RESUMO
Este estudo teve como objetivo avaliar a situação atual da esquistossomose no
Brasil, através de uma revisão bibliográfica englobando a biologia do parasito, a
patogenia, diagnóstico, tratamento e controle desta parasitose. Schistosoma
mansoni é o helminto responsável pela esquistossomose no país, transmitida por
caramujos de água doce do gênero Biomphalaria. Dentre as três espécies de
caramujos envolvidas na transmissão, B. glabrata é epidemiologicamente a mais
importante devido sua larga distribuição geográfica e suscetibilidade elevada à
infecção pelo trematoda. É uma doença que varia desde assintomáticos, á
manifestações intestinal, hepatoesplênica ou neurológica. No Brasil, a transmissão
ocorre em 19 estados, de maneira heterogênea, numa faixa contínua ao longo do
litoral, desde o Rio Grande do Norte até a Bahia, na região Nordeste, alcançando
o interior do Espírito Santo e Minas Gerais, no Sudeste.
Estima-se que a
esquistossomose afete aproximadamente 6 milhões de indivíduos da população
brasileira, com percentual de positividade situado entre 5,5 a 11,6%, detectado em
inquéritos coproscópicos. Estes dados podem estar subestimados, visto que o
diagnóstico feito através do exame parasitológico de fezes, principalmente pelo
método do Kato-Katz, apresenta limitações levando a falsos resultados. A
implementação de programas de controle contribuiu na redução do número de
pessoas parasitadas, na taxa de mortalidade e internações, mas não tem
impedido que novos focos apareçam e o número de pessoas morando em área de
risco e a mortalidade ainda são bastante expressivos.
Palavras-chave: Schistosoma mansoni; Esquistossomose; Epidemiologia.
Download

Esquistossomose na atualidade no Brasil