Professor Aguinaldo Ramos de Miranda [email protected] – telefones: (11) 39749970 – 998005037 O professor Aguinaldo, mestrado em Matemática – 35 anos a serviço da educação no Brasil. Desenvolve atividades de cálculo mental desde 1978. Uma pequena reflexão: Porque nossos alunos não param para pensar? ALFABETIZAÇÃO MATEMÁTICA... Uma expressão da moda atual. Onde estão os motivos pelos quais nossos alunos continuam e atualmente apresentam um baixo nível de conhecimento nesse tão temido conteúdo da aprendizagem? A MATEMÁTICA É DIFICIL...MAS O QUE NÃO É? Talvez fosse melhor perguntar: - O que é fácil? - Nadar? Plantar? Brincar? Desenhar? Jogar vídeo-game? Toda a atividade é difícil para quem a inicia. No aprendizado, o gosto e o interesse são fundamentais. Não adianta se afobar e tocar para frente de qualquer jeito. Por outro lado, o que auxilia muito é o prazer das pequenas descobertas. E, por incrível que possa parecer quanto mais se conhece e pratica uma atividade, mais a gente descobre sobre ela. E na Matemática também é assim. Veja o que acontece nos dois esquemas seguintes que são bem diferentes: SE O ALUNO: - Tem interesse (gosto) faz descobertas mais interesse mais descobertas - Não tem interesse (gosto) Perda de tempo, nenhuma descoberta nervosismo desinteresse e desatenção. A Matemática não é diferente das outras atividades, o que importa mesmo é que o aluno tenha curiosidade por ela. Todo ser humano, ao menos uma vez na vida, terá perguntado a si mesmo: por que chove? Como nasce a semente? O que é a vida? O que acontece depois da morte? O que é o mundo, afinal? Percebemos então que é da curiosidade que nasce o interesse, pois quando o homem antigo, ao ver um relâmpago riscar o céu, dizia “os deuses estão bravos!” Ele estava tentando dar uma explicação para o que observava. Todo aluno provavelmente já aprendeu que o calor do sol faz evaporar a água dos rios, lagos e mares, e que esse vapor forma as nuvens. Também aprendeu que é das nuvens que vem a chuva. A ciência é uma tentativa permanente de o homem compreender o mundo que o rodeia, sendo que dos fatores: necessidade e curiosidade é que nasceram todas as ciências. E uma dessas ciências que o homem desenvolveu é a Matemática. Reiteramos então que o importante é provocar no aluno o interesse e a curiosidade pela Matemática. MAS, E O QUE FAZER? Trabalhando em sala de aula desde o ano de 1978, percebo que nosso alunado quando apenas aprende mecanismos e técnicas operatórias, apresentam um baixo rendimento quando cobrados em nível de conceitos e propriedades matemáticas. Se os objetivos gerais da Matemática, de acordo com os PCN visam levar o aluno a compreender e transformar o mundo a sua volta, estabelecer relações qualitativas e quantitativas, resolver situaçõesproblema, comunicar-se matematicamente, entender as intraconexões matemáticas e as relações da Matemática com as demais áreas do conhecimento, desenvolver no aluno a autoconfiança em seu fazer matemático e ensiná-lo a interagir adequadamente com seus pares. A Matemática deve colaborar para o desenvolvimento de novas competências, novos conhecimentos que sejam de interesse dos educandos e o entendimento de diferentes tecnologias e linguagens que o mundo globalizado exige das pessoas. A área de Matemática, assim como as demais áreas do currículo, deverão ser igualmente abordadas e planejadas com os devidos cuidados. Não podemos pura simplesmente nos desviar de apresentar e desenvolver as propriedades básicas para a verdadeira “ALFABETIZAÇÃO MATEMÁTICA”, principalmente quando do ensino dos algoritmos (operações) matemáticos. Se uma das preocupações atuais de nossos governantes e educadores está relacionada com a superação do chamado analfabetismo funcional, ou seja, com a dificuldade dos alunos não dominarem habilidades matemáticas de uso freqüente, em situações práticas do cotidiano, tais como: 1 Leitura de números de uso freqüente; reconhecer e anotar números; estimativa de cálculos e medidas de comprimento e comparação de áreas; entendimento de gráficos e tabelas; leitura de preços e horários; utilização de calendários; leitura de contas de luz, água, telefones fixos e celulares etc. e utilização de calculadoras. Em nossa sociedade todos necessitamos da Matemática como ferramenta para a solução de problemas da vida diária. Portanto, é responsabilidade nossa, integrantes da área educacional e principalmente da área da Matemática, fazer com que os alunos desenvolvam competências e habilidades, bem como construam os conhecimentos necessários para entender e criar as estratégias e soluções para resolver situações da vida real. Em síntese, proporcionar aos nossos alunos, uma formação educacional voltada para uma completa alfabetização matemática, para que eles dêem conta de exercer plenamente sua cidadania. Finalizo reiterando o respeito às diferenças individuais: A diferença de capacidade entre os alunos é natural, mas é maior do que pais e professores imaginam. Crianças dotadas de grande capacidade de aprendizagem acabam sendo prejudicadas pela falta de percepção dos pais, bem como de nós professores, que nos satisfazemos em vê-las niveladas aos outros alunos da mesma série da escola tradicional, já crianças que apresentam dificuldades de aprendizagem são pressionadas a estudar conteúdos acima de sua capacidade, passando a não gostar dos estudos e, não raro, a desenvolver um sentimento de inferioridade. É importante, portanto, que mesmo convivendo com alunos com diferenças individuais, os professores fiquem atentos a essas diferenças, principalmente na hora das avaliações, evitando sempre as comparações. EINSTEIN FOI UM GÊNIO? Praticava mais “SINÁPSES NOS NEURÔNIOS”! Apoiado no texto abaixo de SILVIA HELENA CARDOSO, PhD, pretendo comentar sobre as famosas sinapses nos neurônios. Sempre suspeitamos que houvesse algo extraordinário do ponto de vista físico, que fez com que Albert Einstein fosse mais inteligente do que nós. Suas contribuições mudaram nossos conceitos de espaço tempo e a própria natureza da realidade, e suas idéias influenciaram praticamente todos os aspectos da física moderna, seja ela subatômica ou cosmológica. O próprio Einstein afirmou uma vez que uma das chaves para sua inteligência era a habilidade de visualizar os problemas com os quais trabalhava. Então ele traduzia essas imagens visuais na linguagem abstrata da matemática. Na verdade, um de seus exemplos mais famosos, é a teoria especial da relatividade, que segundo contam, ele desenvolveu a partir de devaneios sobre o que seria viajar através do universo em um feixe de luz. Quando Einstein morreu em 1955 aos 76 anos de idade, seu corpo foi cremado. Antes disso, o Dr. Thomas Harvey, o patologista que realizou a autópsia, levou o cérebro de Einstein para casa. Algumas partes do cérebro foram doadas para serem utilizadas em pesquisas científicas. O cérebro ficou esquecido até 1978 quando o repórter Stephen Levy localizou-o no consultório de Harvey em Kansas. Segundo Levy, o cérebro de Einstein estava armazenado em duas jarras no consultório de Harvey. A maior parte do cérebro, com exceção do cerebelo e partes do córtex cerebral, havia sido secionada. As investigações preliminares do Dr. Harvey não haviam descoberto nada fora do comum quanto às estruturas anatômicas do cérebro do gênio. Um dos cientistas que recebeu um fragmento do cérebro foi Marian Diamond, uma importante professora em Berkeley. Mas para que tantos neurônios? Agora não há mais dúvida: temos 86 bilhões de neurônios em nosso cérebro. Até então a ciência achava que tínhamos 100 bilhões, mas era um número aproximado, sem comprovação. Os neurocientistas Suzana Herculano-Houzel e Roberto Lent, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), estudaram cérebros sadios de homens entre 50 e 70 anos. Foram seis anos de pesquisas. Daí eles conseguiram pela primeira vez contar com precisão quantos neurônios temos. VOCÊ SABIA? Que os neurônios são as células mais antigas e mais longas do seu corpo! Você mantem os mesmos neurônios por toda a sua vida. Enquanto outras células são renovadas, os neurônios não são. Na verdade você tem menos neurônios quando você fica mais velho do que quando você era novo. Os que você tem quando fica velho são os mesmos que você tinha quando era novo! O que é Sinapse? Numa abordagem puramente descritiva, "sinapse" não designa mais do que o espaço vazio entre dois neurônios, ainda que este seja um daqueles casos em que o vazio pode ser criador. É fácil identificar na palavra o prevérbio grego "sún-", que dá a idéia de reunião (equivalente ao latino "co-"), e o substantivo "hápsis", derivado do verbo "hápto", que quer dizer "atar", "ligar", "segurar". Sinapse significa, portanto, "ponto de união". Numa tradução mais literal: "coligação". Anatole Karpov (O grande campeão mundial de xadrez)! Outro gênio? 2 De acordo com um mapeamento neurológico que nele foi feito na Inglaterra, no grande campeão mundial de xadrez foi constatado ter ele alcançado uma marca de onze e meio por cento de pratica de sinapses nos neurônios. Podemos concluir que de oitenta e seis bilhões, uma pessoa com uma resposta mental magnífica, como Karpov conseguiu uma marca da utilização de pouco mais de dez bilhões de neurônios... E nós? Eis o motivo maior de Minha palestra. PENSAR É PRECISO (pois é pensando que se provoca dendritos entre os neurônios, as famosas sinapses). E por falar nisso, vamos pensar um pouco? Apresento sugestões de algumas atividades que certamente farão você praticar sinapses! 1. Jogo do 24 (adaptado): Utilizando os quatro números da figura abaixo e apenas uma só vez cada um, obtenha 24, utilizando todas as operações que precisar. Descreva como conseguiu: 2. «O macaco e as bananas»: De todas as bananas que tinha, tirou 8, em seguida tirou a metade, ficando com 4 bananas.Quantas bananas tinha o macaco inicialmente? 3. «Observe atentamente as imagens e as informações»: Calcule o valor de 1 limão. Nota: Calcule tudo mentalmente. = 70 = 51 4. «O peso certo»: Observe as balanças. Repare bem nos pratos equilibrados e nos objetos e ainda nos “pesos” que lá estão. Complete as tabelas com os valores correspondentes. 3 5. Jogo dos símbolos geométricos: Complete as lacunas com os valores adequados. (Nota: Os valores à direita e em baixo referem-se, respectivamente, às linhas e às colunas da tabela) SUGESTÕES DE ATIVIDADES DE CÁLCULO MENTAL COM MATERIAIS CONCRETOS: FECHA CAIXA + RÉGUA DAS OPERAÇÕES 4