ADMINISTRAÇÃO DA PRODUÇÃO II ADMINISTRAÇÃO DA PRODUÇÃO II Fernando Corrêa ADMINISTRAÇÃO DA PRODUÇÃO II Este Material foi preparado para servir como roteiro de aula da disciplina Administração da Produção II, do CEFET RJ. Faz-se necessária a complementação dos estudos através de livros, artigos e exercícios. Fernando Corrêa 1 ADMINISTRAÇÃO DA PRODUÇÃO II EMENTA - CAPÍTULO 1 – LEAN MANUFACTURING - CAPÍTULO 2 – TIPOS DE OPERAÇÃO E PLANEJAMENTO DA CAPACIDADE - CAPÍTULO 3 – ARRANJO FÍSICO DE INSTALAÇÕES - CAPÍTULO 4 – CONFIABILIDADE E FALHAS - CAPÍTULO 5 – TEORIA DE FILAS - CAPÍTULO 6 – DECISÕES NÃO ESTRUTURADAS Fernando Corrêa ADMINISTRAÇÃO DA PRODUÇÃO II CAPÍTULO 1 LEAN MANUFACTURING Fernando Corrêa 2 ADMINISTRAÇÃO DA PRODUÇÃO II DESPERDÍCIO Qualquer atividade humana que absorve recursos mas não cria valor: erros que exigem retificação, produção de itens que ninguém deseja, e acúmulo de itens nos estoques, etapas de processamento que na verdade não são necessárias, movimentação de funcionários e transporte de mercadorias de um lugar para outro sem propósito, grupos de pessoas em uma atividade posterior que ficam esperando porque serviços que não atendem às necessidades do cliente. Fernando Corrêa uma atividade anterior não foi realizada dentro do prazo, e bens e Womack, James P. e Jones, Daniel T. – “A Mentalidade Enxuta nas Empresas”, 1998. ADMINISTRAÇÃO DA PRODUÇÃO II SISTEMA DE MANUFATURA ENXUTA Fernando Corrêa 3 ADMINISTRAÇÃO DA PRODUÇÃO II Fernando Corrêa ADMINISTRAÇÃO DA PRODUÇÃO II Fernando Corrêa 4 ADMINISTRAÇÃO DA PRODUÇÃO II Fernando Corrêa ADMINISTRAÇÃO DA PRODUÇÃO II OS DESPERDÍCIOS DA PRODUÇÃO Taiichi Ono: Vice-presidente da Toyota Motor company. Identificou os sete desperdícios da produção. Shigeo Shingo: Divulgou os sete desperdícios da produção e ajudou a identificar os caminhos para eliminá-los. Fernando Corrêa 5 ADMINISTRAÇÃO DA PRODUÇÃO II Fernando Corrêa ADMINISTRAÇÃO DA PRODUÇÃO II Fernando Corrêa 6 ADMINISTRAÇÃO DA PRODUÇÃO II Fernando Corrêa ADMINISTRAÇÃO DA PRODUÇÃO II Fernando Corrêa 7 ADMINISTRAÇÃO DA PRODUÇÃO II EFICIÊNCIA FINANCEIRA E QUALIDADE A redução dos custos de produção, visando a maximização dos lucros, é essencial para qualquer empresa, independentemente da estrutura de mercado em que se situa. Fernando Corrêa A economia de mercado, regida pelas leis da oferta e da procura, exige das empresas a redução contínua dos seus custos, em particular os custos do processo produtivo. A redução dos custos do processo produtivo dá segurança à empresa para negociar o preço com os clientes. ADMINISTRAÇÃO DA PRODUÇÃO II Capacidade Produtiva: 100 unid/h SET UP 100% 25% QUEBRA 1 MATÉRIA PRIMA 1 24 h/d 75% CASO 1 100% 2 DESORDEM 1 ACID. TRAB. 1 6 horas horas de trabalho CASO 2 75% 24 18 peças por dia custo fixo (CF) custo variável (CV) custo total (CT) 2400 1800 1000 1000 2400 1800 3400 2800 custo unitário R$ 1,42 R$ 1,56 Fernando Corrêa MENOR DESPERDÍCIO, MAIOR A PRODUTIVIDADE, MENORES OS CUSTOS E MAIORES O LUCRO E A COMPETITIVIDADE 8 ADMINISTRAÇÃO DA PRODUÇÃO II Fernando Corrêa ADMINISTRAÇÃO DA PRODUÇÃO II Fernando Corrêa 9 ADMINISTRAÇÃO DA PRODUÇÃO II Fernando Corrêa ADMINISTRAÇÃO DA PRODUÇÃO II Fernando Corrêa 10 ADMINISTRAÇÃO DA PRODUÇÃO II Fernando Corrêa ADMINISTRAÇÃO DA PRODUÇÃO II Fernando Corrêa 11 ADMINISTRAÇÃO DA PRODUÇÃO II Fernando Corrêa ADMINISTRAÇÃO DA PRODUÇÃO II Fernando Corrêa 12 ADMINISTRAÇÃO DA PRODUÇÃO II Fernando Corrêa ADMINISTRAÇÃO DA PRODUÇÃO II Fernando Corrêa 13 ADMINISTRAÇÃO DA PRODUÇÃO II Fernando Corrêa ADMINISTRAÇÃO DA PRODUÇÃO II Fernando Corrêa 14 ADMINISTRAÇÃO DA PRODUÇÃO II Fernando Corrêa ADMINISTRAÇÃO DA PRODUÇÃO II Fernando Corrêa 15 ADMINISTRAÇÃO DA PRODUÇÃO II Fernando Corrêa ADMINISTRAÇÃO DA PRODUÇÃO II Fernando Corrêa 16 ADMINISTRAÇÃO DA PRODUÇÃO II Fernando Corrêa ADMINISTRAÇÃO DA PRODUÇÃO II Fernando Corrêa 17 ADMINISTRAÇÃO DA PRODUÇÃO II Fernando Corrêa ADMINISTRAÇÃO DA PRODUÇÃO II Fernando Corrêa 18 ADMINISTRAÇÃO DA PRODUÇÃO II TAKT TIME – BALANCEAMENTO DA LINHA Tempo de ciclo Tempo de execução da operação mais lenta (ritmo máximo possível, mantidas as condições atuais). Fernando Corrêa Cada posto tem um tempo de processamento unitário = Tempo Padrão (tp) ADMINISTRAÇÃO DA PRODUÇÃO II Tempo de ciclo Tempo de Ciclo 3 min Fernando Corrêa Somente 3min após o começo das operações (primeiro ciclo) é possível iniciar o processamento de uma nova peça em todas as máquinas (novo ciclo). 19 ADMINISTRAÇÃO DA PRODUÇÃO II O TaktTakt-time é o ritmo da unidade de produção que deve ser observado para atender a demanda dos clientes Takt Time = Tempo de trabalho disponível Demanda média do consumidor Exemplo: Takt Time = 480 min / 50 un Fernando Corrêa Demanda Mensal = 1000 unidades 1 mês = 20 dias Demanda Diária = 50 unidades 1 dia = 1turno = 8h = 480min Takt Time = 9,6 min ADMINISTRAÇÃO DA PRODUÇÃO II Exemplo Tempo de Ciclo = 3 min Demanda = 240 un / dia Takt Time Calculado = 4min Takt Time Calculado = 2min Takt Time Calculado > Tempo de Ciclo Takt Time Calculado < Tempo de Ciclo Takt Time Efetivo = Takt Time Calculado Takt Time Efetivo = Tempo de Ciclo Fernando Corrêa Demanda = 120 un / dia 20 ADMINISTRAÇÃO DA PRODUÇÃO II EXERCÍCIO PROPOSTO Fernando Corrêa Um processo é composto de quatro fases sucessivas, denominadas de A, B, C e D. A fases apresentam capacidades de produção de 20 peças por hora, 15 peças por hora, 15 peças por hora e 12 peças por hora, respectivamente. A demanda esperada para o mês é de 3520 peças. Após fazer o cálculo da capacidade necessária o gestor decidiu trabalhar em apenas um turno diário, durante os 22 dias úteis. Você concorda com essa decisão, explique? Quais seriam suas sugestões ? ADMINISTRAÇÃO DA PRODUÇÃO II Fernando Corrêa 21 ADMINISTRAÇÃO DA PRODUÇÃO II Fernando Corrêa ADMINISTRAÇÃO DA PRODUÇÃO II Fernando Corrêa 22 ADMINISTRAÇÃO DA PRODUÇÃO II Fernando Corrêa ADMINISTRAÇÃO DA PRODUÇÃO II Fernando Corrêa 23 ADMINISTRAÇÃO DA PRODUÇÃO II Fernando Corrêa ADMINISTRAÇÃO DA PRODUÇÃO II Fernando Corrêa 24 ADMINISTRAÇÃO DA PRODUÇÃO II Princípios: a) Atividades que aumentam a eficiência do equipamento. b) Estabelecimento de um sistema de manutenção autônomo pelos operadores. c) Estabelecimento de um sistema planejado de manutenção. Fernando Corrêa d) Estabelecimento de um sistema de treinamento objetivando aumentar as habilidades técnicas da pessoa. e) Estabelecimento de um sistema de gerenciamento do equipamento. ADMINISTRAÇÃO DA PRODUÇÃO II a) Seiri= organização; implica eliminar o supérfluo. b) Seiton= arrumação; implica identificar e colocar tudo em ordem. c) Seiso = limpeza; implica limpar sempre e não sujar. d) Seiketsu= padronização; implica manter a arrumação, limpeza e ordem em tudo. e) Shitsuki= disciplina; implica a autodisciplina para fazer tudo espontaneamente. g) Seison= eliminar as perdas. Fernando Corrêa f) Shido= treinar; implica a busca constante de capacitação pessoal. h) Shikaro yaro= realizar coma determinação e união. 25 ADMINISTRAÇÃO DA PRODUÇÃO II a) Perdas por quebra. b) Perdas por demora na troca de ferramentas e regulagem. c) Perdas por operação em vazio (espera). d) Perdas por redução da velocidade em relação ao padrão normal. e) Perdas por defeitos de produção. Fernando Corrêa f) Perdas por queda de rendimento. ADMINISTRAÇÃO DA PRODUÇÃO II Os Os requisitos requisitos para para MPT MPT são: são: a) a) criar criar equipamentos equipamentos com com oo maior maior rendimento rendimento global global possível; possível; b) b) definir definir uma uma MP MP total total que que leve leve em em conta conta todo todo oo tempo tempo de de vida vida do do equipamento; equipamento; c) c) manter manter aa motivação motivação através através de de atividades atividades de de pequenos pequenos grupos grupos independentes; independentes; d) d) abordar abordar oo planejamento, planejamento, aa utilização utilização ee aa manutenção manutenção do do equipamento; equipamento; Fernando Corrêa e) e) contar contar com com aa participação participação de de toda toda aa empresa, empresa, dos dos altos altos executivos executivos aos aos operários. operários. 26 ADMINISTRAÇÃO DA PRODUÇÃO II Custos de Manutenção: 15 a 30% dos bens produzidos. 1/3 dos custos de manutenção são desperdiçados • Inadequada • Desnecessária Perda do tempo de produção e da qualidade do produto Corretiva ou Reativa Preventiva Preditiva Fernando Corrêa Utilizadas em conjunto ADMINISTRAÇÃO DA PRODUÇÃO II Corretiva ou Reativa “quando uma máquina quebrar, conserte-a” Altos custos: peças sobressalentes, trabalhos extras, tempo de paralisação da máquina e baixa disponibilidade de produção. Custo 3 vezes maior do que a preventiva. Preventiva Curva do tempo médio para falha (CTMF) Falho: equipamentos sujeitos a condições diferenciadas Fernando Corrêa Máquina removida e revisada antes do prazo estatístico. 27 ADMINISTRAÇÃO DA PRODUÇÃO II Preditiva • Há um monitoramento regular da condição mecânica do equipamento, do rendimento operacional e de outros indicadores que meçam a performance operacional do equipamento, assegurando um intervalo máximo entre os reparos. • Trata-se de um meio de se melhorar a produtividade, a qualidade do produto, o lucro, e a efetividade das plantas industrias de manufatura. • As manutenções são programadas “conforme necessário”. • Há cinco técnicas normalmente utilizadas para gerência da manutenção preditiva: monitoramento de vibração, monitoramento de parâmetro de processo, termografia, tribologia e inspeção visual. Fernando Corrêa • Há uma identificação dos problemas dos equipamentos antes que se tornem sérios ADMINISTRAÇÃO DA PRODUÇÃO II Fernando Corrêa 28 ADMINISTRAÇÃO DA PRODUÇÃO II Definição de Setup • É o tempo de preparação de uma máquina • O tempo de Setup consiste no intervalo de tempo desde a produção da última peça do tipo “A” até a primeira peça do tipo “B”, aprovada e liberada para a produção • Todas as tarefas necessárias desde o momento lote anterior até o momento em que, dentro do coeficiente normal de produtividade, se tenha a Fernando Corrêa em que se tenha completado a última peça do primeira peça com qualidade do lote posterior ADMINISTRAÇÃO DA PRODUÇÃO II Fernando Corrêa 29 ADMINISTRAÇÃO DA PRODUÇÃO II Fernando Corrêa ADMINISTRAÇÃO DA PRODUÇÃO II Set up demorado Tempo de Setup Tamanho do Lote Tempo Unitário da Operação Principal Tempo Operacional Relação (%) 4h (240 min) 100 1 min 1 min + (240/100) = 3,4 min 100 - 4h (240 min) 1.000 1 min 1 min + (240/1000) = 1,24 min 36 100 4h (240 min) 10.000 1 min 1 min + (240/10000) = 1,024 min 30 83 Set up rápido Tempo de Setup Tempo Unitário da Operação Principal 3 min 100 1 min 1 min + (3/100) = 1,03 min 100 - 3 min 1.000 1 min 1 min + (3/1000) = 1,003 min 97 100 3 min 10.000 1 min 1 min + (3/10000) = 1,0003 min 97 99 Tempo Operacional Relação (%) Fernando Corrêa Tamanho do Lote 30 ADMINISTRAÇÃO DA PRODUÇÃO II Cliente Encomenda = 960.000 #/Mês Produto A = 360.000 Produto B = 120.000 Produto C = 480.000 Exemplo de Produção em Lotes: Semana 1 Dia 1 2 3 4 Capacidade = Programação = Semana 2 5 6 1 2 3 4 40.000 #/Dia 24 Dias x 3 Turnos Semana 3 5 6 1 2 3 4 Semana 4 5 6 1 2 3 4 5 6 A = 360 B = 120 C = 480 Semana 1 1 2 3 4 Semana 2 5 6 1 2 3 4 Semana 3 5 6 1 2 3 4 Semana 4 5 6 1 2 3 4 A = 360 B = 120 C = 480 5 6 Fernando Corrêa Dia © 1998 Aluminum Company of America ADMINISTRAÇÃO DA PRODUÇÃO II Fernando Corrêa 31 ADMINISTRAÇÃO DA PRODUÇÃO II Fernando Corrêa ADMINISTRAÇÃO DA PRODUÇÃO II Fernando Corrêa 32 ADMINISTRAÇÃO DA PRODUÇÃO II Fernando Corrêa ADMINISTRAÇÃO DA PRODUÇÃO II Fernando Corrêa 33 ADMINISTRAÇÃO DA PRODUÇÃO II Fernando Corrêa ADMINISTRAÇÃO DA PRODUÇÃO II Fernando Corrêa 34 ADMINISTRAÇÃO DA PRODUÇÃO II Fernando Corrêa ADMINISTRAÇÃO DA PRODUÇÃO II Fernando Corrêa 35 ADMINISTRAÇÃO DA PRODUÇÃO II Fernando Corrêa ADMINISTRAÇÃO DA PRODUÇÃO II CAPÍTULO 2 TIPOS DE OPERAÇÃO E PLANEJAMENTO DA CAPACIDADE Fernando Corrêa 36 ADMINISTRAÇÃO DA PRODUÇÃO II TIPOS DE OPERAÇÃO PROCESSAMENTO INTERMITENTE PROCESSAMENTO CONTÍNUO E SEMICONTÍNUO OPERAÇÃO CONTÍNUA JOB SHOP Fernando Corrêa PROCESSAMENTO EM LOTES OPERAÇÃO REPETITIVA ADMINISTRAÇÃO DA PRODUÇÃO II Sistema Job Shop Processamento em lotes Operação repetitiva / montagem Operação Contínua Bens padronizados Bens altamente padronizados Bens personalizados Bens semipadronizados Exemplo de Processos Oficina Mecânica Confeitaria Linha de montagem Usina de aço Exemplo de Bens Ferramentas especiais Biscoitos Automóveis Aço e papel Volume Baixo Baixo a moderado Elevado Muito elevado Variedade Muito elevada Moderada Baixa Muito baixa Muito elevada Moderada Baixa Muito baixa Capacidade de lidar com uma ampla variedade de trabalho Flexibilidade Baixo custo unitário, volume elevado. Volume muito elevado Lentidão, elevado custo unitário, planejamento e programação complexos. Custo unitário moderado, complexidade moderada de programação. Baixa flexibilidade, elevado custo de paralização. Grande rigidez, falta de variedade, alterações caras, custo de paralização muito alto. Descrição Flexibilidade de Equipamentos Vantagens Fernando Corrêa Desvantagens 37 ADMINISTRAÇÃO DA PRODUÇÃO II MEDINDO A CAPACIDADE Capacidade de Projeto: é a produção máxima que pode ser alcançada. Também conhecida como capacidade teórica, na prática, dificilmente é atingida. Capacidade efetiva: é a produção possível, considerando as dificuldades de programação, a manutenção das máquinas, fatores de qualidade etc, desde que planejadas. Volume de produção real: é a produção possível, considerando todas as dificuldades da produção, planejadas ou não. Utilização = Fernando Corrêa Volume de produção real Volume de produção real Eficiência = Capacidade efetiva Capacidade de projeto ADMINISTRAÇÃO DA PRODUÇÃO II Perdas Planejadas X% Perdas Capacidade de projeto 100 % Capacidade Efetiva 100% – X% evitáveis Y% Produção Real 100% – X% - Y% 100% 100% - X% - Y% Eficiência = Fernando Corrêa 100% - X% - Y% Utilização = 100% - X% 38 ADMINISTRAÇÃO DA PRODUÇÃO II EXEMPLO RESOLVIDO Suponha que o fabricante de papel fotográfico tenha uma linha de cobertura cuja capacidade de projeto seja de 200 metros quadrados por minuto e que a linha opera 24 horas por dia, 7 dias por semana. Os registros relativos a uma semana de produção mostram o seguinte tempo de produção perdido: DESCRIÇAO Mudanças de produtos (set up) Manutenção preventiva Nenhum trabalho programado Amostragens de qualidade Tempos de troca de turno Manutenção corretiva Investigação de falhas Falta de matéria prima Falta de pessoal Espera por rolos de papel TEMPO (h) 20 16 8 P 8 7 18 20 E 8 6 6 Capacidade de projeto = 168 h/semana Capacidade efetiva = 168 – 59 = 109 h/semana Volume de produção real = 168 – 59 – 59 = 51 h/s Utilização = 51 h/s 168 h/s = 0,304 Eficiência = 51 h/s 109 h/s = 0,468 Fernando Corrêa ITEM 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 ADMINISTRAÇÃO DA PRODUÇÃO II EXERCÍCIOS PROPOSTOS A empresa FRC, instalada no Município do RJ, apresenta uma capacidade de projeto de 20 horas de trabalho diárias, nos 30 dias mensais. Após o levantamento dos tempos de parada na fábrica, observou-se uma taxa de eficiência bastante baixa. Os tempos de parada mensais encontrados foram: • Troca de turno: 30 horas • Manutenção preventiva: 60 horas • Preparação de máquinas (set up): 90 horas • Falta de matéria prima: 10 horas • Falta de pessoal: 15 horas a) qual a taxa de utilização e eficiência atual? Fernando Corrêa • Manutenção reativa: 30 horas b)quanto precisaria ser o tempo de set up para a taxa de utilização seja de 90% ? 39 ADMINISTRAÇÃO DA PRODUÇÃO II A capacidade projetada de uma unidade fabril é de 20 horas diárias de produção. A empresa trabalha apenas 22 dias por mês. Após um estudo detalhado dos tempos envolvidos na atividade produtiva, determinou-se que a taxa de utilização da empresa era de 80% e que a taxa de eficiência estava em 90%. a) De posse destes dados, calcule Ao totalidade das paradas previsíveis e a totalidade das paradas imprevisíveis no mês. b) Imaginando que o tempo de set up fosse de 22 horas mensais, para 85% ? Fernando Corrêa quanto ele deveria ser reduzido para aumentar a taxa de utilização ADMINISTRAÇÃO DA PRODUÇÃO II Dimensionamento do Ponto de Equilíbrio Receita FÓRMULA custo total Custo Fixo Total variável Quantidade = PV – CV unitário fixo PEq Fernando Corrêa OBS: o custo fixo pode ser decomposto através de regressão quantidade 40 ADMINISTRAÇÃO DA PRODUÇÃO II EXERCÍCIOS PROPOSTOS Fernando Corrêa Considere-se um projeto cuja capacidade máxima de produção seja de 2500 unidades e cujo mercado possa absorver essa quantidade ao preço de $20 por unidade. Os custos fixos mensais atingem $8000,00 e o custo variável unitário, $12. Quer-se determinar o ponto de equilíbrio operacional e apresentar graficamente o comportamento dos custos e das receitas em função do volume de vendas. ADMINISTRAÇÃO DA PRODUÇÃO II Um gerente tem a opção de adquirir uma, duas ou três máquinas. Os custos fixos e os volumes potenciais são apresentados na tabela a seguir: Número de máquinas 1 2 3 CFixo (anual) 9.600 15.000 20.000 Faixa de produção 0 a 300 301 a 600 601 a 900 Fernando Corrêa Se demanda anual prevista esta na faixa de 580 a 660 unidades, qual é o número de máquinas que o gerente deverá adquirir? Considere que a margem de contribuição unitária é de R$29,00. 41 ADMINISTRAÇÃO DA PRODUÇÃO II Fernando Corrêa Na empresa em análise os tempos perdidos de forma imprevisível representavam, na média 1/3 dos tempos perdidos de forma previsível. Nesta época a taxa de eficiência estava em torno de 80%. Após um trabalho de consultoria, os tempos forma reduzidos, sendo o tempo perdido de forma previsível reduzido em 30%, mantendose a proporção entre esse tempo e o tempo perdido de forma imprevisível. Tomando como base esta melhoria no processo, qual seria a nova taxa de utilização? Considere, ainda, que tal empresa foi projetada para trabalhar 24 horas por dia, durante 26 dias do mês. A mesma empresa em questão é responsável pela fabricação de um único item, que por sua vez possui um custo unitário (variável) de R$100,00 e é vendido ao preço de R$200,00 (desconsidere a incidência de impostos). Seus custos fixos totais mensais são em média R$1.000.000 (incluindo depreciação). Cada unidade do item fabricado leva 3 minutos de produção. Com a nova situação, após a consultoria, seria possível obter lucro ao fim de um mês (considere que tudo que for fabricado é absorvido pelo mercado)? ADMINISTRAÇÃO DA PRODUÇÃO II PONTO DE EQUILÍBRIO DE CAIXA Custo Fixo que são saídas de caixa Quantidade = PV – CV unitário Fernando Corrêa Considere o primeiro exemplo e refaça os cálculos sabendo que a depreciação é de $2000. 42 ADMINISTRAÇÃO DA PRODUÇÃO II CÁLCULO DE CRP A1:1,5h x 2 = 3 A1:1,0h x 2 = 2 ESTÁGIO 1 A2:1,0h x 2 = 2 B1:2,0h x 1 = 2 B2:1,0h x 3 = 3 ESTÁGIO 2 A2:2,0h x 1 = 2 B1:1,0h x 1 = 1 ESTÁGIO 3 ESTÁGIO 4 B2:2,0h x 2 = 4 9 horas 10 horas Turno: 8 horas Turno: 8 horas Falta: Falta: 2 horas ESTÁGIOS SEM RESTRIÇÕES 1 hora QUADRO COMPARATIVO Opção: deixar de fabricar uma unidade de A2 e uma unidade de B2 DEMANDA PRODUTO PROPOSTA VIÁVEL A1 2 1 A2 2 1 B1 1 1 B2 3 2 Fernando Corrêa Opção: deixar de fabricar uma unidade de A1 ADMINISTRAÇÃO DA PRODUÇÃO II EXERCÍCIO RESOLVIDO Departamento Montagem Pintura Acabamento Embalagem Família A A1 60% A2 40% 0,34 0,64 0,88 0,52 0,3 0,6 1 0,4 0,4 0,7 0,7 0,7 PLANO DE PRODUÇÃO JAN FEV FAMÍLIA A 140 FAMILIA B 130 TRABALHO H/D FEV 165 214 249 189 MAI 100 130 0,85 TOTAL 272 MAR 194 238 267 213 0,64 0,6 0,54 0,58 117 142 158 127 B2 70% 0,5 0,6 0,4 0,3 0,7 0,6 0,6 0,7 JUN 220 180 ABR B1 30% 160 300 MAI JUN 190 249 291 219 Fernando Corrêa 131 168 193 148 ABR 175 210 TAXA 20 JAN Departamento Montagem Pintura Acabamento Embalagem Departamento Montagem Pintura Acabamento Embalagem MAR 185 160 D/M 16 Família B 246 282 303 257 43 ADMINISTRAÇÃO DA PRODUÇÃO II • Quando “gargalos” são detectados há algumas opções: •aumentar a capacidade produtiva adquirindo novas máquinas; •aumentar a capacidade produtiva reduzindo o tempo de set ut; •aumentar a capacidade produtiva através de mão de obra complementar; •fabricar antecipadamente. Fernando Corrêa ADMINISTRAÇÃO DA PRODUÇÃO II EXERCÍCIO PROPOSTO Família A Departamento Montagem Pintura Acabamento Embalagem A1 80% A2 20% 0,3 0,6 1 0,4 0,4 0,7 0,7 0,7 PLANO DE PRODUÇÃO JAN FEV FAMÍLIA A 140 FAMILIA B 180 MAR 200 225 Família B Departamento Montagem Pintura Acabamento Embalagem ABR 220 250 MAI 200 130 B1 80% B2 20% 0,5 0,6 0,4 0,3 0,7 0,6 0,6 0,7 JUN 196 190 100 100 Fernando Corrêa ENCONTRE OS GARGALOS E PROPONHA, INCLUSIVE ATRAVÉS DE CÁLCULOS, CINCO SUGESTÕES PARA O PROBLEMA DE CAPACIDADE. 44 ADMINISTRAÇÃO DA PRODUÇÃO II Uma empresa trabalha em dois turnos diários de 8 horas, por apenas 22 dias por mês. A taxa de eficiência atual está em torno de 80%. Considerando as tabelas fornecidas abaixo, verifique se é possível ou não atender à demanda (1,0 PONTO). Caso não seja, sabese que os produtos da família A têm um prazo de validade de apenas uma semana, enquanto que os da família A apresentam uma validade de cerca de 6 meses. Qual seria a opção de menor custo para a empresa: fabricar os itens não produzidos antecipadamente ou pagar hora extra? Dados: Valor da hora extra: R$800,00 Valor da estocagem por unidade, por mês: R$400,00. OBS: SOMENTE SERÃO ACEITAS RESPOSTAS FUNDAMENTADAS EM CÁLCULOS A1 Família A 80% 0,3 0,6 0,8 0,4 Família B 20% Departamento Montagem Pintura Acabamento Embalagem 0,4 0,7 0,7 0,7 B1 B2 80% 20% 0,5 0,6 0,4 0,3 0,7 0,6 0,6 0,7 PLANO DE PRODUÇÃO FAMÍLIA A FAMILIA B JAN 140 180 FEV 200 180 MAR 230 200 ABR 190 250 MAI 260 270 Fernando Corrêa Departamento Montagem Pintura Acabamento Embalagem A2 JUN 100 100 ADMINISTRAÇÃO DA PRODUÇÃO II ESTRATÉGIAS DE PRODUÇÃO NIVELAMENTO Volume de demanda A produção é feita de forma antecipada, obrigando a formação de estoques. Limite de Produção F M A M J J A S O Produção Antecipada meses Limite de Produção J F M A M J J A S O Fernando Corrêa Volume de demanda J meses 45 ADMINISTRAÇÃO DA PRODUÇÃO II JAN 2800 0 2900 100 DEMANDA E INICIAL PROD. REG E FINAL MESES MAR ABR 3300 2600 500 100 2900 2900 100 400 FEV 2500 100 2900 500 CUSTO PROD. REG: CUSTO ESTOQUE: MAI 3000 400 2900 300 JUN SOMATÓRIO 3200 300 2900 17400 0 1400 17400 UNIDADES x R$150,00 = R$2.610.000,00 1400 UNIDADES x R$15,00 = R$35.000,00 CUSTO TOTAL: R$2.645.000,00 25 150 2000 3000 por unidade / mês por unidade por funcionário por funcionário Fernando Corrêa CUSTOS ESTOQUE PROD. REG CONTRATAÇÃO DEMISSÃO ADMINISTRAÇÃO DA PRODUÇÃO II Volume de demanda CAÇA À DEMANDA A capacidade produtiva acompanha a demanda através de demissão ou contratação de mão de obra. o F M A M J J A S O meses Fernando Corrêa Volume de demanda J J F M A M J J A S O meses 46 ADMINISTRAÇÃO DA PRODUÇÃO II DEMANDA E INICIAL PROD. REG E FINAL FUNC INICIAL CONTRATAÇÃO DEMISSÃO FUNC FINAL JAN 2800 0 2800 0 28 0 0 28 CUSTO PROD. REG: CUSTO CONTRATAÇÃO: CUSTO DEMISSÃO: FEV 2500 0 2500 0 28 0 3 25 MESES MAR ABR 3300 2600 0 0 3300 2600 0 0 25 33 8 0 0 7 33 26 MAI 3000 0 3000 0 26 4 0 30 JUN SOMATÓRIO 3200 0 3200 17400 0 30 2 14 0 10 32 17400 UNIDADES x R$150,00 = R$2.610.000,00 14 UNIDADES x R$2000,00 = R$28.000,00 10 UNIDADES x R$3000,00 = R$30.000,00 CUSTO TOTAL: R$2.668.000,00 25 150 2000 3000 por unidade / mês por unidade por funcionário por funcionário Fernando Corrêa CUSTOS ESTOQUE PROD. REG CONTRATAÇÃO DEMISSÃO ADMINISTRAÇÃO DA PRODUÇÃO II EXERCÍCIOS PROPOSTOS A empresa em tela, visando reduzir seus custos, através da redução dos custos totais de produção, o contratou pra preparar um planejamento agregado. Você precisa lhe informar, de forma fundamentada, qual seria a melhor estratégia de produção entre: caça a demanda e nivelamento. Sabe-se que a demanda estimada para o período em estudo esta expressa na tabela abaixo (em número de peças): Jan 1000 Fev 1200 Mar 700 Abr 1100 Mai 1400 Jun 1400 A empresa trabalha com 11 funcionários com uma capacidade mensal de produção de 1100 peças em produção regular, podendo ser aumentada em regime de hora extra. Fernando Corrêa Custo unitário da produção regular: R$40,00 Custo unitário da produção com hora extra: R$50,00 Custo unitário da demissão: R$3500,00 Custo unitário da contratação: R$2000,00 Custo unitário de estocagem/mensal: R$40,00 47 ADMINISTRAÇÃO DA PRODUÇÃO II Uma fábrica de móveis funciona, em regime regular com 45 funcionários, produzindo mensalmente 4500 cadeiras. Para o próximo semestre a equipe de vendas estimou a seguinte demanda: JAN 4200 FEV 3300 MAR 2000 ABR 6500 MAI 5000 JUN 6000 Sabe-se ainda: R$1800,00 / funcionário R$4500,00 / funcionário R$10,00 / cadeira R$15,00 / cadeira R$20,00 / cadeira a) Calcule o custo total mantendo o número de funcionários. b) Calcule o custo acompanhando a demanda. c) Calcule o custo acompanhando a demanda, sem demitir ou contratar funcionários. Fernando Corrêa Custo de contratação Custo de demissão Custo de estocagem Custo de produção regular Custo de produção em hora extra ADMINISTRAÇÃO DA PRODUÇÃO II CAPÍTULO 3 ARRANJO FÍSICO DE INSTALAÇÕES Fernando Corrêa 48 ADMINISTRAÇÃO DA PRODUÇÃO II Arranjo físico posicional: neste o item processado fica estacionário enquanto os recursos de transformação se movimentam para efetivarem os processos produtivos. Ex: Navios Arranjo físico por produto: neste privilegia-se a localização dos recursos de transformação em função da melhor circulação dos recursos transformados. O “atendimento” é fixo, definido pela comodidade do “cliente”. Ex: montagem de automóveis. Arranjo físico por processos: caracteriza-se pela predominância das necessidades e conveniências dos recursos transformadores. Nele, processos similares ou com necessidades similares são colocados em locais próximos com a finalidade de otimizar as operações. Ex.: oficinas para reparo de mecânica de precisão. Fernando Corrêa Arranjo físico celular: é aquele em que podemos identificar processos especializados executados em um determinado ponto da planta e em que várias operações são realizadas em recursos transformados que, depois, se movem para outros lugares, recebendo a ação de outros recursos de transformação. Ex.: empresas fabricantes de componentes de computadores. ADMINISTRAÇÃO DA PRODUÇÃO II Arranjo Vantagens Desvantagens Posicional Flexibilidade muito alta de mix e produto. Produto ou cliente não movido. Alta variedade de tarefas para a mão de obra. Custos unitários muito altos Programação de espaço ou atividades pode ser complexa. Pode significar muita movimentação de equipamentos e mão de obra Processo Alta flexibilidade de mix e produto. Relativamente robusto em caso interrupção de etapas. Supervisão de equipamentos instalações relativamente fáceis. Baixa utilização de recursos. Pode ter alto estoque em processo ou fila de clientes. Fluxo complexo pode ser difícil de controlar. de e Pode dar um bom equilíbrio entre custo e flexibilidade para operações com variedade relativamente alta. Atravessamento rápido. Trabalho em grupo pode resultar em maior motivação. Pode ser caro reconfigurar o arranjo físico atual. Pode requerer capacidade adicional. Pode reduzir níveis de utilização de recursos. Produto Baixos custos unitários para altos volumes. Dá oportunidade para especialização de equipamento. Movimentação conveniente de clientes e materiais. Pode ter baixa flexibilidade de mix. Não muito robusto contra interrupções. Trabalho pode ser repetitivo. Fernando Corrêa Celular 49 ADMINISTRAÇÃO DA PRODUÇÃO II PROJETOS DE ARRANJOS FÍSICOS POR PRODUTO BALANCEAMENTO DE LINHAS O processo de decidir como atribuir as tarefas a estações de trabalho é referido como balanceamento da linha. O objetivo deste balanceamento é se obterem grupos de tarefas que demandam tempos de execução aproximadamente iguais. Isto minimiza o tempo ocioso ao longo da linha e resulta em um alto índice de utilização da mão de obra e dos equipamentos. As linhas perfeitamente balanceadas têm fluxo suave de trabalho pois suas atividades ao longo da linha estão sincronizadas. O trabalho do projetista é determinar quantas estações de trabalho / estágios serão necessários para se alcançar o melhor balanceamento. Fernando Corrêa O principal obstáculo para se balancear uma linha é a dificuldade de formar conjuntos de tarefas que tenham a mesma duração. ADMINISTRAÇÃO DA PRODUÇÃO II EXERCÍCIO RESOLVIDO 0,1 min 0,7 min 1,0 min 0,5 min 0,2 min Tempo de ciclo mínimo = 1,0 min (com cinco estágios) Tempo de ciclo máximo = 2,5 min (com um único estágio) 480 min/d Capacidade de produção = Tempo de operação por dia 480 min/d Tempo de ciclo Tempo de operação por dia Nível de produção desejado Número mínimo de estágios = = = 480 unid/d (p/ TC = 1) = 192 unid/d (p/ TC = 2,5) 2,5 min/unid 480 min/d = 1,0 min/unid 480 unid/d Fernando Corrêa Tempo de ciclo = 1 min/unid Soma dos tempos de duração das tarefas Tempo de ciclo 50 ADMINISTRAÇÃO DA PRODUÇÃO II Supondo que o nível desejado de produção seja um máximo de 480 unidades por dia: 2,5 min/unid Número mínimo de estágios = 1 min/unid.estação = 2,5 estações de trabalho Como 2,5 é o número mínimo, arredonda-se para 3 estações de trabalho. DIAGRAMA DE PRECEDÊNCIA 1,0 min a b c d e 0,7 min 0,5 min 0,2 min Fernando Corrêa 0,1 min ADMINISTRAÇÃO DA PRODUÇÃO II PROCEDIMENTOS PARA BALANCEAMENTO DE LINHA Fernando Corrêa 1. Identificar o tempo de duração do ciclo e determinar o número mínimo de estações de trabalho; 2. Atribuir as tarefas às estações de trabalho seguindo uma ordem, começando pela estação 1. As tarefas são atribuídas para as estações de trabalho da esquerda para a direita pelo diagrama de precedência; 3. Antes de alocar cada tarefa, utilizar os seguintes critérios para determinar quais as tarefas elegíveis para serem atribuídas a uma estação de trabalho: a) todas as tarefas precedentes a uma dada tarefa já deverão ter sido alocadas. b) o tempo de duração de uma tarefa não poderá exceder o tempo disponível remanescente na estação de trabalho. Se nenhuma tarefa for elegível, passar para a estação de trabalho seguinte. 4. Depois de cada atribuição de tarefa, determinar o tempo remanescente na estação de trabalho considerada, subtraindo o tempo de duração do ciclo da soma dos tempos de duração das tarefas já atribuídas a ela. 5. Para fazer o desempate, utilizar uma das seguintes regras: a) Alocar a tarefa que tenha a maior duração de tempo. b) Alocar a tarefa que tenha o maior número de tarefas subseqüentes. Se ainda houver um empate, escolher uma tarefa arbitrariamente. 6. Proceder assim até que todas as tarefas tenha sido atribuídas a estações de trabalho. 7. Calcular os indicadores adequados (por exemplo, o percentual de tempo ocioso, a eficiência) para o conjunto de atribuições. 51 ADMINISTRAÇÃO DA PRODUÇÃO II EXERCÍCIO RESOLVIDO 0,1 min 1,0 min a b Combine as tarefas mostradas no diagrama ao lado em três estações de trabalho. O tempo de ciclo é de 1,0 minuto. Atribua as tarefas às estações de trabalho na ordem do maior número de tarefas subsequentes. Tarefas elegíveis a,c c nenhuma b d e - Tarefa alocada a c b d e TOTAL Tempo ocioso da Estação 0,2 0,0 0,3 0,5 d e 0,7 min 0,5 min 0,2 min INDICADORES DE EFICÁCIA Percentagem de = tempo ocioso Tempo ocioso por ciclo Percentagem de = tempo ocioso N x tempo de ciclo x 100 0,5 3 x 1,0 x 100 = 16,7% Eficiência = 100% - % de tempo ocioso Fernando Corrêa Estação de Tempo trabalho remanescente 1 1,0 0,9 0,2 2 1,0 3 1,0 0,5 0,3 c Eficiência = 100% - 16,7% = 83,3% ADMINISTRAÇÃO DA PRODUÇÃO II EXERCÍCIO RESOLVIDO Utilizando as informações contidas na tabela a seguir, responda a cada um dos itens: 1) desenhe um diagrama de procedência; 2) considerando um dia de trabalho de oito horas, calcule o tempo necessário de duração do ciclo para obter uma produção de 400 unidades por dia; 3) determine o número mínimo de estações de trabalho necessárias; Tarefa seguinte b e d f f g h --TOTAL Tempo de cada tarefa (min) 0,2 0,2 0,8 0,6 0,3 1,0 0,4 0,3 3,8 Fernando Corrêa 4) atribua as tarefas às estações de trabalho, de acordo com a regra do maior número de tarefas subseqüentes. Caso ocorra um empate seguindo esta regra, atribua primeiro a tarefa que tem maior tempo de processamento. Tarefa a b c d e f g h 52 ADMINISTRAÇÃO DA PRODUÇÃO II SOLUÇÃO 1. 2. a b c d TO TC = 400 unidades / dia Σt TC = g = h 1,2 minuto / ciclo 3,8 minutos / unidade 1,2 minuto por ciclo por estação = 3,17 estações Fernando Corrêa N = f 480 minutos / dia = ND 3. e ARREDONDAR PARA 4 ESTAÇÕES ADMINISTRAÇÃO DA PRODUÇÃO II Estação de trabalho 1 2 3 4 Tempo disponível remanescente 1,2 1,0 0,2 0,0 1,2 0,6 0,3*** 1,2 0,2 1,2 0,8 0,5 Elegíveis a, c* c, b** b,d e,d e,d e f f g g h --- Tarefas integráveis Tarefa alocada a, c* a (0,2) c, b** c (0,8) b b (0,2) nenhuma --e, d d (0,6) e e (0,3) nenhuma --f f (1,0) nenhuma --g g (0,4) h h (0,3) ----TOTAL Tempo ocioso 0,0 0,3 0,2 0,5 1,0 ** Uma vez alocada a tarefa “a”, as tarefas “b” e “c” passam a ser elegíveis. Ambas se encaixam no tempo remanescente de 1,0 minuto. O desempate não pode ser decidido através da regra do “maior número de tarefas subsequentes”, e por isso foi escolhida a tarefa de maior duração. Fernando Corrêa * nem a tarefa “a” nem a tarefa “c” têm qualquer tarefa que as preceda e, portanto, ambas são elegíveis. A tarefa “a” foi escolhida por estar seguida de um número maior de tarefas subseqüentes. *** Embora a tarefa “f” seja elegível, ela não se encaixa, e portanto a estação 2 permanece com 0,3 minuto de tempo ocioso de 1,2 minuto. 53 ADMINISTRAÇÃO DA PRODUÇÃO II Estação 1 a b Estação 2 e f c Estação 4 Estação 3 g h d Fernando Corrêa ADMINISTRAÇÃO DA PRODUÇÃO II PROJETOS DE ARRANJOS FÍSICOS POR PROCESSO Em projetos de arranjo físico por processo, o foco da atenção desloca-se para o posicionamento relativo dos departamentos envolvidos. Por exemplo, alguns departamentos podem se beneficiar de sua localização adjacente, enquanto outros devem ficar separados. Um laboratório com equipamento delicado não deve ficar próximo de um departamento com equipamentos que provoquem grandes vibrações. Ao contrário, dois departamentos que compartilham o mesmo equipamento se beneficiam se estiverem próximos. Fernando Corrêa Um dos principais objetivos no arranjo físico por processo é se minimizar o custo, o tempo ou o percurso do transporte. Isto pode ser conseguido localizando-se tão próximo quanto possível os departamentos com alto fluxo de trabalho interdepartamental. 54 ADMINISTRAÇÃO DA PRODUÇÃO II INFORMAÇÕES NECESSÁRIAS PARA O PROJETO 1. Uma lista dos departamentos ou centros de trabalho cuja localização deve ser determinada, suas dimensões aproximadas e as dimensões do prédio ou dos prédios que abrigarão os departamentos. 2. Um projeção do fluxo de trabalho entre os diversos departamentos. 3. As distâncias entre as opções de localização e o custo por unidade de distância para a transferência de cargas entre os locais. 4. A soma a ser investida no arranjo físico. 5. Uma lista dos aspectos especiais do arranjo físico (por exemplo, as operações que precisam estar próximas uma da outra ou as que têm que ficar separadas). TABELAS DE ORIGEM - DESTINO Para A B C A LOCALIZAÇÃO B C --20 40 20 --30 40 30 --- Distância entre as locações (metros) De Para 1 2 3 1 --20 90 DEPARTAMENTO 2 3 10 --70 80 30 --- Fernando Corrêa De Fluxo de trabalho interdepartamental (cargas/dia) ADMINISTRAÇÃO DA PRODUÇÃO II EXERCÍCIO RESOLVIDO De Para A B C A LOCALIZAÇÃO B C --20 40 20 --30 40 30 --- Distância entre as locações (metros) De Para 1 2 3 1 --20 90 DEPARTAMENTO 2 3 10 --70 80 30 --- Fluxo de trabalho interdepartamental (cargas/dia) TABELA 1 TABELA 2 Assinalar os três departamentos mostrados na tabela 2, nos locais A, B e C, separados pelas distâncias mostradas na tabela 1, de forma a minimizar o custo de transporte. Utilize a seguinte regra heurística: assinalar primeiro os departamentos com o maior fluxo de trabalho interdepartamental para os locais que estão mais próximos um do outro. Distância (metros) 20 20 30 30 40 40 Par de departamentos 3-1 1-3 3-2 2-3 2-1 1-2 Fluxo de trabalho 80 170 90 70 30 100 20 30 10 MAIOR FLUXO DE TRABALHO INTERDEPARTAMENTAL Fernando Corrêa Percurso LOCAIS MAIS A-B PRÓXIMOS B-A B-C C-B A-C C-A 55 ADMINISTRAÇÃO DA PRODUÇÃO II 30 1 3 2 170 100 LOCAL B LOCAL A 2 3 Distância até o local Carga X Distância C:40 10 X 40 = 400 B:20 80 X 20 = 1600 A:40 20 X 40 = 800 B:30 30 X 30 = 900 A:20 90 X 20 = 1800 C:30 70 X 30 = 2100 TOTAL 7600 Localização A C B Fernando Corrêa Número de cargas para o departamento 2:10 3:80 1:20 3:30 1:90 2:70 Departamento 1 LOCAL C Considerando $1,00 por metro de carga transportada, este plano de lay out forneceria um custo diário de $7600,00 ADMINISTRAÇÃO DA PRODUÇÃO II PROJETOS DE ARRANJOS FÍSICOS CELULARES PRODUCTION FLOW ANALYSIS - PFA Analisa os requisitos do produto e agrupamento de processos simultaneamente. Muda-se as linhas e colunas para que as cruzes fiquem o mais próximo possível da diagonal que começa no lado esquerdo superior e termina do lado direito inferior. FAMÍLIAS DE COMPONENTES FAMÍLIAS DE COMPONENTES 2 3 4 5 X X X X X X X X X X 3 6 8 X X X X X 1 X X 7 4 X X 6 8 X X X 4 8 6 3 8 2 7 4 1 7 CÉLULA A X X X X CÉLULA B X X 2 5 X X 5 CÉLULA C X X X X X X X Fernando Corrêa MÁQUINAS X X 3 5 7 X 1 2 6 MÁQUINAS 1 X 56 ADMINISTRAÇÃO DA PRODUÇÃO II PROBLEMA: MÁQUINA 3 1. Compra de uma nova máquina; 2. Componentes da família 8 poderiam ser processados normalmente na célula A e posteriormente enviados à célula B. Contudo, torna o roteiro de produção mais complexo (incluindo programação); 3. Célula remanescente (mini arranjo por processo). Fernando Corrêa ADMINISTRAÇÃO DA PRODUÇÃO II A loja de conveniência do CEFET quer refazer o seu arranjo físico de seu saguão. Foi identificado que grupos diferentes de estudantes usam duas geladeiras e quatro máquinas de conveniência, conforme ilustrado na tabela a seguir. O dono do negócio gostaria de agrupar os equipamentos em duplas. Quais sugestões você daria sabendo que a geladeira de sanduíches e a geladeira de sucos estão em lados opostos e não podem ser alteradas. Facilidade 1 X X X Tipo de Estudante 3 4 5 X X X X X 6 X X X X X X Fernando Corrêa Maquina Refrigerante Geladeira de bebidas Maq. Bebidas quentes Maquina de cigarro Geladeira de sanduíches Máquina de chocolate 2 57 ADMINISTRAÇÃO DA PRODUÇÃO II EXERCÍCOS PROPOSTOS As tarefas mostradas no diagrama a seguir dever ser atribuídas a estações de trabalho com a intenção de minimizar o tempo ocioso. A administração projetou um nível de produção de 275 unidades por dia. Considere que o tempo disponível é de 444 minutos por dia. 1. Determine o tempo de duração do ciclo; 2. Qual o número mínimo possível de estações? 3. Alocar as tarefas utilizando a regra “peso posicional”: alocar primeiro a tarefa para a qual seu tempo de duração, somado aos tempos de duração das tarefas que lhe são subseqüentes, tenha o mais elevado valor. Em caso de empate, atribua primeiro a tarefa que tem maior número de tarefas subseqüentes. 0,4 min 0,2 min 0,1 min 0,5 min 0,3 min a c e g h i b d f 0,6 min 1,2 min 0,6 min Fernando Corrêa 0,3 min ADMINISTRAÇÃO DA PRODUÇÃO II Com base no diagrama de precedência e nos tempos apresentados na tabela abaixo, realize o balanceamento da linha. Sabe-se que existem 480 minutos de trabalho produtivos por dia e que a programação da produção exige que 40 unidades sejam completadas pela linha por dia. Utilize a regra heurística “maior número de tarefas subseqüentes” para designar tarefas para as estações de trabalho. TAREFA A B C D TEMPO 10 11 5 4 ANTECESORA TAREFA ---E A F B G B H I TEMPO 12 3 7 11 3 ANTECESSORA A C,D F E G,H Fernando Corrêa 58 ADMINISTRAÇÃO DA PRODUÇÃO II Utilizando dados da tabela a seguir, determine a localização de departamentos que venha a minimizar os custos totais de transporte em uma instalação projetada recentemente. Considere que as distâncias percorridas são invariáveis, quer em um sentido quer em outro. As localizações são mostradas na grade abaixo. Utilize um custo de R$1,00 por metro de percurso. DE A B C D PARA B C 40 80 ---40 ---- A ---- D DE 1 2 3 4 70 50 60 ---- DISTÂNCIA INTERLOCAIS (METROS) 1 ---0 0 50 PARA 2 3 10 20 ---40 0 ---50 30 4 30 40 25 ---- FLUXO INTERDEPARTAMENTAL Local Local AA Local Local BB Local Local CC Fernando Corrêa Local Local DD ADMINISTRAÇÃO DA PRODUÇÃO II Cinco departamentos devem ter sua localização definida em relação aos locais B e F na grade. (Por motivos técnicos, o departamento 6 deve ficar no local A). O custo de transporte é de $2,00 por metro. O objetivo consiste em minimizar o custo total de transporte. Informações sobre o fluxo de trabalho interdepartamental e as distâncias interlocais são apresentadas nas tabelas a seguir. Defina primeiro a localização para os departamentos que tenham maior fluxo de trabalho interdepartamental. De A B C D E F Para Distância entre os locais (metros) A B C D --- 50 --- 100 50 --- 50 90 140 --- E F 80 40 60 50 --- 130 70 50 120 50 --- 1 2 3 4 5 6 --35 37 41 14 32 90 --2 12 16 38 25 8 --1 0 13 23 5 1 --9 2 11 10 0 4 --2 18 16 7 0 3 --- Fernando Corrêa Número diário de percursos entre os centros de trabalho De Para 1 2 3 4 5 6 59 ADMINISTRAÇÃO DA PRODUÇÃO II Oito centros de trabalho devem ser dispostos num prédio (conforme diagrama a seguir). As localizações dos centros 1 e 3 são mostradas no diagrama. Considerando que os custos de transporte são de R$2,00 por carga por metro, elabore um arranjo físico adequado que minimize os custos de transporte, utilizando as informações dadas. Calcule o custo total. SOMENTE SERÃO ACEITAS RESPOSTAS FUNDAMENTADAS EM CÁLCULOS. DE A B C D E F G H 1 --0 0 0 5 0 0 0 B 40 --- DISTÂNCIA (METROS) PARA D E F 60 120 80 40 60 140 45 85 40 --40 50 --90 --- C 40 60 --- G 100 120 70 40 50 40 --- NÚMERO DE CARGAS POR DIA PARA 2 3 4 5 6 7 10 5 90 365 135 125 --140 10 0 35 0 220 --110 10 0 0 110 240 --10 0 0 40 100 180 --10 40 80 40 70 0 --10 45 20 50 0 40 --0 0 20 0 0 0 H 110 130 90 45 40 60 40 --- 8 0 120 200 170 10 20 20 --- A 1 B C D E 3 F G H Fernando Corrêa DE 1 2 3 4 5 6 7 8 A --- ADMINISTRAÇÃO DA PRODUÇÃO II Elaborar um arranjo físico por processo que minimize a distância percorrida pelos pacientes em uma clínica médica, utilizando as informações a seguir sobre a previsão de idas dos pacientes a cada departamento e a distância entre os locais. Considerar uma distância de 35 metros entre a área de recepção e cada localização possível. Utilize o formato semicircular mostrado na figura a seguir. CALCULE A DISTÂNCIA TOTAL PERCORRIDA Distância entre as localizações (metros) De A --- A B C D E F B 40 ---- Para C 80 40 ---- D E F 100 60 20 ---- 120 80 40 20 ---- 160 120 80 40 40 ---- A RECEPÇÃO B F E C D Percursos entre os departamentos (por dia) 1 2 3 4 5 6 1 10 --0 40 30 60 10 2 10 3 200 Para 4 20 5 0 6 100 0 ---0 50 40 100 0 0 ---0 60 0 80 0 10 ---30 20 20 0 190 10 ---0 40 20 10 70 20 ---- Recepção ---10 40 10 0 10 30 Fernando Corrêa De Recepção 60 ADMINISTRAÇÃO DA PRODUÇÃO II CAPÍTULO 4 CONFIABILIDADE E FALHAS Fernando Corrêa ADMINISTRAÇÃO DA PRODUÇÃO II MEDIÇÃO DE FALHAS 1. TAXA DE FALHAS TF = Número de falhas X 100 Número total de produtos testados TF = Número de falhas Tempo de operação Fernando Corrêa Um lote de 50 componentes eletrônicos é testado durante 2000 horas. Quatro componentes falham durante o teste, como segue: • falha 1: ocorreu após 1.200 horas • falha 2: ocorreu após 1450 horas • falha 3: ocorreu após 1720 horas • falha 4: ocorreu após 1905 horas. Quais as taxas de falha? 61 ADMINISTRAÇÃO DA PRODUÇÃO II 2. CONFIABILIDADE Rs = R1 x R2 x R3 x R4 x………..Rn R a+b = Ra + (Rb x P(falha)) REDUNDÂNCIA Um equipamento é composto de 4 componentes, com suas respectivas confiabilidades individuais: O componente Z, por se tratar de um componente com maior probabilidade de falha a empresa decidiu trabalhar com redundância. Assim qual seria a confiabilidade final do equipamento? Fernando Corrêa •Componente W: 0,99 •Componente X: 0,96 •Componente Y: 0,98 •Componente Z: 0,94 ADMINISTRAÇÃO DA PRODUÇÃO II 3. DISPONIBILIDADE TMEF = Horas de operação Número de falhas DISPONIBILIDADE = TMEF TMEF + TMDR TMEF – tempo médio entre falhas TMDR – tempo médio de reparo Fernando Corrêa Um empresa que produz cartazes observou que um equipamento específico tem trazido alguns problemas de atraso de entrega. É sua impressora colorida laser. Atualmente seu tempo médio entre falhas é de 70 horas e o tempo médio para consertá-la é de seis horas. Qual a disponibilidade? O que aconteceria se uma manutenção preventiva fosse colocada em prática aumentando o TMEF para 100 horas? 62 ADMINISTRAÇÃO DA PRODUÇÃO II EXERCÍCIO PROPOSTO Fernando Corrêa Um equipamento é composto de 5 componentes distintos. Cada um deles apresenta a seguinte confiabilidade unitária: 0,99 ; 0,98 ; 0,98 ; 0,95 e 0,94. Este equipamento foi monitorado, em operação, durante cerca de 800 horas, apresentando apenas 3 falhas. a) qual a confiabilidade do equipamento? b) trabalhando com redundância nos dois equipamentos de menor confiabilidade, qual seria a nova confiabilidade do equipamento? c) qual o TMEF (ou MTBF)? ADMINISTRAÇÃO DA PRODUÇÃO II POKA YOKE O termo Poka Yoke significa “à prova de erros”; Trata-se de um método que busca eliminar os defeitos causados por falhas ou erros humanos Fernando Corrêa 63 ADMINISTRAÇÃO DA PRODUÇÃO II OBJETIVOS • Os dispositivos Poka Yoke visam à otimização ou automação das tarefas que necessitariam da atenção ou memorização por parte do operador, objetivando a minimização dos erros ou até o descarte das peças defeituosas; Fernando Corrêa • O sistema Poka Yoke foi desenvolvido para dar suporte à resolução de problemas e à tomada de decisão no contexto de uma organização de manufatura que adota o paradigma de "produção enxuta". ADMINISTRAÇÃO DA PRODUÇÃO II REGULAÇÃO • Função de “controle” - pára as máquinas e os processos na ocorrência de anomalias; trata-se de um método mais eficaz por expor o problema para todos os componentes do processo, evitando que um defeito se propague até o produto final ou ao cliente; Fernando Corrêa • Função de “alerta” - emite avisos , depende da ação do operador para que a causa seja sanada e não interrompe os processos, isto é, os defeitos continuarão existir enquanto não houver ação humana. 64 ADMINISTRAÇÃO DA PRODUÇÃO II FMEA - Análise do Efeito e Modo de Falhas PERGUNTAS CHAVE Qual é a probabilidade da falha ocorrer? Qual seria a conseqüência da falha? Com qual probabilidade essa falha é detectada antes que afete o cliente? PASSOS FMEA Fernando Corrêa PASSO 1: Identificar todas as partes componentes dos produtos ou serviços. PASSO 2: Listar todas as formas possíveis segundo as quais os componentes poderiam falhar (os modos de falhas) PASSO 3: Identificar os efeitos possíveis das falhas (tempo parado, insegurança, necessidade de consertos, efeitos para os clientes). PASSO 4: Identificar todas as causas possíveis das falhas para cada modo de falha. PASSO 5: Avaliar a probabilidade de falha, a severidade dos efeitos da falha e a probabilidade de detecção. PASSO 6: Calcular o número de prioridade de risco (NPR) multiplicando as três avaliações entre si. PASSO 7: Instigar ação que minimizará falhas nos modos de falhas que mostram um alto NPR. ADMINISTRAÇÃO DA PRODUÇÃO II CAPÍTULO 5 TEORIA DE FILAS Fernando Corrêa 65 ADMINISTRAÇÃO DA PRODUÇÃO II λ - Taxa de chegada de clientes µ - Taxa de atendimento Taxa ou grau de utilização – essa variável reflete a razão entre a demanda (medida através da taxa de chegada) e a oferta;capacidade (medida através do produto do número de provedores, M, pela taxa de atendimento, µ): φ= λ Mµ O número médio de clientes sendo atendidos = Fernando Corrêa r λ µ ADMINISTRAÇÃO DA PRODUÇÃO II Número médio de clientes (Ls) – aguardando em fila o atendimento Lf (depende do modelo. O valor pode ser obtido utilizando-se uma tabela ou equação) no sistema (os clientes na fila mais os clientes sendo atendidos): Ls = Lf + r O tempo médio durante o qual os clientes: - Esperam em fila: Ef Lf λ Ls Es = Ef + 1 = λ µ Fernando Corrêa - Permanecem em fila: = 66 ADMINISTRAÇÃO DA PRODUÇÃO II Nas manhãs dos dias de semana, chegam, em média, 18 clientes por hora em uma confeitaria. A distribuição das chegadas pode ser descrita por meio de uma distribuiçõa de Poisson, com média igual a 18. Cada atendente pode atender a um cliente em quatro minutos, em média; esse tempo pode ser descrito por meio de uma distribuição exponencial, com média igual a 4 minutos. Fernando Corrêa A) quais as taxas de chegada e de atendimento? B) determine o número médio de clientes que são atendidos em determinado momento. C) Suponha que o número médio de clientes aguardando em fila tenha sido determinado, e que esse valor seja de 3,6. Determine o número médio de clientes no sistema (isto é, aguardando em fila, ou sendo atendidos), o tempo médio que os clientes esperam em fila e o tempo médio de espera no sistema. D) Determine a taxa de utilização do sistema para M= 2, 3 e 4 provedores. ADMINISTRAÇÃO DA PRODUÇÃO II CANAL ÚNICO, TEMPO DE ATENDIMENTO EXPONENCIAL Número médio na fila: Lf = λ 2 µ (µ - λ) Probabilidade de haver zero unidades no sistema: Probabilidade de haver n unidades no sistema: Po = 1 - λ µ Pn = Po λ n µ P<n = 1 - λ µ n Fernando Corrêa Probabilidade de haver menos de n unidades no sistema: 67 ADMINISTRAÇÃO DA PRODUÇÃO II Uma Cia. Aérea planeja abrir em um Shopping Center uma agência para venda de passagens, a qual terá um único guiche de vendas. A estimativa é que haverá uma demanda média de 15 bilhetes e/ou informações por hora. A experiência do passado, obtida através de operações de filiais semelhantes, sugere que o tempo médio de atendimento a cada solicitação deverá ser de aproximadamente 3 minutos. Determine: Fernando Corrêa A) o grau de utilização do sistema; B) a percentagem de tempo durante o qual o agente tenderá a estar ocioso. C) o número esperado de clientes que estarão aguardadndo o atendimento; D) o tempo médio que cada cliente passará dentro do sistema. ADMINISTRAÇÃO DA PRODUÇÃO II CANAL ÚNICO, TEMPO DE ATENDIMENTO CONSTANTE Número médio na fila: Lf = λ 2 2µ (µ - λ) Fernando Corrêa EXEMPLO: Um lava jato é uma operação automática de lavagem de carros com um único boxe de lavagem. Cada operação dura cinco minutos. Em uma típica manhã de sábado, chegam, em média, oito carros por hora, e as chegadas tendem a ter o comportamento de uma distribuição de poisson. Determine: a) O número médio de carros na fila. b) O tempo médio que os carros passam em fila e no atendimento. 68 ADMINISTRAÇÃO DA PRODUÇÃO II CAPÍTULO 6 DECISÕES NÃO ESTRUTURADAS Fernando Corrêa ADMINISTRAÇÃO DA PRODUÇÃO II Este tipo de decisão não reflete formas lineares de pensamento (como ocorre na programação linear),não havendo para cada causa um determinado efeito correspondente. TEORIA DA DECISÃO Conjunto específico de técnicas que auxiliam o tomador de decisão a reconhecer as particularidades do seu problema e a estruturá-lo. ELEMENTOS COMUNS A QUALQUER PROBLEMA DE DECISÃO b) Resultados: cada alternativa de solução leva a um ou mais resultados, que são as consequências da alternativa. Fernando Corrêa a) Alternativas: são as possíveis soluções para o problema, o que o torna necessário possuir uma lista, tão completa quanto possível, de todos os cursos de ação que possam levar ao desaparecimento do problema. c) Estados da natureza: são as ocorrências futuras que podem influir sobre as alternativas, fazendo com que apresentem mais de um resultado. 69 ADMINISTRAÇÃO DA PRODUÇÃO II MATRIZ DE DECISÃO Alternativas A1 A2 A3 EN1 R11 R21 R31 An Rn1 Estados da Natureza EN2 EN3 ……. R12 R13 ……. R22 R23 ……. R32 R33 ……. ……. Rn2 Rn3 ……. Enp R1p R2p R3p Rnp A – DECISÃO TOMADA SOB RISCO (DTSR) É aquela onde podemos, objetivamente ou subjetivamente, atribuir probabilidades de ocorrência aos estados da natureza. É a média ponderada dos resultados possíveis para a alternativa, tendo as probabilidades dos estados da natureza como pesos de ponderação Fernando Corrêa VEA – Valor Esperado da Alternativa ADMINISTRAÇÃO DA PRODUÇÃO II k P .R VEA = j i ij J=1 EXEMPLO 1: Um comerciante que vende melões, comprados a R$2,00 e revendidos a R$4,00, supõe que a demanda para o seu produto só assume os valores de 50, 100 ou 150 unidades, podendo o comerciante comprar qualquer uma dessas mesmas quantidades. Sabendo-se que os melões não vendidos são perdidos e que as respectivas probabilidades para as demandas de 50, 100 e 150 são 35%, 45% e 20%, pede-se a melhor decisão a se tomar sob risco. Fernando Corrêa Alternativas Comprar 50 melões Comprar 100 melões Comprar 150 melões Estados da Natureza Vender 50 melões Vender 100 melões Vender 150 melões p=0,35 p=0,45 p=0,20 100 100 100 0 200 200 -100 100 300 70 ADMINISTRAÇÃO DA PRODUÇÃO II VEA 1 = 100 x 0,35 + 100 x 0,45 + 100 x 0,20 = R$100,00 VEA 2 = 0 x 0,35 + 200 x 0,45 + 200 x 0,20 = R$130,00 VEA 3 = -100 x 0,35 + 100 x 0,45 + 300 x 0,20 = R$70,00 B – DECISÃO TOMADA SOB INCERTEZA (DTSI) É aquela onde os estados da natureza são conhecidos, mas suas probabilidades não. Para cada alternativa identificamos o pior resultado; comparando todas as alternativas entre si escolhemos aquela que conduz ao menos ruim dos piores. Fernando Corrêa CRITÉRIO MAXIMIN ADMINISTRAÇÃO DA PRODUÇÃO II Alternativas Comprar 50 melões Comprar 100 melões Comprar 150 melões Estados da Natureza Vender 50 melões Vender 100 melões Vender 150 melões p=0,35 p=0,45 p=0,20 100 100 100 0 200 200 -100 100 300 Piores resultados 100 0 -100 Por esse critério a melhor alternativa seria a 1 (comprar 50 melões). CRITÉRIO MAXIMAX Dados os melhores resultados da cada alternativa, escolhe-se o melhor dos melhores. Melhores resultados 100 200 300 Fernando Corrêa Alternativas Comprar 50 melões Comprar 100 melões Comprar 150 melões Estados da Natureza Vender 50 melões Vender 100 melões Vender 150 melões p=0,35 p=0,45 p=0,20 100 100 100 0 200 200 -100 100 300 Por esse critério a melhor alternativa seria a 3 (comprar 150 melões). 71 ADMINISTRAÇÃO DA PRODUÇÃO II CRITÉRIO LAPLACE (Critério da Razão Insuficiente) Como não são conhecidas as probabilidades, este critério supõe todas iguais, por falta de razão para supô-las diferentes. Após assumir probabilidades iguais, calcula-se o VEA para cada alternativa, escolhendo-se a que conduzir ao melhor valor esperado.. Alternativas Comprar 50 melões Comprar 100 melões Comprar 150 melões Estados da Natureza Vender 50 melões Vender 100 melões Vender 150 melões p=1/3 p=1/3 p=1/3 100 100 100 0 200 200 -100 100 300 VEA 2 = 0 x 1/3 + 200 x 1/3 + 200 x 1/3 = R$133,00 Fernando Corrêa VEA 1 = 100 x 1/3 + 100 x 1/3 + 100 x 1/3 = R$100,00 VEA 3 = -100 x 1/3 + 100 x 1/3 + 300 x 1/3 = R$100,00 ADMINISTRAÇÃO DA PRODUÇÃO II CRITÉRIO DO MÍNIMO ARREPENDIMENTO Procedimento: a) identifica-se para cada estado da natureza o seu melhor resultado; b) para cada alternativa o arrependimento é calculado subtraindo-se o seu resultado do melhor resultado identificado na letra a; c) monta-se uma matriz de arrependimentos com o mesmo número de linhas e colunas da matriz original; d) aponta-se para cada alternativa o pior arrependimento; e) escolhe-se a alternativa com o menos ruim dos arrependimentos, ou seja com o mínimo dos arrependimentos. Coluna 2 : estado da natureza vender 100 melões Alternativas Resultado Arrependimento Comprar 50 melões 100 200 -100 = 100 Comprar 100 melões 200 (melhor) 200 - 200 = 0 Comprar 150 melões 100 200 - 100 = 100 Fernando Corrêa Coluna 1 : estado da natureza vender 50 melões Alternativas Resultado Arrependimento Comprar 50 melões 100 (melhor) 100 -100 = 0 Comprar 100 melões 0 100 - 0 = 100 Comprar 150 melões -100 100 - (-100) = 200 72 ADMINISTRAÇÃO DA PRODUÇÃO II Coluna 3 : estado da natureza vender 150 melões Alternativas Resultado Arrependimento Comprar 50 melões 100 300 -100 = 200 Comprar 100 melões 200 300 - 200 = 100 Comprar 150 melões 300 (melhor) 300 - 300 = 0 Estados da Natureza Alternativas Comprar 50 melões Comprar 100 melões Comprar 150 melões Vender 50 melões Vender 100 melões 0 100 100 0 200 100 Vender 150 melões 200 100 0 Piores Arrependimentos 200 100 200 Fernando Corrêa Por esse critério a melhor alternativa seria a 2 (comprar 100 melões), que levaria ao menor dos arrependimentos. ADMINISTRAÇÃO DA PRODUÇÃO II EXERCÍCO PROPOSTO Fernando Corrêa A empresa XWY tem dúvidas a respeito do aumento de seu parque fabril pois, caso a demanda não correspondesse ao previsto, ficaria com capacidade ociosa, o que a levaria a aumento de custos. A fábrica poderia ser expandida modularmente: PROJETO 1: fabricar a mais 100 ton / mês. PROJETO 2: fabricar a mais 150 ton / mês. PROJETO 3: fabricar a mais 200 ton / mês. PROJETO 4: fabricar a mais 250 ton / mês. Para escolher o melhor projeto a ser executado, a empresa contratou uma pesquisa de mercado para determinar a demanda potencial. A pesquisa entregue foi pouco conclusiva, pois apresentou três cenários de vendas, sendo o primeiro deles com potencial de vendas extras de 150 ton/mês, o segundo com 200 ton/mês e o terceiro com 250 ton/mês. Por ser difícil determinar a probabilidade de cada cenário, optou-se pelo critério de La Place. Sabe-se ainda que cada tonelada é vendida a R$900,00 e que para ser fabricada possui um custo total de R$700,00. De posse destes dados indique a melhor decisão a se tomar sob a incerteza. 73 ADMINISTRAÇÃO DA PRODUÇÃO II φ= λ r Mµ Lf = λ = λ Ls = Lf + r µ 2 µ (µ - λ) Lf = Ef = Lf λ Es = Ef + 1 µ = λ 2 2µ (µ - λ) Ls λ Fernando Corrêa 74