RELATÓRIO de Avaliação – JUNHO DE 2011 A FEVEREIRO DE 2012 Projeto Escola de Bons Conselhos Projeto Escola de Bons Conselhos Fevereiro de 2012 Página 1 RELATÓRIO de avaliação RELATÓRIO de Avaliação – JUNHO DE 2011 A FEVEREIRO DE 2012 Projeto Escola de Bons Conselhos Projeto Escola de Bons Conselhos FICHA TÉCNICA DO PROJETO Sergio Andrade Diretor Executivo Bruno Gomes Diretor de Projetos Carolina Caramuru Coordenadora de Comunicação Lucia Lyra Coordenação do Projeto Lídia Lira Assessoria Pedagógica Alexandre Nascimento Bethânia Maria Lira Educadores(as) sociais Página Ana Elizabete de Macedo Fabriciano Cleodon de Melo Ventura Simone Maria da Silva Souza Telma Cristiane Gonçalves da Silva Representantes do Grupo de Articulação Interescolar - GAI Ipojuca 2 Antônio Paulo da Silva Ana Luciana Costa Matias ÂngelaCoeli Rodrigues Cabral Pereira Glauciene de Oliveira Ataíde Frutuoso Joseane Imperiano Freitas José Ednaldo da Silva Nelma Mendonça Pereira Maria de Fátima Ribeiro Representantes do Grupo de Articulação Interescolar - GAI Alagoa Nova RELATÓRIO de Avaliação – JUNHO DE 2011 A FEVEREIRO DE 2012 Projeto Escola de Bons Conselhos Projeto Escola de Bons Conselhos Página 3 Kalina Lícia Cavalcanti Leal Belarmino Soraia Isaias de Souza Lane Rose Nunes de Oliveira Deolinda Correia da Silva Tatiane Barbosa da Silva Wanberto N.S.Mouzinho Adriana Silva P. Fernandes Representantes do Grupo de Articulação Interescolar - GAI Serra Redonda RELATÓRIO de Avaliação – JUNHO DE 2011 A FEVEREIRO DE 2012 Projeto Escola de Bons Conselhos Projeto Escola de Bons Conselhos SUMÁRIO Página 4 1. Apresentando o documento 2. Acompanhamento dos indicadores 3. Outros pontos a ser considerados 3.1 Grupo de Articulação Interescolar - GAI 3.2 Eleição - Processo de Mobilização 3.3 Atividade x Pesquisa - conselhos escolares: diagnóstico e possibilidades defortalecimento 3.4 Perfil dos Conselheiros Escolares - Alagoa Nova/PB 3.5 Diagnóstico Situacional dos Conselhos Escolares - Alagoa Nova/PB 4. Registro sobre os resultados no processo 5. O Projeto Escola de Bons Conselhos em 2012: considerações para a implementação das etapas. RELATÓRIO de Avaliação – JUNHO DE 2011 A FEVEREIRO DE 2012 Projeto Escola de Bons Conselhos Projeto Escola de Bons Conselhos 1 - APRESENTAÇÃO Este documento socializa a avaliação realizada pelo/as participantes do Projeto nos três municípios, bem como as atividades pedagógicas do Projeto Escola de Bons Conselhos de junho de 2011 a fevereiro de 2012. Nesse sentido, o texto explora o processo em busca dos objetivos propostos no período de elaboração do Projeto e atualiza a proposta revelando “novos” desafiossurgidos no decorrer da implementação das atividades. Este relatório revela também os esforços empregados para adequar as propostas metodológicas do projeto, bem como dos cadernos do MEC, à realidade política dos municípios. No caso das atividades de mobilização e sensibilização, nosso trabalho tem sido para tornar mais “sedutora” a metodologia para facilitar a adesão dos (as) segmentos que compõem o Conselho Escolar. Ao mesmo tempo, buscamos torná-la mais provocativa, com reflexões sobre as possibilidades e os limites deste trabalho, bem como dos próprios “conselhos” dos municípios com os quais trabalhamos. No final, o relatório aponta elementos importantes para o reposicionamento da equipe frente às demandas e necessidades de cada município. 2 - ACOMPANHAMENTO DOS INDICADORES OBSERVAÇÕES 44 Alagoa Nova – todas as escolas têm unidades executoras instituídas. Apesar de existir clareza em relação ao papel do conselho escolar que se insere diretamente na estruturade poder da escola, os conselheiros ainda não conseguem participar ativamente na gestão política da escola. 0 09 Ipojuca – das 77 escolas do município (20 urbanas e 57 rurais),em 39 existe Unidade Executora instituída, funcionando apenas com as atribuições inerentes de Unidade Executora, ou seja, instância responsável pela execução financeira dos recursos recebidos pela escola. Os recursos devem ser aplicados de acordo com as deliberações do Conselho Escolar, em Ipojuca esse movimento ainda não existe ficando a definição da aplicação dos recursos, segundos os multiplicadores sobre a decisão dos gestores das escolas. Serra Redonda – das 19 escolas municipais apenas nove tinham conselhos escolares Página QUANTIDADE 5 Indicador 1 - Número de conselhos existentes e ativos – etapa zero RELATÓRIO de Avaliação – JUNHO DE 2011 A FEVEREIRO DE 2012 Projeto Escola de Bons Conselhos Projeto Escola de Bons Conselhos constituídos, apesar de nunca terem exercidos atividades, ou seja, eram inativos. Diante do fato, foi definido pelo Grupo de Articulação Interescolar (GAI) a realização de eleições gerais para o conselho escolar em todo o município. Considerações As realidades distintas apontaram situações que ampliaram a dimensão dos objetivos propostos, o que comprometeu significativamente em Serra Redonda/PB e em Ipojuca/PE o cronograma de execução, sendo necessário um investimento maior no momento da mobilização para realização de eleições em Serra Redonda/PB e a implantação de uma nova proposta em Ipojuca /PE. A etapa Enraizamento e Ativação da proposta ampliou o diagnóstico construído a partir da pesquisa que compôs a elaboração do Projeto. Nessa etapa, as questões “problemas” enfrentadas pelos(as) educadores(as) revelaram fragilidades no que se refere à capacidade crítica e de autonomia por parte dos segmentos que compõem o Conselho Escolar. O acesso restrito às informações e conhecimentos sobre o funcionamento da escola distanciaram os pais, alunos e representantes da comunidade da gestão escolar. A confusão sobre o papel do conselho e da Unidade Executora, principalmente em Ipojuca, onde não há conselhos, é outro aspecto desafiador, agravado pela mentalidade pouco afeita aos princípios de gestão democrática, substituída, nesse caso, por uma visão mais instrumental da educação. Página Dificuldades enfrentadas na compatibilização de agendas e garantia dos compromissos pactuados junto às gestões, foram comuns em Ipojuca/PE e Serra Redonda/PB. No caso de Ipojuca, após quatro meses de tentativas infrutíferas para dar início ao projeto, a Agenda Pública, em conjunto com o ICC, propuseram à secretaria de educação um novo desenho para o projeto, focado na multiplicação a partir da vivência de processos com alguns representantes designados pelas escolas escolhidas pela prefeitura para participar do projeto (sete). Já em 6 Em Serra Redonda e Alagoa Nova, o enraizamento buscou provocar uma relação de pertencimento e incentivara descoberta da escola enquanto bem comum e patrimônio público. A discussão da gestão democrática procurou aprofundar a reflexão sobre tais descobertas: se a escola é patrimônio social, cabe a sociedade como um todo fortalecer a escola para que esta cumpra com a sua função social. E, assim, o Conselho Escolar foi apresentado pelos(as) educadores(as) como uma ferramenta fundamental para ampliar a participação na gestão escolar, tornando-a mais democrática. O envolvimento dos(as) conselheiros(as) aconteceu gradualmente a partir do confronto entre o desejo sobre o que se quer da escola e a possibilidade real de contribuição para dar forma a esse desejo. Assim, a ativação aconteceu de diferentes modos, tímida, mas provocando o interesse pelo tema. RELATÓRIO de Avaliação – JUNHO DE 2011 A FEVEREIRO DE 2012 Projeto Escola de Bons Conselhos Projeto Escola de Bons Conselhos Alagoa Nova, os Conselheiros demonstraram interesse pelo debate e pelas reflexões sobre a escola. Conscientes de que é preciso que o Conselho seja consequência da vivência da participação e de que a adesão à proposta do Conselho Escolar deve ser resultado de uma consciência sobre a importância desta participação, o projeto investiu ainda mais em atividades de mobilização da comunidade. Tais pressupostos e descobertas do campo, somadas às dificuldades mencionadas, trouxeram novas pistas para um trabalho de construção de alternativas para uma participação mais ativa, crítica, consciente e propositiva em cada município. Resultaram no redirecionamento das abordagens, as quais passaram a dar mais ênfase às metodologias participativas em que o diálogo, com diferentes contribuições, favorece a produção de saberes. Dentro da perspectiva da escola reconhecida como patrimônio social, a mobilização na implantação dos Conselhos Escolares buscou alcançar pais, alunos, professores, funcionários, gestores, lideranças comunitárias, agentes comunitários de saúde, religiosos, assistentes sociais, psicólogos(as), tornando a escola um espaço aglutinador de interesses e disposição para conquistas. Indicador 2 - Número de escolasvisitadas– etapa 0 QUANTIDADE 08 OBSERVAÇÕES Alagoa Nova – as atividades são desenvolvidas em todas as oito escolas urbanas. 0 Ipojuca – no novo formato do projeto no município - “Formação de Multiplicadores” – não prevemos visita às escolas. 12 Serra Redonda – o foco nas eleições promoveu visitas as escolas do município, visando à constituição dos comitês eleitorais e reuniões com os segmentos da escola e comunidade. Página As alterações no formato do projeto no município de Ipojuca não contemplam à realização de visitas às escolas. Com a mudança de metodologia mencionada acima, atualmente, as atividades são concentradas na sede do município, no Nascedouro de Talentos. Este novo formato do projeto, em Ipojuca, o qual prevê a “Formação de Multiplicadores”, requer que cada escola indique no mínimo 4 representantes para participar de forma permanente das oficinas realizadas pela Agenda Pública e também façam a multiplicação nas escolas juntos aos segmentos escolares e comunidade, bem como a realização da formação dos conselheiros escolares. 7 Considerações RELATÓRIO de Avaliação – JUNHO DE 2011 A FEVEREIRO DE 2012 Projeto Escola de Bons Conselhos Projeto Escola de Bons Conselhos Durante os quatro encontros previstos para os meses de novembro e dezembro, participaram 60 representantes de 11 escolas dos diversos segmentos, onde apenas 5 representantes participaram de todos as oficinas, fato que compromete a efetivação das atividades nas escolas. Diante disso, foi realizada uma reunião com a secretária-adjunta e representantes do Grupo de Articulação Interescolar – GAI (fevereiro de 2012) visando rever e (re)pactuar com a gestão municipal e gestores de cada escola participante em assumir, de fato, o compromisso em fazer a implementação da gestão democrática na escola uma prioridade. De imediato a equipe optou pela retirada de 4 escolas do projeto (Escola Nossa Senhora de Lourdes, Escola Santo Elias, Escola Santos Cosme e Damião e Escola Santa Inês), pela pouca participação dos representantes nos encontros, ficando 7 escolas para serem visitadas e pactuado através da assinatura do termo de adesão (anexo I), atividade realizada entre os dias 13 e 14 de fevereiro de 2012. Neste encontro também foi pactuado com a secretária adjunta e os representantes do GAI o calendário de atividades (anexo II) para o exercício de 2012. Durante as visitas realizadas as escolas, para assinatura do termo de adesão, apenas uma gestora assinou o termo de imediato, solicitando às demais um tempo maior para pactuar com os representantes. Indicador 3 - Número de oficinas “Um Bom Conselho” realizadas QUANTIDADE 01 OBSERVAÇÕES Alagoa Nova - a atividade foi realizada apenas no município de Alagoa Nova/PB, por ser o único com conselhos existentes e ativos. Considerações Página 8 A oficina “Um Bom Conselho” apresentou a pesquisa, “Conselhos Escolares: diagnóstico e possibilidades de fortalecimento”, o projeto Escola de Bons Conselhos, função do conselhoescolar e do papel da Secretaria de Educação. Participaram desse encontro representantes dos conselhos escolaresde todas as escolas municipais, gestores, coordenadores(as) e supervisores(as), além da secretária de educação. Na ocasião, foi entregue Termo de Adesão (anexo III) para as demais escolas que se interessassem em participar do projeto, indicando representantes para atuarem como multiplicadores na própria escola. Estas escolas serão chamadas no projeto de “escolas multiplicadoras”. As escolas em que realizamos diretamente as atividades, vivenciando os problemas daquela escola, são chamadas de “escolas participantes”. RELATÓRIO de Avaliação – JUNHO DE 2011 A FEVEREIRO DE 2012 Projeto Escola de Bons Conselhos Projeto Escola de Bons Conselhos Indicador 4 - Número de participantes nesta oficina QUANTIDADE 86 OBSERVAÇÕES Alagoa Nova – participaram da oficina representantes de todas as escolas municipais. Gênero/Sexo 9% Sexo Feminino 91% Sexo Masculino Oficina “ Um Bom Conselho” – Alagoa Nova -2011. Dados da Avaliação Ao término do encontro foi solicitado aos participantes analisarem as atividades desenvolvidas visando identificar se o trabalho atendeu plenamente aos objetivos a que se propôs, ou se precisa ser reformulado ou aperfeiçoado em alguns pontos. O questionário (anexoIV) buscou analisar a oficinas nos seguintes pontos:localização, recepção, organização, instalações, significância dos temas, carga horária, conteúdos programáticos, métodos e técnicas de aprendizagem. Outro ponto de análise se deteve ao desempenho dos facilitadores(as) nos seguintes recortes: empatia, comunicação, abordagem dos conteúdos e domínio dos conhecimentos. Avaliação - Oficina Página 9 Também fizeram parte da avaliação perguntas abertas onde os participantes puderam adicionar comentários a acerca das atividades e facilitadores(as), bem como deixar depoimento pessoal, destacando os pontos mais relevantes. RELATÓRIO de Avaliação – JUNHO DE 2011 A FEVEREIRO DE 2012 Projeto Escola de Bons Conselhos Projeto Escola de Bons Conselhos Localização 35% Muito boa 17% 22% 65% Organização Recepção Muito boa Boa Boa Regular 26% Muito boa Boa 74% 61% Carga horária Significância dos temas Instalações 9% 13% 22% Muito boa Boa 35% 56% Regular 52% Regular Métodos e técnicas de aprendizagem Muito boa 26% Muito boa Boa 43% Conteúdos programáticos 22% Muito boa Boa 44% Regular 26% Boa Muito boa Boa 48% 52% Regular 52% Avaliação - Facilitadores Muito boa Abordagem do conteúdo 26% Muito boa 39% 52% 18% Muito boa 4% Boa Boa Não respondeu 74% Boa 78% Não respondeu 10 9% Comunicação Página Empatia RELATÓRIO de Avaliação – JUNHO DE 2011 A FEVEREIRO DE 2012 Projeto Escola de Bons Conselhos Projeto Escola de Bons Conselhos Domínio dos conhecimentos Sua expectativa inicial foi atendida 4% 22% Muito boa Boa 78% 26% Superou Atendeu 70% Não respondeu Depoimentos “Ótimo encontro”, “Momentos de formação são importantes para o crescimento dos conselheiros”, “Entrosamento dos Conselheiros escolares”, “As dinâmicas estimularam a participação dos conselheiros escolares”, “Falta de definição / identificação de quem era da área rural e da área urbana”, “Interação dos facilitadores com os participantes”, “O encontro estimula a vontade de aprender mais”, “É importante a presença de todos para que possamos realizar melhor as ações e o nosso papel no Conselho escolar”, “O Projeto vem com este encontro nos ajudar a melhorar nossa escola e também a gente também”, “Muito importante para o nosso crescimento”. Indicador 5 - Número de encontros com as escolas participantes 11 47 Alagoa Nova – as atividades são desenvolvidas em todas nas oito escolas urbanas – 02 círculos de diálogos e 01 encontro de integração. Ipojuca – Foram realizados dois encontros previstos para o mês de novembro e dois para dezembro. Excepcionalmente, diante do novo formato do projeto, em 2012, foram realizadas reuniões em sete escolas participantes para assinatura do termo de adesão. Serra Redonda – o foco nas eleições promoveu visitas a todas as escolas do município, visando à constituição dos comitês eleitorais e reuniões com os segmentos das escolas e comunidade. Considerações Dos três municípios, Alagoa Nova chegou mais perto do ideal, realizando a sequência de atividades até o primeiro Encontro de Integração. No entanto, tivemos dificuldades dos representantes das escolas multiplicadoras em participar das atividades nas escolas participantes, pela não garantia do transporte, fato preocupante, pois a adesão das escolas multiplicadoras ao Projeto foi grande e a falta de transporte frustrou as expectativas. Para o 11 24 OBSERVAÇÕES Página QUANTIDADE RELATÓRIO de Avaliação – JUNHO DE 2011 A FEVEREIRO DE 2012 Projeto Escola de Bons Conselhos Projeto Escola de Bons Conselhos ano de 2012, foi (re)pactuado junto à secretária de educação do município e a equipe do GAI a participação desses representantes. Nesse encontro, ficou pactuadoo transporte para, no mínimo, dois representantes de 20 escolas multiplicadoras. Também neste encontro, foi entregue o calendário (anexoV) com todas as atividades previstas para o projeto em 2012. Destacamos ainda que nos encontros realizados nas escolas a presença de gestores (as), muitas vezes, silenciou o grupo, indicando que os desafios para consolidar a gestão democrática estão além da implantação do Conselho Escolar. Passa pelo fortalecimento na autonomia o que só é possível com conhecimento e unidade. Círculo de Diálogo Escola Menino de Jesus Alagoa Nova 2011 Página A maioria dos (as) participantes de Ipojuca, não faz parte do conselho escolar e a dificuldade em permanecer até o final da atividade e a rotatividade dos participantes em cada encontro levou à adequação da metodologia, introduzindo-se a retrospectiva permanente. Para isso acontecer sem desmotivar os demais participantes da oficina anterior e também não comprometer a carga horária já reduzida, a socialização pelos participantes(as) das atividades do intermódulo funcionou. Destacamos que os (as) participantes têm familiaridade com discussão, o que favorece a compreensão sobre o Projeto e posicionamentos críticos propositivos frente à realidade adversa a Gestão democrática. 12 Em Ipojuca, as justificativas para a falta de espaço nas agendas municipais são os acúmulos de responsabilidades trazidas pelos vários Projetos em execução no município, o que, ao mesmo tempo, revela paralelismo e ausência de complementaridade das ações. Para iniciar o movimento em Ipojuca, a proposta foi desenvolver atividades compactas (Círculos de Diálogos com fortes características de Encontros de Integração) introduzindo atividades de intermódulos, tarefas para serem feitas na própria escola de origem pelos multiplicadores indicados, como consequência do conteúdo abordado. A tarefa de multiplicação se faz por meio da vivência nas escolas e em outros espaços coletivos compartilhados pelos participantes. RELATÓRIO de Avaliação – JUNHO DE 2011 A FEVEREIRO DE 2012 Projeto Escola de Bons Conselhos Projeto Escola de Bons Conselhos Oficina – Formação de Multiplicadores – Nascedouro de Talento – Ipojuca 2011 Avaliação – Registros realizados pelos participantes – Ipojuca 2011 FELICITO... A disponibilidade de crescimento no aprendizado. O diálogo a respeito pelos temas abordados. Esclarecimento, conhecimento e interação. Aprendizagemquefoisignificativa. CRITICO... A falta de participação dos demais componentes do conselho escolar. O número de participantes. SUGIRO... Que melhore esse lanche, assim como melhorou o almoço Maisinteração dos participantes. Horárioextenso. Participação mais caracterizada, vivenciar todos os trabalhos. Que o lanche melhore como o almoço. Passar o dia todo e o lanche deveria ser melhor. Página Em Serra Redonda, os encontros realizados nas escolas em 2011 garantiram em reuniões com os segmentos escolares a apresentação do projeto e diálogo, esclarecendo o papel e a importância dos conselhos escolares. Neste momento, os pais percebiam que seriam capazes de participar dos conselhos, justificando o afastamento dos mesmos pela falta de conhecimento sobre as atividades desenvolvidas. Esses encontros de sensibilização garantem um movimento com alicerce estruturador, sobretudo, para a participação dos pais e mães nas escolas. 13 Outras avaliações – Ipojuca 2011 “O encontro foi ótimo para implantação do conselho escolar”, “Sim, porque era uma das minhas angústias quanto educadora, trabalhar a mobilização social e trazer a democracia participativa para a vivência escolar”, “Sua expectativa foi atendida – evidente e como foi. Só que quando estamos participando os nossos alunos ficam sem aula”, “Me esclareceu muitas dúvidas”, “Conteúdo amplo que abre espaço para discussão”, “A troca inicial das experiências e opiniões vivenciada engrandeceu e acrescentou na minha formação, enquanto membro da comunidade escolar”. RELATÓRIO de Avaliação – JUNHO DE 2011 A FEVEREIRO DE 2012 Projeto Escola de Bons Conselhos Projeto Escola de Bons Conselhos Encontro com as mães e reunião com Prefeito – Serra Redonda 2011. Quanto às eleições de conselheiros (as) escolares, entendemos a importância em pactuá-las, não só com as escolas, mas com toda a comunidade do município, com outras políticas setoriais e com a sociedade civil organizada. Para tanto, foi implantado em 2012 um “Comitê de Mobilização Intersetorial. Desta forma, o diálogo sobre a importância da participação na construção da escola pública ultrapassa os muros das escolas. Em Serra Redonda, o retorno às aulas em 2012 se dará no início de março, em virtude da realização de concurso público, o qual está na fase de contratação da nova equipe, adiando assim as eleições para o dia 23 de março. Mesmo sem a equipe nas escolas, as atividades do Projeto para 2012 já foram pactuadas com a equipe do GAI e com a coordenadora pedagógica, por meio da entrega do calendário de atividade (anexo VI). Indicador 6 - Número de participantes presentes às atividades (reuniões, assembleias, encontros, círculos de diálogo) Página Buscando evitar a redução da carga horária e/ou o cancelamento de atividades, para o ano de 2012, todos os três municípios pactuaram o calendário, inclusive com socialização das datas no calendário do sítio do Instituto Camargo Corrêa - ICC, possibilitando aos demais projetos do Programa Escola Ideal adequarem as datas para realização das suas atividades. 14 Uma questão ameaçadora comum aos três municípios em 2011 esteve relacionada ao conflito entre o calendário elaborado para o Projeto, o qual teve início no segundo semestre de 2011, com o calendário planejado pelas escolas no início do primeiro semestre de 2011. Nesse sentido, nem sempre a adequação preservou a carga horária e garantiu o aprofundamento necessário ao desenvolvimento da metodologia, em que o diálogo é a característica central e propulsora da tomada de consciência sobre a importância da participação na gestão pública e, por consequência, a sensibilização e adesão aos Conselhos Escolares. Algo que exige tempo para assegurar a expressão dos participantes, uma análise de seus discursos e o direcionamento da abordagem por parte do (a) educador (a) do projeto. RELATÓRIO de Avaliação – JUNHO DE 2011 A FEVEREIRO DE 2012 Projeto Escola de Bons Conselhos Projeto Escola de Bons Conselhos ALAGOA NOVA ATIVIDADES Reuniões - secretária de educação e representantes do GAI Oficina - realização da 1ª oficina PBL ANO 2011 2012 QUANTIDADE DE PARTICIPANTES 24 85 Círculos de diálogo, encontros de integração e mobilização nas escolas 392 Balanço das ações e avaliação participativa 19 Reunião-secretária de educação e representantes do GAI IPOJUCA 08 ANO ATIVIDADES 2011 2012 QUANTIDADE DE PARTICIPANTES Oficinas - formação de multiplicadores/as 108 Balanço das ações e avaliação participativa 30 Reunião - secretária adjunta representantes do GAI - 05 Reuniões – realizadas nas escolas /assinatura ao termo de adesão - 36 SERRA REDONDA ANO ATIVIDADES 2011 2012 QUANTIDADE DE PARTICIPANTES Reuniões - realizadas nas escolas / mobilização para as eleições 332 - Reuniões – representantes do GAI 13 - Balanço das ações e avaliação participativa Reuniões - comitê de mobilização e com representantes das secretárias de saúde, assistência social, sindicato dos trabalhadores rurais, associações, igrejas entre outros. 12 - - 45 Fotos Página 15 Alagoa Nova/PB RELATÓRIO de Avaliação – JUNHO DE 2011 A FEVEREIRO DE 2012 Projeto Escola de Bons Conselhos Projeto Escola de Bons Conselhos Reunião – pactuar calendário 2012 - secretária de educação e equipe do GAI – Alagoa Nova 2012. Serra Redonda/PB Atividades em Serra Redonda – fevereiro de 2012 Ipojuca/PE Reunião para assinatura do Termo de Adesão - Escola AgroUrbana, Ipojuca 2012. Página A produção do material contempla todas as etapas do Projeto sendo também resultante das mesmas: um fichário com sete cadernos, alguns deles construídos coletivamente com os participantes, ao longo das etapas. 16 Indicador 7 - Material de apoio produzido nesta etapa (ativação e enraizamento) RELATÓRIO de Avaliação – JUNHO DE 2011 A FEVEREIRO DE 2012 Projeto Escola de Bons Conselhos Projeto Escola de Bons Conselhos O Material Didático dirigido aos(as) multiplicadores(as) e participantes, busca fundamentar e instrumentalizar as equipes para prática do Construtivismo e da metodologia dialógica que renega a transmissão vertical de conteúdos e aposta na construção de saberes a partir de conhecimentos partilhados. Esse processo construtivo valoriza a reflexão permanente. Neste sentido, os cadernos disseminam a metodologia dialógica e provocam a autonomia dos atores sociais e educadores na construção contínua e permanente da democracia revendo e adotando atitudes que favoreçam esse exercício que não se restringe a sala de aula, mas remete a vida cotidiana. A corresponsabilidade com os resultados permeia toda a linguagem e produção didática. Refletir sobre papeis e competências valorizando o exercício de cidadania transforma os cadernos em referências para novas produções. A ideia não é reduzir o material as suas capas. A organização dos textos traduzem pensamentos e ideais de vários autores e pesquisadores da gestão democrática e de outros conteúdos que transversalizam o tema. Os cadernos do Programa Nacional de Fortalecimento dos Conselhos Escolares foram contemplados também como fundamentação para a proposta metodológica apresentada nos sete cadernos. Entende-se que o conhecimento que nasce do processo de inquietação, questionamento e reflexão pode se tornar mais estruturador de práticas “revolucionárias”. As mudanças esperadas a partir da utilização do material didático elaborado na implementação das etapas do projeto estão diretamente relacionadas à eficácia das ações na perspectiva da efetividade dessas nos diferentes cenários onde a Gestão democrática pode se tornar uma prática condizente com a educação para a vida com justiça social. Eficácia no alcance dos objetivos propostos e efetividade nas mudanças de atitude que transformam a realidade. 17 (anexo VII) Parte II Encontro por segmentos Semana da cidadania Desenvolvendo a semana da cidadania Página Parte I Grupo articulador interescolar – GAI Atividade de diagnóstico e mobilização Encontro de integração Círculos de diálogo RELATÓRIO de Avaliação – JUNHO DE 2011 A FEVEREIRO DE 2012 Projeto Escola de Bons Conselhos Projeto Escola de Bons Conselhos Caderno 4 GESTÃO DEMOCRÁTICA NAS ESCOLAS - Cardápio de possibilidades. GESTÃO DEMOCRÁTICA NAS ESCOLAS - “Sou conselheiro, mãos a obra!” – o exercício da gestão democrática nas escolas. Caderno 5 GESTÃO DEMOCRÁTICA NAS ESCOLAS Conselho escolar: conversa afiada com a família. Caderno 6 Caderno 7 GESTÃO DEMOCRÁTICA NAS ESCOLAS - Fórum municipal de conselhos escolares – institucionalização e fortalecimento GESTÃO DEMOCRÁTICA NAS ESCOLAS Multiplicadores do processo: santo de casa faz milagre? 18 GESTÃO DEMOCRÁTICA NAS ESCOLAS - Eleições participativas do conselho escolar. Caderno 3 Página Caderno 2 RELATÓRIO de Avaliação – JUNHO DE 2011 A FEVEREIRO DE 2012 Projeto Escola de Bons Conselhos Projeto Escola de Bons Conselhos 3 - QUESTÕES METODOLÓGICAS E DE PROCESSO 3.1 - GRUPO DE ARTICULAÇÃO INTERESCOLAR - GAI O GAI é formado por representantes das secretarias de educação que atuam junto às equipes de professores(as), orientando e acompanhando a prática socioeducativa. A atuação do GAI concretiza a proposta junto às escolas multiplicadoras, ampliando o universo de cobertura da gestão democrática e a implantação dos Conselhos Escolares. O GAI ainda não assumiu a função prevista na perspectiva da institucionalização do Projeto. Há muita fragilidade na compreensão sobre o papel dos Conselhos e diferentes concepções de participação. É preciso atuar de forma mais direcionada junto às pessoas indicadas para compor o GAI, favorecendo assim, a interlocução do Projeto junto às escolas multiplicadoras. Os momentos com o GAI priorizam a atualização do diagnóstico (avaliação de processo) e o estudo aprofundando a temática em evidência, bem como os conteúdos que transversalizam a gestão democrática. O Cardápio de Possibilidades a ser construído a partir da realidade de cada município, facilitará a atuação do GAI, pois trata da gestão democrática em todos os espaços da escola. 3.2 - ELEIÇÃO – PROCESSO DE MOBILIZAÇÃO A eleição é um exercício da democracia que materializa a liberdade de expressão e o direito de escolha correspondente às necessidades individuais e coletivas. A eleição de conselheiros (as) escolares exige conhecimento sobre a gestão democrática e a compreensão sobre a importância da participação na construção da escola pública. Página O Comitê de Mobilização se reúne e discute sobre a importância da gestão democrática nas escolas e sobre o papel dos conselhos nesse processo. Nestes momentos, também planejamos a nossa atuação instrumentalizando os profissionais e lideranças para atuarem como 19 Em Serra Redonda/PB, estamos vivenciando o período de mobilização para realização das eleições para o conselho escolar em todo o município. Nesse período, estão juntos gestores das escolas, comunidade escolar e local dialogando sobre participação, sobre gestão democrática, sobre como cada um pode contribuir nesse processo. A integração de outras políticas setoriais e de setores da sociedade civil organizada resultou na criação do “Comitê de Mobilização Intersetorial”. Nele contamos com representantes da secretaria de saúde, assistência social, conselhos de direito, conselho tutelar, igreja católica, igreja Tabernáculo de Jesus Cristo, igreja batista, igreja Assembleia de Deus, Fundação São José Maria Pires, associação artesã, associação rural e associação quilombola. RELATÓRIO de Avaliação – JUNHO DE 2011 A FEVEREIRO DE 2012 Projeto Escola de Bons Conselhos Projeto Escola de Bons Conselhos mobilizadores(as). Para tanto, produzimos material de divulgação, como: folders, cartazes, folhetos, bem como, material gravado para reprodução em carro de som e rádio comunitária. Material publicitário folder cartaz folheto Página Como norte para o processo de eleição, elaboramos o segundo caderno da coletânea GESTÃO DEMOCRÁTICA NAS ESCOLAS– “Eleições participativas do conselho escolar”, o qual trás contribuições para a realização de eleições dos conselhos. No caderno 2 buscamos roteirizar alguns pontos indispensáveis para o processo eleitoral participativo. O conteúdo desse caderno, não traz diretrizes, essas pertencentes ao espaço de autonomia da escola, apenas traduz os 20 3.2.1 - Caderno 2 - GESTÃO DEMOCRÁTICA NAS ESCOLAS – “Eleições participativas do conselho escolar” RELATÓRIO de Avaliação – JUNHO DE 2011 A FEVEREIRO DE 2012 Projeto Escola de Bons Conselhos Projeto Escola de Bons Conselhos diálogos traçados com os representantes das escolas e secretaria de educação para realização das eleições no município de Serra Redonda/PB. Neste caderno também iremos apresentar as experiências democráticas levadas adiante em outras cidades (Vila Velha, Fortaleza, Osasco e São João do Meriti). Tendo o cuidado de não taxar como melhores práticas, ou exemplos a serem seguidos, e sim que possa ser uma inspiração. Aquela que quando compreendida traz o frescor necessário à alma para seguir com mais intensidade a caminhada. A importância das experiências democráticas retratadas está, portanto, na diversidade de respostas que outras pessoas, em outras cidades e outras escolas deram às perguntas que se colocaram. Talvez, sem sabê-lo à época, estavam construindo inspiradores caminhos, para todos aqueles, que tem se debruçado sobre como participar mais e melhor dos conselhos escolares. Em fim, essa publicação busca somar-se a tantas outras existentes, porém a construção coletiva de todas as etapas do processo de mobilização para as eleições no município de Serra Redonda/PB e os depoimentos dos mobilizadores(as) identificando como a sua prática esteve a serviço da mobilização, terá enfoque prioritário. Portanto, mais significativo do que a eleição é o processo que a consolida promovendo a transformação social. 3.3 - ATIVIDADE X PESQUISA - CONSELHOS ESCOLARES: DIAGNÓSTICO E POSSIBILIDADES DE FORTALECIMENTO Página O segmento dos pais constitui o mais difícil de ser conquistado e convencido a participar. Num recorte de gênero, as mães têm maior participação do que os pais, tanto nas reuniões de pais e mestres como nos conselhos escolares. Segundo os entrevistados, a falta de conhecimento do que seja o conselho contribui para a baixa participação, mas outro fatorapontado para o baixo interesse é o pensamento de que a educação dos filhos está exclusivamente a cargo apenas da escola. Nas escolas rurais, essa dificuldade é ainda mais agravada pela baixa valorização dada 21 O projeto contou com contribuições de uma pesquisa-diagnóstico,as quais subsidiaram e contribuírampara o planejamento das suas atividades. Entre as conclusões apresentadas pela pesquisa, destacamos algumas questões que tem se revelado fundamentais na compreensão das problemáticas que enfrentamos no projeto: RELATÓRIO de Avaliação – JUNHO DE 2011 A FEVEREIRO DE 2012 Projeto Escola de Bons Conselhos Projeto Escola de Bons Conselhos aos estudos. Nesse sentido, é importante não “culpabilizar” os pais, mas refletir sobre a prática da escola junto às famílias e rever processos que desfavorecem a relação de pertencimento da família em relação à escola, sendo essa uma via de mão dupla. Outro ponto trazido pela pesquisa aponta para a participação dos alunos no conselho com caráter meramente formal, ou seja, apenas para que o Conselho possa ser instituído. Depois da constituição do conselho, os alunos, geralmente, se afastam. Esse segmento, entre todos os demais, foi o que menos demonstrou ter conhecimento sobre o conselho. Essa informação vem sendo confirmada e provoca discussões sobre encontro intergeracional, protagonismo juvenil, relações de poder estabelecidas entre professor x aluno / educador = educando, entre outros elementos que estão na periferia e, ao mesmo tempo, no centro da gestão democrática. Nas atividades, o(a) educador(a) do projeto vem buscando alcançar a participação ativa dos(as) alunos(as) o que nem sempre tem tido sucesso. A presença de adultos com acúmulo de conhecimentos e/ou relação de poder estabelecida por outros elementos têm dificultado a participação dos(as) alunos(as). Os diretores e gestores entrevistados durante a pesquisa foram os que demonstraram maior domínio sobre a matéria. Estes, na grande maioria, são os seus presidentes e os maiores responsáveis no caso dos conselhos mais ativos. Na zona rural, são os professores que acabam assumindo a liderança do Conselho. 3.4 – PERFIL CONSELHEIROS ESCOLARES DE ALAGOA NOVA/PB Página 22 Na prática, nem sempre quem tem conhecimento usa-o como ferramenta para o fortalecimento da democracia. A dominação pelo conhecimento ainda é comum numa cadeia de exclusão pelo desconhecimento. É preciso investir na compreensão sobre a informação tornando-a elemento de formação. O acesso ao material didático do MEC para a formação de Conselhos Escolares, por exemplo, ainda é prerrogativa do(a) gestor(a) e professores (as), tornando-os(as) diferenciados(as) nesse processo. O material pode/deve ser usado em reuniões de pais que, na maioria das vezes, se restringem à exposição das fragilidades dos (as) alunos (as). RELATÓRIO de Avaliação – JUNHO DE 2011 A FEVEREIRO DE 2012 Projeto Escola de Bons Conselhos Projeto Escola de Bons Conselhos O município de Alagoa Nova foi o único em que se realizou a Oficina Baseada na Análise de Problemas Contextualizados (PBL). Esta contou com a participação dos conselheiros escolares de todas as escolas do município. Nessa oficina também foi realizada uma pesquisa junto aos conselheiros/as escolares visando identificar o perfil desse público, (anexo VIII) com vistas a subsidiar a secretaria e o projeto no planejamento de suas atividades. Para tanto,os(as) conselheiros(as) responderam perguntas referentes à vida pessoal e profissional e sobre a sua atuação como conselheiro(a) escolar. Dos presentes que responderam a pesquisa, representa um percentual de 20% dos conselheiros escolares do município de Alagoa Nova. A dificuldade em localizar os conselheiros(as) em Serra Redonda, devido a existência meramente formal dos conselhos escolares e a indefinição sobre as escolas participantes em Ipojuca, adiaram a realização da pesquisa, que visa identificar o perfil dos conselheiros(as). Esta atividade será realizada à medida que as dificuldades sejam superadas, realização das eleições em Serra Redonda e assinatura do termo de adesão pelas escolas em Ipojuca. Identificação Pessoal Dos presentes que responderam as fichas, somamos 41 participantes. Destes, três não são conselheiros escolares. Quanto ao sexo/gênero, 98% são do sexo feminino e apenas 2% do sexo masculino. Alagoa Nova é o município de nascimento da maioria dos participantes, com 56% de “nativos”, seguido de 17% de Campina Grandee 10% domunicípio de Esperança. GRÁFICO 1 - SEXO/GÊNERO GRÁFICO 2 - NATURALIDADE ALAGOA NOVA MASCULINO 2% 5% CAMPINA GRANDE ESPERANÇA 10% SÃO PAULO 56% 98% 17% TAMBE NÃO RESPONDEU 23 FEMININO 10% Página 2% RELATÓRIO de Avaliação – JUNHO DE 2011 A FEVEREIRO DE 2012 Projeto Escola de Bons Conselhos Projeto Escola de Bons Conselhos GRÁFICO 3- RAÇA / COR A cor parda aparece na declaração BRANCA de 68% dos participantes, seguida 29% PRETA 68% de branca (29%) e preta (3%). PARDA 3% A faixa etária com maior número de conselheiro encontra-se entre 46 a 51 anos, sendo estes 44% dos participantes, como mostra o gráfico 4 abaixo. Quanto ao grau de instrução, o ensino fundamental (completo e incompleto) soma 25% e o ensino médio 24%. O ensino superior e a pós-graduação juntos somam 51% dos participantes, como mostra os gráficos 5abaixo. GRÁFICO 4- FAIXA ETÁRIA DOS CONSELHEIROS 19% 22% 22% 20 A 30 ANOS 31 A 45 ANOS 17% 8% 7% 7% 46 A 51 ANOS 44% NÃO RESPONDEU 22% 17% SUPERIOR COMPLETO SUPERIOR INCOMPLETO PÓS-GRADUAÇÃO Um ponto de destaque, como mostra o gráfico a seguir, refere-se ao vínculo com administração pública, onde encontramos um percentual de 71% dos participantes como funcionário efetivo, fato muito favorável, pois temos a oportunidade de trabalharmos com representantes dos conselheiro/a que mesmo após o mandato poderão continuar apoiando a implementação da gestão democrática junto à comunidade escolar. A participação em atividades sociais e comunitárias concentra-se, na sua maioria, nas atividades em conselhos, com 57% dos participantes, seguidas de participação em associação de bairros (8%). Outros destacam participação em atividades de igreja, sindicatos, pastoral social, partido político e serviço de voluntário. (gráfico 7). 24 7 A 19 ANOS 5% FUNDAMENTAL INCOMPLETO FUNDAMENTAL COMPLETO ENSINO MÉDIO INCOMPLETO MÉDIO COMPLETO Página 10% GRÁFICO 5 - ESCOLARIDADE RELATÓRIO de Avaliação – JUNHO DE 2011 A FEVEREIRO DE 2012 Projeto Escola de Bons Conselhos Projeto Escola de Bons Conselhos GRÁFICO 6 - VÍNCULO COM ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA 10% 5% 7% 7% 71% FUNCIONÁRIO/A PÚBLICO EFETIVO CARGO COMISSÍONADO PRESTADORES DE SERVIÇOS OUTROS GRÁFICO 7 - PARTICIPAÇÃO EM ATIVIDADES SOCIAIS E COMUNITÁRIAS 31% CONSELHERO/A OUTROS CONSELHOS ASSOCIAÇÃO DE BAIRRO PARTICIPANTE DE PROJETO OUTROS 57% 4% 8% NÃO RESPONDEU GRÁFICO 8 - COMPOSIÇÃO FAMÍLIAR 10% 1 A 5 PESSOAS 22% 6 A 10 PESSOAS NÃO RESPONDEU 68% A composição familiar entre os conselheiros que responderam à entrevista mostra que a maioria tem entre 1 a 5 pessoas por domicílio (68%), seguida de 22% na faixa de 11 a 15 pessoas, como mostra o gráfico ao lado. Os gráficos 9 e 10 a seguir tratam da faixa de renda dos conselheiros. Quando tratamos de renda pessoal observamos que o maior percentual (46%) está na faixa entre R$ 545,01 a 1.090,00. Já considerando a renda familiar nesta mesma faixa observa-se um percentual de 22%. GRÁFICO 10 - RENDA FAMÍLIAR 3% 5% 10% 24% 46% NÃO TEM RENDA INDIVIDUAL NÃO RESPONDEU MAIS DE R$ 10.900,01 3% 2% 17% 34% MAIS DE R$ 2.725,01 ATÉ R$ 5.450,00 MAIS DE R$ 1.090,01 ATÉ R$ 2.725,00 MAIS DE R$ 545,01 ATÉ R$ 1.090,00 22% 22% ATÉ R$ 545,00 NÃO RESPONDEU 25 5% 7% MAIS DE R$ 5.450,01 ATÉ R$ 10.900,00 MAIS DE R$ 2.725,01 ATÉ R$ 5.450,00 MAIS DE R$ 1.090,01 ATÉ R$ 2.725,00 MAIS DE R$ 545,01 ATÉ R$ 1.090,00 ATÉ R$ 545,00 Página GRÁFICO 9 - RENDA PESSOAL RELATÓRIO de Avaliação – JUNHO DE 2011 A FEVEREIRO DE 2012 Projeto Escola de Bons Conselhos Projeto Escola de Bons Conselhos A pesquisa foi realizada no momento da oficina PBL, que teve como público representante dos conselheiros escolares de todas as escolas municipais. Os representantes do segmento dos professores(as) apresentou um percentual de 34%, sendo este o segmento mais representado, seguidos dos funcionários(as) com 17% e gestores 15%. Os segmentos dos pais e mães e alunos(as) somados representam um percentual de 22%, como demonstra o gráfico 11 abaixo. GRÁFICO 11 - SEGMENTO QUE REPRESENTA 5% 7% PAIS E MÃES 17% 15% ALUNOS/AS PROFESSORES/AS 5% FUNCIONÁRIOS/AS GESTOR/AS NÃO RESPONDEU 17% NÃO SE APLICA 34% Os gráficos 12, 13 e 14 referem-se ao melhor horário, dia da semana e disponibilidade para os conselheiros atuarem. O horário da tarde (71%) e a sexta-feira (44%) aparecem com o maior percentual. Sobre a disponibilidade de participar de reunião do conselho, a alternativa mais frequente é “uma vez ao mês”. GRÁFICO 12 - MELHOR HORÁRIO PARA PARTICIPAR DAS ATIIVDADES NA ESCOLA 7% GRÁFICO 13 - MELHOR DIA DA SEMANA PARA PARTICIPAR DE ATIVIDADE NA ESCOLA MANHÃ 2% 7% 5% 2% 9% NÃO SE APLICA 12% TARDE 22% SEXTA-FEIRA QUARTA-FEIRA QUNITA-FEIRA 44% TERÇA-FEIRA SEGUNDA-FEIRA SÁBADO NÃO RESPONDEU NÃO SE APLICA 26 19% Página 71% RELATÓRIO de Avaliação – JUNHO DE 2011 A FEVEREIRO DE 2012 Projeto Escola de Bons Conselhos Projeto Escola de Bons Conselhos GRÁFICO 14 - DISPONIBILIDADE PARA PARTICIPAR DE REUNIÃO DO CONSELHO ESCOLAR 5%7% 7% UMA VEZ POR MÊS UMA VEZ POR SEMANA DUAS VEZES POR MÊS 20% 61% NÃO TEM DISPONIBILIDADE NÃO SE APLICA Quanto ao tempo de mandato, os representantes em sua grande maioria, estão no primeiro mandato (60%) e apenas 37% participaram de alguma capacitação, esta patrocinada pelo departamento da prefeitura responsável pelos conselhos escolares, o qual teve como base o material do Programa Nacional de Fortalecimento dos Conselhos Escolares. (gráficos 15 e 16). GRÁFICO 15 - QUANTIDADD DE MANDATOS COMO CONSELHEIRO ESCOLAR 5% GRÁFICO 16 - PARTICIPOU DE CAPACITAÇÃO 2% 7% 8% 37% 27% 60% UM MANDATO SIM DOIS MANDATOS NÃO NÃO RESPONDEU NÃO SE APLICA NÃO RESPONDEU 54% NÃO SE APLICA A última pergunta referia-se a autoavaliação dos conselheiros sobre o seu desempenho. O gráfico 15 abaixo revela que 5% informou ter uma “excelente” atuação, 44% declarou ter uma “boa atuação”, 10% atuação “muito boa”, 17% “não soube avaliar”, 15% informou que sua atuação é “regular”. GRÁFICO 15 - AUTO AVALIAÇÃO SOBRE SUA ATUAÇÃO COMO CONSELHEIRO/A EXCELENTE 2% 7% 5% 10% MUITO BOM BOM 17% REGULAR NÃO RESPONDEU NÃO SE APLICA 3.5 - DIAGNÓSTICO SITUACIONAL DOS CONSELHOS ESCOLARES DE ALAGOA NOVA /PB Página 44% 27 NÃO SABE AVALIAR 15% RELATÓRIO de Avaliação – JUNHO DE 2011 A FEVEREIRO DE 2012 Projeto Escola de Bons Conselhos Projeto Escola de Bons Conselhos A aplicação de questionário(anexo IX) com os gestores/as das escolas participantes do projeto teve como objetivo atualizar as informações sobre o funcionamento dos conselhos escolares. Devido à falta de conselhos instituídos em Serra Redonda e indefinição das escolas participantes em Ipojuca/PE, realizamos a atividade até o momento apenas no município de Alagoa Nova/PB. A atividade foi realizada através de visitas às escolas e a aplicação do questionário ocorreu em diálogo com a/o gestor/a. As informações coletadas fazem referência às atribuições dos conselhos escolares, como: existência de calendários de reunião, acompanhamento da evolução dos indicadores educacionais, elaboração do plano de formação continuada dos conselheiros entre outras. A seguir iremos apresentar em gráfico a forma de funcionamento desses conselhos. A visão apresentada pelos gestores(as) sobre o funcionamento dos conselhos escolares nos surpreende com resultados extremamente favoráveis, os quais, em alguns pontos, chegam a contradizer o que foi apresentado na pesquisa inicial. No entanto, esta visão pode ser matizada pelo fato de os gestores apresentarem maior domínio sobre a matéria, segundo a pesquisa. Também podemos dizer que estes confundem seu próprio exercício profissional com a atividade de conselheiro(a), levando-os a projetar percepções não compartilhadas pelos demais integrantes do conselho. O resultado deste diagnóstico será trabalhado nas oficinas “Sou conselheiro, mãos à obra!” e “Um bom conselho: melhorando a qualidade do ensino e o aprendizado nas escolas públicas”, previstas para o ano de 2012, onde serão também discutidas às atribuições dos conselhos escolares, ampliando o diálogo para todos os segmentos do conselho. Tabela 1 – Período de início e término do atual mandato do Conselho Escolar Página Questionadas sobre a data de início e término do atual mandato do Conselho Escolar, apenas a gestora da Creche Professor Clodomiro Leal, não tinha conhecimento, pois assumira as atividades há pouco tempo. Destacam-se duas escolas com o término do mandato previsto para os meses de setembro/2011 e junho/ 2012, apresentadas na tabela a seguir. 28 Foram entrevistadas as gestoras/as das seguintes escolas: E.M Maria Luíza de Aquino, Colégio Municipal Violeta Costa de Souza, Creche Professor Clodomiro Leal, E.M Dr.Fernando Cunha Lima, E.M Menino Jesus, E.M Padre Abdias Leal, E.M Paulo Antônio Gaião e E.M Santa Luzia. Essas escolas dentro do projeto são contempladas diretamente no processo de implantação dos Conselhos Escolares protagonizando todas as atividades, denominadas escolas participantes. Todas têm Conselho Escolar constituído e em funcionamento seguindo as gestoras. RELATÓRIO de Avaliação – JUNHO DE 2011 A FEVEREIRO DE 2012 Projeto Escola de Bons Conselhos Projeto Escola de Bons Conselhos NOME DAS ESCOLAS PARTICIPANTES INÍCIO TÉRMINO Colégio Municipal Violeta Costa de Souza 06/06/2010 06/06/2012 E.M Padre Abdias Leal 06/05/2011 06/05/2013 E.M Maria Luíza de Aquino 14/04/2011 14/04/2013 E.M Santa Luzia 28/03/2011 28/03/2013 E.M Paulo Antônio Gaião 23/03/2011 23/03/2013 E.M Menino Jesus 08/09/2009 08/09/2011 E.M Dr.Fernando Cunha Lima 06/04/2011 06/04/2013 Seguimos questionando sobre o cargo dos atuais presidentes dos conselhos escolares, a partir daí identificamos que 88% são constituídos por professoras, ficando apenas 12% da presidência dos Conselhos Escolares ocupadas pela gestora adjunta da escola (gráfico 1). O gráfico 2, retrata o conhecimento dos gestores(as) sobre a existência ou não dalei de criação dos Conselhos Escolares, no qual percebemos que 62% informou que sabe da existência da Lei, 25% não soube informar se existe tallei e apenas 13% não opinou sobre o tema. GRÁFICO 1 - Cargo /função do(a) presidente atual do CE GRÁFICO 2 - Existe Lei de criação do Conselho Esclar? 12% SIM 13% GESTORA ADJUNTA NÃO SABE 25% PROFESSORES(AS) 88% 62% NÃO INFORMOU Página 29 Quanto à existência do regimento interno dos Conselhos Escolares, instrumento importante que define as ações, como calendário de reuniões, substituição dos conselheiros, processo de tomada de decisão, indicações das funções do Conselho entre outras, um percentual elevado de 87% das gestoras declarou existir regimento interno do conselho em cada escola. Ainda neste mesmo tema foi solicitado informar sobre a participação dos conselheiros escolares no processo de discussão, elaboração ou alteração do regimento escolar. Observamos no gráfico 4 também um percentual elevado de 87% confirmando esta participação. RELATÓRIO de Avaliação – JUNHO DE 2011 A FEVEREIRO DE 2012 Projeto Escola de Bons Conselhos Projeto Escola de Bons Conselhos GRÁFICO 3 - Existe regimento interno do CE? 13% GRÁFICO 4 - O CE participou do processo de discussão, ou elaboração do regimento escolar? 13% SIM SIM NÃO NÃO 87% 87% Cada Conselho Escolar deve chamar a si a discussão de suas atribuições prioritárias, e empenharse no processo de construção de um projeto político-pedagógico coerente com seus objetivos e prioridades, definidos em função das reais demandas da comunidade escolar e local. Para tanto, questionamos os(as) gestores(as) sobre a participação dos conselheiros(as) na discussão/definição do projeto político-pedagógico (PPP) de cada unidade escolar. Observamos um resultado de 75% que declarou que todos os segmentos do Conselho Escolar participam da discussão do PPP, ficando um percentual de 25% sem participação ou apenas com a participação dos professores, independente de serem ou não conselheiros (gráfico 5). GRÁFICO 5 - O CE participa da discussão /definição do projeto políticopedagógico da unidade escolar? 13% Todos os segmentos participaram 12% Apenas os gestores e professores participaram, independente do conselho O CE não participou 75% Página A elaboração do plano de formação continuada pelo Conselho Escolar, visando ampliar a qualificação da atuação dos conselheiros, também foi um dos pontos abordados. De acordo com o gráfico 7, 100% das gestoras informou não existir plano de formação, porém todas 30 Também perguntamos sobre o acompanhamento dos indicadores educacionais (abandono escolar, aprovação, aprendizagem, entre outros) e a proposição de intervenções se necessário. O gráfico 6, a seguir, apresenta um percentual de 62% das gestoras declarando que existe acompanhamento dos indicadores educacionais pelos conselheiros escolares. RELATÓRIO de Avaliação – JUNHO DE 2011 A FEVEREIRO DE 2012 Projeto Escola de Bons Conselhos Projeto Escola de Bons Conselhos fizeram referência à existência de capacitação para os conselheiros, promovida pela prefeitura, tendo como base os cadernos do Programa Nacional de Fortalecimento dos Conselhos Escolares. GRÁFICO 6 - O CE acompanha a evolução dos indicadores educacionais propondo intervenções quando necessário? GRÁFICO 7 - O CE elaborou o plano de formação continuada dos conselheiros, visando ampliar a qualificação de sua atuação? 0% SIM 38% SIM 62% NÃO NÃO 100% Questionados(as)se o conselho aprova o plano administrativo anual, 87% respondeu que “SIM”. Destacam, todavia, que a aprovação é realizada com pouca participação dos representantes dos pais. Quanto à fiscalização da gestão administrativa, pedagógica e financeira na unidade escolar, como mostra o gráfico 9, 75% das gestoras confirmam a atuação dos Conselhos Escolares na execução do seu papel de fiscalizador da gestão. GRÁFICO 8 - O CE aprova o plano administrativo anual, elaborado pela direção da escola, sobre a programação e a aplicação de recursos financeiros, promovendo alterações, se for o caso? 13% GRÁFICO 9 - O CE escolar fiscaliza a gestão administrativa, pedagógica e financeira da unidade escolar? 25% SIM SIM NÃO NÃO A interlocução e intercâmbio, visando promover relações de cooperação com outros conselhos escolares, foram apontados com resultado favorável por 62% das escolas, de acordo com o gráfico 10 abaixo. Outra abordagem referiu-se a existência de calendário de reuniões elaborado e seu cumprimento. Nesse caso foi declarado que em nenhuma escola existe este calendário, ficando as reuniões realizadas de acordo com a necessidade de cada escola. As reuniões acontecem em um espaço de mensal (37%), bi mensal (50%) e semestral (13%). 31 75% Página 87% RELATÓRIO de Avaliação – JUNHO DE 2011 A FEVEREIRO DE 2012 Projeto Escola de Bons Conselhos Projeto Escola de Bons Conselhos GRÁFICO 10 - O CE promove relações de cooperação e intercâmbio com outros conselhos escolares? GRÁFICO 11- Com que frequência o CE se reúne? 13% 37% SIM 38% MENSAL BI MENSAL NÃO 62% SEMESTRAL 50% As assembléias gerais, que contam com a participação de todos os segmentos da comunidade escolar são soberanas nas suas decisões, ou seja, qualquer deliberação em contrário só terá validade se novamente apresentada e referendada por outra assembléia geral. As assembléias gerais do conselho escolar devem ser realizadas com a presença da maioria dos representantes, sendo todas as discussões, votações e decisões registradas em atas, que serão lidas, aprovadas e assinadas e colocadas à disposição da comunidade escolar. A promoção de assembléias gerais foi questionada no diagnóstico e, segundo as gestoras, 50% dos conselhos escolares realizam as assembléias gerais, conforme o gráfico 12 abaixo. GRÁFICO 12 - O CE promove assembleias-gerais, que contam com a participação de todos os segmentos da comunidade? 50% 50% SIM NÃO Página 4 - REGISTRO SOBRE OS RESULTADOS NO PROCESSO E CORREÇÕES DE RUMO 32 Neste momento, as entrevistadas fizeram alusão à participação da comunidade no desenvolvimento de ações voluntárias, contribuindo com a merenda escolar e outras atividades. Também foi citado por uma gestora a participação de algumas associações nessas atividades, bem como a participação dos pais nas reuniões de pais e mestre. RELATÓRIO de Avaliação – JUNHO DE 2011 A FEVEREIRO DE 2012 Projeto Escola de Bons Conselhos Projeto Escola de Bons Conselhos A avaliação contínua, tomando como referência o diagnóstico apontado pela pesquisa que antecedeu o Projeto, possibilitou a flexibilização das etapas e o reposicionamento da equipe fortalecendo assim a relação de cumplicidade com os atores sociais envolvidos diretamente no desenvolvimento do Projeto. Interesse e entusiasmo dos segmentos em participar dos Círculos de Diálogos, Encontros de Integração e oficinas promovidas pelo projeto, o que revela a motivação à participação; Ampliação da participação de Conselheiros(as) nas reuniões, encontros e oficinas promovidas para os Conselhos; Adesão a proposta metodológica, replicada e disseminada por alguns professores(as) junto aos (as) alunos(as) e nas reuniões e encontros de pais e mães; Adoção de intermódulo como estratégia de vivência e monitoramento da prática; A partir dos intermódulos, adoção de práticas que fomentam a participação dos pais e mães e alunos(as) em atividades historicamente protagonizadas pelos(as) gestores(as), professores(as) e funcionários(as) da escola; Ampliação do grupo de mobilizadores (as) envolvendo atores sociais de outras políticas básicas (Assistência Social e Saúde); Ampliação da comunicação junto aos munícipes adotando estratégias para multiplicação da informação num exercício de divulgação mais dinâmico: mensagem em carro de som, informes em missa campal e em cultos evangélicos, pautas em reuniões dos conselhos setoriais e associações comunitárias; Instalação de Comitê de Mobilização Intersetorial em Serra Redonda; Em Alagoa Nova definição de escolas participantes de referência para escolas multiplicadoras; Página 33 Durante a implementação da etapa de Enraizamento e Ativação é possível destacar alguns resultados socializados pelos participantes e registrados durante as atividades realizadas. Os resultados apontam a correção de rumo tão necessária quando se propõe metodologia participativa e dialógica. RELATÓRIO de Avaliação – JUNHO DE 2011 A FEVEREIRO DE 2012 Projeto Escola de Bons Conselhos Projeto Escola de Bons Conselhos Ampliação do Grupo de Articulação Interescolar - GAI em Serra Redonda introduzindo participantes de outras áreas e políticas sociais; Elaboração de “Cardápio de Possibilidades” como ferramenta para a atuação do Grupo de Articulação Interescolar - GAI; Construção de caderno disseminando a metodologia da etapa Enraizamento e ativação a luz das orientações contidas no Programa de Fortalecimento dos Conselhos Escolares / MEC. O redirecionamento da proposta não alterou o ponto de chegada, mas trouxe novos caminhos a serem percorridos. Esse movimento sem dúvida, de forma diferenciada, “sacudiu” os(as) participantes estimulando e encontrando motivações muitas vezes adormecidas ou reprimidas pela descrença na capacidade coletiva. Nesse movimento o Conselho surge como consequência de um processo prazeroso e sedutor. Compreendendo a força da participação, conselheiros e conselheiras passam a acreditar que a contribuição e o olhar de cada um(a) pode qualificar ainda mais a escola enquanto espaço coletivo com diferentes leituras do mundo e como alternativa para a construção de saberes. Enraizar essa concepção exigiu acolhimento e desconstrução de medos, descrenças, dúvidas, e a partir dessas construir a valorização das diferenças e dos diferentes, concluindo que todos têm potenciais a serviço da escola. No final de cada encontro, de cada oficina as avaliações dos(as) participantes mostravam que o movimento começava a ser internalizado possibilitando assim a ativação da proposta. Os depoimentos que seguem exemplificam os resultados percebidos nos três municípios: Página “A família é importante neste processo porque tudo é educação, tudo envolve cidadania” “Aqui está tão bom que me esforço em participar, cidadania é isso.... Participação” “Muitas vezes na escola nós não temos estes espaços de se colocar, não há tempo, e nestes encontros estamos vendo que cidadania e democracia fazem parte da vida da escola “ “Nossa integração como grupo está se fortalecendo, acredito muito que podemos crescer mais ainda a escola quando estamos unidos” 34 ALAGOA NOVA RELATÓRIO de Avaliação – JUNHO DE 2011 A FEVEREIRO DE 2012 Projeto Escola de Bons Conselhos Projeto Escola de Bons Conselhos “Acompanho muito esta escola, sempre participo das atividades, mas agora está sendo legal porque estou vendo o grupo crescer.” “Está bom o encontro porque temos a vez de falar.” “Nestes espaços é que nós falamos o quanto está escondido dentro de nós, mas é importante também porque vemos que os outros pensam as mesmas coisas” “Aqui me sinto valorizada, sou ouvida, a escola me dá esta oportunidade” “O encontro ajuda a gente a se conhecer melhor, gosto de participar porque a gente cresce e aprende muita coisa” “Temos a preocupação de criar uma consciência nova, ensinar para a vida. Neste sentido estimulamos a participação de todos os alunos. Por isso as salas de aulas todas as cadeiras estão em círculo, todos são importantes..”. “O gestor da escola tem compromisso social e fortalece a parceria escola x comunidade”. “A construção de interação e parceria com a comunidade deve ser sempre estimulada, pois facilita nosso papel de educador...” “Os alunos são oriundos de várias comunidades, mas conseguimos ver e perceber cada um segundo suas necessidades...” “O espaço da escola é bom, mas muito limitado. Precisamos sempre de uma parada para ver nossa atuação...” Página “Para construir o painel de natal geralmente eram duas ou três professoras que realizavam essa atividade. Sempre ficavam uma esperando pela outra, e só quando essas educadoras se prontificavam era que o painel e as outras coisas ficavam prontas. Solicitei que todas as professoras ajudassem, convidamos os alunos maiores e duas mães que ainda se encontravam lá, para nos ajudar a enfeitar a escola. Cada pessoa se encarregou de uma coisa e o painel e toda escola ficou muito bonito para o natal”. “Antes as decisões eram feitas internamente (equipe de liderança). Hoje, fazemos pesquisa de satisfação com os pais, funcionários para o melhoramento da instituição no atendimento e desempenho do aluno. “Antes, o plantão pedagógico era dividido por série, onde os pais ou responsáveis se dirigiam às salas de aulas. Não era uma organização coletiva e sim pela gestão. Atualmente, todos os 35 IPOJUCA RELATÓRIO de Avaliação – JUNHO DE 2011 A FEVEREIRO DE 2012 Projeto Escola de Bons Conselhos Projeto Escola de Bons Conselhos professores são agrupados por série, disciplinas e turmas, havendo parceria compartilhada dos colegas ausentes. A organização foi compartilhada e organizada por todos”. “Antes, eu chegava ia para a biblioteca catalogava os livros, emprestar e devolver no sistema. Atualmente, chego à biblioteca separo os livros para a roda de leitura, vou até a turma do 1º ano e inicio a atividade” SERRA REDONDA “O conselho divide as responsabilidades, não deixa só pra direção da escola e nem só para o professor e a escola passa a ter autonomia, por que aquelas” “Responsabilidades, não é só exclusiva do professor ou gestor, mas de toda a comunidade escolar, então acho que se encaixa perfeitamente esse projeto”. “Quando existe essa interação, cada um consciente dos seus deveres, as coisas funcionam melhor, claro!” “Os pais participam mais, os alunos se tornam mais participativos, juntos com os professores, dar novas ideias, para que o trabalho funcione melhor”. 5 - O PROJETO ESCOLA DE BONS CONSELHOS EM 2012: CONSIDERAÇÕES PARA A IMPLEMENTAÇÃO DAS PRÓXIMAS ETAPAS. Página Os encontros de avaliação e planejamento da equipe de educadores do Projeto devem apostar cada vez mais na análise que favoreça a adequação da metodologia e a sistematização do processo. É preciso tornar a escrita cada vez mais real! Os depoimentos dos participantes devem ser reveladores. Não basta o registro da satisfação pessoal. É preciso retomar os indicadores, inclusive, socializar esses com os participantes construindo uma coresponsabilidade com os resultados previstos e o caminho nesta direção. 36 O Projeto no ano de 2011 percorreu diferentes caminhos para alcançar o mesmo ponto de chegada: fortalecimento dos Conselhos na perspectiva da consolidação da gestão democrática. Em 2012, com a pactuação dos calendários e realização dos intermódulos como estratégia para realizar o monitoramento, otimizando o tempo que já é escasso, aponta também para a necessidade de aproximar os atores envolvidos no programa Escola Ideais (sobretudo em Ipojuca), evitando assim ações sobrepostas. RELATÓRIO de Avaliação – JUNHO DE 2011 A FEVEREIRO DE 2012 Projeto Escola de Bons Conselhos Projeto Escola de Bons Conselhos As oportunidades junto aos pais e lideranças devem priorizar a reflexão sobre a lógica da gestão democrática. A expectativa em relação à Semana da Cidadania deve favorecer a construção de estratégias para o sucesso da atividade que exige a sensibilização dos (as) professores (as) podendo atingir como resultado a revisão sobre a prática educativa. O ano eleitoral, eleições municipais, geralmente é tido como gerador de questões adversas para implementação das atividades nos municípios, porém visualizamos uma grande oportunidade em pactuar junto aos(as) candidatos(as) a prefeito(a), uma carta de compromisso em relação aos conselhos escolares. A nossa proposta é que os candidatos que assinarem a carta, se eleitos, se comprometam em fazer a implementação da gestão democrática nas escolas uma prioridade. Página 37 Enfim, 2012 desafia o projeto a cumprir num tempo reduzido metas previstas e alcançar objetivos. É preciso, portanto, equilibrar a quantidade do tempo com a qualidade da abordagem, desenvolvendo as etapas de forma articulada, transversalizando conteúdos e dinamizando ainda mais as abordagens com recursos didáticos que promovam a compreensão, a adesão, à participação ativa e a disseminação da proposta junto a outros (as).