A construção social da insegurança e as políticas de segurança pública no Brasil Marina Zminko Kurchaidt Iniciação Científica (CNPQ, Voluntária) 2012-2013 André Ribeiro Giamberardino Desenvolver pesquisa sobre a atuação das polítiCas de segurança pública no Brasil, com enfoque nas UPP - Unidade de Polícia Pacificadora da cidaDe do Rio de Janeiro e nas UPS - Unidade Paraná Seguro da cidade de Curitiba, com análise crítica acerca da necessidade da ação da polícia militarizada, no lugar de uma polícia comunitária, e no que consiste esta militarização. Pesquisa bibliográfica de referenciais teóricos, como Eugenio Zaffaroni e Vera Malaguti Batista; acompanhamento de textos jornalísticos pertinentes ao tema; análise de conjuntura do Brasil e das cidades focos para que haja uma compreensão histórica e ideológica; leitura e sistematização de livros, artigos e opiniões da sociologia e da criminologia crítica concernentes ao tema. Vera Malaguti Batista, Eugenio Raúl Zaffaroni, Theodomiro Dias Neto; Luiz Eduardo Soares, Marcelo Freixo, Nilo Batista. A política de segurança pública nacional, política de extermínio de pessoas pobres e negras, principalmente, que usa sem escrúpulos da mais brutal violência ao conter a onda de crimes e a onda de manifestações, que é aplicada pela polícia que mais mata no mundo, nos traz um debate fundamental: o órgão encarregado do policiamento ostensivo deve ter caráter militar? Militares não tem como função proteger cidadãos, mas sim exterminar inimigos. O treinamento militar, baseado na submissão e na hierarquia, é desumano, brutal e aniquila os direitos humanos do policial. A UPP, assim com a UPS, são tentativas de segurança pública inconstitucionais, pois impõem aos moradores das favelas restrições que só seriam possíveis caso fosse decretado o estado de sítio ou o estado de defesa. A segurança pública, no Brasil, somente poderá ser efetivamente concretizada quando adotarmos um modelo de polícia comunitária. O modelo de segurança pública brasileiro e o modelo militarizado da Polícia Militar brasileira são extremamente violentos e não se mostram adequados ao trabalho e atuação conjunta com as comunidas marginalizadas, o que seria tarefa de uma polícia comunitária, que, infelizmente, está muito distante da realidade brasileira.