ESCOLA SUPERIOR DE HOTELARIA E TURISMO DO ESTORIL Gestão do Lazer e Animação Turística ‐ GLAT REUNIÃO DA COMISSÃO PEDAGÓGICA DO CURSO ACTA N.º 03/2010 Ao nono dia do mês de Fevereiro de dois mil e onze, pelas onze horas e trinta minutos, reuniram, na sala 1.04 da Escola Superior de Hotelaria e Turismo do Estoril (ESHTE), os membros da Comissão Pedagógica do Curso de Gestão do Lazer e Animação Turística (GLAT). Participaram nesta reunião o Director de Curso (DC) Francisco Silva, que a presidiu, os docentes Coordenadores de Área Científica (CAC) Carlos Brandão (Ciências da Alimentação), Dulce Sarroeira (Outras Línguas e Culturas Estrangeiras), Isilda Leitão (História e Cultura), João Pronto (Contabilidade e Finanças), Raquel Moreira (Ciências Sociais), Raul Filipe (Língua Inglesa) e Vítor Ambrósio (Planeamento Turístico), os docentes representantes do curso no Conselho Pedagógico (CP) Paulo Figueiredo (GLAT dia) e Mário Silva (GLAT pós laboral), os alunos delegados das turmas de GLAT Rita Pinto Raposo (2º ano dia), Raquel Correia (3º ano dia) e Sofia Catarino (3º ano pós‐laboral), e os alunos representantes do curso no Conselho Pedagógico Ruben Silva (GLAT dia) e Soraia Assis (GLAT pós‐laboral). O professor Nuno Gustavo (coordenador da área científica de Gestão) justificou a sua ausência por nesse dia defender a sua tese de doutoramento. A reunião teve a seguinte Ordem de Trabalhos: • Ponto um: informações; • Ponto dois: análise e balanço do primeiro semestre do ano lectivo de 2010/11; • Ponto três: outros assuntos. Em relação ao ponto um da Ordem de Trabalhos o DC prestou as seguintes informações: • Não foi possível encontrar solução para um espaço adequado ao desenvolvimento das aulas de Artes e Espectáculos, nomeadamente através do protocolo com o Centro da Boa Nova. • Dever‐se‐á procurar evitar uma sobrecarga curricular num dos semestres do ano lectivo, nomeadamente no que concerne a disciplinas de cariz prático. Neste segundo semestre do ano lectivo 2010/2011 verifica‐se tal sobrecarga no curso de GLAT dia, devido à mudança de semestre da unidade curricular de Artes e Espectáculo sem que outra disciplina passasse para o primeiro semestre. • O relatório do curso referente a 2009/10 está em elaboração e será entregue na data prevista. Irá incluir os resultados dos inquéritos aos alunos e docentes embora estes não sejam normalizados. • O Conselho para a Avaliação e Qualidade da ESHTE e a Comissão para a Avaliação dos Docentes estão a elaborar os questionários a ser aplicados aos alunos. Em relação a este último ponto, interveio a docente Raquel Moreira defendendo que para além dos alunos, os docentes também deverão ser ouvidos, para que se possa cruzar a informação obtida. A esta intervenção respondeu o DC, acrescentando que irá ser também desenvolvido um questionário direccionado para os docentes pelos órgãos de normalização supra referidos. Em relação ao ponto dois da Ordem de Trabalhos, foram escutados todos os presentes, começando pelos alunos. Ruben Silva, representante do curso diurno no Conselho Pedagógico, referiu que os representantes dos alunos reuniram antes desta reunião para analisar alguns aspectos comuns às turmas, os quais ele iria apresentar. Um dos problemas recorrentes está relacionado com o facto de os horários não serem disponibilizados com brevidade suficiente, e serem alterados já no decorrer das aulas. Afirmou que os atrasos são também comuns na disponibilização das avaliações, tendo questionado se o problema adviria de um atraso dos docentes na correcção e apresentação das classificações, ou se residiria nos Serviços Académicos e no atraso da publicação das notas. Outro problema referido consiste no facto de alguns docentes não disponibilizarem atempadamente as classificações da avaliação contínua. Considerou que têm surgido alguns problemas com a gestão de algumas disciplinas, mas que têm sido superados através do diálogo com os docentes, ou recorrendo‐se à intermediação do DC ou dos CAC, como foi o caso do problema com as aulas de Espanhol III. Referiu também ter existido uma inconsistência nas avaliações da disciplina de Animação Turística e Desenvolvimento Local (ATDL), considerando que a metodologia de avaliação não terá sido adequada, pelo facto das notas dos trabalhos de grupo terem sido todas iguais (treze valores) e da frequência incidir essencialmente sobre o trabalho de grupo e não sobre os conteúdos do programa. Para terminar, considerou que a organização dos horários das disciplinas nem sempre é a mais adequada, nomeadamente em disciplinas teóricas com carga horária de três horas, onde as aulas são leccionadas de seguida. Reunião da Comissão Pedagógica do Curso de GLAT – 09 Fevereiro 2011 – Acta nº 3 1 de 3 Depois desta intervenção iniciou‐se um debate acerca dos horários. Raquel Moreira afirmou que três horas seguidas com a mesma disciplina não é o mais adequado para muitas unidades curriculares, em particular nas predominantemente teóricas. Contudo, afirmou também que cinquenta minutos de aula são de igual forma pedagogicamente improdutivos. Rita Pinto defendeu que considera as aulas de três horas produtivas e que cabe aos alunos comportarem‐se como adultos, uma vez que já não se encontram no ensino secundário. Raquel Moreira focou ainda que os Serviços Académicos não produzem os horários de acordo com as instruções dadas pelos Coordenadores das Áreas Científicas. Paulo Figueiredo afirmou que falta uma apreciação aos horários das disciplinas nos inquéritos realizados ao curso, e reflectiu sobre as notas da disciplina de ATDL, questionando o aluno Ruben Silva acerca do descontentamento manifestado pelos colegas estava relacionado com a nota final ou com o facto de ter sido atribuída a mesma a todos os alunos. Referiu‐se ainda a esta situação como sendo condicionante do reconhecimento do esforço e desempenho dos alunos, a considerar‐se a inexistência de diferenciação das notas dos trabalhos de grupo. Ruben Silva referiu ainda outro problema directamente relacionado com o atraso do lançamento das notas, nomeadamente o facto dos discentes pagarem multa para se inscrever em recurso fora do prazo mencionado pelos Serviços Académicos. Acrescentou que muitas vezes os alunos se atrasam por estarem à espera que saiam as suas notas, pois necessitam das mesmas para decidir sobre quais as mais adequadas para recuperar em recurso. Sobre este assunto interveio o professor Vítor Ambrósio, que indicou que tem intenção de apresentar no Conselho Técnico‐Científico uma proposta que visa abolir a limitação das inscrições nos exames de recurso, afirmando que não existem limitações legais que impeçam a escola de permitir que os alunos realizem os exames de recurso desejados. Tal alteração permitiria que os professores passassem a ter o mesmo tempo para corrigir os exames. O Carlos Brandão afirmou que os professores devem ser responsáveis, mas parte dos problemas resultam dos Serviços Académicos não apresentarem um calendário de exames adequado. Por sua vez, Isilda Leitão propôs a que a inscrição nos exames deve ser realizada até quarenta e oito horas antes da realização dos mesmos, e que a brevidade na correcção dos exames e lançamento das notas por parte dos docentes tenha em conta a data de realização de cada um dos exames. Contudo, questionou‐se sobre a capacidade dos Serviços Académicos conseguirem responder a estas questões atempadamente e eficazmente. Carlos Brandão afirmou ainda que os horários dos professores e das salas deveriam ser disponibilizados online e tornados públicos, uma vez que não se assiste a uma política transparente na ESHTE no que se refere aos horários dos docentes. O DC solicitou que os representantes dos alunos continuassem a apresentar as suas questões dando palavra à Raquel Correia, delegada do 3º ano dia, e à Sofia Catarino, delegada do 3º ano pós laboral, que afirmaram que não tinham nada a acrescentar às questões já abordadas pelo aluno Ruben Silva. Soraia Assis, representante do curso pós laboral no Conselho Pedagógico, referiu que existem três turmas de Artes e Espectáculos leccionadas por dois docentes, e que apesar do programa ser igual, cada professor dá ênfase a conteúdos diferentes, levando a que as turmas desenvolvam competências distintas. Na sua opinião o problema resolvia‐se se os conteúdos fossem leccionados pelos dois docentes em todas as turmas. Seguiram‐se as intervenções dos professores representantes dos cursos no Conselho Pedagógico e dos coordenadores das áreas científicas, que esclareceram os alunos sobre as questões colocadas e fizeram um balanço do primeiro semestre do presente ano lectivo, considerando as unidades curriculares inseridas nas suas áreas científicas. Ainda em relação ao leccionamento de três horas seguidas da mesma unidade curricular, Mário Silva afirmou que pela sua experiência a rentabilidade é maior quando se separam as aulas em duas horas mais uma. Sugeriu ainda que se criasse uma comissão para a criação dos horários e distribuição das salas. Carlos Brandão afirmou que existem especificidades em cada área científica e unidade curricular, pelo que não se deve generalizar a questão dos horários, referente a uma melhor solução para gestão dos horários das unidades curriculares. Raquel Moreira afirmou que deveria haver uma uniformização das horas de forma a “acertar” os horários, havendo sempre o mesmo número de horas. Raul Filipe afirmou que existe tendência para uma diminuição dos resultados dos alunos e que este ano a avaliação nas suas turmas foi inferior à dos anos anteriores. Isto resulta certamente do facto dos alunos terem um comportamento nas aulas menos adequado, menor motivação para obter melhores resultados e de falta de preparação prévia dos alunos. Referiu a necessidade de haver uma intervenção no sentido de se encontrar uma solução, que passará necessariamente por uma maior valorização da componente das línguas no curso, já que estas são essenciais para a vida profissional que os alunos venham a desenvolver e serão um factor de diferenciação positiva. Vítor Ambrósio afirmou que mesmo quando há mais que um docente a leccionar a mesma disciplina, é assegurada a mesma exigência na avaliação, nomeadamente no exame em que os enunciados deverão ser os mesmos. Na sua área científica nomeou um responsável por unidade curricular que tem incumbência de Reunião da Comissão Pedagógica do Curso de GLAT – 09 Fevereiro 2011 – Acta nº 3 2 de 3 assegurar a transversalidade da gestão da disciplina e garantir que os programas, modelo de avaliação e exigência da mesma sejam semelhantes nas diversas turmas e docentes. Salientou ainda que no segundo semestre, na disciplina de Artes e Espectáculos, será desenvolvido um projecto de âmbito curricular associado à comemoração do centenário do turismo em Portugal, que valerá cerca de quinze por cento da nota. Em relação às aulas de três horas, defende que no que se refere às disciplinas da sua área científica estas têm funcionado bem e que o docente deverá ter a capacidade de se organizar e saber qual a melhor solução para o horário da sua disciplina. Salientou também que os horários e calendarização dos exames para os regimes diurno e nocturno deverão ser iguais e que devem ocorrer em simultâneo, uma vez que as disciplinas são iguais e os exames devem também ser os mesmos. Contudo, é necessária uma organização por parte da escola para gerir as salas disponíveis e a distribuição dos alunos pelas mesmas. Isilda Leitão referiu que isso poderia trazer alguns problemas aos alunos trabalhadores estudantes pois se os exames fossem a meio da tarde poderiam ter dificuldade em comparecer aos mesmos. Referiu ainda que o problema da falta de preparação não vem apenas do secundário, resulta também de uma desresponsabilização e desmotivação crescente dos alunos. A docente considera que a turma pós‐laboral é melhor que a diurna e que o programa não foi integralmente cumprido na disciplina de Cultura Portuguesa devido à substituição do docente e dos alunos não se terem disponibilizado para terem aulas extra. Salientou ainda que o número de alunos por turma deveria ser reduzido, dividindo‐se a turma em duas. Em relação às aulas de três horas, afirmou que a produtividade destas depende das condições de trabalho e que as aulas de cinquenta minutos são geralmente pouco produtivas. Dulce Sarroeira referiu que, no que concerne aos resultados do primeiro semestre, não existem particularidades a salientar, tendo já sido resolvidos os problemas identificados ao longo do semestre. Reafirmou ainda a necessidade de os alunos tratarem directamente com os docentes os problemas identificados nas disciplinas, solicitando a intervenção dos DC e CAC apenas se os assuntos não ficarem resolvidos directamente entre discentes e docentes. Na sua opinião, a solução para melhorar a aprendizagem e e a proficiência linguística dos alunos nas disciplinas de línguas, passa pela disponibilização de diferentes níveis de línguas dentro de cada ano/curso, permitindo que os alunos se inscrevam no nível mais adequado às suas competências linguísticas, e evitando que estes frequentem níveis demasiado elevados ou elementares para os seus conhecimentos. Reforçou ainda o direito dos alunos ao conhecimento e acesso aos programas no início de cada semestre, relembrando que deverão solicitar os programas das disciplinas (caso não sejam disponibilizados atempadamente) e eventuais esclarecimentos relativamente aos trabalhos a desenvolver e respectivos critérios de avaliação, de forma a evitarem dúvidas e situações problemáticas no final de cada semestre. João Pronto abordou a questão taxa de sucesso na área de Contabilidade e Finanças, apesar de ainda não ter estatísticas oficiais, tem a forte convicção de que este ano aumentou significativamente o número de alunos que não conseguiu aproveitamento em avaliação contínua e no primeiro exame, e fundamentou a convicção pelo elevado número de alunos por turma, o que tem dificultado a leccionação teórica e fundamentalmente prática. Paulo Figueiredo afirmou que este semestre existiram muito mais alunos a realizar a disciplina de Cinesiologia por Exame, comparativamente com anos anteriores, o que vem a reforçar o que já teria sido referido por outros docentes, nomeadamente sobre a desmotivação crescente e menor aplicação dos alunos neste ano lectivo. No final destas intervenções, a aluna Soraia Assis voltou a intervir, referindo que as pessoas que trabalham nem sempre conseguem comparecer aos exames do regime pós‐laboral quando estes são realizados mais cedo para coincidirem com os exames do regime diurno. A esta intervenção respondeu o Vítor Ambrósio, que referiu que os alunos em regime de trabalhador estudante têm direito ao dia do exame e a um dia antes para estudar. A aluna referiu ainda que a disciplina de Artes e Espectáculos é bastante subjectiva, mas que apesar dos problemas referidos, é muito importante para o curso e deveria mesmo ser ampliada, sugerindo que numa reestruturação do curso esta deveria ser estendida a dois semestres. Relativamente ao ponto três da Ordem de Trabalhos, não foram apresentados assuntos para análise. Nada mais havendo a tratar, deu‐se por encerrada a reunião da qual se elaborou a presente acta que, depois de enviada e aprovada pelos professores e alunos presentes na reunião, será assinada pelo Director de Curso. Estoril, 10 de Março de 2011 O Director de Curso de GLAT (Francisco Silva) Reunião da Comissão Pedagógica do Curso de GLAT – 09 Fevereiro 2011 – Acta nº 3 3 de 3 
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