República de Moçambique Presidência da República Discurso de Sua Excelência Filipe Jacinto Nyusi, Presidente da República de Moçambique e Comandante-Chefe das Forças de Defesa e Segurança, por ocasião do Encerramento dos Cursos Básicos da Polícia da República de Moçambique. Matalana, 09 de Julho de 2015 1 Senhor Ministro do Interior; Senhor Governador da Província de Maputo; Venerando Presidente do Tribunal Supremo; Digníssima Procuradora-geral da República; Senhores Membros do Conselho de Ministros; Senhor Comandante-Geral da Polícia da República de Moçambique; Senhores Vice-Ministros Senhor Chefe do Estado-Maior General das FADM Senhores antigos dirigentes do MINT e da PRM; Senhora Administradora d Distrito de Marracuene; Senhores Membros do Conselho Consultivo do Ministério do Interior; Senhores Membros do Colectivo do Comando-Geral da PRM; Senhores Membros do Comando da Escola Prática da Polícia de Matalana; Caros Oficiais, Sargentos e Guardas da Polícia da República de Moçambique; Caros Finalistas; Distintos Convidados; Minhas Senhoras e Meus Senhores. 2 É com imensa satisfação que nos dirigimos aos presentes nesta cerimónia que marca o encerramento dos Cursos Básicos da Polícia da República de Moçambique, neste estabelecimento de ensino da Polícia. A cerimónia que hoje dirigimos, ocorre num momento particularmente auspicioso da nossa História, como Povo e como Nação. Há poucos dias celebramos o quadragésimo aniversário da nossa Independência Nacional, momento que nos permitiu reavivar e consolidar os valores que nos unem como um Povo e como Nação. Hoje, somos uma Nação forte e madura, preparada para enfrentar os desafios que despontam no horizonte, com certeza de que o desenvolvimento e o bem-estar dos moçambicanos é uma meta alcançável. Para tal, a Ordem, Segurança e Tranquilidade Pública constituem alicerces indispensáveis. Só com a Paz e a estabilidade, teremos as condições adequadas para prosseguir a árdua batalha em prol do progresso. Minhas Senhoras, Meus Senhores Permitam que nos dirijamos aos recém-graduados, os novos membros da nossa Polícia, a Polícia da República de Moçambique. Como dizíamos há pouco, acabam hoje de vencer uma batalha, a primeira de muitas que exigirão de vós total entrega, determinação, profissionalismo e comprometimento com o combate cerrado e sem tréguas à criminalidade. 3 O juramento de Bandeira que acabaram de fazer não é uma mera formalidade. Cada palavra, cada frase por vós proferida tem uma dimensão que transcende o momento que vivemos. O vosso juramento representa um compromisso solene de defenderem os mais altos interesses e valores nacionais; significa que os vossos interesses pessoais não devem, em ocasião alguma, sobrepor-se aos interesses do nosso país; significa que defenderão sempre o cidadão, o vosso Patrão. A Polícia existe não só para proteger a sociedade como um todo, mas também para proteger o cidadão. Nesse contexto, esperamos de todos vós um comportamento exemplar no estrito respeito dos princípios que norteiam um Estado de Direito Democrático, com primazia pela legalidade e direitos humanos. Queremos que o cidadão encontre na Polícia alguém que, acima de tudo, respeite a lei. Queremos encontrar no agente da Polícia, um protector, um amigo e não alguém de quem se esconde. Por isso, desencorajamos todo aquele que tendo feito o juramento de bandeira, se comporta de forma antiética, usando o poder que o Estado lhe concedeu para atingir propósitos alheios. Esses comportamentos desviantes, que mancham o bom nome, prestígio e dignidade da instituição policial e do Estado, devem ser severamente sancionados. Dos membros que representam a nossa Polícia, devemos exigir rigor e estrito respeito pela legalidade, direitos humanos, imparcialidade, isenção, objectividade, igualdade de tratamento, apartidarismo, 4 integridade e ética profissional. Não podemos continuar a coabitar com polícias sem compromisso com os nobres ideais desta instituição. Nos últimos tempos, temos enfrentado vários desafios, que põem à prova a capacidade da nossa Polícia de prevenir e responder aos novos fenómenos criminais. Por isso, urge darmos seguimento ao processo, em curso, visando renovar e aprimorar a capacidade da nossa polícia, através de acções formativas e alocação de meios mais modernizados, que os permitam prevenir e combater as actividades criminais em tempo útil. É, pois, imperioso que as nossas instituições de formação nas áreas da polícia, organizem-se de forma a preparar quadros aptos a lidar com estas novas manifestações criminais. A formação policial deve, cada vez mais, incidir em matérias de especialidade. O passo dado com a aprovação da nova Lei da Polícia e Estatuto Orgânico só poderá produzir resultados, se os recursos humanos afectos a essas unidades tiverem a capacidade técnica, e os meios adequados, que os permitam responder aos desafios da actualidade. Recomendamos que conforme preconiza a Lei, o processo de reestruturação da Polícia decorra como forma de tornar o sistema cada vez mais ágil. Tenhamos a coragem de reformar o sistema para ele se tornar gerivel e funcional. Quem trabalha e tem os anos da casa com a folha limpa, merece e tem direito de descanso, de passar à reserva, à reforma, a ter pensão. 5 Entretanto, tudo deve ser feito para não permitirmos retrocessos. A monitoria e controle da atividade diária de cada um dos integrantes desta grandiosa equipa, deve constituir um mecanismo de autocensura e auto- avaliação. As novas gerações, estas que hoje graduamos, devem dar o seu contributo e temos que os preparar, os enquadrar. Só conhecendo as nossas fraquezas e os nossos pontos fortes, podemos saber quem somos, onde estamos, onde queremos chegar e o quê e como fazer para chegar a meta cautelosamente pré-definida. Estamos conscientes dos desafios que terão que enfrentar, mas estamos seguros que, o futuro da nossa Polícia é promissor. Minhas Senhoras, Meus Senhores; Permitam-me que use desta oportunidade para saudar a todos os presentes nesta cerimónia, e felicitar aos que tornaram possível que este momento tivesse lugar. Palavras de apreço vão para : As famílias, pais e encarregados de educação dos finalistas. Foi o seu papel delicado e gratificante na educação dos filhos, bem como o encorajamento e apoio que determinou a escolha desta nobre profissão; os professores, instrutores e Comando da Escola, pela sábia orientação, perseverança e dedicação na transmissão de conhecimentos; 6 os finalistas, que souberam acatar os ensinamentos dos pais, encarregados de educação e assumiram as orientações do Comando da Escola, dos instrutores e professores; e a população de Matalana, a terra de Malangatana e aos seus líderes comunitários, pelo acolhimento e carinho prestados aos finalistas durante a sua estadia nesta parcela do território moçambicano. A terminar, endereço a todos, em particular aos novos membros da nossa Polícia da República de Moçambique, votos de êxitos na vida pessoal, na vida profissional, e clarividência na dura batalha na prevenção e combate ao crime, sempre no respeito pelos princípios que regem o nosso Estado de Direito Democrático. Com estas palavras, tenho a honra de declarar encerrados os Cursos Básicos da Polícia que vinham decorrendo na Escola Prática da Polícia, em Matalana. Pela atenção dispensada, MUITO OBRIGADO! . 7