RELATÓRIO
E CONTAS
2011
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RELATÓRIO DE GESTÃO
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No cumprimento das obrigações legais e estatutárias, vem o Conselho de Administração apresentar à Assembleia Geral o
Relatório de Gestão e Contas de 2011 da sociedade CME - Construção e Manutenção Electromecânica, SA.
1. INTRODUÇÃO
O contexto macroeconómico que afectou toda a Europa a partir do segundo semestre de 2008 teve consequências
particularmente graves em Portugal.
O excessivo défice orçamental, o endividamento público e privado, a escassez de liquidez do sistema financeiro e a
estagnação da economia do País, levaram o Governo Português a solicitar um pedido de ajuda externa, com a inevitável
intervenção e acompanhamento do FMI, BCE e CE.
O acordo estabelecido entre o Governo Português e a Troika (FMI, BCE e CE) fixou um conjunto de medidas de
austeridade destinadas a recuperar os indicadores macro económicos que, no seu conjunto, contribuíram decisivamente
para a total estagnação do investimento público.
As consequências da exposição das instituições financeiras portuguesas à dívida pública de vários países e ao crédito mal
parado, provocaram enormes restrições à atribuição de financiamentos e crédito às empresas em condições aceitáveis.
Este cenário de recessão económica e escassez de recursos financeiros, que determinou a estagnação do investimento
público e privado, teve como consequência a redução da procura e o crescimento do desemprego.
No nosso sector de actividade, o volume de adjudicações de obras públicas e privadas, ao longo de 2011, teve uma
quebra de 29% em número e 35% em valor (fonte AECOPS), comparativamente a 2010. Esta situação gerou no sector
uma fortíssima concorrência, com a consequente deterioração dos preços praticados e que culminou na falência de 1.138
empresas de construção.
O elevado endividamento e a falta de liquidez do sector empresarial, tanto do estado como privado, gerou uma
dificuldade crescente nos recebimentos que, necessariamente, levou à adopção de um maior rigor na gestão financeira e
na selectividade de clientes.
Apesar da conjuntura desfavorável, a CME manteve a liderança em todas as actividades que desenvolve, sem
comprometer a rentabilidade, concentrando a sua preocupação nos resultados.
No exercício, a CME consolidou o seu plano estratégico na vertente do crescimento no exterior.
Foi reforçada a presença em Cabo Verde, Brasil, Chile, Peru e Angola. Por outro lado, foram criadas as condições para
actuar, com prudência, nos mercados de Moçambique e da Colômbia, países com grande potencial no sector de obras
públicas.
Apesar de toda a conjuntura negativa no sector, a CME apresentou um crescimento de 16% no volume de negócios e de
36% nos resultados líquidos, relativamente a 2010.
Para o sucesso desses resultados foi decisivo o desempenho de todos os colaboradores da Sociedade que, apesar das
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dificuldades inerentes à actual conjuntura, demonstraram uma notável capacidade ao atingir os objectivos fixados.
A CME manteve a sua estratégia de investimento na modernização dos seus meios, na valorização dos seus recursos
humanos, na melhoria contínua dos seus instrumentos de gestão e inovação, visando uma redução global de custos de
estrutura, e na diversificação e desenvolvimento de novos produtos e serviços, o que a tornou mais competitiva e mais
eficiente.
2. MERCADO
2.1. Mercado Interno
2.1.1. Electricidade
Em 2011 verificou-se um forte impulso no volume de investimentos na actividade de Linhas de Transporte e Subestações
de Muito Alta Tensão efectuado pela REN – Redes Energéticas Nacionais, S.A.
Na actividade de Linhas Subterrâneas de Muito Alta Tensão verificaram-se atrasos significativos no arranque das obras
adjudicadas no 2º Semestre de 2009.
O contrato celebrado com a ENEOP – Eólicas de Portugal ficou aquém dos valores previstos para 2011, devido a atrasos
na implantação dos seus parques eólicos.
A actividade de instalação de redes em urbanizações não teve praticamente expressão durante 2011.
A actividade de distribuição eléctrica, para a EDP, apresentou o volume esperado, em conformidade com os contratos
adjudicados.
Apesar da redução do volume de negócios verificado em algumas das actividades anteriormente referidas, a CME
cresceu, em electricidade, cerca de 18%.
As perspectivas para 2012 são de decréscimo da actividade, tendo em conta a significativa redução, já anunciada, dos
investimentos na rede de transporte.
2.1.2. Gás
No ano de 2011, esta actividade, apresentou um crescimento de 9% relativamente a 2010. Este crescimento resultou da
consolidação da CME como prestador preferencial das distribuidoras.
Foi iniciado um novo contrato com a EDP- Gás, “ Novos pontos de abastecimento do Mercado Existente”, para os anos de
2011 a 2013, nas áreas geográficas de Famalicão, Guimarães, Fafe e Vizela.
Foram executados trabalhos pontuais na rede de Transporte (Alta Pressão), para a REN-Gasodutos.
As perspectivas para 2012, face à previsível retracção dos investimentos na Rede Primária e na Rede de Distribuição, são
de manutenção do reduzido volume de negócios e rentabilidade inferior à média das restantes actividades.
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2.1.3. Água
Apesar de se ter verificado um aumento de volume de negócios de 25%, o valor continua a ser incipiente. Durante o ano
de 2011 a CME foi adjudicatária do contrato trianual de manutenção de rede e piquetes da rede de Lisboa, para a EPAL.
Apesar de não se perspectivarem obras significativas na rede de alta pressão no Grupo AdP é previsível que, em 2012, se
aumente ligeiramente quer o volume de negócios quer a rentabilidade desta actividade.
2.1.4. Telecomunicações
A actividade de telecomunicações apresentou um ligeiro crescimento, de 2%, no volume de negócios.
Esta actividade apresentou uma fraca rentabilidade, em resultado da deficiente adaptação aos novos mecanismos
contratuais e aos resultados negativos da comercialização de serviços de telecomunicações. Foi iniciado um processo de
monitorização da actividade com vista à eliminação de todos os pontos fracos estruturais e processuais, que estará
concluído no início de 2012 e apresentará resultados imediatos.
A empresa manteve e consolidou a sua liderança neste sector. Para tal contribuíram decisivamente o elevado nível de
qualidade dos nossos serviços (reconhecido nas avaliações dos nossos Clientes), a elevada competência e especialização
tecnológica e operacional da nossa equipa e a colaboração estabelecida com todos os principais operadores nacionais de
telecomunicações e fabricantes.
Prevê-se, para 2012, a manutenção do volume de negócios e um resultado claramente positivo.
2.1.5. Instalações e Ambiente
Esta actividade apresentou um crescimento de 52% em relação ao ano anterior. O seu peso pouco significativo foi, no
entanto, afectado pela redução do investimento industrial e imobiliário verificado em 2011.
A montagem de parques eólicos e de subestações teve um peso importante neste negócio.
Procurando contrariar a retracção verificada, a empresa continuou a desenvolver um esforço técnico-comercial
importante, tendo em vista maximizar este negócio e as respectivas margens, focalizando-se na identificação e
angariação de projectos específicos, de forma criteriosa e rigorosa.
2.1.6. Manutenção
A empresa tem vindo a reforçar a sua presença na manutenção integral de parques eólicos e fotovoltaicos e infraestruturas associadas.
No âmbito das utilities, a CME reforçou fortemente a sua presença na área da operação de infra-estruturas,
nomeadamente no sector da distribuição eléctrica, tendo desenvolvido, no âmbito do novo contrato de Empreitada
Continua da EDP, um muito significativo volume de actividade de manutenção, com a inclusão de serviços inovadores e
diferenciados.
Na área da manutenção terciária e industrial, actividade fortemente prejudicada pela crise económica e financeira, a CME
continua a desenvolver o trabalho técnico-comercial conducente ao aumento do volume de negócios, hoje ainda
residual. Neste contexto, foi reorganizada a estrutura operacional do sector e reorientada a estratégia.
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2.1.7. Projectos Especiais
Em 2011 verificou-se um abrandamento no lançamento de concursos para projectos especiais, especialmente no sector
da produção de energia.
A CME concluiu os projectos em curso, dos quais se destacam a instalação da fábrica de PTA da Artenius, em Sines, e a
cogeração que lhe está associada.
Foram iniciados os trabalhos relativos ao contrato de execução e manutenção de instalações industriais de GPL para a BP
Portuguesa, com a duração de 3 anos.
No âmbito do processo de internacionalização, a CME tem vindo a posicionar-se junto dos diversos operadores de infraestruturas e produtores de energia nos vários países onde a empresa iniciou a sua actividade, nomeadamente Angola,
Chile, Peru e Brasil.
Para 2012 não se perspectivam, em Portugal, investimentos nesta actividade, pelo que a CME continuará a investir na
Internacionalização, dando prioridade aos países onde já tem representação.
2.2. Mercado Externo
A debilidade da economia nacional e o consequente abrandamento da actividade, tornou a internacionalização uma
prioridade e um veículo para, aproveitando as oportunidades detectadas nos mercados em expansão, atingir os
objectivos de crescimento da CME. Assim, seguindo a estratégia já traçada nos anos anteriores, foi reforçado o esforço de
crescimento no exterior.
Na actividade no exterior, destacam-se os seguintes mercados:
França – O ano foi marcado pela redução do volume de investimento por parte dos dois principais Clientes, ErDF e GrDF.
A empresa foi obrigada a adaptar a sua estrutura local à dimensão do mercado, com todos os custos daí decorrentes.
Prevê-se que, a partir do final do primeiro quadrimestre de 2012, e com a retoma da economia em França, a situação se
normalize.
Cabo Verde – A actividade em Cabo Verde consiste na execução de três contratos: linha a 60 KV Palmarejo-Calheta,
construção de duas linhas a 20 KV e remodelação e ampliação da rede de distribuição da Cidade da Praia. Entretanto, a
empresa está a desenvolver esforços para alargar o seu âmbito de acção, contando para tal com os recursos e instalações
que já possui no país. Embora este mercado seja de dimensão reduzida, espera-se que surjam boas oportunidades nas
actividades de electricidade, telecomunicações e produção de energia.
Brasil – No Brasil, a CME, através da sua associada NGS, deu continuidade ao processo de licenciamento da concessão da
linha de transmissão SE Integradora – SE Xinguara e das Subestações 230 / 138 kV de Xinguara e Carajás, no âmbito do
Leilão lançado pela ANEEL em Maio/2010. Trata-se de uma linha de 230 kV com a extensão de 79 km, a construção da SE
Xinguara 230/138 kV, 150 MVA e da SE Carajás 230/138 kV, 200 MVA, que estarão concluídas até 31/08/2012, com um
investimento de 59 milhões de reais.
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3. OPCÕES ESTRATÉGICAS
3.1. Reorientação do Negócio
Para fazer face ao difícil período que a economia portuguesa atravessa, foi decidido concentrar todo o esforço na
consolidação e fortalecimento das actividades tradicionais da sociedade, com especial incidência nas áreas da
electricidade, gás, água, telecomunicações, instalações, ambiente, energia e projectos integrados.
No mercado externo a empresa procurará, nos países em que tem presença, desenvolver todas as actividades em que
possui competências, actuando sempre numa base de extrema precaução, medindo cuidadosamente os riscos
associados.
3.2. Redução de Custos
A CME utiliza a estrutura de serviços partilhados do Grupo, com o objectivo de racionalizar custos de estrutura.
A empresa elaborou um plano de redução de custos operacionais e administrativos transversais a todas as unidades da
Empresa, que será implementado a partir de 1 de Janeiro de 2012.
Em 2011, os custos gerais de produção foram devidamente monitorizados tendo em vista a eliminação dos não
essenciais.
Com a internacionalização da CME, também as sociedades no exterior são funcionalmente geridas numa lógica de
serviços partilhados.
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4. DADOS ECONÓMICOS E FINANCEIROS
4.1 Evolução do Volume de Negócios (*) por Actividade (Milhares de €)
(*) Vendas e serviços prestados + Variação nos inventários de produção + Trabalhos para a própria entidade (Milhares de €)
Evolução do Volume de Negócios por Actividades
2010
Actividade
2011
%
valor
%
7%
Electricidade
78.840
84.119
5.279
Gás
10.407
11.393
986
9%
3.154
3.934
780
25%
Água
Telecomunicações
65.089
66.133
1.044
2%
Instalações e Ambiente
9.159
13.887
4.728
52%
Manutenção
6.022
4.601
-1.421
-24%
12.024
30.334
18.310
152%
184.695
214.401
29.706
16%
Projectos Especiais
Total
O volume de negócios da CME apresentou um aumento de 16% comparativamente a 2010, atingindo os
214 M€.
4.2 Percentagem de Contribuição de Cada Actividade para o Volume de Negócios
2010
2011
Água
2% 6%
3%
2%
14%
Projectos especiais
5%
39%
6%
35%
2%
Manutenção
7%
Instalações e Ambiente
5%
Gás
Electricidade
43%
Telecomunicações
10
31%
4.3. Resultados Operacionais por Actividade (%)
21,0%
20,0%
19,0%
18,0%
17,0%
16,0%
15,0%
14,0%
13,0%
12,0%
11,0%
10,0%
9,0%
15,9%
14,2%
12,6%
8,0%
7,0%
6,0%
7,7%
5,0%
4,0%
3,0%
2,0%
1,0%
0,0%
7,2%
3,9%
Electricidade
Gás
Água
-1,0%
Telecomunicações
Instalações
e Ambiente
Manutenção
Projectos especiais
A CME fechou o exercício de 2011 com um resultado operacional de 8% (sobre o volume de negócios).
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4.4. Evolução do Volume de Negócios por Ano (Milhares de €)
250.000
200.000
214.401
195.216
150.000
Crescimento
médio
ao ano
13M€
184.597
175.351
160.876
100.000
50.000
0
2007
2008
2009
2010
2011
4.5. Principais Indicadores Económicos e Financeiros (milhares de €uros)
2010
€ 184.597
€ 214.401
16%
€ 8.081
€ 10.965
36%
€ 212.761
€ 220.465
4%
31,7%
33,9%
2,2pp
€ 67.346
€ 74.634
11%
Solvabilidade
46,3%
51,2%
4,9pp
Endividamento
68,3%
66,1%
-2,2pp
12,0
14,7
2,7pp
Volume de Negócios
Resultado Liquido
Activo Total Líquido
Autonomia Financeira
Capital Próprio
Rendibilidade dos Capitais Próprios
12
2011
4.6. Carteira de Encomendas (Milhares de €)
300.000
250.000
249.800
200.000
229.671
191.260
150.000
180.196
178.678
100.000
50.000
0
2007
2008
2009
2010
2011
5. RECURSOS HUMANOS
Os Serviços Partilhados de Recursos Humanos e Sustentabilidade apostaram fortemente na valorização pessoal e
profissional dos colaboradores, tendo em consideração as exigências definidas para cada actividade ou área de negócio,
em Portugal e no Exterior.
O investimento em Formação & Desenvolvimento realizado pela CME, com mais de 1.900 sessões e de 11.900
participações, correspondeu a cerca de 27.600 horas de formação e a um investimento interno e externo de 155.000€.
A Formação incidiu nas áreas Técnicas e na Higiene e Segurança no Trabalho, em todos os domínios de actividade,
nomeadamente:
. Formação Básica de Segurança para os técnicos que exercem a sua profissão nas actividades operacionais do
Grupo (fomos considerados, pelo Instituto Electrotécnico Português, a entidade formadora que maior número
de acções e qualificações realizou em 2011);
. Formação na Vizinhança de Instalações Eléctricas de BT, MT, AT;
. Formação em Trabalhos em Tensão de Redes de Baixa Tensão;
. Formação em Telecomunicações - ORAP, ORAC, Fibra Óptica, Formação de Instalação / Manutenção de Serviço.
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Estas acções foram realizadas nas estruturas formativas do Grupo, nos estabelecimentos do Tojal, Carnaxide, Loulé, Moita
e no Centro de Formação da Lousã.
No desenvolvimento de uma estratégia de combate à recessão económica, foram adoptadas medidas rigorosas de
reorganização e adequação da estrutura.
5.1. Principais Indicadores de Recursos Humanos
Número médio de trabalhadores
Dirigentes
0,3%
Quadros Superiores
3,0%
Quadros Médios
9,8%
Quados Intermédios
1.123
Administrativos
110
Produção
1.013
13,4%
Idade Média
38 anos
Índice de Qualificação
87,44%
Taxa de Absentismo
3,31%
Taxa de Retenção de Colaboradores
99,5%
Profissionais Qualificados
61,0%
Profissionais Semi-qualificados
9,5%
Profissionais não qualificados
2,1%
Praticantes e aprendizes
0,8%
6. RESPONSABILIDADE E MELHORIA CONTÍNUA
O ano de 2011 ficou marcado pela garantia da extensão do Sistema de Qualidade, Segurança e Ambiente a todo o tipo
de obras e pelos primeiros passos da sua aplicação nas actividades no exterior, com as necessárias adaptações impostas
pela diversidade das realidades locais.
Fortaleceu-se a aposta num acompanhamento de maior proximidade em toda e qualquer operação onde a Empresa
intervenha, com a garantia da existência de um núcleo de Técnicos polivalentes, fortemente empenhados e qualificados
em, pelo menos, duas das três vertentes da QSA.
A CME pretende contribuir para uma Sociedade mais equilibrada e coesa, assente nos princípios da Sustentabilidade.
Para isso, adoptámos como compromissos do nosso Desenvolvimento Sustentado, entre outros:
. A Qualidade do nosso Serviço;
. A Qualidade de Vida dos nossos Colaboradores e dos que interagem connosco;
. A Preservação do Meio Ambiente, nomeadamente através da Prevenção da Poluição e da Conservação da
Biodiversidade.
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Este comprometimento é permanentemente comprovado pelo seguimento de indicadores de desempenho, cujo
resultado global de 2011 se apresenta na tabela seguinte:
Indicadores de Desempenho 2011 - CME
(Qualidade, Segurança e Ambiente)
. Grau de Satisfação do Cliente
. Acidentes Ambientais
. Índice de Frequência
79%
0
19,5
. Prazo Resposta Reclamações
2,3
. Reclamações Ambientais
. Índice de Gravidade
1%
1.042
. Prazo Fecho Reclamações
20
. Desempenho em Qualidade
. Desempenho em Segurança
94%
QUALIDADE
. Desempenho Ambiental
94%
SEGURANÇA
95%
AMBIENTE
15
7. COMUNICAÇÃO E IMAGEM
O sucesso do cumprimento dos objectivos estratégicos da organização depende, em grande parte, do envolvimento e
comprometimento de todos os seus colaboradores e parceiros.
A política de Comunicação da CME assentou na disseminação de toda a informação relevante, quer interna quer externa,
no sentido de promover uma comunicação mais forte, eficaz e interactiva entre a empresa e os seus colaboradores e
stakeholders.
8. PERSPECTIVAS PARA 2012
Prevê-se, para 2012, um decréscimo do volume de negócios de 25%.
Os principais indicadores económicos para 2012 são os seguintes:
. Volume de negócios: 160.991 K€;
. Resultado liquido: 8.096 K€;
. Carteira de encomendas (ano e anos seguintes): 180.196 K€.
A CME vai dar continuidade à sua estratégia de focalização nas actividades dominadas, com o objectivo de minimizar o
risco que a diversificação do mercado actualmente apresenta. Para isso, conta com os seguintes factores:
. Uma equipa estabilizada e altamente motivada;
. Forte especialização nas áreas de negócio;
. Racionalização dos custos indirectos;
. Um Orçamento para 2012 com metas realistas, baseado numa sólida carteira de encomendas;
. Processos de cobrança eficazes com vista à redução do valor da dívida vencida;
. Accionistas que acompanham de perto a evolução da Sociedade e garantem o seu apoio à equipa de gestão.
Referem-se como prioridades da gestão CME, para o exercício de 2012, as seguintes:
. Optimizar o desempenho qualitativo e quantitativo em todas as áreas de actividade;
. Apostar em projectos de forte vertente ambiental;
. Reforçar presença nas actividades tradicionais da empresa;
. Reforçar a presença na actividade dos projectos integrados, nomeadamente no sector energético;
. Aumentar a presença no mercado externo;
. Melhorar resultados económicos e financeiros.
Tendo como base a carteira de encomendas da empresa e a qualidade da mesma, prevê-se que 2012 decorra com
normalidade, embora com uma redução do volume de negócios.
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9. OUTROS ASPECTOS RELEVANTES
. A empresa detém quatro sucursais localizadas em Espanha, França, Moçambique, Peru, Colômbia e Irlanda. As
sucursais em Moçambique, Peru, Colômbia e Irlanda não tiveram actividade;
. Não ocorreram, durante o exercício de 2011, quaisquer negócios entre a Sociedade e os seus administradores
(art.397º do Código das Sociedades Comerciais);
. A empresa não possui acções próprias;
. O capital social da Sociedade é de €13.300.000,00, representado por 266.000 acções, com o valor nominal de
€50,00, detidas na sua totalidade pelo accionista PROCME S.A.
10. REFERÊNCIAS ESPECIAIS
Os resultados obtidos em 2011 resultam, fundamentalmente, do apoio e esforço conjunto de um vasto número de
pessoas e organizações que connosco colaboram, directa ou indirectamente. Cabe pois, manifestar os nossos
agradecimentos:
. Aos nossos colaboradores que, durante todo o exercício, se dedicaram totalmente à empresa, contribuindo
assim decisivamente para o êxito obtido;
. Aos nossos clientes, por terem confiado na nossa capacidade;
. Aos nossos fornecedores, que demonstraram grande capacidade para complementar o nosso desempenho;
. Às instituições financeiras, por toda a colaboração prestada;
. Aos outros órgãos sociais da empresa, nomeadamente Assembleia Geral e Fiscal Único, pela disponibilidade
sempre manifestada para colaborar com o Conselho de Administração.
11. PROPOSTA DE APLICAÇÃO DOS RESULTADOS
Propõe-se que sejam distribuídos dividendos no montante total de 25.500.000€ relativos ao:
. resultado líquido apurado no exercício, no montante de 10.964.825,56€;
. resultados de exercícios anteriores, no montante de 14.535.174,44€
e que os mesmos sejam pagos por compensação de mútuos concedidos à ProCME de igual montante.
Lisboa, 10 de Março de 2012
Conselho de Administração
José António dos Reis Costa
Presidente
Eugénio Bartolome LLorente Gomez
António Pais Pires de Lima
Vogais
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Anexo ao
Relatório de Gestão
Lista das acções de que são titulares, em 31 de Dezembro de 2011, os membros do Conselho de Administração e Fiscal
elaborada com base nos elementos prestados pelos mesmos (art. 447.º n.º 5 do Código das Sociedades Comerciais):
. Não Aplicável
Lista de accionistas titulares em 31 de Dezembro de 2011 de mais de 10% do Capital Social ( art. 448.º n.º 4 do Código
das Sociedades Comerciais):
. PROCME - Gestão Global de Projectos, S.A. - 100%
18
19
20
DEMONSTRAÇÕES
FINANCEIRAS
21
BALANÇO- PERÍODO FINDO EM 31 DE DEZEMBRO 2011 E 31 DE DEZEMBRO 2010
(Montantes expressos em Euro)
RUBRICAS
PERÍODOS
NOTAS
Dezembro 2011
Dezembro 2010
3.279.004,45
3.424.813,14
0,00
0,00
ACTIVO
ACTIVO NÃO CORRENTE
Activos fixos tangiveis
3.11;7
Propiedades de investimento
Goodwill
Activos intangíveis
11
0,00
0,00
2;3.13;6
509,57
55.014,70
0,00
0,00
3.2;5;11
15.445.049,83
13.281.708,14
Activos biológicos
Participações financeiras - método da equivalência patrimonial
38.811,76
3.750,00
Accionistas / sócios
5
53.157.247,36
57.791.907,16
Empresas do grupo
5
6.365.247,42
4.500.000,00
Participações financeiras - outros métodos
5;11
Outros activos financeiros
Activos por impostos diferidos
0,00
0,00
417.508,15
463.140,37
78.703.378,54
79.520.333,51
7.307.756,51
10.599.914,60
ACTIVO CORRENTE
Inventários
3.8;12
Activos biológicos
Clientes
2
0,00
81.575.523,58
94.119.584,78
Adiantamentos a fornecedores
19
1.010.302,40
1.047.789,66
Estado e outros entes públicos
20
1.668.534,09
2.453.022,19
Accionistas / sócios
0,00
278.599,05
Empresas do grupo
25.500.000,00
5.180.000,00
22.246.495,56
14.879.189,96
524.852,60
545.873,38
Outras contas a receber
Diferimentos
13
2;3.17;18
Activos financeiros detidos para negociação
Outros activos financeiros
Activos não correntes detidos para venda
Caixa e depósitos bancários
TOTAL DO ACTIVO
22
0,00
4
0,00
0,00
9.271,84
9.271,84
0,00
0,00
1.918.652,88
4.127.588,00
141.761.389,46
133.240.833,46
220.464.768,00
212.761.166,97
(Montantes expressos em Euro)
RUBRICAS
PERÍODOS
NOTAS
Dezembro 2011
Dezembro 2010
13.300.000,00
13.300.000,00
CAPITAL PRÓPRIO E PASSIVO
CAPITAL PRÓPRIO
Capital social
Capital realizado
Acções (quotas) próprias
0,00
Outros instrumentos de capital próprio
0,00
Prémios de emissão
0,00
0,00
2.660.000,00
2.660.000,00
Reservas legais
Outras reservas
Resultados transitados
2
Ajustamentos em activos financeiros
Excedentes de revalorização
Imposto diferido - excedentes de revalorização
Outras variações no capital próprio
Resultado líquido do período
0,00
13.944.166,16
13.944.166,16
33.059.459,96
28.598.466,68
-65.824,48
0,00
27.671,39
33.074,28
0,00
0,00
743.621,85
730.074,06
10.964.825,56
8.080.590,37
0,00
0,00
74.633.920,44
67.346.371,55
6.537.092,72
6.765.092,72
5.400.000,00
7.900.000,00
202.033,46
343.852,28
Passivos por impostos diferidos
0,00
0,00
Outras contas a pagar
0,00
0,00
12.139.126,18
15.008.945,00
76.689.036,93
79.093.040,57
Interesses minoritários
TOTAL DO CAPITAL PRÓPRIO
PASSIVO
PASSIVO NÃO CORRENTE
3.15;14
Provisões
Financiamentos obtidos
Entidades bancárias
3.4;8
Outros
PASSIVO CORRENTE
Fornecedores
Adiantamentos de clientes
Estado e outros entes públicos
20
Accionistas / sócios
Financiamentos Obtidos
0,00
0,00
1.124.351,59
834.059,31
4.549.235,83
383.840,85
21.057.832,98
16.656.456,41
Outras contas a pagar
Fornecedores de investimentos
3.4;8
Credores por acréscimos
260.712,39
224.403,98
2.580.533,96
2.767.778,87
7.792.175,36
9.632.675,38
19.637.842,34
20.813.595,05
Passivos financeiros detidos para negociação
0,00
0,00
Outros passivos financeiros
0,00
0,00
Passivos não correntes detidos para venda
0,00
0,00
133.691.721,38
130.405.850,42
Outras
Diferimentos
3.17;13;18
TOTAL DO PASSIVO
145.830.847,56
145.414.795,42
TOTAL DO CAPITAL PRÓPRIO E DO PASSIVO
220.464.768,00
212.761.166,97
O TÉCNICO OFICIAL DE CONTAS
O CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO
23
DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADOS POR NATUREZAS
PERÍODO FINDO EM 31 DE DEZEMBRO DE 2011 E 31 DE DEZEMBRO DE 2010
(Montantes expressos em Euro)
RENDIMENTOS E GASTOS
Vendas e serviços prestados
NOTAS
3.3;21
Subsidios à exploração
Variação nos inventários de produção
Fornecimentos e serviços externos
Gastos com o pessoal
218.138.955,50
190.871.023,56
24.513,56
12
-4.115.482,45
-6.273.612,44
378.209,00
97.651,15
12
-70.945.186,09
-60.610.191,63
22
-103.431.412,01
-93.652.954,69
3.9;23
-31.625.393,67
-30.749.222,51
Imparidade de inventários (perdas / reversões)
10
236.803,17
150.643,72
Imparidade de dívidas a receber (perdas / reversões)
10
-64.169,48
-1.042.068,34
Provisões (aumentos / reduções)
14
228.000,00
238.336,34
-11.890,64
0,00
Imparidade de investimentos não depreciáveis / amortizáveis (perdas / reversões)
Aumentos / redução de justo valor
Outros rendimentos e ganhos
25
Outros gastos e perdas
26
RESULTADO ANTES DE DEPRECIAÇÕES, GASTOS DE FINANCIAMENTO E IMPOSTOS
Gastos / reversões de depreciação e amortização
6;7;24
Imparidade de activos depreciáveis / amortizáveis (perdas / reversões)
RESULTADO OPERACIONAIS (ANTES DE GASTOS DE FINANCIAMENTO E IMPOSTOS)
Juros e rendimentos similares obtidos
Juros e gastos similares suportados
Ganhos / perdas imputados de subsidiárias, associadas e empreendimentos conjuntos
0,00
0,00
12.643.093,09
13.633.334,72
-2.970.167,26
-3.014.235,14
18.483.430,35
9.673.218,30
-1.319.414,42
-1.737.291,13
0,00
0,00
17.164.015,93
7.935.927,17
27
2.910.688,22
5.280.342,16
3.6;27
-2.296.165,68
-1.062.680,88
17.778.538,47
12.153.588,45
RESULTADO ANTES DE GANHOS E PERDAS NÃO FREQUENTES
5;11
RESULTADO ANTES DE IMPOSTO
-1.427.509,43
-998.621,47
16.351.029,04
11.154.966,98
-3.143.228,27
Imposto sobre o rendimento do período
3.10;15
-5.340.571,26
Imposto diferido do período
3.10;15
-45.632,22
68.851,66
10.964.825,56
8.080.590,37
RESULTADO LÍQUIDO DO PERÍODO
Resultado das actividades descontinuadas (líquido de impostos) incluído no resultado
Liquido do período
O TÉCNICO OFICIAL DE CONTAS
24
Dezembro 2010
22.071,19
Trabalhos para a própria entidade
Custo das mercadorias vendidas e das matérias consumidas
PERÍODOS
Dezembro 2011
0,00
0,00
10.964.825,56
8.080.590,37
O CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO
DEMONSTRAÇÃO DAS ALTERAÇÕES NO CAPITAL PRÓPRIO
PERÍODO FINDO EM 31 DE DEZEMBRO DE 2011 E 31 DE DEZEMBRO DE 2010
(Montantes expressos em Euro)
Capital próprio atríbuido aos detentores dos capitais da empresa-mãe
RUBRICAS
NOTAS Capital social
Reservas
legais
Outras
reservas
13.300.000,00 2.660.000,00 13.944.166,16
POSIÇÃO NO INICIO DO PERIODO
Resultados Ajustamentos
Excedentes
Outras
transitados
em activos de revalorização variações no
financeiros
capital próprio
28.598.466,68
0,00
33.074,28
730.074,06
Resultado
líquido
do período
8.080.590,37
Total do
Capital
Próprio
67.346.371,55
ALTERAÇÕES NO PERIODO
Primeira adopção de novo
referencial contabilistica
Alterações politicas contabilisticas
Diferenças de conversão
de demonstrações financeiras
Realização do excedente
de revalorização dos activos fixos
tangíveis e intangíveis
5.402,89
-5.402,89
Excedentes de revalorização
de activos fixos tangíveis e intangíveis
e respectivas variações
Ajustamentos por impostos diferidos
Outras alterações reconhecidas
no capital próprio
-65.824,48
2
RESULTADO LÍQUIDO DO PERÍODO
RESULTADO INTEGRAL
3
0,00
0,00
0,00
5.402,89
-65.824,48
13.547,79
-5.402,89
-52.276,69
13.547,79
28
4=2+3
0,00
-52.276,69
10.964.825,56
10.964.825,56
10.964.825,56
10.912.548,87
-8.080.590,37
-3.624.999,98
OPERAÇÕES COM DETENTORES
DE CAPITAL NO PERIODO
Realizações de capital
Realizações de prémios de emissão
Distribuições
4.455.590,39
Entradas para cobertura de perdas
Outras operações
5
POSIÇÃO NO FIM DO PERIODO
6=1+2+3+5
O TÉCNICO OFICIAL DE CONTAS
0,00
4.455.590,39
0,00
0,00
0,00
-8.080.590,37
-3.624.999,98
13.300.000,00 2.660.000,00 13.944.166,16
0,00
0,00
33.059.459,96
-65.824,48
27.671,39
743.621,85
10.964.825,56
74.633.920,44
O CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO
25
DEMONSTRAÇÃO DOS FLUXOS DE CAIXA
PERÍODO FINDO EM 31 DE DEZEMBRO DE 2011 E 31 DE DEZEMBRO DE 2010
(Montantes expressos em Milhares de Euro)
Período
RUBRICAS
NOTAS
Dezembro 2011
FLUXOS DE CAIXA DAS ACTIVIDADES OPERACIONAIS
Recebimentos de clientes
Pagamentos a fornecedores
Pagamentos ao pessoal
Caixa gerada pelas operações
Dezembro 2010
4
233.596.497
195.454.310
-176.816.710
-153.095.872
-18.577.679
-18.220.397
38.202.108
24.138.041
-1.442.466
-4.745.020
Pagamento / recebimento do imposto sobre o rendimento
Pagamento / recebimento de outros impostos
Outros recebimentos / pagamentos
Fluxos de caixa das actividades operacionais (1)
-1.690.094
-6.181.804
35.069.549
13.211.217
-428.783
-639.995
FLUXOS DE CAIXA DAS ACTIVIDADES DE INVESTIMENTO
Pagamentos respeitantes a:
Activos fixos tangíveis
Activos intangíveis
Investimentos financeiros
Outros activos
Empresas do Grupo
0
0
-3.597.847
-431.966
0
0
-18.636.310
-12.382.880
Recebimentos Provenientes de:
Activos fixos tangíveis
23.662
68.162
Activos intangíveis
0
0
Outros activos
0
0
Subsídios ao investimento
0
0
72.265
1.817.714
Juros e rendimentos similares
Dividendos
Empresas do Grupo
Fluxos de caixa das actividades de investimento (2)
0
0
4.709.607
4.268.000
-17.857.406
-7.300.965
FLUXOS DE CAIXA DAS ACTIVIDADES DE FINANCIAMENTO
Recebimentos provenientes de:
Financiamentos obtidos
135.074.316
95.704.532
Realização de capital e outros instrumentos de capital próprio
Entidades bancárias
0
0
Cobertura de prejuízos
0
0
Doações
0
0
Outras operações de financiamento
0
0
-97.831.733
Pagamentos respeitantes a:
Financiamentos obtidos
Entidades bancárias
-149.109.549
Juros e gastos similares
-1.451.536
-635.766
Dividendos ao accionista
-3.625.000
-3.000.000
Reduções de capital e de outros instrumentos de capital próprio
Amortizações de contratos de locação financeira
Fluxos de caixa das actividades de financiamento (3)
Variação de caixa e seus equivalentes (1) + (2) + (3)
Efeitos das diferenças de câmbio
0
0
-309.309
-242.260
-19.421.078
-6.005.226
-2.208.935
-94.975
0
0
Caixa e seus equivalentes no início do período
4.127.588
4.222.563
Caixa e seus equivalentes no fim do período
1.918.653
4.127.588
O TÉCNICO OFICIAL DE CONTAS
26
O CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO
27
28
ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES
FINANCEIRAS
EM 31 DE DEZEMBRO DE 2011
(Montantes expressos em €)
29
1. NOTA INTRODUTÓRIA
CME - Construção e Manutenção Electromecânica S.A., matriculada no Registo Comercial de Cascais com o nº 501369295,
com sede na Rua Rui Teles Palhinha, n.º 4 - 3º piso, 2740 - 278 Porto Salvo, foi constituída em 28 de Janeiro de 1983.
Em Setembro de 2003 e Dezembro de 2005, aumenta o capital em 5 e 2 M€ respectivamente.
Em 2008 e 2010, as sociedades Affinis – Serviço de Assistência e Manutenção Global, S.A. ("Affinis”) e MOEE - Manutenção
e Operação Energia Eólica, S.A. fundem-se na CME, SA por incorporação, resultando num aumento de capital no
montante de 1,25 M€ e 50 k€, respectivamente, sendo na presente data o capital social da Empresa de 13,3 M€
integralmente subscrito e realizado.
A CME, SA tem como principal actividade:
. Manutenção e exploração de instalações eléctricas, electromecânicas, telecomunicações, construção civil,
caminhos-de-ferro, climatização, gás, água e obras públicas;
. Comercialização de todo o tipo de equipamentos de telecomunicações e materiais para redes de
telecomunicações;
. Exploração, conservação e manutenção de sistemas de abastecimento e tratamento de água, de sistemas de
tratamento de resíduos urbanos e industriais e de espaços verdes;
. Construção, manutenção e exploração de sistemas produtores de energia;
. Concepção e desenvolvimento, recolha e gestão de informação georeferenciada;
. Prestação de serviços de cartografia e de topografia.
As demonstrações financeiras anexas, preparadas de acordo com o Decreto-Lei nº 158/2009 de 13 de Julho, referem-se à
actividade da empresa em termos individuais e não consolidados. Os investimentos financeiros nas empresas associadas
foram registados pelo método da equivalência patrimonial e não incluem o efeito da consolidação integral ao nível de
activos, passivos, proveitos e custos.
2. REFERENCIAL CONTABILÍSTICO DE PREPARAÇÃO DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS
As demonstrações financeiras anexas foram preparadas no quadro das disposições em vigor em Portugal, vertidas no
Decreto-Lei nº 158/2009, de 13 de Julho, e de acordo com a estrutura conceptual, normas contabilísticas e de relato
financeiro e normas interpretativas, consignadas respectivamente, nos Avisos 15652/2009, 15653/2009 e 15655/2009, de
7 de Setembro de 2009.
30
3. PRINCIPAIS POLÍTICAS CONTABILÍSTICAS
As principais políticas contabilísticas adoptadas na preparação das demonstrações financeiras anexas são as seguintes:
3.1. Bases de apresentação
As demonstrações financeiras anexas foram preparadas no pressuposto da continuidade das operações, a partir dos
livros e registos contabilísticos da empresa, mantidos de acordo com as NCRF em vigor à data da elaboração das
demonstrações financeiras.
3.2. Investimentos em subsidiárias, associadas e entidades conjuntamente controladas
Os investimentos em subsidiárias, entidades conjuntamente controladas e associadas são registados pelo método da
equivalência patrimonial. De acordo com o método da equivalência patrimonial, as participações financeiras são
registadas inicialmente pelo seu custo de aquisição e posteriormente ajustadas em função das alterações verificadas,
após a aquisição, na quota-parte da empresa nos activos líquidos das correspondentes entidades. Os resultados da
empresa incluem a parte que lhe corresponde nos resultados dessas entidades.
As aquisições de subsidiárias e de negócios são registadas utilizando o método da compra. O correspondente custo é
determinado como o agregado, na data da aquisição, de: (a) justo valor dos activos entregues ou a entregar; (b) justo
valor de responsabilidades incorridas ou assumidas; e (c) justo valor de instrumentos de capital próprio emitidos pela
empresa em troca da obtenção de controlo sobre a subsidiária.
O excesso do custo de aquisição face ao justo valor de activos e passivos identificáveis de cada entidade adquirida na
data de aquisição é reconhecido como goodwill. O goodwill é registado como activo e não é sujeito a amortização.
Anualmente, ou sempre que existam indícios de eventual perda de valor, os valores de goodwill são sujeitos a testes de
imparidade. Qualquer perda por imparidade é registada de imediato como custo na demonstração de resultados do
período e não pode ser susceptível de reversão posterior.
Na alienação de uma subsidiária, associada ou entidade conjuntamente controlada, o correspondente goodwill é incluído
na determinação da mais ou menos-valia económica.
É feita uma avaliação dos investimentos financeiros quando existem indícios de que o activo possa estar em imparidade,
sendo registadas como gastos na demonstração dos resultados, as perdas por imparidade que se demonstre existir.
3.3. Rédito
O rédito proveniente da venda de bens é reconhecido quando todas as seguintes condições são satisfeitas:
. Todos os riscos e vantagens da propriedade dos bens foram transferidos para o comprador;
. A empresa não mantém qualquer controlo sobre os bens vendidos;
. O montante do rédito pode ser mensurado com fiabilidade;
. É provável que benefícios económicos futuros associados à transacção fluam para a empresa;
. Os custos incorridos ou a incorrer com a transacção podem ser mensurados com fiabilidade.
31
O rédito proveniente da prestação de serviços é reconhecido com referência à fase de acabamento da transacção à data
de relato, desde que todas as seguintes condições sejam satisfeitas:
. O montante do rédito pode ser mensurado com fiabilidade;
. É provável que benefícios económicos futuros associados à transacção fluam para a empresa;
. Os custos incorridos ou a incorrer com a transacção podem ser mensurados com fiabilidade;
. A fase de acabamento da transacção à data de relato pode ser mensurada com fiabilidade.
O rédito de juros é reconhecido utilizando o método do juro efectivo, desde que seja provável que benefícios
económicos fluam para a empresa e o seu montante possa ser mensurado com fiabilidade.
O rédito é mensurado pelo justo valor da contraprestação recebida ou a receber.
3.4. Locações
As locações são classificadas como financeiras sempre que os seus termos transferem substancialmente todos os riscos e
recompensas associados à propriedade do bem para o locatário. As restantes locações são classificadas como
operacionais. A classificação das locações é feita em função da substância e não da forma do contrato.
Os activos adquiridos mediante contratos de locação financeira, bem como as correspondentes responsabilidades, são
registados no início da locação pelo menor de entre o justo valor dos activos e o valor presente dos pagamentos
mínimos da locação. Os pagamentos de locações financeiras são repartidos entre encargos financeiros e redução da
responsabilidade, de forma a ser obtida uma taxa de juro constante sobre o saldo pendente da responsabilidade.
Os pagamentos de locações operacionais são reconhecidos como gasto numa base linear durante o período da locação.
As rendas contingentes são reconhecidas como gastos do período em que são incorridas.
3.5. Transacções e saldos em moeda estrangeira
As transacções em moeda estrangeira (moeda diferente da moeda funcional da empresa) são registadas às taxas de
câmbio das datas das transacções. Em cada data de relato, as quantias escrituradas dos itens monetários denominados
em moeda estrangeira são actualizadas às taxas de câmbio dessa data. As quantias escrituradas dos itens não monetários
registados ao justo valor denominados em moeda estrangeira são actualizadas às taxas de câmbio das datas em que os
respectivos justos valores foram determinados. As quantias escrituradas dos itens não monetários registados ao custo
histórico denominados em moeda estrangeira não são actualizadas.
As diferenças de câmbio resultantes das actualizações atrás referidas são registadas em resultados do período em que
são geradas.
3.6. Encargos financeiros com empréstimos obtidos
Os encargos financeiros relacionados com empréstimos obtidos, que sejam; directamente atribuíveis à aquisição,
construção ou produção de um activo, são capitalizados como parte do custo desse activo, quando, seja provável que
deles resultarão benefícios económicos futuros para a entidade e tais custos possam ser fiavelmente mensurados. Os
restantes encargos financeiros são reconhecidos como gastos à medida que incorrem.
3.7. Subsídios do Governo
Os subsídios do Governo apenas são reconhecidos quando uma certeza razoável de que a empresa irá cumprir com as
condições de atribuição dos mesmos e de que os mesmos irão ser recebidos.
32
Os subsídios do Governo associados à aquisição ou produção de activos não correntes são reconhecidos inicialmente no
capital próprio, sendo subsequentemente imputados numa base sistemática como rendimentos do exercício durante as
vidas úteis dos activos com os quais se relacionam.
Outros subsídios do Governo são, de uma forma geral, reconhecidos como rendimentos de uma forma sistemática
durante os períodos necessários para os balancear com os gastos directamente relacionados. Subsídios do Governo que
têm por finalidade compensar perdas já incorridas ou que não têm custos futuros associados são reconhecidos como
rendimentos do período em que se tornam recebíveis.
3.8. Inventários
As matérias-primas, subsidiárias e de consumo encontram-se valorizadas ao custo de aquisição, o qual inclui todas as
despesas incorridas até à entrada em armazém. Como método de valorização das saídas é utilizado o custo médio
ponderado.
Os produtos e trabalhos em curso encontram-se valorizados ao custo de produção, englobando não só os custos
directos, como também os custos indirectos de produção.
Os trabalhos em curso podem ser classificados como obras de curta e longa duração (carácter plurianual).
As obras de curta duração estão valorizadas ao custo de produção, com o especial cuidado para o balanceamento dos
respectivos custos e proveitos.
As obras de longa duração estão valorizadas pelo critério de percentagem de acabamento. De acordo com este critério,
no final de cada exercício os gastos e rendimentos relacionados com as obras em curso são reconhecidos na
demonstração de resultados do exercício em função do critério da percentagem de acabamento das obras, o qual é
determinado pela aplicação do rácio obtido entre os custos incorridos até à data e os custos totais estimados.
3.9. Benefícios aos Empregados
Os principais benefícios sociais concedidos aos trabalhadores pertencentes ao Grupo PROCME (Grupo económico em
que a CME, SA está inserida) são:
. Seguro de saúde gratuito para os trabalhadores efectivos ou com antiguidade igual ou superior a 6 anos;
. O seguro é extensível aos membros do agregado familiar, a expensas do trabalhador, mas nas condições de
prémio e garantias do suportado pelo Grupo;
. Todos os trabalhadores e respectivos agregados familiares não abrangidos, pelo seguro gratuito, podem aderir
voluntariamente nas condições do número anterior;
. Seguro de multi-assistência para a generalidade dos trabalhadores destacados no estrangeiro;
. Complemento do subsídio de doença, sob proposta hierárquica, para os trabalhadores com bom desempenho;
. Redução de horários de trabalho, para além do legalmente exigível, em situações de parentalidade;
. Subsídio de estudo aos filhos dos trabalhadores com menores rendimentos;
. Possibilidade de co-financiamento de formação educacional aos vários níveis bem como pós-graduações e
mestrados com interesse para as actividades do Grupo;
. Acordos com Bancos e concessionários de algumas marcas de automóveis, proporcionando condições
vantajosas aos colaboradores do Grupo.
33
3.10. Imposto sobre o rendimento
O imposto sobre o rendimento corresponde à soma dos impostos correntes com os impostos diferidos. Os impostos
correntes e os impostos diferidos são registados em resultados, salvo quando se relacionam com itens registados
directamente no capital próprio. Nestes casos os impostos, tanto os correntes como os diferidos são igualmente
registados no capital próprio.
O imposto corrente a pagar é baseado no lucro tributável do exercício da empresa. Este difere do resultado contabilístico,
uma vez que exclui diversos gastos e rendimentos que apenas serão dedutíveis ou tributáveis noutros exercícios. O lucro
tributável exclui ainda gastos e rendimentos que nunca serão dedutíveis ou tributáveis.
Os impostos diferidos referem-se às diferenças temporárias entre os montantes dos activos e passivos para efeitos de
relato contabilístico e os respectivos montantes para efeitos de tributação.
São geralmente reconhecidos passivos por impostos diferidos para todas as diferenças temporárias tributáveis e
reconhecidos activos por impostos diferidos para as diferenças temporárias dedutíveis, sendo que tal reconhecimento só
se deverá verificar quando existam expectativas razoáveis de lucros fiscais futuros suficientes para utilizar esses activos
por impostos diferidos.
Em cada data de relato é efectuada uma revisão desses activos por impostos diferidos, sendo os mesmos ajustados em
função das expectativas quanto à sua utilização futura.
Os activos e os passivos por impostos diferidos são mensurados utilizando as taxas de tributação que se espera estarem
em vigor à data da reversão das correspondentes diferenças temporárias, com base nas taxas de tributação (e legislação
fiscal) que esteja formal ou substancialmente emitida na data de relato.
3.11. Activos fixos tangíveis
Os activos fixos tangíveis adquiridos até 1 de Janeiro de 2011 encontram-se registados pelo custo de aquisição e/ou
construção, líquido das amortizações acumuladas e das perdas por imparidade, excepto os bens reavaliados ao abrigo do
Decreto-lei nº 31/98 de 11 de Fevereiro que figuram pelo valor resultante da respectiva reavaliação efectuada. As
depreciações eram calculadas pelo método das quotas constantes anuais.
Os bens adquiridos após essa data são inicialmente registados ao custo de aquisição e/ou construção, o qual inclui o
custo de compra, quaisquer custos directamente atribuíveis às actividades necessárias para colocar os activos na
localização e em condições necessárias para operarem da forma pretendida e, quando aplicável, a estimativa inicial dos
custos de desmantelamento e remoção dos activos e de restauração dos respectivos locais de localização que a empresa
espera incorrer.
As depreciações passaram a ser calculadas pelo método da linha recta (duodécimos), a partir da data em que o activo se
encontra disponível para utilização.
34
As taxas de depreciação utilizadas correspondem aos seguintes períodos de vida útil estimada:
Rubricas
Anos
Edifícios e outras construções
10-50
Equipamento Básico
Equipamento de Transporte
3-10
3- 8
Ferramentas e Utensílios
4-10
Equipamento Administrativo
3-10
Outros activos fixos tangíveis
1-12
As vidas úteis e método de depreciação dos vários bens são revistos anualmente. O efeito de alguma alteração a estas
estimativas é reconhecido na demonstração dos resultados prospectivamente.
As despesas de manutenção e reparação (dispêndios subsequentes) que não são susceptíveis de gerar benefícios
económicos futuros são registadas como gastos no período em que incorrem.
O ganho (ou a perda) resultante da alienação ou abate de um activo fixo tangível é determinado como a diferença entre
o montante recebido na transacção e a quantia escriturada do activo e é reconhecido em resultados no período em que
ocorre a alienação.
3.12. Propriedades de investimento
As propriedades de investimento compreendem, terrenos detidos pela empresa para uso futuro indeterminado e pelos
quais não obtém qualquer rendimento, não se destinando ao uso na produção ou fornecimento de bens ou serviços ou
para fins administrativos ou para venda no curso ordinário dos negócios, e são registados ao custo, deduzido de
depreciações e perdas de imparidade acumuladas.
Os custos incorridos relacionados com propriedades de investimento em utilização, nomeadamente, manutenções,
reparações, seguros e impostos sobre propriedades são reconhecidos como um gasto no exercício a que se referem. As
beneficiações relativamente às quais existem expectativas de que irão gerar benefícios económicos futuros adicionais
são capitalizadas na rubrica de propriedades de investimento.
3.13. Intangíveis
a) Intangíveis adquiridos separadamente
Os activos intangíveis adquiridos separadamente são registados ao custo deduzido de amortizações e perdas por
imparidade acumuladas. As amortizações são reconhecidas numa base de linha recta durante a vida útil estimada dos
activos intangíveis. As vidas úteis e método de amortização dos vários activos intangíveis são revistos anualmente. O
efeito de alguma alteração a estas estimativas é reconhecido na demonstração dos resultados prospectivamente.
35
b) Intangíveis gerados internamente – dispêndios de pesquisa e desenvolvimento
Os dispêndios com actividades de pesquisa são registados como gastos no período em que são incorridos.
É reconhecido um activo intangível gerado internamente resultante de dispêndios de desenvolvimento de um projecto
apenas se forem cumpridas e demonstradas todas as seguintes condições:
. Existe viabilidade técnica para concluir o intangível a fim de que o mesmo esteja disponível para uso ou para
venda;
. Existe intenção de concluir o intangível e de o usar ou vender;
. Existe capacidade para usar ou vender o intangível;
. O intangível é susceptível de gerar benefícios económicos futuros;
. Existe disponibilidade de recursos técnicos e financeiros adequados para concluir o desenvolvimento do
intangível e para o usar ou vender;
. É possível mensurar com fiabilidade os dispêndios associados ao intangível durante a sua fase de
desenvolvimento.
O montante inicialmente reconhecido do activo intangível gerado internamente consiste na soma dos dispêndios
incorridos após a data em que são cumpridas as condições atrás descritas. Quando não são cumpridas tais condições, os
dispêndios incorridos na fase de desenvolvimento são registados como gastos do período.
Os activos intangíveis gerados internamente são registados ao custo deduzido de amortizações e perdas por imparidade
acumuladas. As amortizações são reconhecidas numa base de linha recta durante a vida útil estimada dos activos
intangíveis. As vidas úteis e método de amortização dos vários activos intangíveis são revistos anualmente. O efeito de
alguma alteração a estas estimativas é reconhecido na demonstração dos resultados prospectivamente.
3.14. Imparidade de activos fixos tangíveis e intangíveis, excepto goodwill
Em cada data de relato é efectuada uma revisão das quantias escrituradas dos activos fixos tangíveis e intangíveis da
empresa com vista a determinar se existe algum indicador de que possam estar em imparidade. Se existir algum
indicador, é estimada a quantia recuperável dos respectivos activos a fim de determinar a extensão da perda por
imparidade (se for o caso). Quando não é possível determinar a quantia recuperável de um activo individual, é estimada a
quantia recuperável da unidade geradora de caixa a que esse activo pertence.
A quantia recuperável do activo ou da unidade geradora de caixa consiste no maior de entre (i) o justo valor deduzido de
custos para vender e (ii) o valor de uso. Na determinação do valor de uso, os fluxos de caixa futuros estimados são
descontados usando uma taxa de desconto antes de impostos que reflicta as expectativas do mercado quanto ao valor
temporal do dinheiro e quanto aos riscos específicos do activo ou da unidade geradora de caixa relativamente aos quais
as estimativas de fluxos de caixa futuros não tenham sido ajustadas.
Sempre que a quantia escriturada do activo ou da unidade geradora de caixa for superior à sua quantia recuperável, é
reconhecida uma perda por imparidade. A perda por imparidade é registada de imediato na demonstração dos
resultados na rubrica de perdas por imparidade.A reversão de perdas por imparidade reconhecidas em exercícios
anteriores é registada quando há evidências de que as perdas por imparidade reconhecidas já não existem ou
diminuíram, sendo reconhecida na demonstração de resultados na rubrica reversões de perdas por imparidade, e
efectuada até ao limite da quantia que estaria reconhecida (líquida de amortizações) caso a perda não tivesse sido
registada.
36
3.15. Provisões
As provisões destinam-se a cobrir responsabilidades da actividade da empresa e somente são reconhecidas quando a
empresa tem uma obrigação presente (legal ou implícita) resultante de acontecimentos passados e é provável que, para
a liquidação dessa obrigação, ocorra uma saída de recursos, devendo ser esse montante razoavelmente estimável.
As provisões são revistas na data de relato e são ajustadas de modo a reflectir a melhor estimativa a essa data.
Os passivos contingentes não são reconhecidos nas demonstrações financeiras, sendo divulgados sempre que a
possibilidade de existir uma saída de recursos englobando benefícios económicos não seja remota. Os activos
contingentes não são reconhecidos nas demonstrações financeiras, sendo divulgados quando for provável a existência
de um influxo económico futuro de recursos.
3.16. Activos e passivos financeiros
Os activos e os passivos financeiros são reconhecidos no balanço quando a empresa se torna parte das correspondentes
disposições contratuais.
. Clientes e dívidas de terceiros
As dívidas de clientes e de outros terceiros encontram-se registadas pelo seu valor nominal deduzido de eventuais
perdas de imparidade. As perdas de imparidade correspondem à diferença entre a quantia inicialmente registada e o seu
valor recuperável, sendo este o valor presente dos “cash-flows” esperados, descontados à taxa efectiva, as quais são
reconhecidas na demonstração dos resultados do período em que são em que são estimadas.
. Caixa e equivalentes a caixa
Os montantes incluídos na rubrica de caixa e seus equivalentes correspondem aos valores em caixa, depósitos a prazo e
outras aplicações de tesouraria, vencíveis a menos de 3 meses, e que possam ser imediatamente mobilizáveis com risco
insignificante de alteração de valor.
. Contas a pagar
As contas a pagar encontram-se registadas pelo seu valor nominal, descontado de eventuais juros calculados e
reconhecidos de acordo com o método da taxa de juro efectiva.
. Instrumentos financeiros derivados
A empresa não recorre a instrumentos financeiros derivados com o objectivo de efectuar a cobertura dos riscos
financeiros a que se encontra exposta.
3.17. Especialização dos exercícios
As receitas e despesas são registadas de acordo com o princípio da especialização de exercícios, pelo qual estas são
reconhecidas à medida em que são geradas, independentemente do momento em que são recebidas ou pagas. As
diferenças entre as receitas e despesas geradas e os correspondentes montantes facturados são registadas nas rubricas
de diferimentos.
3.18. Juízos de valor críticos e principais fontes de incerteza associada a estimativas
Na preparação das demonstrações financeiras anexas foram efectuados juízos de valor e estimativas e utilizados diversos
pressupostos que afectam as quantias relatadas de activos e passivos, assim como as quantias relatadas de rendimentos
e gastos do período. Durante o ano findo em 31 de Dezembro de 2011, não ocorreram alterações de políticas
37
contabilísticas ou estimativas relevantes, relativamente às utilizadas na preparação e apresentação das demonstrações
financeiras do exercício findo em 31 de Dezembro de 2010, nem foram reconhecidos erros materiais relativos a períodos
anteriores.
As estimativas e os pressupostos subjacentes foram determinados com base no melhor conhecimento existente à data
de aprovação das demonstrações financeiras dos eventos e transacções em curso, assim como na experiência de eventos
passados e/ou correntes. Contudo, poderão ocorrer situações em períodos subsequentes que, não sendo previsíveis à
data de aprovação das demonstrações financeiras, não foram consideradas nessas estimativas. As alterações às
estimativas que ocorram posteriormente à data das demonstrações financeiras serão corrigidas de forma prospectiva.
Por este motivo e dado o grau de incerteza associado, os resultados reais das transacções em questão poderão diferir das
correspondentes estimativas.
Os principais juízos de valor e estimativas efectuadas na preparação das demonstrações financeiras anexas foram os
seguintes:
. Activos fixos tangíveis / estimativas de vidas úteis
As depreciações são calculadas sobre o custo de aquisição, sendo o método utilizado, o descrito no ponto 3.11,
a partir da data em que o activo se encontra disponível para utilização. As respectivas vidas úteis são revistas e
ajustadas, se necessário em cada data de relato.
. Goodwill
É feito, no final de cada exercício económico, uma análise de eventual imparidade ao valor do goodwill
existente.
. Registo de impostos diferidos
Os impostos diferidos são calculados com base nas diferenças temporárias e os valores contabilísticos dos
activos e passivos e a respectiva base de tributação. Para a determinação dos impostos diferidos é utilizada a
taxa de imposto que se espera estar em vigor no período em que as diferenças temporais são revertidas. Os
impostos diferidos activos são revistos periodicamente e reduzidos sempre que a sua utilização deixe de ser
possível.
3.19. Acontecimentos subsequentes
Os acontecimentos após a data do balanço que proporcionem informação adicional sobre condições que existiam à data
do balanço (“adjusting events”) são reflectidos nas demonstrações financeiras. Os eventos após a data do balanço que
proporcionem informação sobre condições que ocorram após a data do balanço (“non adjusting events”) são divulgados
nas demonstrações financeiras, se forem considerados materiais.
38
4. FLUXOS DE CAIXA
A caixa e seus equivalentes inclui numerário, depósitos bancários imediatamente mobilizáveis e aplicações de tesouraria
no mercado monetário, líquidos de descobertos bancários e de outros financiamentos de curto prazo equivalentes, e
detalha-se como segue:
(Milhares de €)
31.12.2011
Numerário
Depósitos bancários imediatamente mobilizáveis
Aplicações de tesouraria
Total
31.12.2010
51
78
1.826
4.008
42
42
1.929
4.128
A sociedade dispõe de contas correntes caucionada e autorizações de descobertos com limite total de 29.995.000€. A 31
de Dezembro de 2011 encontravam-se disponíveis cerca de 10.151.348€.
5. PARTES RELACIONADAS
A empresa está inserida no perímetro de consolidação da PROCME - Gestão Global de Projectos, S.A., empresa sedeada
em Porto Salvo, na Rua Teles Palhinha, n.º 4 - Leião.
. Empresas subsidiárias
Em 31 de Dezembro de 2011 e 2010, a empresa detinha participações nas seguintes subsidiárias:
Subsidiária
Sede
Percentagem de Participação
2011
2010
Cabo Verde
100%
100%
CME - Construccíon y Mantencíon Electromecânica
Chile SPA
Chile
100%
100%
LTE Energia, Ltda
Brasil
100%
100%
ATLANTICO - Concessionária de Transmissão de Energia do Brasil, Lda
Brasil
90%
40%
Oeiras - Portugal
100%
-
CME Cabo Verde, Soc. Unipessoal, SA
NGS - New Generation Supplier, Unipessoal, Lda
Nota : As subsidiárias: CME Al Arabia (sede na Arábia com 50% de participação da CME) e ABL Cme (sede na Arábia com
50% de participação da CME) encontram-se em dissolução / liquidação; CME Romania (sede na Roménia com 100% de
participação da CME) encontra-se sem actividade.
39
. Empresas associadas
Em 31 de Dezembro de 2011 e 2010, a empresa detinha participações nas seguintes associadas:
Subsidiária
CME Peru, SA
Sede
Peru
Percentagem de Participação
2011
2010
5%
5%
Nota: As associadas Yetech (sede no México com 5% de participação da CME) e CM Construções (sede no Brasil com 7,6%
de participação da CME) encontram-se sem actividade.
A Empresa constituiu no final de 2011, três empresas em França, mas não iniciaram a actividade (150 k€ capital social).
. Entidades conjuntamente controladas
Em 31 de Dezembro de 2011 e 2010, a empresa detinha os seguintes interesses em entidades conjuntamente
controladas:
Entidade conjuntamente controlada
Sede
Percentagem de Participação
2011
2010
Etar da Guia, ACE
Lisboa
34%
34%
FGD da CT Sines, ACE
Lisboa
60%
60%
Ciclo Combinado de Lares, ACE
Lisboa
25%
25%
Armando Cunha, ACE
Lisboa
7,5%
7,5%
. Sucursais
A empresa possui um estabelecimento estável em Espanha e em França, que se encontram devidamente registados
naqueles países sobre a forma de sucursal, sendo cumprido todos os requisitos legais e fiscais aí previstos. Para o
exercício findo em 31 de Dezembro de 2011, foi apurado na Sucursal de Espanha, um resultado líquido antes de imposto
de aproximadamente 44 k€, tendo a Sucursal de França apresentado um prejuízo que ascende a 298 k€.
A empresa abriu no final de 2011 dois novos estabelecimentos estáveis na América Latina, um no Peru e outro na
Colômbia, não tendo havido actividade.
As restantes sucursais abertas em Moçambique e Irlanda continuam inactivas.
. Transacções e saldos com partes relacionadas
Nas operações comerciais, bem como nas operações financeiras efectuadas entre a Empresa e qualquer outra entidade
com a qual esteja em situação de relações especiais, são contratados, aceites e praticados termos ou condições
substancialmente idênticos aos que normalmente seriam contratados, aceites e praticados entre entidades
independentes em operações comparáveis.
40
No decurso dos exercícios findos em 31 de Dezembro de 2011 e 2010, os saldos e as transacções efectuadas com partes
relacionadas, são os seguintes:
31 de Dezembro de 2011
Empresa-mãe
PROCME Gestão Global de Projectos, S.A.
Subsidiarias
Serviços
obtidos
Serviços
prestados
Juros
obtidos
5.783.128,31
185.000,00
2.719.031,18
Serviços
obtidos
Serviços
prestados
Juros
obtidos
Outros
rendimentos
e ganhos
593.739,31
Contas
a receber
correntes
Contas
a receber
não correntes
Contas
a pagar
correntes
26.603.311,14
53.157.247,36
5.341.147,36
Contas
a receber
correntes
Contas
a receber
não correntes
Contas
a pagar
correntes
0,00
230.790,00
0,00
435.544,67
0,00
0,00
204.000,00
0,00
0,00
17.000,00
25.000,00
0,00
LTE Energia, Ltda
0,00
449.000,00
3.708,57
460.283,75
398.000,00
0,00
ATLANTICO - Concessionária
de Transmissão de Energia
do Brasil, Lda
0,00
0,00
59.626,57
0,00
2.122.000,00
0,00
CME Construccíon y Mantecíon
Electromecânica Chile SPA
CME Cabo Verde, Soc
Unipessoal, SA
Associadas
Serviços
obtidos
Serviços
prestados
Juros
obtidos
Contas
a receber
correntes
Contas
a receber
não correntes
Contas
a pagar
correntes
CME Peru, SA
0,00
252.000,00
0,00
361.775,53
0,00
0,00
Serviços
obtidos
Serviços
prestados
Juros
obtidos
Contas
a receber
correntes
Contas
a receber
não correntes
Contas
a pagar
correntes
2.666,62
47.184,48
0,00
325,24
6.365.247,42
0,00
Etar da Guia, ACE
0,00
480.533,77
0,00
3.971.870,49
0,00
32.450,63
CC de Lares, ACE
0,00
490.657,71
0,00
63.600,24
0,00
7.837.792,65
Armando Cunha, ACE
0,00
137.818,45
0,00
21.884,50
0,00
0,00
Entidades
conjuntamente controladas
FGD de Sines , ACE
41
Serviços
obtidos
Serviços
prestados
Juros
obtidos
Contas
a receber
correntes
Ventos da Serra - Produção
de Energia, S.A.
0,00
178.522,43
0,00
8.933,98
0,00
0,00
Lusobrisa - Produção
Energia Eléctrica, S.A.
0,00
35.258,54
0,00
4.933,04
0,00
0,00
390.726,05
414.188,50
0,00
4.046. 722,48
0,00
8.171 ,93
Lestenergia - Exploração
de Parques Eólicos S.A.
0,00
688.767,99
0,00
94.095,35
0,00
0,00
CME Madeira, S.A.
0,00
416.641,79
0,00
135.404,71
0,00
0,00
141.189,10
338.770,24
0,00
361 .510,67
0,00
48.430,91
Agadirver, Lda
0,00
0,00
0,00
1.297.724,53
0,00
0,00
Tecneira Novas Energias, SGPS, S.A.
0,00
0,00
0,00
2.140,78
0,00
0,00
200.000,00
0,00
0,00
0,00
0,00
189.186,98
0,00
0,00
0,00
2.475,66
0,00
0,00
2.500,95
179.212,03
0,00
234.397,71
0,00
3.322,29
NGS - New Generation Services
Construção e Manutenção
de Instalações de Telecomunicações, Ltda
0,00
352.120,01
0,00
597.800,25
0,00
0,00
INOTEC - Ambiente, Energia
e Comunicações, S.A.
0,00
454.320,00
0,00
1.384.701,92
0,00
0,00
VCS - Villanueva Cosolar, S.L.
0,00
10.365.218,00
0,00
264.564,02
0,00
0,00
Outras partes
relacionadas
ImoCME - Imobiliária, S.A.
Tecneira -Tecnologias
Energéticas, S.A
GNI - Gestão de Negócios
Internacionais, SGPS, S.A
Enipro, S.A.
CME ÁGUAS, S.A.
Contas
a receber
não correntes
Contas
a pagar
correntes
(*) Os serviços prestados à VCS foram capitalizados na VCS. Construção do parque fotovoltaico em Espanha - 3,5MW
42
31 de Dezembro de 2011
Serviços
obtidos
Serviços
prestados
Juros
obtidos
Contas
a receber
correntes
Contas
a receber
não correntes
Contas
a pagar
correntes
0,00
0,00
580.767,50
705.000,58
57.791.907,16
0,00
Serviços
obtidos
Serviços
prestados
Juros
obtidos
Contas
a receber
correntes
Contas
a receber
não correntes
Contas
a pagar
correntes
CME Construccíon y Mantecíon
Electromecânica Chile SPA
0,00
0,00
0,00
70.022,33
0,00
0,00
CME Al Arabia
0,00
131.000,00
0,00
131.000,00
0,00
0,00
CME Cabo Verde,
Soc Unipessoal, SA
85.000,00
0,00
0,00
0,00
0,00
34.000,00
Associadas
Serviços
obtidos
Serviços
prestados
Juros
obtidos
Contas
a receber
correntes
Contas
a receber
não correntes
Contas
a pagar
correntes
CME Peru, SA
0,00
0,00
0,00
94.988,68
0,00
0,00
Serviços
obtidos
Serviços
prestados
Juros
obtidos
Contas
a receber
correntes
Contas
a receber
não correntes
Contas
a pagar
correntes
FGD de Sines , ACE
0,00
89.667,38
0,00
7.455.334,71
0,00
73.077,30
Etar da Guia, ACE
0,00
620.471,13
0,00
3.394.405,02
0,00
34.587,10
CC de Lares, ACE
0,00
1.275.674,45
0,00
1.074.086,56
0,00
8.496.252,62
Empresa-mãe
CME Participações, SGPS SA
Subsidiarias
Entidades
conjuntamente controladas
43
Serviços
obtidos
Serviços
prestados
Juros
obtidos
Contas
a receber
correntes
5.396.808,04
1.098.833,50
932.492,21
3.386.371 '77
0,00
669.523,73
Ventos da Serra - Produção
de Energia, S.A.
0,00
166.395,12
0,00
6.295,84
0,00
0,00
Lusobrisa - Produção
Energia Eléctrica, S.A.
0,00
34.413,15
0,00
15.611,07
0,00
0,00
Lestenergia - Exploração
de Parques Eólicos S.A.
0,00
816.872,86
0,00
117.315,62
0,00
0,00
446.922,79
553 .286,16
0,00
3. 738.999,40
0,00
0,00
0,00
1.291.040,01
0,00
714.227,00
0,00
0,00
788.097,04
1.748.702,92
1 .678.975,23
6.683.661,83
0,00
46.921,47
Agadirver, Lda
0,00
0,00
0,00
1.297.724,53
0,00
0,00
Wayserv - Sociedade Gestora
de Participações Sociais, SGPS, S.A.
0,00
0,00
0,00
2.140,78
0,00
0,00
GNI - Gestão de Negócios
Internacionais, SGPS, S.A
0,00
0,00
0,00
361 .092,93
0,00
304.279,91
NGS - New Generation Services
Construção e Manutenção
de Instalações de Telecomunicações, Ltda
0,00
0,00
0,00
187.830,53
0,00
0,00
Enipro, S.A.
0,00
0,00
0,00
2.475,66
0,00
0,00
CME ÁGUAS, S.A.
0,00
28.586,96
0,00
43.583,67
0,00
671,20
Tecneira Participações, SGPS, S.A.
0,00
0,00
0,00
0,00
4.500.000,00
0,00
INOTEC - Ambiente, Energia
e Comunicações, S.A.
0,00
253.888,40
0,00
930.381,92
0,00
0,00
Outras partes
relacionadas
ProCME - Gestão Global
de Projectos, S.A.
ImoCME - Imobiliária, S.A.
CME Madeira, S.A.
Tecneira -Tecnologias
Energéticas, S.A
Contas
a receber
não correntes
Contas
a pagar
correntes
Em 2011, as empresas CME Participações, SGPS e Tecneira Participações, SGPS foram incorporadas na Procme, por fusão
e pela neutralidade fiscal. Todos os contratos de mútuo existentes entre aquelas empresas e a CME, SA, no montante de
66,8 M€, foram transferidos para a Procme.
Durante o ano de 2011, foram celebrados novos contratos de mútuo com a Empresa mãe, a PROCME, SA, no montante
de 11,8M€.
Face a estas transacções foram debitados encargos financeiros no montante de 2,7 M€.
44
. Remuneração dos membros dos órgãos sociais
As remunerações auferidas pelos órgãos sociais, nos exercícios findos em 31 de Dezembro de 2011 e 2010, foram as
seguintes:
. Conselho de Administração
Não são remunerados
. Fiscal único
31 de Dezembro de 2010 ……25.000,00€
31 de Dezembro de 2011 ……26.000,00€
6. ACTIVOS INTANGÍVEIS
Durante o período findo em 31 de Dezembro de 2011, o movimento ocorrido na quantia escriturada dos activos
intangíveis, bem como nas respectivas amortizações acumuladas e perdas por imparidade, foi o seguinte:
Rubrica
Activo Fixo Intangível
Activo bruto
Saldo inicial
273.592,55
Aquisições
0,00
Alienações
0,00
Transferências e abates
0,00
Saldo final
273.592,55
Amortizações acumuladas e perdas por imparidade
Saldo inicial
Depreciações do exercício
218.577,85
54.505,13
Perdas por imparidade de exercício
0,00
Reversões por imparidade de exercício
0,00
Alienações
0,00
Transferências e abates
Saldo final
Activos líquidos
0,00
273.082,98
509,57
45
7. ACTIVOS FIXOS TANGÍVEIS
Durante o período findo em 31 de Dezembro de 2011, o movimento ocorrido na quantia escriturada dos activos fixos
tangíveis, bem como nas respectivas depreciações acumuladas e perdas por imparidade, foi o seguinte:
Rubrica
Terrenos
e recursos
naturais
Edif.
e outras
construções
Ferramentas
Equip.
Equip.
Equip.
básico de transporte administrativo e utensílios
216.869,23
2.802.440,25
3.125.105,41
2.054.062,90
5.071.678,45
Aquisições
0,00
6.494,01
21.753,09
786,25
Alienações
0,00
0,00
-257.661,03
Transferências e abates
0,00
378.209,00
Regularizações
0,00
Outros
activos
fixos
tangíveis
Activos fixos
tangíveis
em curso
6.505.121,51
144.812,10
0,00
19.920.089,85
226.357,92
438.925,23
0,00
0,00
694.316,50
-26.493,52
-184.285,68
-445.453,91
-2.846,36
0,00
-916.740,50
-7.069,21
-8.529,44
-71.779,57
-27.621,86
-39,9
0,00
263.169,02
0,00
0,00
0,00
67.230,03
0,00
0,00
0,00
67.230,03
216.869,23
3.187.143,26
2.882.128,26
2.019.826,19
5.109.201,15
6.470.970,97
141.925,84
0,00
20.028.064,90
Saldo inicial
0,00
1.064.799,54
3.004.657,66
1.904.573,18
4.787.616,84
5.593.678,18
139.951,31
0,00
16.495.276,71
Depreciações do exercício
0,00
313.835,67
53.352,96
110.214,76
291.559,84
494.709,27
1.236,79
0,00
1.264.909,29
Perdas e reversões
por imparidade do exercício
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
Alienações
0,00
0,00
-255.577,96
-26.493,52
-183.264,05
-432.392,16
-2.846,36
0,00
-900.574,05
Transferências e abates
0,00
0,00
-7.069,21
-8.529,44
-71.365,77
-23.547,18
-39,9
0,00
-110.551,50
Regularizações
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
Saldo final
0,00
1.378.635,21
2.795.363,45
1.979.764,98
4.824.546,86
5.632.448,11
138.301,84
0,00
16.749.060,45
216.869,23
1.808.508,05
86.764,81
40.061,21
284.654,29
838.522,86
3.624,00
0,00
3.279.004,45
Total
Activos
Saldo inicial
Saldo final
Amortizações acumuladas
e perdas por imparidade
Activos Líquidos
Durante o ano findo em 31 de Dezembro de 2011, os movimentos mais relevantes ocorridos nos Activos Fixos Tangíveis
foram os seguintes:
. o valor das transferências relevado na rubrica de “Edifícios e outras construções” refere-se à instalação de um
sistema de GTC (Sistema de gestão técnica centralizada) no edifício-sede, que se encontrava em curso.
. os aumentos verificados na rubrica de “Equipamento Administrativo” referem-se essencialmente à aquisição de
equipamento informático e mobiliário de escritório.
. os aumentos registados na rubrica “Ferramentas e utensílios” dizem respeito essencialmente à aquisição de um
guincho pelo valor de 53.000€, de máquinas de fusão que perfazem o valor de 109.650€ e de aparelhos PDA no
valor aproximado de 100.000€.
46
8. LOCAÇÕES
Em 31 de Dezembro de 2011, a empresa mantém os seguintes bens em regime de locação financeira:
Custo
Depreciações /
perdas de imparidade
Quantia
escriturada
Activos Fixos Tangíveis
86.786,88
68.721,19
18.065,69
Equipamento de transporte
153.353,68
115.015,26
38.338,42
Equipamento administrativo
59.962,57
22.887,31
37.075,26
249.430,88
102.394,29
147.036,59
549.534,01
309.018,05
240.515,96
Equipamento básico
Ferramentas e utensílios
Total
Conforme remissão expressa na nota 3.4.,os activos fixos tangíveis adquiridos sob a forma de locação financeira, são
registados pelo método financeiro. Em 31 de Dezembro de 2011, na rubrica de financiamentos obtidos - locações
financeiras está registado o montante aproximado de 457 k€, sendo que 202 k€ referem-se a médio/longo prazo.
De salientar que no ano de 2011 foi adquirido material informático em leasing no montante aproximado de 90 k€, os
quais foram totalmente depreciados no ano, face ao baixo valor que apresentavam.
A divergência existente entre o valor em dívida às locadoras e o valor contabilístico dos activos fixos tangíveis, ascende a
120 k€ e resulta essencialmente na diferença entre os períodos de vida útil desses bens e o prazo da locação financeira
respectiva.
Relativamente à locação operacional, os montantes contabilizados como gastos ascenderam aproximadamente a 3,16
M€ e referem-se essencialmente à gestão da frota.
9. PROPRIEDADES DE INVESTIMENTO
Durante o exercício findo em 31 de Dezembro de 2011, não houve movimentos em propriedades de investimento.
47
10. IMPARIDADE DE ACTIVOS
A evolução das perdas por imparidade acumuladas das rubricas do activo no ano findo em 31 de Dezembro de 2011 é
detalhada conforme se segue:
Saldo inicial
Aumentos
Reversões
Saldo final
1.138.177,25
282.930,26
519.733,43
901.374,08
12.718.696,39
100.292,72
36.123,24
12.782.865,87
99.244,38
0,00
0,00
99.244,38
Outros activos financeiros
5.996,14
0,00
0,00
5.996,14
Investimentos Financeiros
30.000,00
11.890,64
0,00
41.890,64
13.992.114,16
395.113,62
555.856,67
13.831.371,11
Produto e trabalho em curso
Contas a receber
Outros devedores
Total
11. INVESTIMENTOS EM SUBSIDIÁRIAS, ASSOCIADAS E EMPREENDIMENTOS CONJUNTOS
. Empresas subsidiárias
Em 31 de Dezembro de 2011 a empresa evidenciava os seguintes investimentos em subsidiárias:
Subsidiárias
Moeda local
Activo
Passivo
% Detida
Capital
próprio (*)
Resultado
liquido (*)
Quantia
escriturada
CME Cabo Verde, Soc unipessoal, SA
CVE
80.469,16
61.625,95
100%
18.843,21
(11.930,98)
18.843,21
CME Construccíon y Mantecíon
Electromecânica Chile SPA
CLP
2.281.246,14
2.446.198,80
100%
(164.952,66)
(917.114,52)
0,00
LTE Energia, Ltda (**)
Real
932.395,39
944.286,03
100%
(11.890,64)
(4.098,32)
0,00
ATLANTICO - Concessionária de
Transmissão de Energia do Brasil,
Lda (***)
Real
3.442.178,54
3.178.864,34
90%
263.314,20
223.831,86
1.085.335,66
(*) O valor apresentado encontra-se calculado pela % detida.
(**) A empresa considerou imparidade no valor de 11.890,64€ relativamente aos empréstimos concedidos.
(***) A empresa registou Goodwill na aquisição (ver ponto abaixo).
48
. Empresas associadas
Em 31 de Dezembro de 2011 a empresa evidenciava os seguintes investimentos em associadas (valores em €):
Associadas
Moeda
CME Peru, S.A.
PEN
Activo
Passivo
% Detida
1.209.017,16
568.142,02
5%
Capital próprio (*)
Resultado liquido (*)
640.875,14
(362.824,75)
Quantia escriturada
32.043,76
(*) O valor apresentado encontra-se calculado pela % detida no Grupo. Restantes 95% são detidos pela ProCME.
. Entidades conjuntamente controladas
Em 31 de Dezembro de 2011 a empresa evidenciava os seguintes investimentos em entidades conjuntamente
controladas (valores em €):
Entidade conjunta
controlada
Etar da Guia, ACE
FGD da CT Sines, ACE (**)
Ciclo Combinado Lares, ACE (***)
Armando Cunha, ACE
Activo (*)
Passivo (*)
% Detida
5.241.912,40
4.366.943,94
34%
874.968,46
33.910,53
259.793,42
6.667.105,61
60%
(6.407.312,20)
1.536,00
10.705.806,80
1.345.094,21
25%
9.360.712,59
(555.312,68)
5.805,40
7.080,77
7,5%
(1.275,37)
(1.094,72)
Capital próprio (*)
Resultado liquido (*)
Quantia escriturada
874.968,46
-
10.732.507,92
-
(*) O valor apresentado encontra-se calculado pela % detida no Grupo.
(**) A Empresa registou nas suas contas uma provisão para cobertura do prejuízo acumulado (pela % detida no ACE).
(***) Em 2010, a CME transferiu 50% da participação que detinha neste ACE à ProCME, S.A. O Grupo detém 50% de
participação neste ACE.
Em 31 de Dezembro de 2011 os ajustamentos nas participações financeiras resultantes da aplicação do método da
equivalência patrimonial tiveram a seguinte contrapartida:
Rubrica
31.12.2011
Perdas em subsidiarias, associadas
e empreendimentos conjuntos
1.686.320,45
Ganhos em subsidiarias, associadas
e empreendimentos conjuntos
(258.811,02)
Ajustamentos em activos financeiros - Capital Próprio
(65.824,48)
49
. Goodwill
O goodwill em 31 de Dezembro de 2011 é detalhado como se segue:
Subsidiária
ATLANTICO - Concessionária de Transmissão
de Energia do Brasil, Lda
Ano de Aquisição
2010
Quantia
escriturada
Imparidade registada
no exercício
822.021,47
0,00
A empresa procede à avaliação de imparidade do goodwill no final do exercício, ou sempre que detecte indícios de
imparidade (ver ponto 3.18).
A Atlântico, tem como actividade a exploração, por meio de concessão, do serviço público de transmissão de energia
eléctrica, prestado mediante a construção, operação e manutenção das seguintes instalações de transmissão de uma
Linha de Transmissão em 230 kV conforme descrito no edital do leilão n.º 001/2010 promovido pela Agência Nacional de
Energia Eléctrica ("ANEEL").
12. INVENTÁRIOS
Em 31 de Dezembro de 2011, os inventários da empresa detalham-se conforme se segue:
Rubrica
Inventário
Quantia bruta
Perdas por
imparidade
Quantia líquida
8.209.130,59
901.374,08
7.307.756,51
. Custo das mercadorias vendidas e das matérias consumidas e variação dos inventários de produção
Os inventários da empresa a 31 de Dezembro de 2011, detalham-se conforme segue:
Mercadorias
Mat primas, sub.
Consumo
Total
49,80
7.544.708,82
7.544.758,62
18.244.432,59
53.287.274,69
71.531.707,28
Regularizações
0,00
0,00
0,00
Saldo final
0,00
8.131.279,81
8.131.279,81
18.244.482,39
52.700.703,70
70.945.186,09
Saldo inicial
Compras
Custo das mercadorias vendidas e das
matérias consumidas
50
Produtos e trabalho em curso
Saldo inicial
4.193.333,23
Compras
0,00
Regularizações
0,00
Saldo final
77.850,78
Variação dos inventários de produção
(4.115.482,45)
13. CONTRATOS DE CONSTRUÇÃO
As obras com carácter plurianual encontram-se relevadas pelo critério de percentagem de acabamento. Os valores
resultantes da aplicação deste critério encontram-se reflectidos nas rubricas “credores por acréscimos” e “diferimentos”,
pelos montantes respectivos de 2.936.089,06€ e 11.743.715,75€.
14. PROVISÕES E GARANTIAS
. Provisões
Em 31 de Dezembro de 2011, a evolução das provisões detalham-se conforme se segue:
Saldo inicial
Aumentos
Reversões
Saldo final
Impostos
90.000,00
0,00
0,00
90.000,00
Garantias a Clientes
62.262,47
0,00
45.000,00
17.262,47
205.500,00
0,00
183.000,00
22.500,00
6.407.330,25
0,00
0,00
6.407.330,25
6.765.092,72
0,00
228.000,00
6.537.092,72
Provisões
Processos judiciais em curso
Outras provisões
Total
A provisão para processos judiciais em curso destina-se a fazer face a responsabilidades estimadas com base em
informações dos advogados decorrentes de processos intentados contra a empresa. O valor da respectiva provisão
corresponde à melhor estimativa sobre essas responsabilidades.
As outras provisões referem-se ao prejuízo acumulado do Agrupamento Complementar de Empresas (FGD da CT de
Sines, A.C.E.) em que a CME participa.
51
. Garantias prestadas
Em 31 de Dezembro de 2011, a empresa tinha prestado garantias bancárias e seguros de caução a clientes para efeitos de
concursos, adiantamentos já recebidos e como garantia de boa execução de obras no montante aproximado de,
respectivamente, 73,8 M€.
Neste montante estão incluídas garantias prestadas em nome de empresas do grupo e participadas, conforme se
descrimina:
. Cataventos Paracuru LTDA, no montante de 480.000,00 reais que corresponde aproximadamente a 210 k€, com
o objectivo de garantir ao proprietário de terrenos, a renda dos referidos imóveis;
. CME Madeira - Construção e Manutenção Electromecânica S.A., no montante de cerca 12k€, no âmbito da boa
execução da obra;
. ETAR DA GUIA, A.C.E., no montante de 3 M€, no âmbito da boa execução da obra;
. FGD da CT de Sines, A.C.E., no montante de 6.5 M€, no âmbito da boa execução da obra.
As principais entidades bancárias onde foram prestadas as garantias bancárias são:
Entidades bancárias
BCP
19.493
BES
19.121
BPI
17.060
BBVA
52
Valor das garantias
7.333
As principais entidades para as quais a empresa tem garantias bancárias prestadas são as que se seguem:
Entidades
Valor das garantias prestadas
EDA - Electricidade dos Açores
1.223
EPAL – Empresa Portuguesa das Aguas
1.578
Lisboa Gás
1.250
Lusitaniagás
1.249
Instituto Geográfico Português
1.071
REN- Rede Eléctrica Nacional
9.954
SANEST
3.000
Município de Lagos
1.427
EDP – Distribuição e Energia
2.311
SIMLIS
1.137
Artélia
3.380
Silec Cable
6.660
Eneop 3
1.097
Solidal
6.731
Cobra – Instalaciones y Servicios
6.527
EDM – Electricidade de Moaçambique
3.481
ENE – Empresa Nacional de Electricidade de Angola
1.754
Total
53.830
53
15. IMPOSTOS SOBRE O RENDIMENTO
A empresa encontra-se sujeita a impostos sobre os lucros em sede de Imposto sobre o Rendimento das Pessoas
Colectivas – IRC à taxa normal de 12,5% na parte da matéria colectável que não ultrapasse os 12.500€ e 25% na parte
excedente.
A partir de 1 de Janeiro de 2007, os municípios podem deliberar uma derrama anual até ao limite máximo de 1,5% sobre
o lucro tributável sujeito e não isento de IRC. Esta disposição implica que a taxa fiscal utilizada para no cálculo de
impostos diferidos sobre eventuais prejuízos fiscais reportáveis seja de 25% aplicando-se 26,5% para as demais
diferenças temporárias geradas no reconhecimento d imposto sobre lucros do exercício.
Com a publicação da Lei nº12 – A/2010, de 30 de Junho, foi introduzida a derrama estadual, a qual deve ser paga por
todos os sujeitos passivos que apurem, em 2010 e em exercícios futuros, um lucro tributável sujeito e não isento de IRC
superior a 2 milhões de €. A derrama estadual corresponderá a 2,5% da parte do lucro tributável superior ao referido
limite.
A empresa é tributada em sede de IRC juntamente com as suas participadas, pelo Regime Especial de Tributação de
Grupos de Sociedades (“RETGS”).
Todas as situações que possam vir a afectar significativamente os impostos futuros encontram-se relevados por via da
aplicação do normativo dos impostos diferidos.
Os gastos com imposto sobre o rendimento no exercício findo em 31 de Dezembro de 2011 corresponde essencialmente
a:
Rubrica
Resultado antes de imposto
Diferenças permanentes
1.131.668,58
30.128,81
Reversões das diferenças temporárias anteriores
15.503,41
Encargo normal de imposto (inclui derrama)
Tributação Autónoma
Imposto
16.351.029,04
Diferenças temporárias ano
Total
17.528.329,84
5.022.888,99
317.682,27
Imposto corrente
5.340.571,26
Imposto corrente
5.340.571,26
Imposto diferido
45.632,22
Encargo do exercício
54
Base fiscal
5.386.203,48
Os movimentos ocorridos no exercício em resultado da adopção deste normativo, quanto à sua natureza e impacto nas
demonstrações financeiras em 31 de Dezembro de 2011, são como segue:
Saldo inicial
Aumentos
Reversões
Saldo final
40.349,55
0,00
(11.925,00)
28.424,55
364.844,22
0,00
0,00
364.844,22
57.946,60
0,00
(3.578,41)
54.368,19
463.140,37
0,00
(15.503,41)
451.215,36
Provisões não dedutíveis
0,00
0,00
0,00
0,00
Ajustamentos para além dos limites legais
0,00
9.358,31
(39.487,12)
(30.128,81)
Sub total
0,00
9.358,31
(39.487,13)
(30.128,81)
463.140,37
9.358,31
(54.990,53)
417.508,15
Activos por Impostos diferidos
Relativos a exercícios anteriores
Provisões não dedutíveis
Ajustamentos não dedutíveis
Ajustamentos para além dos limites legais
Sub total
Relativos ao exercício
Total de impostos diferidos activo
A reversão das provisões não dedutíveis constituídas em anos anteriores, referem-se essencialmente a garantias de obra
prestadas a clientes.
Outras informações
De acordo com a legislação em vigor, as declarações fiscais estão sujeitas a revisão e correcção por parte das autoridades
fiscais durante um período de quatro anos (cinco anos para a Segurança Social), excepto quando tenham havido
prejuízos fiscais, tenham sido concedidos benefícios fiscais, ou estejam em curso inspecções, reclamações ou
impugnações, casos estes em que, dependendo das circunstâncias, os prazos são alongados ou suspensos. Deste modo,
as declarações fiscais da empresa de 2008 a 2011 podem ser sujeitas a revisão.
O Conselho de Administração entende que as eventuais correcções resultantes de revisões/inspecções por parte das
autoridades fiscais àquelas declarações de impostos não terão um efeito significativo nas demonstrações financeiras em
31 de Dezembro de 2011.
16. INSTRUMENTOS FINANCEIROS
A política do Grupo ProCME (Grupo a que pertence a CME, SA) relativamente aos riscos financeiros é pautada por uma
atitude de prudência, no sentido em que o objectivo principal da gestão de risco financeiro é dar suporte à prossecução
do Plano Estratégico através da redução da exposição aos riscos financeiros e volatilidade associada.
55
A actividade do Grupo PROCME é bastante diversificada e geograficamente dispersa, o que em termos práticos resulta na
exposição a uma diversidade de riscos financeiros, procedendo-se á avaliação da sua materialidade com vista á adopção
(Milhares
de €)
de medidas que permitam mitigar eventuais impactos
negativos
nos resultados.
Por política o Grupo PROCME não contrata derivados ou outros instrumentos financeiros para fins especulativos ou que
não estejam relacionados com a actividade dos seus negócios.
As Finanças Corporativas e os Serviços de Contabilidade e Finanças asseguram a gestão centralizada das operações de
financiamento, das aplicações dos excedentes de tesouraria, das transacções cambiais assim como a gestão do risco de
contraparte da empresa. Adicionalmente, é responsável pela identificação, quantificação e pela proposta e
implementação de medidas de gestão/mitigação dos riscos financeiros a que a empresa se encontra exposta.
De seguida analisam-se de forma mais detalhada os principais riscos financeiros a que a empresa se encontra exposta e
as principais medidas implementadas no âmbito da sua gestão.
16.1. Risco de Crédito
O risco de crédito é definido como a probabilidade de ocorrer um prejuízo ou default financeiro como resultado do
incumprimento de qualquer obrigação contratual de pagamento de uma contraparte. Em termos genéricos o risco de
crédito poderá ser analisado da seguinte forma:
. Risco de Crédito associado a Instrumentos Financeiros
Com o objectivo de reduzir a probabilidade de incumprimento das obrigações contratuais de pagamento de uma
contraparte, as empresas do Grupo PROCME só formalizam operações (aplicações, depósitos, investimentos de curto
prazo e instrumentos financeiros derivados celebrados no decurso normal das operações de cobertura) com contrapartes
de reconhecida solidez.
Relativamente aos excedentes de tesouraria, os mesmos são preferencialmente utilizados no reembolso de
responsabilidades de curto prazo ou então investidos em instrumentos previamente autorizados pela Administração
(normalmente estão excluídos os instrumentos com risco de default do notional ou dos juros).
. Empréstimos concedidos a subsidiárias.
No caso dos empréstimos a subsidiárias, não existe nenhuma politica de gestão de risco de crédito específica, no sentido
em que a actividade e a gestão das participadas são perfeitamente conhecidas pela CME.
56
À data de 31 de Dezembro de 2011 os empréstimos concedidos às subsidiárias são detalhados como se segue:
Entidades
31.12.2011
2.122.000,00
Atlântico Concessões, Ltda
25.000,00
CME Cabo Verde
30.000,00
CME Romania (*)
398.000,00
LTE Energia, Ltda (*)
2.575.000,00
Total
(*) O montante concedido à CME Romania encontra-se totalmente ajustado. A empresa decidiu também ajustar
11.890,64€ (situação liquida negativa da subsidiária) aos empréstimos concedidos à LTE.
. Saldo a receber relacionados com a actividade operacional da empresa
Relativamente aos saldos a receber de clientes e outros devedores, relacionados com a actividade operacional da
empresa, as perdas de imparidade são calculadas considerando:
1. A análise da antiguidade das contas a receber;
2. O perfil de risco do cliente;
3. As condições financeiras dos clientes.
Em 31 de Dezembro de 2011, é convicção do Conselho de Administração que as perdas por imparidade
estimadas em contas a receber se encontram adequadamente relevadas nas demonstrações financeiras.
A antiguidade do saldo da rubrica “ Clientes ” em 31 de Dezembro de 2011 é detalhada como se segue:
Rubrica
Não vencido
Vencido
Total
Quantia bruta
Imparidade
acumulada
Quantia escriturada
liquida
56.170.549,43
0,00
56.170.549,43
38.187.840,02
12.782.865,87
25.404.974,15
94.358.389,45
12.782.865,87
81.575.523,58
16.2. Risco de Liquidez
O Grupo PROCME utiliza regularmente capitais alheios cujo destino é o financiamento das suas actividades operacionais
e de investimento, detendo uma carteira bastante diversificada de financiamentos, essencialmente composta por project
finance, papel comercial e contas correntes caucionadas.
57
Os empréstimos bancários obtidos são registados no passivo pelo seu valor nominal, mensurados ao custo, de acordo
com a NCRF 27.
O montante total dos financiamentos obtidos por entidades financeiras à CME, tem a seguinte descriminação a 31 de
Dezembro de 2011:
Rubrica
31.12.2011
Financiamentos bancários obtidos
Não correntes
Correntes
5.400.000,00
10.645.000,00
Locações financeiras
Não correntes
Correntes
Total
202.033,46
254.900,00
16.501.933,46
Conforme descrito na nota 4) a sociedade dispõe de contas correntes caucionadas e autorizações de descobertos com
limite total de 29.995.000€, encontrando-se disponível cerca de 10.151.347,9€.
Os encargos financeiros relacionados com empréstimos obtidos que sejam directamente atribuíveis à aquisição,
construção ou produção de um activo, são capitalizados como parte do custo desse activo, quando, seja provável que
deles resultarão benefícios económicos futuros para a entidade e tais custos possam ser fiavelmente mensurados. Os
restantes encargos financeiros são reconhecidos como gastos à medida que incorrem.
No decorrer do exercício findo em 31 de Dezembro de 2011 não foram capitalizados para activos quaisquer importância
referente a gastos financeiros.
O objectivo da gestão de risco de liquidez assenta na necessidade de garantir que, em todos os momentos o Grupo
ProCME possui capacidade de fazer face ao serviço da dívida nas datas exigíveis bem como para exercer a sua actividade
corrente e cumprir o plano de investimentos anual.
No plano operacional, a gestão de risco de liquidez assenta, nos seguintes vectores:
. Diversificação das fontes de financiamento e das contrapartes;
. Diversificação dos instrumentos de financiamento;
. Manutenção de programas de papel comercial com prazos variados;
. Negociação antecipada, sempre que possível, de limites de crédito adequados ao plano de investimentos anual;
. Enquadramento das maturidades dos activos e respectivas fontes de financiamento;
. Gestão enquadrada de Factoring e Confirming (clientes e fornecedores), com o objectivo de minimizar o uso de
58
instrumentos de financiamento directo;
. Manutenção de uma reserva mínima de liquidez, sob a forma de linhas de crédito não utilizadas.
Em 31 de Dezembro de 2011 estavam vigentes contratos de crédito sem direito de regresso no montante de
11.218.149,82€, os quais foram registados como redução de contas a receber. Os mesmos são detalhados como se segue:
Entidades
31.12.2011
Banco popular
4.983.092,88
Totta Santander
2.951.228,01
BCP
Total
3.283.828,93
11.218.149,82
16.3. Risco de Taxa de Juro
O Grupo PROCME está exposto ao risco de taxa de juro relativamente aos financiamentos, aplicações financeiras e ao
justo valor de derivados de taxa de juro. Numa perspectiva global, o endividamento consolidado está normalmente
indexado a taxas variáveis.
O processo de gestão do risco de taxa de juro no Grupo PROCME baseia-se em critérios prudenciais, razão pela qual a
actividade de cobertura não persegue qualquer objectivo de rendibilidade de cariz especulativo.
De acordo com a política vigente no Grupo PROCME, para cada derivado ou instrumento utilizado para cobrir o risco
associado a um determinado financiamento, deverá existir uma correspondência significativa entre as datas dos fluxos
de juros pagos nos financiamentos objecto de cobertura e as datas de liquidação contratadas ao abrigo do instrumento
de cobertura para evitar ineficiências materiais na cobertura.
As contrapartes dos instrumentos de cobertura estão limitadas a instituições de crédito com elevada solvabilidade e
qualidade creditícia, privilegiando-se a contratação destes instrumentos com entidades bancárias que mantêm
relacionamento comercial duradouro com o Grupo.
Na determinação do justo valor das operações de cobertura, o Grupo PROCME utiliza as metodologias previstas na NCRF
27.
Todos os instrumentos derivados contratados estão abrangidos por contratos ISDA.
O Grupo procede à contratação de swaps de taxa de juro para cobrir o risco de taxa de juro associado aos pagamentos
futuros de empréstimos directamente relacionados com as actividades de investimento.
59
Os instrumentos que não se qualificam como instrumentos de cobertura contabilística são registados no balanço pelo
seu justo valor e as variações no mesmo são reconhecidas em resultados e as dos demais instrumentos em capital.
16.4. Risco de Taxa de Cambio
No que diz respeito ao risco cambial, o Grupo PROCME segue uma politica de cobertura natural recorrendo a
financiamento em moeda local sempre que as condições de mercado (nomeadamente o nível das taxas de juro) o
aconselhem.
A cotação utilizada para a conversão de moeda estrangeira foi a seguinte:
Câmbio à data
Real Brasileiro
Escudo Cabo Verde
31.12.2011
2,2795
110,265
Nuevos Soles Peru
3,489
SR Arabia Saudita
4,8524
Peso Chile
671,858
16.5. Instrumentos de capital próprio
Em 31 de Dezembro de 2011 o capital da empresa era composto por 266 mil acções com o valor nominal de 50€ cada,
encontrando-se integralmente subscrito e realizado.
De acordo com a legislação comercial em vigor, pelo menos 5% do resultado líquido anual se positivo, tem de ser
destinado ao reforço da reserva legal até que esta represente 20% do capital.
Esta reserva não é distribuível a não ser em caso de liquidação da empresa, mas pode ser utilizada para absorver
prejuízos depois de esgotadas as outras reservas, ou incorporada no capital.
Os dividendos referentes ao exercício de 2010 atribuídos aos accionistas ascenderam, de acordo com a deliberação da
Assembleia-geral datada de 25 de Novembro de 2011 a 3,625 M€, tendo o seu pagamento ocorrido em Dezembro de
2011.
17. EMPREGADOS
Os principais benefícios sociais concedidos aos trabalhadores estão referidos no ponto 3.9.
O número médio de pessoas da empresa, no exercício foi de 1.123.
60
18. DIFERIMENTOS
Em 31 de Dezembro de 2011 e 2010 as rubricas do activo corrente e do passivo corrente - diferimentos apresentavam a
seguinte composição:
31.12.2011
31.12.2010
91.412,69
193.607,90
Rendas e alugueres
193.366,54
193.366,54
Outros
240.073,37
158.898,94
Total
524.852,60
545.873,38
17.845.951,30
19.701.669,07
1.846.749,86
1.111.925,98
19.637.842,34
20.813.595,05
Diferimentos activos
Seguros
Diferimentos passivos
Obras plurianuais e outros diferimentos de proveitos
Outros
Total
19. ADIANTAMENTOS DE CLIENTES E ADIANTAMENTOS A FORNECEDORES
Durante os exercícios findos em 31 de Dezembro de 2011 e 2010, não houve movimentos na rubrica de “adiantamentos
de clientes” e a rubrica de “adiantamentos a fornecedores” apresentava a seguinte composição:
Adiantamentos a Fornecedores
31.12.2011
31.12.2010
1.010.302,40
1.047.789,66
61
20. ESTADO E OUTROS ENTES PÚBLICOS
Em 31 de Dezembro de 2011 e 2010, as rubricas de “Estado e outros entes públicos” apresentavam a seguinte
composição:
31.12.2011
31.12.2010
Activo
Passivo
Activo
Passivo
Imposto sobre o rendimento das pessoas colectivas
0,00
8.056,28
2.969,15
8.505,19
Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Singulares
0,00
241.991,45
118,20
229.614,79
1.588.402,65
75.557,32
2.369.803,40
106.925,89
0,00
789.136,46
0,00
479.768,73
80.131,44
9.610,08
80.131,44
9.244,71
1.668.534,09
1.124.351,59
2.453.022,19
834.059,31
Imposto sobre o Valor Acrescentado
Contribuições para a Segurança Social
Outros
Total
21. RÉDITO
Em 31 de Dezembro de 2011 e 2010, a rubrica de “Vendas e Serviços prestados” apresentava a seguinte composição:
31.12.2011
31.12.2010
Venda de mercadoria
18.244.482,39
818.573,48
Prestação de serviços
190.296.529,67
188.588.632,05
66.330,49
782.967,24
(28.282,99)
0,00
9.559.895,94
680.850,79
218.138.955,50
190.871.023,56
Adiantamento de prestações de serviços
Descontos em Prestação de serviços
Acréscimos e Antecipações de proveitos
Total
62
22. FORNECIMENTOS E SERVIÇOS EXTERNOS
A rubrica de”Fornecimentos e serviços externos” nos exercícios findos em 31 de Dezembro de 2011 e 2010 é detalhada
conforme se segue:
31.12.2011
31.12.2010
76.843.402,66
66.991.426,93
8.422.259,21
10.003.682,43
288.808,51
236.364,89
1.282.207,89
817.848,77
Honorários
121.922,92
122.452,73
Conservação e reparação
976.455,93
1.138.440,31
699.106,11
848.012,89
Energia e fluidos
2.755.669,24
2.478.581,11
Deslocações, estadas e transportes
2.422.610,73
2.104.175,52
6.924.350,98
6.114.222,27
Comunicação
883.355,58
1.133.381,63
Seguros
828.195,24
781.812,00
81.758,62
80.683,25
Limpeza higiene e conforto
131.731,57
136.335,72
Outros serviços
769.576,82
665.534,24
103.431.412,01
93.652.954,69
Subcontratos
Serviços especializados
Trabalhos especializados
Publicidade e propaganda
Vigilância e segurança
Materiais
Serviços diversos
Rendas e alugueres
Contencioso e notariado
Total
63
23. GASTOS COM O PESSOAL
A rubrica de “Gastos com o pessoal”, nos exercícios findos em 31 de Dezembro de 2011 e 2010 é detalhada conforme se
segue:
Remuneração do pessoal
Encargos sobre remunerações
Seguros de acidente trabalho e doenças profissionais
Outros gastos com pessoal
Total
31.12.2011
31.12.2010
22.729.974,48
22.787.128,20
4.043.680,64
4.152.030,20
438.231,28
424.992,43
4.413.507,27
3.385.071,68
31.625.393,67
30.749.222,51
Na rubrica de outros gastos com pessoal estão registados os encargos com pessoal em regime de trabalho temporário.
24. AMORTIZAÇÕES
O detalhe da rubrica de “Gastos / reversões de depreciação e de amortização”, nos exercícios findos em 31 de Dezembro
de 2011 e 2010 é detalhada conforme se segue:
31.12.2011
31.12.2010
54.505,13
53.199,97
Activos fixos tangíveis
1.264.909,29
1.684.091,16
Total
1.319.414,42
1.737.291,13
Intangíveis
64
25. OUTROS RENDIMENTOS E GANHOS
O detalhe da rubrica de “Outros rendimentos e ganhos”, nos exercícios findos em 31 de Dezembro de 2011 e 2010 é
detalhada conforme se segue:
31.12.2011
31.12.2010
11.997.647,35
10.845.057,68
135.029,65
141.209,45
Diferenças de câmbio
60.051,43
11.355,35
Rendimentos e ganhos em investimentos não financeiros
12.997,24
93.275,75
437.367,42
2.542.436,49
12.643.093,09
13.633.334,72
Rendimentos suplementares
Descontos de pronto pagamento obtidos
Outros
Total
26. OUTROS GASTOS E PERDAS
O detalhe da rubrica de “Outros Gastos e perdas”, nos exercícios findos em 31 de Dezembro de 2011 e 2010 é detalhada
conforme se segue:
31.12.2010
31.12.2009
330.770,46
398.934,92
0,00
4.150,84
480.000,32
418.932,63
7.989,95
17.721,60
742,95
8.933,87
Outros
2.150.663,58
2.165.561,28
Total
2.970.167,26
3.014.235,14
Impostos
Descontos de pronto pagamento concedidos
Dívidas incobráveis
Gastos e perdas em investimentos não financeiros
Diferenças de câmbio
65
27. JUROS E OUTROS RENDIMENTOS E GASTOS SIMILARES
Os gastos e perdas de financiamento reconhecidos no decurso dos exercícios findos em 31 de Dezembro de 2011 e 2010,
são detalhados conforme se segue:
31.12.2011
31.12.2010
842.248,85
474.722,00
19.058,67
10.205,94
344.170,39
189.290,73
Outras perdas financeiras
1.090.687,77
388.462,21
Total
2.296.165,68
1.062.680,88
Juros Suportados
Financiamentos obtidos
Locações financeiras
Papel comercial
Os juros e outros rendimentos similares reconhecidos no decurso dos exercícios findos em 31 de Dezembro de 2011 e
2010, são detalhados conforme se segue:
31.12.2011
31.12.2010
Depósitos bancários
68.719,63
15.091,54
De outras aplicações de meios financiamento liquido
47.644,46
76.459,75
0,00
831.921,27
65.976,39
100.570,94
2.719.031,18
580.767,50
0,00
1.415,17
9.316,56
3.674.115,99
2.910.688,22
5.280.342,16
Juros Obtidos
Financiamentos concedidos a associadas
Financiamentos concedidos a subsidiárias
Financiamentos concedidos à empresa mãe
Outros
Outros rendimentos similares
Total
66
28. RESULTADO POR ACÇÃO
O resultado por acção dos exercícios findos em 31 de Dezembro de 2011 e 2010 foi determinado conforme se segue:
Resultado liquido do exercício
Número de acções
Resultado por acção básico
31.12.2011
31.12.2010
10.964.825,56
8.080.590,37
266.000
266.000
41,22
30,38
29. . INCENTIVO FISCAL NO ÂMBITO DO SISTEMA DE INCENTIVOS À INVESTIMENTO E DESENVOLVIMENTO (QREN)
Tendo a empresa suportado, em anos anteriores, despesas com investigação e desenvolvimento, susceptíveis de serem
elegíveis para efeitos de aproveitamento do Sistema de Incentivos Fiscais em investigação e Desenvolvimento
Empresarial (SIFIDE), previsto na Lei nº 40/2005, de 3 de Agosto, tinham sido preparadas e entregues as candidaturas
dirigidas à Comissão Certificadora para os Incentivos Fiscais à I&D Empresarial, tendo-se obtido as declarações
comprovativas de que as actividades realizadas nos exercícios 2008 e 2009 correspondiam efectivamente a acções de
I&D, sendo que o montante de crédito fiscal ascendia aproximadamente a 1.580.720,26€.
Durante o ano de 2011, as candidaturas foram analisadas e deferidas pela Comissão Certificadora para os Incentivos
Fiscais à I&D Empresarial, nos montantes de 319.907,07€ e 897.639,22€ para os anos de 2008 e 2009, respectivamente.
Para o ano de 2010, foi preparada nova candidatura dirigida à Comissão Certificadora, de forma a obter a declaração
comprovativa de que as actividades realizadas no exercício de 2010 correspondiam efectivamente a acções I&D,
originando um crédito de imposto que ascende a 301.115,90€.
67
68
CERTIFICAÇÃO LEGAL
DAS CONTAS
E
RELATÓRIO E PARECER
DO FISCAL ÚNICO
69
INTRODUÇÃO
1. Examinámos as demonstrações financeiras da CME - CONSTRUÇÃO E MANUTENÇÃO ELECTROMECÂNICA, S.A., as quais
compreendem o Balanço em 31 de dezembro de 2011 (que evidencia um total de 220.464.768 euros e um total de capital
próprio de 74.633.920 euros, incluindo um resultado líquido de 10.964.826 euros), a Demonstração dos resultados por
naturezas, a Demonstração das alterações no capital próprio, a Demonstração dos fluxos de caixa do exercício findo
naquela data, e o correspondente Anexo.
RESPONSABILIDADES
2. É da responsabilidade do Conselho de Administração a preparação de demonstrações financeiras que apresentem de
forma verdadeira e apropriada a posição financeira da Empresa e o resultado das suas operações, as alterações no seu
capital próprio e os fluxos de caixa, bem como a adoção de políticas e critérios contabilísticos adequados e a manutenção
de um sistema de controlo interno apropriado.
3. A nossa responsabilidade consiste em expressar uma opinião profissional e independente, baseada no nosso exame
daquelas demonstrações financeiras.
ÂMBITO
4. O exame a que procedemos foi efectuado de acordo com as Normas Técnicas e as Directrizes de Revisão/Auditoria da
Ordem dos Revisores Oficiais de Contas, as quais exigem que o mesmo seja planeado e executado com o objectivo de
obter um grau de segurança aceitável sobre se as demonstrações financeiras estão isentas de distorções materialmente
relevantes. Para tanto o referido exame incluiu:
. a verificação, numa base de amostragem, do suporte das quantias e divulgações constantes das demonstrações
financeiras e a avaliação das estimativas, baseadas em juízos e critérios definidos pelo Conselho de
Administração, utilizadas na sua preparação;
. a apreciação sobre se são adequadas as políticas contabilísticas adoptadas e a sua divulgação, tendo em conta
as circunstâncias;
. a verificação da aplicabilidade do princípio da continuidade;
. a apreciação sobre se é adequada, em termos globais, a apresentação das demonstrações financeiras; e
. a verificação da concordância da informação financeira do relatório de gestão com as demonstrações
financeiras.
5. Entendemos que o exame efectuado proporciona uma base aceitável para a expressão da nossa opinião.
CERTIFICAÇÃO LEGAL DAS CONTAS
70
OPINIÃO
7. Em nossa opinião, as referidas demonstrações financeiras apresentam de forma verdadeira e apropriada, em todos os
aspectos materialmente relevantes, a posição financeira da CME - Construção e Manutenção Electromecânica, S.A., em 31
de Dezembro de 2011, o resultado das suas operações, as alterações no seu capital próprio e os fluxos de caixa no
exercício findo naquela data, em conformidade com os princípios contabilísticos geralmente aceites em Portugal.
RELATO SOBRE OUTROS REQUISITOS LEGAIS
8. É também nossa opinião que a informação constante no relatório de gestão é concordante com as demonstrações
financeiras do exercício.
Lisboa, 16 de Março de 2012
OLIVEIRA, REIS & ASSOCIADOS, SROC, LDA.
Representada por
José Vieira dos Reis, ROC nº 359
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Senhores Accionistas,
1. Nos termos das disposições legais e estatutárias cumpre-nos elaborar relatório e emitir parecer sobre os documentos
de prestação de contas da CME - Construção e Manutenção Electromecânica, S.A., referentes ao exercício findo em 31 de
Dezembro de 2011.
2. No âmbito das nossas competências, procedemos às verificações previstas na lei e nos estatutos, acompanhámos
regularmente a actividade da Sociedade e analisámos os livros e registos contabilísticos.
3. O Relatório de Gestão apresentado pelo Conselho de Administração descreve o enquadramento e a evolução da
actividade e contém a proposta de aplicação dos resultados.
4. Procedemos à verificação dos documentos de prestação de contas apresentados pelo Conselho de Administração e
emitimos a Certificação Legal das Contas, na qualidade de Revisores Oficiais de Contas, a qual consideramos parte
integrante deste relatório.
5. Face ao que antecede, somos de parecer que:
. merecem aprovação o Relatório de Gestão, o Balanço em 31 de Dezembro de 2011, a Demonstração dos
resultados por naturezas, a Demonstração das alterações no capital próprio, a Demonstração dos fluxos de caixa
do exercício de 2011 e o respectivo Anexo;
. merece aprovação a proposta de aplicação dos resultados apresentada pelo Conselho de Administração.
Lisboa, 16 de Março de 2012
OLIVEIRA, REIS & ASSOCIADOS, SROC, LDA.
Representada por
José Vieira dos Reis, ROC nº 359
RELATÓRIO E PARECER DO FISCAL ÚNICO
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