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INOVAÇÃO TECNOLÓGICA UM FATOR DE COMPETITIVIDADE
ORGANIZACIONAL
Angela Maria Domingues Biancolin Bezerra / Sabesp / [email protected]
André Kenreo Goto / ZF Sachs / [email protected]
Eduardo Koiti Koga / Consultor independente / [email protected]
RESUMO
Mesmo empresas em posições favorecidas no mercado vêm sentindo os reflexos da
competitividade e concorrência, o que faz pensar que inexiste ambiente seguro para as
organizações. Assim, introduzir inovações vai além da competitividade, é uma questão de
sobrevivência. O objetivo deste trabalho é analisar como a competição interfere no processo
de inovação, utilizando-se um estudo de caso na Sabesp, abordando o Aqualog, uma
tecnologia desenvolvida para automatização operacional de estações de tratamento de águas
(ETA´s) e esgotos (ETE´s), originada a partir da necessidade de uma de suas Unidades de
Negócio apresentar uma melhor performance.
1 Introdução
O mundo vem passando por transformações que, no seu conjunto, configuram o ingresso em
uma nova etapa do processo de produção de bens e serviços e das relações comerciais. Na
economia, a globalização reflete a batalha pela conquista dos mercados. Conseguem vencer
esta batalha as empresas que oferecem produtos de melhor qualidade a preços mais
competitivos. Estas duas variáveis – preço e qualidade – tendem a caminhar para lados
diferentes, exceto quando se envolve a tecnologia como instrumento para este fim. Na
tecnologia, os avanços das últimas décadas vêm otimizando os recursos das organizações
possibilitando o aumento da produtividade sem que isso se traduza em aumento de custos na
mesma proporção. Assim como a tecnologia, a inovação vem conquistando cada vez mais
importância e, ao mesmo tempo, sendo generalizada quando se trata de administração. Inovar
origina do verbo innovo, innovare e significa renovar ou introduzir novidades de qualquer
espécie; inovação origina da palavra innovatione, a qual significa renovado ou tornado novo.
Em qualquer atividade humana que se renova e se atualiza, as inovações estão presentes,
desempenhando papel fundamental para as empresas. As empresas para sobreviverem e
crescerem necessitam introduzir novidades tecnológicas e organizacionais ao longo da sua
vida (BARBIERI e ÁLVARES, 2003).
A tecnologia é conjunto de conhecimentos de princípios científicos aplicados a um
determinado ramo de atividade, cuja seleção e a combinação desses conhecimentos são
orientados por objetivos previamente definidos, podendo ser, por exemplo, aplicada na
concepção, na produção e na distribuição de bens e serviços. Para a empresa, a tecnologia é
um ativo de dupla natureza, onde parte dela está inclusa nos bens de capital e parte na sua
força de trabalho. A tecnologia requer envolvimento de mais de um campo de conhecimento
específico, sendo que alguns podem ser genéricos, e, portanto, está disponível a quem tiver
interesse de procurá-los, ao passo que outros podem ser exclusivos da empresa que o utiliza, o
que conferem uma vantagem competitiva em relação aos seus concorrentes. O que no
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momento é exclusivo, com o tempo tornar-se-á de conhecimento público, uma vez que o
conhecimento não poderá ser resguardado completamente para sempre, necessitando de
inovações para renová-los na medida que passam a integrar o conjunto de conhecimentos
disponíveis. (BARBIERI e ÁLVARES, 2003; KRUGLIANSKAS, 1996).
A transformação tecnológica só é importante quando afeta a vantagem competitiva e a
estrutura organizacional. A inovação pode ter fortes implicações estratégicas tanto para
empresas de baixa como de altas tecnologias. A tecnologia afeta na determinação do custo ou
da diferenciação, uma vez que a tecnologia está contida em toda atividade de valor e está
envolvida na obtenção de elos entre atividades, podendo aumentar ou reduzir economias de
escala, tornar possíveis inter-relações onde antes não eram possíveis, criar a chance para a
vantagem na oportunidade e influenciar quase todos os outros condutores do custo ou da
singularidade, de maneira que a favoreça para ser a primeira e talvez a única empresa a
explorar um condutor particular (PORTER, 1992).
Ainda segundo Porter (1992), a transformação tecnológica resultará em vantagem competitiva
sustentável, sob as seguintes circunstâncias:
• A transformação tecnológica reduz o custo ou aumenta a diferenciação e a liderança
tecnológica da empresa é sustentável;
• A transformação tecnológica altera os condutores de custo ou da singularidade em favor
de uma empresa;
• Pioneirismo na transformação tecnológica traduz-se em vantagem para o primeiro a
mover-se, além daquelas inerentes à própria tecnologia;
• A transformação tecnológica melhora a estrutura industrial geral.
Este trabalho objetiva analisar como a competição contribui para o processo de inovação,
exemplificando através de um estudo de caso sobre o Aqualog, a tecnologia desenvolvida pela
Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo – Sabesp para automatização da
operação de estações de tratamento de água (ETA´s) e de esgotos (ETE´s), originada a partir
da necessidade de uma de suas Unidades de Negócio apresentar melhor performance
operacional e financeira. O Aqualog representa uma inovação de processo, pois modificou a
sistemática da operação das estações onde foi aplicado, mas também pode ser considerado
inovação de produto, já que passou a integrar a base de produtos da empresa, despertando
interesse de empresas de outros países. O desenvolvimento desta tecnologia resultou na
viabilidade econômica da Unidade de Negócio do Vale do Ribeira, antes deficitária, além de
contribuir para os resultados globais da empresa com a aplicação em outras Unidades de
Negócio, em função da redução de custos, entre outros benefícios que propiciou.
2 Referencial Teórico
2.1 Importância da inovação para a competitividade
De acordo com Porter (1992), a transformação tecnológica é um dos principais condutores da
concorrência, desempenhando um papel importante na mudança estrutural da indústria,
acabando com a vantagem competitiva até mesmo de empresas bem fortificadas, onde um
grande número de empresas surgiu de transformações tecnológicas e foram capazes de
explorá-las, modificando as regras da concorrência.
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O cenário atual é de constante mutação, num mercado globalizado com a formação de blocos
econômicos em diversas partes do planeta, as inovações tecnológicas ocorrem de forma rápida
e, conseqüentemente, as transformações vêm ocorrendo em ritmo cada vez mais intenso. As
informações passaram a ser absorvidas pelas pessoas, de forma que antes eram inimagináveis,
tanto na concepção, quantos na quantidade. Com o passar dos tempos, as organizações
descobriram que a inovação é um dos pontos mais importantes para se manterem. A
tecnologia é um componente básico da competitividade das organizações. Sendo assim, para
que as organizações se mantenham vivas e competitivas é fundamental que valorizem a
mudança tecnológica, tornando-a um componente da sua estratégia. (MAÑAS, 2001).
Com o crescimento do processo de internacionalização das economias, é provável que esteja
ocorrendo um crescimento das influências internacionais nos processo de inovação de cada
país, porem, há fortes evidências de que o processo de globalização não estaria contribuindo
significativamente para a homogeneização dos sistemas nacionais de inovação, e sim, para
uma crescente especialização e diferenciação desses sistemas (VIOTTI, 2003).
Mañas (2001) diz que as inovações tecnológicas envolvem as atividades de pesquisa,
desenvolvimento experimental, engenharia, produção inicial e introdução comercial, as quais
necessitam de pessoas capacitadas, instalações adequadas, equipamentos, instrumentos,
materiais de consumo e manutenção de um fluxo contínuo de informações científicas e
tecnológicas para sua realização. Essas atividades, pessoas e recursos extras significam
investimentos que envolvem despesas de valores significativos, porém qualquer
desenvolvimento poderá acarretar numa movimentação do mercado.
Viotti (2003) diz que as empresas não inovam isoladamente, e sim por meio de sistemas de
redes de relações diretas ou indiretas com outras empresas, a infra-estrutura de pesquisa
pública e privada, as instituições de ensino e pesquisa, a economia nacional e internacional.
Sendo assim, o esforço inovador é recompensado, porém a infra-estrutura de pesquisa em
universidades, institutos e nas próprias empresas, são mais modestas nos países emergentes.
Tal condição motiva a maior parte das empresas destes países a copiar e adaptar soluções
alheias e não contribui para o desenvolvimento tecnológico, existindo, portanto, um largo
espaço para inovação (STAL e HERNANDEZ, 2004; STAL, 2005).
Mañas (2001) reforça esta afirmação ao colocar que o Brasil, como todos os outros países do
terceiro mundo, geralmente experimenta a modernização através da importação de tecnologia.
A dependência econômica e, conseqüentemente, a tecnológica é o maior entrave para o
desenvolvimento desses países em nível de produção, seleção e adoção de tecnologias
apropriadas às necessidades específicas e aos recursos de que realmente dispõem. A
possibilidade do uso de tecnologias adaptativas ou apropriadas à nossa realidade bem como a
possibilidade da sua expansão interconectada propicia a redução de desperdícios e a rapidez
para suprir as novas necessidades. No entanto, em qualquer empresa, a completa dependência
tecnológica compromete a sua própria sobrevivência.
Até algum tempo atrás, a competência das empresas brasileiras estava na sua capacidade de
manufatura, na obtenção de subsídios governamentais, na manutenção de baixos salários, na
disponibilidade de matérias-primas e outros insumos em qualidade e preços competitivos e na
proteção da concorrência externa (VERMULM, 2002).
Em todos os países, a produção sistemática de tecnologia é vista como uma forma obrigatória
de alcançar o desenvolvimento. No caso dos países menos desenvolvidos como o Brasil, os
Estados assumem o papel de grandes desenvolvedores de tecnologia, se não de toda a infraestrutura, devido às empresas não disporem de recursos (MAÑAS, 2001).
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Uma das premissas da abertura dos mercados na década de 90 era que com a pressão da
competição externa, as empresas adotariam estratégias tecnológicas mais audaciosas,
reconfigurando a indústria brasileira (VERMULM, 2002). De fato, esta decisão contribuiu
para melhoria do posicionamento tecnológico brasileiro, mas está longe de ser a ideal ou de se
assemelhar neste quesito a um país desenvolvido.
Em cada país, em cada indústria, pode-se verificar dois tipos distintos de empresas, as
primeiras são as que possuem a capacidade de se perpetuar por longos períodos de tempo e as
segundas são as empresas efêmeras. A questão é: “O que estas companhias, que foram
capazes de se perpetuar, sabem sobre os negócios que as demais não sabem ou esqueceram?”.
A resposta é que as companhias que conseguiram se manter e até mesmo se consolidar no
mercado através dos tempos, dominaram o processo da criação e a inovação tecnológica. As
empresas com inovação tecnológica possuem a capacidade infinita de lançar novos produtos
numa velocidade admirável Para elas a inovação tecnológica é vista como uma necessidade
vital, levando em consideração as suas habilidades para encontrar oportunidades para novos
produtos e mercados através de melhores processos (ROBERT, 1995).
2.2 Tipos de inovações tecnológicas
Uma classificação muito conhecido é a que enfatiza o grau de novidade envolvido nas
inovações, a qual localiza numa das extremidades de uma linha contínua, as inovações do tipo
radical, consideradas aquelas que criam novas indústrias, e no outro extremo, as inovações
incrementais ou melhorias, que são as “pequenas” novidades acrescentadas em produtos ou
processos já conhecidos. As inovações incrementais decorrem de atividades rotineiras de
produção e comercialização, para as quais não são alocados recursos específicos (BARBIERI
e ÁLVARES, 2003; LONGO, 2004).
Gundling (2000, apud BARBIERI, 2003), subdivide as inovações em:
- Inovações do tipo A, são as radicais ao extremo que extrapolam as necessidades do
consumidor, dando origem à criação de uma nova empresa;
- Inovações do tipo B são as radicais que mudam a base da competição na indústria
existente; originam-se em pesquisas de laboratório, antes de analisar a necessidade do
consumidor;
- Inovações do tipo C são as inovações estritamente alinhadas com as necessidades do
consumidor, em geral são extensões de linhas de produtos existentes, ampliando a
linha de produtos para os atuais consumidores, por meio de alterações na tecnologia e
no processo.
Ainda segundo Gundling, (2000, apud BARBIERI, 2003), um processo de inovação radical
que traz importantes novidades tecnológicas, normalmente requer outras inovações que são
desenvolvidas durante o seu processo de implementação.
2.3 Processo de inovação
Segundo Barbieri e Álvares (2003), “um processo de inovação específico só se completa
quando novos conhecimentos estiverem definitivamente incorporados em produtos, serviços,
processos produtivos, técnicas de gestão, orientação estratégicas etc., atendendo aos objetivos
que deles se esperam”.
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Para Viotti (2003), a tecnologia é vista como uma forma de mercadoria mais ou menos similar
às demais mercadorias e as inovações seriam produzidas em um tipo de processo de produção
mais ou menos linear, onde o primeiro insumo é o investimento em P&D, cujo resultado - o
produto - aparece em forma de tecnologia e inovação.
De acordo com Barbieri e Álvares (2003), a invenção é o resultado de uma ação deliberada
para criar algo que atenda a uma finalidade específica, uma idéia elaborada ou uma concepção
mental de algo, ou seja, a invenção deve referir-se a algo inexistente ou que apresente
novidades comparativamente ao que já é conhecido, porém, a invenção se transforma em
inovação, somente se for implementada e o mercado aceitá-lo. Para Schumpeter (1972 apud
BARBIERI, 2003), a inovação é uma nova combinação de meios de produção que constitui
num elemento central da economia, já a invenção, se não for levada à prática será irrelevante
do ponto de vista econômico. A invenção é um fato técnico e a inovação é um fato
simultaneamente técnico, econômico e organizacional, ou seja, as pessoas inventam e as
organizações inovam. Conclui-se que no ambiente empresarial, as inovações tecnológicas
estão relacionadas ao binômio tecnologia-mercado, onde o mercado julgará todo processo de
inovação, portanto, a invenção pode ser a condição necessária para o sucesso de uma
inovação, porém, nunca uma condição suficiente.
Viotti (2003) diz que “a inovação é resultado de um processo de interação entre a
oportunidade de mercado e a base de conhecimentos e capacidades da firma”. Esta interação
envolve inúmeros subprocessos que não apresentam uma seqüência definida, cujos resultados
são altamente incertos, necessitando de realimentações entre eles para aperfeiçoamento ou
para a solução de problemas que surgem no decorrer do processo de inovação. A integração
dos diversos subprocessos entre as etapas de comercialização e de invenção e projeto são
fatores determinantes do sucesso no processo de inovação.
2.4 Modelos de inovação
Existem diversos modelos concebidos para orientar uma organização inovadora nos seus
processos de inovação, como por exemplo:
- O modelo pioneiro ou linear de inovação é o processo no qual a inovação ocorre
primeiro como resultado da pesquisa básica, gerando conhecimento científico sobre o
qual poderia ser desenvolvida a pesquisa aplicada e, posteriormente, o
desenvolvimento experimental, incorporado à produção que atingiria a
comercialização, ou seja, a inovação é induzida pela oferta de conhecimento
(BARBIERI E ÁLVARES, 2003; VIOTTI, 2003).
- Já no modelo linear reverso, a inovação é induzida pelas necessidades de mercado ou
pelos problemas operacionais observados nas unidades produtivas, levando em
consideração de que a necessidade é a geradora de todas as invenções (BARBIERI e
ÁLVARES, 2003).
- O modelo de terceira geração ou de Rothwell, diz que com o desenvolvimento
tecnológico e científico, as necessidades da sociedade e do mercado são articulado por
meio do processo chamada inovação, combinando a oferta de conhecimento com a
demanda da sociedade (BARBIERI E ÁLVARES, 2003);
- No modelo combinado as inovações obtidas pelas empresas também contribuem,
contrariando os modelos lineares, onde o fluxo de conhecimento flui apenas no sentido
da empresa (BARBIERI E ÁLVARES, 2003);
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Modelo de Kline ou modelo elo de cadeia, é baseado nas interações que ocorrem
entre as diferentes fases do processo denominada cadeia de inovação, que é formada
pelas necessidades do mercado, invenções, produção, distribuição e mercado
(BARBIERI E ÁLVARES, 2003; VIOTTI, 2003);
Modelo de aprendizado tecnológico, considerado característicos das economias em
desenvolvimento, as quais estão limitadas a absorverem as inovações provenientes de
outras economias e à adaptação e ao aperfeiçoamento, ou seja, a inovação incremental
(VIOTTI, 2003);
Modelo sistêmico de inovação considera que as empresas não inovam isoladamente,
e sim, através das redes com outras empresas, instituições de ensino e pesquisa ou um
conjunto de outras instituições (VIOTTI, 2003);
Modelos prescritivos foram criados visando orientar os agentes inovadores nas suas
atividades, dentre elas temos o modelo do funil, a qual baseia-se na busca do maior
número de idéias e a partir daí, é feita a seleção em função das estratégias da empresa,
desenvolvidas e implementadas (BARBIERI E ÁLVARES, 2003).
2.5 Reconhecendo a Inovação Tecnológica
Conforme Stal e Hernandez (2004), existem dois tipos de inovações tecnológicas: as
tecnologias de produtos e serviços e as tecnologias de processo. Segundo Vermulm (2002,
p.3) “a inovação de produto ou de processo permite que a empresa inovadora se diferencie das
demais. Sendo mais produtiva, produzindo com menores custos ou detendo produtos
inovadores, a empresa consegue se apropriar de lucros gerados a partir dessa diferenciação”.
De acordo com Mañas (2001), a “inovação tecnológica é o processo realizado por uma
empresa para introduzir produtos e processos que incorporam novas soluções técnicas,
funcionais ou estéticas”.
Slack (1999), diz que todas as operações de manufatura ou processamento utilizam algum tipo
de tecnologia de processo que pode ser desde um simples processador de texto até uma
complexa e sofisticada automatização de operações, da qual espera-se tirar vantagem, visando
a atender uma necessidade do mercado ou explorar todo o potencial oferecido numa atividade
de operação. As tecnologias de processos são as máquinas, equipamentos e dispositivos que
ajudam a produção a transformar materiais e informações de forma a agregar valor e atingir os
objetivos estratégicos da produção. Desde os anos 80, tem-se observado um notável aumento
na taxa de inovação na tecnologia de processo, na qual radicais mudanças em tecnologias de
telecomunicações e a disponibilidade de microprocessadores a baixo custo e maior capacidade
são alguns dos facilitadores para a obtenção de tecnologias de processo de grande impacto. A
integração ou a ligação de atividades, anteriormente separadas, em um único sistema, traz
como benefícios a sincronização, agilidade no fluxo mais simples e previsível de informações
e de materiais, gerando:
- economia no custo de mão-de-obra direta; e
- redução na variabilidade da operação.
Vermulm (2002), diz que “uma inovação que se consubstancia em um novo processo de
produção, evidentemente que será uma inovação se produzir ganhos derivados da maior
produtividade resultante, ou seja, menores custos de produção”.
Mesmo para produtos considerados commodities, sempre há a possibilidade de se diferenciar.
Para que um produto não se torne uma commoditie, o segredo está em praticar o conceito do
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que se chama fragmentação do mercado, ou seja, identificar grupos menores de clientes com
necessidades diferentes e responder com produtos feitos especialmente para eles (ROBERT,
1995).
3 Metodologia
Este trabalho foi desenvolvido a partir de um estudo de caso feito na Sabesp, além de
pesquisas de obras literárias e artigos. Optou-se por adotar procedimentos de pesquisa
qualitativa, tendo em vista que trata-se de caso único, o qual requer estudo em profundidade.
Dentre os procedimentos adotados, destaca-se a análise de documentos de divulgação interna
da empresa, relatórios e portal Intranet, a análise de obras e artigos acadêmicos. Todos estes
elementos constituíram subsídios para a confecção de um roteiro semi-estruturado para a
realização de entrevista com pessoas envolvidas no desenvolvimento do projeto. Yin (2005)
recomenda a utilização de várias fontes de evidência de forma a desenvolver linhas
convergentes de investigação, obedecendo a um estilo corroborativo de pesquisa.
O método de estudo de caso objetiva a obtenção de conhecimento aprofundado de uma
realidade delimitada (Trivinõs, 1990). Segundo Yin (2005, p.20), “o estudo de caso permite
uma investigação para aprender as características significantes e holísticas de eventos da vida
real – tais como, ciclos de vida individuais, processos organizacionais e administrativos,
mudanças de vizinhanças, relações internacionais e a maturação de setores”.
Ainda conforme Yin (2005), a maior limitação do método de estudo de caso, é que esse
método não permite generalização para a população, da qual foi extraída a amostra para
pesquisa. Embora o estudo tenha sido realizado com profundidade adequada, ainda se mostra
em pequeno número e o seu objetivo de uso é a replicação, e não a de generalização. E
continuando, Yin (2005) diz que essa limitação é comum a outros métodos de pesquisa.
4 Estudo de Caso: desenvolvimento do Aqualog
4.1 Descrição da Empresa
A Sabesp foi fundada em 1973, segundo diretrizes do Planasa – Plano Nacional de
Saneamento, a partir da fusão de diversas empresas e autarquias.
É hoje uma empresa de economia mista e de capital aberto, cujo maior acionista é o Governo
do Estado de São Paulo com 50,3% de suas ações. Outra fração das ações (28,2%) é
negociada na Bolsa de Valores de São Paulo desde 1997 e parte do Novo Mercado desde
2002. A partir de 2003 passou a ter também 21,5% das ações negociadas na Bolsa de Valores
de Nova Iorque.
Suas principais atribuições são planejar, construir e operar sistemas de água, esgotos e
efluentes industriais.
Com 17.660 empregados e patrimônio líquido de R$ 7,9 bilhões, a área de atuação da Sabesp
atualmente compreende 368 dos 645 municípios do Estado de São Paulo, atendendo
aproximadamente 25 milhões de pessoas, razão pela qual está entre as 5 maiores empresas por
número de clientes atendidos (SABESP, 2005).
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4.2 Indicadores
A empresa destaca-se também pelos resultados financeiros obtidos nos últimos anos, nos
quais atingiu lucro líquido de R$ 833 e 513 milhões em 2003 e 2004, respectivamente.
O Programa de Investimentos da empresa prevê a aplicação de R$ 3,3 bilhões no período de
2005 a 2008. Para tanto, conta com as seguintes fontes de financiamento: JBIC (Japan Banc
International Corporation), BID (Banco Interamericano de Desenvolvimento), CEF (Caixa
Econômica Federal), BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social).
4.3 Produtos
A empresa é considerada pela Associação Interamericana de Engenharia Sanitária – AIDIS –
a melhor empresa de saneamento das Américas e destaca-se por possuir um dos melhores
índices de atendimento do mundo, conforme demonstrado na tabela abaixo:
Abast. Água (%)
Coleta Esgotos(%)
Sabesp
100
78
Brasil
91
36
Reino Unido
97
95
Alemanha
97
90
Itália
91
80
Espanha
91
80
Bélgica
97
71
França
98
68
Portugal
94
55
Fonte: Associação Interamericana de Engenharia Sanitária – AIDIS
Tratamento Esgotos(%)
63
55
92
87
62
59
23
50
21
Além do tratamento e distribuição de água, coleta e tratamento de esgotos, a empresa possui
sub-produtos comercializados em menor escala, desenvolvidos mais recentemente. São eles:
Sabesfértil – Registrado em 1999 no Ministério da Agricultura e do Abastecimento, trata-se
de um insumo agrícola gerado a partir dos resíduos do processo de tratamento de esgotos
sanitários, anteriormente encaminhados para aterros sanitários.
A empresa busca também outro destino para os resíduos do tratamento de esgoto, estudando a
viabilidade do aproveitamento dos lodos desidratados como combustível alternativo e
matéria-prima para fabricação de cimento.
Água de Reuso: Água não potável que pode ser utilizada em processos industriais, para
lavagens de pátios, jardins, veículos etc. Ainda não comercializado em larga escala, mas é
mais um novo produto que além do baixo preço, contribui para a preservação da água potável.
A própria Sabesp utiliza água de reuso na execução das desobstruções de redes coletoras de
esgotos.
Aqualog – Conjunto de softwares, computadores, controladores lógicos programáveis e
periféricos que permite controlar e monitorar, à distância ou no próprio local, os sistemas
produtos de água e de tratamento de esgotos sanitários e/ou industriais. Este produto foi
desenvolvido em 1996 e comercializado pela primeira vez em 2000. Este é o objeto do
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presente estudo, além de importante inovação tecnológica que agregou diversos benefícios ao
principal processo da empresa, hoje é também mais um produto da Sabesp.
4.4 O Aqualog
O modelo de gestão da Sabesp é baseado na atuação descentralizada por meio de Unidades de
Negócios (UN), cujos resultados são acompanhados pela Alta Administração da empresa,
entre os quais está a rentabilidade que encabeça o seu mapa estratégico Balanced Scorecard
(BSC). Por esse modelo as UN´s possuem autonomia na gestão de seus recursos, porém são
avaliadas por seus resultados.
Este novo modelo criou uma sadia concorrência entre as UN´s, intensificando a busca pela
melhoria da performance de cada uma delas.
Antes do desenvolvimento do Aqualog, a UN Vale do Ribeira, apresentava resultados
deficitários devido ao alto custo de operação de seus sistemas de abastecimento sem a
proporcional contrapartida de receita, advinda do fornecimento de água e coleta de esgotos de
sua área de atuação, região caracterizada por uma população de baixa condição sócioeconômica.
De acordo com o Superintendente daquela UN, a situação se agravaria, pois a despeito dos
resultados negativos, em função da natureza dos serviços, a região demandava maiores
investimentos para que a população local pudesse ser atendida na plenitude. Esta situação
motivou o desenvolvimento da tecnologia e graças ao seu sucesso, a UN elevou sua margem
operacional de -15% a +12% num período de seis anos.
4.5 Aqualog: Definição e principais características
O Aqualog é um conjunto de softwares, computadores, controladores lógicos programáveis e
periféricos que permite controlar e monitorar à distância ou no próprio local, os sistemas
produtores de água e de tratamento de esgotos sanitários e/ou industriais. Trata-se de uma
tecnologia desenvolvida por técnicos da própria empresa para automação na área de
saneamento ambiental.
Todas as fases do sistema de produção de água ou de tratamento de efluentes são
supervisionadas através de um Centro de Controle Operacional (CCO) controlando válvulas
dosadoras de produtos químicos, níveis de reservatórios e outros equipamentos, acionando,
automaticamente, medidas de correção sempre que os parâmetros definidos estiverem fora
dos limites aceitáveis. Os softwares que fazem parte do Aqualog permitem também
disponibilizar tabelas e gráficos para o gerenciamento dos sistemas e aperfeiçoamento das
rotinas de controle.
Um único centro de controle operacional pode acompanhar e monitorar vários sistemas ao
mesmo tempo, independentemente de sua localização, o que possibilita a operação com
máxima eficiência dos sistemas de produção de água e de tratamento de efluentes,
proporcionando menores custos operacionais, confiabilidade e segurança.
A precisão proporcionada por essa tecnologia é determinante para a economia de energia
elétrica e dos produtos químicos utilizados no processo e otimização do índice de perdas. Em
estações de tratamento de água foi constatada economia de até 27,3% com sulfato de alumínio
(coagulante) e de até 24,3% em energia elétrica (kWh/m³) após a implantação do Aqualog.
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Cabe ressaltar a energia elétrica representa a maior despesa operacional da empresa, portanto,
os valores economizados em decorrência desta inovação, são expressivos.
Seja no tratamento de água ou de esgotos, outro aspecto fundamental a ser controlado é a
qualidade. Embora não haja alterações bruscas na qualidade da água bruta, o Aqualog ajusta
automaticamente a estação de tratamento, garantindo que os parâmetros estabelecidos sejam
eficazmente obtidos. No tratamento de efluentes, os ajustes automáticos permitem o controle
de parâmetros como: Carbono Orgânico Total (TOC), Demanda Bioquímica de Oxigênio
(DBO), Demanda Química de Oxigênio (DQO), Potencial Hidrogeniônico (pH), Oxigênio
Dissolvido (OD), Potencial de Óxido-Redução (Redox), condutividade específica, turbidez,
temperatura e cloro.
Analisadores em processo, instalados em pontos estratégicos dos sistemas produtores de água
ou de tratamento de efluentes, fazem as análises para todos os parâmetros, digitalmente e
eletronicamente, enviando sinais para o Controlador Lógico Programável (CLP). Este, por sua
vez, emite comandos eletrônicos aos atuadores em processo, a fim de que sejam feitos os
ajustes.
100%
90%
80%
Evolução da
Qualidade da Água
(IQA) Sistemas
Automatizados do
Vale do Ribeira - SP
70%
60%
50%
40%
30%
20%
10%
0%
Operação
Manual
Operação
Automatico
Fonte: Sabesp, 2005
Todas as 18 estações de tratamento de água do Vale do Ribeira encontram-se automatizadas
com essa tecnologia, que também está instalada em mais 18 unidades da empresa na região
metropolitana de São Paulo. Na área de tratamento de efluentes, o Aqualog está sendo
adotado pela empresa nos municípios de Caraguatatuba, Ubatuba, Iguape, Ilha Comprida,
Iporanga e Juquitiba.
O crescente interesse pela tecnologia desenvolvida - que já recebeu visitas de técnicos dos
Estados Unidos, da Europa e da América Latina - levou a empresa a constituir uma equipe, na
UN Vale do Ribeira, com sede na cidade de Registro, para cuidar exclusivamente da
automação e desenvolver projetos adequados a cada cliente.
Ele pode ser implantado de forma modular ou por etapas, dependendo da concepção a ser
adotada conjuntamente por técnicos da Sabesp e da empresa interessada. A partir do
diagnóstico até a conclusão dos serviços, decorre-se um prazo de aproximadamente seis
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meses. Todo o processo de implantação ocorre com a participação do cliente. A empresa
fornece garantia de um ano para o sistema implementado e a linha de produtos Aqualog conta
com a Assistência Técnica Sabesp permanente.
O Aqualog possui Certidão de Notória Especialização, expedida pela ABES - Associação
Brasileira das Empresas de Software. Está registrado no INPI, sob o número 99003054 10.09.1999.
As empresas que já aderiram à tecnologia Aqualog são:
• SAMAE - Jaraguá do Sul - Santa Catarina;
• SANESUL - Dourados - Mato Grosso do Sul;
• Laboratório Teuto Brasileiro - Anápolis - Goiás;
• SAEE - Aparecida - São Paulo;
• SAAE - Itapetinga - Bahia
Vantagens da implantação da tecnologia Aqualog:
• Otimização no consumo de produtos químicos: a tecnologia permite a adição do
sulfato de alumínio, cloro e flúor na medida adequada às condições da água ou dos
efluentes que chegam nas estações de tratamento.
• Melhoria na qualidade da água e dos efluentes: A precisão dos produtos químicos
adicionados e o controle contínuo garantem melhor qualidade da água e dos efluentes.
• Melhor aproveitamento da mão-de-obra: A mão-de-obra utilizada para estas operações
pôde ser aproveitada nos novos sistemas de tratamento;
• Racionalização do consumo de energia elétrica: A energia elétrica representa a maior
despesa operacional do processo de tratamento de água e esgotos, portanto a redução
obtida, trouxe economias significativas;
• Aperfeiçoamento de rotinas de controle: Os softwares do conjunto Aqualog geram
relatórios gerenciais sistemáticos que facilitam a análise de desempenho do sistema;
• Amortização do investimento a curto/médio prazo: O retorno obtido com a redução de
custos permite auferir rapidamente os ganhos do investimento;
• Confiabilidade total no sistema e na produtividade: Pelo fato da tecnologia ter sido
desenvolvida por equipe da própria empresa com conhecimento profundo da operação
e ser customizado para atender às necessidades de cada estação, há total
confiabilidade no seu desempenho.
4.6 Monitoramento à distância
Uma das diversas vantagens do Aqualog é a possibilidade dos sistemas produtores ou de
tratamento de esgotos trabalharem sem assistência local, de maneira que num único Centro de
Controle Operacional (CCO) possam ser acompanhados e monitorados vários sistemas
simultaneamente, não importando a sua localização. Os dados são transmitidos ao CCO por
telefone, rádio modem ou satélite, com a finalidade de gerar relatórios, que possam ser
personalizados conforme as necessidades de cada um.
No centro de controle, várias telas do supervisório mostram todas as fases do processo em
cada sistema de produção de água ou tratamento de efluentes. Os sistemas não precisam
permanecer on-line uma vez que possuem "inteligência" própria, que lhes permite tomar as
decisões necessárias de maneira automática. As conexões são feitas de acordo com a
configuração desejada, para o recebimento dos dados de cada período.
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O Aqualog possui também uma completa rotina de alarmes. Caso ocorra um eventual
problema em alguma estação monitorada, o centro de controle imediatamente receberá o
alarme correspondente, com informações sobre o tipo de anormalidade, o local exato onde
ocorreu e página do manual com a descrição detalhada. Assim, uma equipe operacional
poderá dirigir-se à estação onde houve a falha, sabendo exatamente o que precisa ser feito
para resolvê-la.
5 Análise e Discussão
A experiência do desenvolvimento do Aqualog reforça as proposições de Mañas (2001) uma
vez que apresentou as etapas de pesquisa e desenvolvimento, engenharia, produção inicial,
realizadas no Vale do Ribeira, além de ter sido adotado comercialmente, sendo repassada para
outras Unidades de Negócios e outras empresas de Saneamento.
De acordo com as definições de Gundling (2000, apud BARBIERI, 2003), o Aqualog pode
ser considerado uma inovação incremental, já que representa a melhoria de um processo
existente. Ao contrário do que mais comumente se observa, este estudo apresentou um
exemplo de inovação totalmente desenvolvido por empresa brasileira, não se tratando de
adequações ou cópia da tecnologia de outros países.
Analisando os modelos de inovação referenciados na segunda seção é possível enquadrar o
caso Aqualog no modelo linear reverso, fundamentado no fato de que foi uma solução para
um problema operacional diagnosticado à época.
De acordo com Fleury e Fleury (1995), as empresas tratam do desenvolvimento da
capacitação no que tange a questão tecnológica, através de um processo de aprendizagem, que
se inicia com a resolução de um problema de produção, o qual na maioria das empresas,
obedece a um esquema reativo. Poucas empresas evoluem além desse estágio, incorporando a
idéia de aprendizagem tecnológica à sua filosofia administrativa.
A Sabesp pode ser considerada uma das empresas que evoluiu além deste estágio, pois a
inovação tecnológica é fator valorizado pela empresa. O Departamento de desenvolvimento
tecnológico atua fortemente na inovação dos processos de produção (tratamento) e
distribuição (de água e coleta de esgotos). Uma das formas de incentivar a introdução de
novas tecnologias em seus processos é a participação de seus representantes nos congressos
anuais do setor de saneamento, ocasião em que são apresentados os trabalhos gerados pelas
empresas brasileiras do setor. Outra prática de sucesso para o desenvolvimento tecnológico é
a realização dos Encontros Técnicos, promovidos pela empresa com a participação de
fornecedores nacionais e estrangeiros com vista à divulgação dos novos produtos e
tecnologias a todo o corpo funcional da empresa e identificação de novas demandas para
desenvolvimento em parceria com seus fornecedores.
6 Considerações Finais
Este trabalho objetivou demonstrar a importância da tecnologia, mesmo em empresas
consideradas monopolistas, de produtos tipo commodity, que necessitam se manter
competitivas em termos de custos de produção, como também para obterem diferenciação em
qualidade de produtos e/ou serviços. A competitividade do setor de saneamento cresce na
medida em cada vez mais empresas estrangeiras, detentoras de conhecimentos tecnológicos,
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se aproximam dos processos de concorrência para concessões. Mesmo para produtos
considerados commodities, sempre há a possibilidade de se diferenciar. É o caso da água, que
pode ser considerada a “mãe de todas as commodities”.
Para que a empresa seja competitiva não basta ter tecnologia, é preciso também ser lucrativa e
ter capacidade de investimento. De acordo com Andreassi e Siqueira (2005) para garantir a
sobrevivência ao longo do tempo, a empresa, além de ser competitiva em termos de custos,
necessita aplicar e comercializar conhecimento, inovar e ser reconhecida como provedora de
melhores produtos e processos.
A tecnologia desenvolvida pela Sabesp foi essencial para sua competitividade e contribuiu
para garantir posição de destaque em termos de tecnologia perante aos concorrentes globais,
chegando ao ponto desses concorrentes se interessarem na aquisição dessa tecnologia.
Neste sentido, verificou-se que a tecnologia apresentada no caso em questão atende aos
quesitos de inovação e de geração de conhecimento, contribuindo para a melhoria do produto
e do processo, bem como para a rentabilidade da empresa.
O caso estudado não pode ser generalizado como padrão de comportamento de empresas de
serviços públicos, mas aponta para a importância das mudanças organizacionais e da
incorporação de estratégias e práticas voltadas para a adoção de inovações, visando a
competitividade em diferenciação e em redução de custos, evitando a entrada de novos
concorrentes (novos entrantes). Contudo, acredita-se que o mesmo possa servir como uma
contribuição interessante e inicial para estudos mais aprofundados.
Referência bibliográfica:
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