Petrobras
apresenta
Grupo Galpão em
Direção:
Gabriel Villela
Gênero: Fábula Trágica
Duração: 90 minutos
Classificação: livre
www.grupogalpao.com.br
Sinopse: A fábula “Os Gigantes da Montanha” narra a chegada de uma companhia
teatral decadente a uma vila mágica, povoada por fantasmas e governada pelo Mago
Cotrone. Escrita por Luigi Pirandello, a peça é uma alegoria sobre o valor do teatro (e,
por extensão, da poesia e da arte) e sua capacidade de comunicação com o mundo
moderno, cada vez mais pragmático e empenhado nos afazeres materiais. A 21ª
montagem da companhia celebra o retorno da parceria com Gabriel Villela, que assina
também a direção de espetáculos marcantes do grupo, como “Romeu e Julieta” (1992)
e “A Rua da Amargura” (1994).
Comunicação Grupo Galpão:
Beatriz França – Coordenadora de comunicação
Ana Carolina Diniz – Analista de comunicação
Tel.: (31) 3463-9186 | E-mail: [email protected]
GRUPO GALPÃO apresenta espetáculo com direção de GABRIEL VILLELA
O espetáculo “Os Gigantes da Montanha” recebeu em 2013 o Prêmio Melhores
do Ano pelo Guia Folha de São Paulo, na categoria melhor estreia, e o Prêmio
Questão de Crítica, na categoria Melhor Direção Musical - Trilha Sonora Original.
Este ano levou o Prêmio Copasa Sinparc de Artes Cênicas,
na categoria Maior Público - Melhor Figurino.
Após a montagem de dois espetáculos com textos do Tchékhov e adaptações de
contos do autor russo para o cinema, o coletivo balzaquiano se propõe a uma nova
ousadia: levar para a rua o verso erudito de Luigi Pirandello. Autor conhecido por seus
questionamentos com relação ao fazer teatral e aos elementos da carpintaria cênica,
conduzir Pirandello para fora dos limites do palco italiano se traduz em mais um
instigante desafio para o Galpão.
Peça “Os Gigantes da Montanha”
Direção: Gabriel Villela
Estreia: maio de 2013 (Belo Horizonte)
Trajetória: 64 apresentações em 35 cidades com 114.453 espectadores.
Crítica: “Com o espetáculo Os Gigantes da Montanha fica mais uma vez provado que a
química teatral de Galpão + Gabriel Villela alcança resultados mágicos de imaginação e
beleza.” (trecho da crítica publicada por Barbara Heliodora, no Jornal O Globo)
Premiações: “Melhores do ano 2013”: Melhor estreia teatral de 2013, segundo o Guia
da Folha de São Paulo. “Prêmio Questão de Crítica 2013”: Direção Musical e Trilha
Sonora Original. “Prêmio Copasa Sinparc de Artes Cênicas 2014”: Maior Público e
Melhor Figurino.
Quando morreu vítima de forte pneumonia, em 1936, Pirandello ainda não havia
concluído “Os Gigantes da Montanha”, que possui apenas dois atos. Em leito de morte,
o autor relatou ao filho Stefano um possível final, que aparece indicado como sugestão
para o terceiro ato. Para o Galpão, o fascínio de montar essa fábula está em sua
incompletude, que lhe atribui característica de obra aberta, possibilitando múltiplas
leituras e interpretações.
O texto “Os Gigantes da Montanha” foi uma escolha do diretor Gabriel Villela para
celebrar o reencontro com o Galpão. A fábula narra a chegada de uma companhia
teatral decadente a uma vila isolada do mundo, cheia de encantos, governada pelo
mago Cotrone. A trupe de mambembes encontra-se em profundo declínio e miséria,
por obsessão de sua primeira atriz, a condessa Ilse, em montar "A Fábula do filho
trocado" (peça escrita por um jovem poeta que se matou por amor não correspondido
da condessa). Cotrone, o mago criador de "verdades que a consciência rejeita",
começa a construir os fantasmas dos personagens que faltam para a companhia
montar a peça. Ele convida os atores a permanecerem para sempre na Vila,
representando apenas para si mesmos a “A Fábula do Filho Trocado”. Ilse, no entanto,
insiste que a obra deve viver entre os homens, sendo representada para o público.
A solução encontrada, que resultará no desfecho trágico da peça é sua apresentação
para os chamados "Os Gigantes da Montanha", povo que vive próximo da Vila. Os
gigantes, por terem um espírito fabril e empreendedor, "desenvolveram muito os
músculos e se tornaram um tanto bestiais", e, portanto, não valorizam a poesia e a
arte. O ato final da peça, que ficou inconcluso, mas que chegou a ser vislumbrado pelo
autor em leito de morte, descreve a cena em que Ilse e a poesia são trucidadas pelos
embrutecidos Gigantes. A peça termina com os atores da companhia carregando o
corpo da atriz na mesma carroça em que chegaram à primeira cena.
“Os Gigantes da Montanha” traz uma contundente discussão sobre o possível lugar da
arte e da poesia num mundo dominado pelo pragmatismo e pela técnica. A morte de
Ilse representa a morte e também o renascimento da arte. Como a Fênix que ressurge
das cinzas: a velha arte precisa morrer para que novas sensibilidades artísticas brotem
e floresçam.
Pirandello
Nasceu em Agrigento (Sicília), em 1867. Pirandello considerava a atividade teatral
menos importante em sua condição essencial de poeta (Mal Jucundo), romancista (O
Falecido Matias Pascal, A Excluída, O Turno) e contista (364 escritos). Mas foi como
teatrólogo, curiosamente, que Pirandello ganhou êxito. Das peças mais conhecidas
estão “Henrique IV” e “Seis Personagens à Procura de Um Autor”, que abordam a
natureza da loucura e da identidade. Em 1934, o escritor ganhou o Prêmio Nobel de
Literatura, por sua audaz renovação e questionamentos sobre a arte cênica e
dramática. Com pinceladas de realidade à ficção, Pirandello explorava, em sua obra, a
tradição elisabetana da “peça dentro da peça” e temas referentes aos bastidores da
maquinaria cênica. Em 1936, o autor morre vítima de uma forte pneumonia.
Música
Gabriel Villela e o Galpão experimentam a música, ao vivo, tocada e cantada pelos
atores, como um elemento fundamental na tradução do universo da fábula para o
teatro popular de rua.
Para compor o repertório da peça foram selecionadas algumas árias e canções
italianas, popular e moderna. “Ciao Amore”, “Bella Ciao” e outras músicas ganham
novos arranjos e coloridos para ambientar a atmosfera onírica de “Os Gigantes da
Montanha”.
Para chegar a esse resultado, durante meses, os atores passaram por treinamento
musical com parceiros antigos, como Babaya e Ernani Maletta, e por uma pesquisa
sobre a antropologia da voz, com a performer e musicista, Francesca Dell Monica, que
trabalha a partir da técnica de espacialização vocal.
Cenário e Figurino
A ponte Brasil – Minas - Itália é costurada pelas mãos antropofágicas de Gabriel Villela
e seus assistentes de direção, Ivan Andrade e Marcelo Cordeiro, que misturam
referências diversas. Num mesmo caldeirão estão reunidas Sicília, Carmo do Rio Claro,
macumba, magia, Commedia Del’Arte e circo- teatro, Vaudeville, Totó e Vicente
Celestino, Ana Magnani e Procópio Ferreira, Mamulengo e ópera, festival de San Remo
e seresta mineira. "Os Gigantes da Montanha" convida o público para um mergulho
teatral que funde e sintetiza o brasileiro com o universal, o erudito com o popular, a
tradição com a vanguarda. Um desafio à altura da trajetória de 30 anos de buscas e
desafios do Galpão. Toda essa alquimia fica claramente representada nos figurinos e
no cenário do espetáculo.
Construído por madeira feita de demolição, o cenário de “Os Gigantes da Montanha”
traz 12 mesas robustas, objetos, armários e cadeiras que se movimentam para elevar a
encenação e caracterizar a atmosfera de sonho da fábula. Coloridos e brilhantes,
concebidos especialmente para apresentações à noite, os adereços e figurinos do
espetáculo carregam detalhes e referências do teatro popular, que surgem das ideias
inventivas de Villela e das mãos criativas de seu parceiro antigo, José Rosa. Os
bordados da costureira Giovanna Vilela realçam e dão toque especial ao acabamento
das peças. Tecidos trazidos da Ásia, do Peru e de outros cantos do Brasil, pelo diretor,
adornam as roupas. Velhas sombrinhas bordadas de “Romeu e Julieta” reaparecem e
ganham nova função em “Os Gigantes da Montanha”, com efeitos que tornam a Vila
de Cotrone, fantasmagórica e cheia de encantamentos. Gabriel e sua equipe também
se utilizam de máscaras inspiradas na Commedia Del’Arte e fabricadas pelo artista
natalense Shicó do Mamulengo, para trazer à encenação um aspecto burlesco e, ao
mesmo tempo, sombrio.
Galpão e Petrobras
Há mais de 10 anos, o Grupo Galpão conta com o patrocínio da Petrobras. Foram
muitos espetáculos montados, temporadas nacionais, turnês por todas as regiões do
Brasil e presença em festivais proporcionados por essa parceria. Maior empresa
brasileira e maior patrocinadora das artes e da cultura no país, a Petrobras sempre
apostou no compromisso do Galpão: reinventar a vida através da arte, possibilitando
ao maior número de pessoas a vivência do teatro como alegria e transformação.
Ficha Técnica
ELENCO
Antonio Edson - Cromo
Arildo de Barros - Conde
Beto Franco - Duccio Doccia / Anjo Cento e Um
Eduardo Moreira - Cotrone
Inês Peixoto - Condessa Ilse
Júlio Maciel – Spizzi / Soldado
Luiz Rocha (ator convidado) - Quaquèo
Lydia Del Picchia - Mara-Mara
Paulo André - Batalha
Regina Souza (atriz convidada) – Diamante / Madalena
Simone Ordones - Sgriccia
Teuda Bara - Sonâmbula
EQUIPE DE CRIAÇÃO
Direção: Gabriel Villela
Texto: Luigi Pirandello
Tradução: Beti Rabetti
Dramaturgia: Eduardo Moreira e Gabriel Villela
Assistência de direção: Ivan Andrade e Marcelo Cordeiro
Assistência e Planejamento de ensaios: Lydia Del Picchia
Antropologia da Voz, direção e análise do texto: Francesca Della Monica
Direção, arranjos, composição e preparação musical: Ernani Maletta
Preparação vocal e texto: Babaya
Iluminação: Chico Pelúcio e Wladimir Medeiros
Figurino: Gabriel Villela, Shicó do Mamulengo e José Rosa
Coordenação Artística do Ateliê Arte e Magia: José Rosa
Cenografia: Gabriel Villela, Helvécio Izabel e Amanda Gomes
Assistência de Cenário: Amanda Gomes
Pintura do cenário: Daniel Ducato e Shicó do Mamulengo
Adereços: Shicó do Mamulengo
Bordados: Giovanna Vilela
Costureiras: Taires Scatolin e Idaléia Dias
Luthier: Carlos Del Picchia
Fotos: Guto Muniz
Registro e cobertura audiovisual: Alicate
Design sonoro: Vinícius Alves
Programação Visual: Dib Carneiro Neto, Jussara Guedes, Suely Andreazzi
Tratamento de Imagens do Programa: Alexandre Godinho e Maurício Braga
Logo do espetáculo: Carlinhos Müller
Direção de Produção: Gilma Oliveira
EQUIPE GRUPO GALPÃO
Gerência executiva - Fernando Lara
Coordenação de produção - Gilma Oliveira
Coordenação de planejamento - Ana Amélia Arantes
Coordenação de comunicação - Beatriz França
Coordenação administrativa - Wanilda D’artagnan
Coordenação técnica e iluminação - Rodrigo Marçal
Produção executiva - Beatriz Radicchi
Cenotécnico - Helvécio Izabel
Sonorização - Vinícius Alves
Analista de comunicação - Ana Carolina Diniz
Assistente de produção - Evandro Villela
Assistente de planejamento – Roberta Henriques
Assistente financeiro – Cláudio Augusto
Assistente administrativa - Andréia Oliveira
Auxiliar técnico – William Teles
Recepção - Cídia Santos
Serviços gerais - Lê Guedes
Consultoria de planejamento - Romulo Avelar
Assessoria jurídica - Drummond & Neumayr Advocacia
Gestão financeira de projetos - Fernanda Werneck
Assessoria contábil - Maurício Silva
A Petrobras é patrocinadora do Grupo Galpão
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