O SER DA VIDA
CONSAGRADA
O QUE A VIDA RELIGIOSA
NÃO É (ESSÊNCIA)
1 - “ESTADO DE PERFEIÇÃO”
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Há uma visão tradicional
- fala da motivação básica para entrar na vida
religiosa – para “chegar até a perfeição”
- quer dizer que não pode fazer isso vivendo nas
outras vocações.
- “qual é a vocação mais sublime?” – claro que
a vida religiosa sempre saiu no 1º lugar
- religiosos tiveram um monopólio sobre a
santidade
- Lumem Gentium - párg. 110 sg. – “todos os
batizados são chamados à santidade”
Resultados:
1 – perdemos o monopólio
2 – saída impressionante da vida
consagrada por falta de motivação
3 – a motivação então para entrar na vida
consagrada não pode ser para
chegar até a perfeição – já temos
essa obrigação pelo batismo
4 – o ser da vida consagrada tem que ser
outra coisa em sua motivação
5 – o mal que essa orientação trouxe
à vida consagrada - perfeccionismo
2 - QUE A VIDA RELIGIOSA TEM UM
FUNDAMENTO BÍBLICO
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Sempre foi dito em livros espirituais que Jesus
fundou a vida consagrada
essa orientação veio do Concílio de Trento que
frisou 3 textos evangélicos sobre os três
votos provando que Cristo fundou o ser da
vida consagrada baseada nos votos
Os biblistas de hoje nos dizem que os 3 textos
não falam nada da vida religiosa e,pior,
nada sobre os votos religiosos
Os padres do deserto nunca disseram que
Cristo fundou a vida consagrada
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Se fosse fundada por Cristo, a vida religiosa teria
começado logo depois de Pentecostes e
sabemos que realmente começou como um
movimento na Igreja só no fim do século terceiro
Os padres do deserto disseram que não houve um
fundamento bíblico, mas sim uma inspiração
bíblica na vida religiosa
Não é para viver somente três textos, mas viver a
Bíblia toda como uma guia de vida e de
consagração
Essa orientação de Trento tirou a vida consagrada
duma reflexão mais profunda sobre o ser da vida
consagrada.
ÊNFASE NO FAZER
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O que me faz religioso, portanto, é o que faço
Dirigiu a vida religiosa para um ativismo sem freios
onde coisas essenciais (oração/comunidade) foram
colocados em segundo lugar. “Meu trabalho é
minha oração” foi a falsa crença desse erro
Mais tarde nessariamente houve tempo forte de crise
de identidade por causa dessa razão errada:
- 3ª e 4ª idades – não podia fazer como antes
e entraram em crise: “não sou bom religioso”
- doenças = considerado um peso na
comunidade: “ele não faz nada”
- fechamento de obras (ficamos sem
trabalho e pior sem alternativas criativas)
Ênfase nas Estruturas
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A própria Lei Canônica frisou a necessidade de
uma porção de “leis” ou estruturas
(monásticas) na vivência de consagração
Alguns confundiram a “lei” ou estrutura com o
“espírito” e com o ser da vida consagrada
O perigo de absolutizar estruturas como se
fossem o ser da vida consagrada
Houve resistências fortes contra mudanças
Mas quem não muda com os tempos morre!
Quando veio os questionamentos sobre o valor
de certas estruturas tradicionais (monásticas)
muitos entraram em crise de identidade.
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Alguns ficaram parados no tempo e resistirem as
mudanças necessárias (“sempre foi feito
assim”) e a congregação começou a morrer porque
não atraiu novas vocações
Não é a estrutura que é essencial na vida consagrada,
mas o ESPÍRITO atrás da estrutura qeu vale
CONCLUSÃO: Se o ser da vida
consagrada não são essas motivações
erradas, então qual foi a orientação
original dos Padres do Deserto sobre o
“SER” da vida consagrada?
O SER DA VIDA
CONSAGRADA
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Um pouco da história
– CEB’s no começo da Igreja –fé intensa
– Perseguições, martírio como o grande sinal
da radicalidade na fé.
– Constantino – Edito de Milão em 313 – com
isso a Igreja perdeu seu sinal de
radicalidade
– Doação dos Estados Pontifícios por Pepino
pai de Carlos Magno – Igreja um poder
político
– Corrupção na Igreja – esfriamento da fé
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Alguns homens e depois mulheres foram para “o
deserto” para poderem viver sua fé batismal com
mais radicalidade – “FUGA MUNDI”
MODELOS DA VIDA CONSAGRADA:
- eremitas (Antão)
- eremitas em comunidade (Pacômio)
- monasticismo (São Bento)
- ordens mendicantes (½ monge – ½
pregadores itinerantes)
- Jesuítas – rejeitaram totalmente a
estrutura de monasticismo
- congregações apostólicas
O ser da vida consagrada
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O ser da vida consagrada é tão simples que é
chocante. Como leis e estruturas têm tirado o espírito
do projeto original da vida consagrada
Os Padres do deserto perceberam que o ser da vida
consagrada foi profundamente enraizado na
consagração BATISMAL.
1 - E a vivência dessa aliança foi reduzida para dois
mandamentos por Jesus Cristo (Mc 12, 28-31)
– AMAR A DEUS DE TODO SEU CORAÇÃO
– AMAR AO PRÓXIMO COMO A SI MESMO
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Toda a consagração religiosa é simplesmente isso.
Uma aliança de amor entre Deus e seu
consagrado/a
Fala de amor e não de leis e estruturas. Como
complicamos demais nossa vida consagrada do ideal
original dos padres do deserto.
2 - Os padres do deserto perceberam que não podiam
viver essa aliança de amor sem consagração.
Consagração significou para eles: “pertencer a
Deus 100%”. Tudo que eu sou pertence a Deus:
presente,passado e futuro como um dom
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3 – Os padres do deserto foram os primeiros a
admitir que essa vivência é impossível a viver 100%
Por isso eles assumirem uma vida inteira de
CONVERSÃO cada vez mais se entregando para
morrer a si mesmo por amor para viver o 100%.
A vida consagrada então é um processo onde
caminho para viver o 100% da aliança do Batismo:
amar a Deus de todo meu coração e, por causa de
Deus, amar meu próximo numa forma radical.
EIS A SIMPLICIDADE DO PROJETO
ORIGINAL
 Amar a Deus e ao próximo numa forma
radical/ consagração/ conversão
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Todo o resto na vida consagrada é
secundário diante do projeto do amor
batismal.
Votos, pobreza, castidade, obediência,
vida em comunidade e vida apostólica
tirem sua força e ânimo do amor batismal
e não vive-versa.
Não sou pobre para ser pobre. Mas sou
pobre PARA AMAR A DEUS E AO
PRÓXIMO.
Não sou casto porque não posso me
casar. Sou casto para AMAR A DEUS E
AO PRÓXIMO NUMA FORMA RADICAL
Não sou obediente para dizer “sim”. Sou
obediente para AMAR A DEUS E AO MEU
PRÓXIMO.
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A frase que os padres do deserto usaram para
descrever essa essência foi “ Viver o Primado do
Absoluto”. Na vida dum religioso existe somente
“um Absoluto = Deus” e, por isso, tudo o resto é
relativo, secundário, “lixo”.
Ninguém é capaz de viver esse projeto 100% por uma
porção de razões. Por isso um religioso assume uma
vida inteira de conversão caminhando para o
100%.
Tudo então que um religioso consagrado é ou faz,
mais cedo ou mais tarde deveria ser dirigido a Deus
em culto e adoração. Nossa vida é uma liturgia
constante.
4 BASES TEOLOGICAS DA
VIDA CONSAGRADA
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A – CONSAGRAÇÃO
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B – MISSÃO PROFÉTICA
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C – VIDA EM COMUNIDADE
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D – PROFISSÃO PÚBLICA
CONSAGRAÇÃO
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O alicerce sempre é o mesmo: viver a aliança do
batismo em sua radicalidade – aliança de amor
Os vários sentidos da palavra “consagração”
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1 – FAZER ALGO SAGRADO
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– Esse algo na vida consagrada é nossa
totalidade – presente/passado e futuro
– Queremos fazer dessa totalidade um dom ao
Pai por Cristo no Espírito Santo.
– Segundo esse sentido tudo que somos e
fazemos, mais cedo ou tarde, queremos dirigir
a Deus em culto e adoração
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
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queremos que essa totalidade pertença a Deus
numa forma radical – é TUDO; é radical
Essa totalidade contém todas as maravilhas de
nossa pessoa – dons, talentos, sucessos, passado
Mas também inclui as coisas difíceis que
carregamos de nosso passado ou presente –
limitações, pecados, infidelidades, incoerências
Não podemos nos dividir – o pacote todo quero
oferecer a Deus em culto e adoração
Essa sentido fala de radicalidade e toca
profundamente em nossas motivações
interiores
Quem vive na alegria esse conceito se sente
profundamente realizado até com as coisas
difíceis
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2 – DEDICAR ALGO SOMENTE A

A Igreja já consagra coisas a Deus
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Altares, cálices, capelas e Igrejas
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Depois da consagração eles perdem sua identidade
material e torna-se algo puramente
espiritual e dedicado somente a Deus
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Não pode mais usar essas coisas como se fossem por
uso comum – somente podem ser usadas na
LITURGIA porque agora elas pertencem a Deus.
DEUS
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Mas a Igreja também consagra PESSOAS
Depois da consagração religiosa a pessoa toda
pertence a Deus – é sagrada – é dedicada
somente a Deus.
Sua vida torna-se em uma liturgia continua;
nossa vida em si é culto e adoração e tudo que
fazemos deve ser orientado para Deus como dom
Por esse conceito o religioso vive em e por Deus
em tudo – 100%. Eu vivo e respiro por Deus
Um religioso é um ser consagrado-pertence a Deus
Há dois lados nesse conceito – diante do meu
pertencer a Deus, Deus quer nos amar numa
forma toda especial
3 – OFERECER ALGO EM
SACRIFÍCIO A DEUS
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Os padres do deserto reconheceram que as
perseguições e o martírio na Igreja acabaram. A
Igreja precisou de um novo sinal de
radicalidade.
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Os padres escreveram que a vida consagrada é um
martírio lento – o novo sinal de
radicalidade na Igreja
A reflexão deles foi baseada no sacrifício do
holocausto no Antigo Testamento
No sacrifício do holocausto a vitima oferecida foi
totalmente destruída pelo fogo e mudou-se em
fumaça que subiu até o trono de Deus.
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No Novo Testamento essa mesma idéia foi
apresentada por João e Paulo que disseram que agora
quem está em cima do altar é “ o cordeiro de
Deus” que ficou totalmente destruído na cruz e
mudou-se em “fumaça” e foi até a presença do Pai
como um dom agradável
Os Padres do deserto usou essa mesma imagem para
dizer que agora quem está no altar é o consagrado/a
que lentamente entra num processo de holocausto
O religioso através de uma vida de conversão e
ascese pouco a pouco morre para o velho
homem/mulher e se muda em fumaça agradável ao
trono de Deus. O processo vai até a morte.
Fala da libertação de tudo que não deixa o
consagrado a viver na plenitude sua consagração
CONCLUSÕES
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1 – os três elementos da palavra de consagração estão
falando de um caminho de libertação para
amar a Deus e ao próximo
2 – é um projeto por toda vida – o 100%
3 – consagração é um meio para viver na plenitude
a aliança do batismo: amar a Deus de todo seu
coração e ao seu próximo
4 – conceito de PERMANÊNCIA – uma vez
consagrado deve ser por toda vida.
5 – nova idéia da vocação religiosa TEMPORÁRIA
6- a noção de conversão é essencial.
MISSÃO PROFÉTICA
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A essência da vida consagrada é um SER = amar a
Deus e ao próximo, a aliança do batismo
Mas os Padres do deserto em viver essa essência de
amor descobriram seu maior FAZER na Igreja
Vivendo na radicalidade e na autenticidade seu
batismo, os padres do deserto se tornaram os
novos profetas na Igreja e no mundo
Profecia, portanto, faz uma parte essencial da vida
consagrada. Eles foram as novas “nabi” ou
“bocas de Deus” na Igreja
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Por profecia os Padres entenderam que eles foram
mandados por Deus para ser a memória da
Igreja, isto é:
vivendo na radicalidade seu batismo, os
religiosos/as lembraram o resto da Igreja o
que ele deve estar vivendo – a aliança
do batismo – a aliança de amor
eles serviam como uma luz para o resto da
sociedade cristã, e um animo para que A Igreja
vivesse sua vocação batismal
E vice-versa – o resto da Igreja tem o direto para
olhar para seus consagrados para tirar essa
esperança deles
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O segundo sentido de profeta foi assumir
a ser “ a consciência da Igreja”
Desde o começo os Padres nunca tiveram
medo de corrigir os erros acontecendo na
Igreja do Papa até ao mais humilde
Eles apontaram os desvios da vivência
da aliança do batismo
Isto é claro que muitos vezes trouxe
sofrimentos e perseguições para os
religiosos/as
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A vida profética da vida religiosa seguiu as duas
dinâmicas dos Profetas do Antigo Testamento:
ANUNCIAR
 DENUNCIAR
 A - ANUNCIAR:
Nosso mundo moderno está em necessidade de muito
anuncio dos princípios do reino
1 – O Sagrado = cada vez mais o mundo está
tentando apagar e livrar-se da presença de Deus
Para poder profetizar aqui os religiosos precisam ser
de fato homens e mulheres “DE DEUS” para
mostrar o Sagrado. Eles mostram isso através de uma
vida de oração e de liturgia.
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Eles mostram por exemplo de vida que eles
pertencem ao “Sagrado” – são consagrados
2 – FRATERNIDADE – o mundo está destruindo
muitos sinais de fraternidade e, por isso, um religioso
assume uma vida de fraternidade vivida em comum –
é profecia de amor e de partilha
Amam o mundo, mas não são “seduzidos” pelos
valores do mundo
3 – CORAGEM DE VIVER VALORES
EVANGÉLICOS - Vivem valores de amor,
pobreza, castidade e obediência para mostrar esses
contra-valores ao mundo. Coragem de ser
diferentes
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4 – nossa espiritualidade congregacional
Agora congregações querem partilhar com
toda a Igreja sua rica espiritualidade herdada
de seus e suas fundadores/as
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5 – buscar a vontade do Pai em
tudo – O mundo entrou num fechamento
doentio para evitar a busca da verdade que
liberta. Precisamos mostrar que fazemos isso
na oração/na liturgia/ na fraternidade.
Coragem para sermos diferentes
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B – DENUNCIAR
Basicamente um religioso/a é chamado a denunciar
qualquer coisa ou pessoa que não permitem que
o povo de Deus vivessem a aliança de
amor de seu batismo
Denunciamos tudo que ofenda a dignidade do ser
humano como criação amada do Pai
Aqui entra o entrosamento fiel dos religiosos na luta
dos pobres por seus direitos. Tantos sinais de
desigualdade imoral em nossa sociedade LatinoAmericana
Denunciar a triste situação que nossa juventude
precisa enfrentar na propaganda de coisas
não evangélicas
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Há dois tipos de DENUNCIA
1 – Denuncia passiva = Denuncia passiva é
simplesmente vivendo nossa vida consagrada no meio
da sociedade
Isto deve ser feito especialmente nos lugares onde
moram nossos pobres e desesperados (inserção)
Nossa vida é uma profecia de tantos valores
evangélicos – só vivendo nossa vida na autenticidade
coloca a sociedade em questionamento sobre
seus valores.
Mas quando não dá certo, precisamos passar para
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Denuncia ativa:
Denuncia ativa acontece quando toda a comunidade
religiosa assume a profetizar ativamente
numa denuncia. Deve ser uma decisão
comunitária com a participação de todos, mas em
graus diferentes
Usamos qualquer meio social para mostrar o mal
que está acontecendo e destruindo a dignidade
humana (entrevistas na TV; jornais; revistas, rádio)
Com denuncia ativa sempre haverá sua reação na
forma de perseguição e até de martírio
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ALGUMAS CONCLUSÕES SOBRE A PROFECIA
Não pode ter denuncia sem
também ter o anuncio do reino – foi
o grande erro do passado
As novas gerações depois do
Concílio e de varias CELAM tem
menos sentido do social do que no
passado - Precisam de um curso
sobre a realidade brasileira
C – VIDA EM COMUNIDADE
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Quando falamos da vida comunitária dentro do
contexto da vida consagrada sempre há dois
elementos que são diferentes mas interrelacionados:
1 – “a comunidade apostólica” – isto significa
a maneira que a comunidade se organiza em suas
estruturas internas. O ideal é como Cristo vivia com
os doze e como as primeiras comunidades Cristãs nos
Atos dos Apóstolos. Inclui elementos como sua
espiritualidade e fraternidade
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2 – “comunidade em missão” – esse elemento
significa que a comunidade por amor precisa sair
de si mesmo para poder servir aos outros,
especialmente aos pobres e abandonados.
Fala do carisma fundacional (serviço específico)
Esse elemento precisa muito do primeiro elemento,
especialmente sua espiritualidade para purificar
muito suas motivações interiores e vice-versa.
UMA DEFINIÇÃO TEOLÓGICA DA
VIDA EM COMUNIDADE
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A vida comunitária
na vida religiosa(consagração é o que é
comum e que nos une)
é, ou melhor quer ser (processo)
Uma realização histórica (aqui e agora)
Da comunhão Trinitária (amor radical)
Vivida em fraternidade livre (opção livre)
E em serviço ao homem e ao mundo.
(carisma congregacional)
Algumas qualidades evangélicas
numa comunidade religiosa
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1 – ALCOLHEDORA: isto significa a aceitação da
totalidade dos outros membros da comunidade
A aceitação das coisas boas: talentos/ dons/ seu
passado/ seu valor/ trabalhos dentro e fora da
comunidade
Mas também exige a aceitação das coisas difíceis
nessa pessoa: defeitos, limitações/ pecados/ fraquezas,
etc.
Segundo o Evangelho não podemos
dividir a pessoa – aceitar o bom e rejeitar
o mal.
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Significa que somos capazes de contemplar nossos
irmãos/as e ver o “rosto do Criador “ neles. Eles
refletem o Criador se tenhamos a paciência para
buscar
Mas significa sobretudo que sou capaz de acolher o
diferente no outro e não encarar essa diferença
como uma ameaça em minha vida. É para
apreciar e não condenar
Precisamos de muita coragem e
honestidade para perceber que as vezes nós somos
a causa da dificuldade no acolhimento e não o outro.
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2 – PERDOANTE – Somos por natureza um grupo
de imperfeitos vivendo em comunidade.
Por causa disso reunimos juntos para apoio na
vivência radical da aliança de nosso batismo
Sendo imperfeitos vamos ofender uns aos
outros. Uma realidade bruta da vida comunitária.
Ninguém escapa essa realidade
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A maioria das ofensas não são grandes e fáceis
para perdoar se haja generosidade no coração
Mas pode ser que haja uma ofensa maior e mais
séria. Isto vai precisar um processo de perdão
O PROBLEMA DO KILO é nosso inimigo
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3 – CONVERSÃO –
Conversão no fim é uma questão pessoal – sou
eu que precisa fazer minha opção de fidelidade
Mas há também um tipo de conversão quando todos
os membros duma comunidade são
chamados a entrar na conversão
A comunidade precisa de meios para ficar sensível
aos apelos do Espírito Santo chamando todos a
mudança em seu interior consagrado.
A comunidade assume sua imperfeição e busca sair
dela por amor
Sem conversão comunitária a comunidade corre o
perigo de cair no comodismo e na falsidade
sem profecia.
D– PROFISSÃO PÚBLICA
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O ato de profissão é um ato eclesial – pertence à
Igreja
A Igreja no dia da profissão promete o seguinte:
- acolhe seu desejo de viver a consagração e
viver seu batismo numa forma radical
- abençoa esse desejo em nome de toda a
comunidade da Igreja
- promete apoio na caminhada para o 100%,
especialmente através dos sacramentos da
Eucaristia e da Reconciliação
- dá carteira de identidade na Igreja –
você é consagrado/a
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A Congregação também no ato de
consagração promete:
– Acolhe sua pessoa em sua fraternidade
– Promete apoio através de meios para
conseguir a fidelidade (Constituições)
– Partilha com o consagrado sua
herança do carisma congregacional e
mande em missão para cumprir esse
carisma na Igreja
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O SER DA VIDA CONSAGRADA