RESUMO
MESA REDONDA 1 - Desafios das Inovações
Tecnológicas em Sensoriamento Remoto
e suas Aplicações
Dr. Laurent Polidori (CNAM/ESGT), Dr. João Rodrigues Tavares
Junior (DECART/UFPE) e Dra. Ana Lúcia Bezerra
Candeias(DECART/UFPE - mediadora)
Esta mesa apresentou ideias sobre os desafios das inovações tecnológicas na área de
sensoriamento remoto e suas aplicações de modo geral.
Data - Horário: 05/07/2013 - 14 – 15h
a) Como primeiro ponto questionou-se
sobre o futuro para um período de 50
anos destas inovações tecnológicas na
área de sensoriamento remoto e o Dr.
Polidori afirmou que para este período
não é fácil vislumbrar o que ocorrerá,
porém comparou as últimas décadas do
avanço tecnológico como um período de
turbulência equivalente ao período do
renascimento. Já o prof. João Rodrigues
afirmou, dentro deste contexto que, com
as imagens de sensoriamento remoto ao
alcance de todos, deve-se ter o cuidado
de não utilizar este recurso sem o
conhecimento
cartográfico.
Complementou sua fala afirmando que é
necessário observar quando o trabalho
desenvolvido está no contexto das
atribuições de um Engenheiro Cartógrafo ou de um Agrimensor. Afirmou também que na UFPE como
em outras instituições, os cursos de engenharia cartográfica e agrimensura estão se direcionando
para a união em um único curso.
b) O segundo tema abordado foi a utilização do Google Earth e a necessidade de se desenvolver a
cultura cartográfica e geográfica no ensino fundamental para que as crianças tenham uma
alfabetização sobre este assunto. Observou-se que isto é um desafio para o professor, já que o aluno
vai procurar conhecimento na internet. Cabe ao professor se reciclar e se atualizar nestes novos
recursos.
c) Em outro ponto afirmou-se que a universidade e a indústria, empresas privadas e governamentais
devem trabalhar em conjunto apesar da dificuldade relacionada com a diferença de ritmo da pesquisa
e do produto. Para cada país existem sistemas de incentivo e financiamento para favorecer a
transferência de recursos e de experiências. No Brasil, por exemplo, a FINEP, CNPq, PETROBRAS,
CHESF entre outros fornecem subsídios destinados a inovação tecnológica. Para ter um
conhecimento
mais
claro
das
expectativas
das
empresas,
a
universidade tem que colaborar de mais perto com os egressos, isso é mais fácil e eficaz se eles
estiverem estruturados em associações.
d) Historicamente, o conhecimento científico foi inicialmente estudado como um todo. Depois, para
facilitar o seu desenvolvimento foi quebrado em várias áreas. Com isto foi-se criando barreiras entre
estas áreas e isto dificulta atualmente o conhecimento pleno do problema e sua solução. O
sensoriamento remoto é uma das ferramentas que necessita de várias áreas do conhecimento para
se alcançar uma solução realista de um dado problema. Neste contexto, é necessária a quebra das
barreiras entre as áreas do conhecimento na busca de uma equipe multidisciplinar para análise dos
problemas (integração das tecnologias). Exerce-se então o retorno aos primórdios do conhecimento
científico onde era estudado o todo. Com isto, o sensoriamento remoto não deve se limitar aos
princípios físicos que interpreta tudo a partir das assinaturas espectrais, fazendo com que esta
abertura facilite a interação com outras áreas do conhecimento. Exemplificando, segundo o Prof.
João Rodrigues, para um problema de subsidência do solo são necessários conhecimentos multi e
interdisciplinares para se obter a análise aprofundada e completa do problema.
e) O mercado de trabalho exige profissionais devidamente habilitados e em permanente atualização
em novas tecnologias, onde a universidade tem um papel fundamental. A disseminação de softwares
e imagens de sensoriamento remoto gratuitos, além da forte demanda da sociedade por estas
ferramentas e dados, criaram o falso conceito de que fosse possível dispensar a formação teórica no
uso dessas ferramentas e imagens.
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