantes já tem com elas. Sobre isso, existe certo consenso entre profissionais da educação, bem como sobre a dificuldade de se planejar e operacionalizar, de fato, tal aproximação. 3. “O arrojo das tecnologias educacionais, associado ao gerenciamento de atividades guiadas pela participação, que priorizam a noção de conhecimento como construção e colaboração (PAIVA, 2010), remetem a práticas inovadoras, que rompem com a aula objetivista e buscam uma mudança de paradigma, apoiando-se em novas ferramentas, como os ambientes virtuais de aprendizagem (PAIVA, 2010) [...] A atuação do professor, nesse contexto, deve superar uma visão reducionista das tecnologias digitais numa perspectiva meramente técnica, e centrar-se no acompanhamento e na gestão das aprendizagens, que se traduzem no incitamento às trocas de saberes, na mediação relacional e simbólica, na condução personalizada pelas rotas de aprendizagem, constituindo uma relação dialógica que leva em consideração as diferentes formas de aprender dos alunos (LÉVY, 1999). A modernização dos processos educativos, concebidos em um projeto de sustentabilidade humana, prevê o suporte do Estado para a efetivação de suas ações, abrangendo tanto a aquisição de computadores de última geração para estudantes e professores, quanto o apoio formativo para a otimização de seu uso. Consolida-se assim, a educação com a visão da integralidade humana a qual prenuncia a gestão democrática, o planejamento e a construção coletiva como exercício fundamental, para que profissionais e estudantes sejam favorecidos no Página 9 de 34 Secretaria de Estado de Educação Subsecretaria de Modernização e Tecnologia Setor Bancário Norte, Quadra 02, Bloco C, Edifício Phenícia – 4º Andar Brasília-DF, CEP: 70.040-020 Telefone: 3901-3640 desenvolvimento de práticas pedagógicas que ultrapassem o simples diálogo entre os saberes, provocando uma nova práxis do trabalho educativo e da reorganização dos processos de aprendizagens”. (p. 23) Como formar o professor para atuar na superação de uma visão reducionista das tecnologias digitais, numa perspectiva meramente técnica, para incorporar em sua prática, de fato, o uso das TICs no apoio ao trabalho pedagógico? Como preparar o professor para utilizar as TICs no acompanhamento e na gestão das aprendizagens, e para a compreensão de que a formação para a cidadania passa obrigatoriamente pela formação crítica no uso de TICs? A relevância da inserção das TICs na prática pedagógica está presente e pode ser constatada em um dos objetivos institucionais da SEEDF: “Assegurar aos sujeitos educativos o acesso às novas tecnologias como instrumentos de mediação da construção da aprendizagem”. O PPP destaca, ainda, a necessidade de se estabelecer política das tecnologias educacionais, alinhada às suas bases teóricas, que contemple processos de formação dos professores, relacione ferramentas pedagógicas e determine a infraestrutura requerida para o uso sustentado das tecnologias educacionais. A proposta do Projeto Escola na Cultura Digital diz respeito a esse objetivo e a essa necessidade, pois tenciona deflagrar um processo de reflexão sobre uso de tecnologias como mediadoras do processo de construção de aprendizagem nas escolas públicas do DF, por intermédio da construção coletiva de uma orientação pedagógica especificamente com esse fim. A adoção plena 4 das TICs em rede nas escolas do DF é possível: a) Pelas possibilidades oferecidas pela conexão de alta velocidade que chegará a toda a rede pública de ensino, proporcionada pela parceria com a GigaCandanga, REDECOMEP no DF. 4 Por adoção plena, entende-se aqui o uso das TICs nos diferentes ambientes escolares, mas principalmente nas salas de aula, para apoiar o trabalho pedagógico e favorecer situações de aprendizagem motivadoras. Página 10 de 34 Secretaria de Estado de Educação Subsecretaria de Modernização e Tecnologia Setor Bancário Norte, Quadra 02, Bloco C, Edifício Phenícia – 4º Andar Brasília-DF, CEP: 70.040-020 Telefone: 3901-3640 GOVERNO DO DISTRITO FEDERAL SECRETARIA DE ESTADO DE EDUCAÇÃO b) Pelo acesso à rede por meio do programa de distribuição de tablets a professores e estudantes. c) Pelo acesso à rede por intermédio de netbooks e notebooks existentes em muitas unidades de ensino. d) Pelo crescimento do uso das TICs como ferramenta de construção de aprendizagens e de saberes em diferentes contextos da Educação. e) Pela existência de redes de compartilhamento de experiências educacionais relacionadas a cultura digital, que favorecem o trabalho e a reflexão coletivos. f) Pelas muitas possibilidades de apoio que oferece ao trabalho pedagógico e pelo decorrente aumento de tempo destinado à aprendizagem com esse apoio. g) Pela necessária renovação das práticas de ensino, para tornar a escola mais atraente e motivadora. Além disso, o PPP ressalta a importância democrática de garantir o direito dos estudantes de serem partícipes do processo educativo e da vida da comunidade, argumentando que as deliberações da escola devem contar com a participação de seus estudantes, que são os sujeitos para os quais a escola organiza suas ações. Não há dúvida de que o uso contínuo das TICs na sala de aula e a participação em redes sociais educacionais podem favorecer as práticas democráticas. Para a implementação desse projeto, no entanto, é imprescindível um processo de formação que envolva todos os professores da Rede. O Projeto-político pedagógico Professor Carlos Mota considera a formação docente uma atividade seminal para a apropriação das tecnologias e para o seu uso não como fim, mas como apoio ao processo de aprendizagem e ensino: Página 11 de 34 Secretaria de Estado de Educação Subsecretaria de Modernização e Tecnologia Setor Bancário Norte, Quadra 02, Bloco C, Edifício Phenícia – 4º Andar Brasília-DF, CEP: 70.040-020 Telefone: 3901-3640 “A educação do Distrito Federal reclama um olhar transformador, que congregue harmonicamente os principais elementos desse contexto: o humano, o ambiente e as tecnologias, em um processo de sustentabilidade e cultura de paz. Nesse sentido, a ação formativa se expande à constituição do educador como agente social, que se constrói no protagonismo das lutas por uma formação de qualidade social, melhores condições de trabalho, carreira e salário. É também uma concepção inclusiva, posto que abarca a diversidade, o indivíduo e o coletivo em um contexto de relações dialógicas e igualitárias” (p. 108). O texto do PPP salienta que um dos maiores desafios está na formação continuada dos educadores para usarem essas ferramentas tecnológicas como facilitadoras e estimuladoras do processo de ensino e aprendizagem; e a integração das tecnologias ao processo pedagógico, o que exige novas estratégias no ensinar e a compreensão do processo de aprendizagem, a construção de conceitos e esquemas cognitivos para geração de conhecimentos. Alerta, ainda, para os perigos da pseudomodernização, tendo em vista que não se trata de informatizar a educação, pois a aplicação das TICs não deve ser vista como um fim em si no processo educacional, mas como ferramenta poderosa no processo de aprender e ensinar, em que todos os atores interagem com novas possibilidades, desafios e descobertas. Tal processo engloba, dentre outras coisas, implementação de novos canais de comunicação para a rede, utilizando recursos tecnológicos, inclusive de voz e imagem; disponibilização do Canal-E como importante ferramenta de apoio educacional e compartilhamento das experiências da rede; promoção de ambiente virtual com infraestrutura que permita a implantação do uso de novas tecnologias, como os tablets; projetos de formação continuada de professores, em parceria com a EAPE, para o uso de tecnologias no contexto da cultura digital; disponibilização de ferramentas para educação a distância, oferecendo aos profissionais da rede a ampliação de oportunidades de formação, tanto quantitativa como qualitativamente; estruturação de espaços de aprendizagem destinados ao trabalho coletivo e colaborativo, com foco especial na infraestrutura tecnológica para salas de aula, laboratórios educacionais, bibliotecas, videotecas e demais espaços que favoreçam a socialização do conhecimento; fortalecimento dos Núcleos de Tecnologia Educacional (NTEs), para que intensifiquem suas ações nas áreas de capacitação e inclusão digital. O NTE tem papel fundamental no Página 12 de 34 Secretaria de Estado de Educação Subsecretaria de Modernização e Tecnologia Setor Bancário Norte, Quadra 02, Bloco C, Edifício Phenícia – 4º Andar Brasília-DF, CEP: 70.040-020 Telefone: 3901-3640 GOVERNO DO DISTRITO FEDERAL SECRETARIA DE ESTADO DE EDUCAÇÃO processo de apropriação tecnológica, já que: i) prepara professores para utilizarem as TICs de forma autônoma e independente, possibilitando a ampliação da experiência profissional de cada um, visando à transformação de sua prática pedagógica; ii) tem por função promover o uso pedagógico de recursos tecnológicos; iii) catalisa experiências inovadoras e a utilização de tecnologias específicas, para a inclusão de pessoas com deficiência – sejam elas profissionais da educação ou estudantes – no processo pedagógico. A Pesquisa TIC Educação (CETIC.BR, 2012) atesta que, em nível nacional, apenas 2% dos professores da rede pública de ensino usam TICs para apoiar o trabalho pedagógico de sala de aula. Por mais que o laboratório de informática seja bem equipado, o tempo reservado a ele durante a semana é de apenas uma hora. Para o uso sustentado das tecnologias educacionais, conforme preconiza o PPP, é imprescindível a integração do uso das TICs à sala de aula, e a distribuição de tablets permite essa integração. O confinamento da aplicação pedagógica das TICs ao Laboratório de Informática nas escolas dificulta abordagens facilitadoras e estimuladoras do processo de ensino e aprendizagem e a integração das tecnologias ao processo pedagógico. Entre professores da rede pública em todo o País, em função de um processo histórico, não há cultura de utilização em massa das TICs em sala de aula. A Secretaria de Educação do Distrito Federal, com este projeto, tenciona promover a mudança de paradigmas em seu contexto educacional. Objetiva desenvolver ações estruturais e de infraestrutura para receber o aparato tecnológico que a sociedade oferece, capacitando seus servidores e, em especial, seus professores para que a sala de aula seja o local de excelência de aprendizagens e construção de conhecimentos com suporte tecnológico. Página 13 de 34 Secretaria de Estado de Educação Subsecretaria de Modernização e Tecnologia Setor Bancário Norte, Quadra 02, Bloco C, Edifício Phenícia – 4º Andar Brasília-DF, CEP: 70.040-020 Telefone: 3901-3640 REFERENCIAL TEÓRICO Nas últimas décadas, mudanças radicais têm ocorrido nas formas de comunicação, de fluxo de dados, de produção de conhecimento, de informações, notícias, saberes, serviços, nas formas de expressão e disseminação de ideias. A contemporaneidade vive revolução provocada pela disseminação e uso intensivo das TICs, que só pode ser comparada às transformações resultantes do surgimento da oralidade e, posteriormente, da escrita (Lévy, 1993). O Programa de Modernização da Rede Pública de Ensino do Distrito Federal fundamenta-se, em sua vertente pedagógica, em um conjunto de conceitos que auxiliarão a guiar os processos de discussão e a estruturar etapas e ações do Projeto Escola na Cultura Digital. Destacam-se os conceitos de cultura digital, tecnologia, redes de aprendizagem, educomunicação, educação aberta e recursos educacionais abertos, hipertexto e software livre, tratados a seguir. CULTURA DIGITAL Pretto e Assis (2008) consideram a cultura digital um espaço aberto de vivências de novas formas de relações sociais, tendo em vista a abrangência de suas influências, que afetam transversalmente toda sorte de atividade humana. Para os autores, o modo com que culturas diversas se manifestam e operam na sociedade em rede podem se constituir naquilo que Lévy (1993) chama de inteligência coletiva, que se baseia em outra perspectiva de atuação dos sujeitos sociais e de produção de suas identidades, diferente nas novas configurações proporcionadas pela revolução digital, cujo conjunto é denominado sociedade em rede por Castells (1999). Essa revolução digital pode ser constatada em praticamente todos os ambientes urbanos. “A virada do século XX para o XXI representa uma nova era da história da humanidade: a revolução digital. As ferramentas da internet, como blogs e redes sociais, e as novas tecnologias de telefonia celular mudam não apenas os meios de comunicação, mas a própria cultura global, interligada e hipermoderna”5. O texto citado, 5 Página 14 de 34 Secretaria de Estado de Educação Subsecretaria de Modernização e Tecnologia Setor Bancário Norte, Quadra 02, Bloco C, Edifício Phenícia – 4º Andar Brasília-DF, CEP: 70.040-020 Telefone: 3901-3640 GOVERNO DO DISTRITO FEDERAL SECRETARIA DE ESTADO DE EDUCAÇÃO retirado do Portal Brasil6, chama de revolução digital as novas configurações de contextos sociais, econômicos e políticos provocadas pela disseminação do uso da internet e das TICs. Hoffman e Fagundes (2008) afirmam que a “Cultura Digital é a cultura de rede, a cibercultura que sintetiza a relação entre sociedade contemporânea e Tecnologias da Informação (TIs)”. Para Santana e Silveira (2013), “Reunindo ciência e cultura, antes separadas pela dinâmica das sociedades industriais, centrada na digitalização crescente de toda a produção simbólica da humanidade, forjada na relação ambivalente entre o espaço e o ciberespaço, na alta velocidade das redes informacionais, no ideal de interatividade e de liberdade recombinante, nas práticas de simulação, na obra inacabada e em inteligências coletivas, a cultura digital é uma realidade de uma mudança de era. Como toda mudança, seu sentido está em disputa, sua aparência caótica não pode esconder seu sistema, mas seus processos, cada vez mais auto-organizados e emergentes, horizontais, formados como descontinuidades articuladas, podem ser assumidos pelas comunidades locais, em seu caminho de virtualização, para ampliar sua fala, seus costumes e seus interesses. A cultura digital é a cultura da contemporaneidade”. A comunicação praticamente instantânea que ocorre no fluxo das redes, a superação das distâncias físicas e temporais e as possibilidades oferecidas pelo protocolo peer-to-peer7 provocaram transformações profundas no modo com que nos relacionamos com o saber, em todas as suas instâncias: produção, disseminação, compartilhamento, consumo. Toda pessoa que tem um computador conectado à rede 6 7 Ministério da Cultura. Fonte: http://www.brasil.gov.br/sobre/cultura/cultura-brasileira/cultura-digital. Acesso agosto de 2013. http://www.brasil.gov.br/ O protocolo peer-to-peer permite que todos os usuários da rede compartilhem dados e serviços entre si sem necessidade de um servidor central. Página 15 de 34 Secretaria de Estado de Educação Subsecretaria de Modernização e Tecnologia Setor Bancário Norte, Quadra 02, Bloco C, Edifício Phenícia – 4º Andar Brasília-DF, CEP: 70.040-020 Telefone: 3901-3640 pode ser um produtor e compartilhador de conteúdos. Qualquer pessoa pode expressar suas ideias – e ser visto por milhares ou por milhões de pessoas -, compartilhar arquivos e construir conhecimento colaborativa e rapidamente. TECNOLOGIA A palavra tecnologia advém da palavra grega “Tchné”, que significa saber fazer. São muitos os conceitos de tecnologia e variadas as áreas de estudo que a tratam. Neste projeto, optou-se pela definição de tecnologia fornecida pela área de Estudos Sociais de Ciência e Tecnologia, segundo a qual o termo tecnologia não é neutro, mas resultado de uma prática social, de circunstâncias históricas e econômicas, que tornam explícitos os valores culturais a ela subjacentes (Veraszto, 2008), afastando-se assim da definição utilitarista e instrumental. Modelos tecnológicos variam de época para época, e são condicionados por fatores como potencial de comercialização, configuração de mercado, perfis de consumidores, outras tecnologias existentes, dentre tantos outros. Assim, o modo como as sociedades desenvolvem seus artefatos e modificam seu meio - ou seja, a adoção de soluções tecnológicas -, é amplamente influenciado por fatores econômicos, históricos e sociais. INTERNET E CIDADANIA A relevância do papel da internet em praticamente todas as esferas sociais suscitou ações para torná-la um direito constitucional. Esse é o objeto da PEC 479, de 20108. De acordo com seu autor, o deputado Sebastião Bala Rocha, "na sociedade contemporânea, a universalização do acesso à informação consolida-se como elemento fundamental para o desenvolvimento econômico e social das nações", e "a internet, em especial, desempenha papel crucial no processo de construção dessa nova realidade”9. Do mesmo modo, alguns setores da sociedade se mobilizam pela 8 http://www.camara.gov.br/proposicoesWeb/fichadetramitacao?idProposicao=473827. 9 http://tecnologia.terra.com.br/internet/projeto-quer-incluir-internet-rapida-como-direito-constitucional,f95b 78658a370410VgnVCM4000009bcceb0aRCRD.html. Página 16 de 34 Secretaria de Estado de Educação Subsecretaria de Modernização e Tecnologia Setor Bancário Norte, Quadra 02, Bloco C, Edifício Phenícia – 4º Andar Brasília-DF, CEP: 70.040-020 Telefone: 3901-3640 GOVERNO DO DISTRITO FEDERAL SECRETARIA DE ESTADO DE EDUCAÇÃO aprovação do PL 2126/201110 (hoje apensado ao PL 5403/2001 11), o Marco Civil da Internet12, que defende a neutralidade da rede – fator que assegura a igualdade de tratamento de todas as informações que transitam pela rede, independentemente de sua origem, seu conteúdo e seu autor ou proprietário. Pelo texto do Marco Civil, “Art. 2o A disciplina do uso da Internet no Brasil tem como fundamentos: I - o reconhecimento da escala mundial da rede; II - os direitos humanos e o exercício da cidadania em meios digitais; III - a pluralidade e a diversidade; IV - a abertura e a colaboração; e V - a livre iniciativa, a livre concorrência e a defesa do consumidor. ” A relação entre internet e desenvolvimento de cidadania e autonomia é hoje inequívoca. Bustamante (2010) acredita que “as redes digitais são o campo de batalha onde se travam as lutas mas significativas pelos direitos humanos” (p. 13). REDES DE APRENDIZAGEM As redes sociais têm existência muito anterior à invenção do computador. As plataformas de redes sociais e a internet apenas facilitaram a comunicação entre pessoas em uma dimensão nunca antes registrada na história da humanidade. O aprendizado resultante de grupos conectados por redes sociais é fruto de um processo de sociabilidade que põe em contato criativo e curioso grupos de pessoas com biografias, valores, desejos e influências diversos, contatados entre si em torno da tarefa de juntos 10 11 12 http://www.camara.gov.br/proposicoesWeb/prop_mostrarintegra? codteor=912989&filename=PL+2126/2011 http://www2.camara.leg.br/atividade-legislativa/comissoes/comissoes-temporarias/especiais/54a-legislat ura/pl-2126-11-principios-do-uso-da-internet/conheca-a-comissao/membros e http://www.camara.gov.br/proposicoesWeb/fichadetramitacao?idProposicao=34462 http://marcocivil.com.br/ Página 17 de 34 Secretaria de Estado de Educação Subsecretaria de Modernização e Tecnologia Setor Bancário Norte, Quadra 02, Bloco C, Edifício Phenícia – 4º Andar Brasília-DF, CEP: 70.040-020 Telefone: 3901-3640 desvendar, inventar e reinventar a realidade. O exercício cognitivo coletivo que caracteriza a aprendizagem em rede promove a circulação e distribuição de saberes, fortalece cada ponto dessa rede e as ligações entre esses pontos. Dias e Moura (2008) descrevem processos relacionados às redes de aprendizagem, e tratam de duas questões fundamentais: a mútua influência entre as novas formas de comunicação e as representações culturais e; sua repercussão nos processos de aprendizagem. No desenvolvimento do seu trabalho, adotaram como referencial teórico-metodológico a teoria sobre dialogismo de Mikhail Bakhtin, na perspectiva de conceituar o hipertexto como um evento comunicacional calcado em conceitos como interatividade, intertextualidade, interdisciplinaridade, multilinearidade, heterogeneidade, dialogismo e polifonia, e apontar a possibilidade de utilização do referencial bakhtiniano como subsídio para a elaboração e assunção de uma concepção pedagógica socioculturalista, que contribua para a promoção de uma Educação Hipertextual – uma rede de experiências educacionais capaz de constituir salas de aula interativas e dinâmicas, propícias ao desenvolvimento de posturas e estratégias educativas pautadas na diversidade. EDUCOMUNICAÇÃO O termo “educomunicação” é recente e está ligado às práticas pedagógicas de formação de sujeitos com base em mídia de massa. Soares (2010) destaca três linhas que compõe a educomunicação: i) área da mediação tecnológica da educação, em que são aplicadas ferramentas de informação nos processos educativos; ii) área da educação para a comunicação, que trabalha com a reflexão sobre a relação entre elementos do processo de comunicação e está ligada aos meios; iii) área da gestão comunicativa, que está ligada à área de políticas de comunicação educativa, buscando ampliar o espaços de expressão. A educação na área da comunicação não se restringe a um caminho para a formação dos sujeitos, pois emprega várias metodologias que contribuem para o desenvolvimento humano, com foco na autonomia. A ideia é oferecer e disponibilizar diferentes meios de comunicação para o desenvolvimento de senso crítico a partir das diferentes linguagens. Conhecida abreviadamente por Educom, o encontro da Educação Página 18 de 34 Secretaria de Estado de Educação Subsecretaria de Modernização e Tecnologia Setor Bancário Norte, Quadra 02, Bloco C, Edifício Phenícia – 4º Andar Brasília-DF, CEP: 70.040-020 Telefone: 3901-3640 GOVERNO DO DISTRITO FEDERAL SECRETARIA DE ESTADO DE EDUCAÇÃO com a Comunicação alia o uso de recursos tecnológicos e técnicas da comunicação em seus processos de aprendizagem, com caráter colaborativo e interdisciplinar. Sua perspectiva pode fortalecer as relações do ambiente escolar a partir dos seus ecossistemas democráticos e participativos. Assim, é tanto uma prática quanto um conceito que se situa na fronteira entre Educação e Comunicação. Como prática, propõe novos tipos de aprendizagem, utilizando recursos tecnológicos e novas relações na comunicação, mais democráticas, igualitárias e menos hierarquizadas. Pode ser desenvolvida com estudantes de qualquer idade e utilizada por professores de qualquer área. Exemplos de comunicação são o uso de rádio escolar, rádio virtual, videogames, softwares de aprendizagem online, podcasts, blogs, fotografia, projetos de entrevistas e reportagens executadas por estudantes 13. EDUCAÇÃO ABERTA E RECURSOS EDUCACIONAIS ABERTOS No ano de 2002, a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO) organizou o 1º Fórum Global de Recursos Educacionais Abertos, evento no qual o termo “Recursos Educacionais Abertos” foi utilizado pela primeira vez. A comunidade REA-Brasil apresenta, em seu sítio 14, a seguinte definição, adaptada do conceito da UNESCO: “Recursos Educacionais Abertos são materiais de ensino, aprendizado e pesquisa em qualquer suporte ou mídia, que estão sob domínio público, ou estão licenciados de maneira aberta, permitindo que sejam utilizados ou adaptados por terceiros. O uso de formatos técnicos abertos facilita o acesso e o reuso potencial dos recursos publicados digitalmente. Recursos Educacionais 13 http://pt.wikipedia.org/wiki/Educomunica%C3%A7%C3%A3o 14 Ver http://rea.net.br/site/o-que-e-rea/ Página 19 de 34 Secretaria de Estado de Educação Subsecretaria de Modernização e Tecnologia Setor Bancário Norte, Quadra 02, Bloco C, Edifício Phenícia – 4º Andar Brasília-DF, CEP: 70.040-020 Telefone: 3901-3640 Abertos podem incluir cursos completos, partes de cursos, módulos, livros didáticos, artigos de pesquisa, vídeos, testes, software, e qualquer outra ferramenta, material ou técnica que possa apoiar o acesso ao conhecimento.” Por serem abertos, oferecem grande potencial de democratização da Educação – não apenas por estarem facilmente acessíveis e poderem ser amplamente usados, mas também por trazerem em si a proposta da construção coletiva e colaborativa e da remixagem, contestando o atual modelo de produção e utilização de materiais didáticos. A proposta dos Recursos Educacionais Abertos coloca o(a) professor(a) no papel de autor(a) e confere ao material maior flexibilidade e qualidade, tendo em vista que as adaptações podem incluir especificidades locais que jamais seriam abordadas em material didático genérico. Santana, Rossini e Pretto (2012) afirmam que o recurso educacional aberto é “aberto porque é livre, como liberdade, é aberto porque permite outros voos e outras produções, é aberto porque permite a remixagem e, em última instância, é aberto porque entende a diferença como um valor a ser enaltecido e não simplesmente aceito ou considerado”. De acordo com Amiel (2012), configurações mais flexíveis de aprendizagem e ensino só são possíveis com a utilização de Recursos Educacionais Abertos (REA). HIPERTEXTO A origem do hipertexto remonta ao século XVI, com a proposta de permitir a consulta simultânea de vários livros. Em 1945, Bush apresentou para a sociedade a concepção de uma biblioteca multimídia capaz de oferecer leitura não-linear, com documentos associados por assuntos. Tal concepção pode se concretizar com o advento da popularização da internet e do acesso massivo à informação. Uma lógica de associações - de palavras, conceitos, ideias, modelos, imagens, sons, odores, sensações proprioceptivas, lembranças, afetos, etc. – assemelha-se à nossa forma de pensar15. O hipertexto se concentra não somente na comunicação, mas em todas as esferas da realidade em que significações estejam em jogo. A rede hipertextual está em constante construção e renegociação, e suas conexões são 15 Por isso, o nome do artigo de Vannevar Bush – “As we may think”, ou, em tradução livre, “Como nós pensamos”. Página 20 de 34 Secretaria de Estado de Educação Subsecretaria de Modernização e Tecnologia Setor Bancário Norte, Quadra 02, Bloco C, Edifício Phenícia – 4º Andar Brasília-DF, CEP: 70.040-020 Telefone: 3901-3640 GOVERNO DO DISTRITO FEDERAL SECRETARIA DE ESTADO DE EDUCAÇÃO heterogêneas (Lévy, 1999). A proposta de conexão de ideias e de rede perpassa todo o projeto Escola na Cultura Digital. Sua composição dependerá de produções, publicações, significações e relações efetivadas ao longo do processo de aprendizagem. Ademais, a construção do conhecimento de forma coletiva propicia a formação de redes de conhecimentos, um dos objetivos do PECD. Os meios usados para a sua própria construção – ambientes virtuais de aprendizagem, redes sociais livres, bibliotecas digitais, dentre outros -, ficarão disponíveis e deverão ser utilizados por toda a Rede Pública de Ensino do DF para comunicação, interação, compartilhamento, publicação e pesquisa. SOFTWARE LIVRE Um software é um programa de computador que consiste de uma sequência de comandos, escrito em alguma linguagem de programação, como o Java, o PHP, o Ruby on Rails e o Python, para executar ações nos computadores, visando a objetivos específicos. Sistemas operacionais e aplicativos como editores de textos, planilhas e navegadores de internet são exemplos de softwares. O movimento Software Livre surgiu na década de 80 do século XX e hoje está presente em todo o mundo, em resposta ao modelo de negócios do software proprietário, que fecha o conhecimento tecnológico existente no software e libera apenas o seu código executável. Pelo menos duas consequências graves advêm desse modelo: o código-fonte16 não pode ser estudado, ou seja, o conhecimento tecnológico nele contido fica restrito ao pequeno grupo de desenvolvedores contratados pelo fabricante; e o fabricante pode incluir no software função adicional com quaisquer propósitos – inclusive o de espionar pessoas e instituições que o utilizam, enviando informações pela internet 16 Conjunto de comandos (palavras e símbolos) escritos em uma das linguagens de programação existentes, para a construção de um software – todo código executável tem um código-fonte correspondente, que explicita o que faz o programa ou software, para quem conhece a linguagem de programação em que está escrito. Página 21 de 34 Secretaria de Estado de Educação Subsecretaria de Modernização e Tecnologia Setor Bancário Norte, Quadra 02, Bloco C, Edifício Phenícia – 4º Andar Brasília-DF, CEP: 70.040-020 Telefone: 3901-3640 para o endereço desejado pelo fabricante e seus parceiros, sem o conhecimento das pessoas a quem tais informações pertencem. Em via contrária, o movimento Software Livre defende o livre compartilhamento do conhecimento contido nos softwares - não apenas pela justiça social que tal compartilhamento traz em seu bojo, mas também pela segurança que oferece a usuários, instituições e, em última instância, ao País. De acordo com Silveira (2004), “Seus maiores defensores (do software livre) são os apaixonados por programação e sistemas de informática, os acadêmicos, os cientistas, os mais diferentes combatentes pela causa da liberdade e, mais recentemente, as forças político-culturais que apóiam a distribuição mais eqüitativa dos benefícios da era da informação. Seus maiores opositores são as megaempresas que vivem exclusivamente de um modelo econômico baseado na exploração de licenças de uso de software e do controle monopolístico dos códigos essenciais dos programas de computadores. A disputa pelo conhecimento das técnicas e tecnologias de armazenamento, processamento e transmissão das informações ocupa hoje o centro estratégico das economias nacionais. Saber fazer programas de computador será cada vez mais vital para um país” (p.5-6). Em 2013, após denúncias de espionagem estadunidense nas redes de comunicação brasileiras, tornou-se ainda mais evidente e crucial a necessidade de adoção de soluções tecnológicas livres, que não permitem a imiscuição de código malicioso e a execução de operações não autorizadas em equipamentos e redes das instituições usuárias de software. Segundo a definição criada pela Free Software Foundation 17, software livre é qualquer criação de programa de computador que pode ser usado, copiado, estudado e redistribuído sem nenhuma restrição, de acordo com as liberdades relacionadas abaixo. No software livre, torna-se o código-fonte do programa disponível. Software Livre NÃO é necessariamente software gratuito. Para ter a denominação “software livre”, o programa de computador deve ser concebido e distribuído obedecendo a quatro liberdades: 1. Liberdade de executar o programa, para qualquer propósito. 17 http://www.fsf.org/ Página 22 de 34 Secretaria de Estado de Educação Subsecretaria de Modernização e Tecnologia Setor Bancário Norte, Quadra 02, Bloco C, Edifício Phenícia – 4º Andar Brasília-DF, CEP: 70.040-020 Telefone: 3901-3640 GOVERNO DO DISTRITO FEDERAL SECRETARIA DE ESTADO DE EDUCAÇÃO 2. Liberdade de estudar como o programa funciona e adaptá-lo às necessidades do usuário. 3. Liberdade de redistribuir cópias (inclusive vendê-las), de modo a ajudar o próximo. 4. Liberdade de modificar o programa e liberar as modificações, de modo a beneficiar a comunidade. Quando redistribuído, o código-fonte deverá acompanhar o programa ou aplicativo, para que o novo usuário possa realizar as mudanças que desejar ou achar necessárias. A adoção de software livre favorece a construção de capital social, pois se baseia no compartilhamento do conhecimento e na sua construção coletiva, além de permitir investimento financeiro muito reduzido em relação a software proprietário. Tendo sido apresentados os conceitos que baseiam a proposta do Projeto Escola na Cultura Digital, serão apresentados, a seguir, seus objetivos geral e específicos. Página 23 de 34 Secretaria de Estado de Educação Subsecretaria de Modernização e Tecnologia Setor Bancário Norte, Quadra 02, Bloco C, Edifício Phenícia – 4º Andar Brasília-DF, CEP: 70.040-020 Telefone: 3901-3640 OBJETIVOS Geral Construir, para a Rede Pública de Ensino do DF e de forma compartilhada, coletiva e colaborativa, um projeto-politico pedagógico direcionado à inserção da escola no contexto da cultura digital, envolvendo toda a comunidade escolar e as entidades historicamente relacionadas à Educação no Distrito Federal, com base nas premissas do Projeto Político-pedagógico Carlos Mota. Específicos Sensibilizar Comunidade Escolar, Escolas, Núcleos de Tecnologia Educacional, Subsecretarias da Secretaria de Educação, Coordenações Regionais de Ensino e outros atores envolvidos e interessados no uso pedagógico das TICs em sala de aula, para a necessidade de se construir uma orientação pedagógica voltada à inserção da escola na cultura digital. Planejar, de forma colaborativa e com os diferentes segmentos da comunidade escolar, um plano de operacionalização da orientação pedagógica construída. Criar e manter um portal para integrar sistemas e aplicativos de gestão, de aprendizagem e de comunicação. Criar e manter ambiente virtual de aprendizagem que ofereça os recursos necessários à discussão e à organização da orientação pedagógica em questão. Página 24 de 34 Secretaria de Estado de Educação Subsecretaria de Modernização e Tecnologia Setor Bancário Norte, Quadra 02, Bloco C, Edifício Phenícia – 4º Andar Brasília-DF, CEP: 70.040-020 Telefone: 3901-3640 GOVERNO DO DISTRITO FEDERAL SECRETARIA DE ESTADO DE EDUCAÇÃO METODOLOGIA O Projeto Cultura Digital na Escola do DF convida servidores e colaboradores da SEEDF, comunidade escolar, instituições de ensino, sindicatos, conselhos e outras instituições interessadas a participar do processo de construção coletiva e colaborativa de suas diretrizes e ações. Para facilitar a elaboração colaborativa do projeto, já que toda a rede pública de ensino deve contribuir, foram realizadas as seguintes atividades: a. Oficina com a participação da SUMTEC, da SUBEB, da SUPLAV, da EAPE e de representantes da UNB e do IBICT. Essa Oficina levantou subsídios para a elaboração de um pré-projeto para fundamentar a elaboração do Projeto Cultura Digital, tendo em vista cinco Eixos Temáticos: Gestão, Infraestrutura de TIC, Formação, Abordagem Pedagógica e Comunidade. A proposta inicial compilou os dados da oficina realizada no dia 4 de junho de 2013. b. Apresentação da proposta a alguns órgãos da SEEDF – subsecretarias, coordenações, gerências e núcleos -, para incorporar pontos de vista, demandas e sugestões de suas áreas. As atividades citadas foram importantes para a definição deste Projeto-base. Na oficina, ficou acordado que as discussões nos grupos serão organizadas em torno de cinco eixos temáticos: Abordagem Pedagógica, Formação, Comunidade Escolar, Gestão e Infraestrutura. Será designado um Grupo de Trabalho (GT) para acompanhar todas as etapas de desenvolvimento do Projeto, que deverá cuidar para que não seja relegado nenhum tema importante para a SEEDF. Inicialmente, tal GT deverá ser composto por representantes dos seguintes órgãos: Página 25 de 34 Secretaria de Estado de Educação Subsecretaria de Modernização e Tecnologia Setor Bancário Norte, Quadra 02, Bloco C, Edifício Phenícia – 4º Andar Brasília-DF, CEP: 70.040-020 Telefone: 3901-3640 o Subsecretaria de Modernização e Tecnologia (SUMTEC) Coordenação de Modernização da Gestão da Educação (COMGED) Coordenação de Mídias Educacionais (COMIED) Gerência e Informática Educativa (GEINFE) Coordenação de Sistemas de Informação (COSINF) Coordenação de Serviços de Segurança de Rede (COSERS) o Escola de Aperfeiçoamento de Profissionais da Educação (EAPE) o Gabinete da Secretaria de Educação do GDF o Subsecretaria de Educação Básica (SUBEB) O GT deverá se reunir pelo menos uma vez a cada quinze dias para dar os encaminhamentos necessários à boa condução do Projeto. O GT deverá definir, também, a sua constituição formal em cada etapa do Projeto. É importante que sejam convidados outros órgãos do GDF, como a Casa Civil e as secretarias de Ciência e Tecnologia, da Criança, de Cultura, do Desenvolvimento Social e Transferência de Renda, do Trabalho, da Justiça, Direitos Humanos e Cidadania, da Juventude, da Promoção da Igualdade Racial, dentre outras. Além disso, devem ser convidadas também instituições que possam contribuir com a discussão a respeito da OP-ECD, como o Conselho de Educação do Distrito Federal (CEDF), o Sindicato de Professores no Distrito Federal (SINPRO-DF), o Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia (IBICT), a Universidade de Brasília (UnB), o Conselho de Biblioteconomia e a Defensoria Pública do DF (DP-DF), dentre outras. Página 26 de 34 Secretaria de Estado de Educação Subsecretaria de Modernização e Tecnologia Setor Bancário Norte, Quadra 02, Bloco C, Edifício Phenícia – 4º Andar Brasília-DF, CEP: 70.040-020 Telefone: 3901-3640 GOVERNO DO DISTRITO FEDERAL SECRETARIA DE ESTADO DE EDUCAÇÃO As atividades referentes ao Projeto devem se realizar de acordo com as seguintes etapas: ETAPA Etapa 1 ATIVIDADES PERÍODO DE EXECUÇÃO Apresentação e discussão do projeto-base com SUMTEC, SUBEB e Gabinete da SEEDF Reunião para constituição de GT e definição de papeis. De 2/10 a 11/11/2013 Discussão e aprovação do projeto-base com as áreas definidas pelo GT De 30/9 a 21/11/2013 Instalação e customização do Noosfero Etapa 2 De 21/10 a 21/11/2013 Apresentação do projeto-base para outras secretarias do GDF e para outros parceiros De 19 a 23/11/2013 Discussão do projeto-base com parceiros em ambiente virtual De 25/11 a 29/11/2013 Consolidação do Projeto-base para a próxima etapa Etapa 3 Discussão do projeto-base com coordenações regionais, núcleos de tecnologia educacional (NTEs), escolas e comunidade escolar (presencial) Discussão do Projeto-base com toda a comunidade escolar pela rede social Consolidação do Projeto-base para a próxima etapa Etapa 4 Elaboração do Projeto-piloto De 5/2 a 7/3 De 10/3 a 4/4/2014 De 7 a 11/4/2014 De 3/2 a 17/4/2014 Incorporação de ajustes, de acordo com resultados fornecidos pelo projeto-piloto e consolidação final do Projeto Escola na Cultura Digital Devolutiva dos resultados do projeto-piloto às coordenações regionais Adesão das escolas e formação Etapa 6 2 e 3/12/2013 De 25/11 a 17/1/2014 Aplicação do Projeto-piloto Etapa 5 De 1º a 21/11/2013 De 22/4 a 30/4/2014 14/5/2013, em evento especial 15 a 30/5/2014 Implantação do Projeto Escola na Cultura Digital A partir de 14/7/2014 Página 27 de 34 Secretaria de Estado de Educação Subsecretaria de Modernização e Tecnologia Setor Bancário Norte, Quadra 02, Bloco C, Edifício Phenícia – 4º Andar Brasília-DF, CEP: 70.040-020 Telefone: 3901-3640 Em todas as etapas, o Noosfero será a plataforma que abrigará as discussões, organizadas em fóruns temáticos, como apresentado no quadro a seguir. Cada tema será discutido em cinco eixos: Abordagem Pedagógica, Formação, Comunidade Escolar, Infraestrutura e Gestão. Todo tema terá um mediador, que será o mesmo para os cinco eixos transversais, responsável não apenas por mediar as discussões nos fóruns, mas também por sistematizá-las após o encerramento de cada etapa de discussão. O projeto resultante de cada etapa servirá de base para as discussões da etapa seguinte. Página 28 de 34 Secretaria de Estado de Educação Subsecretaria de Modernização e Tecnologia Setor Bancário Norte, Quadra 02, Bloco C, Edifício Phenícia – 4º Andar Brasília-DF, CEP: 70.040-020 Telefone: 3901-3640 GOVERNO DO DISTRITO FEDERAL SECRETARIA DE ESTADO DE EDUCAÇÃO Nº TEMAS 1 Organização do ambiente 2 Educação infantil 3 Ensino Fundamental – anos iniciais 3.1 4 4.1 Ensino Fundamental – anos iniciais. Distorção idade-série. Ensino Fundamental – anos finais Ensino Fundamental – anos finais. Distorção idade-série. 5 Ensino Médio 6 Escolas de Natureza Especial 6.1 Escolas Parque 6.2 Centro Interescolares de Língua 7 7.1 7.1.1 Educação em Diversidade Diversidade Cultural Educação Patrimonial 7.2 Diversidade Étnico- Racial 7.3 Diversidade de Gênero e Sexualidade 7.4 Diversidade Religiosa 8 Educação Profissional 9 Educação de Jovens e Adultos 10 Educação no Campo 11 Educação a Distância 12 Socioeducação 12.1 Educação Prisional e medidas Socioeducativas Página 29 de 34 Secretaria de Estado de Educação Subsecretaria de Modernização e Tecnologia Setor Bancário Norte, Quadra 02, Bloco C, Edifício Phenícia – 4º Andar Brasília-DF, CEP: 70.040-020 Telefone: 3901-3640 Nº 1 1.1 2 TEMAS TRANSVERSAIS Educação Integral Salas de vivência Educação Inclusiva 2.1 Transtorno Global do Desenvolvimento 2.2 Deficiências múltiplas 2.3 Deficiências sensoriais 2.4 Altas habilidades e superdotação 3 3.1 4 4.1 Educação em Direitos Humanos Educação ambiental Educação em C&T e Educomunicação Tecnologias e Mídias Educacionais 5 Educação e Mundo do Trabalho 6 Avaliação 7 Currículo em Movimento 8 Transletramento 8.1 Educação Física e Desporto Escolar 8.2 Letramento científico, tecnológico e informacional 8.3 Letramento Artístico Em paralelo às discussões acerca do Projeto-base, serão desenvolvidas soluções tecnológicas que apoiarão, de alguma forma, as atividades da OP-ECD. Dentre elas estão o Portal da SEEDF, que reunirá sítios e links com serviços relacionados às atividades da Secretaria, páginas de escolas e de órgãos da SEEDF, sistemas de gestão, sistemas estruturantes e redes de aprendizagem. O Portal dará acesso também às Bibliotecas Digitais da Secretaria, como a biblioteca de links e referências, a de recursos educacionais abertos, a biblioteca de livros, materiais didáticos, jogos e aplicativos Página 30 de 34 Secretaria de Estado de Educação Subsecretaria de Modernização e Tecnologia Setor Bancário Norte, Quadra 02, Bloco C, Edifício Phenícia – 4º Andar Brasília-DF, CEP: 70.040-020 Telefone: 3901-3640 GOVERNO DO DISTRITO FEDERAL SECRETARIA DE ESTADO DE EDUCAÇÃO educacionais e a links para bibliotecas digitais de instituições educacionais no Brasil e em países falantes da língua portuguesa. Página 31 de 34 Secretaria de Estado de Educação Subsecretaria de Modernização e Tecnologia Setor Bancário Norte, Quadra 02, Bloco C, Edifício Phenícia – 4º Andar Brasília-DF, CEP: 70.040-020 Telefone: 3901-3640 REFERÊNCIAS AQUINO, Maria Clara. Um resgate histórico do hipertexto: o desvio da escrita hipertextual provocado pelo advento da web e retorno aos preceitos iniciais através de novos suportes. In: UNIrevista, Rio Grande do Sul, vol. 1, n. 3, Julho 2006. AMIEL, Tel. Educação aberta: configurando ambientes, práticas e recursos educacionais. In: SANTANA Bianca; ROSSINI, Carolina; PRETTO, Nelson de Luca. Recursos Educacionais abertos: práticas colaborativas e políticas públicas. Salvador: EDUFBA. São Paulo: Casa da Cultura Digital, 2012. BUSH, Vannevar. As we may think. Disponível em: http://www.theatlantic.com/magazine/archive/1945/07/as-we-may-think/303881/. Acesso em 14 de agosto de 2013. BUSTAMANTE, Javier. Poder comunicativo, ecossistemas digitais e cidadania digital. 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