Indicadores CNI
ISSN 1983-621X • Ano 17 • Número 8 • Agosto de 2015
INDICADORES
INDUSTRIAIS
Indústria atinge ociosidade recorde
O quadro recessivo segue predominante na indústria. O faturamento real situase em patamar 7,2% menor que o apurado em agosto de 2014, embora tenha
crescido frente a julho (0,7% no indicador dessazonalizado1).
As horas trabalhadas na produção recuaram pelo sétimo mês seguido na passagem
de julho para agosto, enquanto a utilização da capacidade instalada sofreu queda
de 0,8 ponto percentual, ambos nas séries livres de influência sazonal. O uso da
capacidade, inclusive, chegou ao seu nível mais baixo (77,9%) desde janeiro de
2003, início da série histórica.
Nesse cenário de contração da atividade, a indústria segue reduzindo postos de
trabalho. O indicador (dessazonalizado) de emprego registrou queda de 1,1%
em agosto frente a julho, o sétimo recuo consecutivo. Mesmo com o corte de
trabalhadores, foi observado aumento da massa salarial real (0,3%) e do rendimento
médio real (1,1%), na mesma base de comparação. Embora positivos, esses dois
últimos resultados não sugerem melhora no mercado de trabalho industrial e devem
estar associados ao crescimento dos gastos com as demissões (recisões contratuais).
Utilização da capacidade instalada
Dessazonalizado (percentual médio)
AGOSTO 2015
Variação frente a julho – com ajuste sazonal
Faturamento real
Crescimento de 0,7%
Horas trabalhadas
na produção
Queda de 0,3%
Utilização da
capacidade instalada
Queda de 0,8 p.p.
85
Menor nível de toda a série histórica,
iniciada em janeiro de 2003
83
77,9%
81
79
77
ago/12
Emprego
Queda de 1,1%
Massa salarial real
Crescimento de 0,3%
Rendimento médio real
Crescimento de 1,1%
fev/13
ago/13
fev/14
ago/14
fev/15
ago/15
1 - As influências sazonais (ou sazonalidades) são comportamentos específicos de cada mês, que se repetem de acordo com determinado padrão e estão associadas a características como, por exemplo, números de
dias úteis e condições climáticas. Para excluir essas influências, os indicadores passam pelo processo de dessazonalização – tornando dessazonalizados –, o que permite comparar resultados de meses diferentes,
pertencentes ou não ao mesmo ano.
Indicadores Industriais
ISSN 1983-621X • Ano 17 • Número 8 • Agosto de 2015
Faturamento
Crescimento no mês não reverte
tendência negativa
Dessazonalizado (Índice de base fixa: média 2006 = 100)
140
O faturamento real (indicador
dessazonalizado) registrou alta de 0,7%
entre julho e agosto, revertendo apenas
pequena parte da queda sofrida nos
últimos meses.
130
120
Mesmo com o movimento positivo no mês,
o indicador atual situa-se em nível 7,2%
inferior ao levantado em agosto de 2014.
110
ago/12
fev/13
ago/13
fev/14
ago/14
fev/15
ago/15
Deflator: IPA/OG-FGV
Na comparação dos oito primeiros meses
de 2015 com os mesmos meses de 2014,
nota-se contração de 6,6% no faturamento
da indústria.
Horas trabalhadas na produção
Dessazonalizado (Índice de base fixa: média 2006 = 100)
Sétimo mês consecutivo de queda
115
As horas trabalhadas na produção caíram
0,3% na passagem de julho para agosto, na
série livre de influências sazonais. Essa foi a
sétima queda mensal seguida.
110
105
Com a baixa, o indicador encontra-se em
nível 10,2% menor que o observado em
agosto de 2014.
100
Considerando os resultados de janeiro a
agosto, as horas trabalhadas na indústria
em 2015 caíram 9,2% frente a 2014.
95
ago/12
fev/13
ago/13
fev/14
ago/14
fev/15
ago/15
Emprego
Dessazonalizado (Índice de base fixa: média 2006 = 100)
Ritmo de demissões segue elevado
116
O emprego industrial (indicador
dessazonalizado) recuou 1,1% em agosto
frente a julho, marcando a sétima baixa
consecutiva.
112
Com o movimento negativo no mês, o
indicador atual situa-se em nível 7,1% inferior
ao levantado em agosto de 2014.
108
104
ago/12
fev/13
ago/13
fev/14
ago/14
fev/15
ago/15
Na comparação dos oito primeiros meses de
2015 com os mesmos meses de 2014, nota-se
contração de 5,2% no emprego.
Indicadores Industriais
ISSN 1983-621X • Ano 17 • Número 8 • Agosto de 2015
Massa salarial real
Alta no mês não altera
cenário adverso
Dessazonalizado (Índice de base fixa: média 2006 = 100)
135
A massa salarial real avançou 0,3% entre
julho e agosto, considerando a sazonalidade
de cada mês. No entanto, ainda não há sinal
de inflexão no quadro adverso do mercado de
trabalho industrial.
130
125
Na comparação com agosto do ano passado,
observa-se que a massa salarial está 7,2%
menor.
120
115
ago/12
fev/13
ago/13
fev/14
ago/14
fev/15
ago/15
Deflator: INPC-IBGE
Rendimento médio real
No balanço parcial do ano a contração é de
5,0%, variação obtida pela comparação da
média de janeiro a agosto de 2015 com a
média do mesmo período de 2014.
Resultado positivo não indica melhora
no mercado de trabalho
Dessazonalizado (Índice de base fixa: média 2006 = 100)
120
O indicador de rendimento médio real,
dessazonalizado, subiu 1,1% em agosto
frente a julho. Esse resultado deve estar
associado ao aumento dos gastos incorridos
pelas empresas na recisão dos contratos de
trabalho.
115
Mesmo com a alta no mês, o indicador segue
em nível inferior (0,2%) ao apurado em
agosto do ano passado.
110
ago/12
fev/13
ago/13
fev/14
ago/14
fev/15
ago/15
Deflator: INPC-IBGE
INDICADORES INDUSTRIAIS - AGOSTO 2015
Variação percentual
Ago15/
Jul15
Dessaz.
Ago15/
Ago14
Jan-Ago15/
Jan-Ago14
Faturamento real1
0,7
-7,2
-6,6
Horas trabalhadas
-0,3
-10,2
-9,2
Emprego
-1,1
-7,1
-5,2
Massa salarial real2
0,3
-7,2
-5,0
1,1
-0,2
0,2
Indústria de
transformação
Rendimento médio real
2
1 Deflator: IPA/OG-FGV - 2 Deflator: INPC-IBGE
Percentual médio
Indústria de
transformação
Ago14
Jul15
Ago15
Utilização da capacidade
instalada - Dessazonalizada
81,2
78,7
77,9
Utilização da capacidade
instalada
81,8
79,1
78,3
i
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Mais informações como série histórica
e metodologia da pesquisa em:
www.cni.org.br/indindustriais
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