A necessidade é a mãe da inventividade…
A escrita como uma necessidade social.
A civilização Suméria
floresceu entre os rios
Tigre e Eufrates 2550 A.C.
Muitos povos em lugares
distantes
desenvolveram
sistemas de representação –
SIGNOS – para solucionar
seus problemas cotidianos:
controle,
registro,
contagem. Mas na Suméria
nasce a primeira escrita que
relaciona sons=signos.
ETAPAS DA ESCRITA SUMERIANA
•Escrita MNEMÔNICA = correlação entre objeto ou coisa
e o desenho
•Escrita LOGOGRAFICA = o desenho tem correlação
com uma ideia, exe: SOL = luz, brilho, branco, dia,
brilhante
•Escrita IDEOGRAFICA = o desenho é simplificado para
um sinal (signo) que representam ideias e não palavras.
Exe: PÉ = pode ser estar em pé, caminhar, caminhada e
associado a outros signos pode ter seu sentido alterado
para carregar, apressar-se.
•ESCRITA CUNEIFORME = O desenho é dos SONS,
vincula-se a lingua oral. A escrita representa os sons e
não mais diretamente as coisas.
A CRIAÇÃO DO ALFABETO: DA SUMÉRIA PARA O
MUNDO…Egito, China, Babilônia, Mesopotâmia,
Fenícios…
ALFABETO = Conjunto de sinais da escrita que
expressa os sons individuais de uma língua.
Alfabeto Sumério: princípio da fonetização;
Alfabeto Semítico: Representação das consoantes –
vogais subentendidas pelo contexto; criação das
sílabas;
Gregos = a criação do sistema de vogais: o alfabeto
completo com 27 letras. Origem do alfabeto latino.
ALGUMAS CARACTERISTICAS DA ESCRITA
• Busca simplificação, economia e agilidade ( ahh é este não
é um fenômeno da NET mas da lingua!)
• Os povos que desenvolveram a escrita ela passou por um
processo qur foi da logografia, silabografia até a
alfabetografia;
• Outros povos desenvolveram outros
permaneceram na ideografia ou logografia;
sistemas
ou
• A escrita é mais conservadora do que a língua falada. Dois
povos que tenham a mesma língua de origem se perderem o
contato um com o outro em poucas gerações teram
desenvolvido dialétos distintos. Se possuirem um sistema de
escrita em comum terão garantidas as bases de comunicação
entre si.
ESCRITA E PODER
• Desde os primórdios dos tempos os sujeitos reconhecem
o poder da palavra escrita, atribuindo muitas vezes uma
aura mística, mágica e/ou malígna a este poder
• Desde o início dos tempos a escrita era restrita a uns
poucos escolhidos;
• A dominação e conquista de um povo/cultura passa
necessariamente por rituais onde sua memória é
“apagada”: monumentos, documentos, livros são
destruidos;
• A afirmação da identidade de uma nação/povo/cultura
passa pela forma como esta seleciona, controla e registra a
própria história. A língua de um povo é seu maior
património, ela guarda mais do que letras, guarda uma
forma de traduzir o mundo, guarda lógicas únicas.
METODOLOGIAS DE ALFABETIZAÇÃO
Lembrando:
1) Práticas pedagógicas são produções culturais,
históricas, econômicas e sociais;
2) As metodologias de alfabetização são respostas de
grupo social frente as suas necessidades e projetos
sociais;
3) As metodologias de alfabetização, como qualquer
outra produção humana possui pesquisas, teorias,
concepções que apontam para escolhas distintas;
4) Escolhas pedagógicas devem ser feitas por
PEDAGOGOS conscientes do que cada escolha
representa para o projeto que se filia
MÉTODO SINTÉTICO
•Da Antiguidade até o século XVIII uso exclusivo.
•Objetivo: fazer com que a criança correlacione os signos
da lingua escrita com os sons da lingua oral;
•Ponto de partida: os elementos da lingua em uma
escalada somatória: as letras + os fonemas + sílabas
•Caminha do “simples” para o “complexo”: lógica
adultocentria e etnocentrica;
•A lingua escrita como um objeto externo ao aprendiz;
•Confusão entre o ato de ler e a análise da lingua: para ler
era preciso dominar os “pedacinhos” primeiro;
MÉTODO SINTÉTICO:
1) A criança deve copiar o traçado das letras e ser capaz
de discriminar o nome de cada letra do alfabeto;
geralmente inicia-se pelas vogais, depois pelas
consoantes, e pelos encontros vocálicos: AI, EI, UI, OI
2) Depois se apresenta a junção das vogais com as
consoantes: B+A, C+A, D+A
3) Forma-se a partir das sílabas memorizadas palavras
“simples” : BOLA, BOLO, COCADA, BONECA
4) Introduz-se as “dificuldades ortográficas”: CH, LH,
RR, SS, NH, etc.
MÉTODO ANALÍTICO
• Formulado a partir de críticas de Radonvilliers (1768)
em 1787 tem suas bases lançadas por Nicolas Adan;
• Só se concretizam a partir do século XX com apoio das
teses da Gestalt. (percepção das coisas)
• Ovide Decroly (1936) método ideovisual:
reconhecimento global de frases significativas;Ӑnfase na
compreensão e não na decodificação; a escrita dirige-se ao
sentido sem necessidade de passagem pelo oral;
• Nunca foi de fato aplicado. O que surge é um método
misto entre o ideovisual = partindo de imagens, mas
partindo as palavras em sílabas e letras/sons.
MÉTODO NATURAL
Tracy Terrell e Stephen Krashen (1972; 1983).
Inspirado nos princípios naturalísticos da aprendizagem de
línguas, os alunos aprendem de forma natural;
•Baseado nas teorias de aquisição da segunda língua de
Krashen, que contém as hipóteses: (1) aquisição versus
aprendizagem; (2) a função do monitor da aprendizagem
consciente, que funciona mediante três condições (tempo, foco
na forma, conhecimento das regras gramaticais); (3) a ordem
natural de aquisição da segunda língua, que se assemelha à
aquisição da primeira língua; (4) input: a relação entre a
exposição do aprendiz à língua (comprehensible input), e a
aquisição propriamente dita; (5) o filtro afetivo, ou elementos
que interferem na aprendizagem da língua.
MÉTODO FÔNICO OU FONÉTICO
Nessa abordagem, antes de ser dado a criança um livro para
ler, elas aprendem os sons das letras, fonemas. Depois que
algumas desses já foram aprendidos, ai então se ensina a
combiná-las de modo a formar palavras (FEITELSON, 1988).
1) Sons das letras. A introdução inicial dos fonemas, sons das
letras, geralmente dá-se por meio de historinhas criadas para
que elas identifiquem a relação grafema/fonema, letra/som,
estuda; podemos citar a "História da Abelinha" e a História da
Casa
Feliz";
2) Combinando sons. O aluno pode começar o intento de
combinar os sons antes de dominar todo o alfabeto. Após já
terem aprendidos alguns fonemas, como: /u/ /a/ /o/ /t/ e /p/,
usa-se um alfabeto móvel e elas formarão algumas palavras:
pata,
pato,
tato,
tatu,
tapa,
topo,
etc;
3) Montando frases. Quando os alunos já poderem a
pronunciar várias palavras confortavelmente, monte frases
com essas palavras e incentive-os a lê-las e depois a criarem
suas próprias frases.
Assim a criança constrói a pronuncia por si própria. Muitas
das correspondências som-letra, incluindo consoantes e
vogais e dígrafos, podem ser ensinados num espaço de
poucos meses, desse modo as crianças são alfabetizadas num
período de quatro a seis meses, quando passam a ler textos
cada vez mais complexos e variados, conforme afirma a
Pedagoga Regina Maria Chaves, que utiliza o método a vários
anos. Isso significa que as crianças poderão ler muitas das
palavras desconhecidas[!?] que elas mesmas encontram nos
textos, sem o auxilio do professor para tal.
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