ANO XXVIII | No 224| Mar-Abr/2014
ELEIÇÕES 2014: cassi e previ
A ANABB entrevistou os candidatos que concorrem
aos cargos de diretor nas Caixas de Saúde e
Previdência. Veja as ideias de cada um
em prol dos associados
Aldo Luiz Mendes
NÚCLEO JURÍDICO
LEMBRANÇAS DO BB
Diretor de Política Monetária do
Banco Central conta sua trajetória
no Banco do Brasil
Criada há um ano, a área registra
significativos resultados na
prestação de serviço
Na coluna Túnel do Tempo,
confira duas histórias enviadas
pelos associados
jornal Ação
CARTAS À REDAÇÃO
VERSOS DO BET
Ai, que saudades da BET! Na praia, sempre alugava um flat, hoje é um bate-e
volta com farofa e vinagrete. Os restaurantes foram trocados por lanchonete
e ainda peço descontos pra garçonete.
Tenho de esquecer os bifes, agora é
croquete. Aos domingos, vem um solitário espaguete, nos demais dias, a costumeira omelete. Só compro pãozinho,
dispenso baguete. Diariamente, essa
situação se repete. Cada vexame a que
a gente se submete! Ando barbudo pra
economizar gilete. Até o cachorro parou
de visitar o Pet. Vendi meu carrão e tô
comprando um chevete. Uma pechincha: só novecentos e noventa e sete!
Nas ofertas de produtos pela internet,
a tecla mais usada é a delete. Deixei o
tênis: cadê a grana pra raquete? Neste
carnaval, não tive serpentina nem confete. Minha vingança pra fujona, essa
tal de BET, seria programar uma ampla
enquete e assim mostrar que todos trocariam essa periguete pela magnífica e
incomparável IVET (Inclusa nos Vencimentos Eternamente).
Ari Casarini de Carvalho – Lorena/SP
CASO SEGUROS
Na matéria veiculada no jornal Ação nº
222, consta que dez conselheiros estiveram na sede da ANABB no horário
marcado para uma reunião, com despesas de deslocamento e hospedagem
custeadas pela entidade, mas optaram
por não registrar presença. Não seria
o caso de ressarcirem as despesas?
Aguardo um posicionamento da ANABB.
José Luiz Barbosa – Recife/PE
Nota da Redação: O assunto estava
na pauta da última reunião do Conselho Deliberativo, realizada no dia 24 de
março. De acordo com o presidente do
CD, João Botelho, “a requerimento do
conselheiro Augusto Carvalho, o item
foi retirado, por consenso, da pauta de
votação, devendo ser apreciado na próxima reunião”.
FIM DO BET
Com relação ao comunicado “A ANABB
e as ações judiciais contra o fim do BET”,
parabenizo essa Diretoria pela forma
lúcida, equilibrada e direta, ao explicar
as razões por que a Associação não vê
possibilidades de êxito em demandas
judiciais contra o fim do BET. Saliento
que a máxima “mais vale um péssimo
acordo do que uma boa demanda judicial” é um tremendo engodo. Aceitamos um péssimo acordo. Que isso nos
sirva de lição para o futuro.
Arcanjo José Lino – Balneário Camboriú/SC
CONSELHO DE USUÁRIOS DA CASSI
Fiquei contente ao ler na última edição desta revista que em alguns estados o Conselho de Usuários de Cassi
tem funcionado como canal de comunicação com os usuários, uma vez
que na região de Marília (SP) nunca
tive o privilégio de conhecer alguém
desse conselho. Desde 1975, quando
passei a residir na cidade, não conheci nenhum plano de credenciamento
ou de contato com os prestadores de
serviços. Nossas reclamações são
apenas ouvidas no 0800, sem que
tenhamos nenhuma resposta. A ideia
dos visitadores voluntários me parece
excelente e acredito que teremos muitos colegas à disposição, desde que
bem direcionados.
Josemiro da Silva Machado – Marília/SP
JORNAL AÇÃO Nº 223
Muito bem lembradas, na matéria
“Aposentado sim... e com longa vida
pela frente”, as inúmeras opções de
atividades que os aposentados do BB
realizam. Acrescento o trabalho voluntário que muitos de nossos colegas
executam diariamente. Quando me
aposentei, em 2002, comecei a fazer a
contabilidade da paróquia Santo Antônio de Estrela e continuo até hoje. Nem
penso em parar este serviço.
Rudi José Friedrich – Estrela/RS
Este espaço destina-se à opinião dos leitores. Por
questão de espaço e estilo, as cartas podem ser
editadas e serão publicadas apenas as selecionadas
pela ANABB. Envie comentários, sugestões e
reclamações para [email protected] ou para
SCRS 507 Bl. A Lj. 15 – CEP: 70351-510 – Brasília/DF.
ANABB: SCRS 507, Bl. A, Lj. 15 – CEP: 70351-510 – Brasília/DF
Atendimento ao associado: (61) 3442 9696 | Site: www.anabb.org.br | E-mail: [email protected]
Coordenação: Fabiana Castro | Redação: Tatiane Lopes, Godofredo Couto, Josiane Borges | Colaboração: Elder Ferreira,
Elizabeth Pereira | Anúncios: Luiz Sérgio Mendonça | Edição: Ana Cristina Padilha | Revisão: Cida Taboza | Editoração: Zipo
Comunicação Tiragem: 99 mil | Banco de imagem: Shutterstock | Impressão e CTP: Gráfica Positiva
Os textos assinados são de responsabilidade dos seus autores, não refletindo necessariamente a opinião da ANABB
2 | Mar-Abr/2014 | Jornal AÇÃO
DIRETORIA EXECUTIVA
Sergio Riede
Presidente
Reinaldo Fujimoto
Vice-Presidente Administrativo e Financeiro
DOUGLAS SCORTEGAGNA
Vice-Presidente de Comunicação
tereza godoy
Vice-Presidente de Relações Funcionais
fernando Amaral
Vice-Presidente de Relações Institucionais
CONSELHO DELIBERATIVO
João Botelho (Presidente)
Ana Lúcia Landin
Augusto Carvalho
Cecília Mendes Garcez Siqueira
Cláudio José Zucco
Claudio Nunes Lahorgue
Denise Vianna
Emílio Santiago Ribas Rodrigues
Gilberto Matos Santiago
Graça Machado
Ilma Peres Causanilhas Rodrigues
Isa Musa
José Branisso
Luiz Antonio Careli
Luiz Oswaldo Sant’Iago Moreira de Souza
Maria Goretti Fassina Barone Falqueto
Mário Tatsuo Miyashiro
Mércia Pimentel
Nilton Brunelli
Paula Regina Goto
William Bento
CONSELHO FISCAL
Vera Lúcia de Melo (Presidente)
João Antonio Maia Filho
Maria do Céu Brito
Anaya Martins de Carvalho (suplente)
Antonio José de Carvalho (suplente)
Marco Antonio Leite dos Santos (suplente)
Diretores REGIONAIS
Regional AC-01: Julia Maria Matias de Oliveira
Regional AL-02: Ivan Pita de Araújo
Regional AP-03 : Samuel Bastos Macedo
Regional AM-04: Ângelo Raphael Celani Pereira
Regional BA-05: José Easton Matos Neto
Regional BA-06: Jonas Sacramento Couto
Regional BA-07: Paulo Vital Leão
Regional BA-08: Maruse Dantas Xavier
Regional CE-09: Maria José Faheina de Oliveira
Regional CE-10: Erivanda de Lima Medeiros
Regional DF-11: Hélio Gregório da Silva
Regional DF-12: Marcos Maia Barbosa
Regional DF-13: Francisco Mariquito Cruz
Regional DF-14: Carlos Nascimento Monteiro
Regional DF-15: Messias Lima Azevedo
Regional ES-16: Sebastião Ceschim
Regional GO-17: Saulo Sartre Ubaldino
Regional GO-18: José Carlos Teixeira de Queiroz
Regional MA-19: Camilo Gomes da Rocha Filho
Regional MT-20: Daniel Ambrosio Fialkoski
Regional MS-21: Valdineir Ciro de Souza
Regional MG-22: Luiz Carlos Fazza
Regional MG-23: Eustáquio Guglielmelli
Regional MG-24: Matheus Fraiha de Souza Coelho
Regional MG-25: Amir Além de Aquino
Regional MG-26: Aníbal Moreira Borges
Regional MG-27: Maria Rosário Fátima Durães
Regional PA-28: Fábio Gian Braga Pantoja
Regional PB-29: Maria Aurinete Alves de Oliveira
Regional PR-30: Aníbal Rumiatto
Regional PR-31: Luiz Carlos Kapp
Regional PR-32: Moacir Finardi
Regional PR-33: Carlos Ferreira Kravicz
Regional PE-34: Sérgio Dias César Loureiro
Regional PE-35: José Alexandre da Silva
Regional PI-36: Francisco Carvalho Matos
Regional RJ-37: Antônio Roberto Vieira
Regional RJ-38: Maurício Gomes de Souza
Regional RJ-39: Carlos Fernando S. Oliveira
Regional RJ-40: Mário Magalhães de Souza
Regional RJ-41: Sérgio Werneck Isabel da Cruz
Regional RJ-42: Eduardo Leite Guimarães
Regional RN-43: Hermínio Sobrinho
Regional RS-44: Celson José Matte
Regional RS-45: Valmir Canabarro
Regional RS-46: Edmundo Velho Brandão
Regional RS-47: Oraida Laroque Medeiros
Regional RS-48: Enio Nelio Pfeifer Friedrich
Regional RS-49: Saul Mário Mattei
Regional RO-50: Sidnei Celso da Silva
Regional RR-51: José Antônio Ribas
Regional SC-52: Carlos Francisco Pamplona
Regional SC-53: Moacir Fogolari
Regional SC-54: Alsione Gomes de Oliveira Filho
Regional SP-55: Rosângela Araújo Vieira Sanches
Regional SP-56: Dirce Miuki Miyagaki
Regional SP-57: Adelmo Vianna Gomes
Regional SP-58: Reginaldo Fonseca da Costa
Regional SP-59: Adilson Antonio Meneguela
Regional SP-60: José Antônio da Silva
Regional SP-61: José Roberto Leme
Regional SP-62: José Antonio Galvão Rosa
Regional SP-63: Jaime Bortoloti
Regional SP-64: Juvenal Ferreira Antunes
Regional SE-65: Almir Souza Vieira
Regional TO-66: Pedro Carvalho Martins
CARTA DO PRESIDENTE
Sergio Riede – Presidente da ANABB
MANUAL DO CINISMO ELEITORAL
• Refira-se ao grupo adversário que você considera
mais forte como bando de tratores, escravos do poder, interesseiros, desonestos – mesmo que você já
tenha estado com ele em outras eleições.
• Se existem sindicalistas em outras chapas, diga que
eles são despreparados para os cargos que disputam, que são carreiristas, sectários, ideológicos,
correntes de transmissão de partidos políticos;
se existem em sua chapa, diga que eles estão
como pessoas físicas, sem nenhum fisiologismo nem vínculo partidário e que são técnicos
altamente preparados.
• Critique sem piedade os integrantes de órgãos diretivos de entidades do funcionalismo que sejam
candidatos a cargos em outras entidades; se você
pertencer à Direção de alguma entidade e quiser ser
candidato em outra, jure que seu caso é diferente,
enalteça sua própria competência e seu conhecimento técnico e diga que só concorre porque as bases lhe imploraram o sacrifício e você não é de fugir
de missões importantes.
• Diga com todas as letras que os candidatos das
outras chapas só estão interessados em salários e
jetons, mas esclareça que você só quer salvar as entidades dos interesseiros.
• Enquanto for candidato, critique os altos salários
pagos pela entidade em disputa; depois de eleito, diga que seria demagogia abrir mão dos salários que recebe.
• Lembre-se de todas as promessas não cumpridas
pelos adversários; quanto às que você fez e não
cumpriu, diga que o rolo compressor dos adversários
de hoje (mesmo que tenham sido seus aliados de
ontem) lhe impediram de fazer o que prometeu.
• Critique com veemência as alianças dos outros;
quanto às suas, argumente que é preciso fazer concessões para ganhar eleições e que sem ganhar eleição você não pode fazer o bem para a coletividade.
Se você é eleitor e as regrinhas acima querem lhe
dizer alguma coisa, analise os candidatos de todas as
chapas e tome sua decisão da forma mais consciente
possível.
Se você é candidato e as regras não se aplicam a
seu trabalho, relaxe! O texto não foi escrito para você.
• Se você criticou de maneira muito forte alguém que
hoje está em sua chapa, diga que as pessoas evoluem; caso na chapa adversária houver a presença
de candidatos que no passado se criticaram mutuamente, diga que eles não têm vergonha na cara.
• Enfatize que você só é candidato por sacrifício, visando ao bem comum, mas não se esqueça de esclarecer que os adversários são candidatos porque
são ambiciosos ou porque só querem fazer o jogo
do patrão.
• Fale que você odeia ideologia e partidarismo em
eleições de entidades do funcionalismo e esclareça
que só é candidato com o objetivo de tirar do poder
esse povinho da esquerda despudorada, mesmo
que você seja filiado ou apoie outro partido político.
• Jamais reconheça uma virtude sequer de quem já
ocupou cargo em entidades e é candidato neste
momento; se você já ocupou algum cargo semelhante, esconda todos os insucessos que obteve.
• Quando você for oposição em alguma entidade do
funcionalismo, critique o pessoal da situação que
utilizar recursos da entidade para campanhas eleitorais; quando você for situação, utilize os recursos
com a explicação de que não se pode ser ingênuo e
que sem dinheiro não se ganha eleição.
• Fora do período eleitoral, pregue a união de todas
as entidades do funcionalismo; durante o período
de campanha eleitoral, detone os candidatos originários de entidades diferentes da sua.
• Quando você for situação, explique seus insucessos
na gestão por conta do cenário político e econômico; quando for oposição, não perdoe: diga que é incompetência de quem está no poder.
• Exija simplesmente tudo de quem ocupa cargos e
classifique as eventuais desculpas para insucessos
como esfarrapadas; quando você estiver no poder,
diga que a oposição é imatura e não compreende a
realidade como ela é.
Se você é candidato e as regras se encaixam em
sua conduta, há duas opções: não dar importância alguma ao que foi dito e continuar fazendo o que faz, ou
refletir sobre o que pode ser mudado em sua conduta
daqui para frente.
Boa leitura e boas eleições a todos!
Jornal AÇÃO | Mar-Abr/2014 | 3
ANABB – NASA
NÚCLEO DE ATENDIMENTO
E SUPORTE AO ASSOCIADO
Após um ano de existência, a área responsável pela Assessoria Jurídica dos
associados se tornou uma forte aliada na resolução de dúvidas judiciais
Por Godofredo Couto
Os associados da ANABB contam hoje com a As2013, foram acompanhados quase 6 mil processos,
sessoria Jurídica feita especificamente por advogaentre ações relacionadas a FGTS, IR 1/3 Previ, IR
dos funcionários da entidade. Após aprofundado esVenda de Férias, Licenças-prêmios e Abonos, IR Km
tudo de viabilidade e logística, realizado ao longo de
e Previ/Carim. O valor total liquidado pelo núcleo a
2012, verificou-se a necessidade de criação de um
favor dos associados já passa de R$ 3 bilhões.
núcleo que pudesse assessorar os associados nas
Com a criação do Nasa, houve ainda grande interações em que são autores. Até então, esse serviço
ligação com os demais setores da ANABB, especialera feito por uma empresa terceirizada, sem controle
mente com a área que faz o atendimento direto aos
e monitoramento direto da ANABB.
associados. “A proximidade com os setores impresAssim, foi criado o Núcleo de Atendimento e Suporte
cindíveis no atendimento aos associados foi um dos
ao Associado (Nasa), implanmaiores ganhos que tivemos
tado em janeiro de 2013,
com a criação do Nasa”, afirma
A área “faz uma verdadeira
com o objetivo de prestar aso gerente da Assessoria Jurídica
sessoramento jurídico excluda ANABB, Alex Oliveira.
auditoria nos processos, responsivamente às ações em que
Alex também informou que
os associados são autores.
houve maior eficiência, agilidendo de forma oportuna aos
A partir de então, os prodade, controle e produtividade
cessos foram acompanhaapós a implantação do setor.
questionamentos dos associados
dos de forma mais efetiva,
“Agora, as orientações sempre
mais rápida e mais personachegam mais rápido aos assoque procuram o serviço”
lizada. Para a coordenadora
ciados”, comentou o advogado.
do núcleo, Caroline Dante,
Vale destacar que o Nasa cona área “faz uma verdadeira
ta com uma coordenadora, oito
auditoria nos processos, respondendo de forma oporadvogados, dois analistas e seis estagiários. Seguntuna aos questionamentos dos associados que procudo Alex Oliveira, todos os funcionários ingressaram na
ram o serviço”.
ANABB mediante algum tipo de processo de seleção,
A Assessoria Jurídica da ANABB é responsável peinclusive com prova oral. Portanto, são qualificados e
las atividades de consultoria e assessoramento de
preparados para conduzir as demandas da área.
todos os setores da entidade (PRESI, VIFIN, VIREF,
Para obter informações ou orientações sobre os
VICOM e VIRIN), órgãos (Conselho Deliberativo, Conprocessos em que são autores, os associados devem
selho Fiscal, Diretorias Regionais e GATs) e entidades
entrar em contato com a Central de Atendimento ANAvinculadas à ANABB (ANABBPrev e Coop-ANABB),
BB pelo telefone 3442 9696 e aguardar o rápido reatuando nas áreas contenciosa (Nucont), consultiva
torno de seus questionamentos.
(Nucons) e de suporte jurídico (Nusup).
É importante destacar que, de acordo com a lei,
os associados portadores de moléstia grave e os idoGrandes resultados em pouco tempo
sos, a partir dos 60 anos, têm prioridade na conduA criação do Nasa, cada vez mais, configura-se
ção dos processos. Apesar dessa prerrogativa, devido
como importante serviço para os associados. Não é
ao grande número de associados nessas condições,
à toa que, em tão pouco tempo, o núcleo obteve exa agilidade, nesses casos, não está andando na velocelentes resultados. Para se ter ideia, somente em
cidade desejada.
4 | Mar-Abr/2014 | Jornal AÇÃO
Jornal AÇÃO | Mar-Abr/2014 | 5
REDES SOCIAIS
ANABB CONECTADA
COM VOCÊ e
com o mundo
Além da página institucional na web e do Twitter, a
Associação criou recentemente sua fanpage no Facebook
para se relacionar ainda melhor com os associados e
com o público em geral. Vamos curtir essa ideia?
Por Godofredo Couto
Os associados da ANABB têm à sua disposição diversos canais para se comunicar
com a entidade de forma virtual. Além do e-mail e da página institucional na internet, a
Associação conta ainda com uma página no Twitter, uma das maiores redes sociais do
mundo, e agora também com uma fanpage no Facebook.
Curta essa ideia!
Com a criação da página institucional no Facebook, a ANABB segue o que pequenas,
médias e grandes empresas estão fazendo, ao utilizar a mídia social para se relacionar
com seu público. Essa rede social tem definido cada vez mais a vida de brasileiros.
De acordo com dados do Facebook, em fevereiro de 2014, a rede social contava
com mais de 83 milhões de usuários ativos por mês no Brasil. No mundo, esse número chega a 1,23 bilhão de usuários. O tempo médio gasto pelo brasileiro na internet é
de 12 horas/mês, a segunda colocação no ranking mundial. O país também ocupa o
segundo lugar no número de usuários do Facebook, perdendo apenas para os Estados
Unidos. Por esse fenômeno, o periódico Wall Street Journal chamou o Brasil de “capital
das mídias sociais do universo”.
A ANABB desenvolveu uma campanha para que seja reforçado o número de curtidas em sua fanpage. Com o tema “A ANABB chegou ao Facebook. Curta essa ideia!”, o
objetivo da campanha é sensibilizar os associados a curtirem a página e estreitarem o
relacionamento com a entidade.
Vamos twittar?
O Twitter da ANABB já funciona há mais de um ano e tem se mostrado uma ferramenta importante para o relacionamento com os associados e o público em geral.
Como o limite máximo de postagem é de 140 caracteres, a ANABB tem divulgado os
principais destaques do que acontece na Associação em poucas palavras. Em 2013,
foram postados 584 tweets, seguidos de um link para o site da entidade, aumentando,
assim, consideravelmente as visitas a ele.
A página da ANABB no Twitter, que conta com mais de 430 seguidores, também
incorpora algumas ações de campanhas que a entidade promove durante o ano, como
foi o caso da luta contra o câncer de mama e de próstata, em que a página deu destaque às cores rosa e azul, respectivamente.
Douglas Scortegagna, vice-presidente de Comunicação da ANABB, área responsável
pelas redes sociais, comentou que, com o Facebook e o Twitter, a Associação vai, com
certeza, estreitar ainda mais o relacionamento com os associados e com o público em
geral. “Contamos com a participação de todos, curtindo, comentando e compartilhando nossos posts”, finaliza Douglas.
6 | Mar-Abr/2014 | Jornal AÇÃO
FUNCIONÁRIO DO BB EM DESTAQUE
PASSO A PASSO PARA
UMA cARREIRA
PROMISSORA
O diretor de Política Monetária do Banco
Central dedicou 29 anos de trabalho ao BB e
diz que o programa de bolsa de estudos do
Banco foi primordial para sua carreira
Por Josiane Borges
Aldo Luiz Mendes
diretor de Política Monetária do Banco
A constante busca pelo conhecimento, pelo aprendizado e por novas experiências fizeram que um escriturário do Banco do Brasil se tornasse o atual diretor de Política Monetária do Banco Central (BC). Doutor e mestre
em Economia, Aldo Luiz Mendes ocupa o cargo no BC há
cinco anos e considera que os 29 anos de trabalho no
BB foram primordiais para hoje ocupar uma posição tão
importante para a economia brasileira.
Filho de bancário e natural do Rio de Janeiro (RJ), foi
em Brasília (DF) que Mendes iniciou a carreira como
escriturário do Banco do Brasil em 1980. Logo fez um
concurso interno e passou a ocupar a função de caixa
em agência e, a partir daí, não parou mais de crescer
dentro do Banco. Quinze anos após ingressar no quadro funcional do BB, conquistou o primeiro cargo na
área executiva.
Em 1995, tornou-se o gerente de Finanças Internacionais; em 1999, era o superintendente de Gestão de
Riscos de Mercado; em 2002, foi promovido a diretor de
Finanças e Mercado de Capitais; em 2005, tornou-se o
vice-presidente de Finanças, Mercado de Capitais e Relações com Investidores; em 2009, foi convidado pelo
então presidente do BC, Henrique Meirelles, para compor a Diretoria do órgão. Durante sua passagem pelo BB,
Aldo Mendes se tornou sócio da ANABB e fez parte do
Conselho Deliberativo da Associação em 1992.
Central
Mas as coisas não foram tão fáceis como pode parecer. Para galgar tantos cargos no BB, Aldo dedicou muito
tempo ao estudo e ao aprendizado.
“Com quatro anos que estava no BB, passei em um
mestrado na Universidade de Brasília (UnB) e resolvi voltar a estudar. No início, foi muito difícil, pois meu gerente
na época achava que um caixa não precisava ter mestrado e, por isso, não conseguia participar do programa
de bolsas de estudo do Banco, pois dependia da assinatura dele. Então, para assistir às aulas do curso, eu
pegava o horário de almoço que ninguém queria, de 10h
da manhã a meio-dia, e corria para a UnB para acompanhar pelo menos a última aula. Pegava o conteúdo
da outra matéria com os colegas e simplesmente não
almoçava. Foram seis meses nessa batalha, até que o
Banco aceitou meu pedido de bolsa e consegui concluir
com mais facilidade o mestrado”, conta o diretor do BC.
Em 1990, Mendes novamente optou pela volta aos
estudos e foi fazer doutorado em Economia na Universidade de São Paulo (USP). “Sou muito grato ao BB, em
especial ao Programa de Pós-graduação, pois ele moldou minha vida. Talvez eu não fosse o que sou hoje se
não tivesse tido a oportunidade de estudar. O Banco
apostou em mim e, em 29 anos de trabalho no BB, eu
dei o melhor de mim. Então, acho que temos uma relação bem resolvida”, finaliza.
Jornal AÇÃO | Mar-Abr/2014 | 7
EDUCAÇÃO FINANCEIRA
VALE A PENA INVESTIR
EM IMÓVEIS?
Por Álvaro Modernell, especialista em Educação Financeira e Previdenciária
Política, futebol, economia e investimentos são assuntos sobre os quais muito se fala, mas nem tanto se
entende. Vale pela emoção, pela catarse, pelo passar do
tempo. Contudo, na hora de colocar pingos nos is, de tomar decisões sobre o próprio dinheiro ou o futuro, melhor
seguir a receita da vovó: prudência e caldo de galinha.
Ainda mais falando de imóveis, em que a grana envolvida
nunca é pouca.
Pode valer a pena investir em imóveis? Claro! Basta
conhecer o mercado, ter dinheiro, encontrar boas oportunidades, ser bom negociante, estar bem informado, comprar barato e vender caro. Simples, não?
Ao colocarmos no plural – imóveis –, fique claro que
estamos deixando de lado uma das questões mais polêmicas nas finanças pessoais: a compra da casa própria.
Essa merece capítulo à parte. Não se trata apenas de investimento financeiro. O resultado na ponta do lápis pesa
menos do que as emoções e os sonhos envolvidos.
Investimentos em imóveis não são para amadores ou
para quem tem pouco dinheiro. Assim como no mercado de ações, peixinhos pequenos geralmente acabam
alimentando os maiores. As pessoas contam quando ganham, mas calam quando perdem.
O mercado imobiliário exige conhecimento, liquidez, muito capital, informações atualizadas e habilidades negociais. Comprar e vender imóveis custa
caro. Para começar, 15% de impostos sobre ganhos
de capital sobre o lucro. Comissões de 3% a 6%,
quando envolver corretores, custos de oportunidade
no mercado financeiro, custos de reparos. Há ainda
custos com ITBI, IPTU, advogados, contratos, certidões, registros, anúncios, manutenção e burocracia.
Para quem aluga, 10% de corretagem e 27,5% de
IR. Nesse mercado, também não existe almoço grátis. Tem de ponderar todos os custos. Alguns podem
ser reduzidos ou eliminados, mas geralmente à custa
de mais risco, em um mercado por si arriscado para
quem não é do ramo.
Comprar um terreno, um apartamento, uma casinha
ou uma sala para aluguel ou venda no futuro não torna
alguém um investidor do mercado imobiliário. Pode ser
inclusive boa alternativa para diversificação dos investimentos e reserva de valor. Algo a fazer quando se está
8 | Mar-Abr/2014 | Jornal AÇÃO
em busca de alternativas fora do mercado financeiro.
O arriscado seria raspar os saldos de outros investimentos na aposta de ganhar com a especulação do
mercado de imóveis, colocando todas as fichas no
mesmo ativo, ainda mais pensando em prazo curto
ou determinado.
Contudo, para quem está disposto e acredita nesse
mercado, uma dica que sempre me foi útil: o principal
fator a ser avaliado na escolha de um imóvel para investimento deve ser a localização. Depois, avalie onde fica.
Antes de olhar outros aspectos, pondere novamente a
localização. Não apenas o endereço. Avalie também a
orientação solar, o andar, os acessos, os meios de transporte, a vizinhança, o plano diretor do bairro, as perspectivas da cidade. Localização é a única coisa que não pode
ser mudada e que vai estar arraigada ao valor do imóvel
para sempre. Com bolha imobiliária ou sem ela.
Se eu acho ruim investir em imóveis? De jeito nenhum. Mas como se diz na minha terra natal: “ovelha
não é pra mato” e “não se colocam todos os ovos em
uma única cesta”.
O bom mercado é o que cada um conhece melhor.
ANABB nas
eleições Cassi e Previ
As eleições da Cassi e da Previ são o principal destaque desta edição do jornal. Por isso, foram realizadas
entrevistas com os quatro candidatos que concorrem
ao cargo de diretor na Cassi e com os oito candidatos
que disputam as vagas de diretor na Previ.
Os questionamentos enviados para os candidatos
da Caixa de Saúde foram os mesmos e cada um fez
diferentes abordagens, de acordo com as propostas
que defendem. Procedimento igual foi feito com os
candidatos da Caixa de Previdência, considerando
que foram diferentes as perguntas direcionadas
para candidatos aos cargos de diretor de administração e de diretor de planejamento.
A ANABB manteve-se isenta nesses processos
eleitorais. O objetivo deste material é repassar
para os associados a real intenção dos candidatos
e o trabalho que cada um pretende desenvolver na
Cassi e na Previ.
Jornal AÇÃO | Mar-Abr/2014 | 9
CHAPAS HOMOLOGADAS
PARA AS ELEIÇÕES DA CASSI 2014
Chapa 1 – Todos pela Cassi
CARGOS
CANDIDATOS
Diretoria
William Mendes de Oliveira
Conselho Deliberativo – Titular 1
Loreni Senger Correa
Conselho Deliberativo – Suplente 1
Elisa de Figueiredo Ferreira
Conselho Deliberativo – Titular 2
Fabianoi Félix do Nascimento
Conselho Deliberativo – Suplente 2
Nilton Cifuentes Romão
Conselho Fiscal
Regina Fátima de Souza Cruz
Conselho Fiscal – Suplente
Daniel Liberato
Chapa 2 – Maturidade
CARGOS
CANDIDATOS
Diretoria
Gilberto Moreira Veras Júnior
Conselho Deliberativo – Titular 1
Antonio José Banhara
Conselho Deliberativo – Suplente 1
Virgínia Ribeiro Nogueira da Rocha
Conselho Deliberativo – Titular 2
João Eugenio Franco Caldas
Conselho Deliberativo – Suplente 2
José Valdo de Sousa
Conselho Fiscal
Jayro de Maio Bernardes
Conselho Fiscal – Suplente
Guilherme Oliveira Campos
Chapa 3 – Uma Nova Cassi
CARGOS
CANDIDATOS
Diretoria
Humberto Santos Almeida
Conselho Deliberativo – Titular 1
Karen Simone D’Avila
Conselho Deliberativo – Suplente 1
Juliana Publio Donato de Oliveira
Conselho Deliberativo – Titular 2
Ailton Claécio Lopes Dantas
Conselho Deliberativo – Suplente 2
Ronaldo de Moraes Ferreira
Conselho Fiscal
Norival da Silva
Conselho Fiscal – Suplente
Marianne Lima Martins
Chapa 4 – Renovação
CARGOS
CANDIDATOS
Diretoria
Humberto Fernandes de Oliveira
Conselho Deliberativo – Titular 1
Gilberto Antonio Vieira
Conselho Deliberativo – Suplente 1
Maria do Rosário de Fátima Ferreira Durães
Conselho Deliberativo – Titular 2
Claudio Nunes Lahorgue
Conselho Deliberativo – Suplente 2
Alvino Franzoni
Conselho Fiscal
Nilton Brunelli de Azevedo
Conselho Fiscal – Suplente
Jane Cassandra Rodrigues Abrantes Pereira
10 | Mar-Abr/2014 | Jornal AÇÃO
Os eleitos terão
mandatos de 2 de
junho de 2014 a 31
de maio de 2018.
ELEIÇÕES CASSI 2014
Chapa 1 – Todos pela Cassi
Diretor: William Mendes de Oliveira
Como você pretende enfrentar o duplo desafio de
conquistar a sustentabilidade financeira da Cassi
com boa política de saúde para seus associados?
Sustentabilidade financeira e boa política de saúde
não são excludentes, ao contrário do que a pergunta
pode sugerir. Podemos melhorar o atendimento da
Cassi e manter uma boa política de saúde sem aumentar as contribuições dos associados. O caminho para
garantir a sustentabilidade financeira passa pelo controle e pela racionalização das despesas. A situação
financeira da Cassi causa preocupação, mas não podemos esquecer que o déficit de R$ 107 milhões em
2012 foi reduzido para R$ 29 milhões em 2013. O resultado melhorou, principalmente por conta da revisão
de processos e da economia de recursos feita desde
2012 pelos novos dirigentes eleitos. Este processo
tem de continuar. Dá para fazer muito mais. Incrementar o uso das unidades próprias, pouco frequentadas
pelos associados. Negociar com hospitais, clínicas e
prestadores de serviço a revisão dos valores pagos.
Acelerar a implantação do atendimento integral à saúde, de maneira a melhorar o atendimento e a reduzir
despesas. Revisar contratos com terceiros e processos
de trabalho. Tudo isto depende muito mais da disposição dos novos dirigentes eleitos, de sua capacidade de
negociação e de gerenciamento, do que da revisão do
valor das contribuições. Há quem defenda o aumento
das contribuições, mas este não é nosso caso.
O que pretende fazer, como diretor de Saúde, para
implementar suas propostas?
Melhorar e ampliar a rede credenciada, aproximar
a Cassi dos associados e atuar de maneira mais integrada com os Conselhos de Usuários; ampliar programas como a Assessoria aos Usuários; melhorar
os serviços da central de atendimento; agilizar a liberação de procedimentos; aprimorar a implantação
do Programa de Atenção Integral à Saúde; implantar
plano odontológico; dedicar mais atenção à saúde do
trabalhador; aperfeiçoar os serviços das unidades
próprias e criar novos programas específicos de atenção à saúde de trabalhadores ativos e aposentados;
melhorar a gestão e os processos internos da Cassi;
manter a solidariedade do plano de associados, dispensando o mesmo atendimento a todos, de acordo
com suas necessidades. Estas são algumas das propostas que pretendemos implantar com o apoio de
todos os dirigentes eleitos, negociando com o Banco
e os dirigentes por ele indicados. Temos grande experiência de luta e negociação e, quando necessário,
buscaremos o respaldo das centenas de entidades
que nos apoiam nesta eleição: sindicatos, associações de aposentados e entidades associativas. Só
quem tem o apoio de todos pode conseguir fazer as
melhorias de que a Cassi precisa.
Que outros desafios você considera fundamentais
para a Cassi nos próximos quatro anos?
O maior desafio é melhorar permanentemente a
qualidade no atendimento e garantir atenção à saúde
em todas as localidades onde haja funcionários do
BB ativos e aposentados.
Jornal AÇÃO | Mar-Abr/2014 | 11
ELEIÇÕES CASSI 2014
Chapa 2 – Maturidade
Diretor: Gilberto Moreira Veras Júnior
Como você pretende enfrentar o duplo desafio de
conquistar a sustentabilidade financeira da Cassi
com boa política de saúde para seus associados?
A questão da real sustentabilidade financeira da Cassi é uma discussão que pretendemos levantar com uma
equipe especializada, a partir de nossa posse. Entendemos que os planos de saúde são empresas de sucesso
financeiro, basta olharmos para o mercado. Precisamos
compreender o que ocorre com a gestão de nosso plano, aprender com os casos de sucesso do mercado e
sugerir mudanças por meio do Conselho Deliberativo,
como previsto no Estatuto. No que diz respeito à política de saúde, entendemos que temos muito a melhorar
sob todos os aspectos, do atendimento à ampliação dos
serviços. Existem várias possibilidades de parcerias que
podemos estabelecer sem a necessidade de contrapartida financeira. Alguns exemplos são: convênios com
cooperativas de táxis para atendimentos de urgência
(que possuam a localização de médicos credenciados),
disponibilização de geolocalizador de credenciados pelo
celular, processo de indicação de médicos pelos usuários diretamente no site, atendimento em domicílio, convênios com clínicas de qualidade de vida, academias e
outras atividades que promovam a prevenção da saúde,
e não só o tratamento da doença.
O que pretende fazer, como diretor de Saúde, para
implementar suas propostas?
12 | Mar-Abr/2014 | Jornal AÇÃO
Compomos uma chapa formada por profissionais
experientes em gestão de pessoas, gestão financeira e gestão de processos, sem vínculos com partidos
políticos, sindicatos ou outras associações. Vamos
utilizar nossas competências a serviço exclusivo de
nossos associados. Nosso foco e motivação de trabalho estará sempre nas pessoas, cuidando do seu
bem maior, que é a saúde. Por meio do site da Cassi,
teremos um canal direto do associado com nossa Diretoria, o Diretor Responde.
Que outros desafios você considera fundamentais
para a Cassi nos próximos quatro anos?
Todos nós, usuários da Cassi, sabemos da necessidade urgente de maior rede credenciada. Precisamos
de mais médicos de diferentes especializações, hospitais e clínicas médicas. Atualização da cobertura
de medicamentos de uso contínuo, materiais médicos de uso externo e implantes, novos procedimentos de exame e tratamentos são fundamentais para
garantir a saúde de nosso associado. São várias as
“doenças modernas” a que a Cassi não oferece cobertura. Finalmente, a gestão do plano odontológico
(atualmente patrocianado pelo BB), que deveria ser
uma obrigação dos dirigentes em cumprimento ao Estatuto, será um tema que levaremos ao Conselho Deliberativo. Já estamos debatendo todos esses temas
em nosso site www.maturidade.com.br.
ELEIÇÕES CASSI 2014
Chapa 3 – Uma Nova Cassi
Diretor: Humberto Santos Almeida
Como você pretende enfrentar o duplo desafio de
conquistar a sustentabilidade financeira da Cassi
com boa política de saúde para seus associados?
A sustentabilidade do sistema de saúde está ligada
às pessoas, ao estilo de vida e à manutenção de hábitos saudáveis. Nesse aspecto, a política do BB de buscar alta lucratividade a todo custo, pressão por metas,
assédio moral institucionalizado, sucessivas reestruturações e jornada de trabalho excessiva tem causado
um impacto na qualidade de vida dos funcionários. Tal
modelo de gestão está desalinhado da estratégia de
atenção integral à saúde e tem aprofundado o nível de
adoecimentos, elevando não só comprometimentos
físicos, mas também psicoemocionais. Qualquer rediscussão que envolva o equilíbrio financeiro da Cassi
passa pela atenção integral à saúde, inclusive, no ambiente de trabalho. A Cassi não é apenas uma questão
de receitas e despesas. Ela depende de como organizaremos seu sistema de saúde e de como pactuaremos seu funcionamento com Unidades Cassi, associados, credenciados, operadores e reguladores.
O que pretende fazer, como diretor de Saúde, para
implementar suas propostas?
Tal Diretoria de Saúde e Rede de Atendimento está
responsável por aplicação de políticas assistenciais,
organização de serviços próprios, programas de saúde e apoio às gerências regionais. Nesse aspecto,
implementaremos uma gestão horizontal, em que
pactuaremos seu funcionamento e propostas com
Unidades Cassi, associados e representantes dos
Conselhos de Usuários. Não podemos incorrer no
equívoco de promover mudanças sem rediscutir os
processos com quem executa as políticas assistenciais. O objetivo é priorizar a estratégia de atenção
integral à saúde para os associados, voltada para um
modelo sanitarista de promoção da saúde e de cuidado com as pessoas desde antes que os problemas
apareçam. Queremos um sistema de serviço organizado com base no perfil de saúde e adoecimento da
população que irá utilizá-lo.
Que outros desafios você considera fundamentais
para a Cassi nos próximos quatro anos?
É importante termos um olhar sistêmico, que envolva
as demais diretorias e o mercado, para buscar melhoria do atendimento e ampliação de oferta de serviços.
Grandes questões preocupam os funcionários do BB:
querem melhorias das condições de trabalho e um Plano de Cargos e Salários (PCS) que resgate a dignidade e
traga a perspectiva de aposentadoria. Porém, diante da
realidade de banco privado, com alto nível de lucratividade, teremos de debater uma nova reforma estatutária
na Cassi, nos marcos de mudanças de custeios e propostas que atendam os interesses de nossa principal
entidade e de seus associados.
Jornal AÇÃO | Mar-Abr/2014 | 13
ELEIÇÕES CASSI 2014
Chapa 4 – Renovação
Diretor: Humberto Fernandes de Oliveira
Como você pretende enfrentar o duplo desafio de
conquistar a sustentabilidade financeira da Cassi
com boa política de saúde para seus associados?
A Cassi precisa de administradores competentes
para garantir um atendimento de qualidade e equilíbrio econômico-financeiro do plano de saúde de
associados. Além das dificuldades enfrentadas com
os custos crescentes da saúde, decorrentes de novas tecnologias, tratamentos caros e reivindicações
de equipes de saúde em todo o Brasil, em 2014, a
Cassi vai encarar redução de receitas. Com o fim do
Benefício Especial Temporário (BET), a entidade vai
deixar de receber anualmente, no plano de associados, mais de R$ 110 milhões. Os dirigentes da Cassi
irão precisar de toda a criatividade possível para equilibrar as contas, além da coragem de iniciar imediatamente um diálogo com o Banco do Brasil para buscar
receitas alternativas.
O que pretende fazer, como diretor de Saúde, para
implementar suas propostas?
Nossa chapa Renovação traz uma equipe independente. Nós unimos funcionários novos com pessoas
experientes e iremos trabalhar muito para aumentar
os valores das consultas de médicos e profissionais
de saúde, principalmente naquelas especialidades
que são de difícil credenciamento. Vamos implantar
equipes da Estratégia de Saúde da Família, mesmo
em locais onde não há Unidades da Cassi, garantindo
a presença da Caixa de Assistência onde existe carência de profissionais de saúde ou concentração de par14 | Mar-Abr/2014 | Jornal AÇÃO
ticipantes. A chapa 4 pretende também investir em
tecnologia e sistemas de automação para controlar
custos, subsidiar informações gerenciais e garantir
redução de despesas e melhoria no atendimento. Irá
expandir o Programa de Atenção aos Crônicos para
todo o país, com o objetivo de reduzir as internações
e aumentar a qualidade de vida dos assistidos. Para
garantir o equilíbrio financeiro do plano de associados, vamos abrir um canal de negociação com a Direção do Banco do Brasil e discutir, com independência,
a sustentabilidade do plano e a qualidade da assistência prestada.
Que outros desafios você considera fundamentais
para a Cassi nos próximos quatro anos?
Não podemos deixar que os problemas financeiros
sejam balizadores de nossa qualidade de assistência. Não podemos encolher nossa rede credenciada; ver dificultada a autorização de exames e procedimentos; deixar fechar nossas CliniCassis, que
já funcionam com equipes reduzidas. Não podemos
concordar em ser atendidos apenas por médicos
recém-formados que aceitam nosso credenciamento enquanto não são conhecidos no mercado. Não
queremos que o associado tenha de pagar por fora
médicos e hospitais para garantir um atendimento
digno. Precisamos de dirigentes honestos que trabalhem com criatividade e coragem, que sejam capazes de propor novas alternativas de custeio e que
não estejam pendurados nem comprometidos com
correntes ou partidos políticos.
CHAPAS INSCRITAS PARA
AS ELEIÇÕES DA previ 2014
Os eleitos terão mandatos de 2 de junho de 2014 a 31 de maio de 2018
Ética e Transparência
Previ Livre, Forte e de Todos
CARGOS
CANDIDATOS
CARGOS
CANDIDATOS
Conselho Deliberativo – Titular
Saulo Sartre Ubaldino
Conselho Deliberativo – Titular
Antonio José de Carvalho
Conselho Deliberativo – Suplente
Aldo Bastos Alfano
Conselho Deliberativo – Suplente
José Bernardo de Medeiros Neto
Conselho Fiscal – Titular
José Branisso
Conselho Fiscal – Titular
Williams Francisco da Silva
Conselho Fiscal – Suplente
Marcelo Batista Escocard
Conselho Fiscal – Suplente
Iris Carvalho Silva
Diretoria de Administração
Ítalo Lazzarotto Júnior
Diretoria de Administração
Cecilia Mendes Garcez Siqueira
Diretoria de Planejamento
Arnaldo José Vollet
Diretoria de Planejamento
Décio Bottechia Júnior
Conselho Consultivo do Plano 1 – Titular
Leopoldina Maria Correa Freitas
Conselho Consultivo do Plano 1 – Titular
Angelo Raphael Celani Pereira
Conselho Consultivo do Plano 1 – Suplente
Hélio Gregório da Silva
Conselho Consultivo do Plano 1 – Suplente
Ari Zanella
Conselho Consultivo do Plano 1 – Titular
Claudio Eduardo Cardoso Marra
Conselho Consultivo do Plano 1 – Titular
Luiz Carlos Teixeira
Conselho Consultivo do Plano 1 – Suplente
Oraida Laroque Medeiros
Conselho Consultivo do Plano 1 – Suplente
Paulo Roberto Pavão
Conselho Consultivo do Previ Futuro – Titular
Lavinia Oliveira Bittencourt
Conselho Consultivo do Previ Futuro – Titular
Felipe Garcia Nazareth
Conselho Consultivo do Previ Futuro – Suplente
Airton Tomé Junior
Conselho Consultivo do Previ Futuro – Suplente
Flavia Casarin Nunes
Conselho Consultivo do Previ Futuro – Titular
Rosineia Diana Balbino
Conselho Consultivo do Previ Futuro – Titular
Lissane Pereira Holanda
Conselho Consultivo do Previ Futuro – Suplente
Marcello da Silva
Conselho Consultivo do Previ Futuro – Suplente
Eduardo Henrique de Resende Cunha
União e Participação
Unidade e Segurança na Previ
CARGOS
CANDIDATOS
CARGOS
CANDIDATOS
Conselho Deliberativo – Titular
Sérgio Faraco
Conselho Deliberativo – Titular
José Ricardo Sasseron
Conselho Deliberativo – Suplente
Macilene Rodrigues de Oliveira
Conselho Deliberativo – Suplente
Gilberto Matos Santiago
Conselho Fiscal – Titular
Fernando Luiz Lima Saraiva
Conselho Fiscal – Titular
Reinaldo Fujimoto
Conselho Fiscal – Suplente
Jorge Stein Lopes
Conselho Fiscal – Suplente
Sandra Regina de Miranda
Diretoria de Administração
Leonardo Faletti
Diretoria de Administração
Wagner de Sousa Nascimento
Diretoria de Planejamento
Amir Gonçalves dos Santos
Diretoria de Planejamento
Célia Maria Xavier Larichia
Conselho Consultivo do Plano 1 – Titular
Ebenézer Walter A. do Nascimento
Conselho Consultivo do Plano 1 – Titular
Fernanda Duclos Carisio
Conselho Consultivo do Plano 1 – Suplente
Maria Lizete da Silveira
Conselho Consultivo do Plano 1 – Suplente
Antonio Carlos Lima Rios
Conselho Consultivo do Plano 1 – Titular
Elaine Michel
Conselho Consultivo do Plano 1 – Titular
Jurandi Pereira do Nascimento Filho
Conselho Consultivo do Plano 1 – Suplente
Carlos Vitor Cerqueira Fernandes
Conselho Consultivo do Plano 1 – Suplente
José Luiz Barboza
Conselho Consultivo do Previ Futuro – Titular
Manoel Pereira de Lima Júnior
Conselho Consultivo do Previ Futuro – Titular
Rosalina do Socorro Ferreira Amorim
Conselho Consultivo do Previ Futuro – Suplente
Gisele Crisóstimo B. de Sousa
Conselho Consultivo do Previ Futuro – Suplente
Kleytton Guimarães Morais
Conselho Consultivo do Previ Futuro – Titular
Cristiana Silva Rocha Garbinatto
Conselho Consultivo do Previ Futuro – Titular
Pablo Sérgio Mereles Ruiz Diaz
Conselho Consultivo do Previ Futuro – Suplente
Bruno Rodrigues Chermont Vidal
Conselho Consultivo do Previ Futuro – Suplente
Paulo Vinícius Santos da Silva
Até o fechamento desta edição, ainda não havia esgotado o prazo para homologação das chapas que concorrem na
Previ, podendo ocorrer mudanças não captadas em tempo hábil.
Jornal AÇÃO | Mar-Abr/2014 | 15
ELEIÇÕES PREVI 2014
Ética e Transparência
Diretor de Administração:
Ítalo Lazzarotto
Quais os maiores desafios para o Plano Previ Futuro
nos próximos quatro anos?
Infelizmente, o Previ Futuro não tem um retrospecto positivo em termos de rentabilidade, principalmente se comparado ao Plano 1. É muito grande a diferença de rentabilidade entre os planos nos últimos
dez anos. Neste período, perdemos oportunidades de
investimento importantes, principalmente no mercado de capitais e imobiliário. Tal fato nos permite inferir
que, em algum momento, não foram adequadas as
“políticas de investimento” do Previ Futuro. Considerando este retrospecto, penso que os maiores desafios do plano serão os seguintes:
• reavaliar a política de investimentos de forma a
adequá-la ao momento adverso que vivemos, a
fim de que sejam aproveitadas as oportunidades propiciadas pelo mercado; e
• reavaliar a estrutura de administração da Previ
e adotar ações que visem à “eficiência operacional”, com o objetivo de reduzir as despesas
e a taxa de carregamento.
Sendo a Diretoria da Previ um colegiado compartilhado entre indicados pelo BB e eleitos pelos associados e sabendo que os interesses podem ser
antagônicos, como pretende enfrentar os desafios
relativos à área de administração?
Os desafios da área de administração estão diretamente ligados à adoção de procedimentos que visem
à eficiência operacional em todos os seus espectros.
Ter estrutura de administração adequada, ter corpo
funcional capacitado e eficiente e ter custos ajusta16 | Mar-Abr/2014 | Jornal AÇÃO
dos certamente é interesse tanto do patrocinador
como dos associados. Nesse sentido, os interesses
são convergentes. Por outro lado, as divergências,
quando existirem, possibilitarão o debate para a
construção de soluções adequadas à Previ. As ações
devem sempre preservar a instituição e seu objetivo,
qual seja, garantir benefícios previdenciários complementares a seus associados, de forma a contribuir
para a tranquilidade e a qualidade de vida destes e
de seus dependentes.
Quais outras considerações deseja fazer aos associados da Previ?
Vivemos um novo e difícil momento na economia.
Os tempos de elevadas taxas de juros, rentabilidade
fácil no mercado de capitais e supervalorização do
mercado de imóveis parecem exauridos. No Plano
1, o pagamento do BET chegou ao fim e voltaram as
contribuições. No Plano Previ Futuro, na média dos
últimos anos, não foi atingida a rentabilidade mínima
(atuarial) necessária para o equilíbrio do plano.
Logo, devemos ter consciência de que teremos
grandes desafios nos próximos anos, tanto na busca
de redução de despesas como na melhor rentabilidade dos Planos 1 e Previ Futuro. Acredito que nossa
formação acadêmica e nossa experiência profissional
como administrador no BB e conselheiro no Conselho
Consultivo da Previ são credenciais para a realização
de um bom trabalho frente à Diretoria de Administração. Para enfrentar esses desafios, propomos a renovação das posições deliberativas. Será um novo olhar
na administração da Previ.
ELEIÇÕES PREVI 2014
Ética e Transparência
Diretor de Planejamento:
Arnaldo José Vollet
Quais os maiores desafios para o Plano 1 da Previ
nos próximos quatro anos?
Entendo que os desafios do Plano 1 não se restringem aos próximos quatro anos, mas vão até o fim de
sua vida útil. É garantir que o último participante receba o último benefício nas condições iniciais de sua
aposentadoria. A preocupação primária é a perpetuidade dos benefícios. A Diretoria de Planejamento é
responsável pela Gestão Integrada de Ativos e Passivos da Previ, ferramenta fundamental para atribuições como política de investimentos, análise de riscos,
gestão de liquidez e solvência dos planos. Por ser um
plano maduro, em que a maioria é de aposentados, é
natural que a exigência de recursos para pagar benefícios se mostre, gradativamente, em patamar acima
do fluxo de entrada (contribuições mais dividendos,
principalmente), impondo necessidade de se trabalhar
o planejamento com mais acuidade e competência.
Tão importante quanto a política de investimentos é
desenvolver ou aprimorar, no nível estratégico e tático,
uma política ou plano de desinvestimento que garanta
à Previ os fluxos necessários ao cumprimento das obrigações, sem solução de continuidade.
Sendo a Diretoria da Previ um colegiado compartilhado entre indicados pelo BB e eleitos pelos associados e sabendo que os interesses podem ser
antagônicos, como pretende enfrentar os desafios
inerentes à área de planejamento?
Entendo que, mais do que ser diretor indicado ou
eleito, somos também participantes, como os mais
de 200 mil colegas. Estou certo de que vamos exercer
a função para fazer o melhor, dispondo de competência e capacidade técnica para o bem da instituição. O
antagonismo é positivo. A experiência mostra que de
divergências de opinião surgem melhores soluções. A
unanimidade nem sempre é saudável. A Diretoria de
Planejamento é eminentemente técnica. Ações, proposições e atividades seguem critérios técnicos estudados, analisados, compilados e comparados com
cenários de mercado e aferição de exequibilidade.
Mesmo na divergência, parâmetros técnicos devem
ser ponderados em uma discussão. Não acredito que
se incluam outros interesses em uma decisão técnica. E afirmo que, se isso acontecer, o associado terá
a certeza de que não serei conivente e adotarei as
medidas cabíveis para evitar prejuízo à Previ e a seus
participantes.
Quais outras considerações deseja fazer aos associados da Previ?
Na verdade, faço um apelo ao associado para que não
se omita e vote nas próximas eleições, principalmente os
aposentados e os pensionistas. Lembro que, para curtir o
merecido descanso, temos de vigiar. Só uma Previ sólida
pode garantir o benefício que trará tranquilidade e certeza de uma aposentadoria digna para nós e para os nossos. Sem demérito aos demais candidatos, a quem rendo
meu respeito e minha consideração, a próxima eleição se
apresenta como a oportunidade para que o associado,
democraticamente, dê chance ao novo. É preciso provocar a renovação. Ela deve vir do associado. São necessárias novas propostas para o futuro da Previ.
Forte abraço!
Jornal AÇÃO | Mar-Abr/2014 | 17
ELEIÇÕES PREVI 2014
Previ Livre, Forte e de Todos
Diretora de Administração:
Cecilia Mendes Garcez Siqueira
Quais os maiores desafios para o Plano Previ Futuro
nos próximos quatro anos?
No Plano Previ Futuro, dois fatores são fundamentais para o cálculo do benefício no momento da aposentadoria: rentabilidade e custos. Para aumentar a
rentabilidade, que apresentou resultado pífio no último ano, a princípio, é preciso ter uma análise cuidadosa do risco dos investimentos. O investimento feito
nos últimos anos em empresas como as do grupo
EBX, em que o risco sempre foi considerado altíssimo
pelos analistas de mercado, não foi e não será o melhor caminho para perseguir uma boa rentabilidade.
Em relação aos custos, a racionalização do custeio
administrativo é outro grande desafio. É preciso reduzir os gastos crônicos com consultorias diversas, taxa
de administração altíssima paga à BBDTVM, mordomias como auxílio-moradia, motorista, entre outros.
Há também a falta de flexibilidade nos perfis de investimento, principalmente em momentos de crise.
Sendo a Diretoria da Previ um colegiado compartilhado entre indicados pelo BB e eleitos pelos associados e sabendo que os interesses podem ser
antagônicos, como pretende enfrentar os desafios
relativos à área de administração?
Nestas eleições, serão eleitos dois diretores e isso
poderá fazer a diferença, se ambos estiverem alinhados e não tiverem vínculos com o governo. Eu e o Décio
Bottechia Júnior, candidato em nossa chapa ao cargo
de diretor de Planejamento, lutaremos pelos mesmos
objetivos, que estarão vinculados ao que é melhor para
18 | Mar-Abr/2014 | Jornal AÇÃO
o associado. Essa Diretoria tem vários desafios a serem enfrentados. O primeiro diz respeito à sua relação
com o próprio associado. É fundamental garantir-lhe
transparência nas ações de administração e controle
do que se passa na Previ. Seja na área de contabilidade, seja na de contratos, é ao associado que a Diretoria
de Administração deve satisfação em primeiro lugar. É
necessário também cuidar melhor de nossa área de
tecnologia, em que segurança e sistemas eficientes,
que reduzam riscos e custos, são indispensáveis. Entretanto, tudo isso não será suficiente se nossa equipe
não estiver motivada. Na Previ, há muito a ser feito. É
necessário ter mais transparência, melhorar a comunicação e resgatar a meritocracia como fator primordial
para a promoção de um funcionário.
Quais outras considerações deseja fazer aos associados da Previ?
Estreitar o relacionamento, aprimorando a comunicação e as condições de operações para os associados do Previ Futuro, além de lutar por melhorias
de benefícios, é prioridade em nossa gestão. A Diretoria de Administração possui muitos desafios e,
para enfrentá-los, não basta boa vontade: é necessária a experiência de quem conhece bem a Previ. Independência e determinação para defender
e lutar pela PREVI QUE QUEREMOS. E a Previ que
queremos é LIVRE das amarras políticas do governo, FORTE na gestão de seus recursos e DE TODOS
os associados. Para me conhecer melhor, acesse:
www.ceciliagarcez.blogspot.com.
ELEIÇÕES PREVI 2014
Previ Livre, Forte e de Todos
Diretor de Planejamento:
Décio Bottechia Júnior
Quais os maiores desafios para o Plano 1 da Previ
nos próximos quatro anos?
Os desafios do Plano 1 são enormes, principalmente pela exposição elevada em renda variável, não
compatível com o perfil maduro e fechado do plano,
que tem como principal objetivo a gestão dos recursos necessários para cumprir com as obrigações assumidas. É preciso, então, responder com ações que
garantam a gestão equilibrada dos ativos frente aos
cenários de incerteza da economia. A cada ano que
passa, os desembolsos são maiores para o pagamento dos benefícios e, por isso, a liquidez dos ativos é
muito importante. Não há desafio maior do que garantir a saúde financeira da Previ para que cumpra
seu papel perante seus participantes. O desafio nos
próximos quatro anos e nos seguintes é maximizar o
retorno dos investimentos feitos com esses recursos
de modo a cumprir fielmente essas obrigações.
Sendo a Diretoria da Previ um colegiado compartilhado entre indicados pelo BB e eleitos pelos associados e sabendo que os interesses podem ser
antagônicos, como pretende enfrentar os desafios
inerentes à área de planejamento?
Em minha visão, não pode haver interesses antagônicos. O interesse da Diretoria colegiada deve ser
comum, a fim de gerir os recursos da Previ da melhor forma possível para os participantes. É de fundamental importância que todos os investimentos ou
decisões que envolvam o passivo atuarial passem por
criteriosa avaliação dos riscos envolvidos, principalmente no que diz respeito ao risco de liquidez. Haverá
visões diferentes sobre como distribuir os encargos
necessários para a obtenção do resultado desejado,
mas com profissionalismo e respeito mútuo chegaremos ao consenso sobre os rumos a trilhar na Previ.
A busca do consenso é obrigação de todas as partes
e é sinônimo de amadurecimento e respeito pelos
associados. Temos de ficar atentos à ordem o tempo todo e, para isso, necessitamos de processos de
avaliação de riscos independentes, que garantam a
solvência dos planos.
Quais outras considerações deseja fazer aos associados da Previ?
A Previ é um caso de sucesso e somente chegou
até onde estamos com participação efetiva dos funcionários e processos que permitiram a gestão compartilhada e comprometida com os propósitos de um
fundo de pensão. Além dos desafios apontados, é
preciso avançar na luta pela melhoria dos benefícios.
Precisamos de uma gestão que seja comprometida
com os interesses dos associados, que busque alternativas e que priorize o associado. Sem um regulamento que seja respeitado, justo e perfeito, não iremos longe. Sem governança corporativa consistente,
correremos riscos. Portanto, é hora de os associados
aumentarem sua participação em todas as oportunidades e instâncias, pois foi assim que nos tornamos
exemplo de gestão de fundo de pensão no Brasil.
Jornal AÇÃO | Mar-Abr/2014 | 19
ELEIÇÕES PREVI 2014
União e Participação
Diretor de Administração:
Leonardo Faletti
Quais os maiores desafios para o Plano Previ Futuro
nos próximos quatro anos?
O cenário macroeconômico previsto para o período
de 2014 a 2018 e a análise dos resultados obtidos
em 2013 deixam muito clara a necessidade de se reavaliar a alocação dos ativos do plano, otimizando a
gestão desses recursos, a fim de viabilizar a obtenção
da rentabilidade necessária ao atendimento das expectativas dos participantes. Como se pode observar,
boa parte da rentabilidade vem das operações com
participantes, ao passo que os fundos de investimento e as ações apresentaram rentabilidade negativa
ou muito baixa. Consideramos também ser de fundamental importância a transparência na comunicação
com os participantes do Plano Previ Futuro, a fim de
que os produtos para esse segmento estejam sempre
alinhados com suas expectativas.
Sendo a Diretoria da Previ um colegiado compartilhado entre indicados pelo BB e eleitos pelos associados e sabendo que os interesses podem ser
antagônicos, como pretende enfrentar os desafios
relativos à área de administração?
Partimos do pressuposto de que os interesses de
todos os gestores, independentemente da forma que
chegaram ao cargo que ocupam, devem ser os interesses do fundo e os de seus participantes. É importante
ressaltar que os gestores respondem por seus atos,
podendo ser punidos na pessoa física e comprometendo seu patrimônio pessoal. Eventuais interesses
antagônicos serão combatidos e expostos aos participantes, de modo a inviabilizar sua concretização. A
20 | Mar-Abr/2014 | Jornal AÇÃO
Diretoria de Administração é responsável por fornecer
as melhores soluções em infraestrutura, processos,
tecnologias e pessoas. Competirá a nós viabilizar as
condições mais adequadas de funcionamento para
toda a Previ, considerando a melhor relação custo –
benefício possível. Entre nossas prioridades estão a
otimização dos processos e sua informatização, para
reduzir os níveis de risco operacional e obter elevados
padrões de produtividade, além da racionalização do
custo administrativo. Vamos resgatar a relação com o
corpo técnico e gerencial da Previ para proporcionar
a manutenção de um ambiente de trabalho saudável,
produtivo e direcionado ao alcance dos objetivos da
organização.
Quais outras considerações deseja fazer aos associados da Previ?
A chapa União e Participação é resultado da aliança entre diversos grupos que compartilham princípios
e valores comuns ao corpo de associados. Fomos
formados em uma cultura que valoriza competência,
honestidade, integridade, solidariedade, respeito,
transparência e independência, entre outros. Nosso
compromisso é com a instituição e seus associados.
Devemos buscar resultados que permitam à Previ
cumprir com seus objetivos de curto, médio e, principalmente, longo prazo. Nossa gestão será marcada
pela transparência na relação com os associados e
instituições que o representam. As conquistas serão
compartilhadas e os obstáculos a serem superados
ficarão claros para todos. Nossa dedicação será integral à Previ.
ELEIÇÕES PREVI 2014
União e Participação
Diretor de Planejamento:
Amir Gonçalves dos Santos
Quais os maiores desafios para o Plano 1 da Previ
nos próximos quatro anos?
O Plano 1 é um plano maduro e, em breve, todos os associados estarão recebendo benefícios. Portanto, precisamos adotar uma política de investimentos responsável
para encarar os grandes desafios que temos pela frente:
• Necessidade de liquidez: o Plano 1 possui quase 100 mil aposentados e pensionistas, recebendo aproximadamente 9 bilhões por ano. A
Previ deve buscar alternativas de investimentos que privilegiem rentabilidade e liquidez. A
visão de governança deve ser pautada pela
busca de desempenho ajustada à atual realidade do plano.
• Interferências políticas: a Previ é um dos alvos
preferidos para apoiar projetos que possuem
grandes impactos políticos e riscos duvidosos
quanto ao retorno financeiro. Precisamos estar
atentos e sempre preparados para defender os
interesses dos associados, independentemente das pressões políticas.
• Diversificação: os ativos do Plano 1 estão muito
concentrados em renda variável, em que poucas empresas respondem por grande parte do
patrimônio. Precisamos, de forma responsável,
reduzir gradativamente esse grande risco ao
qual estamos expostos.
• Outros: é preciso estabelecer o teto de contribuição para os executivos, reduzir o custo de gestão,
implantar a Gestão Baseada em Risco, revisar os
critérios de precificação dos ativos, aumentar a
transparência na gestão, entre outros.
Sendo a Diretoria da Previ um colegiado compartilhado entre indicados pelo BB e eleitos pelos associados e sabendo que os interesses podem ser
antagônicos, como pretende enfrentar os desafios
inerentes à área de planejamento?
A Dipla é responsável por desenvolver e propor políticas orientadoras da gestão dos ativos, com base em
análise e gestão de riscos, buscando oportunidades
de negócios para a melhor alocação dos recursos, conforme as características do plano. Se eventualmente
uma análise técnica encontra resistência por outros interesses prejudiciais aos associados, nossa arma será
a transparência, levando o tema para debate junto a
associados e entidades representativas. O eleito não
pode se calar ou ceder. Quanto mais publicidade, mais
difícil fica para o patrocinador impor propostas que coloquem em risco o patrimônio e a sustentabilidade dos
Planos 1 e Previ Futuro.
Quais outras considerações deseja fazer aos associados da Previ?
Estamos em um momento muito importante na história da nossa Previ. Precisamos ficar muito atentos. O governo e o patrocinador têm se beneficiado, à luz do dia, de
nosso patrimônio. Já perdemos muito (repasse de bilhões
ao BB, fim antecipado do BET, retorno das contribuições,
ausência de teto para os executivos, etc.), não podemos
perder mais. A chapa União e Participação, formada por
meio de coalizão de forças independentes, sem vínculos
com o governo, partidos ou empresas, surge como alternativa para mudar o atual quadro com competência e firmeza. Precisamos de uma Previ mais forte, transparente
e segura. Vote consciente.
Jornal AÇÃO | Mar-Abr/2014 | 21
ELEIÇÕES PREVI 2014
Unidade e Segurança na Previ
Diretor de Administração:
Wagner de Sousa Nascimento
Quais os maiores desafios para o Plano Previ Futuro
nos próximos quatro anos?
Como no Previ Futuro os benefícios são decorrentes da reserva acumulada individualmente pelo participante, o principal desafio para o gestor do plano
é buscar o maior retorno dos investimentos, correndo o menor risco. A maneira mais segura de atingir
essa meta é diversificar os investimentos em ativos
de renda fixa, imóveis e ações das melhores empresas. A experiência acumulada pelo pessoal da Previ
e os mecanismos de gestão implantados nos últimos
anos vêm proporcionando resultados melhores que
os dos demais fundos de pensão, mesmo nas condições mais adversas, graças principalmente à gestão
compartilhada, com a presença dos representantes
dos participantes no dia a dia dos negócios da Previ.
Há muitos outros desafios, dos quais destaco dois.
Primeiro, é preciso controlar e reduzir as despesas
administrativas, sem comprometer a qualidade no
atendimento ao associado e os serviços oferecidos.
Reduzir despesas significa destinar mais recursos
para a reserva de cada participante do Previ Futuro
e gerar superávit no Plano 1 para distribuir aos associados. Segundo, lutaremos pelo resgate das contribuições patronais no Previ Futuro e por contribuições
do Banco sobre a PLR para melhorar o benefício dos
futuros aposentados.
Sendo a Diretoria da Previ um colegiado compartilhado entre indicados pelo BB e eleitos pelos associados e sabendo que os interesses podem ser
antagônicos, como pretende enfrentar os desafios
22 | Mar-Abr/2014 | Jornal AÇÃO
relativos à área de administração?
A Diretoria de Administração cuida da infraestrutura que permite à Previ funcionar com eficiência. Se
eleito, dedicarei boa parte de meu esforço diário a
criar condições para que tudo funcione a contento.
Mas o trabalho mais importante de um diretor eleito é
acompanhar todos os negócios da Previ e defender lá
dentro os interesses dos associados de ambos os planos de benefícios. Por vezes, teremos de nos contrapor aos interesses do Banco e de outros investidores,
empresas e governos que se chocam com os interesses da Previ e de seus associados. A luta sindical nos
deu experiência nesse contraponto. Mais que diretor,
o eleito é representante dos associados e deve atuar
sempre em harmonia com os demais dirigentes eleitos para defender o patrimônio de todos como uma
mãe defende seus filhos.
Quais outras considerações deseja fazer aos associados da Previ?
A Previ é fruto da construção coletiva de várias gerações de funcionários do BB. A Previ superou todas
as ameaças e venceu seus inimigos com o apoio de
nossas entidades de classe, sempre vigilantes e atuantes. Peço seu voto na chapa Unidade e Segurança
na Previ, porque ela representa a união da grande
maioria de sindicatos, associações de aposentados
e entidades associativas para defender os interesses
coletivos. Esse amplo arco de alianças fortalece a
Previ e contempla a diversidade de ativos e aposentados, funcionários novos e antigos, buscando o melhor
equilíbrio possível.
ELEIÇÕES PREVI 2014
Unidade e Segurança na Previ
Diretora de Planejamento:
Célia Maria Xavier Larichia
Quais os maiores desafios para o Plano 1 da Previ
nos próximos quatro anos?
Em dez anos, o Plano 1 distribuiu R$ 25 bilhões
em superávit aos associados, na forma de redução
e suspensão de contribuições, pagamento do BET,
aumento do teto de benefícios para 90%, redução
da Parcela Previ. Foi reduzida a taxa de juros atuarial e aumentada a previsão de expectativa de vida
para projetar com mais segurança o pagamento de
benefícios. Os benefícios temporários foram suspensos devido às condições adversas do mercado
acionário e em consonância com a regulamentação
vigente, mas ainda restam mais de R$ 24 bilhões
de superávit acumulado, para a tranquilidade dos
participantes. O grande desafio da Previ é retomar
a rota de crescimento do patrimônio e da rentabilidade dos investimentos, gerando novos superávits
para distribuir aos associados. Outro grande desafio é equilibrar a presença de representantes eleitos
do Plano 1 e do Previ Futuro em todos os órgãos de
gestão. Em breve, todos os associados do Plano 1
estarão aposentados e precisamos garantir sua presença nos órgãos colegiados, sempre em colaboração e solidariedade com os colegas do Previ Futuro.
Continuarei lutando firmemente pela implantação
de um teto de benefícios no Plano 1. Este tema tem
provocado justo descontentamento entre os participantes e só vai ser resolvido quando alterarmos o
regulamento para contemplar um teto limitador, de
maneira a proteger os recursos dos associados.
Sendo a Diretoria da Previ um colegiado comparti-
lhado entre indicados pelo BB e eleitos pelos associados e sabendo que os interesses podem ser
antagônicos, como pretende enfrentar os desafios
inerentes à área de planejamento?
A Diretoria de Planejamento projeta o futuro da
Previ. Analisando mercados e cenários, propõe a política de investimentos e mecanismos de análise de
risco para dar segurança ao futuro de nossos associados. É exatamente isto que persigo: proteção e
segurança no pagamento dos benefícios. Se eleita,
atuarei sempre em sintonia com os demais diretores
e conselheiros eleitos para defender os interesses
dos associados e fazer contraponto ao BB, sempre
que houver antagonismo ou divergência. Atuaremos
também em sintonia com nossas entidades representativas de aposentados e funcionários da ativa,
dialogando e solicitando o apoio necessário. Nossa chapa Unidade e Segurança na Previ conta com
o mais amplo leque de alianças, exatamente para
mostrar a força do funcionalismo e nossa atitude de
defesa da Previ e dos associados.
Quais outras considerações deseja fazer aos associados da Previ?
Acredito que a solidez da Previ se deve, principalmente, à participação, ao acompanhamento e à vigilância dos associados e das entidades representativas. Esta união é nosso maior patrimônio, que deve
ser valorizado e preservado. O patrocinador BB sabe
disso e não se atreverá a fazer mudanças unilaterais,
enquanto estivermos unidos e perseverantes na luta
pela defesa da missão da Previ.
Jornal AÇÃO | Mar-Abr/2014 | 23
MENSAGEM DA DIRETORIA
De um lado, a Cassi, com temas ligados a
sustentabilidade, política de saúde e regulação,
custeio e despesas. De outro, a Previ, que divide opiniões com assuntos sobre Benefício Especial Temporário (BET), Teto para Estatutários e
Resolução CGPC nº 26/2008. Tanto a Caixa de
Saúde quanto a Caixa de Previdência possuem
atuações diferentes, mas se unem em um ponto: existem por causa do funcionalismo do Banco do Brasil e têm a missão de melhorar a vida
dos associados.
No meio dessas entidades está a ANABB, que
atua como guardiã dos interesses dos associados e defende a Cassi e a Previ como grandes
patrimônios da família BB. Em 2014, as Caixas
de Saúde e Previdência passam por processos
eleitorais para renovação de seus quadros. Na
Cassi, além dos cargos de conselheiros deliberativo e fiscal, haverá eleição para diretor de
Saúde e Rede de Atendimento. Já na Previ, serão escolhidos membros para os Conselhos De-
liberativo, Fiscal e Consultivo e as Diretorias de
Administração e Planejamento.
Isso demonstra que muita gente nova entrará no quadro diretivo, sendo fundamental conhecer aqueles que representarão os anseios
dos milhares de associados por todo o Brasil. A
ANABB sente-se no dever de mostrar quem são
essas pessoas e quais as principais propostas
apresentadas para enfrentar os problemas que
afetam a vida de milhares de associados. Os
associados, por sua vez, poderão avaliar e fazer escolhas para que essas entidades possam
atender cada vez melhor seus interesses.
Diretoria Executiva
VOTAÇÃO NA PREVI
• Ocorre das 9h do dia 16 de maio às 18h do
dia 28 de maio (horário de Brasília).
• Funcionários da ativa ou em afastamentos
VOTAÇÃO NA CASSI
• Ocorre das 9h do dia 9 de abril às 18h do
dia 22 de abril (horário de Brasília).
• Funcionários da ativa votam pelos terminais SISBB, disponibilizados pelo Banco.
• Funcionários do BB em quadro suplemen•
tar votam nos terminais SISBB, nas agências de relacionamento.
Aposentados votam nos terminais de autoatendimento (TAA).
24 | Mar-Abr/2014 | Jornal AÇÃO
regulamentares votam pelos terminais SISBB, disponibilizados pelo Banco.
• Participantes e funcionários em quadro suplementar votam nos terminais SISBB, nas
agências de relacionamento.
• Assistidos e demais participantes: sistema
de atendimento automático por telefone e
sistema web, na rede mundial de computadores, disponibilizados pela Previ.
Parágrafo único. Para utilização do sistema de
atendimento automático por telefone e sistema
web, é necessário possuir senha específica emitida pela Previ (a mesma utilizada para consultar a
seção “Autoatendimento” do site da Previ).
ELEIÇÕES DIREGS
ELEITOS NOVOS
DIRETORES REGIONAIS
Colegas do BB vão representar a ANABB em algumas jurisdições onde havia
cargos vagos. Os diretores regionais têm importante papel em fazer uma ponte
entre os associados nos estados e a ANABB nacional
Por Tatiane Lopes
A ANABB começou 2014 promovendo a eleição de
diretores regionais (Diregs) para os cargos que estavam vagos em seis jurisdições. Eram elas: 38 – Rio
de Janeiro (RJ); 40 – Rio de Janeiro (RJ); 45 – Rio
Grande do Sul (RS); 51 – Roraima (RR); 57 – São Paulo (SP); e 61 – São Paulo (SP). O processo eleitoral
ocorreu entre os dias 23 de janeiro e 27 de fevereiro
de 2014, desde a abertura do edital de convocação
das eleições até a proclamação dos eleitos. A posse
dos Diregs eleitos aconteceu no dia 13 de março na
sede da ANABB em Brasília.
Uma Comissão Eleitoral Especial (CEE) foi nomeada e instalada na sede da ANABB para conduzir todo
o processo eleitoral. Integraram a CEE o vice-presidente de Relações Institucionais, Fernando Amaral,
a conselheira deliberativa Maria Goretti Barone e a
presidente do Conselho Fiscal, Vera de Melo. Somente uma candidatura foi impugnada após os registros
de candidaturas para os cargos vagos.
Os eleitos vão cumprir um mandato de 13 de março de 2014 até a primeira quinzena de janeiro de
2016. Para dar mais transparência ao processo eleitoral, a ANABB criou um hotsite com todas as informações sobre as eleições, como edital, comunicados da
Comissão Eleitoral, lista de candidatos e registro de
candidatura.
Papel dos Diregs
Buscar a legitimação dos diretores regionais é um
dos compromissos da Diretoria Executiva. Em 2013,
a ANABB realizou importante trabalho de visita a
todos os estados brasileiros, por meio do projeto
Encontro Regionais. O principal objetivo foi fortalecer a figura do diretor regional nas 26 capitais e no
Distrito Federal e comprovar sua importância junto
a funcionários da ativa e aposentados, autoridades
regionais e estaduais, tanto do BB quanto de cargos
públicos e de entidades representativas do funcionalismo.
De acordo com o vice-presidente de Relações Institucionais da ANABB, Fernando Amaral, os Diregs
são responsáveis pelo acompanhamento dos assuntos de interesse do funcionalismo. “A realização dos
encontros com os Diregs foi uma forma de estreitar
o relacionamento e melhorar a representatividade.
A legitimação é um trabalho a que chamamos de
empoderamento dos Diregs”, destaca.
Os encontros regionais marcaram o importante
papel dos diretores regionais na atual gestão da
ANABB. O entendimento é de que o fortalecimento
dos Diregs pode facilitar o trabalho da Associação
e otimizar muitas discussões que, por vezes, ficam
restritas ao contato com a Diretoria Executiva. “O
Direg é a ANABB nos estados.
Muitas vezes, os associados
querem solucionar demandas diretamente em Brasília, criando
Os candidatos vencedores em cada uma das jurisdições foram:
um processo que poderia ser so• 38 – Rio de Janeiro (RJ): Maurício Gomes de Souza, 66 votos
lucionado com mais facilidade
• 40 – Rio de Janeiro (RJ): Mário Magalhães de Souza, 77 votos
regionalmente. Por outro lado,
• 45 – Rio Grande do Sul (RS): Valmir Canabarro, 14 votos
queremos apresentar os Diregs
• 51 – Roraima (RR): José Antônio Ribas, 23 votos
às autoridades políticas de cada
• 57 – São Paulo (SP): Adelmo Vianna Gomes, 18 votos
estado e ajudá-los na interação
• 61 – São Paulo (SP): José Roberto Leme, 34 votos
com as demais entidades”, finaliza Amaral.
Jornal AÇÃO | Mar-Abr/2014 | 25
CONVERSA DE BASTIDOR
BB FIRMA ACORDO CONTRA ASSÉDIO MORAL
O BB firmou um acordo judicial com o Ministério
Público do Trabalho (MPT) no Distrito Federal e no
Estado do Tocantins, em que se comprometeu a
combater o assédio moral e sexual em ambiente de
trabalho, antes de ser punido com o pagamento de
multas. O acordo judicial prevê a produção de vídeo
sobre assédio moral e sexual que será exibido durante a realização da campanha “Ser Ético é BOMPRATODOS”. Além disso, o Banco vai instituir curso
autoinstrucional sobre assédio, acessível a todos
os seus funcionários; revisar as instruções normativas internas para regulamentar o resguardo da privacidade dos trabalhadores em face do sistema de
câmeras; e formular controle para identificação de
casos frequentes de afastamento de empregados
de uma mesma unidade. Também serão produzidas
cartilhas sobre o assunto. O BB se comprometeu a
oferecer capacitação sobre assédio moral aos integrantes dos Comitês de Ética Estadual.
DIVULGAÇÃO DOS RESULTADOS
DE 2013 DA PREVI
A Previ divulgou, em 24 de fevereiro, seu balanço
anual de 2013. O presidente da ANABB, Sergio Riede, representou a Associação durante a apresentação dos resultados. Riede registrou publicamente
a posição da ANABB. “Entendemos que houve empilhamento de verbas para os estatutários do BB e
temos como premissa que não deve haver prejuízo
nem privilégio para quem quer que seja. Respeitamos o direito do BB de pagar o salário que julgar
mais adequado a seus dirigentes, mas na Previ têm
de ser respeitadas as regras que valem para todos”.
Ele ainda enfatizou que a ANABB está acompanhando a assinatura do TAC sobre o assunto e que, caso
seu conteúdo contrarie as premissas justas, a entidade continuará lutando para conquistar tratamento
equânime para todos os participantes.
ANABB PRESTIGIA INÍCIO DE CURSOS PROFISSIONALIZANTES
PARA DETENTAS DE TORRES, NO RIO GRANDE DO SUL
O vice-presidente de Comunicação da ANABB e presidente do Instituto VIVA CIDADANIA, Douglas Scortegagna, prestigiou, no dia 18 de fevereiro, a aula inaugural do projeto Sonho de Liberdade, no Presídio Estadual Feminino de Torres
(RS). O projeto é um dos contemplados com recursos do programa Liberdade Responsável, da ANABB. O Sonho de
Liberdade é realizado pela Fundação Maçônica Educacional (FME), em parceria com a Superintendência de Serviços Penitenciários do Estado do Rio Grande do Sul (Susep), e consiste na reinserção das apenadas no mercado de
trabalho, por meio da realização de cursos na área da construção civil. No curso, as mulheres têm aulas teóricas e
práticas de eletricidade básica, piso, revestimento, pintura e textura predial. Ao todo serão 240 horas de curso. Em
sua terceira edição no estado, o projeto já formou mais de 40 mulheres nos presídios femininos de Madre Pelletier,
de Porto Alegre, e de Guaíba, ambos no Rio Grande do Sul.
26 | Mar-Abr/2014 | Jornal AÇÃO
ENCONTRO NACIONAL DOS OBSERVATÓRIOS SOCIAIS
De 27 a 29 de março, foi realizado, em Balneário Camboriú (SC), o V
Encontro Nacional dos Observatórios Sociais. A ANABB, parceira da
Rede de Observatórios Sociais, participou do evento, sendo representada pelo vice-presidente de Comunicação, Douglas Scortegagna e pelos membros dos Observatórios Sociais patrocinados pela
ANABB. O encontro teve como objetivo apresentar as boas práticas
dos observatórios, discutir os avanços na metodologia de trabalho
e consolidar alianças estratégias. Os Observatórios Sociais atuam
em favor da transparência na gestão pública, tendo contribuído com números expressivos na redução de gastos públicos. A ANABB patrocina a implantação de cinco Observatórios Sociais, dos quais quatro já estão em atividade: Campo Grande (MT), Pelotas (RS), Ponta Grossa (PR) e Santo
Antônio de Jesus (BA).
PREVI INFORMA QUE AUTOPATROCINADOS
NÃO POSSUEM OS MESMOS DIREITOS DO
PATROCINADOR
A Previ encaminhou resposta com a análise solicitada pela ANABB a respeito da cota do Benefício
Especial Temporário (BET) para os participantes
autopatrocinados. No dia 18 de fevereiro, atendendo demandas dos associados, a Associação
enviou correspondência à Caixa de Previdência
sugerindo solução para contemplar um direito legítimo dos participantes, ao corrigir o destino da
cota do BET de forma específica para os colegas
que patrocinam a si mesmos. Por carta, a Previ
informou que os autopatrocinados não possuem
os mesmos direitos e obrigações do patrocinador
e que os procedimentos adotados pela Caixa de
Previdência estão em conformidade com a legislação e com o órgão regulador. A Previ ressaltou
que sua interpretação sobre o BET destinado
aos participantes autopatrocinados é ratificada
pelo disposto no artigo 30 da Resolução CGPC
nº 6/2003 e por parecer da Previc (nº 23/2012/
CGDC/Dicol/Previc), emitido em 27/6/2012. A
Previ analisou os valores que cabiam aos grupos e apurou os percentuais de 51,28%, para o
Fundo de Destinação da Reserva Especial dos
participantes (inclusive autopatrocinados), e de
48,72%, para o Fundo de Destinação de Reserva
Especial dos patrocinados, tendo como base o
período de 2007 a 2009.
ANABB RECEBE VISITA DO SECRETÁRIO
DO TRABALHO DE PORTO ALEGRE,
POMPEO DE MATTOS
No dia 19 de março, a Diretoria da ANABB recebeu a visita do secretário do Trabalho e Emprego da prefeitura de Porto Alegre, Pompeo de
Mattos. O ex-deputado federal esteve em Brasília para tratar de assuntos referentes a sua
pasta e aproveitou para reencontrar os colegas
conterrâneos Sergio Riede e Douglas Scortegagna. Pompeu de Mattos já exerceu seis mandatos como deputado, sendo três estaduais e
três federais (eleito em 1998, 2002 e 2006). É
colega do BB e atualmente contribui com o prefeito José Fortunati na administração da capital
gaúcha. O secretário colocou-se à disposição
da ANABB para apoiar projetos de interesse da
Associação.
Jornal AÇÃO | Mar-Abr/2014 | 27
CASO SEGUROS: JUSTIÇA DÁ VITÓRIA À ANABB
A Justiça concedeu importante vitória em favor da ANABB
sobre mais um desdobramento do “caso seguros”. Em
sentença proferida no dia 11 de março de 2014, o juiz
de direito substituto, Dr. Felipe Vidigal de Andrade Serra,
julgou improcedentes os pedidos da Guard Administração e Corretora de Seguros Ltda. na ação movida contra
a ANABB. A antiga corretora da Associação reivindicava o
reconhecimento de sua condição de corretora da ANABB
até os dias de hoje, ignorando o rompimento contratual
ocorrido em 2011, e o pagamento das comissões de corretagem referentes a esse período. Em sua análise, o juiz
afirmou que a troca da corretora pela ANABB serviu para
preservar o interesse dos segurados, uma vez que ficaram comprovadas no processo algumas irregularidades
na condução dos seguros pela Guard. Entre elas estão a
ODONTOPREV É ESCOLHIDA COMO
“FORNECEDOR MAIS ADMIRADO”
A operadora OdontoPrev foi mais uma vez
reconhecida por sua excelência no atendimento aos recursos humanos. A entidade
foi escolhida como “Fornecedor mais admirado pelos RHs 2014”, em pesquisa
nacional realizada no período de julho a
outubro de 2013 com mais de 35 mil profissionais de recursos humanos de 780
empresas do Brasil. Além desse reconhecimento, a OdontoPrev também recebeu o
prêmio de empresa “Melhor avaliada em
assistência odontológica”, entre os 100
Melhores Fornecedores de RH. Vale ressaltar que o OdontoANABB, plano odontológico oferecido pela ANABB a seus associados e dependentes, é administrado
pela OdontoPrev, em uma parceria que
completa dez anos em 2014.
28 | Mar-Abr/2014 | Jornal AÇÃO
existência de documentos que indicam retenção indevida
de comunicações de sinistro, com a finalidade de não permitir diminuição em sua comissão, descumprimento de
prazo de pagamento e divergências nos valores pagos
aos segurados contemplados com números da sorte. O
magistrado salientou que a Guard atacou apenas os aspectos formais da rescisão do contrato, e não se preocupou em se defender sobre as irregularidades apontadas
contra ela. Ainda cabe recurso da sentença. A Diretoria da
ANABB reafirma a importância e a relevância dos seguros,
a garantia de que os seguros e as mudanças ocorridas
não prejudicaram os direitos dos segurados e o compromisso de manter a ANABB permanentemente atenta a
defender os interesses de seus associados.
A íntegra da sentença está disponível no site da ANABB,
www.anabb.org.br, no link “Caso Seguros”.
HOMENAGEM ÀS
MULHERES CONTA COM
AÇÕES EXTERNA E INTERNA
A ANABB homenageou as associadas e as funcionárias de forma especial pelo Dia Internacional da Mulher, comemorado em
8 de março. Na abordagem externa, foi identificada a associada
com maior idade, Celia Lins Leite, de 105 anos, do Rio de Janeiro; a mais nova, Giovanna Gobbo, 17 anos, de Brasília; aquela
com mais tempo de filiação à entidade, Miryam Goes Silva, de
Lauro de Freitas, na Bahia, com ficha de inscrição datada de 11
de julho de 1985, antes mesmo da Assembleia de Constituição
da Associação, em 20 de fevereiro de 1986; e a mais recente
filiada até o Dia da Mulher, Marilu Branco, de Brasília, que se
filiou em 5 de março. Foi dado destaque ainda às sócias-fundadoras da ANABB e às mulheres que ocupam cargo de gestão
na Associação, como a vice-presidente de Relações Funcionais,
Tereza Godoy, a presidente do Conselho Fiscal, Vera Lúcia de
Melo, e outras representantes desse conselho, as dez mulheres
no Conselho Deliberativo e outras quatro que pertencem aos
Grupos de Assessoramento Temático (GAT). Internamente, foi
realizado um chá da tarde para as funcionárias da ANABB, com
distribuição de flores de chocolate e cumprimentos da Diretoria
Executiva.
STJ DETERMINA A SUSPENSÃO DAS AÇÕES
DE REVISÃO DO FGTS
A ANABB noticiou a seus associados o ajuizamento de nova
ação coletiva com o objetivo de realizar a revisão do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS). No entanto, o
ministro Benedito Gonçalves, do Superior Tribunal de Justiça (STJ), nos autos do Recurso Especial nº 1.381.683/PE,
determinou a suspensão de todas as ações que tenham
a finalidade de corrigir o saldo do FGTS. A suspensão vale
para todo o Brasil. Quando o STJ analisar o mérito do Recurso Especial, definirá se é devida ou não a revisão do FGTS
a partir de 1999. Diante desse cenário, a ANABB decidiu
aguardar o resultado do referido recurso, a fim de verificar
se irá ajuizar ou não a ação coletiva divulgada.
PREVIC INFORMA QUE SIBET NÃO PODE
SER UTILIZADO PARA PAGAMENTO
DE CONTRIBUIÇÕES
Em resposta à consulta feita pela Previ, a Previc informou que o Saldo Individual do Benefício Especial
Temporário (Sibet) não pode ser utilizado para pagar
as contribuições dos funcionários que ainda estão na
ativa. De acordo com o órgão fiscalizador, os recursos
do Sibet já foram apropriados como patrimônio previdenciário individual dos participantes e a destinação
deverá ser atrelada ao pagamento de benefícios, ao
resgate ou à portabilidade. De acordo com a Previc,
a utilização do Sibet pelos funcionários da ativa no
pagamento das contribuições mensais contraria o
disposto no Regulamento do Plano 1. Diante disso,
a Previ concluiu que o uso do Saldo Individual para
o pagamento de parcelas de operações de empréstimo simples e de financiamento imobiliário significa
antecipação de benefício e, portanto, não pode ser
permitido. A sugestão de utilização do Sibet para o
pagamento das contribuições referentes ao Plano 1
dos participantes da ativa foi feita pela ANABB à Previ
em janeiro como alternativa para minimizar os impactos causados pelo fim do pagamento do BET. Sendo
assim, a Associação vai continuar estudando o que
pode ser feito para minimizar as consequências negativas para as famílias que dependem do benefício
pago pela Caixa de Previdência.
ANABB ALERTA PARA O ENVIO DE CARTAS FALSAS
A ANABB novamente alerta os associados sobre o envio de correspondências falsas que comunicam ganho de causa processual e pagamento de custas judiciais para o recebimento do valor ganho. A notificação
extrajudicial chega por meio de carta, endereçada nominalmente à vítima. Os criminosos utilizam-se da complexidade da linguagem jurídica
para enganar dezenas de milhares de pessoas. A Assessoria Jurídica da
ANABB orienta que quem ganha uma ação judicial não pagará custas
processuais e honorários sucumbenciais, conforme artigo 20 do Código
de Processo Civil, salvo se houver sucumbência recíproca; não é qualquer empresa ou entidade que pode representar terceiros judicialmente; e, nas ações coletivas em que haja devolução de valores, a execução
se dará de forma individual, com necessidade da outorga de procuração a um advogado. Ação judicial não é loteria, desconfie sempre.
Jornal AÇÃO | Mar-Abr/2014 | 29
TÚNEL DO TEMPO
LEMBRANÇAS DO BB
A ANABB quer contar os relatos e as recordações dos associados. Se você
compartilhou histórias engraçadas e se lembra de equipamentos ou materiais
que hoje são considerados relíquias, mande uma mensagem e, se possível,
fotos para a ANABB ([email protected]). Participe!
Outras histórias do BB
Bam!
Há quarenta anos, essa era a batida seca, barulhenta, na
intitulação de cada folha de um talonário de cheques: bam!
No equipamento, à esquerda desta foto, clicada em dezembro de 1974, no Setex/Bater/Retag, da agência de Encantado (RS), vê-se, primeiro, a impressora de caracteres,
que confeccionava a “chapinha” de metal (com os nomes
da agência e do cliente, mais o enquadramento contábil da
conta-corrente). Depois, esta era fixada em outra maquineta
(aqui vista em cima do arquivo de aço contendo as chapinhas
de todos os correntistas). Assim, usando a alavanca manual,
fazia-se a impressão (bam!) sobre uma fita entintada.
No início da década de 1980, com a absorção dos serviços pelo Cesec, os talonários já vinham intitulados e a reposição era automática, mediante remessa da respectiva requisição (que era assinada pelo cliente e servia também como
recibo de entrega). Como curiosidade, vale destacar ainda
que, às vezes, à época da inflação alta (1986), um correntista pedia, por telefone, um talão, mas isso num sábado ou
domingo pela manhã! Como supervisor do Setex, acessava a
agência e fornecia o talão. Enfim, a segurança ainda não era
motivo de muita preocupação...
Ainda na foto, vemos a autenticadora de caixa, que na falta
de luz era acionada com sua alavanca manual, assim como
uma NCR utilizada no movimento dos papéis oriundos do
setor. A exemplo dos equipamentos aqui citados, a chegada
gradativa de outros representaram grandes melhorias, como
telex, ar-condicionado, xerox, fax e, finalmente, computador.
Sem dúvida, foram tempos de muito trabalho e superação, mas também tivemos momentos de descontração. No
mais, parabéns à ANABB pelo lançamento do Túnel do Tempo, em que, certamente, muitas situações de nossa vida funcional serão recordadas.
Arbi Fischborn
Encantado (RS)
Dilu Duarte Lacerda de Freitas
Divinópolis (MG)
Impressora de caracteres
30 | Mar-Abr/2014 | Jornal AÇÃO
Muitos fatos marcaram minha carreira
no Banco, mas dois são os mais interessantes. O primeiro foi quando cheguei à agência
de Corinto (MG), em 19 de janeiro de 1972.
No dia 20, fizeram um adiantamento de 11
dias de salário. Em contrapartida, tive de fazer uma assinatura da revista Desed. Então,
questionei: “Por que tenho de assinar uma
revista disponível em todos os setores do
Banco?” E me disseram que todos os funcionários tinham de assiná-la. Autenticaram
o documento de recebimento do valor, que
na verdade foi usado para pagar a conta da
festa surpresa de minha chegada à agência.
O segundo fato foi quando trabalhava
com clientes especiais e ficava em uma plataforma carpetada. Durante o expediente,
eu andava muito. Depois que a agência era
fechada, eu tirava as sandálias, que sempre
eram bem altas. Certo dia, o gerente adjunto,
que ficava em uma mesa a meu lado, resolveu fazer uma brincadeira: colocou um pé da
sandália no lixo debaixo da mesa dele e foi
embora bem antes de mim. Quando terminei
o expediente, procurei pela sandália e não a
encontrei. Pedi ajuda aos colegas, mas não
consegui nada.
Àquela hora, a empresa de limpeza já havia recolhido todo o lixo. Eu morava muito longe e dependia de ônibus e de andar bastante
a pé até minha casa. Pagar um táxi era muito
caro, por conta da distância. Tirei as meias
e fui toda tranquila, sendo observada pelas
pessoas. Algumas perguntavam por que eu
estava descalça e eu respondia: “Estou pagando uma promessa”. No dia seguinte, fui
pesquisar quem era o autor da façanha. Foi
difícil, mas descobri. Depois disso, não tirei
mais os sapatos durante o trabalho.
ARTIGO
A PRÁTICA DA DEMOCRACIA
Por João Botelho – Presidente do Conselho Deliberativo da ANABB
Falar sobre democracia, em tese, para colegas do
BB, ativos e aposentados, é tarefa fácil. Constituem eles,
como regra, um conjunto de pessoas afortunadamente
mais bem preparadas, acadêmica e culturalmente.
Inúmeros compêndios e diversos endereços eletrônicos a que temos fácil acesso detalham, à exaustão,
definição, princípios, conceitos, tipos e formas de ser
exercido desse sistema de governo, criado por Platão.
Detalham ainda a proteção que a democracia confere à liberdade humana (o que por si só já justificaria a
meu ver seus valores), abordando também o conceito
de governo da maioria com respeito aos direitos individuais e das minorias. Vários pressupostos para a correta vivência da democracia (tolerância, cooperação e
compromissos das partes) nos levam ao entendimento de que os cidadãos, em uma democracia, não têm
apenas direitos. Têm o dever de participar no processo
político, que, por sua vez, exige investimento de tempo,
trabalho, dedicação, civismo e mesmo paciência.
A prática da democracia, contudo, já é um pouco
mais difícil. Os números das últimas eleições em nossas entidades demonstram que não vimos praticando
esses valores, conforme a seguir.
ELEITORADO
ANABB 2011
CASSI 2012
PREVI 2012
Aptos a votar
99.231
168.549
193.001
Votos válidos
20.391
88.362
92.810
Votos em branco
*
8.516
7.112
Votos nulos
*
12.004
10.938
Os números sobre o perfil dos eleitores indicam dados de maior gravidade ainda. Veja o quadro.
ELEIÇÕES
TOTAL DE VOTANTES
NA ATIVA
APOSENTADOS E
PENSIONISTAS
*
*
ANABB 2011
20.391 (100%)
Cassi 2012
88.362 (100%)
64.996 (73,56%) 23.366 (26,44%)
Previ 2012
92.810 (100%)
62.633 (67,49%)
30.177 (32,51%)
* Pela sistemática de votação, os dados não puderam ser obtidos.
Pois bem, o objetivo central destes meus comentários é abordar o papel da ANABB nas eleições deste
ano na Cassi e na Previ. Papel mais do que legítimo, já
que nossos associados integram o corpo social dessas
entidades que nos são muito caras.
Desde que assumimos, vimos preconizando que a
ANABB não deve organizar, como instituição, chapas
para essas eleições (a participação pessoal de qualquer de seus membros, no entanto, é aceita como parte do processo democrático). Tampouco deve a ANABB
direcionar recursos de todos os associados, em benefício de uma minoria, que integre apenas uma chapa.
Praticamos isso nas eleições de 2012, como forma de
transmitir a todos os eleitores (verdadeiros interessados)
informações democráticas sobre todas as chapas. Nosso
objetivo era evitar a cooptação e contribuir para o exercício consciente da responsabilidade que a democracia
nos exige.
E deu certo! Independentemente das chapas vencedoras nos pleitos de 2012, ninguém pode hoje, em sã consciência, dizer que votou no “escuro”. A Diretoria Executiva da
ANABB propôs, para este ano, a mesma atuação, ou seja,
beneficiar o processo e o adequado conhecimento, pelo
eleitorado, quanto ao perfil e às propostas dos candidatos.
Lamentavelmente, a proposta foi recusada pelo Conselho Deliberativo em Consulta Epistolar que realizei (8 votos
a favor, inclusive o meu, 12 votos contrários e 1 abstenção). E isso faz parte do processo democrático.
Com o objetivo de não deixar a ANABB de fora dessa importante manifestação cívica, abri oportunidade
para que os conselheiros apresentassem novas ideias
e realizei nova Consulta Epistolar. Também tivemos,
em 24 de março, reunião presencial para detalhamento da proposta vencedora, tudo no afã de oferecer o
melhor aos associados. Nessa consulta, exerci o direito de me abster do voto e fundamentei minha responsabilidade como juiz do processo. Recebi muitas
críticas por isso. Mas o fiz consciente de minhas responsabilidades. Recebi convites para integrar algumas
chapas. Entretanto, como desempenhar meu papel de
juiz do processo (diga-se, do processo, e não da causa)
se não tivesse a isenção necessária? Na reunião, os
conselheiros decidiram que a contribuição da ANABB
para os processos eleitorais será por meio da disponibilização dos recursos, previstos no orçamento, para
auxiliar nas despesas de campanha dos candidatos à
Cassi e à Previ. O objetivo é assegurar igualdade de
condições às chapas concorrentes e manter os associados informados. Os critérios para uso dos recursos
serão semelhantes àqueles adotados pelas Caixas de
Saúde e Previdência. As verbas podem ser utilizadas
para custear despesas da campanha eleitoral referentes a alimentação, hospedagem, postagem, deslocamento (exceto para utilização de veículo próprio), confecção/impressão de mensagens e hospedagem em
mídias eletrônicas. Além disso, o auxílio será concedido apenas para despesas realizadas por componentes
das chapas, sendo proibida a antecipação de valores a
título de adiantamento.
Bem, agora é com você, eleitor. Será que os números
acima não merecem sua reflexão? Será que novembradas e outras manifestações têm o poder de corrigir as distorções de nossa pífia participação nos processos eleitorais? Sobretudo a nossa, já que não estamos na ativa?
Jornal AÇÃO | Mar-Abr/2014 | 31
OPINIÃO
MASCARADOS!
APLIQUE-SE A CONSTITUIÇÃO
“Manifestante é manifestante,
Delinquente é delinquente,
Bandido é bandido e
Terrorista é terrorista.”
Elio Gaspari
(Folha de São Paulo, 12.2.2014)
DOUGLAS SCORTEGAGNA
Vice-Presidente de Comunicação – [email protected]
O artigo “Anarquia consentida”, que escrevi neste
mesmo espaço, na edição nº 220 do jornal Ação, teve
grande repercussão entre os associados da ANABB, o
que me motivou a falar mais sobre o assunto.
De lá para cá, muito se ouviu de políticos e governantes sobre a necessidade de se tomar alguma
providência, a fim de inibir não as manifestações,
mas sim os infiltrados, na maioria covardes escondidos atrás de máscaras ou outros meios para não
serem identificados, com o único objetivo de anarquizar os eventos, promovendo destruição de bens
públicos e privados, impunemente.
Ora, bastava aplicar o que a Constituição brasileira prevê. Veja o que diz o artigo 5º, inciso IV, da
Constituição Federal: “DOS DIREITOS E DEVERES
INDIVIDUAIS E COLETIVOS – É livre a manifestação
do pensamento, sendo vedado o anonimato”.
Se é vedado o anonimato, por que se permitem
manifestantes mascarados?
A Constituição é a Lei Maior. Aplique-se o que
nela está previsto. Não! Os políticos espertalhões
aproveitam a oportunidade para tirar vantagem
eleitoral, inventando novas e intermináveis leis que
tanto demoram para serem aprovadas. Quando
isso acontece, já estão defasadas.
Isso me faz lembrar uma frase de Rui Barbosa:
“Há tantos burros mandando em homens de inteligência que às vezes fico pensando se a BURRICE
não será uma CIÊNCIA”.
Como citado na epígrafe deste artigo, manifestante é manifestante, delinquente é delinquente,
bandido é bandido e terrorista é terrorista. O problema é que estamos tratando todos de forma
igual. Tratamos o pacífico manifestante como bandido, ou delinquente, ou terrorista. Tratamos os
Black Blocs e outros mascarados (que são os que
estão cometendo crimes e, portanto, agem como
delinquentes, bandidos e terroristas), como mani32 | Mar-Abr/2014 | Jornal AÇÃO
festantes pacíficos. Nesses casos, está havendo
clara conivência do Estado.
Enquanto isso, na Suprema Corte brasileira,
que, parodiando, vinha fazendo uma patriótica manifestação pacífica, condenando autores de malfeitos a penas exemplares, foi surpreendida com a
chegada de dois novos membros (manifestantes),
que se transformaram em verdadeiros Black Blocs
(não mascarados, ou até estavam, dependendo da
forma que os vemos) e resolveram estragar aquela
festa democrática e exemplar.
Como todos temos os governantes e o judiciário
que merecemos, isso vai continuar acontecendo, enquanto os ministros tiverem suas indicações feitas
por quem pode vir a ser alvo de seus julgamentos.
UMA BOA NOTÍCIA
A ANABB está apoiando a produção de um livro
que conta a história dos 20 anos da campanha
da Ação da Cidadania contra a Fome, a Miséria
e pela Vida, idealizada por Betinho e lançada em
1993. Betinho falou, certa vez, que o sucesso da
campanha se devia muito aos milhares de comitês criados pelos funcionários do BB. Por isso, e
em respeito a nossos colegas voluntários que tanto se dedicaram e ainda se dedicam a essa causa,
a ANABB resolveu participar desse belo projeto. Até
maio deste ano, o livro será lançado e a ANABB lhe
dará ampla divulgação.
UMA MÁ NOTÍCIA
O Banco do Brasil foi procurado para ser também um dos patrocinadores do livro e, depois de
sete meses analisando a proposta, disse um NÃO.
É uma pena, tendo em vista que o BB foi um dos
que mais teve lucro de imagem com a participação
de seus funcionários nessa bela parte da história
recente do Brasil.
www.anabb.org.br | @anabbevoce | [email protected]
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224 - anabb