ANO 18 Nº 200 Mai/12 Do Oeste da Bahia para o mundo Cerrado baiano vai exportar milho pela primeira vez. Escoar o excedente da safra do cereal para o mercado externo abre nova opção para o produtor e contribui para sustentar os preços. Aiba intermediou os primeiros embarques e acredita que a exportação será em estímulo ao incremento da área plantada com milho na próxima safra. Página 02 3º Relatório de Safra Alta Tecnologia aplicada no campo amorteceu o efeito da estiagem.No total, o Oeste da Bahia deverá colher 7,3 milhões de toneladas de grãos, 7% a mais que em 2010/11. A área plantada foi de 2 milhões de hectares (+10%), com Valor Bruto de Produção (VBP) de R$6 bilhões. Páginas 03 a 06 Personalidade – Bahia Farm Show terá o secretário estadual da Agricultura, Eduardo Salles, como homenageado da edição 2012. Página 07 Privatização - Cartório de Registro de Imóveis de Correntina-BA continua fechado. Em Luís Eduardo Magalhães, atividades do Cartório de Notas serão retomadas em prédio da Prefeitura. A suspensão dos serviços por um tempo prolongado prejudicou o produtor rural. Página 02 ANO 18 Nº 200 Mai/12 2 Cartório de Registro de Imóveis de Correntina-BA continua fechado. Em Luís Eduardo Magalhães, atividades do Cartório de Notas serão retomadas em prédio da Prefeitura A comunidade de Correntina aguarda a reabertura do Cartório de Registro de Imóveis, fechado desde o dia 25 de março último, quando entrou em vigor a lei estadual que privatizou os estabelecimentos. A expectativa era que, ontem mesmo, o órgão voltasse às atividades em novo endereço, o Fórum municipal. A sinalização para um possível recomeço dos trabalhos havia sido dada pelo juiz corregedor José Carlos do Nascimento, que visitou a comarca no dia 27 de abril, após demanda da Associação de Agricultores e Irrigantes da Bahia (Aiba) ao Desembargador Antônio Pessoa Cardoso, em reunião na sede do Tribunal de Justiça da Bahia, no Centro Administrativo, em Salvador. Desde o dia 25 de março, a comunidade de Correntina não conta com os serviços do Cartório, cujo concessionário renunciou ao direito após as mudanças na legislação baiana. Em Luís Eduardo Magalhães, a situação era a mesma com o Cartório de Notas, mas, segundo informou a Prefeitura Municipal, o problema foi solucionado e, dentro de 15 dias, o Cartório de Notas voltará a funcionar no município, com atendimento de segunda a sexta-feira e em novas instalações. A decisão foi anunciada em reunião na no dia 04 de maio, entre o prefeito Humberto Santa Cruz, a procuradorageral do município, Danielle Luz, e o sub tabelião, Jaider Silva Santos. O cartório, que funcionava no Fórum da cidade, estava paralisado há mais de 40 dias. Assim que voltar às atividades, o Cartório de Notas atenderá na sede da Prefeitura Municipal, no local onde funcionava a Secretaria de Cultura. Na sexta-feira passada (04), a Aiba entrou em contato com a Assessoria de Comunicação do Tribunal de Justiça da Bahia, que informou que a mudança do Cartório de Correntina para o Fórum do município ocorreria durante o final de semana, estando o órgão pronto na segunda-feira (07), ainda que fossem esperados eventuais problemas na fase inicial. A suspensão das atividades nos cartórios de Registro de Imóveis de Correntina e de Luís Eduardo Magalhães está acarretando sérios problemas à sociedade nos municípios do Oeste da Bahia, em especial, aos produtores rurais. Os agricultores dependem dos serviços cartorários para operacionalizar, junto aos agentes financeiros e fornecedores, a captação de recursos para custeio e investimento em suas lavouras. O assunto vem sendo tornado público pela Aiba, que tratou do problema, inclusive, com os parlamentares baianos. No dia 26 de abril, às 16h, o vice-presidente da entidade, Sérgio Pitt, e o diretor regional da Aiba, João Lopes ANO 18 - Nº 200 - Mai/12 Publicação mensal editada pela Associação de Agricultores e Irrigantes da Bahia - Aiba Jornalista Responsável: Catarina Guedes - DRT 2370-BA Aprovação Final: Alex Rasia Editoração Eletrônica: Eduardo Lena (77) 3611-8811 Impressão: Gráfica Irmãos Ribeiro (77) 3614-1201 Tiragem: 2.500 exemplares Comentários sobre o conteúdo editorial desta publicação, sugestões e críticas, devem ser encaminhadas através de e-mail para: [email protected] Matérias da Abapa, Fundeagro e Fundação Bahia são de responsabilidade das referidas entidades. A reprodução total ou parcial do conteúdo desta publicação é permitida e até recomendada, desde que citada a fonte. www.aiba.org.br Av. Ahylon Macêdo, 11, Barreiras - BA - CEP. 47.806-180 - Fone: (77) 3613-8000 Fax: (77) 3613-8020 Araujo, reuniram-se com o Corregedor das Comarcas do Interior do Estado da Bahia, Desembargador Antô- nio Pessoa Cardoso, na sede do Tribunal de Justiça da Bahia, no Centro Administrativo, em Salvador. PID do Fundeagro forma nova turma N o dia 13 de abril, 80 alunos da rede pública do Oeste da Bahia, contemplados pelo Programa de Inclusão Digital (PID) do Fundeagro, receberam o diploma de certificação de curso. A cerimônia foi realizada no auditório da Abapa, em Barreiras. O PID foi criado em 2006, como uma ferramenta de Responsabilidade Social do Fundeagro, e tem como objetivo elevar jovens estudantes com poucos recursos às condições desejáveis para o mercado de trabalho. Os rapazes e moças atendidos têm idade entre 16 e 19 anos, e são selecionados rigorosamente seguindo critérios de idade, bom rendimento escolar e nenhuma experiência profissional prévia. O projeto é uma parceria do Fundo com a escola Microlins, e abrange os municípios de Barreiras, Luís Eduardo Magalhães, São Desidério e o Distrito de Roda Velha. Mais de 440 alunos,de 21 turmas, já se formaram. “O Fundeagro investe diretamente em pessoas e preocupa-se com a realidade econômica social do meio onde está inserido. Pensa que cada um pode fazer uma grande diferença, basta apostar e acreditar num futuro melhor, de desenvolvimento e crescimento”, diz o presidente da entidade, Ademar Marçal. ANO 18 Nº 200 Mai/12 3 Aiba divulga o 3º Relatório de Safra, considerando a estiagem A s áreas de exploração agrícola mais recentes, localizadas na região de transição entre a caatinga e o cerrado da Bahia, são as que estão sofrendo mais severamente os efeitos da maior estiagem dos últimos 30 anos no estado, naquela região. Baianópolis, Cocos, Correntina e Jaborandi são alguns dos municípios mais atingidos. A Associação de Agricultores e Irrigantes da Bahia (Aiba) consolidou, no dia 25 de maio, os dados do 3º Relatório da Safra 2011/12, após reunião do Conselho Técnico da entidade e instituições diversas. Nas áreas novas, as médias das perdas chegam até 80% na produção da soja. A oleaginosa é geralmente a primeira cultura introduzida nas áreas recém abertas de cerrado, e, por isso, reflete em maior grau o problema. O algodão também sofre as consequências da seca, mas as perdas estimadas, até então, são de 10%. Já o milho, dentre as três principais commodities produzidas na região, foi a que menos sentiu os efeitos da estiagem, pois a maior parte das lavouras de milho conseguiu fechar o ciclo produtivo antes do agravamento da situação, observado especialmente em algumas microrregiões. A produtividade média para o milho está estimada em 155 sacas por hectare, 3% acima da expectativa dos 1º e 2º Levantamentos da Safra 2011/12, porém 5% abaixo do que foi registrado no período 2010/11. “Com todo o problema climático, algo que não se via desde a safra 2001/ 2002, ainda teremos um bom resultado geral na região, com soja perdendo em produtividade 14%, o milho, 5% e o algodão 10%. E é preciso que se diga que estes números são comparados à safra anterior, que foi recorde de produtividade nas três culturas. Isso é uma demonstração de que a aplicação de alta tecnologia na agricultura é um grande mitigador de risco climático”, diz o presidente da Aiba, Walter Horita. Para o diretor do Conselho Técnico da Aiba, Antônio Grespan, pode-se concluir que, nesta safra, o produtor que fez rotação de cultura foi recompensado. “Em que pese o maior risco climático que a cultura do milho apresenta, quando a estiagem iniciou, as lavouras estavam com seu potencial de produção consolidado. A diversificação na matriz produtiva deu mais uma prova de sua eficácia. O produtor precisa ter opções para es- tabilizar suas receitas, tanto diante de frustrações climáticas, como das flutuações do preços das commodities. A rotação contribui tanto para a sustentabilidade ambiental, como para a econômica”, analisa Grespan. Participaram da reunião de validação dos dados do Conselho Técnico da Aiba, a Associação dos Produtores de Algodão da Bahia (Abapa),Associação dos Cafeicultores do Oeste da Bahia (Abacafé), Associação dos Engenheiros Agrônomos de Barreiras (AEAB), Associação dos Produtores de Soja da Bahia (Aprosoja-BA), Associação dos Produtores de Sementes da Bahia (Aprosem-BA), Banco do Brasil, HSBC, Bunge, Cargill, Desenbahia, Fundação BA, Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE), Sindicato dos Produtores Rurais de Barreiras, Sindicato dos Produtores Rurais de Luís Eduardo Magalhães. Irrigação complementar No Oeste da Bahia, as lavouras irrigadas representam apenas 8% do total da região. A Aiba defende uma proposta de “outorga sazonal” para aproveitar os períodos de maior vazão e introdu- zir uma irrigação complementar. De acordo com o vice presidente da Aiba, Sérgio Pitt, esta medida poderia amenizar um pouco o problema em pontos isolados, com a irrigação complementar no período de fevereiro a março. Essa água poderia ser usada na lavoura neste período em que deveria ter chovido. “Nesses casos específicos, estamos deixando a água dos rios simplesmente passar, sem aproveitar esse potencial hídrico nas lavouras, para garantir uma oferta maior de alimentos, e o investimento dos produtores”, disse Pitt. Produção No total, o Oeste da Bahia deverá colher 7,3 milhões de toneladas de grãos, 7% a mais que em 2010/11. A área plantada foi de 2 milhões de hectares (+10%), com Valor Bruto de Produção (VBP) de R$6 bilhões. Soja A cultura da soja foi a mais afetada pelo déficit hídrico. Os veranicos ocorreram no período crítico do ciclo produtivo, ocasionando redução sensível do potencial das lavouras. “Porém, há regiões em que o volume das precipitações foi favorá- vel, e registraram-se boas médias de produtividade”, diz o assessor de Agronegócios da Aiba, Jonatas Brito. Os principais problemas se deram em municípios como Baianópolis, Cocos, Correntina e Jaborandi. A produtividade média da soja foi de 48 sacas por hectare. A soja ocupa uma área de 1,15 milhão de hectares e deve concluir a safra com uma produção de 3,2 milhão de toneladas, com VBP de R$2,5 bilhões. Milho O cereal teve um expressivo aumento de área, saindo de 143 mil hectares na safra 2010/11, para 243 mil hectares em 2011/12, 60% de aumento. A produtividade, contudo, deve cair apenas 5%, passando de 163 sacas por hectare, para 155 sacas por hectare, da safra passada para a em curso. A explicação para o aumento de área, segundo a Aiba, foram os preços altos da commodity que estimularam o plantio, o que contribuiu para a autossuficiência do Nordeste na produção do cereal. Nesta safra, a produção está estimada em 2.3 milhões de toneladas do grão. Algodão A cotonicultura também está sofrendo com a estiagem. Os veranicos, que chegaram a durar mais de 30 dias em algumas localidades como a região de Jaborandi e Cocos, ocorreram principalmente nos meses de fevereiro e março, ocasionando redução sensível do potencial produtivo das lavouras, devido ao intenso abortamento das estruturas reprodutivas, como flores e maçãs. “Nas regiões em que as precipitações foram de acordo com o esperado em anos normais, a expectativa é de boas médias de produtividade. É o caso das microrregiões de Placas e Coaceral”, explica o assessor de Agronegócios da Aiba, Jonatas Brito. De acordo com levantamentos realizados pelo Conselho Técnico da Aiba nas propriedades, a perda estimada da cultura de algodão é de 10% , equivalentes a 27 arrobas por hectare. Em 2011/12, o algodão ocupou uma área de 386 mil hectares (+4%). A produtividade média deverá ficar em 243 arrobas de algodão em capulho por hectare, e a produção total estimada é de 1,4 milhão de toneladas de algodão em capulho, equivalente 562 mil toneladas de pluma. ANO 18 NOTA TÉCNICA N° 01/2012 SAFRA 2011/12 3º LEVANTAMENTO DO CONSELHO TÉCNICO DA AIBA Barreiras (BA), 25 de Abril de 2012 Entidades Participantes: AIBA, ABAPA, ABACAFÉ, AEAB, Banco do Brasil, Banco HSBC, Bunge, Cargill, Desenbahia, Fundação BA, IBGE, Sindicato Produtores Rurais Barreiras, Sindicato Produtores Rurais Luís Eduardo Magalhães,Aprosoja – BA e Aprosem-BA. RELATÓRIO INTRODUÇÃO As aquisições dos insumos e transporte para as fazendas, o preparo dos solos e plantios foram realizados em condições normais. Já no mês de Janeiro/2012, a precipitação média pluviométrica foi inferior à média histórica, e, a partir do mês de Fevereiro, longos veranicos foram registrados. Chuvas esparsas e localizadas foram registradas com maior intensidade próximo à serra, reduzindo de intensidade à medida que se afastam desta. Mesmo em microrregiões próximas à serra, as precipitações apresentaram variações acentuadas. A seca que atinge mais de 200 municípios na Bahia afetou muito o semiárido, e, também, os municípios próximos às zonas de transição, como Baianópolis, Cocos, Correntina e Jaborandi, onde as médias de produção da Soja ficaram entre 20 e 30 sacas por hectare. Em áreas novas, de primeiro e segundo cultivo, onde o perfil do solo ainda é fraco, as perdas ultrapassaram 80%. A precipitação média acumulada no período chuvoso da safra 2010/11 foi de 1.578 mm. Entre os meses de Janeiro a Abril de 2011, a precipitação média foi de 876 mm. Já na safra 2011/12, a precipitação média acumulada no período chuvoso foi de 1.000 mm, e, nos meses de Janeiro a Abril, a precipitação média acumulada foi de apenas 426 mm, com redução de 52% do volume de chuvas nesses meses. No município de Jaborandi, entre os dias 01 de fevereiro e 15 de março, choveu apenas 37,8 mm, em média, provocando um excessivo abortamento e má formação de vagens nas lavouras de Soja. Nº 200 Mai/12 4 CULTURA DA SOJA A área plantada com Soja na safra 2011/12 foi de 1.150.000 ha, com incremento de 5% em relação ao ciclo anterior (1.100.000 ha). Foi a cultura mais afetada pela falta de chuvas. Os veranicos foram superiores a 30 dias em algumas localidades, e ocorreram no período crítico do ciclo produtivo da oleaginosa, ocasionando redução sensível do potencial produtivo das lavouras. Porém, há regiões em que as precipitações foram favoráveis ao desenvolvimento das lavouras, com boas médias de produtividade. Nas áreas novas de lavoura, foram registradas as maiores perdas, resultado da convergência de veranicos severos em áreas novas, com menor potencial produtivo. Nos municípios de Baianópolis, Cocos, Correntina e Jaborandi, a produção caiu em média 50%, conforme demonstrado na tabela a seguir. A produtividade média da Soja apurada na Região Oeste da Bahia foi de48,13 sacas por hectare, em um ano com grande variação de produtividade. Colheita no dia 24/04: 85% a 90%. VEJA NA TABELA OS NÚMEROS GERAIS DA SAFRA 2011/12 DO OESTE DA BAHIA, E, TAMBÉM A NOTA TÉCNICA DA AIBA Na primeira safra de 2011/12, na Região Oeste da Bahia foram cultivados 1,93 milhão de hectares, com uma produção estimada de 7,05 milhões de toneladas. ANO 18 Nº 200 Mai/12 5 ANO 18 CULTURA DO ALGODÃO A área plantada com Algodão na safra 2011/12 foi de 385.532 ha, com incremento de 4% em relação ao ciclo anterior (370.845 ha).A cultura do Algodão, assim como a da Soja, também está sendo afetada pelos déficits hídricos ocorridos na região. Os veranicos chegaram a mais de 30 dias em algumas localidades, como nas microrregiões de Jaborandi e Cocos, ocasionando redução sensível do potencial produtivo das lavouras, com significativo abortamento das estruturas reprodutivas. Porém, há regiões em que as precipitações foram boas para o desenvolvimento das lavouras, com expectativa de boas médias de produtividade, a exemplo dasmicrorregiões de Placas e Coaceral. As lavouras de Algodão estão com idade de 90/160 Dias Após Emergência (DAE), e, por causa do estresse hídrico, têm a produti- vidade comprometida. Ainda em função da ocorrência de veranicos, os ataques de doenças e pragas como o ácaro rajado, lagarta falsa medideira, pulgão, mosca branca e lagarta das maçãs foram mais intensos. Até a presente data, de acordo com levantamentos obtidos das propriedades, a perda estimada da cultura de Algodão é de 10% (27 @/ha), em comparação à safra passada. Nº 200 Mai/12 6 CULTURA DO MILHO A área plantada com Milho na safra 2011/12 foi de 243.000 ha, com o expressivo incremento de 59% em relação ao ciclo anterior (153.00 ha). Grande parte das lavouras de Milho conseguiu fechar o ciclo produtivo antes do agravamento das estiagens. A produtividade média para o Milho está estimada em 155 sacas por hectare, 3% acima da expectativa dos 1º e 2º Levantamentos da Safra 2011/12 (150 sc/ ha), porém, 5% abaixo do recorde registrado na safra 2010/11, que foi de 163 sc/ha. Colheita no dia 24/04: 15% a 18%. Associação dos Agricultores e Irrigantes da Bahia (AIBA) Associação dos Produtores de Algodão da Bahia (ABAPA) Associação dos Cafeicultores do Oeste da Bahia (ABACAFE) Associação dos Engenheiros Agrônomos de Barreiras (AEAB) Associação dos Produtores de Soja da Bahia (APROSOJA-BA) Associação dos Produtores de Sementes da Bahia (APROSEM-BA) Banco do Brasil Banco HSBC Bunge Cargill Desenbahia Fundação BA Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE) Sindicato dos Produtores Rurais de Barreiras Sindicato dos Produtores Rurais de Luís Eduardo Magalhães ANO 18 Nº 200 7 Mai/12 Oeste da Bahia vai exportar milho pela primeira vez D entro de alguns dias, os primeiros navios carregados com milho produzido no Oeste da Bahia devem deixar o Porto de Ilhéus rumo ao mercado internacional. Será a primeira vez que o cerrado baiano, polo abastecedor de milho para o mercado interno, principalmente para o Nordeste, exportará o excedente da produção. As operações com as tradings foram articuladas através da Associação de Agricultores e Irrigantes da Bahia (Aiba), que vê na exportação uma maneira de sustentar os preços ao produtor, na medida em que tira o excedente do mercado interno. Nos últimos anos, os produtores do cerrado baiano tiveram sérios problemas de remuneração, pois os preços do milho estavam sempre abaixo do preço mínimo estipulado pelo Governo Federal. A situação resultou em uma retração da área plantada, considerada pela Aiba e técnicos, prejudicial, já que a rotação de culturas, sistema que depende da participação do milho na matriz, é essencial para a sustentabilidade econômica e ambiental da região. Nesta safra, a área plantada com milho no Oeste da Bahia cresceu 60%, impulsionada pelo preço da commodity que subiu, depois de anos de depreciação contínua. Com a boa safra no Brasil, que teve incremento de 15%, o produtor teme que os preços caiam abaixo do mínimo, que é de R$20,10 para esta safra. A exportação, segundo a Aiba, se tornou uma opção para evitar o problema. “Com os preços da commodity em alta no mercado internacional e o cambio favorável para a exportação, os primeiros embarques já estão balizando os preços no mercado doméstico”, explica o presidente da Aiba, Walter Horita. De acordo com o assessor de Agronegócios da Aiba, Jonatas Brito, pelo menos quatro navios já foram negociados e um quinto está em fase final de tratativas. Esses primeiros lotes foram formados através de um pool de produtores coordenado pela Associação. O Oeste já tem tradição em expor- tar a soja e o algodão, cuja produção é 50%, em média, destinada ao mercado internacional. A longo prazo, acredita o vice-presidente da Aiba, Sérgio Pitt, uma situação semelhante a esta pode acontecer com o milho “O Nordeste que era deficitário, hoje é autossuficiente na produção, e agora começa a incorporar tecnologias, ganhando consequentemente mais produtividade. A região Oeste da Bahia é líder nacional em produtividade de milho. Enquanto no mundo se produz, em média, 86 sacas por hectare de milho, no Oeste colhem-se 155 sacas por hectare. Gera-se um excedente que, se exportado, mantem os preços em patamares sustentáveis, e estimula o produtor a plantar mais”, explica Sérgio Pitt. Outro fator importante para incrementar o plantio foi a entrada da China como compradora no mercado internacional de milho nas duas últimas safras. Secretário da Agricultura da Bahia será o homenageado da Bahia Farm Show 2012 O secretário da Agricultura da Bahia, Eduardo Salles, será o homenageado da Bahia Farm Show 2012. Desde a primeira edição, em 2004, a feira escolhe, para conferir a honraria, um nome entre as personalidades baianas ou brasileiras que, direta ou indiretamente, contribuíram para o desenvolvimento do agronegócio brasileiro, em especial, do Oeste do Estado. Salles foi eleito por unanimidade durante reunião da diretoria da Associação de Agricultores e Irrigantes da Bahia (Aiba), no dia 26 de abril. A Bahia Farm Show já prestigiou personalidades como o ex-ministro da Agricultura, Roberto Rodrigues, o diretor de Negócios do Banco do Nordeste, Paulo Sérgio Ferraro, o Governador Jaques Wagner, dentre outros. A feira será realizada de 29 de maio a 02 de junho deste ano, no município de Luís Eduardo Magalhães. Eduardo Salles é Engenheiro Agrônomo e atuou na região de 1995 a 2004. Ele também foi diretor regional da Aiba. Como presidente da Associação dos Produtores de Café da Bahia (Assocafé), manteve estreito relacionamento com o cerrado baiano. “Fico muito honrado porque acompanhei, ao longo de quase duas décadas, o consolidar de um projeto que revolucionou a agricultura baiana. O Oeste da Bahia traz divisas para o Estado, atingiu confiabilidade reconhecida em todo o mundo, e nos enche de orgulho a cada novo recorde batido de produtividade em suas lavouras. Isso é fruto da competência e do trabalho sério dos produtores, muito bem representados por sua associação, a Aiba”, disse Eduardo Salles, que é o primeiro secretário de Estado a receber a homenagem da feira. “A escolha de Eduardo Salles é justa e inconteste, e é uma maneira de reconhecermos a sua dedicação. Mais que uma obrigação de cargo, sabemos que atenção e o empenho que ele dedica nos assuntos ligados à região se pautam em uma antiga amizade, construída com respeito e cuidado ao longo de muitos anos”, disse o presidente da Aiba, Walter Horita. A Bahia Farm Show é uma realização da Associação de Agricultores e Irrigantes da Bahia (Aiba), em parceria com a Associação Baiana dos Produtores de Algodão (Abapa), Associação das Revendas de Máquinas e Implementos Agrícolas do Oeste da Bahia (Assomiba), Fundação Bahia e Prefeitura Municipal de Luís Eduardo Magalhães. Perfil - Eduardo Salles, 44 anos, é engenheiro agrônomo formado pela Universidade Federal de Viçosa - MG e mestre em Engenharia Agrícola. Nos últimos 20 anos foi gestor de empresas agroindustriais nacionais e multinacionais, como as holdings agropecuárias do Grupo OAS, do Grupo Português Espírito Santo e do Grupo Americano Comanche Clean Energy. Nome ADELINO BAGGIO WILSON HIDEKI HORITA IRENE SPONCHIADO ZANINI ANGELO HENRIQUE ZUFFA LEOMAR MAIER LUIZ ANTONIO PRADELLA MARCIO DA CUNHA ELTON EDSON SCHNEIDER LUIZ HIDEAKI TAKAHASHI MARCIO JOSE FUCILINI RUDELVI SENAIR BOMBARDA ANTONIO DE MATOS SEBASTIAO ROQUE LUIZ GORGEN MARIO MASSAHIKO YAMADA ROQUE ROBERTO BUSATO TATSUO KONISHI FLAVIA MARIA FRANTZ THUBIAS GEOVANE MISSIO JEFERSON LUIZ TONIAZZO JOSE HUMBERTO PRATA TEODORO JULIO DE OLIVEIRA LINS MIGUEL DE CARVALHO JUNIOR AMERICO DIAS DE CASTRO HELENA ALMEIDA SCHMIDT JULIO MOKFA MARCELINO JOSE MARIUSSI NESTOR BRUCH ODIR JOS PRADELLA ARNALDO PRADELLA CARLOS JOSE KRAUSPENHAR LILI GOBBI LISEU BRANDÃO MARCOS ANTONIO BALAN NILTON VIEIRA DE SOUZA EDSON FERNANDO ZAGO RICARDO GARCIA LEAL ARMANDO AYRES DE ARAUJO MARTIMIANO CHRISTIANO PACHECO PEDRO DAVID SCHMITT SILVESTRE WEBER ADENI MARONEZI VARNICE TERESINHA ESCHER ADAIR CASAGRANDE FABRICIO ROSSO PACHECO MARCIA HARUMU FUJITA GELSON FONTANA SADI STRADIOTTI GENOIR LUIZ BOSA GILMAR BORTOLIN ADEMAR ANILDO GUADAGNIN GEACIR CELESTINO DAMIANI MARIA ELIZABETE CASALI NELSON ANDRE BERGAMO ODAIR ANGELELLI OLMIRO FLORES DE OLIVEIRA RICARDO FERRIGNO TEIXEIRA VILSON SOMAVILLA ENEZIO SILBERTO DULLIUS JOHANN GEORG SIEBERT JURANDIR DA ROCHA FILGUEIRAS ROGERIO ZANELA VALMOR BATISTI SIZUE KAWAKAMI SHIMOHIRA ALCIDES TRENTO KAZUO ONO LUCIVAN DE QUADROS CORREIA MARCO ANTONIO JANSSEN ROBERTO JORDANO PADOIN ANTONIO LONZONI FILHO ELISIO CARLOS PILLATI RUI LUIZ GAIO BERTOLINO KUPAS CLAUDINO ROSO HILBERTO BRUCH IVO JOSE ROSSO SERGIO SIMON ROMERA IVO ZILS ROBERTO YOSHI HIROZAWA ROGERIO MARCOS NICOLETTI VILSON GATTO STELIO DARCI CERQUEIRA DE ALBUQUERQUE EGON NEIVERT NILDO GIOTTI VIRIO SILVANI ELMAR STEIN EZAIR RODRIGO BOSSA WALTER SATORU HIRATA AIRTON GORGEN ANDERSON JOS TONIAZZO IRES OLIMPIO BASSO JURANDIR BARBOSA GOMES PEDRO GENEZIO PERUZO JULIO DE SOUZA CARMO NETO LUIZ BLANGER ARIEL HOROVITZ DIVALDO EUGENIO ZANGIROLAMI MARIO KAZUYOSHI WATANABE VALTER MIKIO MORINAGA E OUTROS ASTOR JOS STEIN JOHNNY ALBERTO QUESINSKI LEONIDES DONIZETTI BORTHOLO Data 01/05 01/05 02/05 03/05 03/05 03/05 03/05 05/05 05/05 06/05 06/05 07/05 07/05 08/05 08/05 08/05 09/05 09/05 10/05 10/05 10/05 10/05 11/05 11/05 11/05 11/05 11/05 11/05 12/05 12/05 12/05 12/05 12/05 12/05 13/05 13/05 14/05 14/05 14/05 14/05 15/05 15/05 16/05 16/05 16/05 17/05 17/05 18/05 18/05 19/05 19/05 19/05 19/05 19/05 19/05 19/05 19/05 20/05 20/05 20/05 20/05 20/05 20/05 21/05 21/05 21/05 21/05 21/05 22/05 22/05 22/05 23/05 23/05 23/05 23/05 23/05 25/05 25/05 25/05 25/05 25/05 26/05 26/05 26/05 27/05 27/05 27/05 28/05 28/05 28/05 28/05 28/05 29/05 29/05 30/05 30/05 30/05 30/05 31/05 31/05 31/05 ANO 18 Nº 200 Mai/12 8