ANO XXVIII | No 224| Mar-Abr/2014 ELEIÇÕES 2014: cassi e previ A ANABB entrevistou os candidatos que concorrem aos cargos de diretor nas Caixas de Saúde e Previdência. Veja as ideias de cada um em prol dos associados Aldo Luiz Mendes NÚCLEO JURÍDICO LEMBRANÇAS DO BB Diretor de Política Monetária do Banco Central conta sua trajetória no Banco do Brasil Criada há um ano, a área registra significativos resultados na prestação de serviço Na coluna Túnel do Tempo, confira duas histórias enviadas pelos associados jornal Ação CARTAS À REDAÇÃO VERSOS DO BET Ai, que saudades da BET! Na praia, sempre alugava um flat, hoje é um bate-e volta com farofa e vinagrete. Os restaurantes foram trocados por lanchonete e ainda peço descontos pra garçonete. Tenho de esquecer os bifes, agora é croquete. Aos domingos, vem um solitário espaguete, nos demais dias, a costumeira omelete. Só compro pãozinho, dispenso baguete. Diariamente, essa situação se repete. Cada vexame a que a gente se submete! Ando barbudo pra economizar gilete. Até o cachorro parou de visitar o Pet. Vendi meu carrão e tô comprando um chevete. Uma pechincha: só novecentos e noventa e sete! Nas ofertas de produtos pela internet, a tecla mais usada é a delete. Deixei o tênis: cadê a grana pra raquete? Neste carnaval, não tive serpentina nem confete. Minha vingança pra fujona, essa tal de BET, seria programar uma ampla enquete e assim mostrar que todos trocariam essa periguete pela magnífica e incomparável IVET (Inclusa nos Vencimentos Eternamente). Ari Casarini de Carvalho – Lorena/SP CASO SEGUROS Na matéria veiculada no jornal Ação nº 222, consta que dez conselheiros estiveram na sede da ANABB no horário marcado para uma reunião, com despesas de deslocamento e hospedagem custeadas pela entidade, mas optaram por não registrar presença. Não seria o caso de ressarcirem as despesas? Aguardo um posicionamento da ANABB. José Luiz Barbosa – Recife/PE Nota da Redação: O assunto estava na pauta da última reunião do Conselho Deliberativo, realizada no dia 24 de março. De acordo com o presidente do CD, João Botelho, “a requerimento do conselheiro Augusto Carvalho, o item foi retirado, por consenso, da pauta de votação, devendo ser apreciado na próxima reunião”. FIM DO BET Com relação ao comunicado “A ANABB e as ações judiciais contra o fim do BET”, parabenizo essa Diretoria pela forma lúcida, equilibrada e direta, ao explicar as razões por que a Associação não vê possibilidades de êxito em demandas judiciais contra o fim do BET. Saliento que a máxima “mais vale um péssimo acordo do que uma boa demanda judicial” é um tremendo engodo. Aceitamos um péssimo acordo. Que isso nos sirva de lição para o futuro. Arcanjo José Lino – Balneário Camboriú/SC CONSELHO DE USUÁRIOS DA CASSI Fiquei contente ao ler na última edição desta revista que em alguns estados o Conselho de Usuários de Cassi tem funcionado como canal de comunicação com os usuários, uma vez que na região de Marília (SP) nunca tive o privilégio de conhecer alguém desse conselho. Desde 1975, quando passei a residir na cidade, não conheci nenhum plano de credenciamento ou de contato com os prestadores de serviços. Nossas reclamações são apenas ouvidas no 0800, sem que tenhamos nenhuma resposta. A ideia dos visitadores voluntários me parece excelente e acredito que teremos muitos colegas à disposição, desde que bem direcionados. Josemiro da Silva Machado – Marília/SP JORNAL AÇÃO Nº 223 Muito bem lembradas, na matéria “Aposentado sim... e com longa vida pela frente”, as inúmeras opções de atividades que os aposentados do BB realizam. Acrescento o trabalho voluntário que muitos de nossos colegas executam diariamente. Quando me aposentei, em 2002, comecei a fazer a contabilidade da paróquia Santo Antônio de Estrela e continuo até hoje. Nem penso em parar este serviço. Rudi José Friedrich – Estrela/RS Este espaço destina-se à opinião dos leitores. Por questão de espaço e estilo, as cartas podem ser editadas e serão publicadas apenas as selecionadas pela ANABB. Envie comentários, sugestões e reclamações para [email protected] ou para SCRS 507 Bl. A Lj. 15 – CEP: 70351-510 – Brasília/DF. ANABB: SCRS 507, Bl. A, Lj. 15 – CEP: 70351-510 – Brasília/DF Atendimento ao associado: (61) 3442 9696 | Site: www.anabb.org.br | E-mail: [email protected] Coordenação: Fabiana Castro | Redação: Tatiane Lopes, Godofredo Couto, Josiane Borges | Colaboração: Elder Ferreira, Elizabeth Pereira | Anúncios: Luiz Sérgio Mendonça | Edição: Ana Cristina Padilha | Revisão: Cida Taboza | Editoração: Zipo Comunicação Tiragem: 99 mil | Banco de imagem: Shutterstock | Impressão e CTP: Gráfica Positiva Os textos assinados são de responsabilidade dos seus autores, não refletindo necessariamente a opinião da ANABB 2 | Mar-Abr/2014 | Jornal AÇÃO DIRETORIA EXECUTIVA Sergio Riede Presidente Reinaldo Fujimoto Vice-Presidente Administrativo e Financeiro DOUGLAS SCORTEGAGNA Vice-Presidente de Comunicação tereza godoy Vice-Presidente de Relações Funcionais fernando Amaral Vice-Presidente de Relações Institucionais CONSELHO DELIBERATIVO João Botelho (Presidente) Ana Lúcia Landin Augusto Carvalho Cecília Mendes Garcez Siqueira Cláudio José Zucco Claudio Nunes Lahorgue Denise Vianna Emílio Santiago Ribas Rodrigues Gilberto Matos Santiago Graça Machado Ilma Peres Causanilhas Rodrigues Isa Musa José Branisso Luiz Antonio Careli Luiz Oswaldo Sant’Iago Moreira de Souza Maria Goretti Fassina Barone Falqueto Mário Tatsuo Miyashiro Mércia Pimentel Nilton Brunelli Paula Regina Goto William Bento CONSELHO FISCAL Vera Lúcia de Melo (Presidente) João Antonio Maia Filho Maria do Céu Brito Anaya Martins de Carvalho (suplente) Antonio José de Carvalho (suplente) Marco Antonio Leite dos Santos (suplente) Diretores REGIONAIS Regional AC-01: Julia Maria Matias de Oliveira Regional AL-02: Ivan Pita de Araújo Regional AP-03 : Samuel Bastos Macedo Regional AM-04: Ângelo Raphael Celani Pereira Regional BA-05: José Easton Matos Neto Regional BA-06: Jonas Sacramento Couto Regional BA-07: Paulo Vital Leão Regional BA-08: Maruse Dantas Xavier Regional CE-09: Maria José Faheina de Oliveira Regional CE-10: Erivanda de Lima Medeiros Regional DF-11: Hélio Gregório da Silva Regional DF-12: Marcos Maia Barbosa Regional DF-13: Francisco Mariquito Cruz Regional DF-14: Carlos Nascimento Monteiro Regional DF-15: Messias Lima Azevedo Regional ES-16: Sebastião Ceschim Regional GO-17: Saulo Sartre Ubaldino Regional GO-18: José Carlos Teixeira de Queiroz Regional MA-19: Camilo Gomes da Rocha Filho Regional MT-20: Daniel Ambrosio Fialkoski Regional MS-21: Valdineir Ciro de Souza Regional MG-22: Luiz Carlos Fazza Regional MG-23: Eustáquio Guglielmelli Regional MG-24: Matheus Fraiha de Souza Coelho Regional MG-25: Amir Além de Aquino Regional MG-26: Aníbal Moreira Borges Regional MG-27: Maria Rosário Fátima Durães Regional PA-28: Fábio Gian Braga Pantoja Regional PB-29: Maria Aurinete Alves de Oliveira Regional PR-30: Aníbal Rumiatto Regional PR-31: Luiz Carlos Kapp Regional PR-32: Moacir Finardi Regional PR-33: Carlos Ferreira Kravicz Regional PE-34: Sérgio Dias César Loureiro Regional PE-35: José Alexandre da Silva Regional PI-36: Francisco Carvalho Matos Regional RJ-37: Antônio Roberto Vieira Regional RJ-38: Maurício Gomes de Souza Regional RJ-39: Carlos Fernando S. Oliveira Regional RJ-40: Mário Magalhães de Souza Regional RJ-41: Sérgio Werneck Isabel da Cruz Regional RJ-42: Eduardo Leite Guimarães Regional RN-43: Hermínio Sobrinho Regional RS-44: Celson José Matte Regional RS-45: Valmir Canabarro Regional RS-46: Edmundo Velho Brandão Regional RS-47: Oraida Laroque Medeiros Regional RS-48: Enio Nelio Pfeifer Friedrich Regional RS-49: Saul Mário Mattei Regional RO-50: Sidnei Celso da Silva Regional RR-51: José Antônio Ribas Regional SC-52: Carlos Francisco Pamplona Regional SC-53: Moacir Fogolari Regional SC-54: Alsione Gomes de Oliveira Filho Regional SP-55: Rosângela Araújo Vieira Sanches Regional SP-56: Dirce Miuki Miyagaki Regional SP-57: Adelmo Vianna Gomes Regional SP-58: Reginaldo Fonseca da Costa Regional SP-59: Adilson Antonio Meneguela Regional SP-60: José Antônio da Silva Regional SP-61: José Roberto Leme Regional SP-62: José Antonio Galvão Rosa Regional SP-63: Jaime Bortoloti Regional SP-64: Juvenal Ferreira Antunes Regional SE-65: Almir Souza Vieira Regional TO-66: Pedro Carvalho Martins CARTA DO PRESIDENTE Sergio Riede – Presidente da ANABB MANUAL DO CINISMO ELEITORAL • Refira-se ao grupo adversário que você considera mais forte como bando de tratores, escravos do poder, interesseiros, desonestos – mesmo que você já tenha estado com ele em outras eleições. • Se existem sindicalistas em outras chapas, diga que eles são despreparados para os cargos que disputam, que são carreiristas, sectários, ideológicos, correntes de transmissão de partidos políticos; se existem em sua chapa, diga que eles estão como pessoas físicas, sem nenhum fisiologismo nem vínculo partidário e que são técnicos altamente preparados. • Critique sem piedade os integrantes de órgãos diretivos de entidades do funcionalismo que sejam candidatos a cargos em outras entidades; se você pertencer à Direção de alguma entidade e quiser ser candidato em outra, jure que seu caso é diferente, enalteça sua própria competência e seu conhecimento técnico e diga que só concorre porque as bases lhe imploraram o sacrifício e você não é de fugir de missões importantes. • Diga com todas as letras que os candidatos das outras chapas só estão interessados em salários e jetons, mas esclareça que você só quer salvar as entidades dos interesseiros. • Enquanto for candidato, critique os altos salários pagos pela entidade em disputa; depois de eleito, diga que seria demagogia abrir mão dos salários que recebe. • Lembre-se de todas as promessas não cumpridas pelos adversários; quanto às que você fez e não cumpriu, diga que o rolo compressor dos adversários de hoje (mesmo que tenham sido seus aliados de ontem) lhe impediram de fazer o que prometeu. • Critique com veemência as alianças dos outros; quanto às suas, argumente que é preciso fazer concessões para ganhar eleições e que sem ganhar eleição você não pode fazer o bem para a coletividade. Se você é eleitor e as regrinhas acima querem lhe dizer alguma coisa, analise os candidatos de todas as chapas e tome sua decisão da forma mais consciente possível. Se você é candidato e as regras não se aplicam a seu trabalho, relaxe! O texto não foi escrito para você. • Se você criticou de maneira muito forte alguém que hoje está em sua chapa, diga que as pessoas evoluem; caso na chapa adversária houver a presença de candidatos que no passado se criticaram mutuamente, diga que eles não têm vergonha na cara. • Enfatize que você só é candidato por sacrifício, visando ao bem comum, mas não se esqueça de esclarecer que os adversários são candidatos porque são ambiciosos ou porque só querem fazer o jogo do patrão. • Fale que você odeia ideologia e partidarismo em eleições de entidades do funcionalismo e esclareça que só é candidato com o objetivo de tirar do poder esse povinho da esquerda despudorada, mesmo que você seja filiado ou apoie outro partido político. • Jamais reconheça uma virtude sequer de quem já ocupou cargo em entidades e é candidato neste momento; se você já ocupou algum cargo semelhante, esconda todos os insucessos que obteve. • Quando você for oposição em alguma entidade do funcionalismo, critique o pessoal da situação que utilizar recursos da entidade para campanhas eleitorais; quando você for situação, utilize os recursos com a explicação de que não se pode ser ingênuo e que sem dinheiro não se ganha eleição. • Fora do período eleitoral, pregue a união de todas as entidades do funcionalismo; durante o período de campanha eleitoral, detone os candidatos originários de entidades diferentes da sua. • Quando você for situação, explique seus insucessos na gestão por conta do cenário político e econômico; quando for oposição, não perdoe: diga que é incompetência de quem está no poder. • Exija simplesmente tudo de quem ocupa cargos e classifique as eventuais desculpas para insucessos como esfarrapadas; quando você estiver no poder, diga que a oposição é imatura e não compreende a realidade como ela é. Se você é candidato e as regras se encaixam em sua conduta, há duas opções: não dar importância alguma ao que foi dito e continuar fazendo o que faz, ou refletir sobre o que pode ser mudado em sua conduta daqui para frente. Boa leitura e boas eleições a todos! Jornal AÇÃO | Mar-Abr/2014 | 3 ANABB – NASA NÚCLEO DE ATENDIMENTO E SUPORTE AO ASSOCIADO Após um ano de existência, a área responsável pela Assessoria Jurídica dos associados se tornou uma forte aliada na resolução de dúvidas judiciais Por Godofredo Couto Os associados da ANABB contam hoje com a As2013, foram acompanhados quase 6 mil processos, sessoria Jurídica feita especificamente por advogaentre ações relacionadas a FGTS, IR 1/3 Previ, IR dos funcionários da entidade. Após aprofundado esVenda de Férias, Licenças-prêmios e Abonos, IR Km tudo de viabilidade e logística, realizado ao longo de e Previ/Carim. O valor total liquidado pelo núcleo a 2012, verificou-se a necessidade de criação de um favor dos associados já passa de R$ 3 bilhões. núcleo que pudesse assessorar os associados nas Com a criação do Nasa, houve ainda grande interações em que são autores. Até então, esse serviço ligação com os demais setores da ANABB, especialera feito por uma empresa terceirizada, sem controle mente com a área que faz o atendimento direto aos e monitoramento direto da ANABB. associados. “A proximidade com os setores impresAssim, foi criado o Núcleo de Atendimento e Suporte cindíveis no atendimento aos associados foi um dos ao Associado (Nasa), implanmaiores ganhos que tivemos tado em janeiro de 2013, com a criação do Nasa”, afirma A área “faz uma verdadeira com o objetivo de prestar aso gerente da Assessoria Jurídica sessoramento jurídico excluda ANABB, Alex Oliveira. auditoria nos processos, responsivamente às ações em que Alex também informou que os associados são autores. houve maior eficiência, agilidendo de forma oportuna aos A partir de então, os prodade, controle e produtividade cessos foram acompanhaapós a implantação do setor. questionamentos dos associados dos de forma mais efetiva, “Agora, as orientações sempre mais rápida e mais personachegam mais rápido aos assoque procuram o serviço” lizada. Para a coordenadora ciados”, comentou o advogado. do núcleo, Caroline Dante, Vale destacar que o Nasa cona área “faz uma verdadeira ta com uma coordenadora, oito auditoria nos processos, respondendo de forma oporadvogados, dois analistas e seis estagiários. Seguntuna aos questionamentos dos associados que procudo Alex Oliveira, todos os funcionários ingressaram na ram o serviço”. ANABB mediante algum tipo de processo de seleção, A Assessoria Jurídica da ANABB é responsável peinclusive com prova oral. Portanto, são qualificados e las atividades de consultoria e assessoramento de preparados para conduzir as demandas da área. todos os setores da entidade (PRESI, VIFIN, VIREF, Para obter informações ou orientações sobre os VICOM e VIRIN), órgãos (Conselho Deliberativo, Conprocessos em que são autores, os associados devem selho Fiscal, Diretorias Regionais e GATs) e entidades entrar em contato com a Central de Atendimento ANAvinculadas à ANABB (ANABBPrev e Coop-ANABB), BB pelo telefone 3442 9696 e aguardar o rápido reatuando nas áreas contenciosa (Nucont), consultiva torno de seus questionamentos. (Nucons) e de suporte jurídico (Nusup). É importante destacar que, de acordo com a lei, os associados portadores de moléstia grave e os idoGrandes resultados em pouco tempo sos, a partir dos 60 anos, têm prioridade na conduA criação do Nasa, cada vez mais, configura-se ção dos processos. Apesar dessa prerrogativa, devido como importante serviço para os associados. Não é ao grande número de associados nessas condições, à toa que, em tão pouco tempo, o núcleo obteve exa agilidade, nesses casos, não está andando na velocelentes resultados. Para se ter ideia, somente em cidade desejada. 4 | Mar-Abr/2014 | Jornal AÇÃO Jornal AÇÃO | Mar-Abr/2014 | 5 REDES SOCIAIS ANABB CONECTADA COM VOCÊ e com o mundo Além da página institucional na web e do Twitter, a Associação criou recentemente sua fanpage no Facebook para se relacionar ainda melhor com os associados e com o público em geral. Vamos curtir essa ideia? Por Godofredo Couto Os associados da ANABB têm à sua disposição diversos canais para se comunicar com a entidade de forma virtual. Além do e-mail e da página institucional na internet, a Associação conta ainda com uma página no Twitter, uma das maiores redes sociais do mundo, e agora também com uma fanpage no Facebook. Curta essa ideia! Com a criação da página institucional no Facebook, a ANABB segue o que pequenas, médias e grandes empresas estão fazendo, ao utilizar a mídia social para se relacionar com seu público. Essa rede social tem definido cada vez mais a vida de brasileiros. De acordo com dados do Facebook, em fevereiro de 2014, a rede social contava com mais de 83 milhões de usuários ativos por mês no Brasil. No mundo, esse número chega a 1,23 bilhão de usuários. O tempo médio gasto pelo brasileiro na internet é de 12 horas/mês, a segunda colocação no ranking mundial. O país também ocupa o segundo lugar no número de usuários do Facebook, perdendo apenas para os Estados Unidos. Por esse fenômeno, o periódico Wall Street Journal chamou o Brasil de “capital das mídias sociais do universo”. A ANABB desenvolveu uma campanha para que seja reforçado o número de curtidas em sua fanpage. Com o tema “A ANABB chegou ao Facebook. Curta essa ideia!”, o objetivo da campanha é sensibilizar os associados a curtirem a página e estreitarem o relacionamento com a entidade. Vamos twittar? O Twitter da ANABB já funciona há mais de um ano e tem se mostrado uma ferramenta importante para o relacionamento com os associados e o público em geral. Como o limite máximo de postagem é de 140 caracteres, a ANABB tem divulgado os principais destaques do que acontece na Associação em poucas palavras. Em 2013, foram postados 584 tweets, seguidos de um link para o site da entidade, aumentando, assim, consideravelmente as visitas a ele. A página da ANABB no Twitter, que conta com mais de 430 seguidores, também incorpora algumas ações de campanhas que a entidade promove durante o ano, como foi o caso da luta contra o câncer de mama e de próstata, em que a página deu destaque às cores rosa e azul, respectivamente. Douglas Scortegagna, vice-presidente de Comunicação da ANABB, área responsável pelas redes sociais, comentou que, com o Facebook e o Twitter, a Associação vai, com certeza, estreitar ainda mais o relacionamento com os associados e com o público em geral. “Contamos com a participação de todos, curtindo, comentando e compartilhando nossos posts”, finaliza Douglas. 6 | Mar-Abr/2014 | Jornal AÇÃO FUNCIONÁRIO DO BB EM DESTAQUE PASSO A PASSO PARA UMA cARREIRA PROMISSORA O diretor de Política Monetária do Banco Central dedicou 29 anos de trabalho ao BB e diz que o programa de bolsa de estudos do Banco foi primordial para sua carreira Por Josiane Borges Aldo Luiz Mendes diretor de Política Monetária do Banco A constante busca pelo conhecimento, pelo aprendizado e por novas experiências fizeram que um escriturário do Banco do Brasil se tornasse o atual diretor de Política Monetária do Banco Central (BC). Doutor e mestre em Economia, Aldo Luiz Mendes ocupa o cargo no BC há cinco anos e considera que os 29 anos de trabalho no BB foram primordiais para hoje ocupar uma posição tão importante para a economia brasileira. Filho de bancário e natural do Rio de Janeiro (RJ), foi em Brasília (DF) que Mendes iniciou a carreira como escriturário do Banco do Brasil em 1980. Logo fez um concurso interno e passou a ocupar a função de caixa em agência e, a partir daí, não parou mais de crescer dentro do Banco. Quinze anos após ingressar no quadro funcional do BB, conquistou o primeiro cargo na área executiva. Em 1995, tornou-se o gerente de Finanças Internacionais; em 1999, era o superintendente de Gestão de Riscos de Mercado; em 2002, foi promovido a diretor de Finanças e Mercado de Capitais; em 2005, tornou-se o vice-presidente de Finanças, Mercado de Capitais e Relações com Investidores; em 2009, foi convidado pelo então presidente do BC, Henrique Meirelles, para compor a Diretoria do órgão. Durante sua passagem pelo BB, Aldo Mendes se tornou sócio da ANABB e fez parte do Conselho Deliberativo da Associação em 1992. Central Mas as coisas não foram tão fáceis como pode parecer. Para galgar tantos cargos no BB, Aldo dedicou muito tempo ao estudo e ao aprendizado. “Com quatro anos que estava no BB, passei em um mestrado na Universidade de Brasília (UnB) e resolvi voltar a estudar. No início, foi muito difícil, pois meu gerente na época achava que um caixa não precisava ter mestrado e, por isso, não conseguia participar do programa de bolsas de estudo do Banco, pois dependia da assinatura dele. Então, para assistir às aulas do curso, eu pegava o horário de almoço que ninguém queria, de 10h da manhã a meio-dia, e corria para a UnB para acompanhar pelo menos a última aula. Pegava o conteúdo da outra matéria com os colegas e simplesmente não almoçava. Foram seis meses nessa batalha, até que o Banco aceitou meu pedido de bolsa e consegui concluir com mais facilidade o mestrado”, conta o diretor do BC. Em 1990, Mendes novamente optou pela volta aos estudos e foi fazer doutorado em Economia na Universidade de São Paulo (USP). “Sou muito grato ao BB, em especial ao Programa de Pós-graduação, pois ele moldou minha vida. Talvez eu não fosse o que sou hoje se não tivesse tido a oportunidade de estudar. O Banco apostou em mim e, em 29 anos de trabalho no BB, eu dei o melhor de mim. Então, acho que temos uma relação bem resolvida”, finaliza. Jornal AÇÃO | Mar-Abr/2014 | 7 EDUCAÇÃO FINANCEIRA VALE A PENA INVESTIR EM IMÓVEIS? Por Álvaro Modernell, especialista em Educação Financeira e Previdenciária Política, futebol, economia e investimentos são assuntos sobre os quais muito se fala, mas nem tanto se entende. Vale pela emoção, pela catarse, pelo passar do tempo. Contudo, na hora de colocar pingos nos is, de tomar decisões sobre o próprio dinheiro ou o futuro, melhor seguir a receita da vovó: prudência e caldo de galinha. Ainda mais falando de imóveis, em que a grana envolvida nunca é pouca. Pode valer a pena investir em imóveis? Claro! Basta conhecer o mercado, ter dinheiro, encontrar boas oportunidades, ser bom negociante, estar bem informado, comprar barato e vender caro. Simples, não? Ao colocarmos no plural – imóveis –, fique claro que estamos deixando de lado uma das questões mais polêmicas nas finanças pessoais: a compra da casa própria. Essa merece capítulo à parte. Não se trata apenas de investimento financeiro. O resultado na ponta do lápis pesa menos do que as emoções e os sonhos envolvidos. Investimentos em imóveis não são para amadores ou para quem tem pouco dinheiro. Assim como no mercado de ações, peixinhos pequenos geralmente acabam alimentando os maiores. As pessoas contam quando ganham, mas calam quando perdem. O mercado imobiliário exige conhecimento, liquidez, muito capital, informações atualizadas e habilidades negociais. Comprar e vender imóveis custa caro. Para começar, 15% de impostos sobre ganhos de capital sobre o lucro. Comissões de 3% a 6%, quando envolver corretores, custos de oportunidade no mercado financeiro, custos de reparos. Há ainda custos com ITBI, IPTU, advogados, contratos, certidões, registros, anúncios, manutenção e burocracia. Para quem aluga, 10% de corretagem e 27,5% de IR. Nesse mercado, também não existe almoço grátis. Tem de ponderar todos os custos. Alguns podem ser reduzidos ou eliminados, mas geralmente à custa de mais risco, em um mercado por si arriscado para quem não é do ramo. Comprar um terreno, um apartamento, uma casinha ou uma sala para aluguel ou venda no futuro não torna alguém um investidor do mercado imobiliário. Pode ser inclusive boa alternativa para diversificação dos investimentos e reserva de valor. Algo a fazer quando se está 8 | Mar-Abr/2014 | Jornal AÇÃO em busca de alternativas fora do mercado financeiro. O arriscado seria raspar os saldos de outros investimentos na aposta de ganhar com a especulação do mercado de imóveis, colocando todas as fichas no mesmo ativo, ainda mais pensando em prazo curto ou determinado. Contudo, para quem está disposto e acredita nesse mercado, uma dica que sempre me foi útil: o principal fator a ser avaliado na escolha de um imóvel para investimento deve ser a localização. Depois, avalie onde fica. Antes de olhar outros aspectos, pondere novamente a localização. Não apenas o endereço. Avalie também a orientação solar, o andar, os acessos, os meios de transporte, a vizinhança, o plano diretor do bairro, as perspectivas da cidade. Localização é a única coisa que não pode ser mudada e que vai estar arraigada ao valor do imóvel para sempre. Com bolha imobiliária ou sem ela. Se eu acho ruim investir em imóveis? De jeito nenhum. Mas como se diz na minha terra natal: “ovelha não é pra mato” e “não se colocam todos os ovos em uma única cesta”. O bom mercado é o que cada um conhece melhor. ANABB nas eleições Cassi e Previ As eleições da Cassi e da Previ são o principal destaque desta edição do jornal. Por isso, foram realizadas entrevistas com os quatro candidatos que concorrem ao cargo de diretor na Cassi e com os oito candidatos que disputam as vagas de diretor na Previ. Os questionamentos enviados para os candidatos da Caixa de Saúde foram os mesmos e cada um fez diferentes abordagens, de acordo com as propostas que defendem. Procedimento igual foi feito com os candidatos da Caixa de Previdência, considerando que foram diferentes as perguntas direcionadas para candidatos aos cargos de diretor de administração e de diretor de planejamento. A ANABB manteve-se isenta nesses processos eleitorais. O objetivo deste material é repassar para os associados a real intenção dos candidatos e o trabalho que cada um pretende desenvolver na Cassi e na Previ. Jornal AÇÃO | Mar-Abr/2014 | 9 CHAPAS HOMOLOGADAS PARA AS ELEIÇÕES DA CASSI 2014 Chapa 1 – Todos pela Cassi CARGOS CANDIDATOS Diretoria William Mendes de Oliveira Conselho Deliberativo – Titular 1 Loreni Senger Correa Conselho Deliberativo – Suplente 1 Elisa de Figueiredo Ferreira Conselho Deliberativo – Titular 2 Fabianoi Félix do Nascimento Conselho Deliberativo – Suplente 2 Nilton Cifuentes Romão Conselho Fiscal Regina Fátima de Souza Cruz Conselho Fiscal – Suplente Daniel Liberato Chapa 2 – Maturidade CARGOS CANDIDATOS Diretoria Gilberto Moreira Veras Júnior Conselho Deliberativo – Titular 1 Antonio José Banhara Conselho Deliberativo – Suplente 1 Virgínia Ribeiro Nogueira da Rocha Conselho Deliberativo – Titular 2 João Eugenio Franco Caldas Conselho Deliberativo – Suplente 2 José Valdo de Sousa Conselho Fiscal Jayro de Maio Bernardes Conselho Fiscal – Suplente Guilherme Oliveira Campos Chapa 3 – Uma Nova Cassi CARGOS CANDIDATOS Diretoria Humberto Santos Almeida Conselho Deliberativo – Titular 1 Karen Simone D’Avila Conselho Deliberativo – Suplente 1 Juliana Publio Donato de Oliveira Conselho Deliberativo – Titular 2 Ailton Claécio Lopes Dantas Conselho Deliberativo – Suplente 2 Ronaldo de Moraes Ferreira Conselho Fiscal Norival da Silva Conselho Fiscal – Suplente Marianne Lima Martins Chapa 4 – Renovação CARGOS CANDIDATOS Diretoria Humberto Fernandes de Oliveira Conselho Deliberativo – Titular 1 Gilberto Antonio Vieira Conselho Deliberativo – Suplente 1 Maria do Rosário de Fátima Ferreira Durães Conselho Deliberativo – Titular 2 Claudio Nunes Lahorgue Conselho Deliberativo – Suplente 2 Alvino Franzoni Conselho Fiscal Nilton Brunelli de Azevedo Conselho Fiscal – Suplente Jane Cassandra Rodrigues Abrantes Pereira 10 | Mar-Abr/2014 | Jornal AÇÃO Os eleitos terão mandatos de 2 de junho de 2014 a 31 de maio de 2018. ELEIÇÕES CASSI 2014 Chapa 1 – Todos pela Cassi Diretor: William Mendes de Oliveira Como você pretende enfrentar o duplo desafio de conquistar a sustentabilidade financeira da Cassi com boa política de saúde para seus associados? Sustentabilidade financeira e boa política de saúde não são excludentes, ao contrário do que a pergunta pode sugerir. Podemos melhorar o atendimento da Cassi e manter uma boa política de saúde sem aumentar as contribuições dos associados. O caminho para garantir a sustentabilidade financeira passa pelo controle e pela racionalização das despesas. A situação financeira da Cassi causa preocupação, mas não podemos esquecer que o déficit de R$ 107 milhões em 2012 foi reduzido para R$ 29 milhões em 2013. O resultado melhorou, principalmente por conta da revisão de processos e da economia de recursos feita desde 2012 pelos novos dirigentes eleitos. Este processo tem de continuar. Dá para fazer muito mais. Incrementar o uso das unidades próprias, pouco frequentadas pelos associados. Negociar com hospitais, clínicas e prestadores de serviço a revisão dos valores pagos. Acelerar a implantação do atendimento integral à saúde, de maneira a melhorar o atendimento e a reduzir despesas. Revisar contratos com terceiros e processos de trabalho. Tudo isto depende muito mais da disposição dos novos dirigentes eleitos, de sua capacidade de negociação e de gerenciamento, do que da revisão do valor das contribuições. Há quem defenda o aumento das contribuições, mas este não é nosso caso. O que pretende fazer, como diretor de Saúde, para implementar suas propostas? Melhorar e ampliar a rede credenciada, aproximar a Cassi dos associados e atuar de maneira mais integrada com os Conselhos de Usuários; ampliar programas como a Assessoria aos Usuários; melhorar os serviços da central de atendimento; agilizar a liberação de procedimentos; aprimorar a implantação do Programa de Atenção Integral à Saúde; implantar plano odontológico; dedicar mais atenção à saúde do trabalhador; aperfeiçoar os serviços das unidades próprias e criar novos programas específicos de atenção à saúde de trabalhadores ativos e aposentados; melhorar a gestão e os processos internos da Cassi; manter a solidariedade do plano de associados, dispensando o mesmo atendimento a todos, de acordo com suas necessidades. Estas são algumas das propostas que pretendemos implantar com o apoio de todos os dirigentes eleitos, negociando com o Banco e os dirigentes por ele indicados. Temos grande experiência de luta e negociação e, quando necessário, buscaremos o respaldo das centenas de entidades que nos apoiam nesta eleição: sindicatos, associações de aposentados e entidades associativas. Só quem tem o apoio de todos pode conseguir fazer as melhorias de que a Cassi precisa. Que outros desafios você considera fundamentais para a Cassi nos próximos quatro anos? O maior desafio é melhorar permanentemente a qualidade no atendimento e garantir atenção à saúde em todas as localidades onde haja funcionários do BB ativos e aposentados. Jornal AÇÃO | Mar-Abr/2014 | 11 ELEIÇÕES CASSI 2014 Chapa 2 – Maturidade Diretor: Gilberto Moreira Veras Júnior Como você pretende enfrentar o duplo desafio de conquistar a sustentabilidade financeira da Cassi com boa política de saúde para seus associados? A questão da real sustentabilidade financeira da Cassi é uma discussão que pretendemos levantar com uma equipe especializada, a partir de nossa posse. Entendemos que os planos de saúde são empresas de sucesso financeiro, basta olharmos para o mercado. Precisamos compreender o que ocorre com a gestão de nosso plano, aprender com os casos de sucesso do mercado e sugerir mudanças por meio do Conselho Deliberativo, como previsto no Estatuto. No que diz respeito à política de saúde, entendemos que temos muito a melhorar sob todos os aspectos, do atendimento à ampliação dos serviços. Existem várias possibilidades de parcerias que podemos estabelecer sem a necessidade de contrapartida financeira. Alguns exemplos são: convênios com cooperativas de táxis para atendimentos de urgência (que possuam a localização de médicos credenciados), disponibilização de geolocalizador de credenciados pelo celular, processo de indicação de médicos pelos usuários diretamente no site, atendimento em domicílio, convênios com clínicas de qualidade de vida, academias e outras atividades que promovam a prevenção da saúde, e não só o tratamento da doença. O que pretende fazer, como diretor de Saúde, para implementar suas propostas? 12 | Mar-Abr/2014 | Jornal AÇÃO Compomos uma chapa formada por profissionais experientes em gestão de pessoas, gestão financeira e gestão de processos, sem vínculos com partidos políticos, sindicatos ou outras associações. Vamos utilizar nossas competências a serviço exclusivo de nossos associados. Nosso foco e motivação de trabalho estará sempre nas pessoas, cuidando do seu bem maior, que é a saúde. Por meio do site da Cassi, teremos um canal direto do associado com nossa Diretoria, o Diretor Responde. Que outros desafios você considera fundamentais para a Cassi nos próximos quatro anos? Todos nós, usuários da Cassi, sabemos da necessidade urgente de maior rede credenciada. Precisamos de mais médicos de diferentes especializações, hospitais e clínicas médicas. Atualização da cobertura de medicamentos de uso contínuo, materiais médicos de uso externo e implantes, novos procedimentos de exame e tratamentos são fundamentais para garantir a saúde de nosso associado. São várias as “doenças modernas” a que a Cassi não oferece cobertura. Finalmente, a gestão do plano odontológico (atualmente patrocianado pelo BB), que deveria ser uma obrigação dos dirigentes em cumprimento ao Estatuto, será um tema que levaremos ao Conselho Deliberativo. Já estamos debatendo todos esses temas em nosso site www.maturidade.com.br. ELEIÇÕES CASSI 2014 Chapa 3 – Uma Nova Cassi Diretor: Humberto Santos Almeida Como você pretende enfrentar o duplo desafio de conquistar a sustentabilidade financeira da Cassi com boa política de saúde para seus associados? A sustentabilidade do sistema de saúde está ligada às pessoas, ao estilo de vida e à manutenção de hábitos saudáveis. Nesse aspecto, a política do BB de buscar alta lucratividade a todo custo, pressão por metas, assédio moral institucionalizado, sucessivas reestruturações e jornada de trabalho excessiva tem causado um impacto na qualidade de vida dos funcionários. Tal modelo de gestão está desalinhado da estratégia de atenção integral à saúde e tem aprofundado o nível de adoecimentos, elevando não só comprometimentos físicos, mas também psicoemocionais. Qualquer rediscussão que envolva o equilíbrio financeiro da Cassi passa pela atenção integral à saúde, inclusive, no ambiente de trabalho. A Cassi não é apenas uma questão de receitas e despesas. Ela depende de como organizaremos seu sistema de saúde e de como pactuaremos seu funcionamento com Unidades Cassi, associados, credenciados, operadores e reguladores. O que pretende fazer, como diretor de Saúde, para implementar suas propostas? Tal Diretoria de Saúde e Rede de Atendimento está responsável por aplicação de políticas assistenciais, organização de serviços próprios, programas de saúde e apoio às gerências regionais. Nesse aspecto, implementaremos uma gestão horizontal, em que pactuaremos seu funcionamento e propostas com Unidades Cassi, associados e representantes dos Conselhos de Usuários. Não podemos incorrer no equívoco de promover mudanças sem rediscutir os processos com quem executa as políticas assistenciais. O objetivo é priorizar a estratégia de atenção integral à saúde para os associados, voltada para um modelo sanitarista de promoção da saúde e de cuidado com as pessoas desde antes que os problemas apareçam. Queremos um sistema de serviço organizado com base no perfil de saúde e adoecimento da população que irá utilizá-lo. Que outros desafios você considera fundamentais para a Cassi nos próximos quatro anos? É importante termos um olhar sistêmico, que envolva as demais diretorias e o mercado, para buscar melhoria do atendimento e ampliação de oferta de serviços. Grandes questões preocupam os funcionários do BB: querem melhorias das condições de trabalho e um Plano de Cargos e Salários (PCS) que resgate a dignidade e traga a perspectiva de aposentadoria. Porém, diante da realidade de banco privado, com alto nível de lucratividade, teremos de debater uma nova reforma estatutária na Cassi, nos marcos de mudanças de custeios e propostas que atendam os interesses de nossa principal entidade e de seus associados. Jornal AÇÃO | Mar-Abr/2014 | 13 ELEIÇÕES CASSI 2014 Chapa 4 – Renovação Diretor: Humberto Fernandes de Oliveira Como você pretende enfrentar o duplo desafio de conquistar a sustentabilidade financeira da Cassi com boa política de saúde para seus associados? A Cassi precisa de administradores competentes para garantir um atendimento de qualidade e equilíbrio econômico-financeiro do plano de saúde de associados. Além das dificuldades enfrentadas com os custos crescentes da saúde, decorrentes de novas tecnologias, tratamentos caros e reivindicações de equipes de saúde em todo o Brasil, em 2014, a Cassi vai encarar redução de receitas. Com o fim do Benefício Especial Temporário (BET), a entidade vai deixar de receber anualmente, no plano de associados, mais de R$ 110 milhões. Os dirigentes da Cassi irão precisar de toda a criatividade possível para equilibrar as contas, além da coragem de iniciar imediatamente um diálogo com o Banco do Brasil para buscar receitas alternativas. O que pretende fazer, como diretor de Saúde, para implementar suas propostas? Nossa chapa Renovação traz uma equipe independente. Nós unimos funcionários novos com pessoas experientes e iremos trabalhar muito para aumentar os valores das consultas de médicos e profissionais de saúde, principalmente naquelas especialidades que são de difícil credenciamento. Vamos implantar equipes da Estratégia de Saúde da Família, mesmo em locais onde não há Unidades da Cassi, garantindo a presença da Caixa de Assistência onde existe carência de profissionais de saúde ou concentração de par14 | Mar-Abr/2014 | Jornal AÇÃO ticipantes. A chapa 4 pretende também investir em tecnologia e sistemas de automação para controlar custos, subsidiar informações gerenciais e garantir redução de despesas e melhoria no atendimento. Irá expandir o Programa de Atenção aos Crônicos para todo o país, com o objetivo de reduzir as internações e aumentar a qualidade de vida dos assistidos. Para garantir o equilíbrio financeiro do plano de associados, vamos abrir um canal de negociação com a Direção do Banco do Brasil e discutir, com independência, a sustentabilidade do plano e a qualidade da assistência prestada. Que outros desafios você considera fundamentais para a Cassi nos próximos quatro anos? Não podemos deixar que os problemas financeiros sejam balizadores de nossa qualidade de assistência. Não podemos encolher nossa rede credenciada; ver dificultada a autorização de exames e procedimentos; deixar fechar nossas CliniCassis, que já funcionam com equipes reduzidas. Não podemos concordar em ser atendidos apenas por médicos recém-formados que aceitam nosso credenciamento enquanto não são conhecidos no mercado. Não queremos que o associado tenha de pagar por fora médicos e hospitais para garantir um atendimento digno. Precisamos de dirigentes honestos que trabalhem com criatividade e coragem, que sejam capazes de propor novas alternativas de custeio e que não estejam pendurados nem comprometidos com correntes ou partidos políticos. CHAPAS INSCRITAS PARA AS ELEIÇÕES DA previ 2014 Os eleitos terão mandatos de 2 de junho de 2014 a 31 de maio de 2018 Ética e Transparência Previ Livre, Forte e de Todos CARGOS CANDIDATOS CARGOS CANDIDATOS Conselho Deliberativo – Titular Saulo Sartre Ubaldino Conselho Deliberativo – Titular Antonio José de Carvalho Conselho Deliberativo – Suplente Aldo Bastos Alfano Conselho Deliberativo – Suplente José Bernardo de Medeiros Neto Conselho Fiscal – Titular José Branisso Conselho Fiscal – Titular Williams Francisco da Silva Conselho Fiscal – Suplente Marcelo Batista Escocard Conselho Fiscal – Suplente Iris Carvalho Silva Diretoria de Administração Ítalo Lazzarotto Júnior Diretoria de Administração Cecilia Mendes Garcez Siqueira Diretoria de Planejamento Arnaldo José Vollet Diretoria de Planejamento Décio Bottechia Júnior Conselho Consultivo do Plano 1 – Titular Leopoldina Maria Correa Freitas Conselho Consultivo do Plano 1 – Titular Angelo Raphael Celani Pereira Conselho Consultivo do Plano 1 – Suplente Hélio Gregório da Silva Conselho Consultivo do Plano 1 – Suplente Ari Zanella Conselho Consultivo do Plano 1 – Titular Claudio Eduardo Cardoso Marra Conselho Consultivo do Plano 1 – Titular Luiz Carlos Teixeira Conselho Consultivo do Plano 1 – Suplente Oraida Laroque Medeiros Conselho Consultivo do Plano 1 – Suplente Paulo Roberto Pavão Conselho Consultivo do Previ Futuro – Titular Lavinia Oliveira Bittencourt Conselho Consultivo do Previ Futuro – Titular Felipe Garcia Nazareth Conselho Consultivo do Previ Futuro – Suplente Airton Tomé Junior Conselho Consultivo do Previ Futuro – Suplente Flavia Casarin Nunes Conselho Consultivo do Previ Futuro – Titular Rosineia Diana Balbino Conselho Consultivo do Previ Futuro – Titular Lissane Pereira Holanda Conselho Consultivo do Previ Futuro – Suplente Marcello da Silva Conselho Consultivo do Previ Futuro – Suplente Eduardo Henrique de Resende Cunha União e Participação Unidade e Segurança na Previ CARGOS CANDIDATOS CARGOS CANDIDATOS Conselho Deliberativo – Titular Sérgio Faraco Conselho Deliberativo – Titular José Ricardo Sasseron Conselho Deliberativo – Suplente Macilene Rodrigues de Oliveira Conselho Deliberativo – Suplente Gilberto Matos Santiago Conselho Fiscal – Titular Fernando Luiz Lima Saraiva Conselho Fiscal – Titular Reinaldo Fujimoto Conselho Fiscal – Suplente Jorge Stein Lopes Conselho Fiscal – Suplente Sandra Regina de Miranda Diretoria de Administração Leonardo Faletti Diretoria de Administração Wagner de Sousa Nascimento Diretoria de Planejamento Amir Gonçalves dos Santos Diretoria de Planejamento Célia Maria Xavier Larichia Conselho Consultivo do Plano 1 – Titular Ebenézer Walter A. do Nascimento Conselho Consultivo do Plano 1 – Titular Fernanda Duclos Carisio Conselho Consultivo do Plano 1 – Suplente Maria Lizete da Silveira Conselho Consultivo do Plano 1 – Suplente Antonio Carlos Lima Rios Conselho Consultivo do Plano 1 – Titular Elaine Michel Conselho Consultivo do Plano 1 – Titular Jurandi Pereira do Nascimento Filho Conselho Consultivo do Plano 1 – Suplente Carlos Vitor Cerqueira Fernandes Conselho Consultivo do Plano 1 – Suplente José Luiz Barboza Conselho Consultivo do Previ Futuro – Titular Manoel Pereira de Lima Júnior Conselho Consultivo do Previ Futuro – Titular Rosalina do Socorro Ferreira Amorim Conselho Consultivo do Previ Futuro – Suplente Gisele Crisóstimo B. de Sousa Conselho Consultivo do Previ Futuro – Suplente Kleytton Guimarães Morais Conselho Consultivo do Previ Futuro – Titular Cristiana Silva Rocha Garbinatto Conselho Consultivo do Previ Futuro – Titular Pablo Sérgio Mereles Ruiz Diaz Conselho Consultivo do Previ Futuro – Suplente Bruno Rodrigues Chermont Vidal Conselho Consultivo do Previ Futuro – Suplente Paulo Vinícius Santos da Silva Até o fechamento desta edição, ainda não havia esgotado o prazo para homologação das chapas que concorrem na Previ, podendo ocorrer mudanças não captadas em tempo hábil. Jornal AÇÃO | Mar-Abr/2014 | 15 ELEIÇÕES PREVI 2014 Ética e Transparência Diretor de Administração: Ítalo Lazzarotto Quais os maiores desafios para o Plano Previ Futuro nos próximos quatro anos? Infelizmente, o Previ Futuro não tem um retrospecto positivo em termos de rentabilidade, principalmente se comparado ao Plano 1. É muito grande a diferença de rentabilidade entre os planos nos últimos dez anos. Neste período, perdemos oportunidades de investimento importantes, principalmente no mercado de capitais e imobiliário. Tal fato nos permite inferir que, em algum momento, não foram adequadas as “políticas de investimento” do Previ Futuro. Considerando este retrospecto, penso que os maiores desafios do plano serão os seguintes: • reavaliar a política de investimentos de forma a adequá-la ao momento adverso que vivemos, a fim de que sejam aproveitadas as oportunidades propiciadas pelo mercado; e • reavaliar a estrutura de administração da Previ e adotar ações que visem à “eficiência operacional”, com o objetivo de reduzir as despesas e a taxa de carregamento. Sendo a Diretoria da Previ um colegiado compartilhado entre indicados pelo BB e eleitos pelos associados e sabendo que os interesses podem ser antagônicos, como pretende enfrentar os desafios relativos à área de administração? Os desafios da área de administração estão diretamente ligados à adoção de procedimentos que visem à eficiência operacional em todos os seus espectros. Ter estrutura de administração adequada, ter corpo funcional capacitado e eficiente e ter custos ajusta16 | Mar-Abr/2014 | Jornal AÇÃO dos certamente é interesse tanto do patrocinador como dos associados. Nesse sentido, os interesses são convergentes. Por outro lado, as divergências, quando existirem, possibilitarão o debate para a construção de soluções adequadas à Previ. As ações devem sempre preservar a instituição e seu objetivo, qual seja, garantir benefícios previdenciários complementares a seus associados, de forma a contribuir para a tranquilidade e a qualidade de vida destes e de seus dependentes. Quais outras considerações deseja fazer aos associados da Previ? Vivemos um novo e difícil momento na economia. Os tempos de elevadas taxas de juros, rentabilidade fácil no mercado de capitais e supervalorização do mercado de imóveis parecem exauridos. No Plano 1, o pagamento do BET chegou ao fim e voltaram as contribuições. No Plano Previ Futuro, na média dos últimos anos, não foi atingida a rentabilidade mínima (atuarial) necessária para o equilíbrio do plano. Logo, devemos ter consciência de que teremos grandes desafios nos próximos anos, tanto na busca de redução de despesas como na melhor rentabilidade dos Planos 1 e Previ Futuro. Acredito que nossa formação acadêmica e nossa experiência profissional como administrador no BB e conselheiro no Conselho Consultivo da Previ são credenciais para a realização de um bom trabalho frente à Diretoria de Administração. Para enfrentar esses desafios, propomos a renovação das posições deliberativas. Será um novo olhar na administração da Previ. ELEIÇÕES PREVI 2014 Ética e Transparência Diretor de Planejamento: Arnaldo José Vollet Quais os maiores desafios para o Plano 1 da Previ nos próximos quatro anos? Entendo que os desafios do Plano 1 não se restringem aos próximos quatro anos, mas vão até o fim de sua vida útil. É garantir que o último participante receba o último benefício nas condições iniciais de sua aposentadoria. A preocupação primária é a perpetuidade dos benefícios. A Diretoria de Planejamento é responsável pela Gestão Integrada de Ativos e Passivos da Previ, ferramenta fundamental para atribuições como política de investimentos, análise de riscos, gestão de liquidez e solvência dos planos. Por ser um plano maduro, em que a maioria é de aposentados, é natural que a exigência de recursos para pagar benefícios se mostre, gradativamente, em patamar acima do fluxo de entrada (contribuições mais dividendos, principalmente), impondo necessidade de se trabalhar o planejamento com mais acuidade e competência. Tão importante quanto a política de investimentos é desenvolver ou aprimorar, no nível estratégico e tático, uma política ou plano de desinvestimento que garanta à Previ os fluxos necessários ao cumprimento das obrigações, sem solução de continuidade. Sendo a Diretoria da Previ um colegiado compartilhado entre indicados pelo BB e eleitos pelos associados e sabendo que os interesses podem ser antagônicos, como pretende enfrentar os desafios inerentes à área de planejamento? Entendo que, mais do que ser diretor indicado ou eleito, somos também participantes, como os mais de 200 mil colegas. Estou certo de que vamos exercer a função para fazer o melhor, dispondo de competência e capacidade técnica para o bem da instituição. O antagonismo é positivo. A experiência mostra que de divergências de opinião surgem melhores soluções. A unanimidade nem sempre é saudável. A Diretoria de Planejamento é eminentemente técnica. Ações, proposições e atividades seguem critérios técnicos estudados, analisados, compilados e comparados com cenários de mercado e aferição de exequibilidade. Mesmo na divergência, parâmetros técnicos devem ser ponderados em uma discussão. Não acredito que se incluam outros interesses em uma decisão técnica. E afirmo que, se isso acontecer, o associado terá a certeza de que não serei conivente e adotarei as medidas cabíveis para evitar prejuízo à Previ e a seus participantes. Quais outras considerações deseja fazer aos associados da Previ? Na verdade, faço um apelo ao associado para que não se omita e vote nas próximas eleições, principalmente os aposentados e os pensionistas. Lembro que, para curtir o merecido descanso, temos de vigiar. Só uma Previ sólida pode garantir o benefício que trará tranquilidade e certeza de uma aposentadoria digna para nós e para os nossos. Sem demérito aos demais candidatos, a quem rendo meu respeito e minha consideração, a próxima eleição se apresenta como a oportunidade para que o associado, democraticamente, dê chance ao novo. É preciso provocar a renovação. Ela deve vir do associado. São necessárias novas propostas para o futuro da Previ. Forte abraço! Jornal AÇÃO | Mar-Abr/2014 | 17 ELEIÇÕES PREVI 2014 Previ Livre, Forte e de Todos Diretora de Administração: Cecilia Mendes Garcez Siqueira Quais os maiores desafios para o Plano Previ Futuro nos próximos quatro anos? No Plano Previ Futuro, dois fatores são fundamentais para o cálculo do benefício no momento da aposentadoria: rentabilidade e custos. Para aumentar a rentabilidade, que apresentou resultado pífio no último ano, a princípio, é preciso ter uma análise cuidadosa do risco dos investimentos. O investimento feito nos últimos anos em empresas como as do grupo EBX, em que o risco sempre foi considerado altíssimo pelos analistas de mercado, não foi e não será o melhor caminho para perseguir uma boa rentabilidade. Em relação aos custos, a racionalização do custeio administrativo é outro grande desafio. É preciso reduzir os gastos crônicos com consultorias diversas, taxa de administração altíssima paga à BBDTVM, mordomias como auxílio-moradia, motorista, entre outros. Há também a falta de flexibilidade nos perfis de investimento, principalmente em momentos de crise. Sendo a Diretoria da Previ um colegiado compartilhado entre indicados pelo BB e eleitos pelos associados e sabendo que os interesses podem ser antagônicos, como pretende enfrentar os desafios relativos à área de administração? Nestas eleições, serão eleitos dois diretores e isso poderá fazer a diferença, se ambos estiverem alinhados e não tiverem vínculos com o governo. Eu e o Décio Bottechia Júnior, candidato em nossa chapa ao cargo de diretor de Planejamento, lutaremos pelos mesmos objetivos, que estarão vinculados ao que é melhor para 18 | Mar-Abr/2014 | Jornal AÇÃO o associado. Essa Diretoria tem vários desafios a serem enfrentados. O primeiro diz respeito à sua relação com o próprio associado. É fundamental garantir-lhe transparência nas ações de administração e controle do que se passa na Previ. Seja na área de contabilidade, seja na de contratos, é ao associado que a Diretoria de Administração deve satisfação em primeiro lugar. É necessário também cuidar melhor de nossa área de tecnologia, em que segurança e sistemas eficientes, que reduzam riscos e custos, são indispensáveis. Entretanto, tudo isso não será suficiente se nossa equipe não estiver motivada. Na Previ, há muito a ser feito. É necessário ter mais transparência, melhorar a comunicação e resgatar a meritocracia como fator primordial para a promoção de um funcionário. Quais outras considerações deseja fazer aos associados da Previ? Estreitar o relacionamento, aprimorando a comunicação e as condições de operações para os associados do Previ Futuro, além de lutar por melhorias de benefícios, é prioridade em nossa gestão. A Diretoria de Administração possui muitos desafios e, para enfrentá-los, não basta boa vontade: é necessária a experiência de quem conhece bem a Previ. Independência e determinação para defender e lutar pela PREVI QUE QUEREMOS. E a Previ que queremos é LIVRE das amarras políticas do governo, FORTE na gestão de seus recursos e DE TODOS os associados. Para me conhecer melhor, acesse: www.ceciliagarcez.blogspot.com. ELEIÇÕES PREVI 2014 Previ Livre, Forte e de Todos Diretor de Planejamento: Décio Bottechia Júnior Quais os maiores desafios para o Plano 1 da Previ nos próximos quatro anos? Os desafios do Plano 1 são enormes, principalmente pela exposição elevada em renda variável, não compatível com o perfil maduro e fechado do plano, que tem como principal objetivo a gestão dos recursos necessários para cumprir com as obrigações assumidas. É preciso, então, responder com ações que garantam a gestão equilibrada dos ativos frente aos cenários de incerteza da economia. A cada ano que passa, os desembolsos são maiores para o pagamento dos benefícios e, por isso, a liquidez dos ativos é muito importante. Não há desafio maior do que garantir a saúde financeira da Previ para que cumpra seu papel perante seus participantes. O desafio nos próximos quatro anos e nos seguintes é maximizar o retorno dos investimentos feitos com esses recursos de modo a cumprir fielmente essas obrigações. Sendo a Diretoria da Previ um colegiado compartilhado entre indicados pelo BB e eleitos pelos associados e sabendo que os interesses podem ser antagônicos, como pretende enfrentar os desafios inerentes à área de planejamento? Em minha visão, não pode haver interesses antagônicos. O interesse da Diretoria colegiada deve ser comum, a fim de gerir os recursos da Previ da melhor forma possível para os participantes. É de fundamental importância que todos os investimentos ou decisões que envolvam o passivo atuarial passem por criteriosa avaliação dos riscos envolvidos, principalmente no que diz respeito ao risco de liquidez. Haverá visões diferentes sobre como distribuir os encargos necessários para a obtenção do resultado desejado, mas com profissionalismo e respeito mútuo chegaremos ao consenso sobre os rumos a trilhar na Previ. A busca do consenso é obrigação de todas as partes e é sinônimo de amadurecimento e respeito pelos associados. Temos de ficar atentos à ordem o tempo todo e, para isso, necessitamos de processos de avaliação de riscos independentes, que garantam a solvência dos planos. Quais outras considerações deseja fazer aos associados da Previ? A Previ é um caso de sucesso e somente chegou até onde estamos com participação efetiva dos funcionários e processos que permitiram a gestão compartilhada e comprometida com os propósitos de um fundo de pensão. Além dos desafios apontados, é preciso avançar na luta pela melhoria dos benefícios. Precisamos de uma gestão que seja comprometida com os interesses dos associados, que busque alternativas e que priorize o associado. Sem um regulamento que seja respeitado, justo e perfeito, não iremos longe. Sem governança corporativa consistente, correremos riscos. Portanto, é hora de os associados aumentarem sua participação em todas as oportunidades e instâncias, pois foi assim que nos tornamos exemplo de gestão de fundo de pensão no Brasil. Jornal AÇÃO | Mar-Abr/2014 | 19 ELEIÇÕES PREVI 2014 União e Participação Diretor de Administração: Leonardo Faletti Quais os maiores desafios para o Plano Previ Futuro nos próximos quatro anos? O cenário macroeconômico previsto para o período de 2014 a 2018 e a análise dos resultados obtidos em 2013 deixam muito clara a necessidade de se reavaliar a alocação dos ativos do plano, otimizando a gestão desses recursos, a fim de viabilizar a obtenção da rentabilidade necessária ao atendimento das expectativas dos participantes. Como se pode observar, boa parte da rentabilidade vem das operações com participantes, ao passo que os fundos de investimento e as ações apresentaram rentabilidade negativa ou muito baixa. Consideramos também ser de fundamental importância a transparência na comunicação com os participantes do Plano Previ Futuro, a fim de que os produtos para esse segmento estejam sempre alinhados com suas expectativas. Sendo a Diretoria da Previ um colegiado compartilhado entre indicados pelo BB e eleitos pelos associados e sabendo que os interesses podem ser antagônicos, como pretende enfrentar os desafios relativos à área de administração? Partimos do pressuposto de que os interesses de todos os gestores, independentemente da forma que chegaram ao cargo que ocupam, devem ser os interesses do fundo e os de seus participantes. É importante ressaltar que os gestores respondem por seus atos, podendo ser punidos na pessoa física e comprometendo seu patrimônio pessoal. Eventuais interesses antagônicos serão combatidos e expostos aos participantes, de modo a inviabilizar sua concretização. A 20 | Mar-Abr/2014 | Jornal AÇÃO Diretoria de Administração é responsável por fornecer as melhores soluções em infraestrutura, processos, tecnologias e pessoas. Competirá a nós viabilizar as condições mais adequadas de funcionamento para toda a Previ, considerando a melhor relação custo – benefício possível. Entre nossas prioridades estão a otimização dos processos e sua informatização, para reduzir os níveis de risco operacional e obter elevados padrões de produtividade, além da racionalização do custo administrativo. Vamos resgatar a relação com o corpo técnico e gerencial da Previ para proporcionar a manutenção de um ambiente de trabalho saudável, produtivo e direcionado ao alcance dos objetivos da organização. Quais outras considerações deseja fazer aos associados da Previ? A chapa União e Participação é resultado da aliança entre diversos grupos que compartilham princípios e valores comuns ao corpo de associados. Fomos formados em uma cultura que valoriza competência, honestidade, integridade, solidariedade, respeito, transparência e independência, entre outros. Nosso compromisso é com a instituição e seus associados. Devemos buscar resultados que permitam à Previ cumprir com seus objetivos de curto, médio e, principalmente, longo prazo. Nossa gestão será marcada pela transparência na relação com os associados e instituições que o representam. As conquistas serão compartilhadas e os obstáculos a serem superados ficarão claros para todos. Nossa dedicação será integral à Previ. ELEIÇÕES PREVI 2014 União e Participação Diretor de Planejamento: Amir Gonçalves dos Santos Quais os maiores desafios para o Plano 1 da Previ nos próximos quatro anos? O Plano 1 é um plano maduro e, em breve, todos os associados estarão recebendo benefícios. Portanto, precisamos adotar uma política de investimentos responsável para encarar os grandes desafios que temos pela frente: • Necessidade de liquidez: o Plano 1 possui quase 100 mil aposentados e pensionistas, recebendo aproximadamente 9 bilhões por ano. A Previ deve buscar alternativas de investimentos que privilegiem rentabilidade e liquidez. A visão de governança deve ser pautada pela busca de desempenho ajustada à atual realidade do plano. • Interferências políticas: a Previ é um dos alvos preferidos para apoiar projetos que possuem grandes impactos políticos e riscos duvidosos quanto ao retorno financeiro. Precisamos estar atentos e sempre preparados para defender os interesses dos associados, independentemente das pressões políticas. • Diversificação: os ativos do Plano 1 estão muito concentrados em renda variável, em que poucas empresas respondem por grande parte do patrimônio. Precisamos, de forma responsável, reduzir gradativamente esse grande risco ao qual estamos expostos. • Outros: é preciso estabelecer o teto de contribuição para os executivos, reduzir o custo de gestão, implantar a Gestão Baseada em Risco, revisar os critérios de precificação dos ativos, aumentar a transparência na gestão, entre outros. Sendo a Diretoria da Previ um colegiado compartilhado entre indicados pelo BB e eleitos pelos associados e sabendo que os interesses podem ser antagônicos, como pretende enfrentar os desafios inerentes à área de planejamento? A Dipla é responsável por desenvolver e propor políticas orientadoras da gestão dos ativos, com base em análise e gestão de riscos, buscando oportunidades de negócios para a melhor alocação dos recursos, conforme as características do plano. Se eventualmente uma análise técnica encontra resistência por outros interesses prejudiciais aos associados, nossa arma será a transparência, levando o tema para debate junto a associados e entidades representativas. O eleito não pode se calar ou ceder. Quanto mais publicidade, mais difícil fica para o patrocinador impor propostas que coloquem em risco o patrimônio e a sustentabilidade dos Planos 1 e Previ Futuro. Quais outras considerações deseja fazer aos associados da Previ? Estamos em um momento muito importante na história da nossa Previ. Precisamos ficar muito atentos. O governo e o patrocinador têm se beneficiado, à luz do dia, de nosso patrimônio. Já perdemos muito (repasse de bilhões ao BB, fim antecipado do BET, retorno das contribuições, ausência de teto para os executivos, etc.), não podemos perder mais. A chapa União e Participação, formada por meio de coalizão de forças independentes, sem vínculos com o governo, partidos ou empresas, surge como alternativa para mudar o atual quadro com competência e firmeza. Precisamos de uma Previ mais forte, transparente e segura. Vote consciente. Jornal AÇÃO | Mar-Abr/2014 | 21 ELEIÇÕES PREVI 2014 Unidade e Segurança na Previ Diretor de Administração: Wagner de Sousa Nascimento Quais os maiores desafios para o Plano Previ Futuro nos próximos quatro anos? Como no Previ Futuro os benefícios são decorrentes da reserva acumulada individualmente pelo participante, o principal desafio para o gestor do plano é buscar o maior retorno dos investimentos, correndo o menor risco. A maneira mais segura de atingir essa meta é diversificar os investimentos em ativos de renda fixa, imóveis e ações das melhores empresas. A experiência acumulada pelo pessoal da Previ e os mecanismos de gestão implantados nos últimos anos vêm proporcionando resultados melhores que os dos demais fundos de pensão, mesmo nas condições mais adversas, graças principalmente à gestão compartilhada, com a presença dos representantes dos participantes no dia a dia dos negócios da Previ. Há muitos outros desafios, dos quais destaco dois. Primeiro, é preciso controlar e reduzir as despesas administrativas, sem comprometer a qualidade no atendimento ao associado e os serviços oferecidos. Reduzir despesas significa destinar mais recursos para a reserva de cada participante do Previ Futuro e gerar superávit no Plano 1 para distribuir aos associados. Segundo, lutaremos pelo resgate das contribuições patronais no Previ Futuro e por contribuições do Banco sobre a PLR para melhorar o benefício dos futuros aposentados. Sendo a Diretoria da Previ um colegiado compartilhado entre indicados pelo BB e eleitos pelos associados e sabendo que os interesses podem ser antagônicos, como pretende enfrentar os desafios 22 | Mar-Abr/2014 | Jornal AÇÃO relativos à área de administração? A Diretoria de Administração cuida da infraestrutura que permite à Previ funcionar com eficiência. Se eleito, dedicarei boa parte de meu esforço diário a criar condições para que tudo funcione a contento. Mas o trabalho mais importante de um diretor eleito é acompanhar todos os negócios da Previ e defender lá dentro os interesses dos associados de ambos os planos de benefícios. Por vezes, teremos de nos contrapor aos interesses do Banco e de outros investidores, empresas e governos que se chocam com os interesses da Previ e de seus associados. A luta sindical nos deu experiência nesse contraponto. Mais que diretor, o eleito é representante dos associados e deve atuar sempre em harmonia com os demais dirigentes eleitos para defender o patrimônio de todos como uma mãe defende seus filhos. Quais outras considerações deseja fazer aos associados da Previ? A Previ é fruto da construção coletiva de várias gerações de funcionários do BB. A Previ superou todas as ameaças e venceu seus inimigos com o apoio de nossas entidades de classe, sempre vigilantes e atuantes. Peço seu voto na chapa Unidade e Segurança na Previ, porque ela representa a união da grande maioria de sindicatos, associações de aposentados e entidades associativas para defender os interesses coletivos. Esse amplo arco de alianças fortalece a Previ e contempla a diversidade de ativos e aposentados, funcionários novos e antigos, buscando o melhor equilíbrio possível. ELEIÇÕES PREVI 2014 Unidade e Segurança na Previ Diretora de Planejamento: Célia Maria Xavier Larichia Quais os maiores desafios para o Plano 1 da Previ nos próximos quatro anos? Em dez anos, o Plano 1 distribuiu R$ 25 bilhões em superávit aos associados, na forma de redução e suspensão de contribuições, pagamento do BET, aumento do teto de benefícios para 90%, redução da Parcela Previ. Foi reduzida a taxa de juros atuarial e aumentada a previsão de expectativa de vida para projetar com mais segurança o pagamento de benefícios. Os benefícios temporários foram suspensos devido às condições adversas do mercado acionário e em consonância com a regulamentação vigente, mas ainda restam mais de R$ 24 bilhões de superávit acumulado, para a tranquilidade dos participantes. O grande desafio da Previ é retomar a rota de crescimento do patrimônio e da rentabilidade dos investimentos, gerando novos superávits para distribuir aos associados. Outro grande desafio é equilibrar a presença de representantes eleitos do Plano 1 e do Previ Futuro em todos os órgãos de gestão. Em breve, todos os associados do Plano 1 estarão aposentados e precisamos garantir sua presença nos órgãos colegiados, sempre em colaboração e solidariedade com os colegas do Previ Futuro. Continuarei lutando firmemente pela implantação de um teto de benefícios no Plano 1. Este tema tem provocado justo descontentamento entre os participantes e só vai ser resolvido quando alterarmos o regulamento para contemplar um teto limitador, de maneira a proteger os recursos dos associados. Sendo a Diretoria da Previ um colegiado comparti- lhado entre indicados pelo BB e eleitos pelos associados e sabendo que os interesses podem ser antagônicos, como pretende enfrentar os desafios inerentes à área de planejamento? A Diretoria de Planejamento projeta o futuro da Previ. Analisando mercados e cenários, propõe a política de investimentos e mecanismos de análise de risco para dar segurança ao futuro de nossos associados. É exatamente isto que persigo: proteção e segurança no pagamento dos benefícios. Se eleita, atuarei sempre em sintonia com os demais diretores e conselheiros eleitos para defender os interesses dos associados e fazer contraponto ao BB, sempre que houver antagonismo ou divergência. Atuaremos também em sintonia com nossas entidades representativas de aposentados e funcionários da ativa, dialogando e solicitando o apoio necessário. Nossa chapa Unidade e Segurança na Previ conta com o mais amplo leque de alianças, exatamente para mostrar a força do funcionalismo e nossa atitude de defesa da Previ e dos associados. Quais outras considerações deseja fazer aos associados da Previ? Acredito que a solidez da Previ se deve, principalmente, à participação, ao acompanhamento e à vigilância dos associados e das entidades representativas. Esta união é nosso maior patrimônio, que deve ser valorizado e preservado. O patrocinador BB sabe disso e não se atreverá a fazer mudanças unilaterais, enquanto estivermos unidos e perseverantes na luta pela defesa da missão da Previ. Jornal AÇÃO | Mar-Abr/2014 | 23 MENSAGEM DA DIRETORIA De um lado, a Cassi, com temas ligados a sustentabilidade, política de saúde e regulação, custeio e despesas. De outro, a Previ, que divide opiniões com assuntos sobre Benefício Especial Temporário (BET), Teto para Estatutários e Resolução CGPC nº 26/2008. Tanto a Caixa de Saúde quanto a Caixa de Previdência possuem atuações diferentes, mas se unem em um ponto: existem por causa do funcionalismo do Banco do Brasil e têm a missão de melhorar a vida dos associados. No meio dessas entidades está a ANABB, que atua como guardiã dos interesses dos associados e defende a Cassi e a Previ como grandes patrimônios da família BB. Em 2014, as Caixas de Saúde e Previdência passam por processos eleitorais para renovação de seus quadros. Na Cassi, além dos cargos de conselheiros deliberativo e fiscal, haverá eleição para diretor de Saúde e Rede de Atendimento. Já na Previ, serão escolhidos membros para os Conselhos De- liberativo, Fiscal e Consultivo e as Diretorias de Administração e Planejamento. Isso demonstra que muita gente nova entrará no quadro diretivo, sendo fundamental conhecer aqueles que representarão os anseios dos milhares de associados por todo o Brasil. A ANABB sente-se no dever de mostrar quem são essas pessoas e quais as principais propostas apresentadas para enfrentar os problemas que afetam a vida de milhares de associados. Os associados, por sua vez, poderão avaliar e fazer escolhas para que essas entidades possam atender cada vez melhor seus interesses. Diretoria Executiva VOTAÇÃO NA PREVI • Ocorre das 9h do dia 16 de maio às 18h do dia 28 de maio (horário de Brasília). • Funcionários da ativa ou em afastamentos VOTAÇÃO NA CASSI • Ocorre das 9h do dia 9 de abril às 18h do dia 22 de abril (horário de Brasília). • Funcionários da ativa votam pelos terminais SISBB, disponibilizados pelo Banco. • Funcionários do BB em quadro suplemen• tar votam nos terminais SISBB, nas agências de relacionamento. Aposentados votam nos terminais de autoatendimento (TAA). 24 | Mar-Abr/2014 | Jornal AÇÃO regulamentares votam pelos terminais SISBB, disponibilizados pelo Banco. • Participantes e funcionários em quadro suplementar votam nos terminais SISBB, nas agências de relacionamento. • Assistidos e demais participantes: sistema de atendimento automático por telefone e sistema web, na rede mundial de computadores, disponibilizados pela Previ. Parágrafo único. Para utilização do sistema de atendimento automático por telefone e sistema web, é necessário possuir senha específica emitida pela Previ (a mesma utilizada para consultar a seção “Autoatendimento” do site da Previ). ELEIÇÕES DIREGS ELEITOS NOVOS DIRETORES REGIONAIS Colegas do BB vão representar a ANABB em algumas jurisdições onde havia cargos vagos. Os diretores regionais têm importante papel em fazer uma ponte entre os associados nos estados e a ANABB nacional Por Tatiane Lopes A ANABB começou 2014 promovendo a eleição de diretores regionais (Diregs) para os cargos que estavam vagos em seis jurisdições. Eram elas: 38 – Rio de Janeiro (RJ); 40 – Rio de Janeiro (RJ); 45 – Rio Grande do Sul (RS); 51 – Roraima (RR); 57 – São Paulo (SP); e 61 – São Paulo (SP). O processo eleitoral ocorreu entre os dias 23 de janeiro e 27 de fevereiro de 2014, desde a abertura do edital de convocação das eleições até a proclamação dos eleitos. A posse dos Diregs eleitos aconteceu no dia 13 de março na sede da ANABB em Brasília. Uma Comissão Eleitoral Especial (CEE) foi nomeada e instalada na sede da ANABB para conduzir todo o processo eleitoral. Integraram a CEE o vice-presidente de Relações Institucionais, Fernando Amaral, a conselheira deliberativa Maria Goretti Barone e a presidente do Conselho Fiscal, Vera de Melo. Somente uma candidatura foi impugnada após os registros de candidaturas para os cargos vagos. Os eleitos vão cumprir um mandato de 13 de março de 2014 até a primeira quinzena de janeiro de 2016. Para dar mais transparência ao processo eleitoral, a ANABB criou um hotsite com todas as informações sobre as eleições, como edital, comunicados da Comissão Eleitoral, lista de candidatos e registro de candidatura. Papel dos Diregs Buscar a legitimação dos diretores regionais é um dos compromissos da Diretoria Executiva. Em 2013, a ANABB realizou importante trabalho de visita a todos os estados brasileiros, por meio do projeto Encontro Regionais. O principal objetivo foi fortalecer a figura do diretor regional nas 26 capitais e no Distrito Federal e comprovar sua importância junto a funcionários da ativa e aposentados, autoridades regionais e estaduais, tanto do BB quanto de cargos públicos e de entidades representativas do funcionalismo. De acordo com o vice-presidente de Relações Institucionais da ANABB, Fernando Amaral, os Diregs são responsáveis pelo acompanhamento dos assuntos de interesse do funcionalismo. “A realização dos encontros com os Diregs foi uma forma de estreitar o relacionamento e melhorar a representatividade. A legitimação é um trabalho a que chamamos de empoderamento dos Diregs”, destaca. Os encontros regionais marcaram o importante papel dos diretores regionais na atual gestão da ANABB. O entendimento é de que o fortalecimento dos Diregs pode facilitar o trabalho da Associação e otimizar muitas discussões que, por vezes, ficam restritas ao contato com a Diretoria Executiva. “O Direg é a ANABB nos estados. Muitas vezes, os associados querem solucionar demandas diretamente em Brasília, criando Os candidatos vencedores em cada uma das jurisdições foram: um processo que poderia ser so• 38 – Rio de Janeiro (RJ): Maurício Gomes de Souza, 66 votos lucionado com mais facilidade • 40 – Rio de Janeiro (RJ): Mário Magalhães de Souza, 77 votos regionalmente. Por outro lado, • 45 – Rio Grande do Sul (RS): Valmir Canabarro, 14 votos queremos apresentar os Diregs • 51 – Roraima (RR): José Antônio Ribas, 23 votos às autoridades políticas de cada • 57 – São Paulo (SP): Adelmo Vianna Gomes, 18 votos estado e ajudá-los na interação • 61 – São Paulo (SP): José Roberto Leme, 34 votos com as demais entidades”, finaliza Amaral. Jornal AÇÃO | Mar-Abr/2014 | 25 CONVERSA DE BASTIDOR BB FIRMA ACORDO CONTRA ASSÉDIO MORAL O BB firmou um acordo judicial com o Ministério Público do Trabalho (MPT) no Distrito Federal e no Estado do Tocantins, em que se comprometeu a combater o assédio moral e sexual em ambiente de trabalho, antes de ser punido com o pagamento de multas. O acordo judicial prevê a produção de vídeo sobre assédio moral e sexual que será exibido durante a realização da campanha “Ser Ético é BOMPRATODOS”. Além disso, o Banco vai instituir curso autoinstrucional sobre assédio, acessível a todos os seus funcionários; revisar as instruções normativas internas para regulamentar o resguardo da privacidade dos trabalhadores em face do sistema de câmeras; e formular controle para identificação de casos frequentes de afastamento de empregados de uma mesma unidade. Também serão produzidas cartilhas sobre o assunto. O BB se comprometeu a oferecer capacitação sobre assédio moral aos integrantes dos Comitês de Ética Estadual. DIVULGAÇÃO DOS RESULTADOS DE 2013 DA PREVI A Previ divulgou, em 24 de fevereiro, seu balanço anual de 2013. O presidente da ANABB, Sergio Riede, representou a Associação durante a apresentação dos resultados. Riede registrou publicamente a posição da ANABB. “Entendemos que houve empilhamento de verbas para os estatutários do BB e temos como premissa que não deve haver prejuízo nem privilégio para quem quer que seja. Respeitamos o direito do BB de pagar o salário que julgar mais adequado a seus dirigentes, mas na Previ têm de ser respeitadas as regras que valem para todos”. Ele ainda enfatizou que a ANABB está acompanhando a assinatura do TAC sobre o assunto e que, caso seu conteúdo contrarie as premissas justas, a entidade continuará lutando para conquistar tratamento equânime para todos os participantes. ANABB PRESTIGIA INÍCIO DE CURSOS PROFISSIONALIZANTES PARA DETENTAS DE TORRES, NO RIO GRANDE DO SUL O vice-presidente de Comunicação da ANABB e presidente do Instituto VIVA CIDADANIA, Douglas Scortegagna, prestigiou, no dia 18 de fevereiro, a aula inaugural do projeto Sonho de Liberdade, no Presídio Estadual Feminino de Torres (RS). O projeto é um dos contemplados com recursos do programa Liberdade Responsável, da ANABB. O Sonho de Liberdade é realizado pela Fundação Maçônica Educacional (FME), em parceria com a Superintendência de Serviços Penitenciários do Estado do Rio Grande do Sul (Susep), e consiste na reinserção das apenadas no mercado de trabalho, por meio da realização de cursos na área da construção civil. No curso, as mulheres têm aulas teóricas e práticas de eletricidade básica, piso, revestimento, pintura e textura predial. Ao todo serão 240 horas de curso. Em sua terceira edição no estado, o projeto já formou mais de 40 mulheres nos presídios femininos de Madre Pelletier, de Porto Alegre, e de Guaíba, ambos no Rio Grande do Sul. 26 | Mar-Abr/2014 | Jornal AÇÃO ENCONTRO NACIONAL DOS OBSERVATÓRIOS SOCIAIS De 27 a 29 de março, foi realizado, em Balneário Camboriú (SC), o V Encontro Nacional dos Observatórios Sociais. A ANABB, parceira da Rede de Observatórios Sociais, participou do evento, sendo representada pelo vice-presidente de Comunicação, Douglas Scortegagna e pelos membros dos Observatórios Sociais patrocinados pela ANABB. O encontro teve como objetivo apresentar as boas práticas dos observatórios, discutir os avanços na metodologia de trabalho e consolidar alianças estratégias. Os Observatórios Sociais atuam em favor da transparência na gestão pública, tendo contribuído com números expressivos na redução de gastos públicos. A ANABB patrocina a implantação de cinco Observatórios Sociais, dos quais quatro já estão em atividade: Campo Grande (MT), Pelotas (RS), Ponta Grossa (PR) e Santo Antônio de Jesus (BA). PREVI INFORMA QUE AUTOPATROCINADOS NÃO POSSUEM OS MESMOS DIREITOS DO PATROCINADOR A Previ encaminhou resposta com a análise solicitada pela ANABB a respeito da cota do Benefício Especial Temporário (BET) para os participantes autopatrocinados. No dia 18 de fevereiro, atendendo demandas dos associados, a Associação enviou correspondência à Caixa de Previdência sugerindo solução para contemplar um direito legítimo dos participantes, ao corrigir o destino da cota do BET de forma específica para os colegas que patrocinam a si mesmos. Por carta, a Previ informou que os autopatrocinados não possuem os mesmos direitos e obrigações do patrocinador e que os procedimentos adotados pela Caixa de Previdência estão em conformidade com a legislação e com o órgão regulador. A Previ ressaltou que sua interpretação sobre o BET destinado aos participantes autopatrocinados é ratificada pelo disposto no artigo 30 da Resolução CGPC nº 6/2003 e por parecer da Previc (nº 23/2012/ CGDC/Dicol/Previc), emitido em 27/6/2012. A Previ analisou os valores que cabiam aos grupos e apurou os percentuais de 51,28%, para o Fundo de Destinação da Reserva Especial dos participantes (inclusive autopatrocinados), e de 48,72%, para o Fundo de Destinação de Reserva Especial dos patrocinados, tendo como base o período de 2007 a 2009. ANABB RECEBE VISITA DO SECRETÁRIO DO TRABALHO DE PORTO ALEGRE, POMPEO DE MATTOS No dia 19 de março, a Diretoria da ANABB recebeu a visita do secretário do Trabalho e Emprego da prefeitura de Porto Alegre, Pompeo de Mattos. O ex-deputado federal esteve em Brasília para tratar de assuntos referentes a sua pasta e aproveitou para reencontrar os colegas conterrâneos Sergio Riede e Douglas Scortegagna. Pompeu de Mattos já exerceu seis mandatos como deputado, sendo três estaduais e três federais (eleito em 1998, 2002 e 2006). É colega do BB e atualmente contribui com o prefeito José Fortunati na administração da capital gaúcha. O secretário colocou-se à disposição da ANABB para apoiar projetos de interesse da Associação. Jornal AÇÃO | Mar-Abr/2014 | 27 CASO SEGUROS: JUSTIÇA DÁ VITÓRIA À ANABB A Justiça concedeu importante vitória em favor da ANABB sobre mais um desdobramento do “caso seguros”. Em sentença proferida no dia 11 de março de 2014, o juiz de direito substituto, Dr. Felipe Vidigal de Andrade Serra, julgou improcedentes os pedidos da Guard Administração e Corretora de Seguros Ltda. na ação movida contra a ANABB. A antiga corretora da Associação reivindicava o reconhecimento de sua condição de corretora da ANABB até os dias de hoje, ignorando o rompimento contratual ocorrido em 2011, e o pagamento das comissões de corretagem referentes a esse período. Em sua análise, o juiz afirmou que a troca da corretora pela ANABB serviu para preservar o interesse dos segurados, uma vez que ficaram comprovadas no processo algumas irregularidades na condução dos seguros pela Guard. Entre elas estão a ODONTOPREV É ESCOLHIDA COMO “FORNECEDOR MAIS ADMIRADO” A operadora OdontoPrev foi mais uma vez reconhecida por sua excelência no atendimento aos recursos humanos. A entidade foi escolhida como “Fornecedor mais admirado pelos RHs 2014”, em pesquisa nacional realizada no período de julho a outubro de 2013 com mais de 35 mil profissionais de recursos humanos de 780 empresas do Brasil. Além desse reconhecimento, a OdontoPrev também recebeu o prêmio de empresa “Melhor avaliada em assistência odontológica”, entre os 100 Melhores Fornecedores de RH. Vale ressaltar que o OdontoANABB, plano odontológico oferecido pela ANABB a seus associados e dependentes, é administrado pela OdontoPrev, em uma parceria que completa dez anos em 2014. 28 | Mar-Abr/2014 | Jornal AÇÃO existência de documentos que indicam retenção indevida de comunicações de sinistro, com a finalidade de não permitir diminuição em sua comissão, descumprimento de prazo de pagamento e divergências nos valores pagos aos segurados contemplados com números da sorte. O magistrado salientou que a Guard atacou apenas os aspectos formais da rescisão do contrato, e não se preocupou em se defender sobre as irregularidades apontadas contra ela. Ainda cabe recurso da sentença. A Diretoria da ANABB reafirma a importância e a relevância dos seguros, a garantia de que os seguros e as mudanças ocorridas não prejudicaram os direitos dos segurados e o compromisso de manter a ANABB permanentemente atenta a defender os interesses de seus associados. A íntegra da sentença está disponível no site da ANABB, www.anabb.org.br, no link “Caso Seguros”. HOMENAGEM ÀS MULHERES CONTA COM AÇÕES EXTERNA E INTERNA A ANABB homenageou as associadas e as funcionárias de forma especial pelo Dia Internacional da Mulher, comemorado em 8 de março. Na abordagem externa, foi identificada a associada com maior idade, Celia Lins Leite, de 105 anos, do Rio de Janeiro; a mais nova, Giovanna Gobbo, 17 anos, de Brasília; aquela com mais tempo de filiação à entidade, Miryam Goes Silva, de Lauro de Freitas, na Bahia, com ficha de inscrição datada de 11 de julho de 1985, antes mesmo da Assembleia de Constituição da Associação, em 20 de fevereiro de 1986; e a mais recente filiada até o Dia da Mulher, Marilu Branco, de Brasília, que se filiou em 5 de março. Foi dado destaque ainda às sócias-fundadoras da ANABB e às mulheres que ocupam cargo de gestão na Associação, como a vice-presidente de Relações Funcionais, Tereza Godoy, a presidente do Conselho Fiscal, Vera Lúcia de Melo, e outras representantes desse conselho, as dez mulheres no Conselho Deliberativo e outras quatro que pertencem aos Grupos de Assessoramento Temático (GAT). Internamente, foi realizado um chá da tarde para as funcionárias da ANABB, com distribuição de flores de chocolate e cumprimentos da Diretoria Executiva. STJ DETERMINA A SUSPENSÃO DAS AÇÕES DE REVISÃO DO FGTS A ANABB noticiou a seus associados o ajuizamento de nova ação coletiva com o objetivo de realizar a revisão do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS). No entanto, o ministro Benedito Gonçalves, do Superior Tribunal de Justiça (STJ), nos autos do Recurso Especial nº 1.381.683/PE, determinou a suspensão de todas as ações que tenham a finalidade de corrigir o saldo do FGTS. A suspensão vale para todo o Brasil. Quando o STJ analisar o mérito do Recurso Especial, definirá se é devida ou não a revisão do FGTS a partir de 1999. Diante desse cenário, a ANABB decidiu aguardar o resultado do referido recurso, a fim de verificar se irá ajuizar ou não a ação coletiva divulgada. PREVIC INFORMA QUE SIBET NÃO PODE SER UTILIZADO PARA PAGAMENTO DE CONTRIBUIÇÕES Em resposta à consulta feita pela Previ, a Previc informou que o Saldo Individual do Benefício Especial Temporário (Sibet) não pode ser utilizado para pagar as contribuições dos funcionários que ainda estão na ativa. De acordo com o órgão fiscalizador, os recursos do Sibet já foram apropriados como patrimônio previdenciário individual dos participantes e a destinação deverá ser atrelada ao pagamento de benefícios, ao resgate ou à portabilidade. De acordo com a Previc, a utilização do Sibet pelos funcionários da ativa no pagamento das contribuições mensais contraria o disposto no Regulamento do Plano 1. Diante disso, a Previ concluiu que o uso do Saldo Individual para o pagamento de parcelas de operações de empréstimo simples e de financiamento imobiliário significa antecipação de benefício e, portanto, não pode ser permitido. A sugestão de utilização do Sibet para o pagamento das contribuições referentes ao Plano 1 dos participantes da ativa foi feita pela ANABB à Previ em janeiro como alternativa para minimizar os impactos causados pelo fim do pagamento do BET. Sendo assim, a Associação vai continuar estudando o que pode ser feito para minimizar as consequências negativas para as famílias que dependem do benefício pago pela Caixa de Previdência. ANABB ALERTA PARA O ENVIO DE CARTAS FALSAS A ANABB novamente alerta os associados sobre o envio de correspondências falsas que comunicam ganho de causa processual e pagamento de custas judiciais para o recebimento do valor ganho. A notificação extrajudicial chega por meio de carta, endereçada nominalmente à vítima. Os criminosos utilizam-se da complexidade da linguagem jurídica para enganar dezenas de milhares de pessoas. A Assessoria Jurídica da ANABB orienta que quem ganha uma ação judicial não pagará custas processuais e honorários sucumbenciais, conforme artigo 20 do Código de Processo Civil, salvo se houver sucumbência recíproca; não é qualquer empresa ou entidade que pode representar terceiros judicialmente; e, nas ações coletivas em que haja devolução de valores, a execução se dará de forma individual, com necessidade da outorga de procuração a um advogado. Ação judicial não é loteria, desconfie sempre. Jornal AÇÃO | Mar-Abr/2014 | 29 TÚNEL DO TEMPO LEMBRANÇAS DO BB A ANABB quer contar os relatos e as recordações dos associados. Se você compartilhou histórias engraçadas e se lembra de equipamentos ou materiais que hoje são considerados relíquias, mande uma mensagem e, se possível, fotos para a ANABB ([email protected]). Participe! Outras histórias do BB Bam! Há quarenta anos, essa era a batida seca, barulhenta, na intitulação de cada folha de um talonário de cheques: bam! No equipamento, à esquerda desta foto, clicada em dezembro de 1974, no Setex/Bater/Retag, da agência de Encantado (RS), vê-se, primeiro, a impressora de caracteres, que confeccionava a “chapinha” de metal (com os nomes da agência e do cliente, mais o enquadramento contábil da conta-corrente). Depois, esta era fixada em outra maquineta (aqui vista em cima do arquivo de aço contendo as chapinhas de todos os correntistas). Assim, usando a alavanca manual, fazia-se a impressão (bam!) sobre uma fita entintada. No início da década de 1980, com a absorção dos serviços pelo Cesec, os talonários já vinham intitulados e a reposição era automática, mediante remessa da respectiva requisição (que era assinada pelo cliente e servia também como recibo de entrega). Como curiosidade, vale destacar ainda que, às vezes, à época da inflação alta (1986), um correntista pedia, por telefone, um talão, mas isso num sábado ou domingo pela manhã! Como supervisor do Setex, acessava a agência e fornecia o talão. Enfim, a segurança ainda não era motivo de muita preocupação... Ainda na foto, vemos a autenticadora de caixa, que na falta de luz era acionada com sua alavanca manual, assim como uma NCR utilizada no movimento dos papéis oriundos do setor. A exemplo dos equipamentos aqui citados, a chegada gradativa de outros representaram grandes melhorias, como telex, ar-condicionado, xerox, fax e, finalmente, computador. Sem dúvida, foram tempos de muito trabalho e superação, mas também tivemos momentos de descontração. No mais, parabéns à ANABB pelo lançamento do Túnel do Tempo, em que, certamente, muitas situações de nossa vida funcional serão recordadas. Arbi Fischborn Encantado (RS) Dilu Duarte Lacerda de Freitas Divinópolis (MG) Impressora de caracteres 30 | Mar-Abr/2014 | Jornal AÇÃO Muitos fatos marcaram minha carreira no Banco, mas dois são os mais interessantes. O primeiro foi quando cheguei à agência de Corinto (MG), em 19 de janeiro de 1972. No dia 20, fizeram um adiantamento de 11 dias de salário. Em contrapartida, tive de fazer uma assinatura da revista Desed. Então, questionei: “Por que tenho de assinar uma revista disponível em todos os setores do Banco?” E me disseram que todos os funcionários tinham de assiná-la. Autenticaram o documento de recebimento do valor, que na verdade foi usado para pagar a conta da festa surpresa de minha chegada à agência. O segundo fato foi quando trabalhava com clientes especiais e ficava em uma plataforma carpetada. Durante o expediente, eu andava muito. Depois que a agência era fechada, eu tirava as sandálias, que sempre eram bem altas. Certo dia, o gerente adjunto, que ficava em uma mesa a meu lado, resolveu fazer uma brincadeira: colocou um pé da sandália no lixo debaixo da mesa dele e foi embora bem antes de mim. Quando terminei o expediente, procurei pela sandália e não a encontrei. Pedi ajuda aos colegas, mas não consegui nada. Àquela hora, a empresa de limpeza já havia recolhido todo o lixo. Eu morava muito longe e dependia de ônibus e de andar bastante a pé até minha casa. Pagar um táxi era muito caro, por conta da distância. Tirei as meias e fui toda tranquila, sendo observada pelas pessoas. Algumas perguntavam por que eu estava descalça e eu respondia: “Estou pagando uma promessa”. No dia seguinte, fui pesquisar quem era o autor da façanha. Foi difícil, mas descobri. Depois disso, não tirei mais os sapatos durante o trabalho. ARTIGO A PRÁTICA DA DEMOCRACIA Por João Botelho – Presidente do Conselho Deliberativo da ANABB Falar sobre democracia, em tese, para colegas do BB, ativos e aposentados, é tarefa fácil. Constituem eles, como regra, um conjunto de pessoas afortunadamente mais bem preparadas, acadêmica e culturalmente. Inúmeros compêndios e diversos endereços eletrônicos a que temos fácil acesso detalham, à exaustão, definição, princípios, conceitos, tipos e formas de ser exercido desse sistema de governo, criado por Platão. Detalham ainda a proteção que a democracia confere à liberdade humana (o que por si só já justificaria a meu ver seus valores), abordando também o conceito de governo da maioria com respeito aos direitos individuais e das minorias. Vários pressupostos para a correta vivência da democracia (tolerância, cooperação e compromissos das partes) nos levam ao entendimento de que os cidadãos, em uma democracia, não têm apenas direitos. Têm o dever de participar no processo político, que, por sua vez, exige investimento de tempo, trabalho, dedicação, civismo e mesmo paciência. A prática da democracia, contudo, já é um pouco mais difícil. Os números das últimas eleições em nossas entidades demonstram que não vimos praticando esses valores, conforme a seguir. ELEITORADO ANABB 2011 CASSI 2012 PREVI 2012 Aptos a votar 99.231 168.549 193.001 Votos válidos 20.391 88.362 92.810 Votos em branco * 8.516 7.112 Votos nulos * 12.004 10.938 Os números sobre o perfil dos eleitores indicam dados de maior gravidade ainda. Veja o quadro. ELEIÇÕES TOTAL DE VOTANTES NA ATIVA APOSENTADOS E PENSIONISTAS * * ANABB 2011 20.391 (100%) Cassi 2012 88.362 (100%) 64.996 (73,56%) 23.366 (26,44%) Previ 2012 92.810 (100%) 62.633 (67,49%) 30.177 (32,51%) * Pela sistemática de votação, os dados não puderam ser obtidos. Pois bem, o objetivo central destes meus comentários é abordar o papel da ANABB nas eleições deste ano na Cassi e na Previ. Papel mais do que legítimo, já que nossos associados integram o corpo social dessas entidades que nos são muito caras. Desde que assumimos, vimos preconizando que a ANABB não deve organizar, como instituição, chapas para essas eleições (a participação pessoal de qualquer de seus membros, no entanto, é aceita como parte do processo democrático). Tampouco deve a ANABB direcionar recursos de todos os associados, em benefício de uma minoria, que integre apenas uma chapa. Praticamos isso nas eleições de 2012, como forma de transmitir a todos os eleitores (verdadeiros interessados) informações democráticas sobre todas as chapas. Nosso objetivo era evitar a cooptação e contribuir para o exercício consciente da responsabilidade que a democracia nos exige. E deu certo! Independentemente das chapas vencedoras nos pleitos de 2012, ninguém pode hoje, em sã consciência, dizer que votou no “escuro”. A Diretoria Executiva da ANABB propôs, para este ano, a mesma atuação, ou seja, beneficiar o processo e o adequado conhecimento, pelo eleitorado, quanto ao perfil e às propostas dos candidatos. Lamentavelmente, a proposta foi recusada pelo Conselho Deliberativo em Consulta Epistolar que realizei (8 votos a favor, inclusive o meu, 12 votos contrários e 1 abstenção). E isso faz parte do processo democrático. Com o objetivo de não deixar a ANABB de fora dessa importante manifestação cívica, abri oportunidade para que os conselheiros apresentassem novas ideias e realizei nova Consulta Epistolar. Também tivemos, em 24 de março, reunião presencial para detalhamento da proposta vencedora, tudo no afã de oferecer o melhor aos associados. Nessa consulta, exerci o direito de me abster do voto e fundamentei minha responsabilidade como juiz do processo. Recebi muitas críticas por isso. Mas o fiz consciente de minhas responsabilidades. Recebi convites para integrar algumas chapas. Entretanto, como desempenhar meu papel de juiz do processo (diga-se, do processo, e não da causa) se não tivesse a isenção necessária? Na reunião, os conselheiros decidiram que a contribuição da ANABB para os processos eleitorais será por meio da disponibilização dos recursos, previstos no orçamento, para auxiliar nas despesas de campanha dos candidatos à Cassi e à Previ. O objetivo é assegurar igualdade de condições às chapas concorrentes e manter os associados informados. Os critérios para uso dos recursos serão semelhantes àqueles adotados pelas Caixas de Saúde e Previdência. As verbas podem ser utilizadas para custear despesas da campanha eleitoral referentes a alimentação, hospedagem, postagem, deslocamento (exceto para utilização de veículo próprio), confecção/impressão de mensagens e hospedagem em mídias eletrônicas. Além disso, o auxílio será concedido apenas para despesas realizadas por componentes das chapas, sendo proibida a antecipação de valores a título de adiantamento. Bem, agora é com você, eleitor. Será que os números acima não merecem sua reflexão? Será que novembradas e outras manifestações têm o poder de corrigir as distorções de nossa pífia participação nos processos eleitorais? Sobretudo a nossa, já que não estamos na ativa? Jornal AÇÃO | Mar-Abr/2014 | 31 OPINIÃO MASCARADOS! APLIQUE-SE A CONSTITUIÇÃO “Manifestante é manifestante, Delinquente é delinquente, Bandido é bandido e Terrorista é terrorista.” Elio Gaspari (Folha de São Paulo, 12.2.2014) DOUGLAS SCORTEGAGNA Vice-Presidente de Comunicação – [email protected] O artigo “Anarquia consentida”, que escrevi neste mesmo espaço, na edição nº 220 do jornal Ação, teve grande repercussão entre os associados da ANABB, o que me motivou a falar mais sobre o assunto. De lá para cá, muito se ouviu de políticos e governantes sobre a necessidade de se tomar alguma providência, a fim de inibir não as manifestações, mas sim os infiltrados, na maioria covardes escondidos atrás de máscaras ou outros meios para não serem identificados, com o único objetivo de anarquizar os eventos, promovendo destruição de bens públicos e privados, impunemente. Ora, bastava aplicar o que a Constituição brasileira prevê. Veja o que diz o artigo 5º, inciso IV, da Constituição Federal: “DOS DIREITOS E DEVERES INDIVIDUAIS E COLETIVOS – É livre a manifestação do pensamento, sendo vedado o anonimato”. Se é vedado o anonimato, por que se permitem manifestantes mascarados? A Constituição é a Lei Maior. Aplique-se o que nela está previsto. Não! Os políticos espertalhões aproveitam a oportunidade para tirar vantagem eleitoral, inventando novas e intermináveis leis que tanto demoram para serem aprovadas. Quando isso acontece, já estão defasadas. Isso me faz lembrar uma frase de Rui Barbosa: “Há tantos burros mandando em homens de inteligência que às vezes fico pensando se a BURRICE não será uma CIÊNCIA”. Como citado na epígrafe deste artigo, manifestante é manifestante, delinquente é delinquente, bandido é bandido e terrorista é terrorista. O problema é que estamos tratando todos de forma igual. Tratamos o pacífico manifestante como bandido, ou delinquente, ou terrorista. Tratamos os Black Blocs e outros mascarados (que são os que estão cometendo crimes e, portanto, agem como delinquentes, bandidos e terroristas), como mani32 | Mar-Abr/2014 | Jornal AÇÃO festantes pacíficos. Nesses casos, está havendo clara conivência do Estado. Enquanto isso, na Suprema Corte brasileira, que, parodiando, vinha fazendo uma patriótica manifestação pacífica, condenando autores de malfeitos a penas exemplares, foi surpreendida com a chegada de dois novos membros (manifestantes), que se transformaram em verdadeiros Black Blocs (não mascarados, ou até estavam, dependendo da forma que os vemos) e resolveram estragar aquela festa democrática e exemplar. Como todos temos os governantes e o judiciário que merecemos, isso vai continuar acontecendo, enquanto os ministros tiverem suas indicações feitas por quem pode vir a ser alvo de seus julgamentos. UMA BOA NOTÍCIA A ANABB está apoiando a produção de um livro que conta a história dos 20 anos da campanha da Ação da Cidadania contra a Fome, a Miséria e pela Vida, idealizada por Betinho e lançada em 1993. Betinho falou, certa vez, que o sucesso da campanha se devia muito aos milhares de comitês criados pelos funcionários do BB. Por isso, e em respeito a nossos colegas voluntários que tanto se dedicaram e ainda se dedicam a essa causa, a ANABB resolveu participar desse belo projeto. Até maio deste ano, o livro será lançado e a ANABB lhe dará ampla divulgação. UMA MÁ NOTÍCIA O Banco do Brasil foi procurado para ser também um dos patrocinadores do livro e, depois de sete meses analisando a proposta, disse um NÃO. É uma pena, tendo em vista que o BB foi um dos que mais teve lucro de imagem com a participação de seus funcionários nessa bela parte da história recente do Brasil. www.anabb.org.br | @anabbevoce | [email protected]