Indicadores CNI ISSN 1983-621X • Ano 17 • Número 2 • Fevereiro de 2015 INDICADORES INDUSTRIAIS Alta do faturamento não evita contração da atividade em fevereiro Os resultados de fevereiro reforçam a tendência de contração da atividade industrial, especialmente os indicadores de horas trabalhadas na produção e de utilização da capacidade instalada (UCI). O primeiro caiu 0,5% frente a janeiro, enquanto o segundo registrou queda de 1,2 ponto percentual (p.p.) – ambos dessazonalizados. Embora tenha crescido 1,9% em fevereiro, na série livre de influências sazonais, o faturamento real permanece em nível significativamente baixo: 9,6% inferior ao valor observado há 12 meses. Frente ao cenário adverso, a indústria voltou a cortar postos de trabalho. O indicador de emprego, que não caía desde outubro do ano passado, registrou queda de 0,1% na passagem de janeiro para fevereiro. Ainda assim, a massa salarial e o rendimento médio, ambos em termos reais, aumentaram 0,4% em fevereiro – feitos os ajustes sazonais. Vale ressaltar, contudo, que essas altas são menos intensas que as observadas em fevereiro de 2014. Horas trabalhadas na produção FEVEREIRO 2015 Variação frente a janeiro – com ajuste sazonal Faturamento real Crescimento de 1,9% Horas trabalhadas na produção Queda de 0,5% Utilização da capacidade instalada Queda de 1,2 p.p. Dessazonalizado (Índice de base fixa: média 2006 = 100) 115 Emprego Queda de 0,1% Índice atual é 9,5% menor que o apurado em fevereiro de 2014 110 Massa salarial real Crescimento de 0,4% 105 Rendimento médio real Crescimento de 0,4% As horas trabalhadas na produção cairam 0,5% em fevereiro na comparação com janeiro 100 fev/12 ago/12 fev/13 ago/13 fev/14 ago/14 fev/15 Indicadores Industriais ISSN 1983-621X • Ano 17 • Número 2 • Fevereiro de 2015 Faturamento real Dessazonalizado (Índice de base fixa: média 2006 = 100) Sequência de quedas é interrompida Após três meses seguidos de queda, o faturamento real voltou a crescer em fevereiro (1,9%), na série dessazonalizada, mas sem a intensidade necessária para caracterizar uma recuperação. 137 132 127 Mesmo com a alta, o indicador está em nível 9,6% menor que o observado em fevereiro de 2014. 122 fev/12 ago/12 fev/13 ago/13 fev/14 ago/14 fev/15 Considerando os resultados apenas de janeiro e fevereiro, o faturamento real da indústria em 2015 caiu 8,8% frente a 2014. Deflator: IPA/OG-FGV Utilização da capacidade instalada Percentual mais baixo desde fevereiro de 2009 Dessazonalizado (percentual médio) 85 83 79,7% A indústria operou, em média, com 79,7% da capacidade instalada em fevereiro — segundo o dado dessazonalizado —, ante 80,9% registrado em janeiro. Com a queda de 1,2 p.p., a UCI chegou ao nível mais baixo desde fevereiro de 2009. Também observa-se queda da UCI quando são comparados os resultados de fevereiro de 2015 com fevereiro de 2014: variação de -2,8 p.p. 81 fev/12 ago/12 fev/13 ago/13 fev/14 ago/14 fev/15 Combinadas, essas informações sugerem forte ociosidade do parque fabril. Emprego Dessazonalizado (Índice de base fixa: média 2006 = 100) Indústria volta a demitir O emprego (indicador dessazonalizado) registrou baixa de 0,1% na passagem de janeiro para fevereiro. Cabe lembrar que nos últimos três meses esse indicador havia interrompido a trajetória de queda. 117 115 Com o movimento negativo no mês, o indicador atual situa-se em nível 3,8% inferior ao levantado em fevereiro de 2014. 113 111 fev/12 ago/12 fev/13 ago/13 fev/14 ago/14 fev/15 Na comparação dos dois primeiros meses de 2015 com os mesmos meses de 2014, nota-se contração de 3,4% no emprego industrial. Indicadores Industriais ISSN 1983-621X • Ano 17 • Número 2 • Fevereiro de 2015 Massa salarial real Dessazonalizado (Índice de base fixa: média 2006 = 100) Crescimento após duas quedas seguidas 137 A massa salarial real interrompeu uma breve sequência de quedas e aumentou 0,4% entre fevereiro e janeiro — na série livre de influências sazonais. 132 127 122 fev/12 ago/12 fev/13 ago/13 fev/14 ago/14 fev/15 Na comparação com fevereiro do ano passado, no entanto, nota-se queda de 4,6%. Resultado semelhante ao do balanço parcial do ano (contração de 4,2%), obtido pela comparação da média de janeiro e fevereiro de 2015 com a média do mesmo período de 2014. Deflator: INPC-IBGE Rendimento médio real Mesmo com crescimento no mês tendência ainda é negativa Dessazonalizado (Índice de base fixa: média 2006 = 100) O indicador de rendimento médio real, dessazonalizado, subiu 0,4% em fevereiro frente a janeiro. 118 Entretanto, a comparação em 12 meses sugere que a tendência desse indicador é de queda. Isso porque seu valor atual é 0,8% inferior ao apurado em fevereiro de 2014. 113 108 fev/12 ago/12 fev/13 ago/13 fev/14 ago/14 fev/15 Deflator: INPC-IBGE INDICADORES INDUSTRIAIS - FEVEREIRO 2015 Variação percentual Fev15/ Jan15 Dessaz. Fev15/ Fev14 Jan-Fev15/ Jan-Fev14 Faturamento real1 1,9 -9,6 -8,8 Horas trabalhadas -0,5 -9,5 -8,8 Emprego -0,1 -3,8 -3,4 Massa salarial real2 0,4 -4,6 -4,2 0,4 -0,8 -0,7 Indústria de Transformação Rendimento médio real 2 1 Deflator: IPA/OG-FGV - 2 Deflator: INPC-IBGE Percentual médio Indústria de Transformação Fev15 Jan15 Fev14 Utilização da capacidade instalada - Dessazonalizada 79,7 80,9 82,4 Utilização da capacidade instalada 78,5 80,0 81,3 i Veja mais Mais informações como série histórica e metodologia da pesquisa em: www.cni.org.br/indindustriais INDICADORES INDUSTRIAIS | Publicação Mensal da Confederação Nacional da Indústria - CNI | www.cni.org.br | Diretoria de Políticas e Estratégia - DIRPE | Gerência Executiva de Política Econômica - PEC | Gerente-executivo: Flávio Castelo Branco | Gerência Executiva de Pesquisa e Competitividade - GPC | Gerente-executivo: Renato da Fonseca | Análise: Fábio Bandeira Guerra | Estatística: Edson Velloso | Informações técnicas: (61) 3317-9472 - Fax: (61) 3317-9456 - email: [email protected] | Design gráfico: Carla Gadêlha | Assinaturas: Serviço de Atendimento ao Cliente Fone: (61) 3317-9992 - email: [email protected] | Autorizada a reprodução desde que citada a fonte. 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