UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU” PROJETO A VEZ DO MESTRE QUALIDADE DE VIDA NO TRABALHO Por: MARCOS ALVES LOPES Orientadora Professora: Mary Sue Carvalho Pereira Rio de Janeiro 2004 2 UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU” PROJETO A VEZ DO MESTRE QUALIDADE DE VIDA NO TRABALHO Apresentação de monografia à Universidade Candido Mendes como condição prévia para a conclusão do Curso de Pós-Graduação “Lato Sensu” em Gestão de Recursos Humanos. Por: Marcos Alves Lopes. 3 AGRADECIMENTOS A Deus, ao meu irmão, ao Bernardo, ao Rodrigo, a amiga Rosali, e aos Professores do AVM. 4 DEDICATÓRIA Dedico esta Monografia à pessoa mais importante da minha vida, minha mãe, pois sem ela eu não existiria, minha primeira professora da escola da vida. Ao meu Pai, que mesmo não estando presente fisicamente, sempre me educou da melhor maneira possível, apoiou, e sempre quis o melhor para os filhos. A minha Esposa que sempre acreditou, me apoiou em todas as horas da minha vida, e está sempre ao meu lado. 5 RESUMO O presente trabalho aborda o aspecto humano dentro do contexto do sistema da Qualidade de Vida no Trabalho, é um assunto estratégico para as Empresas. Os impactos da baixa qualidade de vida do trabalhador nas atividades da Empresa são conhecidos como baixa produtividade, elevado índices de rotatividade, elevados custos de assistência médica, entre muitos outros. O objetivo principal foi fazer um estudo sobre o tema dentro do contexto da Qualidade de Vida no trabalho de Empresas de Grande e Médio porte. Os impactos da baixa qualidade de vida do trabalhador nas atividades da Empresa são conhecidos como baixa produtividade, elevado índice de rotatividade, elevados custos de assistência médica, desinteresse por suas tarefas, falta de comando gerando inseguranças e incertezas, ineficiência de uma boa comunicação, espaço inadequado, dificuldade no relacionamento entre as pessoas, má iluminação falta de organização gerando retrabalho e improdutividade. Da conscientização da Empresa com a Qualidade de Vida no Trabalho, surge fatores determinantes para a melhora como: Compensação justa e adequada, melhores condições de trabalho, uso e desenvolvimento de capacidades, oportunidade de crescimento e segurança, integração social na organização, constitucionalismo, trabalho e espaço total de vida, indicador econômico, indicador político, indicador psicológico, indicador sociológico, continuidade. 6 METODOLOGIA O método utilizado para a pesquisa foi: consultas de Bibliografias de vários Autores e Sites disponíveis na Internet, procurando extrair o máximo do assunto exposto. 7 SUMÁRIO INTRODUÇÃO 08 ORIGEM 09 EVOLUÇÃO 09 CAPÍTULO I - O QUE IMPEDE A PRÁTICA DAS POLÍTICAS MODERNAS AQUI NO BRASIL 11 CAPÍTULO II - ETAPAS PARA IMPLANTAÇÃO DE PROGRAMAS DE QVT 14 CAPÍTULO III - FATORES DETERMINANTES DA QVT 17 CAPÍTULO IV - O QUE IMPEDE UM BOM AMBIENTE DE TRABALHO 22 CAPÍTULO V - III ENCONTRO INTERNACIONAL SOBRE QVT 24 CAPÍYULO VI - CÍRCULOS DE CONTROLE DE QUALIDADE 26 CAPÍTULO VII - PROGRAMA 5 ”S” 27 CAPÍTULO VIII - ATIVIDADE FÍSICA NA EMPRESA 28 CAPÍTULO IX - AÇÕES E ESTRATÉGIAS PARA A QUALIDADE DE VIDA NO TRABALHO 30 CONCLUSÃO 32 BIBLIOGRAFIA 33 8 INTRODUÇÃO Há algum tempo, a qualidade de vida deixou de ser associada apenas à prática de exercícios físicos e ambientais como os aspectos psicológicos do local de trabalho ou considerada um sonho pessoal. Hoje, o assunto migrou para as empresas e vem conquistando força, já que o investimento em benefícios sociais espontâneos que agregam valor na qualidade de vida dos colaboradores pode ser um fator decisivo na retenção dos talentos. É possível levar e manter a qualidade de vida nas organizações, desde que existam atividades e competências específicas que gerem o bem-estar e o de desenvolvimento da qualidade de vida das pessoas durante o trabalho. A qualidade de vida pode representar o resgate da valorização e da humanização da pessoa no trabalho, integrando todos os fatores críticos determinantes para uma boa gestão de pessoas. Esses fatores críticos são os valores e a política de qualidade de vida, a produtividade, a legitimidade, a liderança, a cultura organizacional e a rede de competências dos especialistas internos e externos à empresa, que são capazes de oferecer produtos e serviços que geram o bem-estar. A preocupação com a qualidade de vida organizacional não é passageira, pois há uma crescente pressão da sociedade por melhores condições de vida, incluindo o trabalho e também porque já se tem informação positiva de resultados favoráveis dos processos de gestão da qualidade de vida no trabalho. A qualidade de vida tem sido aplicada para que haja também um engrandecimento do ambiente de trabalho, trazendo por conseqüência uma maior produtividade e maior satisfação do trabalhador. Os benefícios sociais espontâneos estão intimamente relacionados com estes aspectos. Procuramos desenvolver nossa visão de futuros Administradores de Recursos Humanos, observando a importância de benefícios sociais espontâneos. Este trabalho de caráter cientifico tem por objetivo apresentar o que as organizações e os colaboradores obtiveram de retorno ao implantarem um plano de 9 benefícios sociais espontâneos relacionados à atividade física na prevenção de doenças. Benefícios estes que a prática acarreta na qualidade de vida das pessoas da organização e assim justificando o presente estudo. ORIGEM Surgiu na década de 50, na Inglaterra, a partir dos estudos de Eric Trist e colaboradores, do Tavistock Institute, pretendendo analisar a relação indivíduotrabalho-organização. Esses pesquisadores desenvolveram uma abordagem sócio-técnica da organização do trabalho, tendo como base a satisfação do trabalhador no trabalho e em relação a ele. O movimento da QVT foi motivado pelas lutas de trabalhadores e estudantes contra alguns modelos de organização do trabalho que aconteceram nessa época. EVOLUÇÃO Procura-se com a QVT, fazer com que as satisfações das necessidades individuais passem a ser alcançadas no próprio ambiente de trabalho. A Qualidade de Vida no Trabalho tem sido uma preocupação do homem desde o início da sua existência. Segundo Rodrigues (1999), com outros títulos e em outros contextos, mas sempre voltada para facilitar ou trazer satisfação e bemestar ao trabalhador na execução de suas tarefas, a qualidade de vida sempre foi objeto de preocupação da raça humana. Historicamente exemplificando, os ensinamentos de Euclides (300 a.C.) de Alexandria sobre os princípios da geometria serviram de inspiração para a melhoraria do método de trabalho dos agricultores à margem do Nilo, assim como a Lei das Alavancas, de 10 Arquimedes, formulada em 287 a.C., veio a diminuir o esforço físico de muitos trabalhadores. No século XX, muitos pesquisadores contribuíram para o estudo sobre a satisfação do indivíduo no trabalho. Entre eles destacamos Helton Mayo, cujas pesquisas, conforme Ferreira, Reis e Pereira (1999), Hampton (1991) e Rodrigues (1999), são altamente relevantes para o estudo do comportamento humano, da motivação dos indivíduos para a obtenção das metas organizacionais e da Qualidade de Vida do Trabalhador, principalmente a partir das pesquisas e estudos efetuados na Western Eletric Company (Hawthorne, Chicago) no início dos anos 20, que culminaram com a escola de Relações Humanas. Merece igualmente crédito o trabalho de Abrahan H. Maslow, que concebeu a hierarquia das necessidades, composta de cinco necessidades fundamentais: fisiológicas, segurança, amor, estima e auto-realização. Douglas McGregor, autor da Teoria X, por sua vez, considerava, entre outras coisas, que o compromisso com os objetivos depende das recompensas à sua consecução, e que o ser humano não só aprende a aceitar as responsabilidades, como passa a procurá-las, conforme Ferreira, Reis e Pereira (1999). Essa teoria, aliás, na sua essência, busca a integração entre os objetivos individuais e os organizacionais. Segundo Rodrigues (1999), várias das dimensões destacadas por McGregor são analisadas e consideradas em programas de QVT. Vale mencionar também Frederick Herzberg. As pesquisas desse autor detectaram que os entrevistados (engenheiros e contadores) associavam a insatisfação com o trabalho ao ambiente de trabalho e a satisfação com o trabalho ao conteúdo. Assim, os fatores higiênicos capazes de produzir insatisfação - compreendem: a política e a administração da empresa, as relações interpessoais com os supervisores, supervisão, condições de trabalho, salários, status e segurança no trabalho. Os fatores motivadores - geradores de satisfação - abrangem: realização, reconhecimento, o próprio trabalho, responsabilidade e progresso ou desenvolvimento (Ferreira, Reis e Pereira 1999, e Rodrigues 1999). 11 Vale ressaltar que o desafio imaginado pelos seus idealizadores persiste, isto é, tornar a QVT uma ferramenta gerencial efetiva e não apenas mais um modismo, como tantos outros que vêm e vão. E esse desafio torna-se mais instigante neste momento em que nos vemos às voltas com uma rotina diária cada vez mais desgastante e massacrante. Quando se pensava que os seres humanos poderiam finalmente desfrutar do rápido progresso alcançado em várias ciências, paradoxalmente o que temos visto é o trabalho como um fim em si mesmo. Após os sucessivos processos de Downsizing, reestruturação e reengenharia que marcaram toda a década de 90, nota-se atualmente que as pessoas têm trabalhado cada vez mais, e, por extensão, têm tido menos tempo para si mesmas (Veiga, 2000). CAPÍTULO I O QUE IMPEDE A PRÁTICA DAS POLÍTICAS MODERNAS AQUI NO BRASIL? Segundo os especialistas a mentalidade brasileira é a primeira dificuldade. "Não temos a cultura de dar liberdade para as pessoas fazerem o que tem que fazer de outra forma", diz Alberto Golbert, diretor de R.H. da H.P. "Há muita resistência ainda, e não só por parte das empresas. Os próprios funcionários não aceitam mudanças com facilidade". Segundo Osni de Lima, Diretor de R.H. da Rhodia do Brasil, "as leis brasileiras são outra vilã de peso nessa história". Vamos imaginar que o empregado tenha concordado em trabalhar em casa três dias por semana e vivido assim anos a fio. Num belo dia deixa a empresa, ou é dispensado, e entra na justiça do trabalho alegando que fez milhares de horas extras sem receber por elas. Em grande escala, a empresa está frita. "As leis trabalhistas beneficiam tanto os empregados que as empresas não se aventuram muito a inovar ", diz Lima. O resultado é que ninguém quer ser o 12 primeiro a fazer novas experiências. Uma empresa fica esperando a outra para ver o que acontece e, assim, pouco é feito. Como não poderia deixar de ser, "a falta de estabilidade econômica " é outra justificativa para o atraso dos recursos humanos no Brasil. "Hoje, a preocupação é manter empregado. Mais para frente, sim as empresas vão priorizar a vida dos funcionários", afirma Golbert. HANDY (1995), com base nessa realidade, declarou que: "O problema começou quando transformamos o tempo em uma mercadoria, quando compramos o tempo das pessoas em nossas empresas. Quanto mais tempo você vende, nessas condições, mais dinheiro fará. Então, há uma troca inevitável entre o tempo e o dinheiro. As empresas, por sua vez, tornam-se exigentes. Querem menos tempo das pessoas que eles pagam por hora, porém mais das pessoas que pagam por ano, porque, no último caso, cada hora extra durante o ano é gratuita". Mais adiante analisaremos conseqüências desta afirmação. FERNANDES (1996), FRANÇA (1997) e RODRlGUES (1999) oferecem uma interessante e abrangente visão da evolução do conceito de QVT, conforme a tabela 1. TABELA 1 - EVOLUÇÃO DO CONCEITO DE QVT CONCEPÇÕES EVOLUTIVAS DA QVT CARACTERÍSTICAS OU VISÃO 1. QVT Como uma variável - Reação do indivíduo ao (1959 a 1972) trabalho. Investigava-se como melhorar a qualidade de vida no trabalho para o indivíduo. 2. QVT Como uma abordagem O foco era o indivíduo antes do (1969 a 1974) resultado organizacional; mas, ao mesmo tempo, buscava-se trazer melhorias tanto ao empregado como à direção. 3. QVT Como um método Um conjunto de abordagens, (1972 a 1975) métodos ou técnicas para melhorar o ambiente de 13 trabalho e tornar o trabalho mais produtivo e mais satisfatório. QVT era vista como sinônimo de grupos autônomos de trabalho, enriquecimento de cargo ou desenho de novas plantas com integração social e técnica. 4. QVT Como um movimento Declaração ideológica sobre a (1975 a 1980) natureza do trabalho e as relações dos trabalhadores com a organização. Os termos "administração participativa" e "democracia industrial" eram freqüentemente ditos como ideais do movimento de QVT. 5. QVT Como tudo (1979 a Como panacéia contra a 1982) competição estrangeira, problemas de qualidade, baixas taxas de produtividade, problemas de queixas e outros problemas organizacionais. 6. QVT Como nada (futuro) No caso de alguns projetos de QVT fracassarem no futuro, não passará de um "modismo" passageiro. Fonte: FERNANDES (1996). CAPÍTULO II 14 ETAPAS PARA IMPLANTAÇÃO DE PROGRAMAS DE QVT Antes da Implantação de programas de QVT convém lembrar que não dispensa na prática em absoluto a teoria, ou seja, é preciso a fundamentação advinha de conhecimentos interdisciplinares e em especial ligados à ciência comportamental, ou seja, não se pode implantar um programa de QVT sem um forte apoio Teórico e técnico sobre o tema. Por outro lado, mesmo que cada experiência de implantação de projetos de QVT seja única, é possível, a título de sistematização, estabelecerem-se algumas fases que, independentemente das características particulares, se aplicam a todas as empresas. De acordo com tipologia delineada pela equipe de estudos sobre qualidade de vida no trabalho, Canadá (Jonhston, C.;Alexander, M. e Robin, M.;1981) são relacionadas as seguintes fases no desenvolvimento de experiências de QVT: a) SENSIBILIZAÇÃO – É a fase em que representantes da organização do sindicato e consultores trocam suas respectivas visões sobre o conjunto das condições de trabalho e seus efeitos sobre o funcionamento da organização, e buscam juntos os meios de modificá-las. b) PREPARAÇÃO - É a fase onde são selecionados os mecanismos institucionais necessários à condução da experiência, formando-se a equipe do projeto, estruturando os modelos e os instrumentos a serem utilizados. c) DIAGNÓSTICO – Esta fase compreende dois aspectos: a coleta de informações sobre a natureza e funcionamento do sistema técnico, e o levantamento do sistema social em termos de satisfação que os trabalhadores envolvidos experimentam sobre suas condições de trabalho. d) CONCEPÇÃO E IMPLANTAÇÃO DO PROJETO – À luz das informações colhidas na etapa precedente, a equipe de projeto, dispondo de um perfil bastante preciso da situação, estabelece as prioridades e um cronograma de implantação da mudança relativa a aspectos que se mostraram passíveis de melhorias em termos de: • Tecnologia: Métodos de trabalho, fluxos, equipamentos, etc. 15 • Novas Formas de organização do trabalho: Equipes semi-autônomas auto gerenciadas. • Práticas e políticas de pessoal: Formação, treinamento, avaliação, reclassificação, remanejamento e remuneração. • Ambiente físico: Segurança, higiene, fatores de stress, etc. e) AVALIAÇÃO E DIFUSÃO: Embora a avaliação imediata de tais projetos constituam-se em tarefas difíceis pela dificuldade de informações confiáveis, é necessário para prosseguir a implantação das mudanças além do grupo experimental, bem como para posterior difusão para os outros setores. Alguns autores têm feito recomendações sobre a implantação de programas de QVT. Guest (1979) considera a competência do nível gerencial como condição básica de tais programas. De acordo com seu ponto de vista, além da competência, o comprometimento da alta administração com os objetivos do programa de QVT é vital para o êxito de tais intervenções. Outro ponto importante reside na preparação dos gerentes para as mudanças decorrentes da implantação do programa, por envolverem um espaço maior para a participação dos empregados e incluírem novas modalidades de tomada de decisão nos moldes do estilo consultivo. Com base em fontes de pesquisa e observações em projetos de QVT em que se acompanhou implementação, pode-se recomendar que: • Os programas de QVT não fiquem limitados a certos grupos na organização, mas envolvam todos os níveis e áreas. • Não devem ser implantados sem um conhecimento teórico e técnico do assunto, fundamentado na literatura especializada. • Sejam implantados a partir de uma necessidade da organização, e não inspirados pela moda. • Incluam estratégias de resolução dos problemas organizacionais, através de métodos participativos. • Procurem envolver melhorias no meio-ambiente de trabalho em termos físicos, mas sem descuidar de aspectos tecnológicos e psicossociais. • O sistema de recompensa seja reestruturado, de modo que os ganhos advindos da participação sejam partilhados pelos empregados. 16 • As pessoas sejam treinadas para nova abordagem de resolução de problemas e, especialmente as chefias, para aceitar a participação dos empregados. • Se efetivem mudanças no comportamento administrativo e na natureza do clima das organizações, de modo a aprimorar a cultura organizacional. Para atingirem êxito, os programas de QVT devem estar fundamentados numa nova visão que caracteriza, segundo Lippit (1970), por: • Um novo conceito das pessoas, com base em um amplo conhecimento de suas complexas e dinâmicas necessidades. • Um novo conceito de poder, com base na colaboração e no atendimento. • Um novo conceito de valores da organização, com base em idéias humanísticas e democráticas. A metodologia que permite a mensuração dos níveis de satisfação em termos de qualidade de vida no trabalho, orienta-se na linha do PDCA utilizados nos programas de Qualidade total: P – Plan – Planejamento – Busca estabelecer um plano de ações incluindo metas e padrões que visem ao atendimento das necessidades dos trabalhadores em termos de qualidade de vida na organização D – Do – Fazer/Executar – Após ser desenvolvido um treinamento de chefias e gerentes, acompanhado do devido processo educacional por parte dos funcionários, executam-se os procedimentos relativos a pessoal conforme o planejado. C – Check – Verificação – Após a coleta de dados efetuar a comparação dos dados coletados para ver se os padrões estabelecidos se mantêm num limite aceitável de satisfação. A – Act – Ação corretiva – é à parte de correção de aspectos que se mostraram insatisfatórios, e à eliminação de causas fundamentais de problemas que estejam afetando o bem estar dos empregados. Assim, quando adequadamente proposto, um programa de QVT tem como meta: "Gerar uma organização mais humanizada, na qual o trabalho envolve, simultaneamente, relativo grau de responsabilidade e de autonomia em nível 17 do cargo, recebimento de recursos de "feedback" sobre o desempenho, com tarefas adequadas, variedade, enriquecimento do trabalho e com ênfase no desenvolvimento pessoal do indivíduo". ( WALTON, 1973) CAPÍTULO III FATORES DETERMINANTES DA QVT SÃO Compensação justa e adequada: Categoria que visa mensurar a qualidade de vida no trabalho em relação à remuneração recebida pelo trabalho realizado, desdobrando-se em três critérios: • Remuneração Adequada: Remuneração necessária para o empregado viver dignamente dentro das necessidades pessoais e dos padrões culturais, sociais e econômicos da sociedade em que vive. • Equidade Interna: Equidade na remuneração entre outros membros de uma mesma organização. • Equidade Externa: Qualidade na remuneração em relação a outros profissionais no mercado de trabalho. Condições de Trabalho: Categoria que mede a qualidade de vida no trabalho em relação às condições existentes no local de trabalho, apresentando os seguintes critérios: • Jornada de Trabalho: Número de horas trabalhadas, prevista ou não pela legislação e sua relação com as tarefas desempenhadas. • Carga de Trabalho: Quantidade de trabalho executados em turno de trabalho. • Ambiente Físico: Local de trabalho e suas condições de bem estar (Conforto) e organização para o desempenho do trabalho. 18 • Material e Equipamento: Quantidade e qualidade de material disponível para a execução do trabalho. • Ambiente Saudável: Local de trabalho e suas condições de segurança e saúde em relação aos riscos de injuria ou de doenças. • Estresse: Quantidade percebida de estresse a que o profissional é submetido na jornada de trabalho. Uso e Desenvolvimento de Capacidades: Categoria que visa a mensuração da Qualidade de Vida no Trabalho em relação às oportunidades que o empregado tem de aplicar, no seu dia a dia, seu saber e suas aptidões profissionais. Entre os critérios, destacam-se os seguintes: • Autonomia: Medida perdida, ao indivíduo, de liberdade substancial, independência e descrição na programação e execução do seu trabalho. • Significado da Tarefa: Relevância da tarefa desempenhada na vida e no trabalho de outras pessoas dentro ou fora da instituição. • Identidade da Tarefa: Medida da tarefa na sua integridade e na avaliação do resultado. • Variedade da Habilidade: Possibilidade de utilização de uma larga escala de capacidades e habilidades do indivíduo. • Retroinformação: Informação ao indivíduo acerca da avaliação do seu trabalho como um todo, e suas ações. Oportunidade de Crescimento e Segurança: Categoria que tem por finalidade medir a QVT em relação às oportunidades que a instituição estabelece para o desenvolvimento e o crescimento pessoal de seus empregados e para a segurança do emprego. Os critérios que, neste trabalho, expressam a importância do desenvolvimento e a perspectiva de aplicação são as seguintes: • Possibilidade da Carreira: Viabilidade de oportunizar avanços à instituição na carreira reconhecidos por colegas, membros da família, comunidade. 19 • Crescimento Pessoal: Processo de educação continuada para o desenvolvimento das potencialidades da pessoa e aplicação das mesmas. • Segurança do Emprego: Grau de segurança dos empregados quanto à manutenção dos seus empregados. Integração Social na Organização: Categoria que objetiva medir o grau de integração social existente na instituição. Fazendo uma adaptação a partir de Walton, para este trabalho, foram definidos os seguintes critérios: • Igualdade de oportunidades: Grau de ausência de estratificação na organização de trabalho, em termos de símbolos de status e /ou estruturas hierárquicas íngremes; e de discriminação quanto a raça, sexo, credo, origens, estilos de vida ou aparência: • Relacionamento: Grau de relacionamento marcado por auxílio recíproco, apoio sócio emocional, abertura interpessoal e respeito as individualidades. • Senso Comunitário: Grau do senso de comunidade existente na instituição. Constitucionalismo: Categoria que tem por finalidade medir o grau em que os direitos do empregado são cumpridos na instituição. Os critérios dessa categoria são os seguintes: • Direitos trabalhista: Observância ao cumprimento dos direitos do trabalhador, inclusive o acesso à apelação. • Privacidade Pessoal: Grau de privacidade que o empregado possui dentro da instituição. • Liberdade de Expressão: Forma como o empregado pode expressar seus pontos de vista aos superiores, sem medo de represálias. • Normas e Rotinas: Maneira como normas e rotinas influenciam o desenvolvimento do trabalho. 20 Trabalho e Espaço Total de Vida: Categoria que objetiva mensurar o equilíbrio entre a vida pessoal do empregado e a vida no trabalho. Os critérios são os seguintes: • Papel Balanceado no Trabalho: Equilíbrio entre jornada de trabalho, exigências de carreira, viagens , e convívio familiar. • Horário de Entrada e Saída do Trabalho: Equilíbrio entre horários de entrada e saída de trabalho e convívio familiar. Relevância Social da Vida no Trabalho: Categoria que visa mensurar a QVT através da percepção do empregado em relação à responsabilidade social da instituição na comunidade, à qualidade de prestação dos serviços e ao atendimento aos seus empregados. Entre os critérios foram destacados os seguintes: • Imagem da instituição: Visão do empregado em reação à sua instituição de trabalho: Importância para comunidade, orgulho e satisfação pessoais de fazer parte da instituição. • Responsabilidade Social da Instituição: Percepção do empregado quanto à responsabilidade social da instituição para a comunidade, refletida na preocupação de resolver os problemas da comunidade e também de não lhe causar danos. • Responsabilidade social pelos serviços: Percepção do empregado quanto à responsabilidade da instituição com a qualidade dos serviços postos à disposição da comunidade. • Responsabilidade social pelos empregados: Percepção do empregado quanto à sua valorização e participação na instituição, a partir da política de recursos humanos. Indicador Econômico: Representado pela eqüidade salarial e eqüidade no tratamento recebido: • Eqüidade salarial e Remuneração adequada. • Benefícios. 21 • Local de trabalho, Carga Horária e Ambiente Externo. Indicador Político: Representado pelo conceito de segurança no emprego, o direito de trabalhar e não ser discriminatoriamente dispensado: • Segurança no Emprego. • Atuação Sindical. • Retro-informação e Liberdade de Informação. • Valorização do Cargo. • Relacionamento com a Chefia. Indicador Psicológico: Representado pelo conceito de auto-realização: • Realização Potencial e Nível de Desafio. • Desenvolvimento Profissional. • Criatividade. • Auto-Avaliação. • Variedade de Tarefa. Indicador Sociológico: Representado pelo conceito de participação ativa em decisões diretamente relacionadas com o processo de trabalho, com a forma de executar as tarefas, com a distribuição de responsabilidade dentro da equipe. • Participações nas Decisões. • Autonomia. • Relacionamento Interpessoal. • Grau de Responsabilidade. • Valor Pessoal. 22 CAPÍTULO IV "O QUE IMPEDE UM BOM AMBIENTE DE TRABALHO" A qualidade de vida do indivíduo fora da empresa e um fator essencial para beneficiar o ambiente profissional, tendo em vista que o reflexo desse componente e a expansão desse sentimento de bem-estar para o todo. Partindo-se desse pressuposto, podemos agregar inúmeros fatores externos e próprios do ambiente profissional que prejudicam o bom convívio. Entre eles podemos destacar: • Falta de comando gerando inseguranças e incertezas com relação ao papel e meta de cada um. • Falta de organização, gerando retrabalho e improdutividade. • Ineficiência de uma boa comunicação ocasionando imensos ruídos. • Ausência do espírito de equipe que deve haver entre as pessoas para fazer com que a sinergia entre elas e as tarefas sejam realizadas com eficiência e eficácia. • Aspectos físicos ambientais como: -má iluminação. -ruídos. - falta de espaço, entre outros. Em toda organização é essencial o comando tanto em relação aos gerentes geral quanto ao líder de equipe. Em relação ao gerente geral, já que este deve subdividir as tarefas para cada área impedindo que os funcionários atuem em completa liberdade ("laissezfaire"), o que faz com que as tarefas se desenvolvam ao acaso, perdendo tempo com discussões mais voltadas para o pessoal originando uma pequena produção e a pior qualidade desta é, em relação ao líder, ao passo que são pessoas que têm o poder de união e conseguem disseminar o clima de confiança entre a equipe. 23 O relacionamento profissional, em especial a relação chefe-subordinado deve ser a mais trabalhada pela empresa. Um regime ditatorial acaba com todas as iniciativas para se ter um bom ambiente de trabalho. A atuação em grupo com a gerência participativa deve existir em todas as empresas, uma vez que oferecem uma melhor resolução de problemas que aparecem no dia-a-dia. É importante citar que para um bom resultado do trabalho em equipe deve haver um sentimento de confiança para assim, criar um clima amistoso e um melhor diálogo. No trabalho em equipe, e muito difícil lidar com várias personalidades ao mesmo tempo quando algumas insistem em complicar as coisas por falta de equilíbrio emocional, pela competição, pela insegurança ou pelo desânimo. Infelizmente existem pessoas que fazem do trabalho um sofrimento e acham que isso deve ser para todos, fazendo com que o grupo perca harmonia e considerem tudo realmente muito difícil. Outro fato importante para ressaltarmos é a globalização e as novas tecnologias que trouxeram uma nova forma de relacionamento entre as empresas e as pessoas. O profissional teve de se adaptar a essas mudanças, vivendo um dia-a-dia de muita disputa, mercado de trabalho competitivo e pressões corporativas cada vez maiores. Esse ambiente competitivo gera o canibalismo dentro das equipes, cada indivíduo foca seus esforços numa tentativa de ascensão e promoção pessoal. Fofocas, individualismo e falhas na comunicação interna dificultam os relacionamentos tornando a função do gerente fundamental, pois cada vez mais ele tem de exercer uma liderança e conduzir as pessoas para o objetivo comum: o sucesso da organização. Além de todos estes pontos a empresa deve dar enfoque aos aspectos físicos ambientais. A empresa não deve se localizar em local de difícil acesso, sem opções de transporte ou estacionamento. As instalações não devem ser sujas, escuras ou apertadas, para que as pessoas tenham conforto ao trabalhar evitando complicações físicas, como por exemplo a LER que também traz prejuízos financeiros para a empresa. A LER (lesões por esforços repetitivos), agora conhecido como DORT (distúrbio osteomuscular relacionados ao trabalho) é uma doença dos tempos modernos que acometem os funcionários de empresas que executam 24 atividades repetitivas por um longo período de tempo. Essas afecções ocorrem nos tendões, músculos, nervos e ligamentos, isoladamente ou associadamente. Um programa direcionado a melhorar a QVT pode levar a um distanciamento ou à diminuição da doença no ambiente de trabalho. A ginástica laboral, executada no próprio local de trabalho, e atualmente, uma atividade bastante implantada nas empresas, que deve também ter melhores ferramentas à disposição (microcomputadores, impressoras, softwares, etc.) para que os profissionais possam trabalhar satisfeitos e atingir seus objetivos. Para que esses fatores sejam incorporados à empresa, essa deve ter consciência do seu papel fundamental como agente corporativo de mudanças, visando ao bem-estar e à saúde de seus colaboradores. CAPÍTULO V III ENCONTRO INTERNACIONAL SOBRE QVT Aconteceu na FEA/USP, e reuniu o Secretário das Relações do Trabalho Walter Barelli, docentes da Universidade de Tilburg (Holanda), pesquisadores e profissionais brasileiros. Os eventos deste encontro, resultaram da parceria entre FEA/USP, a Fundação Instituto de Administração (FIA) e a Associação Brasileira de Qualidade (ABQV). Algumas palestras que foram ministradas durante o encontro: Médico defende que trabalhar com qualidade de vida não é centrar-se nas doenças. Ao falarmos em qualidade de vida qual palavra vem à nossa mente? Sem dúvida, pensamos logo em saúde. Mas hoje em dia, confunde-se saúde com medicina, e saúde é mais do que isso é a condição em que um indivíduo ou grupo de indivíduos é capaz de realizar suas aspirações, satisfazer suas necessidades, mudar ou enfrentar o ambiente, ou seja, a saúde é um recurso necessário para a vida diária e não um objetivo de vida. Lágrimas no trabalho deveria ser motivo de ação, diz especialista. 25 O trabalho é uma atividade na qual deve-se usar apenas a razão, em que a emoção só atrapalha. Nesse sentido, chorar no trabalho é entendido como sinal de fraqueza e de perda de controle. "Quem verte lágrimas frente a alguma situação adversa no ambiente de trabalho é visto como incapaz de realizar uma função com forte carga emocional", explicou Marleen (pesquisadora e docente). Contudo, a professora ressalta que "lágrimas no trabalho deveriam ser motivo de ação", já que os principais motivos geradores das crises de choro são o excesso de críticas, o estresse prolongado ou ainda eventos estressantes pontuais.”O choro deveria resultar em um aumento do nível de suporte da equipe ou em uma diminuição de tarefas", disse a pesquisadora. Inibição da emoção pode ressaltar em problemas de saúde. O choro traz alívio e melhora o humor. Toda pessoa deveria chorar de vez em quando, continuou. Professor holandês fala sobre síndrome do lazer. Com o estresse presente nos dias atuais quem é que não sonha com a chegada do final de semana ou do período de férias para fazer uma viagem, praticar esportes ou simplesmente usar as horas de descanso para não fazer nada. Porém, há casos em que o ócio pode significar um verdadeiro tormento, estamos falando da síndrome do lazer. Entre os principais sintomas detectados estão as dores de cabeça, resfriados, cansaço, fadiga excessiva, dores muscular, falta de energia ou náuseas. Detalhe: sintomas manifestados apenas nos finais de semana. Existem várias hipóteses para justificar os sintomas, uma delas diz respeito aos aspectos biológicos. Outra possibilidade está relacionada às transições do ambiente de trabalho para o ambiente de lazer. Há ainda explicações psicológicas e comportamentais. "Algumas pessoas costumam ingerir mais café ou dormir mais do que o de costume quando estão de folga. E, nesses casos, é comum sentirem enxaqueca. Servir de motorista para filhos ou ter que visitar a sogra nos finais de semana são outras situações que acabam aborrecendo muitas pessoas", acrescentou. 26 CAPÍTULO VI CÍRCULOS DE CONTROLE DE QUALIDADE O que é o CCQ? Círculo de controle de qualidade é um pequeno grupo de funcionários, o ideal é que cada CCQ tenha no mínimo três e no máximo sete funcionários, que voluntariamente se unem para conduzir atividades de controle de qualidade dentro da mesma área de trabalho, todas as decisões dos Círculos são tomadas em conjunto, através de consenso. A motivação básica do CCQ é a participação. Os propósitos fundamentais do CCQ são: • Contribuir para a melhoria e desenvolvimento da empresa. • Respeitar a natureza humana, construir um local de trabalho alegre e brilhante no qual valha a pena viver. • Desenvolver as possibilidades infinitas da capacidade mental humana e permitir a sua aplicação. Melhorias promovidas pelos CCQ Para os funcionários. Promovem a autoconfiança e auto-realização de todos, criam a oportunidade da participação nos processos decisórios da empresa, melhoram a qualidade de vida no trabalho, estimulam a busca das atividades em equipe, trazem o sentimento de responsabilidade. Para a empresa: Melhoram a qualidade dos processos, reduzem os custos, promovem um melhor uso do potencial dos seus funcionários, ampliam a consciência sobre qualidade, aumentam o nível de satisfação das pessoas. 27 Para a sociedade: Melhora o nível de satisfação de todos, desenvolvem uma mentalidade voltada para a busca da qualidade, desenvolvem o senso de cidadania. CAPÍTULO VII PROGRAMA 5 "S" O 5 S é uma filosofia de trabalho que busca promover: organização, limpeza e disciplina na empresa, através da consciência e responsabilidade de todos, de forma a tornar o ambiente de trabalho agradável, seguro e produtivo. ORIGEM E SIGNIFICADO O termo 5 S deriva de palavras japonesas iniciadas com a letra "S" : SEIRI - Senso de Utilização Ter Senso de Utilização é ser capaz de perceber, apreciar e julgar o que é essencial para a realização do trabalho. Este é o ponto inicial do 5 S. SEITON - Senso de Ordenação O sentido literal de SEITON é "combinação ou arranjo de partes, elementos, peças etc. segundo algum princípio ou método racional". É atividade que visa efetuar arrumação dos objetos, materiais e informações úteis, de maneira funcional, possibilitando acesso rápido e fácil. SEISO - Senso de Limpeza Limpar é eliminar a sujeira, inspecionando para descobrir e atacar as fontes de problemas. A limpeza deve ser encarada como uma oportunidade de inspeção e de reconhecimento do ambiente. SEIKETSU - Senso de Saúde O sentido literal de SEIKETSU é manter as condições de trabalho, físicas e mentais, favoráveis para a saúde. Senso de Saúde é a perpetuação dos 28 ganhos obtidos das atividades dos sensos de utilização, ordenação e de limpeza, tendo o cuidado para que os estágios já alcançados, não retrocedam. SHITSUKE - Senso de Auto-disciplina O SHITSUKE é o cumprimento rigoroso daquilo que for estabelecido entre as pessoas, bem como das normas vigentes. É uma atitude de respeito ao próximo. Senso é a capacidade de aplicar corretamente a razão para entender e julgar o que se passa ao seu redor. OBJETIVOS -Redução de custos. -Prevenção de acidentes. -Satisfação do cliente. -Incentivo à criatividade. -Integração entre as pessoas. - Melhor qualidade de vida. CAPÍTULO VIII ATIVIDADE FÍSICA NA EMPRESA Em uma sociedade cada vez mais mecanizada e informatizada e de hábitos inadequados de vida, onde o homem, ao longo dos tempos, reduz suas experiências e quantidade de movimentos, os leva a uma perda de desempenho e o torna mais susceptível às doenças. A atividade física praticada regularmente é cientificamente comprovada como uma das maneiras de prevenir algumas doenças e curar outras. A retomada da atividade física "esquecida" pelo homem no decorrer de sua evolução histórica, traz como resultados maior motivação, maior disposição e menos falta ao trabalho, integração social, além de melhorar sua qualidade de vida. 29 Quem lucra? A EMPRESA: • Aumenta a produtividade. • Diminui o absenteísmo. • Diminui o número de acidentes. • Diminui o turn over. • Reduzir as despesas médicas. O FUNCIONÁRIO: • Alivia o stress. • Melhora a postura. • Desperta o interesse pela prática de hábitos saudáveis. • Estimula o interesse pela prática de atividade física. • Melhora o relacionamento entre as pessoas. • Diminui o risco de acidentes e alivia dores musculares. E assim, terá maior disposição e estará mais motivado para o trabalho, movido pela melhora do seu bem estar geral. Melhora Qualidade de Vida. CAPÍTULO IX AÇÕES E ESTRATÉGIAS PARA A QUALIDADE DE VIDA NO TRABALHO 30 Congresso Interno O Congresso Interno é um instrumento fundamental de avaliação e estímulo à melhoria contínua das equipes. Através dele, efetua a integração e correlação dos principais indicadores de desempenho das áreas técnicas e administrativas, o nível de compatibilidade de cada área com as diretrizes e metas estabelecidas pela direção. Pesquisa de Clima Organizacional A Pesquisa de Clima Organizacional é uma estratégia conduzida junto ao corpo funcional que permite diagnosticar os pontos críticos nas práticas, sistemas e ambientes de trabalho, bem como corrigir os entraves e dificuldades que obstruem a sua fluidez. Implementação e aprimoramento do Sistema da Qualidade. Busca um enfoque mais abrangente da Qualidade, incorporando seus princípios e métodos em todas as áreas da Instituição. Educação Básica Um programa voltado para a educação básica destina-se a propiciar essa oportunidade educacional aos servidores e empregados de serviços terceirizados com o 1º e 2º graus incompletos. Treinamentos gerenciais, de habilidades administrativas e de informática. Além da capacitação específica de cada área, o aperfeiçoamento em atividades administrativas é ofertado periodicamente ao quadro funcional, especialmente através de parcerias com outras instituições. Educação continuada e pós-graduação Os programas de educação continuada e de pós-graduação, oferecem oportunidade e estímulo ao aprimoramento profissional e acadêmico dos servidores. Além desses mecanismos, a participação em feiras e congressos é, também, uma estratégia de identificação de novas necessidades educacionais e de treinamento. 31 Projeto Compartilhando Habilidades Introduz mudanças qualitativas na cultura organizacional, principalmente em relação ao estímulo à participação, à criatividade e ao desenvolvimento do espírito de equipe e de ajuda mútua. Programa de Saúde e Qualidade de Vida Na esfera da saúde, é anualmente realizado o Ciclo de Debates sobre Saúde e Qualidade de Vida. Nas palestras, os temas são tratados por especialistas e escolhidos a partir de levantamento de interesses e prioridades manifestos pelo corpo funcional. Já foram apresentadas palestras sobre prevenção a doenças sexualmente transmissíveis, stress, dependência química, envelhecimento, etc. CONCLUSÃO Na tentativa de estabelecer uma integração entre os conceitos de Qualidade de Vida no Trabalho (QVT) e Qualidade de Vida (QV), identificamos o baixo nível de QVT, na maioria das vezes, significa baixa qualidade de vida geral. 32 É importante ressaltar que a QVT não pode ser confundida com a distribuição de benefícios. As organizações que proporcionam, aos seus colaboradores, facilidades tais como horários flexíveis, assistência médica e educacional, além de atividades culturais e de lazer, extensivas as suas famílias, e realizam atividades que envolvem e beneficiam a comunidade em que vivem, indicam uma maior sensibilidade em relação a eles. No entanto, isto não é o bastante. É preciso mais. Muito mais. Consideramos imprescindível que a QVT seja planejada e implementada a partir de uma visão ampla, levando em consideração o contexto familiar, social, político e econômico em que o indivíduo está inserido, influenciando e sendo influenciado, e também o ambiente interno das organizações. A partir de ações preventivas e educativas em relação, principalmente, à saúde física e mental dos seus colaboradores, é que as organizações abrirão espaço para o surgimento de sentimentos de participação e integração, o que, certamente, se refletirá em aumento de produtividade e bem-estar generalizado. Finalizamos este trabalho com as palavras de Nestor de Paula, Presidente da Azaléia, à revista exame: "Atrás das máquinas há pessoas. Ao contrário das máquinas, pessoas não podem ser compradas prontas. Como as máquinas, pessoas precisam ser cuidadas para produzir mais. Viver melhor para crescer". BIBLIOGRAFIA CHIAVENATO, Idalberto. Gestão de Pessoas: O novo papel dos Recursos Humanos nas organizações. RIO DE JANEIRO: Ed. Campus, 1999. 33 CAÑETE, Ingrid. Humanização: Desafio da empresa Moderna a Ginástica Laboral como um caminho, Porto Alegre, RS: Editora Artes & Ofícios, 1996. FERNANDES, Eda Conte. Qualidade de Vida no Trabalho: como medir para melhorar. São Paulo: Casa da Qualidade Ltda, 1996. 115 p. p. 35-67: 2ª ed. REBOREDA, Simone. Assim Fica Complicado. Melhor / Vida e Trabalho. Dezembro de 2000. P. 20-21. FERREIRA, A. Antonio, REIS, Ana C. F. e PEREIRA, Maria L Gestão Empresarial: de Taylor aos nossos dias. Evolução e Tendências da Moderna Administração de Empresas. São Paulo: Editora Pioneira, 1999. RODRlGUES, Marcus V. C. Qualidade de Vida no Trabalho: evolução e análise no nível gerencial. Petrópolis: Editora Vozes, 1999. HAMPTON, David R. Administração: processos administrativos. São Paulo: Editora McGranHill Ltda., 1991. WEBGRAFIA Saúde em Movimento. Disponível em: <http://www.saudeemmovimento.com.br/saude/avaliation_fisica.i.httm> Acesso em 28 junho 2004. A importância da criatividade na qualidade de vida. Disponível em: <http//www.rh.com.br/ler.php?cód=3654&org=2> Acesso em 27 março 2004. Saúde em Movimento. Disponível em: <http://www.saudeemmovimento.com.br/saude/avaliation_fisica.i.httm> Acesso em 27 março 2004. 34 A importância da criatividade na qualidade de vida. Disponível em: <http//www.rh.com.br/ler.php?cód=3654&org=2> Acesso em 27 março 2004. www.bibliotecavirtual.com.br www.sdev.com/fitness ATIVIDADES CULTURAIS 35 ATIVIDADES CULTURAIS 36 37 ÍNDICE INTRODUÇÃO 08 ORIGEM 09 EVOLUÇÃO 09 CAPÍTULO I 11 CAPÍTULO II 14 CAPÍTULO III 17 CAPÍTULO IV 22 CAPÍTULO V 24 CAPÍTULO VI 26 CAPÍTULO VII 27 CAPÍTULO VIII 28 CAPÍTULO IX 30 CONCLUSÃO 32 BIBLIOGRAFIA CONSULTADA 33 ATIVIDADES CULTURAIS 35 ÍNDICE 37 38 FOLHA DE AVALIAÇÃO Nome da Instituição: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES Título da Monografia: Qualidade de Vida no Trabalho Autor: Marcos Alves Lopes Data da entrega: 31/07/2004. Avaliado por: Conceito Final: Conceito: