I N F O R M AT I V O
BOLETIM
Nº 22/2015
29 de julho de 2015
Filiado à CSP-Conlutas
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Presidente da Transpetro nega rumores de
privatização, mas é preciso garantir na luta
Representantes da direção do
Sindipetro e da FNP reuniram com
o presidente da Transpetro no dia 10
desse mês para discutir a licitação de
áreas portuárias onde a Transpetro
tem atuação como no porto de
Miramar, em Belém (PA), a venda de
ativos e o terminal de Cabiúnas (RJ).
Antonio Rubens Silva Silvino,
presidente da Transpetro, garantiu
que a empresa tem pleno interesse
em manter a área onde atua no porto
de Miramar e que isso já foi objeto
de manifestação em todos os fóruns.
Segundo Rubens, a Transpetro
já procurou a Agência Nacional dos
Transportes Aquaviários (Antaq),
responsável por regular, supervisionar
e fiscalizar a exploração da
infraestrutura portuária e aquaviária,
manifestando interesse por Miramar
e o Diretor geral da Antaq, Mario
Povia, também se mostrou favorável
ao pleito. O diretor geral da agência
também teria confirmado que a
Transpetro, anteriormente, já havia
manifestado interesse por Miramar.
Rubens se mostrou otimista
no caso de Miramar, afirmando que
poderá até não haver licitação, pois
ele também entende, assim como
nós, que uma possível saída de
Belém complicaria o abastecimento
da região. Também afirmou que
a Transpetro deseja manter todos
os terminais que estão em áreas
portuárias por domínio de concessão,
com ou sem licitação.
Sobre a venda de ativos,
Rubens
negou
veementemente
qualquer pretensão sobre vender ou
parar de construir navios. Afirmou
que a crise dos estaleiros é problema
de gestão deles, que a Transpetro não
deve nada para nenhum estaleiro,
que tudo é pago corretamente e que
no caso do estaleiro Mauá (RJ), até
gente da empresa foi cedido para
auxiliá-los. Além disso, o presidente
da subsidiária afirmou que a empresa
continua com sua política de
aumentar sua frota de navios.
Terminal de Cabiúnas
O terminal de Cabiúnas,
localizado em Macaé, no Norte
Fluminense, é um dos maiores
terminais do país e recebe o óleo
produzido na Bacia de Campos. Lá, há
rumores de desmonte que preocupa
os trabalhadores. Questionado,
Rubens esclareceu que existem duas
atividades no terminal, óleo e gás.
De acordo com ele, a parte de óleo é
da Transpetro e assim vai continuar.
Já a atividade de gás é da Petrobrás,
a Transpetro só operava e prestava
serviços de manutenção. Agora essa
atividade será operada pelo ativo de
Gás e Energia da Petrobrás.
Perguntado sobre o pessoal
da Transpetro que cuidava da planta
de gás, Rubens afirmou que estão
fazendo estudo de efetivo, mas que
não há risco de demissão. “Risco de
demissão zero”, afirmou ele.
Estiveram presentes na reunião
além do presidente da Transpetro,
diretores, assessores e gerência
executiva de Recursos Humanos
(RH).
Os dirigentes do Sindipetro e o
representante da FNP aproveitaram
para afirmar que são contra a
política de venda de ativos, que os
trabalhadores estão preparados para
ir à greve, ocupar as portas das
unidades e sair às ruas para barrar
qualquer tentativa de desmonte da
Petrobrás e suas subsidiárias.
Não abrimos mão de lutar
por uma Petrobrás 100% Estatal
e Pública e pela reincorporação
da Transpetro pela Petrobrás,
defendendo os trabalhadores próprios
e terceirizados.
Bases da Amazônia aderiram ao dia
unificado de paralisações e greve da categoria
A sexta-feira, 24, foi um dia
unificado de greve dos 17 sindipetros
brasileiros contra a venda de ativos
e desinvestimentos do governo
federal, direção da Petrobrás e CA
e contra o Projeto de Lei (PLS) de
José Serra, que pretende retirar a
participação mínima de 30% dos
blocos licitados e que desobriga a
Petrobrás de atuar como operadora
única do pré-sal. A data também
mostrou a disposição de luta
da categoria para a Campanha
Reivindicatória 2015.
Nas bases do Sindipetro PA/
AM/MA/AP, os petroleiros da
Amazônia aderiram à mobilização
e realizaram paralisações no prédio
sede da Petrobrás (3h), em Manaus
(administrativo), e nas Transpetro
Belém (24h) e São Luís (3h),
com adesão de cerca de 70% do
operacional e 100% do turno, entre
terceirizados e próprios.
Além das unidades da
Amazônia, o dia nacional de greve
no Sistema Petrobrás teve adesão
massiva em todas as bases da FNP,
nas unidades do Sindipetro-Litoral
Paulista
(LP),
Sindipetro-RJ,
Sindipetro-São José dos Campos
(SJC) e Sindipetro-Alagoas/Sergipe
(AL/SE).
A grande vitória dessa luta,
foi a unidade dos 17 sindicatos
petroleiros contra o nefasto Plano
de Gestão e Negócios da Petrobrás.
A categoria afirmou de norte a sul
que não aceitará o desmonte e
privatização da companhia, nem a
entrega do pré-sal às multinacionais
do petróleo, muito menos qualquer
corte de direitos e demissões. Os
petroleiros não vão pagar pela crise
do capital, foi a frase que ecoou das
mobilizações que aconteceram na
sexta-feira, 24.
UNIDADE necessária
A greve do dia 24, foi
deliberação do 9º Congresso da
FNP, que também aprovou a Carta
do Rio, documento que explicita
a posição da FNP em relação à
crise na Petrobrás e reafirma a
necessidade da unidade dos 17
sindipetros para lutar em defesa dos
direitos dos trabalhadores próprios e
terceirizados, por um Acordo Único
do Sistema Petrobrás e por uma
Petrobrás 100% Pública e Estatal.
Seguindo
o
calendário
aprovado no congresso da FNP,
no próximo dia 16 de agosto a
Federação e seus sindicatos realizam
um dia nacional de agitação e no dia
29 de agosto acontece uma plenária
nacional unificada.
Na próxima semana, o
Sindipetro inicia uma rodada de
assembleias para votar a pauta
aprovada no congresso da FNP,
a representação da Federação
nas negociações da Campanha
Reivindicatória 2015 com a
Petrobrás e o estado de greve nas
bases da Amazônia. As assembleias
também deliberarão sobre o
Desconto Assistencial para auxiliar
financeiramente o Sindipetro na
Campanha Reivindicatória 2015 e
na campaha em defesa da Petrobrás
100% Estatal e Pública, visto que por
ocasião do aumento de demandas,
os gastos também aumentam. A
proposta do Sindicato é de desconto
de 3% (sendo 1% em agosto, 1% em
setembro e 1% em outubro).
Calendário de Assembleias
PEA (Porto Encontro das Aguas)
03/08 (segunda-feira), às 07h;
Petrobrás Regional Norte (UO-AM)
04/08 (terça-feira), às 07h30;
Urucu (AM)
05/08 (quarta-feira) às 18h
(Galpão de manutenção) e às 19h
(Operação);
Refinaria Bacabeira
07/08 (sexta-feira) às 07h
Transpetro (S. Luís)
07/08 (sexta-feira), às 14h;
Amap (S. Luís)
07/08 (sexta-feira), às 16h30.
Prédio Petrobrás (Belém)
10/08 (segunda-feira), às 10h30;
Ambep (Belém)
12/08 (quarta-feira) às 16h30;
Transpetros (Belém)
11/08 (terça-feira), às 14h30.
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