CONF E R Ê NC I A TECNOLOGIAS DE INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO NA E s c o l a do F u t u r o 11 D E JU L H O 2008 ADELINA MOURA – RESUMO DA COMUNICAÇÃO DO E-LEARNING AO M-LEARNING: COMO OLHAR A EDUCAÇÃO NA ERA DA MOBILIDADE? O ensino a distância (e-learning) através do computador não é novidade, pois é usado por milhões de pessoas em todo o mundo, há já alguns anos. E se o conhecimento passar a chegar pelo telemóvel que nos mantém conectados onde e quando o desejamos? Com o desenvolvimento das tecnologias móveis e da comunicação em rede (WiFi e 3G) entramos na era da conexão que é também a era da mobilidade. Em qualquer lugar e a qualquer hora podemos estar sempre conectados (evernet - sempre on-line). A quase universalização dos telemóveis, em especial, entre os jovens, tem vindo a abrir caminho à entrada de um novo conceito de aprendizagem em diferentes contextos sociais e, em particular, no contexto educativo. O telemóvel está-se a tornar num instrumento poderoso, pelas capacidades de processamento e comunicação em rede, e atractivo por permitir o acesso a dados e informação seja quando ou onde for. A grande difusão de dispositivos electrónicos pessoais móveis (Computadores Portáteis, Tablets PCs, Pocket PCs, PDAs e Telemóveis), entre os jovens, está a criar as condições educacionais e técnicas necessárias para a entrada deste novo paradigma de aprendizagem, o mobile learning (m-learning) ou seja a aprendizagem através de dispositivos móveis. No entanto, o m-learning não é mais do que um ramo do e-learning, referente ao ensino a distância através de aparelhos electrónicos móveis, com diferentes potencialidades e que se está a tornar, cada vez mais, numa outra forma de ensinar e aprender. O trabalho de alguns investigadores (Sharples, 2007; Waycott, 2005) nesta área tem sido um refinamento gradual da forma de pensar acerca do m-learning, aproveitando as suas potencialidades ímpares para a aprendizagem (Klopfer): portabilidade, interactividade, sensibilidade ao contexto, conectividade e individualidade. Apesar das limitações que os dispositivos móveis apresentem, elas podem desaparecer à medida que a tecnologia melhora e isso mesmo se tem vindo a verificar desde o lançamento do primeiro telemóvel em 1983. A combinação dos desafios técnicos e educativos pode levar a uma melhor integração destes dispositivos na aprendizagem. Já ninguém nega que as tecnologias móveis estão cada vez mais presentes no quotidiano das pessoas e começam a operar uma verdadeira “(r)evolução” nas suas vidas, pelo que é necessário aproveitá-las para elevar os padrões de formação e educação dos cidadãos. O plano tecnológico para a educação e os seus diferentes programas (e-escola, eoportunidades), lançado pelo governo, é um exemplo da estratégia de diminuir os níveis de exclusão digital no país e aproximá-lo dos restantes. Importa pois, que em Portugal, se comece a pensar nas potencialidades das tecnologias móveis e se reflicta sobre o assunto no sentido de compreender o potencial de mediação destas ferramentas, como já se faz noutros países. Proporcionando aos alunos verdadeiras oportunidades de experiências educacionais no mundo real. Apesar do assunto ser pouco falado no país, há já algumas experiências de m-learning, realizadas em contexto de sala de aula, suportadas por dispositivos móveis (telemóvel, leitor MP3, MP4, Flash pen) que é oportuno divulgar e partilhar na sociedade em geral e, particularmente, na comunidade educativa. Adelina Moura 17/06/08