Segurança Elétrica em
Ambiente Hospitalar
Prof. Ernesto F. F. Ramírez
Choque Elétrico
Intensidade
da corrente
Duração
do choque
circulação de
corrente elétrica
através do
organismo humano
Freqüência
do sinal
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Percurso
da corrente
Densidade
de corrente
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Tipos de Choque Elétrico
Tipo de contato
Local da aplicação
Direto
Indireto
Macrochoque
Microchoque
Ocorre pelo
contato direto
com condutores
elétricos (fios e
cabos) sem
isolante.
Ocorre pelo contato com
partes metálicas de
equipamentos ou
instalações energizadas
acidentalmente devido a
falha de isolação.
Exemplo:
choque elétrico
com fio
desencapado.
Exemplo:
choque elétrico na porta
da geladeira.
Ocorre quando o
contato é feito sobre
a pele íntegra.
Considerando a
resistência da pele,
um caminho de
maior impedância é
produzido, o que
reduz a intensidade
de corrente pelo
corpo humano.
Ocorre quando o
contato elétrico é
realizado
internamente ao
corpo. Em casos de
procedimentos
cirúrgicos ou de
acidentes, o contato
elétrico pode ocorrer
sem a proteção da
pele, em um
caminho da baixa
impedância que
possibilita que,
mesmo sob baixa
tensão, haja
correntes elevadas.
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Prevenção de Choques Elétricos
Os choques elétricos podem ser evitados de duas
maneiras, através de:
•Equipotencialidade: quando a diferença de potencial
entre os pontos for próxima ou igual a zero;
•Isolação: quando se obtém um caminho de impedância
elevada entre a fonte de energia e o corpo humano.
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Proteção contra Choques Elétricos
É fundamental adotar técnicas que protejam tanto
operadores e pacientes como o ambiente hospitalar,
entre as quais destacam-se:
•Instalações - deve-se protegê-las contra
sobrecorrentes, através de dispositivo disjuntor ou
fusível;
•Pessoas - através de dispositivos DR (dispositivos
diferenciais residuais).
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Proteção contra Choques Elétricos
A preocupação com eletricidade se justifica na medida
que:
•os dispositivos usados para promover o contato entre o
equipamento e o paciente, em muitos casos, são de tipo
adesivo;
•em diferentes situações, o paciente pode estar
inconsciente ou sedado e não manifestar a sensação do
choque.
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Garantia da Segurança
De forma geral, a garantia de segurança elétrica na
utilização da tecnologia médico-hospitalar depende,
basicamente, de três fatores:
•rede elétrica,
•conformidade dos equipamentos com as normas,
•regularidade dos testes dos equipamentos.
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Garantia da Segurança (cont...)
Levantamentos feitos em hospitais brasileiros, entretanto, apontam
outros fatores como determinantes da garantia da qualidade da
segurança elétrica:
Infra-estrutura = condições ambientais de funcionamento dentro dos
parâmetros para os quais o equipamento foi projetado, como edificação,
suprimento de energia elétrica, gases medicinais, água, vapor.
Equipamentos = implantação de um programa de prevenção a
intercorrências, que considere o dimensionamento dos equipamentos, os
processos de aquisição e instalação, os procedimentos de manutenção corretiva
e preventiva.
Operadores = devem ser qualificados para a operação do equipamento, em
termos de fundamentação teórica da tecnologia empregada e de procedimentos
técnicos específicos.
Suporte técnico = a assistência técnica deve ser prestada por profissionais
qualificados e atualizados.
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Normas de Segurança Elétrica
•O cumprimento de normas garante o bom funcionamento do EAS sem
riscos de acidente.
•O órgão regulador dessas normas é a Associação Brasileira de Normas
Técnicas, a ABNT.
•A normalização vigente no Brasil para segurança de equipamentos
eletromédicos é baseada na norma IEC 60601-1, de 1977, da
International Electro technical Commission (IEC), e foi publicada em
1994 pela ABNT como NBR IEC 60601-1 "Equipamento eletromédico Parte I: Prescrições gerais para segurança".
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Normas de Segurança Elétrica
Há dois tipos de normas:
•Normas gerais - aplicáveis a todo e qualquer tipo de
equipamento eletromédico;
•Normas particulares - exigências e recomendações
específicas para cada aparelho eletromédico, como:
parâmetros de fluxo e pressão de gases para aparelhos de
ventilação pulmonar.
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Normas de Segurança Elétrica
Os testes de segurança elétrica são aplicados conforme a
classe do equipamento e o tipo de suas partes
aplicadas, que determinam respectivamente o tipo e o
grau de proteção contra choque elétrico.
Quanto ao tipo de proteção contra choque elétrico, o
equipamento pode ser energizado internamente ou por
fonte de alimentação externa.
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Normas de Segurança Elétrica
O equipamento energizado por uma fonte de alimentação elétrica
externa pode ser:
Equipamento Classe I
Equipamento no qual a proteção
contra choque elétrico não se
fundamenta apenas na isolação
básica, mas incorpora uma
precaução de segurança
adicional.
Tal medida consiste na conexão
do equipamento ao condutor de
aterramento para proteção da
fiação fixa da instalação, de
modo a impossibilitar que partes
metálicas acessíveis possam ficar
sob tensão, na ocorrência de
uma falha de isolação básica.
Equipamento Classe II
Equipamento no qual a proteção
contra choque elétrico não se
fundamenta apenas na isolação
básica, mas incorpora ainda
precauções de seguranças
adicionais, como isolação dupla
ou reforçada.
Essa medida não comporta
conexão ao sistema de
aterramento para proteção
contra choques elétricos.
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Normas de Segurança Elétrica
Em relação ao grau de proteção contra choque elétrico, as partes
aplicadas podem ser classificadas nos tipos descritos abaixo.
Parte aplicada do
Tipo B
Fornece o menor grau de
proteção ao paciente entre
todos os tipos de parte
aplicada.
Não apresenta sistemas de
isolação elétrica (flutuante)
entre partes aplicadas e
rede elétrica, não sendo
apropriada para aplicação
cardíaca direta.
Parte aplicada do
Tipo BF
É aquela cujo grau de
proteção é alcançado pela
isolação entre partes
aplicadas e rede elétrica e
demais partes aterradas ou
acessíveis do equipamento.
Essa medida limita ainda
mais a intensidade de
corrente que fluiria através
do paciente, no caso de ele
entrar em contato com
outro equipamento sob
tensão. Partes aplicadas do
Tipo BF não são adequadas
para aplicação cardíaca
direta.
Parte aplicada do
Tipo CF
Fornece o maior grau de
proteção ao paciente.
É alcançado pelo aumento
da isolação das partes
aterradas e outras partes
acessíveis do equipamento,
limitando ainda mais a
intensidade da possível
corrente fluindo através do
paciente. Partes aplicadas
do Tipo CF são apropriadas
para aplicação cardíaca
direta.
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Testes de Segurança Elétrica
A norma NBR IEC 60601-1determina que sejam
testados elementos cuja falha poderia acarretar risco de
segurança, em condição normal ou condição anormal
sob uma só falha. Para isso são medidas:
• resistência do terra de proteção - é medida a
impedância (em Ohms) do terra de proteção do
equipamento sob teste.
• correntes de fuga e corrente auxiliar através do
paciente - a corrente de fuga não é funcional, ou
seja, ela não tem a finalidade de produzir um efeito
terapêutico no paciente.
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Testes de Segurança Elétrica
São medidas as seguintes correntes de fuga:
•Corrente de fuga para o terra - é a corrente que circula da parte a ser
ligada à rede para o condutor de aterramento para proteção.
•Corrente de fuga através do gabinete - é a corrente que circula de
uma ligação condutiva externa através do gabinete ou de suas partes,
para o terra.
•Corrente de fuga através do paciente - é a corrente que circula da
parte aplicada, através do paciente para o terra; ou passando do paciente
para o terra, através de uma parte aplicada do tipo F (CF ou BF); ou
devido ao aparecimento indesejado, no paciente, de uma tensão
proveniente de fonte externa.
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Testes de Segurança Elétrica
São medidas as seguintes correntes de fuga (cont...):
•Corrente auxiliar através do paciente - é a corrente que circula
através do paciente, em utilização normal, entre elementos da parte
aplicada, e que não é destinada a produzir efeito fisiológico.
•Corrente de fuga através do paciente com tensão de rede nas
partes aplicadas ao paciente - a medida é feita entre a parte aplicada e
o terra.
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Testes de Segurança Elétrica
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Anexo I
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Anexo II
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Anexo III
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Anexo IV
Densidade de Corrente:
I
J=
Área
Eletrodo Ativo
corrente
Paciente
corrente
Contato
elétrico
(fuga de
corrente)
Eletrodo de
Retorno
Contato adequado entre
o eletrodo de retorno e
o paciente
Mau-contato entre o
eletrodo de retorno e o
paciente
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Anexo V
Macrochoque
Microchoque
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