15/08/2014 MARCO AURÉLIO MELLO: PARTIDO PODE DEIXAR COLIGAÇÃO, MAS NÃO ACREDITO QUE ISSO OCORRA São Paulo, 15/-8/2014 - O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Marco Aurélio Mello, disse há pouco que, legalmente, qualquer partido pode deixar a coligação Unidos pelo Brasil, que tinha Eduardo Campos (PSB) como cabeça de chapa, se tomar essa decisão. Mas, no caso de um partido deixar a coligação neste momento, o ministro do STF afirmou que o tempo do programa eleitoral da TV terá de ser redistribuído. Mello foi presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) por três vezes. O ministro, no entanto, afirmou não acreditar que a coligação que havia em torno da candidatura de Eduardo Campos, que morreu na última quarta-feira em um acidente aeronáutico, será desfeita nessa altura da campanha eleitoral. "Não acredito que isso ocorra já que a base da coligação teria sido a chapa, e a chapa será reposta", afirmou ao Broadcast Político, após participar de palestra no 6.º Congresso Brasileiro de Sociedades de Advogados, na capital paulista. Caso algum partido deixe a coligação Unidos pelo Brasil, não poderia ingressar em uma outra chapa, pois as coligações já foram registradas no TSE. Mello justificou a sua resposta com base em uma situação hipotética: "Se o Eduardo tivesse sido eleito e tivesse entrado em exercício com a vice também eleita e falecesse, quem seria o presidente da República?", questionou, para logo depois concordar que seria a vicepresidente eleita. O ministro afirmou que, na sua análise, a candidata a vice-presidente Marina Silva vai ser levada à cabeça da chapa, primeiro porque o PSB não vai destacar outro nome para começar a "campanha do zero" e segundo porque a própria Marina, na suaopinião, não aceitaria tal situação. "Você acha que a vice vai ser vice de outro candidato?", perguntou. "Eu não aceitaria. Julgo as pessoas por mim, mas esse é um aspecto ligado à dignidade", afirmou. (Wladimir D'Andrade [email protected])