Março/2011 Prestação de Contas Ordinárias Anual Relatório de Gestão do exercício de 2010 Relatório de Gestão do exercício de 2010 apresentado aos órgãos de controle interno e externo como prestação de contas ordinárias anual a que esta Unidade está obrigada nos termos do art. 70 da Constituição Federal, elaborado de acordo com as disposições da Instrução Normativa TCU nº 63/2010, da Decisão Normativa TCU nº 107/2010 e da Portaria TCU nº 277/2010 e das orientações do órgão de controle interno. Brasília, DF Março/2011 MINISTRO DA FAZENDA Guido Mantega SECRETÁRIO-EXECUTIVO DO MINISTÉRIO DA FAZENDA Nelson Henrique Barbosa Filho PRESIDENTE DO CONSELHO DE CONTROLE DE ATIVIDADES FINANCEIRAS Antonio Gustavo Rodrigues SECRETÁRIO-EXECUTIVO Dílson Porfírio Pinheiro Teles DIRETOR DE ANÁLISE E FISCALIZAÇÃO Antonio Carlos Ferreira de Sousa CHEFE DE GABINETE Bernardo Antonio Machado Mota COORDENADOR-GERAL DE ANÁLISE Joaquim da Cunha Neto COORDENADOR-GERAL DE FISCALIZAÇÃO Cesar Almeida de Meneses Silva ASSESSOR DO SECRETÁRIO-EXECUTIVO Responsável pela Área Administrativa Marcelo Silva Pontes CONSELHEIROS DO COAF EM 31/12/2010: BANCO CENTRAL DO BRASIL Ricardo Liáo COMISSÃO DE VALORES MOBILIÁRIOS Waldir de Jesus Nobre AGÊNCIA BRASILEIRA DE INTELIGÊNCIA Ricardo Zonato Esteves MINISTÉRIO DAS RELAÇÕES EXTERIORES Virgínia Bernardes de Souza Toniatti SECRETARIA DA RECEITA FEDERAL DO BRASIL José Ildomar Uberti Minuzzi MINISTÉRIO DA PREVIDÊNCIA SOCIAL Manuel Lucena dos Santos SUPERINTENDÊNCIA DE SEGUROS PRIVADOS Cidice Hasselmann CONTROLADORIA-GERAL DA UNIÃO Mário Vinícius Claussen Spinelli PROCURADORIA-GERAL DA FAZENDA NACIONAL Iara Antunes Vianna DEPARTAMENTO DE POLÍCIA FEDERAL Marcelo de Oliveira Andrade MINISTÉRIO DA JUSTIÇA Ricardo Andrade Saadi CONVIDADOS: ADVOCACIA-GERAL DA UNIÃO Danielle Aleixo Reis do Valle Souza CONSELHO FEDERAL DE CORRETORES DE IMÓVEIS – COFECI José Augusto Viana Neto Permitida a reprodução total ou parcial desta publicação, desde que citada a fonte. COAF – Conselho de Controle de Atividades Financeiras SAUS – Setor de Autarquias Sul - Quadra 1, Lote 3-A, 70070-010 – Brasília – DF Telefone: +55 (61) 2025-4001/ 2025-4002 – Fax: (61) 2025-4000 Correio eletrônico: [email protected] – Internet: www.coaf.fazenda.gov.br SUMÁRIO INTRODUÇÃO ..................................................................................................................................6 1. DESCRIÇÃO DA UNIDADE JURISDICIONADA ................................................................8 2. OBJETIVOS E METAS DA UNIDADE DE INTELIGÊNCIA FINANCEIRA BRASILEIRA .....................................................................................................................................9 2.1 RESPONSABILIDADES INSTITUCIONAIS..................................................................................10 2.2 ESTRATÉGIA DE ATUAÇÃO FRENTE ÀS RESPONSABILIDADES INSTITUCIONAIS .......................11 2.2.1 AÇÕES DE GESTÃO ESTRATÉGICA .....................................................................................13 2.2.2 GESTÃO COMPARTILHADA DA POLÍTICA DE COMBATE À LAVAGEM DE DINHEIRO ...........14 2.2.3 ÓRGÃOS COLEGIADOS ......................................................................................................16 2.2.4 ACORDOS DE COOPERAÇÃO TÉCNICA E CONVÊNIOS.........................................................16 2.2.5 CURSOS OFERECIDOS, PALESTRAS, SEMINÁRIOS E REUNIÕES OPERACIONAIS ..................16 2.2.6 ESTRUTURA ORGÂNICA ....................................................................................................17 2.3 PROGRAMA 1164 – PREVENÇÃO E COMBATE À LAVAGEM DE DINHEIRO .............................20 AÇÃO 4946 – INTELIGÊNCIA FINANCEIRA PARA A PREVENÇÃO DA LAVAGEM DE DINHEIRO 2.3.1 E DO FINANCIAMENTO DO TERRORISMO .......................................................................................... 20 2.3.1.1 DESEMPENHO OPERACIONAL DA INTELIGÊNCIA FINANCEIRA .......................................26 AÇÃO 8959 – REGULAÇÃO PARA PREVENÇÃO DA LAVAGEM DE DINHEIRO E DO 2.3.2 FINANCIAMENTO DO TERRORISMO ..................................................................................................33 2.3.2.1 DESEMPENHO OPERACIONAL DA REGULAÇÃO E SUPERVISÃO ......................................36 2.3.3 EXECUÇÃO FÍSICA DAS AÇÕES REALIZADAS PELO COAF ......................................................37 2.4 3. DESEMPENHO ORÇAMENTÁRIO/FINANCEIRO ........................................................................39 GESTÃO DE PESSOAS E FORÇA DE TRABALHO .........................................................43 3.1 AÇÕES DE CAPACITAÇÃO E TREINAMENTO DOS SERVIDORES/EMPREGADOS .......................44 4. FUNCIONAMENTO DO SISTEMA DE CONTROLE INTERNO DO COAF ................47 5. GESTÃO AMBIENTAL E LICITAÇÕES SUSTENTÁVEIS .............................................47 6. GESTÃO DE BENS IMÓVEIS DE USO ESPECIAL ..........................................................48 7. GESTÃO DE TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO.............................................................48 8. RESTOS A PAGAR DE EXERCÍCIOS ANTERIORES .....................................................49 3 COAF/MF – RELATÓRIO DE GESTÃO 2010 LISTA DE SIGLAS ABIN AGU BCB CGU CRGP CVM DPF DRCI - Agência Brasileira de Inteligência - Advocacia-Geral da União - Banco Central do Brasil - Controladoria-Geral da União - Central de Gerenciamento de Riscos e Prioridades - Comissão de Valores Mobiliários - Departamento de Polícia Federal - Departamento de Recuperação de Ativos e Cooperação Jurídica Internacional da Secretaria Nacional de Justiça/MJ EGMONT - Grupo de Egmont que congrega Unidades de Inteligência Financeira de mais de 115 países e jurisdições. ENCCLA - Estratégia Nacional de Combate à Corrupção e à Lavagem de Dinheiro GAFI/FATF - Grupo de Ação Financeira contra a Lavagem de Dinheiro e Financiamento do Terrorismo – Financial Action Task Force GAFISUD - Grupo de Ação Financeira da América do Sul contra a Lavagem de Dinheiro e Financiamento do Terrorismo PLD/FT - Prevenção à Lavagem de Dinheiro e ao Financiamento do Terrorismo RIF - Relatório de Inteligência Financeira do COAF SAMF/DF - Superintendência de Administração do Ministério da Fazenda no DF SERPRO - Serviço Federal de Processamento de Dados do Ministério da Fazenda SIGPlan - Sistema de Informações de Gestão e Planejamento SISCOAF - Sistema de Informações do COAF SNJ - Secretaria Nacional de Justiça do Ministério da Justiça SPOA/MF - Subsecretaria de Planejamento, Orçamento e Administração do Min. da Fazenda PREVIC - Superintendência Nacional de Previdência Complementar do Ministério da Previdência Social SRFB - Secretaria da Receita Federal do Brasil SUSEP - Superintendência de Seguros Privados TCU - Tribunal de Contas da União UIF - Unidade de Inteligência Financeira LISTA DE QUADROS, FIGURAS, GRÁFICOS, TABELAS E ANEXOS QUADROS Quadro I - Identificação da UJ no Relatório de Gestão Individual Quadro II - Composição do Quadro de Recursos Humanos – Situação apurada em 31/12/2010 Quadro III - Composição do Quadro de Recursos Humanos por Faixa Etária – Situação apurada em 31/12/2010 Quadro IV - Composição do Quadro de Recursos Humanos por Nível de Escolaridade – Situação apurada em 31/12/2010 Quadro V - Composição do Quadro de Estagiários Quadro VI – Execução Física das Ações Realizadas pelo COAF Quadro VII – Movimentação Orçamentária por Grupo de Despesa Quadro VIII – Despesas por Modalidade de Contratação dos créditos recebidos por movimentação Quadro IX – Despesas Correntes por Grupo e Elemento de Despesa dos créditos recebidos por movimentação Quadro X – Despesas de Capital por Grupo e Elemento de Despesa dos créditos recebidos por movimentação 4 COAF/MF – RELATÓRIO DE GESTÃO 2010 Quadro XI – Estrutura de Controles Internos do COAF Quadro XII – Gestão Ambiental e Licitações Sustentáveis Quadro XIII – Distribuição Espacial dos Bens Imóveis de Uso Especial de Propriedade da União Quadro XIV - Distribuição Espacial dos Bens Imóveis de Uso Especial Locados de Terceiros Quadro XV – Gestão de TI do COAF Quadro XVI – Situação dos Restos a Pagar de Exercícios Anteriores FIGURAS Figura I - Estrutura Orgânica da Inteligência Financeira no Brasil Figura II - Processo de Trabalho da Inteligência Financeira Figura III - Gerenciamento de Riscos na Inteligência Financeira Figura IV - Gerenciamento de Riscos na Supervisão GRÁFICOS Gráfico I - Distribuição de Casos por Faixa de Risco Gráfico II – Comunicações Recebidas Anualmente Gráfico III - Quantidade Anual de Relatórios de Inteligência Produzidos Gráfico IV - Quantidade Anual de Comunicações Utilizadas nos RIFs Gráfico V - Quantidade Anual de Pessoas Relacionadas nos RIFs Gráfico VI – Bloqueios judiciais por ano (R$ milhões) Gráfico VII – Evolução das principais Naturezas de Despesas do COAF (2008-2010) Gráfico VIII – Evolução percentual das Despesas Orçamentárias do COAF (2008-2010) Gráfico IX – Variação anual e número total de horas de treinamento no período de 2006 a 2010 TABELAS Tabela I – Capacitações Oferecidas em 2010 – Inteligência Financeira e Supervisão Tabela II – Estrutura Organizacional do COAF em 2010 Tabela III – Descrição do Programa 1164 Tabela IV – Descrição da Ação 4946 Tabela V – Comunicações Recebidas dos Setores Obrigados Tabela VI – Distribuição Geográfica dos Bloqueios Judiciais de Recursos Tabela VII - Intercâmbios com UIFs (2003-2009) Tabela VIII - Intercâmbios com Autoridades Nacionais Tabela IX – Descrição da Ação 8959 Tabela X - Procedimentos Concluídos Tabela XI - Processos Administrativos Julgados Tabela XII- Indicador de Dempenho da Inteligência Financeira – PPA 2010 (mensal) Tabela XIII- Resultado Anual PPA 2008-2011 Tabela XIV – Despesas do COAF em 2010 Tabela XV – Capacitações Recebidas em 2010 – Inteligência Financeira e Supervisão Tabela XVI – Capacitações Recebidas em 2010 – Administração / Tecnologia da Informação ANEXOS Anexo 1 Anexo 2 - Declaração do Contador responsável pela UG do COAF - Memorando nº 111/2010/SPOA/SE/MF-DF, de 10/02/2010. - Tabelas e Quadros 5 COAF/MF – RELATÓRIO DE GESTÃO 2010 INTRODUÇÃO O presente Relatório de Gestão está organizado em capítulos que resumidamente contextualizam a atuação do Conselho de Controle de Atividades Financeiras - COAF nos cenários nacional e internacional e caracterizam as ações de governo sob sua responsabilidade, concluindo com a demonstração do seu desempenho operacional e gestão administrativa. Essa estrutura segue as diretrizes contidas no Anexo II da Decisão Normativa nº 107, de 27 de outubro de 2010, a qual orienta tecnicamente a elaboração do processo anual de tomada de contas dos gestores de órgãos e entidades sujeitos ao controle interno do Poder Executivo Federal, ano-base 2010. Cumpre esclarecer que a execução orçamentária do COAF, bem como a contratação de serviços de terceiros e a aquisição de bens em geral para uso do Órgão, são realizadas pela Superintendência de Administração do Ministério da Fazenda no DF – SAMF/DF, unidade subordinada à Subsecretaria de Planejamento, Orçamento e Administração deste Ministério – SPOA/MF. Desta forma, os itens 3, 6, 7, 13, 14, 15 e 16 da Parte A – Conteúdo Geral, do Anexo II da DN TCU nº 107/2010, por não estarem sob a governabilidade direta do COAF, não constam do presente Relatório. Tampouco foram incluídos os itens 2, 3, 4 e 5 relacionados na Parte B do supramencionado Anexo II, em face da natureza jurídica de órgão da administração direta do Poder Executivo. A gestão de recursos humanos praticada pelo COAF não alcança aspectos relacionados ao pagamento ou à concessão de benefícios a servidores, tampouco à locação de mão de obra mediante contratos de prestação de serviços, estando estes a cargo da Coordenação-Geral de Recursos Logísticos - COGRL/SPOA/MF (atual SAMF/DF), e aqueles sob responsabilidade da Coordenação-Geral de Gestão de Pessoas - COGEP da SPOA/MF. Por este motivo, os itens 5.b, 5.d e 5.e do Anexo II da DN TCU nº 107/2010 também não se aplicam a este Relatório. As principais realizações do COAF no ano de 2010 foram: Realização de treze sessões do Conselho, sendo cinco ordinárias (62ª a 66ª) e oito para julgamento de processos administrativos; Revisão das normas internas, processos de trabalho e adequação dos relatórios de inteligência às necessidades dos usuários dos conhecimentos produzidos, bem como modernização do Sistema Eletrônico de Intercâmbio – SEI; Elaboração de estudos estratégicos: ―A Inteligência Financeira e o Sistema Bancário‖; ―A Prevenção e o Combate à Lavagem de Dinheiro com Foco na Corrupção‖; e as ―Melhores Práticas‖; Evolução na complexidade dos casos trabalhados, constatada a partir do aumento na quantidade de pessoas físicas e jurídicas relacionadas aos casos investigados, com crescimento de mais de três vezes em relação ao ano de 2009, alcançando a quantidade de 30.531 pessoas físicas e jurídicas analisadas; Realização de 144 intercâmbios de informações entre o COAF e congêneres estrangeiras, com destaque para as UIFs dos Estados Unidos da América (18 intercâmbios), de Portugal (12) e de Luxemburgo (11), totalizando 1,7 mil intercâmbios no período de 2003 a 2010, dos quais as trocas de informações com as unidades dos EUA, Portugal, Uruguai e Suíça representam 40% do total; Incremento do uso do meio eletrônico, com a utilização de meios físicos em apenas 28% das solicitações de intercâmbio de informações; 6 COAF/MF – RELATÓRIO DE GESTÃO 2010 Mudança da sede para imóvel com acesso exclusivo que atende mais adequadamente os requisitos de espaço, modernidade e segurança necessários ao desenvolvimento das atividades do Órgão; Revisão e organização do estoque documental físico do COAF referente ao período de 2003 a 2009, no intuito de dar a todos os documentos o tratamento adotado atualmente para novos documentos, conferindo os arquivos digitalizados e eliminando redundâncias, tanto físicas quanto eletrônicas; Assinatura de acordos de cooperação técnica para ampliação das bases de dados e o intercâmbio de informações com as Polícias Civis dos Estados de Minas Gerais e Santa Catarina; Colaboração ativa para o efetivo cumprimento das ações da Estratégia Nacional de Combate à Corrupção e à Lavagem de Dinheiro – ENCCLA quer seja no apoio às ações institucionais, quer seja na produção de conhecimento de inteligência financeira; Oferta de capacitação a cerca de 82% de sua força de trabalho; Prosseguimento da coordenação das atividades do Grupo de Trabalho interministerial constituído especificamente para preparar o Brasil para a avaliação mútua e periódica do Grupo de Ação Financeira contra a Lavagem de Dinheiro e o Financiamento do Terrorismo (GAFI/FATF), cujo relatório final foi aprovado em sessão plenária realizada em Paris no mês de junho de 2010; Aprovação do ingresso do Uruguai pela Plenária do Grupo de Egmont, como resultado da cooperação direta do Brasil, representado pelo COAF, na condição de tutor da candidatura daquele país; Continuidade da cooperação direta com o Paraguai, em apoio ao aperfeiçoamento de seu arcabouço jurídico de PLD/FT; As principais dificuldades encontradas para a realização dos objetivos do COAF foram a rotatividade e a escassez de pessoal, a inadequação de seu espaço físico, inclusive sob o aspecto da segurança da informação, patrimonial e das pessoas, bem como a ineficiência da execução orçamentária. Em agosto de 2010, com a mudança para a nova sede, superou-se, após mais de 3 anos de gestões diretas com autoridades do Ministério, a questão do espaço físico. O aumento de área deverá comportar a tão-esperada expansão do quadro técnico, outro assunto que tem sido objeto de pleitos do COAF há mais de 5 anos. Isto posto, a partir do segundo semestre de 2010, a aplicação das disponibilidades orçamentárias do Órgão com vistas à plena adequação da nova sede às necessidades de trabalho tornou-se ainda mais premente, em especial para fazer frente às despesas fixas decorrentes da ocupação de imóvel exclusivo. Para 2011, as ações prioritárias de PLD/FT, do ponto de vista estratégico, estarão concentradas no tratamento das deficiências apontadas na Avaliação do GAFI/FATF, em especial na área de supervisão e regulação. Pretende-se dar continuidade às atividades do Grupo de Trabalho ―Melhores Práticas‖, integrado pelo COAF, Ministério Público Federal e Departamento de Polícia Federal, cujo objetivo é diagnosticar, analisar e harmonizar as melhores práticas e identificação de propostas de melhoria de cada instituição, além de dar seguimento às ações de assistência técnica a unidades de inteligência financeira de países da América do Sul e de língua portuguesa. No campo legislativo, espera-se que haja avanços no que respeita à revisão da legislação brasileira sobre prevenção e combate à lavagem de dinheiro, para torná-la mais aderente aos padrões internacionais, em particular, tipificando o crime de financiamento do terrorismo, na forma proposta pelo Projeto de Lei da Câmara dos Deputados nº 3.443/2008. 7 COAF/MF – RELATÓRIO DE GESTÃO 2010 1. DESCRIÇÃO DA UNIDADE JURISDICIONADA No Quadro I são relacionados os dados gerais sobre a unidade jurisdicionada. Quadro I - Identificação da UJ no Relatório de Gestão Individual Poder e Órgão de Vinculação Poder: Executivo Órgão de Vinculação: Ministério da Fazenda Código SIORG: 0032061 Identificação da Unidade Jurisdicionada Denominação completa: Conselho de Controle de Atividades Financeiras Denominação abreviada: COAF Código SIORG: 032061 Código LOA: 25101 Código SIAFI: 170401 Situação: ativa Natureza Jurídica: Órgão Público Principal Atividade: Administração Pública em Geral Código CNAE: 8411-6 Telefones/Fax de contato: (061) 2025-4001 (061) 2025-4000 E-mail: [email protected] Endereço Eletrônico: http://www.coaf.fazenda.gov.br Endereço Postal: SAUS – Setor de Autarquias Sul, Quadra 1 Lote 3-A – Cep: 70.070-010 Normas relacionadas à Unidade Jurisdicionada Lei nº 9.613, de 3/3/1998, publicada no D.O.U. de 4/3/1998, regulamentada pelo Decreto nº 2.799, de 8/10/1998; Decreto nº 5.101, de 8/6/2004, que deu nova redação ao art. 2º do Decreto nº 2.799/98. Outras normas infralegais relacionadas à gestão e estrutura da Unidade Jurisdicionada Decreto nº 7.050, de 23/12/2009, publicado em 24/12/2009. Portaria MF nº 330, de 18/12/1998 Manuais e publicações relacionadas às atividades da Unidade Jurisdicionada RESOLUÇÕES: Resolução nº 1, de 13 de ABRIL de 1999 - REVOGADA; Resolução nº 2, de 13 de ABRIL de 1999 - REVOGADA; Resolução nº 3, de 2 de JUNHO de 1999; Resolução nº 4, de 2 de JUNHO de 1999; Resolução nº 5, de 2 de JULHO de 1999; Resolução nº 6, de 2 de JULHO de 1999; Resolução nº 7, de 15 de SETEMBRO de 1999; Resolução nº 8, de 15 de SETEMBRO de 1999; Resolução nº 9, de 05 de DEZEMBRO de 2000; Resolução nº 10, de 19 de NOVEMBRO de 2001; Resolução nº 11, de 16 de MARÇO de 2005; Resolução nº 13, de 30 de SETEMBRO de 2005; Resolução nº 14, de 23 de OUTUBRO de 2006; Resolução nº 15, de 28 de MARÇO de 2007; Resolução nº 16, de 28 de MARÇO de 2007; Resolução nº 17, de 13 de MAIO de 2009 - REVOGADA; e Resolução nº 18, de 26 de AGOSTO de 2009. INSTRUÇÕES NORMATIVAS: Instrução Normativa nº 1, de 26 de JULHO de 1999 - REVOGADA; e Instrução Normativa nº 2, de 18 de JULHO de 2005. CARTAS-CIRCULARES: Carta-Circular nº 1/01; Carta-Circular nº 2/01; Carta-Circular nº 3/02; Carta-Circular nº 4/02; 8 COAF/MF – RELATÓRIO DE GESTÃO 2010 Carta-Circular nº 5/02; Carta-Circular nº 6/02; Carta-Circular nº 7/03; Carta-Circular nº 8/03; Carta-Circular nº 9/03; Carta-Circular nº 10/04; Carta-Circular nº 11/04; Carta-Circular nº 12/05; Carta-Circular nº 13/05; e Carta-Circular nº 14/06. INSTRUÇÕES NORMATIVAS INTERNAS: Instrução Normativa Interna nº 1, de 15 de MAIO de 2006 (Confidencial); Instrução Normativa Interna nº 2, de 15 de MAIO de 2006 (Confidencial); Instrução Normativa Interna nº 3, de 30 de DEZEMBRO de 2006; Instrução Normativa Interna nº 4, de 15 de AGOSTO de 2007 (Confidencial); Instrução Normativa Interna nº 5, de 15 de AGOSTO de 2007 (Reservada); Instrução Normativa Interna nº 6, de 22 de AGOSTO de 2007 (Reservada); Instrução Normativa Interna nº 7, de 23 de AGOSTO de 2007 (Reservada); Instrução Normativa Interna nº 8, de 18 de NOVEMBRO de 2008 (Reservada) - REVOGADA; Instrução Normativa Interna nº 9, de 30 de JUNHO de 2008 (Reservada) - REVOGADA; Instrução Normativa Interna nº 10, de 24 de JULHO de 2008; Instrução Normativa Interna nº 11, de 6 de NOVEMBRO de 2008 (Reservada); Instrução Normativa Interna nº 12, de 19 de JANEIRO de 2009 (Confidencial); Instrução Normativa Interna nº 13, de 2 de SETEMBRO de 2009 (Reservada); e Instrução Normativa Interna nº 14, de 1 de DEZEMBRO de 2009 (Reservada). MANUAIS: Manual de Procedimentos Internos da Diretoria de Análise e Fiscalização; e Manual de Orientação do Sistema Eletrônico de Intercâmbio de Informações – SEI. Unidades Gestoras relacionadas à Unidade Jurisdicionada Nome Gestões relacionadas à Unidade Jurisdicionada Código SIAFI Nome Relacionamento entre Unidades Gestoras e Gestões Código SIAFI da Unidade Gestora Código SIAFI da Gestão Código SIAFI - 2. OBJETIVOS E METAS DA UNIDADE DE INTELIGÊNCIA FINANCEIRA BRASILEIRA A UIF brasileira, criada pela Lei nº 9.613/1998, tem a missão de “prevenir a utilização dos setores econômicos para a lavagem de dinheiro e financiamento do terrorismo, promovendo a cooperação e o intercâmbio de informações entre os Setores Público e Privado” visando “ser um órgão de estado moderno, eficiente e eficaz, com pessoal qualificado e bem treinado, utilizando tecnologia de ponta”. As atribuições do COAF incluem atividades de inteligência financeira, bem como regulação e supervisão de setores econômicos. O COAF adota como princípios básicos de gestão a transparência, a conduta ética, a criatividade, o sigilo, a responsabilidade e credibilidade, desenvolvendo suas atividades com o espírito cooperativo do seu corpo funcional. Em consonância com as mudanças inseridas no PPA 2008-2011 e em continuidade ao desenvolvimento da gestão 9 COAF/MF – RELATÓRIO DE GESTÃO 2010 institucional do COAF para o exercício de 2011, o Planejamento Estratégico de Longo Prazo contempla os objetivos estratégicos permanentes listados abaixo: Produzir Inteligência Financeira de modo eficiente e eficaz; Supervisionar e Regular os Segmentos Econômicos de modo eficiente e eficaz; Utilizar Tecnologia da Informação eficiente e eficaz; Gerir a Instituição de forma impessoal, transparente e desburocratizada; Gerir Pessoas assegurando oportunidade profissional e liberdade de expressão, com respeito e responsabilidade, em um ambiente pluri-institucional e multidisciplinar; e Desempenhar papel ativo e cooperativo no plano internacional. 2.1 Responsabilidades Institucionais De acordo com as normas relacionadas à criação, estrutura orgânica e regimento interno, o COAF é uma Unidade de Inteligência Financeira – UIF, do tipo administrativo, vinculada ao Ministério da Fazenda, com a finalidade de disciplinar, aplicar penas administrativas, receber, examinar e identificar as ocorrências suspeitas de atividades ilícitas previstas na Lei nº 9.613/1998 e comunicá-las às autoridades competentes para a instauração dos procedimentos cabíveis, quando concluir pela existência de crimes de ―lavagem‖ ou ocultação de bens, direitos e valores, de fundados indícios de sua prática, ou de qualquer outro ilícito. O espectro de atividades desenvolvidas pela UIF do Brasil envolve também a coordenação e proposição de mecanismos de cooperação e de troca de informações que viabilizem ações tempestivas e eficientes para o combate à ocultação ou dissimulação de bens, direitos e valores. Nesse sentido, incluem-se ações de cooperação internacional relacionadas ao combate à ―lavagem‖ de dinheiro, aos crimes de tráfico de entorpecentes, à corrupção, ao terrorismo e seu financiamento, ao contrabando ou tráfico de armas e materiais voltados à sua produção, dentre outros. O cruzamento de informações dos órgãos reguladores e fiscalizadores do Sistema Financeiro Nacional, captadas e gerenciadas pelo Banco Central do Brasil – BCB, Comissão de Valores Mobiliários – CVM, Superintendência de Seguros Privados – SUSEP, Secretaria da Receita Federal do Brasil – SRFB e Superintendência Nacional de Previdência Complementar – PREVIC demandam, além de recursos tecnológicos em constante desenvolvimento, intensa articulação institucional junto aos referidos órgãos do Ministério da Fazenda e Ministério da Previdência Social, assim como junto àqueles relacionados ao processo de investigação e repressão, dentre os quais o Ministério Público, a Agência Brasileira de Inteligência – ABIN, o Departamento de Polícia Federal e as Polícias Estaduais, bem como a Controladoria-Geral da União, o Tribunal de Contas da União e o Poder Judiciário. Por determinação legal, os Conselheiros do COAF são servidores públicos de reputação ilibada e reconhecida competência, designados por ato do Ministro da Fazenda dentre os integrantes do quadro de pessoal efetivo do Banco Central do Brasil, da Comissão de Valores Mobiliários, da Superintendência de Seguros Privados, da Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional, da Secretaria da Receita Federal do Brasil, da Agência Brasileira de Inteligência, do Departamento de Polícia Federal, da Controladoria-Geral da União, e dos Ministérios das Relações Exteriores, da Justiça e da Previdência Social, nestes seis últimos casos, atendendo a indicação dos respectivos Ministros de Estado. O Presidente do COAF é nomeado pelo Presidente da República, por indicação do Ministro da Fazenda. 10 COAF/MF – RELATÓRIO DE GESTÃO 2010 Apesar do nome, não constitui atribuição legal do COAF controlar a ampla gama de atividades financeiras que acontecem diariamente no Brasil, nem receber ou analisar contratos e tampouco acessar às contas ou investimentos dos cidadãos. É um órgão eminentemente de prevenção e não de repressão, atuando como auxiliar das autoridades responsáveis pela persecução criminal. O COAF, portanto, não detém poderes de investigação. Os relatórios produzidos pelo COAF, denominados Relatórios de Inteligência Financeira – RIF, contêm informações de inteligência, são protegidos por sigilo, inclusive bancário, e têm como destinatários autoridades de persecução criminal, as quais adotarão os procedimentos que julgarem cabíveis, dentro de suas respectivas competências. A violação do sigilo desses relatórios, além de constituir crime, causa transtornos às entidades obrigadas por lei a fornecer informações ao COAF, às próprias autoridades de persecução criminal e, em última análise, ao sistema de prevenção à lavagem de dinheiro como um todo. O COAF possui, adicionalmente às atribuições já descritas, a competência para regulamentar e penalizar as pessoas mencionadas no art. 9º da Lei nº 9.613, para as quais não exista órgão fiscalizador ou regulador próprio, entre as quais estão as empresas atuantes nos segmentos de fomento mercantil (factoring), comércio de obras de arte, antiguidades, joias e metais preciosos, sorteios e cartões de crédito não bancários. Nesses casos, compete-lhe a definição das pessoas abrangidas e dos meios e critérios para envio de comunicações ao COAF, a expedição das instruções para a identificação de clientes e manutenção de registros de transações, assim como a aplicação das sanções enumeradas no art. 12 da mencionada Lei. 2.2 Estratégia de atuação frente às responsabilidades institucionais As competências e atribuições do COAF estão estruturadas em processos de trabalho e são desenvolvidos por sua Secretaria Executiva e pela Diretoria de Análise e Fiscalização, que realizam os trabalhos operacionais do Conselho. Seu quadro de profissionais é composto por servidores de diversas carreiras de Estado, entre servidores do próprio MF, servidores cedidos, além de conveniados oriundos do Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal em capacitação no COAF por período determinado. As características estruturais do Órgão e o Sistema de Informações do COAF - SISCOAF permitem grande agilidade de resposta e flexibilidade no intercâmbio de informações com autoridades brasileiras e estrangeiras. Os resultados podem ser observados pelo considerável aumento do número de comunicações recebidas dos setores obrigados, pelo expressivo incremento das estatísticas de intercâmbios de informações realizados e de Relatórios de Inteligência Financeira produzidos e encaminhados às autoridades competentes. O crescimento do número de registros da base de dados pelo ingresso diário médio de mais de 4.000 comunicações de operações financeiras oriundas dos diversos setores econômicos reflete a crescente participação do COAF na produção de informações de inteligência financeira para as autoridades de persecução criminal, bem como seus esforços de sensibilização e conscientização dos segmentos da economia obrigados a comunicar. A melhoria da qualidade do produto entregue pelo COAF às autoridades resulta da integração de novas bases de dados para consulta, do aperfeiçoamento constante do seu sistema de informações, o SISCOAF, do investimento na qualificação da equipe de profissionais em exercício no Órgão e da importância atribuída à cooperação com os demais órgãos de governo nacionais, com 11 COAF/MF – RELATÓRIO DE GESTÃO 2010 UIFs de outros países e com organismos internacionais envolvidos na luta contra a lavagem de dinheiro e o financiamento do terrorismo. O Brasil é membro pleno dos três principais grupos internacionais que tratam da prevenção e combate à lavagem de dinheiro e ao financiamento do terrorismo, nomeadamente, desde 1999, do Grupo de Ação Financeira contra a Lavagem de Dinheiro e o Financiamento do Terrorismo (GAFI/FATF) e do Grupo de Egmont de Unidades de Inteligência Financeira (Grupo de Egmont) e, desde 2000, do Grupo de Ação Financeira da América do Sul contra a Lavagem de Dinheiro e o Financiamento do Terrorismo (GAFISUD). Ao se tornar membro, o Brasil assumiu diversos compromissos políticos frente a esses grupos, dentre os quais contribuir anualmente para os respectivos orçamentos de cada instituição. Essas contribuições foram pagas rigorosamente em dia desde a entrada do Brasil como membro dos organismos, por meio dos recursos do orçamento destinado ao COAF (representante brasileiro nesses foros), que eram repassados ao Ministério das Relações Exteriores para que fizesse os pagamentos. A partir de 2009, o Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão (MPOG) passou a ser o responsável pela realização dos pagamentos às organizações internacionais (sujeitos de Direito Internacional Público). O COAF encaminhou ao MPOG todos os documentos e informações disponíveis sobre a existência, constituição, estrutura, funcionamento, direitos e deveres daqueles grupos internacionais e seus membros, com vistas a que fossem feitos os pagamentos. Adicionalmente, em 2010, o COAF realizou várias tratativas com vistas a sanar as dúvidas e possibilitar a realização das contribuições. Por recomendação do MPOG, o COAF realizou ainda consultas à Consultoria Jurídica do Ministério das Relações Exteriores (CONJUR/MRE), que concluiu que nenhum dos três grupos (GAFI/FATF, GAFISUD e Grupo de Egmont) classifica-se formalmente como uma Organização Internacional, sujeito de direito internacional público. Com vistas a garantir que fossem honrados os compromissos assumidos pelo COAF na seara internacional, o MPOG realizou, em 2010, o empenho dos valores constantes nas ações 008F – Contribuição ao Grupo de Egmont (MF), no valor de R$ 37.439,00 e 0366 – Contribuição ao Grupo de Ação Financeira da América do Sul contra a Lavagem de Dinheiro e o Financiamento do Terrorismo – GAFISUD (MF), no valor R$ 57.346,00, ambos no Programa 0910 – Gestão da Participação em Organismos Internacionais. No que diz respeito ao GAFI/FATF, a necessidade apontada pelo MPOG de ajustes na ação existente impossibilitou o empenho de valores no exercício. Para 2011, o MPOG destinou recursos na Lei Orçamentária Anual para as ações supracitadas e também para a ação 0368 – Contribuição ao Grupo de Ação Financeira contra a Lavagem de Dinheiro e o Financiamento do Terrorismo – GAFI/FATF (MF), no Programa 0910. Adicionalmente, o COAF acolheu recomendação do MPOG no sentido de formular consulta à PGFN, para que essa Procuradoria manifeste-se sobre as medidas necessárias à efetivação do pagamento das contribuições aos citados grupos. 12 COAF/MF – RELATÓRIO DE GESTÃO 2010 2.2.1 Ações de Gestão Estratégica No ambiente interno, o COAF privilegiou a evolução dos processos de trabalho, o intenso uso de tecnologia, a implementação de ferramentas de controle e mitigação de riscos, a qualificação de seu corpo funcional e, em especial, a cooperação interinstitucional com órgãos supervisores e entidades representativas dos diversos segmentos obrigados, que inclui a oferta de treinamentos a entidades públicas e privadas, a atualização e adequação dos normativos, a disseminação de melhores práticas, a modernização dos processos de comunicação e a disponibilização de informações de retorno (feedback) aos setores econômicos regulados. Na atividade de regulação dos setores econômicos previstos na Lei nº 9.613/1998 que não estão sujeitos a órgão regulador próprio, 2010 foi dedicado a uma ampla revisão de todas as normas em vigor. O COAF tem intensificado a integração com órgãos supervisores e entidades representativas de diversos segmentos, tais como: Comissão de Valores Mobiliários - CVM, Superintendência Nacional de Previdência Complementar – PREVIC, Superintendência de Seguros Privados SUSEP, Conselho Federal de Corretores de Imóveis - COFECI, Associação Brasileira das Empresas de Cartões de Crédito e Serviços - ABECS, Associação Brasileira das Entidades Fechadas de Previdência Privada – ABRAPP, Federação Brasileira de Bancos – FEBRABAN, dentre outros, com a finalidade de prevenir a utilização desses setores para a lavagem de dinheiro e financiamento do terrorismo. No ambiente externo, no âmbito da representação brasileira em organismos internacionais de PLD/FT, o COAF participou ativamente das atividades desses organismos. Nesse contexto, cabe destacar as ações implementadas no âmbito do Grupo de Ação Financeira contra a Lavagem de Dinheiro e o Financiamento do Terrorismo (GAFI/FATF), principalmente aquelas voltadas para a coordenação do processo de Avaliação Mútua do Brasil realizado por aquela organização. De acordo com o Relatório Final de Avaliação Mútua do Brasil aprovado na Sessão Plenária do GAFI/FATF de junho de 2010, a tipificação do crime de lavagem de dinheiro no Brasil está, em grande parte, em conformidade com os padrões internacionais, mas o crime de financiamento do terrorismo ainda carece de ajustes jurídicos importantes para que essa modalidade também esteja de acordo com aqueles padrões. No entanto, foi ressaltada a necessidade urgente de se aprovar o Projeto de Lei n.º 3443/2008 que corrigirá importantes deficiências jurídicas do sistema brasileiro ALD/CFT, tais como a extinção da lista de crimes precedentes da lavagem de dinheiro, a ampliação do rol de sujeitos obrigados e a tipificação do financiamento do terrorismo como delito autônomo. ] Além disso, dado o tamanho e a complexidade do Brasil além da sofisticação de seu sistema financeiro, o GAFI entende que o País precisa ainda incrementar a efetividade do sistema PLD/FT, considerada baixa pelo GAFI, quando esse verificou o baixo número de condenações definitivas no País por lavagem de dinheiro ou financiamento do terrorismo. O GAFI considerou que o Brasil possui mecanismos eficazes para facilitar as políticas e ações de cooperação em nível nacional, quer seja no aspecto operacional com articulação feita pelo COAF tanto com o mercado quanto com as autoridades de investigação, refletida no incremento no número de casos recebidos, analisados e encaminhados pelo COAF e também do número de intercâmbios de informação com as mais diversas autoridades, quer seja no aspecto estratégico por meio da ENCCLA. 13 COAF/MF – RELATÓRIO DE GESTÃO 2010 Foi também observado que no Brasil são aplicadas de forma abrangente as medidas preventivas a todas as instituições financeiras e algumas não financeiras, sendo que outras não financeiras ainda precisam ser incluídas no rol de sujeitos obrigados pela Lei. Nesse aspecto, verificou-se que o nível de aplicação das medidas preventivas é mais alto no setor financeiro que no não financeiro e que há deficiências quanto à supervisão feita pelo COAF às entidades não financeiras. Na parte do Relatório que diz respeito especificamente ao COAF, o GAFI considera que o órgão desempenha efetivamente suas funções de UIF, opinião expressada, durante a avaliação, pelas autoridades investigativas e judiciais brasileiras em função do alto nível de satisfação com os relatórios elaborados pelo COAF e enviados àquelas autoridades. Foi ressaltado que a qualidade técnica das análises do COAF é muito alta, seus relatórios são bastante úteis, e que é um órgão extremamente acessível e capaz de fornecer total auxílio às investigações e persecuções penais. O Relatório destaca a necessidade urgente de alocação de recursos para que o COAF consiga desempenhar suficientemente suas funções de supervisor. Além disso, para que o COAF tenha fortalecida a sua competência para receber, analisar e disseminar relatórios sobre possíveis casos de financiamento do terrorismo, é importante que essa conduta seja criminalizada de forma imediata no ordenamento jurídico brasileiro. Nesse contexto, em 2011, as ações prioritárias de PLD/FT no COAF, do ponto de vista estratégico, estarão concentradas no tratamento das deficiências apontadas na Avaliação do GAFI/FATF. 2.2.2 Gestão compartilhada da Política de Combate à Lavagem de Dinheiro O COAF tem contribuído ativamente para o efetivo cumprimento das ações da Estratégia Nacional de Combate à Corrupção e à Lavagem de Dinheiro – ENCCLA, quer seja no apoio às ações institucionais, quer seja na produção de conhecimento de inteligência financeira. Dois temas macro orientaram a atuação das instituições envolvidas na ENCCLA 2010: ‖improbidade administrativa‖ e ―lavagem de dinheiro por meio do comércio‖. Como temas específicos foram definidos ―métodos e procedimentos de identificação e investigação‖ assinado aos Grupos Jurídico e de Tecnologia da Informação, e ―matriz de risco‖, endereçado ao Grupo Operacional e Estratégico. As contribuições do COAF para a ENCCLA 2010 envolveram ações no âmbito do Grupo Jurídico e Operacional e Estratégico, enumeradas a seguir: Grupo Jurídico: Analisar os projetos de lei que tratam sobre bingos e jogos eletrônicos (o COAF atua como coordenador da ação); Elaborar proposta de tipos penais ainda não existentes no ordenamento jurídico brasileiro, a fim de atender aos Tratados e Convenções já internalizados; Retomar a análise do anteprojeto de Extinção de Domínio; Analisar a regulamentação do fluxo financeiro envolvendo instituições offshore; Acompanhar a análise da Lei nº 7.170/1983 a fim de verificar a adequação às Recomendações do GAFI; Acompanhar a tramitação de projetos de lei existentes sobre a Lei Complementar nº 105/2001. 14 COAF/MF – RELATÓRIO DE GESTÃO 2010 Grupo Operacional e Estratégico: Compilar as políticas públicas de combate à corrupção à lavagem de dinheiro, desenvolvidas no âmbito ou em decorrência da ENCCLA; e Analisar a atuação de milícias nos estados na prática de corrupção e de lavagem de dinheiro dela decorrente. A oitava edição anual da ENCCLA foi realizada em Florianópolis entre os dias 23 e 26 de novembro de 2010, momento em que se definiu ações e recomendações que as autoridades competentes deverão priorizar em 2011 na luta contra a criminalidade organizada. As ações nas quais está prevista a participação do COAF como coordenador ou colaborador são as seguintes: COAF como coordenador: Aprimorar as normas dos órgãos supervisores do sistema nacional de prevenção e combate à lavagem de dinheiro, relativamente à exigência de procedimentos de ―conheça seu cliente‖ por parte de seus supervisionados. COAF como colaborador: Implementar mecanismos de levantamento de dados e estatísticas nos órgãos relacionados ao combate à corrupção, à improbidade administrativa e à lavagem de dinheiro, inclusive de recuperação de ativos existentes, com vistas à futura integração; Desenvolver mecanismos para realizar o bloqueio de ativos por financiamento do terrorismo, em cumprimento às resoluções do Conselho de Segurança da ONU, especialmente as Resoluções 1267, 1373 e 1452; Acompanhar e analisar, para eventual propositura de substitutivo ou de emendas, a tramitação de Projetos de Lei e Anteprojetos, sem prejuízo de outros projetos definidos pelo GCI; Atuar junto ao Congresso para aprovação dos seguintes Projetos de Lei: PL 3433/08 (Nova lei de combate à lavagem de dinheiro) PL 6578/2009 (Organização Criminosa) Mapear e divulgar, por intermédio da WICCLA – ferramenta wiki da ENCCLA, as iniciativas de Gerenciamento de Riscos de Corrupção existentes nos órgãos e entidades públicas participantes da ENCCLA. Aprimorar a supervisão no que tange aos controles internos e auditoria interna dos setores regulados; e Elaborar estatística integrada das atividades de supervisão dos setores regulados. Grande parte das ações a serem desenvolvidas em 2011 foi estabelecida com base nas conclusões do Relatório Final da Avaliação Mútua do Brasil levada a cabo pelo GAFI em 2009 e 2010. Nessa linha, será prioridade a atuação dos membros da ENCCLA no sentido de agilizar a aprovação de Projetos de Lei relacionados ao combate à lavagem de dinheiro e à corrupção, principalmente o PL nº 3.443/2008, que moderniza a Lei nº 9.613/98, e o PL nº 6.578/2009, que aperfeiçoa os instrumentos de luta contra o crime organizado. 15 COAF/MF – RELATÓRIO DE GESTÃO 2010 2.2.3 Órgãos Colegiados O COAF, na qualidade de órgão de inteligência, é membro do Sistema Brasileiro de Inteligência – SISBIN e participa dos seguintes órgãos colegiados: Conselho Consultivo do SISBIN – CONSISBIN; Conselho Nacional de Políticas sobre Drogas – CONAD; Conselho Nacional de Combate à Pirataria e Delitos contra a Propriedade Intelectual – CNPC; Gabinete de Gestão Integrada de Prevenção e Combate à Corrupção e à Lavagem de Dinheiro – GGI-LD; Grupo de Gestão Integrada sobre Segurança no Estado de São Paulo – GGI-SP; e Sistema Integrado de Segurança Pública - SISP. 2.2.4 Acordos de Cooperação Técnica e Convênios Um dos eixos de sustentação da atividade de inteligência financeira é a ampliação das bases de dados e o intercâmbio de informações entre os diversos componentes do sistema de Prevenção à Lavagem de Dinheiro e ao Financiamento do Terrorismo. Para isso, o COAF firmou acordos de cooperação técnica com as seguintes instituições: Polícia Civil do Estado de Santa Catarina; e Polícia Civil do Estado de Minas Gerais. Ao longo de 2010, foram conduzidas negociações com diferentes instituições de governo com vistas a fomentar o intercâmbio de informações e viabilizar o acesso a bases de dados relevantes: Departamento Nacional de Registro Comercial – DNRC/MDIC; Tribunal Superior Eleitoral – TSE Departamento de Polícia Federal – DPF; Banco Central do Brasil; e Polícias Civis dos Estados do Acre, Maranhão, Mato Grosso do Sul, Sergipe e Rondônia. 2.2.5 Cursos Oferecidos, Palestras, Seminários e Reuniões Operacionais Na vertente de capacitação oferecida, o COAF participou ativamente em treinamentos sobre PLD/FT destinados a atores dos setores público e privado. As capacitações oferecidas, em parte foram de iniciativa própria, e em parte foram realizadas por meio do Programa Nacional de Capacitação e Treinamento para o Combate à Corrupção e à Lavagem de Dinheiro – PNLD do Ministério da Justiça, da Escola de Inteligência da Agência Brasileira de Inteligência - EsInt/ABIN e da Escola Superior de Guerra do Exército Brasileiro. O COAF contribuiu para a disseminação de técnicas de análise financeira e de supervisão em matéria de PLD/FT junto ao Judiciário, ministérios públicos, polícias judiciárias, órgãos reguladores e também entre instituições financeiras. A Tabela I – Capacitações Oferecidas em 2010 – Inteligência Financeira e Supervisão encontra-se no Anexo 2 deste Relatório. 16 COAF/MF – RELATÓRIO DE GESTÃO 2010 2.2.6 Estrutura Orgânica O COAF vem desenvolvendo ações continuadas há mais de cinco anos, conforme Relatórios de Gestão de exercícios anteriores, voltadas à reorganização de sua estrutura orgânica. No entanto, mudanças em sua estrutura ainda não foram realizadas. Atualmente, a estrutura organizacional do COAF está regulamentada pelo Decreto nº 7.050, de 23/12/2009, conforme Tabela II – Estrutura Organizacional do COAF em 2010. Tabela II – Estrutura Organizacional do COAF em 2010 UNIDADE/SUBUNIDADE CONSELHO DE CONTROLE DE ATIVIDADES FINANCEIRAS Gabinete Divisão Serviço Secretaria Executiva Diretoria de Análise e Fiscalização Coordenação-Geral de Análise Coordenação Coordenação-Geral de Fiscalização Coordenação fonte: CARGO/FUNÇÃO (quantidade) DENOMINAÇÃO CARGO/FUNÇÃO DAS/FG 1 Presidente 101.6 1 1 1 2 2 1 9 1 1 1 2 1 2 5 1 Assessor Técnico Assistente Chefe Chefe Chefe Secretário-Executivo Assessor Assessor Técnico Diretor Coordenador-Geral Coordenador Coordenador-Geral Coordenador 102.3 102.2 101.4 101.2 101.1 101.5 102.4 102.3 101.5 101.4 101.3 101.4 101.3 FG-1 FG-2 Secretaria-Executiva/COAF Convênios para capacitação firmados com o Banco do Brasil S.A e a Caixa Econômica Federal – CEF têm permitido que funcionários dessas instituições financeiras oficiais recebam treinamento “in loco” no COAF por um ano, renovável por igual período. Tal iniciativa traz benefícios para ambos os convenentes à medida que o empregado, ao deixar o Órgão, retornará à área de origem com a experiência de examinar, sob a ótica da Unidade de Inteligência Financeira, as comunicações de operações suspeitas efetuadas pela instituição financeira da qual faz parte, proporcionando o aumento da qualidade das informações prestadas ao COAF na forma da Lei. Em 31 de dezembro de 2010, a força de trabalho do COAF perfazia 49 pessoas, sendo 37 servidores, 6 empregados de instituições financeiras públicas em programas de capacitação mediante convênios, 5 terceirizados em funções de apoio administrativo e um estagiário de nível superior. Um time formado por servidores do próprio Ministério da Fazenda (carreiras de Finanças e Controle da Secretaria do Tesouro Nacional, de Auditor Fiscal da Receita Federal do Brasil e do Plano Especial de Cargos do Ministério da Fazenda – PECFAZ) e por servidores oriundos de outros órgãos e entidades públicos, como Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social, Advocacia-Geral da União, Banco Central do Brasil, Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, Departamento de Polícia Federal, Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, 17 COAF/MF – RELATÓRIO DE GESTÃO 2010 Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão, Controladoria-Geral da União, Serviço Federal de Processamento de Dados, Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal. O COAF continua realizando gestões junto às autoridades competentes visando ampliar seu quadro funcional para viabilizar o adequado tratamento do crescente volume de informações disponibilizadas, ademais da considerável expansão das solicitações de cooperação técnica acolhidas pelo Órgão, tanto de instituições nacionais quanto estrangeiras. Como resultado das iniciativas para reforço de sua equipe técnica, no ano passado o COAF recebeu quatro novos servidores, dois deles oriundos da carreira PECFAZ e os demais incorporados à equipe ao amparo da Lei nº 8.878/94, na qualidade de anistiados. Portanto, a equipe de trabalho do COAF reflete o caráter multidisciplinar das competências essenciais para o exercício de suas atividades. Esse modelo, que estimula o exercício das competências individuais em torno dos objetivos institucionais, reflete-se nos resultados operacionais alcançados. Quadro II - Composição do Quadro de Recursos Humanos – Situação apurada em 31/12/2010 Lotação Autorizada Efetiva Ingressos em 2010 2 2 2 - - - - - 9 (*) 9 (*) 5 (*) 2 (*) - - - - 6 6 - - 3 3 - - 12 4 1 12 4 1 2 - 2 - 6 6 1 - - - - - 43 43 9 4 Tipologias dos Cargos 1 Provimento de cargo efetivo 1.1 Membros de poder e agentes políticos 1.2 Servidores de Carreira 1.2.1 Servidor de carreira vinculada ao órgão 1.2.2 Servidor de carreira em exercício descentralizado 1.2.3 Servidor de carreira em exercício provisório 1.2.4 Servidor requisitado de outros órgãos e esferas 1.3 Servidores com Contratos Temporários 1.4 Servidores Cedidos ou em Licença 1.4.1 Cedidos 1.4.2 Removidos 1.4.3 Licença remunerada 1.4.4 Licença não remunerada 2 Provimento de cargo em comissão 2.1 Cargos Natureza Especial 2.2 Grupo Direção e Assessoramento superior 2.2.1 Servidor de carreira vinculada ao órgão 2.2.2 Servidor de carreira em exercício descentralizado 2.2.3 Servidor de outros órgãos e esferas 2.2.4 Sem vínculo 2.2.5 Aposentado 2.3 Funções gratificadas 2.3.1 Servidor de carreira vinculada ao órgão 2.3.2 Servidor de carreira em exercício descentralizado 2.3.3 Servidor de outros órgãos e esferas 3 Total fonte: Secretaria Executiva/COAF Egressos em 2010 (*) Inclui funcionários do Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal em treinamento no COAF, no âmbito de Convênios de Cooperação. 18 COAF/MF – RELATÓRIO DE GESTÃO 2010 Quadro III - Composição do Quadro de Recursos Humanos por Faixa Etária – Situação apurada em 31/12/2010 Faixa Etária (anos) Tipologias do Cargo Até 30 1. Provimento de cargo efetivo 1.1. Membros de poder e agentes políticos 1.2. Servidores de Carreira 1.3. Servidores com Contratos Temporários 1.4. Servidores Cedidos ou em Licença 2. Provimento de cargo em comissão 2.1. Cargos de Natureza Especial 2.2. Grupo Direção e Assessoramento Superior 2.3. Funções gratificadas fonte: Secretaria Executiva/COAF De 31 a 40 De 41 a 50 De 51 a 60 Acima de 60 1 - 3 - 3 - 4 - - 4 - 4 1 13 3 4 2 1 - Quadro IV - Composição do Quadro de Recursos Humanos por Nível de Escolaridade – Situação apurada em 31/12/2010 Nível de Escolaridade Tipologias do Cargo 1 2 3 4 5 6 7 8 9 1. Provimento de cargo efetivo 1.1. Membros de poder e agentes políticos 1.2. Servidores de Carreira 2 4 5 1.3. Servidores com Contratos Temporários 1.4. Servidores Cedidos ou em Licença 2. Provimento de cargo em comissão 2.1. Cargos de Natureza Especial 2.2. Grupo Direção e Assessoramento 4 6 16 Superior 2.3. Funções gratificadas 4 2 LEGENDA Nível de Escolaridade 1 - Analfabeto; 2 - Alfabetizado sem cursos regulares; 3 - Primeiro grau incompleto; 4 - Primeiro grau; 5 - Segundo grau ou técnico; 6 - Superior; 7 - Aperfeiçoamento / Especialização / Pós-Graduação; 8 – Mestrado; 9 - Doutorado; 10 - Não Classificada. fonte: Secretaria Executiva/COAF Quadro V - Composição do Quadro de Estagiários Nível de escolaridade Quantitativo de contratos de estágio vigentes 1º Trimestre 2º Trimestre Nível superior Área Fim 1 Área Meio Nível Médio Área Fim Área Meio fonte: Secretaria Executiva/COAF e Siafi Custo do exercício (Valores em R$ 1,00) 3º Trimestre 4º Trimestre 1 - 1 - 1 - 7.746 - - - - - 19 COAF/MF – RELATÓRIO DE GESTÃO 2010 2.3 Programa 1164 – Prevenção e Combate à Lavagem de Dinheiro O programa 1164 é coordenado pelo Ministério da Justiça e está sob a responsabilidade do Departamento de Recuperação de Ativos e Cooperação Jurídica Internacional – DRCI, da Secretaria Nacional de Justiça. O DRCI faz a gestão multissetorial do programa junto ao COAF, órgão do Ministério da Fazenda. Tabela III – Descrição do Programa 1164 Tipo de Programa Objetivo de Governo Apoio às Políticas Públicas e Áreas Especiais Promover um ambiente social pacífico e garantir a integridade dos cidadãos Objetivo Setorial Fortalecer e integrar as instituições de segurança pública e justiça Objetivo Geral Cortar o fluxo financeiro que mantém as organizações criminosas Público-alvo Indicadores do Programa Autoridades públicas de investigação, Ministério Público e Poder Judiciário Índice de Bloqueio de Contas no Exterior Fonte: Departamento de Recuperação de Ativos e Cooperação Jurídica Internacional/SNJ Valor de Ativos Preservados Fonte: Sistema de Alienação Eletrônica (Leilão.ENCCLA.GOV) fonte: SIGPLAN O programa visa cortar o fluxo financeiro que mantém as organizações criminosas e impedir a compensação financeira da atividade criminosa organizada, reduzindo o estímulo à formação e manutenção de organizações criminosas, no intuito de diminuir as ocorrências de crimes antecedentes como corrupção, tráfico de drogas e armas, entre outros. As Ações 4946 e 8959, sob a responsabilidade do COAF, estão inseridas em um programa do tipo apoio às políticas públicas. Contudo, a referida ação possui características diferenciadas daquelas relacionadas ao suporte da gestão de políticas públicas, ou seja, é possível estabelecer metas físicas que podem ser medidas por unidade de produtos gerados ou de serviços prestados como resultado, de modo que o Órgão vem, desde 2007, construindo indicadores de produção para as ações, refletindo-se no estabelecimento de produtos mensuráveis e compatíveis com a missão institucional. 2.3.1 Ação 4946 – Inteligência Financeira para a Prevenção da Lavagem de Dinheiro e do Financiamento do Terrorismo Tabela IV – Descrição da Ação 4946 Tipo de Ação Finalidade Ação Orçamentária Aplicar a inteligência financeira na prevenção à lavagem de dinheiro e ao financiamento do terrorismo nos setores econômicos. 20 COAF/MF – RELATÓRIO DE GESTÃO 2010 Descrição Recebimento, registro e processamento das comunicações de operações suspeitas ou de natureza automáticas, realizadas pelas pessoas obrigadas pela Lei nº. 9.613/1998; análise das comunicações recebidas, levando em consideração informações disponíveis com o objetivo de identificar situações que ensejem a elaboração de Relatório de Inteligência Financeira; coordenação e proposta de mecanismos de cooperação técnica e troca de informações que viabilizem a rápida e eficiente análise das comunicações; requisição aos órgãos da Administração Pública das informações necessárias às análises das comunicações; obtenção ou aquisição de informação de entidades privadas que auxiliem na análise das comunicações recebidas; disseminação dos Relatórios de Inteligência Financeira às autoridades competentes, para instauração de procedimentos cabíveis; solicitação às Unidades de Inteligência Financeira estrangeiras informações necessárias à análise das comunicações. Unidade Responsável Conselho de Controle de Atividades Financeiras – COAF Coordenador da Ação Marcelo Silva Pontes Área responsável pelo gerenciamento Secretaria Executiva Produto Fórmula de cálculo do Produto Caso examinado O indicador é composto da soma de dois produtos: (a) a quantidade de casos analisados ex officio (a partir das comunicações de operações recebidas pelo COAF dos diversos segmentos econômicos) ou mediante proposição de autoridade competente; (b) a quantidade de Intercâmbios de Informação analisados a partir do uso, pelas autoridades competentes, do Sistema Eletrônico de Intercâmbio do COAF. fonte: SIGPLAN Inteligência Financeira Cabe à Diretoria de Inteligência a função de receber, analisar e disseminar as informações de interesse dessas autoridades. Nos últimos anos, a unidade dedicou-se ao fortalecimento das ferramentas e dos processos de trabalho, à consolidação dos conceitos de gestão baseados no grau de exposição ao risco e às inovações nas soluções de Tecnologia da Informação, com o objetivo de melhorar qualitativamente o seu desempenho operacional. Neste sentido, em 2010 foram revisadas as normas internas, processos de trabalho e adequados os relatórios de inteligência às necessidades dos usuários dos conhecimentos produzidos, bem como modernizado o Sistema Eletrônico de Intercâmbio – SEI que permite a troca de informações com as autoridades competentes de forma ágil e confiável, preservadas as condições de sigilo inerentes à matéria. Como resultado do esforço institucional, observa-se um incremento qualitativo na produção de Relatórios de Inteligência Financeira – RIF, o que materializa o fortalecimento sustentado da atividade de inteligência financeira para o País, assim como o engajamento dos órgãos supervisores e seus respectivos setores obrigados na melhoria dos seus instrumentos de controle e prevenção à lavagem de dinheiro. Essa estratégia de melhoria contínua dos mecanismos de prevenção à lavagem de dinheiro deve ser mantida para os próximos anos como pilar fundamental para a consolidação da inteligência financeira como instrumento de apoio ao combate do crime organizado. 21 COAF/MF – RELATÓRIO DE GESTÃO 2010 Figura I - Estrutura Orgânica da Inteligência Financeira no Brasil Lei nº 9.613/98 Tipificação da Lavagem de dinheiro Criação do COAF Prevenção à utilização indevida dos setores econômicos legítimos contra a lavagem de dinheiro. Princípios da devida diligência, conheça o seu cliente, conheça o seu empregado e controles internos Lista de crimes antecedentes Obrigação de manter cadastro, registrar e comunicar as operações suspeitas FUNÇÕES Inteligência Financeira Receber Regulação e Supervisão Regular setores econômicos Analisar Disseminar Aplicar penas administrativas Processo de Trabalho da Inteligência Financeira O COAF instituiu um sólido processo de trabalho, baseado nos princípios de gestão de riscos, governança corporativa e forte investimento em pessoas e sistemas. Neste processo, as comunicações recebidas são integralmente analisadas, seja por regras de inteligência de sistema, seja individualmente pelos analistas, obedecidas regras de segregação de competências, de distribuição aleatória e de conformidade. A atividade de inteligência financeira, estruturada sobre forte plataforma tecnológica, o Sistema de Informações do COAF – SISCOAF, recebe, integra e trata diversas bases de dados, contando, ainda, com outras modernas ferramentas de análise de dados, tais como I2 - Analyst Notebook e Visualinks. Dentre as fontes de informações utilizadas pelo COAF, pode-se citar: Rede Infoseg (base de inquéritos), Cadastro de Pessoas Físicas - CPF, Cadastro Nacional de Pessoas Jurídicas – CNPJ, Declaração de Operações Imobiliárias - DOI, Sistema Integrado de Administração de Recursos Humanos – SIAPE, Sistema de Informações Rurais – SIR, Cadastro Nacional de Informações Sociais - CNIS, Cadastro Nacional de Empresas – CNE, Análise das Informações de Comércio Exterior - Alice Web, Base de Grandes Devedores da União, Bases do TSE, Declaração de Porte de Valores – e-DPV, dentre outras. Todas essas bases representam importantes instrumentos na produção de inteligência financeira pelo COAF. Por meio do cruzamento das informações recebidas dos setores obrigados com os dados disponíveis naquelas bases, são detectados sinais de alerta, que propiciam a abertura de pastas virtuais (casos) para aprofundamento da análise e elaboração de Relatórios de Inteligência Financeira – RIF. 22 COAF/MF – RELATÓRIO DE GESTÃO 2010 Tanto na fase de abertura como na fase de elaboração do Relatório de Inteligência Financeira, são levados em conta os atributos de exposição ao risco, materializados e institucionalizados pela Central de Gerenciamento de Riscos e Prioridades - CGRP, instrumento que gerencia o risco de cada caso e hierarquiza, sistemicamente, por ordem decrescente de grau de exposição, a produção dos respectivos Relatórios de Inteligência Financeira. Ao ser concluído, o RIF é submetido às instâncias internas, para avaliação e decisão pelas alçadas adequadas, sendo, ao final, disseminado às autoridades competentes, por meio do Sistema Eletrônico de Intercâmbio - SEI, ou fisicamente, quando for o caso, com as devidas cautelas de segurança, garantindo a proteção da informação. O processo de trabalho, em sua totalidade, é executado eletronicamente no âmbito do SISCOAF, assegurando transparência, impessoalidade, conformidade e decisão pelos adequados níveis de alçada em todas as fases. Figura II - Processo de Trabalho da Inteligência Financeira CONFORMIDADE AMOSTRAL Sim SETORES OBRIGADOS (COS E COE) SEI Não DIFERIR AUTOM.? Sim DIFERIR MANUAL.? DISTRIBUIR ALEATOREAMENTE Não JUDICIÁRIO/CPI MINISTÉRIO PÚBLICO POLÍCIA JUDICIÁRIA ÓRGÃOS DE CONTROLE UIF ABRIR CASO GERENCIAR RISCO DENÚNCIAS MÍDIA FONTES EXTERNAS ENTRADAS DISTRIBUIR ALEATOREAMENTE ANALISAR O CASO Não Sim RETIFICAR CONTEÚDO/ FORMA? Sim APROVAR? Não COMUNICAR RATIFICAR? BASE DE DADOS COMITÊ DIRETOR REALIZAR PESQUISA PRESIDENTE DIFUNDIR DIFUSÃO ANÁLISE PRODUZIR RIF/DECISÃO CONCLUIR ANÁLISE NO COMITÊ Neste processo de trabalho, a análise de ocorrências, fenômenos e comportamentos financeiros, contábeis e patrimoniais tem como foco a prevenção e combate à lavagem de dinheiro e ao financiamento do terrorismo. A construção de conhecimento materializa-se nos Relatórios de Inteligência Financeira – RIF, que agregam, de forma lógica e sistemática, as informações obtidas a partir de dados recebidos de diversas fontes. Também são produzidos conhecimentos de cunho estratégico, os quais são caracterizados pelo uso intensivo de ferramentas tecnológicas de manuseio de banco de dados e de identificação de relacionamentos, pela análise de setores econômicos e suas operações nos mercados nacional e internacional, pela elaboração e registro de tipologias e/ou tendências. 23 COAF/MF – RELATÓRIO DE GESTÃO 2010 Dentre os relatórios dessa natureza, destacam-se, em 2010: ―A Inteligência Financeira e o Sistema Bancário‖; ―A Prevenção e o Combate à Lavagem de Dinheiro com Foco na Corrupção‖; e as ―Melhores Práticas‖. Gestão de Riscos e Prioridades A atividade de inteligência financeira é calcada fortemente no manuseio de grandes volumes de informações, de diversas origens. Nesse contexto, merece destaque no processo de trabalho a utilização de ferramentas de gestão de riscos e a definição de prioridades, em conformidade com as melhores práticas internacionais. De acordo com o GAFI/FATF, a adoção de procedimentos dessa natureza permitem a alocação mais eficiente dos recursos disponíveis à unidade de inteligência financeira, ao direcionálos prioritariamente à análise de situações que apresentem elevado risco de lavagem de dinheiro e/ou financiamento ao terrorismo, os quais passam a receber maior atenção. A análise de riscos deve ser conduzida de forma a determinar onde e em que situações os riscos de lavagem de dinheiro e de financiamento ao terrorismo são mais expressivos, identificando-se as vulnerabilidades (tais como atividades econômicas, perfil de cliente, local de ocorrência, etc.) e as medidas necessárias (e proporcionais) para a tempestiva atuação estatal, seja de forma preventiva, seja de forma a facilitar as investigações necessárias. Onde os riscos identificados são baixos, os controles e procedimentos devem ser simplificados, ou reduzidos, liberando os recursos para atuação onde há maior probabilidade de eventos de interesse. A abertura de casos pressupõe avaliação dos sinais de alerta presentes, por meio da Central de Gerenciamento de Riscos e Prioridades - CGRP, onde são considerados múltiplos atributos de riscos, levando-se em conta aspectos criminais, geográficos, estratégicos, de relação com o setor público, de envolvimento em múltiplas comunicações dos setores obrigados e de prazos. Após a qualificação do caso, a CGRP, automaticamente, estabelecerá o nível de risco, quanto ao seu grau (alto, médio e baixo), ranqueando-o dentre os demais, e definindo a ordem de distribuição aos analistas, também aleatória, para produção do respectivo conhecimento. A ferramenta permite, assim, uma melhor gestão dos casos, desde a abertura, com priorização dos casos que envolvam maior risco, até a definição da ordem de distribuição para análise e envio às autoridades competentes. Figura III - Gerenciamento de Riscos na Inteligência Financeira 24 COAF/MF – RELATÓRIO DE GESTÃO 2010 No início de 2008 (Gráfico I), a CGRP continha 998 casos para serem analisados, destes, 149 considerados de alto risco, enquanto em 2010 havia 135 casos abertos na CGRP, sendo 92 de risco elevado. Gráfico I - Distribuição de Casos por Faixa de Risco fonte: DIRAF/COAF A priorização no fluxo de trabalho é amplamente utilizada através de um conjunto de instrumentos de gerenciamento de riscos, de forma sistêmica, composto pela Central Geral de Riscos e Prioridades - CGRP, análise sistêmica de comunicações recebidas, regras de conformidade (compostas pelas regras de conformidade amostral de comunicações e pelas regras de conformidade do processo de trabalho da inteligência financeira - distribuição aleatória de comunicações), comitê de análise, e regime de alçadas e delegação de competências. Todo o sistema está baseado em critérios e parâmetros objetivamente estabelecidos, e constantemente reavaliados, de forma a conferir transparência e dinamicidade ao processo. A análise sistêmica das comunicações consiste em procedimento analítico em seu tratamento, realizado eletronicamente pelo SISCOAF, segundo regras predefinidas. Tais regras consideram fatos ou fenômenos específicos, considerando o histórico de abertura de casos. A criação de regra de análise sistêmica ou a atualização das existentes pode ocorrer a qualquer tempo, observada a periodicidade anual, respeitadas as premissas de exposição sustentada de motivos, regime de alçadas e delegação de competências e deliberação por detentor de função diretiva do COAF. As comunicações submetidas ao processo de análise sistêmica, quando enquadradas nas regras em vigor, são diferidas1 automaticamente, enquanto que as demais são objeto de análise individualizada. A Conformidade é um conjunto de ações de controle interno, em que é verificada a aderência dos procedimentos adotados às regras em vigor, com o fim de assegurar padrão mínimo 1 Comunicações diferidas são aquelas que são direcionadas ao banco de dados do SISCOAF após análise preliminar, por não apresentarem, em princípio, riscos potenciais de lavagem de dinheiro ou de outros ilícitos. Tais comunicações ficam disponíveis para consultas e/ou cruzamentos de informações posteriores, caso surjam fatos supervenientes que assim justifiquem. 25 COAF/MF – RELATÓRIO DE GESTÃO 2010 de qualidade. Em conseqüência, a conformidade reduz os riscos que seriam ocasionados pelo descumprimento daquelas normas. Regra de Conformidade Amostral de Comunicações é um instrumento eletrônico que tem como função a redistribuição mensal, aleatória, de uma amostra das comunicações diferidas de forma automática e manual, de modo a se aferir a consistência das decisões adotadas. Tal procedimento busca mitigar os riscos no tratamento de comunicações, possibilitando eventuais ajustes nas regras da Análise Sistêmica e/ou a melhoria da metodologia ou da prática das análises individualizadas. As comunicações recebidas dos setores obrigados são distribuídas aleatoriamente, a fim de garantir a impessoalidade e transparência no processo de análise. Regras de Conformidade do processo de trabalho da inteligência financeira são as ações de conformidade aplicadas, de maneira amostral, por meio da reanálise de comunicações, e sobre a totalidade dos casos, pelos Comitês de Análise, mediante as aferições da consistência formal das análises e dos relatórios produzidos. O Regime de alçadas e delegação de competências define as responsabilidades delegadas para a área de inteligência financeira do COAF, segregando as atividades por função institucional e os limites de responsabilidades dos cargos. O Comitê de Análise é um instrumento operacional, de caráter permanente, para o assessoramento na tomada de decisão em casos tratados pela área de inteligência financeira. 2.3.1.1 Desempenho Operacional da Inteligência Financeira A) INDICADORES O indicador definido no Plano Plurianual – PPA 2008-2011, que mensura de modo objetivo a quantidade de casos examinados, é composto pelo somatório de dois produtos que refletem parte do desempenho operacional da inteligência financeira do COAF: número de relatórios de inteligência financeira produzidos e quantidade de intercâmbios eletrônicos realizados com autoridades competentes. B) COMUNICAÇÕES DOS SETORES ECONÔMICOS OBRIGADOS A Lei nº 9.613/1998 define, para os setores econômicos obrigados, o dever de manter cadastros atualizados, de registrar operações e de comunicar ao COAF, quando forem detectadas situações atípicas. No Brasil, a obrigação também se estende a determinadas operações, não necessariamente atípicas, definidas pelos órgãos supervisores como de comunicação automática. Entre 1998 e 2010, o COAF recebeu cerca de 4,3 milhões de comunicações dos setores obrigados, nas modalidades atípicas e automáticas. Em que pese no ano de 2009 o COAF ter recebido cerca de dois milhões de comunicações, fortemente impactadas por aquelas oriundas do mercado segurador, em 2010, o volume de comunicações recebidas cai para cerca de um milhão, o que guarda uma melhor relação com o crescimento observado nos anos anteriores. Outro aspecto importante foi a publicação da nova norma relativa ao setor de loterias e sorteios que passou a vigorar em 2010, a qual ampliou as situações de comunicações automáticas, gerando um aumento substancial nas ocorrências encaminhadas pelo setor. 26 COAF/MF – RELATÓRIO DE GESTÃO 2010 Exceto pelo incremento de comunicações, em 2009, oriundas do mercado de seguro, previdência aberta e títulos de capitalização, os números gerais indicam tendência de crescimento na quantidade de comunicações, indicando o contínuo processo de engajamento dos setores obrigados no combate e prevenção à lavagem de dinheiro e ao financiamento ao terrorismo. Cabe ressaltar que, mesmo considerando a redução da quantidade de comunicações oriundas do mercado segurador, o índice de utilização destas em casos analisados pelo COAF continua baixo, da ordem de 0,7%, contra 18,3% das comunicações atípicas oriundas do setor bancário. Tabela V – Comunicações Recebidas dos Setores Obrigados SETORES OBRIGADOS 19982002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 Total Setores Regulamentados pelo COAF Bingos 2.454 19 7 0 0 0 0 0 0 2.480 0 0 0 0 0 0 2 0 0 2 101 88 4 3 0 70 96 452 443 1.257 Factoring 84 1 27 12.892 7.610 8.828 12.462 15.849 12.628 70.381 Joias, Pedras e Metais Preciosos 9 0 1 0 0 4 23 23 14 74 382 140 84 101 101 197 261 881 148.175 150.322 1 1 2 0 0 2 0 2 5 13 1 1 0 1 0 1.033 992 1.279 2.283 5.590 3.032 250 125 12.997 7.711 10.134 13.836 18.486 163.548 230.119 Sistema Financeiro 12.096 5.405 (Bacen) 7.086 12.593 10.942 15.842 17.389 22.042 31.283 134.678 Seguros (SUSEP) 112.856 305.498 1.392.597 256.820 2.075.699 Bolsa de Mercadorias Cartões de Crédito não bancários Loterias Objetos de Arte e Antiguidades Remessa Alternativa de Recursos (não câmbio) Subtotal (1) Setores com órgão regulador próprio 275 879 1.169 2.505 3.100 20 13 12 178 192 287 821 1.264 1.475 4.262 Valores Mobiliários (CVM) Fundos de Pensão (Previc) Compra Venda de Imóveis (COFECI) Transporte/Guarda de Valores (DPF) Operações em Espécie (Bacen) 9 2 28 105 201 721 20.989 6.106 5.242 33.403 2.287 619 630 750 747 1.736 2.766 3.142 3.112 15.789 0 0 0 0 0 0 0 0 5 5 359.228 577.020 1.824.578 Subtotal (2) 14.687 40.276 85.027 145.620 186.289 325.230 631.949 1.784.379 874.957 4.088.414 Total (1+2) 17.719 40.526 85.152 158.617 194.000 335.364 645.785 1.802.865 1.038.505 4.318.533 0 33.358 76.102 129.489 171.107 193.788 284.486 fonte: SISCOAF 27 COAF/MF – RELATÓRIO DE GESTÃO 2010 Gráfico II – Comunicações Recebidas Anualmente fonte: SISCOAF C) RELATÓRIOS DE INTELIGÊNCIA FINANCEIRA O Desempenho do COAF na área de Inteligência Financeira é medido pelo indicador de Casos Examinados, que tem como principal produto o Relatório de Inteligência Financeira. Esse relatório é a peça de inteligência produzida pelo COAF com base nas comunicações dos setores obrigados, bancos de dados e demais fontes disponíveis. Entre 2003 e 2010, o COAF produziu 9,5 mil RIFs, relacionando 221,5 mil comunicações e mais de 91,3 mil pessoas. Em 2010, foram produzidos 1.125 RIFs, guardando simetria com a quantidade produzida nos anos anteriores. Observa-se, também, que a quantidade de pessoas físicas e jurídicas relacionadas aos casos investigados no ano de 2010 aumentou em mais de três vezes em relação ao ano de 2009, alcançando a quantidade de 30.531 pessoas físicas e jurídicas analisadas. Tal evolução indica um claro aumento na complexidade dos casos trabalhados. A utilidade dos RIFs deriva da boa qualidade técnica e da amplitude das fontes de informações utilizadas, o que tem contribuído sobremaneira com as autoridades competentes no exercício de suas funções. Tais relatórios são encaminhados, normalmente, ao Ministério Público Federal, ao Ministério Público nos Estados e ao Departamento de Polícia Federal, sem prejuízo do envio a outras autoridades competentes e a Unidades de Inteligência Financeira estrangeiras. 28 COAF/MF – RELATÓRIO DE GESTÃO 2010 Gráfico III - Quantidade Anual de Relatórios de Inteligência Produzidos fonte: SISCOAF Gráfico IV - Quantidade Anual de Comunicações Utilizadas nos RIFs fonte: SISCOAF Gráfico V - Quantidade Anual de Pessoas Relacionadas nos RIFs fonte: SISCOAF 29 COAF/MF – RELATÓRIO DE GESTÃO 2010 D) BLOQUEIO DE RECURSOS Em decorrência de ações de monitoramento e análises realizadas pelo COAF, no período entre 2003 e 20010, as autoridades de persecução (Ministério Público e Polícia Federal) bloquearam, com autorização judicial, cerca de R$ 1,92 bilhão em contas-correntes, fundos de investimentos e previdências privadas pertencentes a pessoas investigadas por crimes de lavagem de dinheiro ou outros crimes conexos, no Brasil e no exterior. Tabela VI – Distribuição Geográfica dos Bloqueios Judiciais de Recursos Localidade Rio de Janeiro Outros Países São Paulo Ceará Bahia Minas Gerais Pernambuco Paraná Roraima Santa Catarina Goiás Mato Grosso Total Valor (R$) 1.036.381.173,00 792.512.000,00 23.266.419,00 18.000.000,00 13.240.000,00 12.023.923,00 10.000.000,00 7.418.628,30 1.408.500,00 518.692,90 214.240,00 181.696,94 1.915.164.973,14 fonte: SISCOAF Gráfico VI – Bloqueios judiciais por ano (R$ milhões) fonte: DIRAF/COAF 30 COAF/MF – RELATÓRIO DE GESTÃO 2010 Os bloqueios foram desencadeados a partir de comunicações dos setores obrigados, bem como pela atuação de Unidades de Inteligência Financeira estrangeiras que, no exercício de suas funções de prevenção e combate à lavagem de dinheiro, identificaram e comunicaram ao COAF movimentações financeiras suspeitas. Após análise, constatou-se fundados indícios que, comunicados às autoridades, permitiram a atuação em tempo hábil. Os bloqueios efetuados em outros países (R$ 792,51 milhões) representaram 41% do total, o que demonstra sincronismo da atuação do COAF com UIFs estrangeiras. Internamente, as localidades onde se verificaram os maiores volumes de recursos bloqueados foram Rio de Janeiro (R$ 1,36 bilhão) e São Paulo (R$ 23,26 milhões). Além das informações dos setores obrigados, outro fator que facilitou a pronta atuação do COAF foi a divulgação das operações da Polícia Federal, o que permitiu promover ações junto às autoridades de persecução, em tempo hábil, para requerimento de bloqueio judicial. O êxito alcançado no bloqueio de recursos, traduzido pelo montante bloqueado, expressa a crescente integração entre os diversos elos que compõem o sistema de prevenção e combate à lavagem de dinheiro e financiamento do terrorismo, quais sejam: setores obrigados, órgãos reguladores, Unidades de Inteligência Financeira, autoridades de repressão e judiciário. O engajamento dos setores obrigados, especialmente do setor bancário, tem contribuído para que as autoridades dedicadas ao combate à lavagem de dinheiro possam agir tempestivamente, consagrando, dessa forma, a diretriz internacional de cooperação das instituições na luta contra o crime organizado, privando-o da sua capacidade econômico-financeira como medida essencial para o sucesso da missão. E) INTERCÂMBIO INTERNACIONAL DE INFORMAÇÕES Por ser a lavagem de dinheiro um crime muitas vezes transnacional, sua detecção, em muitos casos, depende da troca de informações entre as UIFs de diferentes países, o que torna a cooperação institucional, quando rápida e eficaz, um importante instrumento na produção de inteligência financeira. Cada UIF deve estar autorizada por lei a trocar informações de inteligência financeira com as congêneres estrangeiras. Em particular, deve ter a capacidade de cooperar e trocar informações, por iniciativa própria ou a pedido das autoridades competentes. Isso se dá com base no princípio da reciprocidade, preconizado pelo Grupo de Egmont - que atualmente reúne Unidades de Inteligência Financeira de 119 jurisdições - e também por acordos formais de auxílio mútuo. Cada UIF deve possuir salvaguardas adequadas — incluindo disposições de confidencialidade — para assegurar que as trocas de informações entre elas estejam de acordo com os princípios fundamentais, nacionais e internacionais, e em conformidade com as suas obrigações em matéria de proteção do sigilo do dado ou informação. As informações obtidas por cooperação internacional têm enriquecido o conteúdo dos relatórios de inteligência do COAF e, por conseqüência, auxiliado autoridades em investigações que envolvam operações efetuadas em países estrangeiros. 31 COAF/MF – RELATÓRIO DE GESTÃO 2010 Neste sentido já foram realizados 1,7 mil intercâmbios de informações entre o COAF e congêneres estrangeiras no período de 2003 a 2010, 144 no ano de 2010. Os países que mais intercambiaram informações foram Estados Unidos da América, Portugal, Uruguai e Suíça, representando, juntos, 40% do total. A Tabela VII - Intercâmbios com UIFs (2003-2009) encontra-se no Anexo 2 deste Relatório. F) INTERCÂMBIO NACIONAL DE INFORMAÇÕES No ambiente interno, a cooperação entre o COAF e outras instituições resultou em mais de 12,7 mil intercâmbios de informações, no período entre 2003 e 2010, com destaque para o Ministério Público (4,2 mil), Polícias (4,2 mil), e Poder Judiciário (1,6 mil). Estes intercâmbios foram realizados por meio eletrônico (SEI) ou em papel. Tabela VIII - Intercâmbios com Autoridades Nacionais Até 2006 2007 Total SEI Total 2008 2009 2010 Total SEI Total SEI Total SEI Total SEI Total Geral SEI Autoridades Policiais Departamento de Polícia Federal 992 45% 553 64% 638 59% 855 81% 739 87% 3777 67% Polícia Civil/Militar 31 35% 72 72% 77 69% 88 52% 139 67% 407 63% Sub-total Ministério Público 1023 45% 625 65% 715 60% 943 78% 878 84% 4184 66% Ministério Público Federal 719 48% 171 34% 217 53% 128 60% 113 53% 1348 49% Ministério Público Estadual 615 84% 508 89% 529 89% 620 90% 626 91% 2898 88% 0 0% 1 100% 1 100% 1 100% 1 100% 4 100% 0 0% 0 0% 0 0% 3 100% 1 100% 4 100% 75% 747 79% 752 85% 741 85% 4254 76% Ministério Público Militar Procuradoria Geral da República Sub-total 1334 65% 680 Órgãos do Governo 8 0% 1 0% 0 0% 139 100% 32 100% 180 95% 108 89% 57 98% 54 91% 76 96% 34 97% 329 93% 245 99% 52 98% 24 96% 46 100% 41 100% 408 99% 30 0% 0 0% 20 0% 5 0% 0 - 55 0% 15 73% 10 100% 3 100% 8 100% 5 100% 41 90% 59 44% 16 50% 6 17% 13 23% 2 50% 96 41% 465 81% 136 92% 106 72% 287 94% 114 98% 1109 86% Pessoas Físicas e Jurídicas 3 0% 3 0% 1 0% 5 0% 1 0% 13 0% Diversos 0 0% 1 0% 0 0% 1 0% 1 0% 3 0% Sub-total Poder Judiciário 3 0% 4 0% 1 0% 6 0% 2 0,00% 16 0% Justiça Federal 292 4% 143 3% 178 2% 136 2% 96 2% 845 3% Justiça Estadual 87 1% 89 0% 93 0% 158 0% 172 1% 599 1% Banco Central do Brasil Receita Federal do Brasil RFB CGU - Controladoria-Geral da União CPI - Comissão Parlamentar de Inquérito Agência Brasileira de Inteligência Diversos Sub-total Outras 32 COAF/MF – RELATÓRIO DE GESTÃO 2010 Até 2006 2007 2008 2009 2010 Total Outros - Poder Judiciário 11 0% 11 0% 29 0% 11 0% 19 0% Total Geral 81 Conselho Nacional de Justiça 0 0% 0 0% 0 0% 54 0% 4 0% 58 0% Diversos 0 0% 11 0% 11 0% 10 0% 0 - 32 0% Total SEI Total SEI Total SEI Total SEI Total SEI SEI 0% Sub-total 390 3% 254 2% 311 1% 369 1% 291 1% 1615 2% Total Ano/Tipo 3.215 53% 1.699 66% 1.880 62% 2.357 72% 2.026 73% 11.177 62% fonte: SISCOAF Legenda:Total: total de intercâmbios realizados SEI: percentual do total de intercâmbios realizados por meio eletrônico. O desafio de migrar o intercâmbio de informações para o meio eletrônico tem sido cumprido. Em 2010 apenas 28% das solicitações de intercâmbios, foram utilizados meios físicos para sua consecução, mantendo a tendência de crescimento do uso do intercâmbio eletrônico. 2.3.2 Ação 8959 – Regulação para Prevenção da Lavagem de Dinheiro e do Financiamento do Terrorismo Tabela IX – Descrição da Ação 8959 Tipo de Ação Finalidade Descrição Ação Orçamentária Regular os setores econômicos obrigados para prevenção à lavagem de dinheiro e ao financiamento do terrorismo. Emissão de normas destinadas às pessoas mencionadas no art. 9º da Lei nº. 9.613/1998 para as quais não existam órgãos fiscalizadores ou reguladores próprios em relação a lavagem de dinheiro e financiamento do terrorismo, compreendendo atualmente os seguintes setores: Pessoas naturais ou jurídicas que comercializem jóias, pedras e metais preciosos; Entidades que efetuem, direta ou indiretamente, distribuição de dinheiro ou quaisquer bens móveis ou imóveis, mediante sorteio ou método assemelhado; Administradoras de cartões de credenciamento ou de cartões de crédito; Bolsas de mercadorias e corretoras que nelas atuam; Pessoas naturais ou jurídicas que comercializem bens de luxo ou de alto valor ou exerçam atividades que envolvam grande volume de recursos em espécie; Pessoas jurídicas não financeiras prestadoras de serviços de transferência de numerários; Empresas de fomento comercial ou mercantil (factoring); Pessoas jurídicas que exerçam atividades de promoção imobiliária ou compra e venda de imóveis; Emissão de normas para pessoas físicas ou jurídicas reguladas pelo COAF: Relativamente a operações ou propostas de operações com suspeita de ligação com o terrorismo ou seu financiamento; e Relativamente a operações ou propostas de operações realizadas por pessoas politicamente expostas. Monitoramento do cumprimento, pelas pessoas reguladas pelo COAF, de suas obrigações de conformidade, nos termos da Lei nº. 9.613/1998 e normas aplicáveis, ressaltando a inexistência de competência legal para o exercício da atividade de fiscalização. Unidade Responsável Conselho de Controle de Atividades Financeiras - COAF Coordenador da Ação Marcelo Silva Pontes Área responsável pelo gerenciamento Secretaria Executiva 33 COAF/MF – RELATÓRIO DE GESTÃO 2010 Produto Fórmula de cálculo do Produto Procedimento administrativo concluído O produto expressa o esforço de regulação dos setores obrigados pela Lei nº 9.613/1998 e leva em consideração o somatório das variáveis: (a) Número de Averiguações Preliminares concluídas no exercício; (b) Número de Processos Administrativos julgados no exercício; e (c) Número de Recursos preparados no exercício para decisão do Ministro da Fazenda. fonte: SIGPLAN Regulação e Supervisão Em conformidade com o parágrafo 1º do art. 14 da Lei nº 9.613, de 03 de março de 1998, além de desenvolver a função típica de unidade de inteligência financeira, o COAF também desempenha a atividade de regulação e aplicação de penalidades nos setores obrigados que não possuem órgãos reguladores e fiscalizadores próprios. Nessa área, a missão do COAF é prevenir a utilização dos aludidos setores por quem deseja lavar ou ocultar ativos. Porém, o desafio maior é incentivar o compromisso e a participação das entidades que atuam nesses setores, partindo do princípio de que, atuando na ponta do sistema, são elas que lidam diretamente com os clientes e, por isso, devem estar mais atentas a comportamentos que fogem da normalidade. Caso não mantenha controles adequados para detectar esses comportamentos, a pessoa obrigada não apenas coloca em risco a sua reputação, mas também torna vulnerável o ambiente de negócios e a comunidade em que atua. Destaque-se que a atuação do COAF na Regulação e Supervisão dos setores obrigados é marcada pela gestão de riscos, governança corporativa e o investimento em pessoas e tecnologia. O desafio de supervisionar milhares de pessoas físicas e jurídicas que atuam nos setores obrigados exige atuação focada na eficiência. No desempenho da sua função de Regulação, o COAF edita as normas que norteiam os setores obrigados no cumprimento das obrigações previstas na Lei nº 9.613, de 03 de março de 1998. Atualmente, o COAF possui uma resolução específica para cada setor obrigado. Além disso, a Resolução COAF nº 15, que dispõe sobre os procedimentos relativos a operações ou propostas de operações ligadas ao terrorismo ou seu financiamento, e a Resolução COAF nº 16, que dispõe sobre os procedimentos relativos a operações ou propostas de operações realizadas por pessoas politicamente expostas, ambas de 28 de março de 2007, devem ser observadas por todos os setores obrigados regulados pelo COAF. Regulação e o Processo de Revisão de Normas Desde 2005, o COAF vem promovendo uma revisão das suas normas, buscando um marco regulatório que, ao mesmo tempo, evidencie às pessoas obrigadas as principais preocupações que devem ter na prevenção à LD e ao FT, e contemple a realidade econômico-financeira de cada um dos diversos setores. Assim, a partir da avaliação do risco presente em cada setor, o COAF promoveu mudanças nas normas destinadas aos setores de fomento mercantil (em 2005), de imóveis (2006) e de loterias (2009). Esse trabalho permanente de orientar as pessoas obrigadas na proteção de seus negócios teve continuidade em 2010 com a participação de representantes do COAF em diversos eventos 34 COAF/MF – RELATÓRIO DE GESTÃO 2010 promovidos pelos setores de fomento mercantil e do comércio de joias. As discussões, bem como sugestões e críticas colhidas durante esses eventos, compõem uma base de informações que, juntamente com as experiências do COAF na atividade de supervisão (ver abaixo), alimentará o aperfeiçoamento do marco regulatório. Em especial, o tema do risco e sua importância na definição de regras e de procedimentos, tanto por parte do regulador/supervisor, quanto da pessoa obrigada, vem ganhando crescente destaque nas discussões a respeito da prevenção e do combate à LD e ao FT em âmbito global, preocupação que o COAF vem incorporando e que deve nortear sua atuação na regulação e na supervisão ao longo dos próximos anos. Por fim, um importante marco na regulação ocorreu em 2010, com a publicação, pelo Conselho Federal dos Corretores de Imóveis – COFECI – da Resolução nº 1.168, de 9 de abril, regulando a prevenção à lavagem de dinheiro e ao financiamento do terrorismo naquele setor. Com isso, as pessoas obrigadas que nele atuam passam a ser fiscalizadas pelo sistema COFECI/CRECI, embora devam continuar enviando as comunicações de operações atípicas ao COAF. Processo de Trabalho na Supervisão Assim como na atividade de inteligência financeira, a atuação do COAF na Supervisão dos setores obrigados é marcada pela gestão de riscos, governança corporativa e o investimento em pessoas e tecnologia. A necessidade de supervisionar milhares de pessoas físicas e jurídicas que atuam nos setores obrigados, valendo-se de um quadro técnico reduzido, exige atuação focada na eficiência. Figura IV - Gerenciamento de Riscos na Supervisão A partir de uma base de dados contendo as pessoas obrigadas que atuam nos setores regulados pelo COAF, a matriz de riscos indica aquelas pessoas obrigadas sobre as quais uma análise mais detalhada é necessária. Os diversos componentes da matriz ajudam a avaliar o risco de que uma eventual desconformidade por parte da pessoa obrigada represente uma fragilidade ao restante do sistema econômico, o que é feito por meio de uma Averiguação Preliminar. Esse importante instrumento deve ajudar a pessoa averiguada no aprimoramento dos seus controles. No curso da Averiguação Preliminar, sempre com foco na prevenção à lavagem de dinheiro e ao financiamento do terrorismo, a pessoa obrigada é avaliada em relação a: 35 COAF/MF – RELATÓRIO DE GESTÃO 2010 procedimentos de identificação e conhecimento de clientes; sistema de registro e controle de operações; política de seleção e treinamento de funcionários; e governança corporativa. Além disso, uma amostra das operações realizadas pela empresa ajuda a medir a eficácia dos procedimentos e controles por ela adotados. Nos casos em que a desconformidade não infringir obrigação legal ou que a infração não representar grave risco, o COAF expede recomendação à pessoa obrigada para que aprimore seus procedimentos, pactuando com ela um prazo para demonstrar sua conformidade. Em caso de descumprimento grave de obrigação definida na Lei nº 9.613/1998, o COAF instaura Processo Administrativo contra a pessoa averiguada e seus administradores, garantido o direito à ampla defesa e ao contraditório. O processo poderá culminar na aplicação de penalidade – advertência, multa, inabilitação temporária ou cassação da autorização de funcionamento. 2.3.2.1 Desempenho Operacional da Regulação e Supervisão Em 2009, priorizou-se o aperfeiçoamento do processo de trabalho da área de supervisão. O aprimoramento da matriz de riscos e dos procedimentos para verificação da conformidade dos setores obrigados regulados pelo COAF com as normas antilavagem resultou no aumento da produtividade, proporcionando celeridade ao processo de trabalho. Desse modo, em 2010 foram abertas 55 averiguações preliminares, das quais 26 já foram concluídas. Em 2010, o Plenário do COAF julgou 8 processos administrativos, sendo realizadas 3 sessões de julgamento,culminando na aplicação de mais de R$ 850.000,00 em multa pecuniária. No mesmo ano, foram encaminhados ao Ministro da Fazenda 4 recursos derivados de sanções aplicadas pelo COAF e 23 recursos derivados de sanções aplicadas por outros órgãos, totalizando 27 recursos. A Tabela X apresenta dados das atividades realizadas pelo COAF, no âmbito da supervisão, comparando 2010 aos anos anteriores. Tabela X - Procedimentos Concluídos Procedimento Averiguação Preliminar (concluídas) Processo Administrativo (julgado) Recurso ao Ministro da Fazenda - COAF (encaminhado) Recurso ao Ministro da Fazenda - Outros órgãos (encaminhado) TOTAL Até 2009 78 28 14* 36 156 Quantidade 2010 TOTAL 26 104 8 36 4 18 23 59 61 217 * dado ajustado fonte: SISCOAF A Tabela XI detalha os 32 Processos Administrativos julgados pelo COAF desde 2006, indicando o volume de multas aplicadas às empresas e a seus sócios, pelo descumprimento das obrigações estabelecidas pela Lei nº 9.613/1998. 36 COAF/MF – RELATÓRIO DE GESTÃO 2010 Tabela XI - Processos Administrativos Julgados Empresas cadastradas Segmentos Factorings Processos Administrativos julgados 5.685 Joias, pedras e metais preciosos 29 528 Objetos de arte e antiguidades Empresas 1.887.213,05 Sócios e/ou Responsáveis 1.750.167,06 - - Empresas 4.972,85 Sócios e/ou Responsáveis 4.972,85 - 3.647.325,81 2 129 TOTAL fonte: Secretaria-Executiva/COAF Multas (R$ 1,00) 1 6.342 32 2.3.3 Execução Física das Ações Realizadas pelo COAF Quadro VI – Execução Física das Ações Realizadas pelo COAF Meta a ser realizada em 2011 Função Subfunção Programa Ação Tipo da Ação 04 183 1164 4946 A 3 Caso examinado 4.442 3.614 5.108 04 125 1164 8959 A 3 Procedimento Administrativo Concluído 77 68 73 Priori dade Unidade de Medida Meta Meta prevista realizada fonte: SIGPLAN Ação 4946 – Inteligência: A inteligência financeira do COAF tem como indicador de desempenho, definido no Plano Plurianual – PPA 2008-2011, a quantidade de casos examinados, que é o somatório do número de relatórios de inteligência financeira produzidos e a quantidade de intercâmbios eletrônicos realizados com autoridades competentes. Anualmente, a meta é acrescida em 15% em relação ao ano anterior. Tabela XII - Indicador de Dempenho da Inteligência Financeira – PPA 2010 (mensal) Inteligência Financeira Casos Examinados 2010 Resultado Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez Total Meta % 369 183 307 328 328 320 368 333 283 266 280 247 3.612 4.441 81,33 fonte: SISCOAF 37 COAF/MF – RELATÓRIO DE GESTÃO 2010 Analisando o resultado final obtido (81,33% do esperado), observa-se o grande esforço dedicado ao longo do ano de 2010 na busca da meta estipulada, além dos desafios contínuos de melhoria dos instrumentos de sustentação da atividade de inteligência financeira na prevenção e combate à lavagem de dinheiro e financiamento do terrorismo. Fatores como a tecnologia da informação, regramentos jurídicos, processo de trabalho e pessoas são os principais pilares para o fortalecimento sustentado da atividade no País. Eixos de uma doutrina de recente fundamentação instrumental e legal, instituídos pela Lei 9.613/98, que a cada ano merece uma atenção especial quanto ao seu arcabouço institucional e seus efeitos em benefício da sociedade e do Estado. Considerando a composição do indicador e sua forma de ajuste anual, constata-se que, a atividade de inteligência financeira tem respondido adequadamente as expectativas de resultado. Importa, entretanto, acrescentar algumas percepções gerenciais sobre o tema. Decorridos os três primeiros anos do PPA (2008-2011), com resultado acumulado, até 2010, de 100,74% do esperado para o período, realizado especialmente pelo comprometimento institucional e dos técnicos dedicados à matéria, cabe considerar nessa avaliação de resultado, a necessidade de revisão do indicador para o PPA (2012-2015), levando-se em conta, o fato de que esse crescimento linear de 15% a.a, e o exponencial incremento das comunicações recebidas dos setores obrigados para análise, se contrapõem à capacidade institucional instalada para a atividade, sobretudo no que diz respeito às pessoas, cerca de 13 técnicos. Tabela XIII- Resultado Anual PPA 2008-2011 Ano 2008 2009 2010 2011 Acumulado até 2010 fonte: SIGPLAN Meta 3.358 3.862 4.442 5.108 11.662 Resultado % 3.537 4.599 3.612 0 11.748 105,33 119,08 81,31 0 100,74 Ratifique-se que o COAF vem sendo fortemente desafiado pelo crescimento no número de comunicações recebidas dos setores obrigados e pelo incremento de solicitações de intercâmbio de informações pelas autoridades competentes, que apontam para uma expectativa acentuada na sua capacidade de resposta, o que pressionará ainda mais sua capacidade produtiva ora estagnada. Ação 8959 – Regulação: Os resultados do indicador da Ação 8959 - Regulação - Procedimento Administrativo Concluído no exercício de 2010 reclamam os seguintes esclarecimentos: 1. O indicador compõe-se de 3 variáveis, a saber: o número de Averiguações Preliminares concluídas pela Secretaria Executiva do COAF, o número de Processos Administrativos julgados pelo Conselho e o número de Recursos em Processos Administrativos (originários do COAF e de outros órgãos) encaminhados para decisão do Ministro da Fazenda. 2. Entre essas variáveis, o encaminhamento de Recursos apresentou resultado 15% abaixo da meta (27 encaminhamentos, em face de 32 previstos). Por se tratar de procedimento que depende da 38 COAF/MF – RELATÓRIO DE GESTÃO 2010 iniciativa dos interessados nos processos, o COAF não pode influenciar sua magnitude. No entanto, cabe registrar que, em 31/12/2010, não restava na Secretaria Executiva processo algum pendente de encaminhamento para decisão do Ministro da Fazenda. 3. A variável ―Processos Administrativos julgados pelo Conselho‖ foi a que apresentou menor índice de realização (8 julgados, em face de 21 previstos). Isso se deveu aos seguintes fatores: a. A meta estipulada levou em consideração o ritmo crescente que, entre 2006 e 2009, o Conselho vinha empreendendo no julgamento de Processos Administrativos. b. Estimou-se que, com a quantidade de processos em relatoria e a crescente capacidade de realização de julgamentos, o patamar dessa variável se elevaria. c. Os debates ensejados pelos processos administrativos vêm tornando-se mais ricos, o que, por sua vez, reflete-se em análises crescentemente mais profundas por parte dos relatores dos processos, demandando, cada processo, mais tempo de relatoria. d. O ano de 2010 testemunhou elevado índice de substituição de membros do Conselho (6 dos 11 membros). A assunção, pelos novos membros, dos processos que estavam em relatoria por seus antecessores implica um retrocesso procedimental, na medida em que o novo relator tem que iniciar, do princípio, a análise dos autos. e. O fator anterior, bem como a própria realização de sessões de julgamento pelo Plenário, foram, ainda, significativamente impactados pela freqüente falta de quorum, ocasionada pelo afastamento de um membro do Conselho, combinada com a demora, em alguns casos, na indicação de seu sucessor, 4. Por fim, cabe esclarecer o elevado número de recursos encaminhados para decisão do Ministro da Fazenda no mês de junho. Uma mudança de procedimento interno da Secretaria Executiva, combinada com a implementação de força tarefa específica para esse fim, resultou no tratamento e encaminhamento de grande número de processos que se encontravam na Secretaria Executiva desde 2006. O procedimento adotado a partir de 2010 implica o rápido tratamento de processos nessas circunstâncias, resultando no fato, relatado no item 2 acima, de que não havia, em 31/12/2010, qualquer processo pendente de encaminhamento para decisão do Ministro da Fazenda. 2.4 Desempenho Orçamentário/Financeiro Em decorrência da Lei nº 12.214/2010 (LOA 2010), o orçamento do COAF para o exercício alcançou o valor de R$ 2.153.000,00, assim distribuído: R$ 1.893.360,00 na Ação 4946 Inteligência Financeira para a Prevenção da Lavagem de Dinheiro e do Financiamento do Terrorismo, e R$ 259.640,00, na Ação 8959 - Regulação para Prevenção da Lavagem de Dinheiro e do Financiamento do Terrorismo. Como resultado das normas referentes à programação orçamentária e financeira expedida pelo Governo Federal em 2010, o limite para empenho do COAF no ano totalizou R$ 2.049.342,96. O corte concentrou-se na rubrica Investimentos, inserida no escopo da Ação 4946: dos R$ 353.000,00 aprovados na LOA 2010, o valor efetivamente disponibilizado foi de R$ 249.342,96. 39 COAF/MF – RELATÓRIO DE GESTÃO 2010 Tabela XIV – Despesas do COAF em 2010 Ação 4946 Natureza de Despesa Despesas Correntes Diárias Passagens/Locomoção Limite Orçamentário1 Execução 2010 %2 Saldo Remanescente 194.472,29 106.721,22 54,88 87.751,07 45,12 %2 273.840,00 109.554,51 40,01 164.285,49 59,99 Outros Serviços de Terceiros/PJ 1.037.573,11 491.865,53 47,41 545.707,58 52,59 Outros Serviços de Terceiros/PF 18.050,00 9.807,60 54,34 8.242,40 45,66 Material de Expediente 597,55 518,00 86,69 79,55 13,31 Desp. Exerc. Anteriores/Intra-Orçamentárias 574,78 574,78 100,00 0,00 0,00 Indenizações/Restituições 219,35 173,91 79,28 45,44 20,72 15.032,92 789,62 5,25 14.243,00 94,75 Outros Serv. De Terceiros/PJ – IntraOrçamentárias TOTAL DESP. CORRENTES 1.540.360,00 720.005,17 46,74 820.354,83 53,26 Despesas de Capital/Investimento Equipamentos e Materiais Permanentes 249.342,96 16.937,35 6,79 232.405,61 93,21 TOTAL DESP. DE CAPITAL 249.342,96 16.937,35 6,79 232.405,61 93,21 1.789.702,96 736.942,52 41,18 1.052.760,44 58,82 Limite Orçamentário1 Execução 2010 %2 47.647,39 21.452,73 45,02 TOTAL INTEL Ação 8959 Natureza de Despesa Despesas Correntes Diárias Passagens/Locomoção Saldo Remanescente %2 26.194,66 54,98 66.408,54 33.819,07 50,93 32.589,47 49,07 Outros Serviços de Terceiros/PJ 143.854,07 24.302,37 16,89 119.551,70 83,11 Outros Serviços de Terceiros/PF 1.400,00 1.400,00 100,00 0,00 0,00 50,00 2,88 5,76 47,12 94,24 280,00 280,00 100,00 0,00 0,00 259.640,00 81.257,05 31,30 178.382,95 68,70 2.049.342,96 818.199,00 39,92 1.231.143,39 60,08 Obrigações Tributárias Contributivas Obrigações Trib. Contributivas – IntraOrçamentárias TOTAL REGULA TOTAL INTEL + REGULA fonte: SIGPLAN/Siafi Gerencial 1 - Limite Orçamentário definido pela SPOA/SE/MF. 2 - Relação entre o valor executado/limite orçamentário e saldo remanescente/limite orçamentário. Ao longo do ano de 2010, foram executadas despesas no montante de R$ 818.199,00, dos quais R$ 736.942,00 oriundos da Ação 4946 e R$ 81.257,00, da Ação 8959. Estes valores representam, respectivamente, 39,9%, 41,2% e 31,3% dos limites autorizados. Os números refletem o fato de o descontingenciamento orçamentário haver sido realizado apenas em setembro de 2010, o que reduziu sensivelmente o horizonte temporal para a execução de gastos no exercício. O período de 2008 a 2010 apresentou uma média anual de execução orçamentária de R$ 678.726,00, representando variação de 25,5% em relação à média de R$ 540.461,00 entre 2007 e 2009. O Gráfico VII demonstra a evolução dos principais dispêndios do COAF por natureza de despesa nos últimos três anos. Verificou-se acentuada elevação dos gastos totais em 2010, da ordem de 62,7%. 40 COAF/MF – RELATÓRIO DE GESTÃO 2010 Gráfico VII – Evolução das principais Naturezas de Despesas do COAF (2008-2010) 808.904 797.806 520.419 497.133 462.119 (R$) 161.323 124.119 173.365 132.259 191.509 50.244 143.374 128.174 0 2008 16.937 2009 Diárias Serviços de Terceiros - PJ/PF Total 2010 Passagens e locomoções Equipamentos e Material Permanente fonte: Siafi A mudança da sede do COAF foi o fator preponderante para a expressiva elevação na participação dos gastos com serviços de terceiros na despesa total do Órgão de 38,5%, em 2009, para 64,3%, em 2010. Tais despesas concentraram-se no último trimestre do ano e cobriram principalmente os custos de adequação do leiaute e das instalações prediais, da mudança propriamente dita, além do pagamento da locação e demais despesas relativas à conservação do imóvel. Gráfico VIII – Evolução percentual das Despesas Orçamentárias do COAF (2008-2010) 0,0% 2,1% 15,6% 6,3% 38,5% 64,3% 57,9% 34,9% 20,2% 17,7% 26,6% 15,8% 2008 2009 2010 Equipamentos e Material Permanente Serviços de Terceiros - PJ/PN Passagens e locomoções Diárias fonte: Siafi 41 COAF/MF – RELATÓRIO DE GESTÃO 2010 Atendendo ao exigido na Parte A, item 2 do Anexo II da DN TCU nº 107, de, 27/10/2010, informamos que o COAF é Unidade Gestora (UG 170401) mas não é Unidade Orçamentária executora, cabendo essa função à UG 170016 (COGRL/MF). Por esta razão, apenas os dados sobre despesas relacionadas a créditos recebidos por movimentação orçamentária constam deste item, conforme os Quadros VII, VIII, IX e X a seguir. O Quadro VII – Movimentação Orçamentária por Grupo de Despesa encontra-se no Anexo 2 deste Relatório. Quadro VIII – Despesas por Modalidade de Contratação dos créditos recebidos por movimentação Modalidade de Contratação Licitação Convite Tomada de Preços Concorrência Pregão Concurso Consulta Contratações Diretas Dispensa Inexigibilidade Regime de Execução Especial Suprimento de Fundos Pagamento de Pessoal Pagamento em Folha Diárias Outras Valores em R$ 1,00 Despesa paga 2009 2010 Despesa Liquidada 2009 2010 116.631 209.338 - 2.655 210.033 - 116.631 209.271 - 2.655 203.257 - 5.036 22.304 445.533 27.361 5.036 22.304 445.088 27.361 - - - - 7.439 1.200 138.074 4.606 7.746 1.680 130.412 7.439 1.200 138.074 4.606 7.746 1.680 130.412 fonte: Siafi Gerencial Quadro IX – Despesas Correntes por Grupo e Elemento de Despesa dos créditos recebidos por movimentação Valores em R$ 1,00 Grupos de Despesa 1 – Despesas de Pessoal 2 – Juros e Encargos da Dívida 3- Outras Despesas Correntes 39 33 14 30, 36, 47, 92, 93 fonte: Siafi Gerencial Despesa Empenhada 2009 2010 - Despesa Liquidada 2009 2010 - RP não processados 2009 2010 - 188.392 712.339 179.647 516.958 8.745 429.718 340.249 173.432 143.374 256.286 132.259 128.174 132.259 128.174 0 19.290 18.743 19.290 12.757 0 195.381 196.875 0 5.986 Valores Pagos 2009 - 2010 - 179.647 516.958 173.365 143.374 132.259 128.174 19.270 12.727 42 COAF/MF – RELATÓRIO DE GESTÃO 2010 Quadro X – Despesas de Capital por Grupo e Elemento de Despesa dos créditos recebidos por movimentação Valores em R$ 1,00 Grupos de Despesa 4 - Investimentos 52 fonte: Siafi Gerencial Despesa Empenhada 2009 2010 0 49.158 Despesa Liquidada 2009 2010 0 24.158 RP não processados 2009 2010 0 25.000 Valores Pagos 2009 2010 0 16.937 Verifica-se que o perfil dos gastos realizados está concentrado em despesas de manutenção e ampliação da infraestrutura e do parque tecnológico, de diárias e de passagens aéreas. Em 2010, a mudança de sede impactou consideravelmente os gastos com Despesas Correntes - Serviços de Terceiros, ao passo que houve ligeira redução das despesas com diárias e locomoção em comparação a 2009, face ao término do mandato do COAF na Presidência do GAFI em junho do mesmo ano. As despesas com diárias e passagens referem-se primordialmente a: I) representação do Brasil em fóruns internacionais de PLD/FT (GAFI, GAFISUD, Grupo de Egmont, Mercosul, ONU, OEA); II) participação em treinamentos; e III) cooperação com forças-tarefa. A cópia da Declaração do Contador responsável pela UG deste Conselho, em consonância com a solicitação do item B1 da Decisão Normativa TCU Nº 107, de 27 de outubro de 2010, encontra-se no Anexo 1, encaminhada por meio do Memorando nº 20/2011/COGEF/SPOA/SE/MFDF, de 14/02/2011. A relação dos servidores que entregaram a Declaração de Bens e Valores referente ao anobase 2009, exercício 2010 foi enviada à Coordenação-Geral de Recursos Humanos do Ministério da Fazenda por meio do Memorando nº 4416, de 11/05/2010, cumprindo assim as obrigações estabelecidas na Lei nº 8.730, de 10/11/1993 e Portaria Interministerial MP/CGU nº 298 de 06/09/2007. 3. GESTÃO DE PESSOAS E FORÇA DE TRABALHO A equipe de trabalho do COAF reflete o caráter multidisciplinar das competências essenciais para o exercício de suas atividades. Este modelo, que estimula o pleno exercício das competências individuais em torno dos objetivos institucionais, justifica os excelentes resultados operacionais alcançados por esse time de servidores públicos de alto nível. Em 31 de dezembro de 2010, a força de trabalho do COAF perfazia 49 pessoas, sendo 37 servidores, 6 empregados de instituições financeiras públicas em programa de capacitação, 5 terceirizados em funções administrativas e um estagiário de nível superior. O quadro de pessoal do COAF compõe-se por servidores do próprio Ministério da Fazenda (carreiras de Finanças e Controle da Secretaria do Tesouro Nacional, de Auditor Fiscal da Receita Federal do Brasil e do Plano Especial de Cargos do Ministério da Fazenda – PECFAZ) e por servidores oriundos de outros órgãos e entidades públicos, como Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social, Advocacia-Geral da União, Banco Central do Brasil, Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, Departamento de Polícia Federal, Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão, 43 COAF/MF – RELATÓRIO DE GESTÃO 2010 Controladoria-Geral da União, Serviço Federal de Processamento de Dados, Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal. O COAF continua realizando gestões junto às autoridades competentes visando ampliar seu quadro funcional para viabilizar o adequado tratamento do crescente volume de informações disponibilizadas, ademais da considerável expansão das solicitações de cooperação técnica acolhidas pelo Órgão, tanto de instituições nacionais quanto estrangeiras. Como resultado das iniciativas para reforço de sua equipe técnica, no ano passado o COAF recebeu quatro novos servidores, dois deles oriundos da carreira PECFAZ e os demais incorporados à equipe ao amparo da Lei nº 8.878/94, na qualidade de anistiados. A carreira PECFAZ abrange os servidores de áreas administrativas, cujo desempenho é aferido com base em parâmetros individuais e institucionais. Neste contexto, atendendo a demanda da Coordenação-Geral de Gestão de Pessoal do Ministério da Fazenda, o COAF definiu seu referencial para apuração do desempenho institucional a partir dos produtos de suas ações finalísticas constantes do Plano Plurianual PPA 2008-2011. Denominado ―Índice de prevenção à lavagem de dinheiro e ao financiamento do terrorismo‖, o indicador institucional será calculado a partir de duas variáveis: ―casos examinados‖ e ―averiguações preliminares concluídas‖. Ambas estão validadas institucionalmente, sendo obtidas por meio de procedimentos de coleta definidos e monitorados pelas áreas competentes com periodicidade mensal e metas anuais. 3.1 Ações de Capacitação e Treinamento dos Servidores/Empregados Beneficiando-se de cursos e seminários organizados por outros órgãos e instituições, o COAF priorizou a capacitação de seu quadro de pessoal em temas finalísticos, como prevenção e combate à lavagem de dinheiro e ao financiamento do terrorismo, análise e técnicas de inteligência e investigação, regulação de setores, análise de informações, elaboração de normas, dentre outros. As atividades de treinamento visaram agregar habilidades e competências inerentes às atividades específicas do COAF. Em 2010, 82% da força de trabalho do COAF recebeu algum tipo de capacitação. As atividades de treinamento envolveram um total de 1.886,5 homens x hora, valor ligeiramente superior à média dos últimos anos, conforme Gráfico IX. Gráfico IX – Variação anual e número total de horas de treinamento (2006-2010) 2.500 25,0% 2.238 20,0% 2.000 1.840 1.600 21,6% 1.886,5 1.720 7,5% 15,0% 10,0% 1.500 5,0% 7,0% Nº. Horas 0,0% 1.000 -5,0% -10,0% 500 -15,7% -15,0% 0 -20,0% 2006 2007 2008 3 Nº. horas de treinamento 2009 2010 Variação anual fonte: Secretaria-Executiva/COAF 44 COAF/MF – RELATÓRIO DE GESTÃO 2010 Em contraponto ao reduzido número de servidores, a atividade de inteligência financeira realizada pelo COAF conta, além da capacidade técnica individual, com intenso apoio de capacitação específica e constante. Para a manutenção do nível técnico dos seus Analistas de Inteligência, o COAF vem investindo fortemente na qualificação desses profissionais. Em 2010, estes servidores participaram de treinamentos no Brasil e no exterior, bem como realizaram visitas técnicas a unidades análogas e organismos internacionais no exterior no sentido de conhecer e assimilar melhores práticas, ampliando, dessa forma, a cooperação técnica entre congêneres, que se traduzem na melhoria da atividade de inteligência financeira. As capacitações nas áreas de Inteligência Financeira e Supervisão, como indicado na XXI, envolveram direta ou indiretamente técnicas e ferramentas de análise, contra-inteligência, conhecimento de produtos e atividades associados ao tema da prevenção de combate à lavagem de dinheiro e financiamento do terrorismo. Os treinamentos realizados de cunho internacional representaram cerca de 20% do total. Tabela XV – Capacitações Recebidas em 2010 – Inteligência Financeira e Supervisão CURSO ENTIDADE RESPONSÁVEL PERÍODO LOCAL MJ / DRCI 01 a 05/03 Brasília – DF EsInt/ ABIN 08 a 19/03 Brasília – DF EsIMEx 22 a 26/03 Brasília – DF ANFAC/ABAEF 06/05 Ribeirão Preto – SP MJ / DRCI 18 a 20/05 Maceió – AL ANFAC 02 a 04/06 Porto de Galinhas – PE EsInt/ABIN 12 a 16/07 Brasília – DF IIEDE 30/07 Porto Alegre – RS Nacional Curso PNLD para Gestores e Integrantes de LAB-LD. Curso Básico de Inteligência - CBI Estágio Especial de Inteligência para Órgãos Públicos Civis (foco em Contra-Inteligência) II Encontro Regional de Fomento Mercantil da Alta Mogiana Paulista Curso de Capacitação e Treinamento no Combate à Corrupção e a Lavagem de Dinheiro X Congresso Brasileiro de Fomento Mercantil Curso de Segurança Corporativa Curso Sistema Financeiro Nacional em Debate: Modelos Regulatórios Punitivos II Seminário Infrações e Sanções nos Serviços Públicos Curso de Apreciação IIEDE 05 e 06/10 Brasília – DF EsInt/ABIN 13 a 29/10 Brasília – DF Curso básico Inteligência - CBI EsInt/ABIN 18 a 29/10 Brasília – DF 27 e 28/10 São Paulo – SP Cidade do México (México) Internacional Palestra sobre FCPA e UK Bribery World Bank Tactical Analysis Course IAUDIT The Egmont Group/World Bank 20 a 23/09 45 COAF/MF – RELATÓRIO DE GESTÃO 2010 CURSO ENTIDADE RESPONSÁVEL PERÍODO LOCAL Internacional III Encontro de Tipologias Regionais GAFISUD do GAFISUD I Seminário Avançado para Avaliadores União Européia e do GAFISUD GAFISUD 5ª Conferência sobre a Proteção e a Comissão Européia Otimização dos Fundos Públicos: através do OLAF e DG Cooperação entre as Autoridades Europeaid Nacionais e Internacionais. Reunião Grupo de peritos GAFI e Egmont sobre Lavagem de Dinheiro e Grupo de Egmont Tipologias Financiamento do Terrorismo fonte: Secretaria-Executiva e DIRAF/COAF 05 a 07/10 26 a 29/10 San Jose (Costa Rica) Cidade do Panamá (Panamá) 27a 29/10 Cidade do Panamá (Panamá) 14 a 19/11 Cidade do Cabo (África do Sul) Nas áreas de Administração e Tecnologia da Informação, as capacitações tiveram como foco gestão no setor público, segurança da informação, sistemas corporativos do Executivo Federal e a análise relacional de dados, conforme Tabela XVI. Tabela XVI – Capacitações Recebidas em 2010 – Administração / Tecnologia da Informação CURSO ENTIDADE RESPONSÁVEL PERÍODO LOCAL Nacional Programa de Formação de Dirigentes Fazendários – PDFAZ ESAF Novembro/2009 a Agosto/2010 Brasília – DF Curso de Organização de Documentos na Administração Pública Instituto Nacional de Capacitação - INC 30 e 31/03 Brasília – DF Workshop Gestão por Competências Conexxões 27 e 28/04 Brasília – DF Curso de Introdução à Inteligência Tecnológica EsInt/ABIN 26/07 a 20/08 Brasília – DF ESAF 2 a 6/08 Brasília – DF ENAP 11 a 13/08 Brasília – DF ENAP 13 a 17/09 Brasília – DF MF/COGEP 4 a 8/10 Brasília – DF Curso de Competências Conversacionais ENAP 06 a 08/10 Brasília – DF Curso de Ética e Serviço Público ENAP 18/10 a 08/11 Brasília – DF Curso de Licitações, contratos e fiscalização Curso de Comunicação em Políticas Públicas Curso Sistema Integrado de Administração Financeira do Governo Federal - SIAFI Gerencial Curso de Desenvolvimento em Equipes 46 COAF/MF – RELATÓRIO DE GESTÃO 2010 CURSO ENTIDADE RESPONSÁVEL PERÍODO LOCAL Nacional Fundamentos em Gerência de Projetos ESAF 10/10 a 12/11 Brasília – DF Curso de Extrator de Dados do Sistema SIAPE ESAF 08 a 10/11 Brasília – DF ESAF 15/09 a 16/11 Brasília – DF ESAF 22 a 29/11 Brasília – DF Fundação Escola Superior do MPDFT 25/11 a 01/12 Brasília – DF ENAP 08/11 a 06/12 Brasília – DF 25 a 29/10 Brasília – DF Curso de Redação Oficial e Língua Portuguesa Semana Orçamentária, Financeira e de Contratações Públicas do Governo Federal Curso de Aperfeiçoamento em Direito Administrativo Servidor Público Curso de Legislação Aplicada à Gestão de Pessoas - Lei nº 8.112/90 Internacional Taller de Tecnología de la Información para Unidades de Inteligência Financeira-UIF fonte: Secretaria-Executiva/COAF El Centro Regional de Capacitación para América Latina en Brasil TERCEIRIZAÇÃO DE MÃO-DE-OBRA O COAF conta com cinco empregados terceirizados na qualidade de Auxiliares, exercendo atividades de apoio administrativo, disponibilizados por meio de empresas que mantêm contrato com a Coordenação-Geral de Recursos Logísticos da SPOA/MF, atual Superintendência de Administração do Ministério da Fazenda no DF – SAMF/DF. AÇÕES DISCIPLINARES OU CORRECIONAIS Não houve, no período de janeiro a dezembro de 2010, incidentes que justificassem tais procedimentos. 4. FUNCIONAMENTO DO SISTEMA DE CONTROLE INTERNO DO COAF O Quadro XI – Estrutura de Controles Internos do COAF encontra-se no Anexo 2 deste Relatório. 5. GESTÃO AMBIENTAL E LICITAÇÕES SUSTENTÁVEIS O Quadro XII - Gestão Ambiental e Licitações Sustentáveis encontra-se no Anexo 2 deste Relatório. 47 COAF/MF – RELATÓRIO DE GESTÃO 2010 6. GESTÃO DE BENS IMÓVEIS DE USO ESPECIAL Quadro XIII – Distribuição Espacial dos Bens Imóveis de Uso Especial de Propriedade da União QUANTIDADE DE IMÓVEIS DE PROPRIEDADE DA UNIÃO DE RESPONSABILIDADE DA UJ LOCALIZAÇÃO GEOGRÁFICA DISTRITO FEDERAL BRASÍLIA Subtotal Brasil BRASIL - EXTERIOR Subtotal Exterior Total (Brasil + Exterior) fonte: Secretaria Executiva/COAF EXERCÍCIO 2009 1 1 1 0 1 EXERCÍCIO 2010 1 1 1 0 1 Quadro XIV - Distribuição Espacial dos Bens Imóveis de Uso Especial Locados de Terceiros LOCALIZAÇÃO GEOGRÁFICA BRASIL DISTRITO FEDERAL BRASÍLIA Subtotal Brasil Subtotal Exterior Total (Brasil + Exterior) fonte: Secretaria Executiva/COAF EXTERIOR QUANTIDADE DE IMÓVEIS LOCADOS DE TERCEIROS PELA UJ EXERCÍCIO 2009 0 0 0 0 0 EXERCÍCIO 2010 1 1 1 0 1 Com relação aos Quadros XIII e XIV, cabe ressaltar que em 23 de agosto de 2010 a sede do COAF foi transferida de imóvel de propriedade da União para imóvel locado de terceiros. O contrato de locação do imóvel atualmente ocupado pelo COAF foi firmado pela SPOA/MF. 7. GESTÃO DE TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO A fim de fortalecer o intercâmbio com outras autoridades, em 2010 o COAF aperfeiçoou o Sistema Eletrônico de Informações - SEI – de modo a facilitar a utilização do conteúdo dos seus Relatórios de Inteligência Financeira – RIF. Aquelas entidades que fizerem uso da nova funcionalidade podem, a partir da inauguração do webservice, incorporar as informações contidas nos RIFs diretamente aos seus sistemas, integrando-as a seus processos de trabalho. Esta solução eleva, ao mesmo tempo, a eficiência do Estado, a agilidade do aproveitamento de informações importantes e o nível de segurança em que essas mesmas informações circulam, por meio do uso de certificação digital e criptografia, propiciando à autoridade destinatária registrar automaticamente em seus próprios sistemas e informar ao COAF sobre procedimentos adotados. 48 COAF/MF – RELATÓRIO DE GESTÃO 2010 Em consonância com as diretrizes do Governo Federal de incentivo ao uso de software livre, o COAF modernizou sua rede local, o que resultou em maior segurança e velocidade no tratamento das informações. Ainda, acompanhando a tendência de busca de maior eficiência do gasto público, implementou solução de videoconferência para melhor interação com entes públicos e privados no Brasil e no exterior. O Quadro XV – Gestão de TI do COAF encontra-se no Anexo 2 deste Relatório. 8. RESTOS A PAGAR DE EXERCÍCIOS ANTERIORES Os recursos orçamentários inscritos em Restos a Pagar - RAP de 2009 referentes ao exercício de 2008 compreendem uma inscrição inicial de R$ 267.149,10. Desse valor, R$ 67,77 foram RAP processados cancelados e R$ 253.032,83 foram RAP não processados cancelados. O montante líquido total inscrito e pago efetivamente foi de R$ 14.048,47, conforme dados do Siafi Gerencial. Quadro XVI – Situação dos Restos a Pagar de Exercícios Anteriores Restos a Pagar Processados Ano de Inscrição Montante Inscrito Cancelamentos acumulados Pagamentos acumulados Saldo a Pagar em 31/12/2010 2009 0,00 0,00 0,00 0,00 2008 191,13 67,77 123,36 0,00 Pagamentos acumulados 0,00 Saldo a Pagar em 31/12/2010 0,00 13.925,11 0,00 Restos a Pagar não Processados Ano de Inscrição Montante Inscrito 2009 0,03* Cancelamentos acumulados 0,03* 2008 266.957,94 253.032,83 Observações: * Refere-se a diferença em virtude de arredondamento contábil. fonte: Siafi Gerencial Brasília, 31 de março de 2011 ANTONIO GUSTAVO RODRIGUES Presidente 49 COAF/MF – RELATÓRIO DE GESTÃO 2010 ANEXO 1 Declaração do Contador responsável pela UG do COAF COAF/MF – RELATÓRIO DE GESTÃO 2010 ANEXO 2 Tabelas e Quadros COAF/MF – RELATÓRIO DE GESTÃO 2010 Tabela I – Capacitações Oferecidas em 2010 – Inteligência Financeira e Supervisão PERÍODO HORAS AULA CIDADE/PAÍS 22/01 1 Brasília - DF 7,5 Brasília – DF 08 e 09/03 4 Brasília – DF Workshop sobre Prevenção e Lavagem de Anbima / Compliance de Dinheiro Instituições Financeiras 07/04 1 São Paulo – SP Estrutura e funcionamento do COAF na prevenção ao terrorismo no Brasil EsInt/ABIN 13/04 2 Brasília – DF Fecomercio-SP 15/04 3 São Paulo – SP BASA 19 e 20/04 3 Belém – PA Polícia Civil /AL 19/05 1,5 Maceió – AL Inteligência Financeira Polícia Federal 19/05 1,7 Brasília – DF Análise e Produção de Relatório de Inteligência Financeira Polícia Federal 26/05 1,5 Brasília – DF MPE/ES 26/05 1,2 Vitória – ES Dirigentes do MF Ministério da Fazenda 08/06 1,5 Brasília – DF 1,5 Bauru – SP 2 São Paulo – SP 4 Fortaleza – CE 8 Salvador – BA 4 Teresina – PI 3 Cuiabá – MT 1 Rio de Janeiro – RJ 1 Rio de Janeiro – RJ CURSO ENTIDADE BENEFICIÁRIA Nacional Noções de PLD/FT em Curso de Integração para novos servidores da carreira PECFAZ PNLD para Gestores e Integrantes de LAB-LD. Prevenção à Lavagem de Dinheiro no Setor de Seguros II Evento Técnico A Atuação do COAF na Prevenção à Lavagem de Dinheiro e ao Financiamento do Terrorismo Análise e Identificação de Movimentações Financeiras Suspeitas Influência das diretrizes internacionais Ciclo de Debates para Formação de Dirigentes do Ministério da Fazenda MF LAB-LD de Polícias Civis, LAB-LD do Ministério Publico, Banco 01 e 03/03 Central, AGU, TCU, Polícia Federal e COAF Corretora BRB Influência das Diretrizes Internacionais no MPE/SP 11/06 Combate à Lavagem de Dinheiro Treinamento de Prevenção a Lavagem de Tokio Marine Seguradora Dinheiro e Financiamento ao Terrorismo 14/06 S/A no Setor de Seguros Curso de Capacitação e Treinamento no Combate à Corrupção e à Lavagem de MPE/CE 03/08 Dinheiro Treinamento para policiais do Laboratório de Tecnologia de Combate à Corrupção e à Policia Civil/Salvador 04 e 05/08 Lavagem de dinheiro da SSP/Bahia Curso de Capacitação e Treinamento para o Combate à Corrupção e à Lavagem de Policia Civil e MPE/PI 09 e 10/08 Dinheiro Curso de Capacitação e Treinamento para Combate à Corrupção e à Lavagem de Policia Civil/MT 22 e 23/08 Dinheiro A Utilização das Informações Bancárias na ABERJ 27/08 Inteligência Financeira A atuação do Conselho de Controle de Atividades Financeiras IRB 30/09 e 01/10 COAF/MF – RELATÓRIO DE GESTÃO 2010 Tabela I – Capacitações Oferecidas em 2010 – Inteligência Financeira e Supervisão (cont.) PERÍODO HORAS AULA CIDADE/PAÍS IQPC 22/09 1 São Paulo – SP SINFAC-PR 27/09 2,5 Curitiba – PR Febraban 06/10 1,5 São Paulo – SP Monitoramento de Informações Financeiras Policia Civil/SC 07/10 1,5 Florianópolis – SC Unidade de Inteligência Financeira Policia Civil/SC 07/10 1,7 Florianópolis – SC Empregados de Cooperativas de Crédito 04/11 1,5 Brasília – DF Fiscais BSM - BM&F Bovespa 08/11 4 São Paulo – SP SSP-SE 09/11 8 Aracaju – SE TRF 4ª REGIÃO 18 e 19/11 1 Porto Alegre – RS BM&F-BOVESPA Mercado de Capitais 19/11 4 São Paulo – SP AMBIMA/CETIP/ BM&F - BOVESPA 2/12 1: Rio de Janeiro – RJ Banco Bradesco S/A 9/12 8 Brasília – DF SINFAC-SC 16 e 17/12 2 Criciúma-SC CURSO ENTIDADE BENEFICIÁRIA Nacional A Inteligência Financeira na Prevenção à Lavagem de Dinheiro Crimes de Lavagem de Dinheiro e Obrigações das Empresas de Fomento Mercantil junto ao COAF 11º Congresso Febraban de Auditoria Interna Unidade de Inteligência Financeira e o Combate à Lavagem de Dinheiro e ao Financiamento do Terrorismo Treinamento em PLD/FT SISCOAF - Sistema de Informações do COAF SISCOAF - Sistema de Informações do COAF Unidade de Inteligência Financeira e o Combate à Lavagem de Dinheiro e Financiamento do Terrorismo Seminário SROCC/IOSCO SISCOAF - Sistema de Informações do COAF Prevenção à Lavagem de Dinheiro e ao Financiamento ao Terrorismo no Setor de Factoring fonte: Secretaria-Executiva/COAF COAF/MF – RELATÓRIO DE GESTÃO 2010 Tabela VII - Intercâmbios com UIFs (2003-2009) Unidades de Inteligência Financeira nas Jurisdições Intercâmbios 2003 a 2009 Intercâmbios 2010 Total (2003 a 2010) Estados Unidos da América 207 18 225 Portugal 192 12 204 Uruguai 109 4 113 Suíça 89 3 92 Luxemburgo 78 11 89 Ilhas Virgens Britânicas 75 1 76 Bélgica 60 6 66 Ilhas Cayman 58 4 62 Itália 48 2 50 Espanha 37 9 46 Argentina 42 2 44 Inglaterra 44 0 44 Bolívia 38 4 42 Bahamas 35 6 41 França 32 4 36 Panamá 33 0 33 Alemanha 23 2 25 Paraguai 23 2 25 Venezuela 21 1 22 Jersey 11 10 21 Colômbia 20 0 20 Holanda 20 0 20 Peru 17 2 19 Liechtenstein 15 3 18 México 14 0 14 Israel 10 3 13 Ilhas Man 6 6 12 Guernsey 10 1 11 África do Sul 10 0 10 Reino Unido 5 5 10 Áustria 9 0 9 Chile 9 0 9 Austrália 6 2 8 Bulgária 8 0 8 Irlanda 8 0 8 Eslováquia 6 1 7 Rússia 6 1 7 Canadá 4 2 6 Croácia 2 4 6 COAF/MF – RELATÓRIO DE GESTÃO 2010 Tabela VII - Intercâmbios com UIFs (2003-2009) (cont.) Unidades de Inteligência Financeira nas Jurisdições Intercâmbios 2003 a 2009 Intercâmbios 2010 Total (2003 a 2010) Nova Zelândia 6 0 6 Demais jurisdições* 80 13 93 1526 144 1670 Total fonte: SISCOAF *Demais jurisdições: Antígua e Barbuda, Finlândia, Gibraltar e Romênia (5); Chipre, Costa Rica, Dinamarca, Guatemala e Hungria (4); Bermuda, Cingapura, Emirados Árabes Unidos, Japão e Noruega (3); Albânia, Bósnia Herzegovina, China, Equador, Geórgia, Grècia, Líbano, Malta, Mônaco, Saint Vincent e Ucrânia (2); Antilha Holandesa, Bahrein, Belize, Coréia, Eslovênia, Hong Kong, Ilhas Cook, Ilhas Niue, Índia, Indonésia, Islândia, Letônia, Macedônia, Nigéria, Sérvia e Turquia (1). COAF/MF – RELATÓRIO DE GESTÃO 2010 Quadro VII – Movimentação Orçamentária por Grupo de Despesa Natureza da Movimentação de Crédito Movimentação Interna Concedidos Valores em R$ 1,00 Despesas Correntes 2 – Juros 1 – Pessoal e 3 – Outras e Encargos Despesas Encargos Sociais Correntes da Dívida 628 658 640 646 646 652 652 646 634 640 658 646 UG concedente ou recebedora Classificação da ação 170006 251010418311644946 170009 251010418311644946 300 170016 251010418311644946 14.000 25.000 20.000 10.000 8.000 (18.000) 38.000 35.000 60.000 90.260 48.920 426.500 224 4.000 (4.281) 57 40.000 (243) (40.000) 243 (62) 62 (4.000) 4.000 (136.735) 374 (556) (182) 182 182 426 (100) 100 (50) 7.500 46.212 116.920 4.832 731.282 - - COAF/MF – RELATÓRIO DE GESTÃO 2010 Quadro VII – Movimentação Orçamentária por Grupo de Despesa (cont.) UG concedente ou recebedora Classificação da ação 70017 251010418311644946 7.500 182 (182) (7.500) 170009 251010412511648959 1.400 4.480 280 Concedidos 170016 251010412511648959 - Recebidos Concedidos Recebidos - - - UG concedente ou recebedora Classificação da ação 170016 251010418311644946 Natureza da Movimentação de Crédito Movimentação Interna Movimentação Externa Natureza da Movimentação de Crédito Movimentação Interna Valores em R$ 1,00 Despesas Correntes 2 – Juros 1 – Pessoal e 3 – Outras e Encargos Despesas Encargos Sociais Correntes da Dívida 7.074 (4.832) (300) (332) 332 Concedidos - 5.000 6.800 5.000 6.000 8.000 15.550 25.815 13.430 44.225 25.000 (25.000) (6.160) 50 10.832 13.179 105.759 - Despesas de Capital 5– 4– 6– Inversões Investimento Amortizaçã Financeir s o da Dívida as 30.000 146.500 201.982 (129.139) - Recebidos Movimentação Concedidos Externa Recebidos fonte: Siafi Gerencial Obs.: Os valores negativos - entre parêntesis - referem-se a anulações de crédito. COAF/MF – RELATÓRIO DE GESTÃO 2010 Quadro XI – Estrutura de Controles Internos do COAF Aspectos do sistema de controle interno Ambiente de Controle Avaliação 1 2 3 4 1. Os altos dirigentes da UJ percebem os controles internos como essenciais à consecução dos objetivos da unidade e dão suporte adequado ao seu funcionamento. 2. Os mecanismos gerais de controle instituídos pela UJ são percebidos por todos os servidores e funcionários nos diversos níveis da estrutura da unidade. 3. A comunicação dentro da UJ é adequada e eficiente. 4. Existe código formalizado de ética ou de conduta. 11. Há clara identificação dos processos críticos para a consecução dos objetivos e metas da unidade. 12. É prática da unidade o diagnóstico dos riscos (de origem interna ou externa) envolvidos nos seus processos estratégicos, bem como a identificação da probabilidade de ocorrência desses riscos e a consequente adoção de medidas para mitigá-los. 13. É prática da unidade a definição de níveis de riscos operacionais, de informações e de conformidade que podem ser assumidos pelos diversos níveis da gestão. 14. A avaliação de riscos é feita de forma contínua, de modo a identificar mudanças no perfil de risco da UJ, ocasionadas por transformações nos ambientes interno e externo. 5 Ambiente de Controle x x x 5. Os procedimentos e as instruções operacionais são padronizados e estão postos em documentos formais. 6. Há mecanismos que garantem ou incentivam a participação dos funcionários e servidores dos diversos níveis da estrutura da UJ na elaboração dos procedimentos, das instruções operacionais ou código de ética ou conduta. 7. As delegações de autoridade e competência são acompanhadas de definições claras das responsabilidades. 8. Existe adequada segregação de funções nos processos da competência da UJ. 9. Os controles internos adotados contribuem para a consecução dos resultados planejados pela UJ. Avaliação de Risco 10. Os objetivos e metas da unidade jurisdicionada estão formalizados. Comentários COAF x O Plenário do COAF, por meio da Resolução nº 11, de 16/03/2005, aprovou Código de Ética específico para o Órgão. Há manuais operacionais em processo de validação. x O COAF estimula participativa. x a gestão x x x 1 2 3 4 5 x x x x x Os controles internos ao mesmo tempo em que ampliam a segurança, transparência e qualidade dos processos geram também reflexo negativos na produtividade. Avaliação de Risco O COAF tem aprovados missão, visão e valores. Suas metas estão consignadas em duas ações finalísticas no PPA. A noção de processos críticos é empírica. O COAF aplica a análise de risco com maior ênfase em seus processos finalísticos. COAF/MF – RELATÓRIO DE GESTÃO 2010 Quadro XI – Estrutura de Controles Internos do COAF (cont.) Aspectos do sistema de controle interno Ambiente de Controle 15. Os riscos identificados são mensurados e classificados de modo a serem tratados em uma escala de prioridades e a gerar informações úteis à tomada de decisão. 16. Existe histórico de fraudes e perdas decorrentes de fragilidades nos processos internos da unidade. 17. Na ocorrência de fraudes e desvios, é prática da unidade instaurar sindicância para apurar responsabilidades e exigir eventuais ressarcimentos. 18. Há norma ou regulamento para as atividades de guarda, estoque e inventário de bens e valores de responsabilidade da unidade. Procedimentos de Controle 19. Existem políticas e ações, de natureza preventiva ou de detecção, para diminuir os riscos e alcançar os objetivos da UJ, claramente estabelecidas. 20. As atividades de controle adotadas pela UJ são apropriadas e funcionam consistentemente de acordo com um plano de longo prazo. 21. As atividades de controle adotadas pela UJ possuem custo apropriado ao nível de benefícios que possam derivar de sua aplicação. 22. As atividades de controle adotadas pela UJ são abrangentes e razoáveis e estão diretamente relacionados com os objetivos de controle. Informação e Comunicação 23. A informação relevante para UJ é devidamente identificada, documentada, armazenada e comunicada tempestivamente às pessoas adequadas. 24. As informações consideradas relevantes pela UJ são dotadas de qualidade suficiente para permitir ao gestor tomar as decisões apropriadas. 25. A informação disponível à UJ é apropriada, tempestiva, atual, precisa e acessível. 26. A Informação divulgada internamente atende às expectativas dos diversos grupos e indivíduos da UJ, contribuindo para a execução das responsabilidades de forma eficaz. 27. A comunicação das informações perpassa todos os níveis hierárquicos da UJ, em todas as direções, por todos os seus componentes e por toda a sua estrutura. Avaliação 1 2 3 4 Comentários COAF 5 Ambiente de Controle x - - - - - - - - - - 1 2 3 4 Os controles internos em vigor demonstram-se suficientes para mitigar a ocorrência de fraudes ou perdas. Não houve ocorrências dessa natureza no COAF. x As normas sobre essa matéria e sua operacionalização estão a cargo da Subsecretaria de Planejamento, Orçamento e Administração do Ministério da Fazenda – SPOA/MF, por meio da Superintendência de Administracação do MF no Distrito Federal – SAMF/DF. 5 Procedimentos de Controle x x x x 1 2 3 4 5 x Informação e Comunicação O COAF é uma UJ de pequenas dimensões e de funcionamento centralizado, o que facilita a comunicação interna. x x x x O fluxo interno de documentos dáse em meio digital com registro dos diversos níveis hierárquicos nele envolvidos. COAF/MF – RELATÓRIO DE GESTÃO 2010 Quadro XI – Estrutura de Controles Internos do COAF (cont.) Aspectos do sistema de controle interno Monitoramento 28. O sistema de controle interno da UJ é constantemente monitorado para avaliar sua validade e qualidade ao longo do tempo. 29. O sistema de controle interno da UJ tem sido considerado adequado e efetivo pelas avaliações sofridas. 30. O sistema de controle interno da UJ tem contribuído para a melhoria de seu desempenho. Considerações gerais: Avaliação 1 2 3 4 x Comentários COAF 5 Monitoramento O monitoramento em questão está concentrado nas áreas finalísticas. x O Relatório final do processo de Avaliação Mútua do Brasil levado a cabo pelo GAFI em 2009 e 2010 não apresentou ressalvas no que tange aos controles internos do COAF. x LEGENDA Níveis de Avaliação: (1) Totalmente inválida: Significa que o fundamento descrito na afirmativa é integralmente não aplicado no contexto da UJ. (2) Parcialmente inválida: Significa que o fundamento descrito na afirmativa é parcialmente aplicado no contexto da UJ, porém, em sua minoria. (3) Neutra: Significa que não há como afirmar a proporção de aplicação do fundamento descrito na afirmativa no contexto da UJ. (4) Parcialmente válida: Significa que o fundamento descrito na afirmativa é parcialmente aplicado no contexto da UJ, porém, em sua maioria. (5) Totalmente válido: Significa que o fundamento descrito na afirmativa é integralmente aplicado no contexto da UJ. COAF/MF – RELATÓRIO DE GESTÃO 2010 Quadro XII - Gestão Ambiental e Licitações Sustentáveis Aspectos sobre a gestão ambiental Licitações Sustentáveis 1. A UJ tem incluído critérios de sustentabilidade ambiental em suas licitações que levem em consideração os processos de extração ou fabricação, utilização e descarte dos produtos e matérias primas. ? Se houver concordância com a afirmação acima, quais critérios de sustentabilidade ambiental foram aplicados? 2. Em uma análise das aquisições dos últimos cinco anos, os produtos atualmente adquiridos pela unidade são produzidos com menor consumo de matéria-prima e maior quantidade de conteúdo reciclável. 3. A aquisição de produtos pela unidade é feita dando-se preferência àqueles fabricados por fonte não poluidora bem como por materiais que não prejudicam a natureza (ex. produtos de limpeza biodegradáveis). 4. Nos procedimentos licitatórios realizados pela unidade, tem sido considerada a existência de certificação ambiental por parte das empresas participantes e produtoras (ex: ISO), como critério avaliativo ou mesmo condição na aquisição de produtos e serviços. ? Se houver concordância com a afirmação acima, qual certificação ambiental tem sido considerada nesses procedimentos? 5. No último exercício, a unidade adquiriu bens/produtos que colaboram para o menor consumo de energia e/ou água (ex: torneiras automáticas, lâmpadas econômicas). ? Se houver concordância com a afirmação acima, qual o impacto da aquisição desses produtos sobre o consumo de água e energia? 6. No último exercício, a unidade adquiriu bens/produtos reciclados (ex: papel reciclado). ? Se houver concordância com a afirmação acima, quais foram os produtos adquiridos? 7. No último exercício, a instituição adquiriu veículos automotores mais eficientes e menos poluentes ou que utilizam combustíveis alternativos. ? Se houver concordância com a afirmação acima, este critério específico utilizado foi incluído no procedimento licitatório? 8. Existe uma preferência pela aquisição de bens/produtos passíveis de reutilização, reciclagem ou reabastecimento (refil e/ou recarga). ? Se houver concordância com a afirmação acima, como essa preferência tem sido manifestada nos procedimentos licitatórios? 9. Para a aquisição de bens/produtos é levada em conta os aspectos de durabilidade e qualidade de tais bens/produtos. 10. Os projetos básicos ou executivos, na contratação de obras e serviços de engenharia, possuem exigências que levem à economia da manutenção e operacionalização da edificação, à redução do consumo de energia e água e à utilização de tecnologias e materiais que reduzam o impacto ambiental. 11. Na unidade ocorre separação dos resíduos recicláveis descartados, bem como sua destinação, como referido no Decreto nº 5.940/2006. Avaliação 1 2 3 4 5 - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - Comentários COAF Licitações Sustentáveis x As contratações e licitações do COAF são efetuadas pela SAMF-DF/SPOA/MF. x x - - - - - - - - - - - - - - - x COAF/MF – RELATÓRIO DE GESTÃO 2010 Quadro XII - Gestão Ambiental e Licitações Sustentáveis (cont.) Aspectos sobre a gestão ambiental Licitações Sustentáveis Avaliação 1 2 3 4 5 Comentários COAF Licitações Sustentáveis 12. Nos últimos exercícios, a UJ promoveu campanhas entre os servidores visando a diminuir o consumo de água e energia elétrica. x ? Se houver concordância com a afirmação acima, como se procedeu a essa campanha (palestras, folders, comunicações oficiais, etc.)? 13. Nos últimos exercícios, a UJ promoveu campanhas de conscientização da necessidade de proteção do meio ambiente e preservação de recursos naturais voltadas para os seus servidores. ? Se houver concordância com a afirmação acima, como se procedeu a essa campanha (palestras, folders, comunicações oficiais, etc.)? Considerações Gerais: As contratações e licitações do COAF são efetuadas pela SAMF-DF/SPOA/MF. LEGENDA Níveis de Avaliação: (1) Totalmente inválida: Significa que o fundamento descrito na afirmativa é integralmente não aplicado no contexto da UJ. (2) Parcialmente inválida: Significa que o fundamento descrito na afirmativa é parcialmente aplicado no contexto da UJ, porém, em sua minoria. (3) Neutra: Significa que não há como afirmar a proporção de aplicação do fundamento descrito na afirmativa no contexto da UJ. (4) Parcialmente válida: Significa que o fundamento descrito na afirmativa é parcialmente aplicado no contexto da UJ, porém, em sua maioria. (5) Totalmente válida: Significa que o fundamento descrito na afirmativa é integralmente aplicado no contexto da UJ. COAF/MF – RELATÓRIO DE GESTÃO 2010 Quadro XV – Gestão de TI do COAF Avaliação Quesitos a serem avaliados 1 Planejamento 1. Há planejamento institucional em vigor ou existe área que faz o planejamento da UJ como um todo. 2. Há Planejamento Estratégico para a área de TI em vigor. 3. Há comitê que decida sobre a priorização das ações e investimentos de TI para a UJ. Recursos Humanos de TI 4. Quantitativo de servidores e de terceirizados atuando na área de TI. 5. Há carreiras específicas para a área de TI no plano de cargos do Órgão/Entidade. Segurança da Informação 6. Existe uma área específica, com responsabilidades definidas, para lidar estrategicamente com segurança da informação. 7. Existe Política de Segurança da Informação (PSI) em vigor que tenha sido instituída mediante documento específico. Desenvolvimento e Produção de Sistemas 8. É efetuada avaliação para verificar se os recursos de TI são compatíveis com as necessidades da UJ. 9. O desenvolvimento de sistemas quando feito na UJ segue metodologia definida. 2 3 4 Comentários COAF 5 Planejamento Todas as demandas de T.I. do COAF são processadas pelo SERPRO sob supervisão da Coodenação-Geral de T.I. da SPOA/MF. x O COAF não possui formalmente constituída. x 1 x 2 3 4 2 3 4 T.I. Recursos Humanos de TI 3 (três) servidores responsáevis pela intelocução técnica com o SERPRO e COGTI/SPOA/MF 5 Segurança da Informação A segurança da informação permeia as áreas e sistemas de T.I. do COAF. x x 1 2 3 4 5 Não há documento específico, embora a PSI esteja refletida nas normas e procedimentos internos. Desenvolvimento e Produção de Sistemas A última avaliação foi feita em 2008. x Há desenvolvimento residual com base em ferramentas como Excel e Accesscom o intuito de suprir necessidades mais imediatas. O COAF não oferece soluções de TI a clientes. x 10. É efetuada a gestão de acordos de níveis de serviço das soluções de TI do Órgão/Entidade oferecidas aos seus clientes. 11. Nos contratos celebrados pela UJ é exigido acordo de nível de serviço. de 5 Informar quantitativos x 1 área x - - - - - Contratação e Gestão de Bens e Serviços de TI 1 2 3 4 5 12. Nível de participação de terceirização de Informar o percentual bens e serviços de TI em relação ao de participação desenvolvimento interno da própria UJ. 12. Na elaboração do projeto básico das contratações de TI são explicitados os benefícios da contratação em termos de x resultado para UJ e não somente em termos de TI. 13. O Órgão/Entidade adota processo de trabalho formalizado ou possui área específica de gestão de contratos de bens e serviços de TI. A celebração de contratos de TI é realizada exclusivamente pela COGTI/SPO. Contratação e Gestão de Bens e Serviços de TI Não há desenvolvimento interno. Embora a contratação seja realizada pela COGTI/SPOA, as demandas do COAF são encaminhadas acompanhadas de descrição dos benefícios esperados. A gestão de contratos de TI está a cargo da SPOA/MF, por meio da Coordenação-Geral de Tecnologia da Informação – COGTI. A prestação de serviços de TI é realizada pelo SERPRO. COAF/MF – RELATÓRIO DE GESTÃO 2010 Quadro XV – Gestão de TI do COAF (cont.) Avaliação Quesitos a serem avaliados Contratação e Gestão de Bens e Serviços de TI 14. Há transferência de conhecimento para servidores do Órgão/Entidade referente a produtos e serviços de TI terceirizados? Comentários COAF 1 2 3 4 5 1 2 3 4 5 - - - - - Contratação e Gestão de Bens e Serviços de TI O COAF concentra todo seu desenvolvimento de TI no SERPRO. O conhecimento técnico produzido, portanto, permanece em entidade da Administração Pública Federal indireta, em que pese não haver sua transferência formal ao COAF. Não obstante, o COAF, com o apoio técnico do SERPRO, detém experiência na transferência de conhecimento em TI a outros órgãos públicos, Considerações Gerais: O COAF concentra todo seu desenvolvimento de TI no SERPRO/MF. LEGENDA Níveis de avaliação: (1) Totalmente inválida: Significa que a afirmativa é integralmente NÃO aplicada ao contexto da UJ. (2) Parcialmente inválida: Significa que a afirmativa é parcialmente aplicada ao contexto da UJ, porém, em sua minoria. (3) Neutra: Significa que não há como afirmar a proporção de aplicação do fundamento descrito na afirmativa no contexto da UJ. (4) Parcialmente válida: Significa que a afirmativa é parcialmente aplicada ao contexto da UJ, porém, em sua maioria. (5) Totalmente válida: Significa que a afirmativa é integralmente aplicada ao contexto da UJ.