REF 039/10 Bauru, 11 de março de 2010 ILMO. SENHOR José Carlos Batats M.D Secretário Municipal de Esporte e Lazer Prezado Senhor Encaminhamos a V.S. o histórico do senhor Balbino Simões para que seja posto seu nome na Quadra Esportiva localizada abaixo do Viaduto João Simonetti. Sem mais, renovamos nossos protestos de elevada estima e apreço. Atenciosamente, ROQUE JOSÉ FERREIRA Vereador – PT BALBINO SIMÕES O Filósofo do Futebol Bauruense Balbino Simões nasceu em 06 de Março de 1918 no município de Pirajuí. Filho do Genésio Simões e Serápia Gutierrez, viveu sua infância num lugarejo chamado Águas Quentes na cidade de Pirajuí. Passou sua infância trabalhando nas fazendas dos arredores. Na sua adolescência passou a ter interesse pelo futebol integrando a equipe do PIRAJUI ATLÉTICO CLUBE, logo após foi convidado a ingressar no Linense jogando alguns meses neste clube. Por força da situação foi convocado a servir o exército em Campo Grande (MS) jogando em diversos times, inclusive na Seleção Campo-grandense, contra equipes do Paraguai. Vencendo o serviço militar retornou a Pirajuí onde fez mais alguns jogos pelo Pirajuí A. C. Foi indicado por um torcedor da agremiação para o BAURU ATLÉTICO CLUBE. Tentou duas vezes e não deu certo. Foi convidado por Albérico que havia sido jogador do Lusitana, e pelo Irineu Pé de Boi, para treinar no Noroeste. No seu primeiro jogo, contra o Pirajuí, atuou mal e houve ameaça de dispensa. Mas foi apoiado por Nadir de Oliveira, que na época era diretor e pediu que lhe dessem uma nova oportunidade. Veio a partida contra o Avaré. Ganharam de 2 a 1 e melhorou bastante sua atuação e recebeu um convite para ficar. Por ser time amador, na época, não tinha contrato. Assumiram com Balbino o compromisso de salário de 250 mil Réis, com a promessa de um emprego na Estrada de Ferro Noroeste do Brasil, onde permaneceu até aposentar. Continuou no Noroeste participou do time que foi campeão em 1943 vencendo o Guarani de Campinas no Pacaembu. Atuou como lateral esquerda e meia, até 1948. Compunham este famoso elenco: Amélio, Xandú, Irineu pé de boi, Chocolate Sérgio, Balbino, Lamônica, Crisanto, Adofrizis, Cirilo, Albércio ou Fontes. Em 1950 vem a primeira oportunidade de treinar o ESPOTE CLUBE NOROESTE. Balbino foi um dos primeiros técnicos com diploma, no Brasil ao lado de Osvaldo Brandão. Como profissional, além do Noroeste, dirigiu o XV de Jaú. Dirigiu o Bauru Atlético Clube (BAC) e diversos times da várzea bauruense, esteve também dirigindo o Agudos Futebol Clube na cidade de Agudos onde também foi técnico do BRAHMA conseguindo sagrar-se campeão nacional das Fabricas. Casado com a professora Maria Cesarina de Lima Simões com a qual adotou o filho Manoel Camilo de Abreu que gerou o neto Fabio Oliveira de Abreu. Posteriormente teve como filho natural Laércio de Lima Simões que gerou os netos Lucas Alves Lima Simões, Pedro Alves Lima Simões, Thales Alves lima Simões e Clareana Alves Lima Simões. Balbino Simões tinha muitas estórias e todas elas tinha um pingo de Filosofia, o que levou Galvão de Moura a intitulá-lo carinhosamente no seu livro: “ONZE CAMISAS”de O Filósofo do Futebol Bauruense. Seu falecimento se deu no dia 19 de maio de 1993.