U.D.1
A Liturgia
U.D.2
A Assembleia Litúrgica
U.D.3
A Celebração Litúrgica
U.D.4
O Espaço e o Tempo da Celebração
U.D.5
O Ano Litúrgico
U.D.6
A Liturgia das Horas
U.D.7
A Pastoral Litúrgica
1
U.D. 6
A Liturgia das Horas
Com este tema pretendemos:
 Conhecer o fundamento teológico e espiritual da Oração das Horas.
 Valorizar a Liturgia das Horas a nível pessoal e, especialmente, a
nível comunitário.
 Motivar a sua celebração adequada, especialmente no que se refere
às Laudes e Vésperas.
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U.D. 6
A Liturgia das Horas
Para isso percorreremos os seguintes temas:
 Origem e evolução da Liturgia das Horas.
 Significado da Liturgia das Horas.
 As principais horas da Liturgia das Horas.
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U.D. 6
A Liturgia das Horas
1. Origem e evolução da Liturgia das Horas.
Oração da Igreja
1. Oração Judaica
Liturgia
das Horas
3. Oração dos Discípulos
2. Oração de Jesus
Para compreender a oração cristã devemos ter em conta os testemunhos de
oração que nos são oferecidos no Novo Testamento, a oração judaica e o
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estilo da oração de Cristo e dos seus primeiros discípulos.
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A Liturgia das Horas
1. Origem e evolução da Liturgia das Horas.
1. Oração Judaica

O Filho de Deus participou, como os
evangelhos o dão a entender, nas
orações públicas, quer as da
sinagoga, onde entrou num dia de
sábado, quer pelos costumes do seu
tempo, na oração do templo a que
chamou casa de oração, e nas
orações privadas que os israelitas
piedosos
costumavam
recitar
diariamente. Também nas refeições
rezava
a
Deus
as
bênçãos
tradicionais do seu povo: na
multiplicação dos pães, na última
Ceia, na refeição de Emaús.
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U.D. 6
A Liturgia das Horas
1. Origem e evolução da Liturgia das Horas.
2. Oração de Jesus


Os evangelhos apresentam-nos, muitas
vezes, Jesus em oração: quando o Pai
lhe revela a sua missão, antes do
chamamento dos Apóstolos; quando
bendisse a Deus na multiplicação dos
pães e na transfiguração; quando curou
o surdo-mudo e quando ressuscita
Lázaro; etc.
A sua actividade diária estava
profundamente unida à oração: quando
se retirava para o deserto ou para o
monte para orar, ao levantar-se, cedo
pela manhã, ou ao anoitecer…
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U.D. 6
A Liturgia das Horas
1. Origem e evolução da Liturgia das Horas.

Até ao final da sua vida, Jesus mostrou que a oração era a força que o
animava no seu ministério messiânico e na sua passagem desta vida até
ao Pai.
O que realmente é importante na oração
de Jesus e da comunidade primitiva não
é apenas o conteúdo: a obra da
salvação e o Mistério Pascal, mas,
especialmente, a relação filial que
Jesus nos possibilitou através dos seus
gestos, das suas palavras e, sobretudo,
da oração do Pai-Nosso (cf. Mt 6).
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A Liturgia das Horas
U.D. 6
1. Origem e evolução da Liturgia das Horas.
3. Oração dos Discípulos


A Didaqué (Catequese dos
Apóstolos), após ter compilado
o texto completo do PaiNosso, indica a seguir: “assim
rezareis três vezes ao dia”
(D, VIII).
No século III encontramos
vários documentos que nos
informam sobre a prática da
oração
em
determinados
momentos do dia: ao acordar,
ao meio-dia, ao cair da
tarde, durante a noite.
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A Liturgia das Horas
1. Origem e evolução da Liturgia das Horas.
4. Oração da Igreja


A Liturgia das Horas, chamada
também Ofício Divino, nasce
para realizar a recomendação de
Jesus e dos apóstolos: convém
orar sempre.
Teve como destinatário, nos
primeiros séculos, o povo
cristão. Posteriormente, e devido
a varias circunstâncias históricas,
esta prática da oração foi
regredindo até se transformar
numa
oração
reservada,
exclusivamente, ao estado da
vida monacal e dos clérigos.
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U.D. 6
A Liturgia das Horas
1. Origem e evolução da Liturgia das Horas.



Esta situação permaneceu vigente até
ao Concílio Vaticano II.
O Concílio ofereceu, com a constituição
Sacrosanctum Concilium, as grandes
linhas para uma reforma ampla e
profunda do Ofício Divino, devolvendolhe o seu carácter comunitário e
celebrativo dos principais momentos de
oração do dia (cf. SC 83-101).
Posteriormente ao Vaticano II, no ano de
1971, atingiu-se o ponto mais alto com a
promulgação da Instrução Geral da
Liturgia das Horas (IGLH) e a
Constituição Apostólica, de Paulo VI,
Laudis Canticum.
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U.D. 6
A Liturgia das Horas
2. Significado da Liturgia das Horas.
O significado teológico da Liturgia das Horas pode ser sintetizado em três
afirmações fundamentais:
 Oração de toda a Igreja.
 Santificação do tempo.
 Verdadeira celebração.
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U.D. 6
A Liturgia das Horas
2. Significado da Liturgia das Horas.
Oração de toda a Igreja.
É Oração de toda a Igreja por dois motivos:

1º: Pelo mandamento de Jesus
“Aquilo que Jesus fez, isso mesmo ordenou que fizéssemos nós.
«Orai» - diz repetidas vezes - «rogai», «pedi»” (IGLH nº 5).
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A Liturgia das Horas
2. Significado da Liturgia das Horas.

2º: Porque Jesus é o
nosso único mediador
para chegarmos até
Deus com as nossas
preces.
“A oração dirigida a Deus tem de estar ligada a Cristo, Senhor de todos os
homens, único Mediador, o único por quem temos acesso a Deus. Ele une
a Si toda a comunidade dos homens, e de tal forma que entre a oração de
Cristo e a de toda a humanidade existe uma estreita relação. Em Cristo, e
só n’Ele, é que a religião humana adquire valor salvífico e atinge o seu fim”
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(IGLH 6).
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A Liturgia das Horas
2. Significado da Liturgia das Horas.
Oração Comunitária



A oração da Igreja é expressão de união pessoal com o Pai e com toda
a humanidade, razão pela qual esta oração tem um carácter
essencialmente comunitário, mesmo quando, a sós, é rezada
individualmente (cf. Mt 6,6).
O sentido comunitário da oração deve ser, externa e visivelmente,
expressivo.
Mesmo que a oração da Igreja feita por um ministro seja válida e
necessária, a celebração comunitária possui sempre uma dignidade
especial e, como no-lo refere o Vaticano II, deve ser preferida à
celebração individual e quase privada (SC 27).
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U.D. 6
A Liturgia das Horas
2. Significado da Liturgia das Horas.
“A Liturgia das Horas, tal como as demais acções
litúrgicas, não é acção privada, mas pertence a todo o
corpo da Igreja, manifesta-o e afecta-o. O carácter
eclesial da celebração aparece-nos com toda a sua
clareza – e, por isso mesmo, é sumamente
recomendável – quando realizada, com a presença do
próprio Bispo rodeado dos seus presbíteros e restantes
ministros, por uma Igreja particular, na qual está presente
e operante a Igreja de Cristo, una, santa, católica e
apostólica” (IGLH 20).
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U.D. 6
A Liturgia das Horas
2. Significado da Liturgia das Horas.
“As outras assembleias de fiéis, entre as quais há que
destacar as paróquias como células da Diocese,
localmente constituídas sob a presidência dum pastor
como substituto do Bispo, e que de algum modo
representam a Igreja visível estabelecida por toda a terra,
celebrem as Horas principais, quanto possível, na
Igreja e em forma comunitária. Sempre que os fiéis são
convocados e se reúnem para celebrar a Liturgia das
Horas, pela união das vozes e dos corações manifestam
a Igreja que celebra o mistério de Cristo” (IGLH 21-22).
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U.D. 6
A Liturgia das Horas
2. Significado da Liturgia das Horas.
Santificação do Tempo.


O tempo é um dom de Deus e
a Igreja ordena-o e orienta-o,
mediante a Liturgia das Horas,
para
ser
tempo
de
glorificação do Pai e de
santificação da humanidade.
A Liturgia das Horas santifica o
tempo e contribui para dar
sentido à vida humana,
fazendo de cada momento do
dia e da noite um sinal da
presença do mistério salvífico e
do encontro que podemos ter
com este mistério.
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U.D. 6
A Liturgia das Horas
2. Significado da Liturgia das Horas.

O Concílio Vaticano II e a IGLH
insistiram que a Liturgia das
Horas do Ofício Divino deve
corresponder,
real
e
adequadamente, a cada um
dos momentos do dia em que
as horas devem ser celebradas
e, ao mesmo tempo, dispuseram
que a recitação do Ofício decorra
“no tempo que mais se aproxima
do verdadeiro tempo de cada
uma das Horas canónicas” (cf.
SC 94).
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U.D. 6
A Liturgia das Horas
2. Significado da Liturgia das Horas.
Verdadeira Celebração.



Enquanto celebração, o Ofício
Divino possui duas componentes:
a primeira invisível (dimensão
misteriosa que corresponde à
natureza sacramental da liturgia)
a segunda visível (dimensão
humana):
Cristo “está presente… quando
a Igreja reza e canta (os salmos).
Componente visível: humana,
simbólica e representativa da
realidade invisível.
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U.D. 6
A Liturgia das Horas
3. As principais horas da Liturgia das Horas.


As Laudes e as Vésperas são,
sem dúvida, as horas mais
importantes do Ofício Divino.
Estas horas assentam nos dois
momentos mais inamovíveis
da jornada humana, momentos
impostos
pelo
movimento
inalterável da Terra – o dia e a
noite - exigidos, de certa forma,
também pelo ritmo biológico do
nosso próprio ser – actividade e
descanso, vigília e sonho -.
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U.D. 6
A Liturgia das Horas
3. As principais horas da Liturgia das Horas.
Oração de LAUDES
“ O Ofício de Laudes destina-se a
santificar o tempo da manhã” (IGLH
38). A santificação do dia começa
dedicando a Deus os primeiros
pensamentos e propósitos. Antes de se
entregar aos seus afazeres, a pessoa
concentra a sua vida no seu Senhor e
Criador para encontrar n’Ele a fonte do
optimismo que deve presidir a jornada e a
força para a levar a bom termo. Esta
primeira oração do dia converte-se,
assim, numa oferta de tudo quanto a
pessoa dará de si mesma ao dia que
começa.
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U.D. 6
A Liturgia das Horas
3. As principais horas da Liturgia das Horas.
Oração de LAUDES
Temas centrais da Oração de Laudes:


Santificação do dia.
Fazer
memória
da
ressurreição do Senhor.
As Laudes fazem memória da ressurreição do Senhor. 22
U.D. 6
A Liturgia das Horas
3. As principais horas da Liturgia das Horas.
Oração de VÉSPERAS
“As Vésperas celebram-se à tarde, ao declinar do dia «a fim de agradecermos tudo
quanto neste dia nos foi dado e ainda o bem que nós próprios tenhamos feito»… Com esta
oração… recordamos também a obra da Redenção. E, «num sentido mais sagrado, pode
ainda evocar aquele verdadeiro sacrifício vespertino que o nosso Salvador confiou aos
Apóstolos na última Ceia… (e que) ofereceu ao Pai, erguendo as mãos para a salvação do
mundo inteiro»” (IGLH 39).
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A Liturgia das Horas
U.D. 6
3. As principais horas da Liturgia das Horas.
Oração de VÉSPERAS
Temas centrais da Oração de Vésperas:



Acção de graças no fim da
jornada.
Fazer memória da redenção.
Alimentar a esperança na vida
eterna.
Assim como ao começar o dia pediu-se a Deus ajuda para santificar o
trabalho e manter a fidelidade à sua vontade, assim agora, no final da
jornada, faz-se o balanço do dia e recebe-se o salário merecido. 24
U.D. 6
A Liturgia das Horas
3. As principais horas da Liturgia das Horas.
Estrutura celebrativa de Laudes e Vésperas


Início da celebração
Salmodia:
A eleição dos salmos corresponde ao
sentido de cada hora.

Leitura:

O cântico evangélico:

As preces:

Pai-Nosso e oração final
Em consonância com as características
do dia, a leitura é a proclamação da Palavra de Deus.
Laudes é o cântico de
Zacarias, nas Vésperas o Magnificat, de Maria.
Ambos constituem o momento culminante destas
Horas.
Nas Laudes exprimem a consagração
do dia e nas Vésperas intercedem pelas
necessidades da Igreja e do mundo.
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U.D. 6
A Liturgia das Horas
3. As principais horas da Liturgia das Horas.
Ofício de Leitura
O Ofício de Leitura é uma
celebração comunitária da
Palavra de Deus, integrada
no marco de uma prece
meditativa e comemorativa
dos
acontecimentos
da
história da salvação, tal e
qual como eles, na sua
referência a Cristo, vão
surgindo ao longo de todo o
ano litúrgico.
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U.D. 6
A Liturgia das Horas
3. As principais horas da Liturgia das Horas.
Ofício de Leitura
A oração deve acompanhar a leitura
assídua e o contacto íntimo com
as
Escrituras
de
modo
a
estabelecer o colóquio entre Deus e
a pessoa e, por esta razão, no Ofício
de Leitura estão presentes, também,
os salmos, um hino, uma oração e
outras fórmulas que lhe dão o
carácter próprio de oração.
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A Liturgia das Horas
Partilha/Programação da Turma
A Turma é convidada a preparar uma Oração de Laudes ou Vésperas para
ser celebrada na Comunidade Paroquial
1º Que Hora do Ofício Divino vai ser celebrada?
2º Quando será celebrada (Dia? Antes ou depois da Missa?)
3º Quem prepara os Salmos?
4º Quem faz a folha com a salmodia para que todos acompanhem?
5º Quem prepara a leitura?
6º Quem prepara as preces?
7º Quem preside ao Ofício? (Seria bom que presidisse o pároco)
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