ANO 17 Nº 181 Ago/10 Ainda nesta edição: Artigos: Novo Código Florestal e o Funrural, dois dos temas mais importantes da atualidade para o produtor do Oeste Páginas 02 e 04 Crescimento contínuo em quantidade e qualidade: cada vez mais produtores rurais se associam à Aiba O ano de 2010 ainda está longe de acabar, mas já entra para a história da Associação de Agricultores e Irrigantes da Bahia (Aiba) como um dos mais notáveis da sua existência. É o marco de duas décadas de fundação da entidade e está sendo coroado com um grande crescimento no número de associados. Foram 145 desde março. Mais do que mera contabilidade, o fato é um retrato fiel da credibilidade da Aiba, e do reconhecimento dos benefícios que ela gera, especialmente para quem faz parte do seu quadro. Página 03 Mais estradas Aiba e ATP Engenharia assinam dois contratos de prestação de serviços para elaboração do projeto executivo de pavimentação de mais 114 quilômetros de estrada no Oeste da Bahia: na BA 461, ligando o Anel da Soja (BA460) com a BR 242 (sentido Taguatinga, TO), passando pela Bela Vista; e na BA 462, ligando a BR 020 (à altura do Novo Paraná) com a BR 242 (sentido Taguatinga, TO), passando pelo Alto Horizonte. Página 02 Milho: a luta dos produtores na argumentação com o Governo para adequar os mecanismos de subvenção à realidade do cerrado baiano, e os avanço da Câmara Setorial de Grãos. Página 05 Fundeagro publica seu balanço Página 06 Olho no olho: reuniões em Placas, Bela Vista e Alto Horizonte aproximam a Aiba dos produtores, esclarecem dúvidas, orientam e põem em dia as demandas de quem atua na agricultura nestas regiões. Página 07 ANO 17 Nº 181 Ago/10 2 Nova agricultura, velhas leis ambientais Por Sérgio Pitt * * Economista, administrador e vice presidente da Associação de Agricultores e Irrigantes da Bahia (Aiba) P rodutividade é produzir mais, com menos custos, ocupando menos espaços. Uma lição que o agropecuarista brasileiro que tem acesso não apenas à terra e as condições climáticas favoráveis, mas, sobretudo à tecnologia e à assistência técnica, aprendeu faz tempo. Basta ver o fantástico crescimento deste setor nos últimos 50 anos. No caso específico da produção de grãos, atividade altamente demandante de pesquisa agrícola e mecanização, segundo a Conab, o país saltou de 20 milhões de toneladas em 1965, para 146,7 milhões de toneladas na safra 2009/10, quando mais uma vez superou os seus próprios recordes. Variação, portanto, de 633,5%. Enquanto isso, a área plantada com esses mesmos grãos que, em 1965, era de 31,3 milhões de hectares, passou para 47,3 milhões de hectares na última safra, crescendo apenas 51% no mesmo período. Como se vê, a velocidade de expansão das lavouras e o ritmo da produção destas dançam em compassos bem distintos. Também não acertam o passo a produtividade do campo e a intensidade dos investimentos governamentais em infraestrutura de portos, rodovias, armazéns, hidrovias e telecomunicações. Contudo, ainda mais surpreendente é o conflito entre a realidade e o Direito quando se trata do campo. Para não falar na Trabalhista e na Tributária, que renderiam cada uma um artigo, vamos nos ater à Legislação Ambiental, ainda mais evidente desde a publicação do Parecer do relator, deputado Aldo Rebelo, às propostas de alterações no Código Florestal Brasileiro. O Código Florestal Brasileiro data de 1965. Teve seu mérito, mas não acompanhou as mudanças tecnológicas, geográficas e sociais da agropecuária e terminou por engessar a atividade. É como uma “tecnologia” antiga, defasada, incapaz de garantir a produtividade necessária para suprir as demandas de uma população que cresce, e mercados que emergem em progressão geométrica. Se a lei não acompanhou o ritmo da evolução dos campos brasileiros, o mesmo se deu com os órgãos ambientais. Com muito menos gente, equipamentos ou estrutura que o necessário, mas, com excedente ideológico, esses órgãos não deram conta dos novos processos que chegavam diariamente, solicitando autorização de supressão vegetal e averbação de reserva legal, dentre outros ritos que a atividade rural obedece para ser legal e sustentável, interesses básicos do produtor rural. O perigo que esta situação representa para a economia e para a produção de ali- mentos e fibras colocou produtores e Governos na mesa. Estados como a Bahia, Mato Grosso e Santa Catarina saíram na frente e instituíram suas próprias leis, dentro de uma gestão compartilhada com a União, para sanar o problema. Em seguida, foi a vez do Governo Federal criar o programa Mais Ambiente através de decreto. Algumas alterações propostas ao Código Florestal Brasileiro são controversas. Dentre elas, a imposição da moratória de cinco anos, período em que será proibido o corte raso para abrir novas áreas de lavouras em todo o Brasil, enquanto se discutem novas leis e instrumentos ambientais para reger a atividade agropecuária. O que parece bem intencionado, certamente será um freio no desenvolvimento do país. Já o que soa isonômico – mesmo tratamento para todas as unidades da Federação – nada mais é que uma grande injustiça, uma vez que o impacto desta moratória afeta muito menos áreas antigas e consolidadas como o Sul e Sudeste, que o Centro Oeste, onde o cerrado é o “estado da arte” em produção eficiente e de qualidade, e somente há poucas décadas começou a expandir, com muito investimento da iniciativa privada e bem pouco do Poder Público. No Brasil, dizer que dinheiro dá em árvore não é surreal. A questão é que manter árvores nativas em pé tem preço: seja remunerar o produtor que preserva, ou impedir o suprimento de alimentos para esta e as próximas gerações. São questões sérias e devem ser debatidas e refletidas com bom senso e sem preconceitos. Novas parcerias, mais estradas No dia 29 de julho, durante as reuniões da Aiba nas microrregiões de Bela Vista e Alto Horizonte o vice presidente Sérgio Pitt e o gerente regional para Bahia e Tocantins da ATP Engenharia, Antônio Afonso ANO 17 - Nº 181 - Ago/10 Publicação mensal editada pela Associação de Agricultores e Irrigantes da Bahia - Aiba Jornalista Responsável: Catarina Guedes - DRT 2370-BA Aprovação Final: Alex Rasia Editoração Eletrônica: Eduardo Lena (77) 3611-8811 Impressão: Gráfica Irmãos Ribeiro (77) 3614-1201 Tiragem: 2.500 exemplares Comentários sobre o conteúdo editorial desta publicação, sugestões e críticas, devem ser encaminhadas através de e-mail para: [email protected] Matérias da Abapa, Fundeagro e Fudação Bahia são de responsabilidade das referidas entidades. A reprodução total ou parcial do conteúdo desta publicação é permitida e até recomendada, desde que citada a fonte. www.aiba.org.br Av. Ahylon Macêdo, 11, Barreiras - BA - CEP. 47.806-180 - Fone: (77) 3613-8000 Fax: (77) 3613-8020 de Assis, assinaram dois contratos de prestação de serviços para elaboração do projeto executivo de pavimentação de mais 114 quilômetros de estrada em pontos de grande intensidade agrícola da região. Um dos trechos na BA 461 tem 56km e ligando a BA 460 (Anel da Soja) com a BR 242 (sentido Taguatinga, TO), passando pela Bela Vista. O contrato foi no valor de R$ 536.480. O segundo trecho, cujo valor de contrato foi de R$ 555,640, está localizado na BA 462, e liga a BR 020 (à altura do Novo Paraná) com a BR 242 (sentido Taguatinga, TO), passando pelo Alto Horizonte, com 58 km de extensão. “Este é o caminho: partir para a ação. Se não fosse a iniciativa da Aiba, ficaríamos muito tempo sem asfalto, estradas, pois estivemos desassistidos durante muitos anos pelos Governos. Essa é uma opinião da comunidade. A safra da região passa 100% por esses trechos. Quando fica impossível trafegar, partimos para vias alternativas”, afirmou o produtor rural e delegado regional da Aiba na microrregião de Bela Vista, Douglas Raddol. O produtor Julio de Oliveira Lins partilha da opinião: “É um avanço. É o começo de uma nova era para o oeste da Bahia. O asfalta só vai melhorar a vida do produtor, que não vai mais precisar deslocar trator para desatolar caminhão.”, disse. ANO 17 Nº 181 Ago/10 3 Atuação contundente e muitas vitórias atraem novos associados para a Aiba O ano de 2010 ainda está longe de acabar, mas já entra para a história da Associação de Agricultores e Irrigantes da Bahia (Aiba) como um dos mais notáveis da sua existência. É o marco de duas décadas de fundação da entidade e está sendo coroado com um grande crescimento no número de associados. Foram 145 desde março. Mais do que mera contabilidade, o fato é um retrato fiel da credibilidade da Aiba, e do reconhecimento dos benefícios que ela gera, especialmente para quem faz parte do seu quadro. A Aiba, com seus 1,3 mil associados, representa 95% dos 1,7 milhões de hectares plantados na safra 2009/10. Mas, sua ações excedem estes limites. A cada mês, mais produtores aderem à entidade. Confira no gráfico: Estratégia para vencer “Quando defendemos os interesses dos nossos produtores, por extensão, beneficiamos o agronegócio como um todo, mas os nossos associados têm ganhos diretos e o suporte da entidade, que vem se especializando há 20 anos. Por isso, o público entendeu as vantagens de ser parte da Aiba”, explica o diretor executivo Alex Rasia. Para ilustrar, Rasia rememora uma das grandes vitória de 2010, fruto de uma batalha travada pela Aiba há mais de uma década, em uma série de ações judiciais desde 1997: a suspensão da cobrança da Contribuição Social Rural, também chamada de Funrural. Através de uma Tutela Antecipada, proferida pelo juiz federal substituto Igor Matos Araújo, da Vara Federal de Barreiras no dia 11 de março, os então cerca de 1,2 mil associados pessoa física da Aiba, incluídos na ação, ficaram livres de recolher a Contribuição, que deixou de ser descontada pelas empresas adquirentes dos produtos de suas lavouras no momento da comercialização. E mais, terão direito a reaver tudo que foi relativo a este tributo desde 1997. As ações peticionadas em favor dos produtores foram encampadas pelo corpo jurídico da Aiba pelas Bancas Felisberto Córdova Advogados e Pamplona Bal- dissarella & Advogados Associados, que prestam totais esclarecimentos aos associados sobre detalhes dos processos, procedimentos a serem tomados, dentre outros. “Defendemos durante 11 anos a tese da inconstitucionalidade sobre premissas muito bem embasadas, e o reconhecimento de que estávamos certos foi um para nós da Aiba um prêmio tão grande quanto os próprios benefícios que esta conquista traz”, relembra o vice presidente da Aiba, Sérgio Pitt. “O precedente aberto pela ação vitoriosa da Aiba garantiu a produtores de todo o Brasil seguirem pela mesma linha. Ou seja, não precisa necessariamente ser associado para usufruir desse benefício, mas o produtor opta pela entidade porque tem confiança, e sabe que conta com uma Associação arrojada, profissional e com grande credibilidade, o que franqueia a ela a entrada em todas as esferas dos setores público e privado”, diz o presidente da Aiba, Walter Horita. Pioneirismo e consistência Embasamento técnico, credibilidade, compromisso com o setor e com a região Oeste e capacidade criativa para encontrar soluções renderam à Aiba importantes resultados. Esses atributos fazem toda a diferença na hora de argumentar e negociar com o Governo e entidades financeiras. Foi assim que surgiram iniciativas como o Fundesis, parceria de responsabilidade social da Aiba e do Banco do Nordeste que está ajudando a mudar para melhor a vida de milhões de pessoas da região, e a Rodoagro, rodovia que integra a BA 459 (Anel da Soja) à BA 225 (Coaceral), passando por parte dos municípios de Barreiras e Riachão das Neves, onde estão concentradas a maioria das lavouras que fazem do Oeste da Bahia um dos mais importantes pólos agrícolas do país. Oeste em movimento Este corredor viário de 200km é o resultado da união entre produtores e Governo, formalizada através de um Protocolo de Intenções celebrado entre Governo do Estado da Bahia, Associação de Agricultores e Irrigantes da Bahia (Aiba) e Banco do Nordeste (BNB), em 28 de agosto de 2009. Desde então, formou-se um Grupo de Trabalho com representantes da Aiba, secretarias de Infraestrutura, Fazenda, Planejamento, Meio Ambiente, Agricultura, e Banco do Nordeste, que vem debatendo a melhor modelagem para implantação, manutenção e operação do Programa de Rodovias Estaduais no Oeste Baiano, que começa pela Rodoagro, mas tem extensão estimada de aproximadamente 800 km. Aiba convoca sojicultores do Oeste a cadastrar dados para o Vazio Sanitário da Soja O s sojicultores do Oeste da Bahia devem acessar o site da Associação de Agricultores Irrigantes da Bahia - Aiba (www.aiba.org.br) para cadastrar ou atualizar os dados de suas propriedades para fins de controle do Vazio Sanitário da Soja, estabelecido pelo Ministério da Agricultura (Mapa) e executado pelo Governo do Estado da Bahia através da Secretaria da Agricultura (Seagri)/Agência de Defesa Agropecuária da Bahia (Adab). O Vazio da Soja é uma medida de controle da doença “ferrugem asiática”, que no passado chegou a comprometer cerca de 30% das lavouras na região. No período que vai de 15 de agosto a 15 de outubro, o plantio do grão é proibido no cerrado baiano. Esta medida tem como objetivo quebrar o ciclo de reprodução do fungo causador da doença. De acordo com Portaria da Adab, todo proprietário, arrendatário ou ocupante a qualquer título de propriedade produtora de soja, inclusive aqueles que utilizem quaisquer sistemas de irrigação, deverão realizar a cada ano o cadastramento da propriedade, assim como comunicar as eventuais alterações deste no site da Aiba. “Quem não se cadastra não está pensando na coletividade e estará fora da lei”, conta o diretor executivo da Aiba, Alex Rasia. As penalidades previstas em caso de descumprimento do vazio sanitário da soja são multa, interdição da propriedade e descredenciamento para o crédito rural. Prejuízos passados - Na safra 2002/03 a praga destruiu 30% da plantação de soja da região Oeste da Bahia. Por isso, desde o ano passado, o vazio sanitário se tornou obrigatório na região, mesmo ocorrendo praticamente de forma natural, já que nela a estação de chuvas é bem definida. O plantio ocorre em novembro e dezembro e a colheita entre março e abril. “A obrigatoriedade é imposta pelo Ministério da Agricultura para evitar polêmicas com outros estados, onde ocorrem chuvas”, afirma Rasia. A única forma de controle da ferrugem, além do vazio sanitário, é a aplicação de fungicida. Estudos da Embrapa Soja apontam que os fungicidas protegem, em média, por 25 dias. “O conhecimento exato da área plantada com soja nos permite maior precisão do monitoramento e controle do fungo”, diz o presidente da Fundação Bahia, Amauri Stracci. Segundo o presidente, com as aplicações preventivas outras doenças causados por fungos são controladas. Para Alex Rasia, a adoção das medidas preventivas contra a ferrugem trouxe outros benefícios para a região. “Antes, nossa média de produtividade não passava de 40 sacas por hectare. Agora, chegamos a 51 sacas/ha”, conta Rasia. FUNRURAL JEFERSON DA ROCHA Advogado tributarista Integrante da Banca Felisberto Córdova Advogados ANO 17 Nº 181 Ago/10 4 Recentes julgados, vitórias da Aiba em juízo e providências que devem ser tomadas pelos produtores E m decisão publicada no dia 26.04.10, o Supremo Tribunal Federal reconheceu – definitivamente – a inconstitucionalidade da Contribuição Social Rural, prevista no art. 25 da Lei 8.212/91 e cobrada, do Produtor Rural Pessoa Física empregador, sobre a receita bruta da comercialização da produção. Referida decisão, de amplo conhecimento nos meios rurais, foi tomada no caso do Frigorífico Mataboi (RE 363.852/MG), onde oito Ministros integrantes do STF decidiram, à unanimidade, afastar a incidência do tributo e impedir sua cobrança “até que legislação nova venha a instituir a contribuição”(Voto do Ministro Relator Marco Aurélio de Mello). Isso vale dizer – desde que o Poder Judiciário seja provocado – que não existe hoje, no ordenamento jurídico vigente, qualquer lei (válida) que tenha a força de cobrar o Funrural. Desta forma, nem a Lei 10.256/01, que veio depois da EC 20/98, nem a Lei anterior, que exigia a contribuição sobre a folha de salários, podem ser suscitadas para cobrar a exação. O STF sepultou o Funrural e somente uma Lei Complementar ou mesmo uma Emenda Constitucional poderiam instituir novamente a contribuição. E esta conclusão, adotada no julgamento do Mataboi, não é só em relação à Pessoa Física empregador, mas pode ser alcançada, também, em relação às Pessoas Jurídicas, Agroindústrias e aos Segurados Especiais, uma vez que os defeitos apontados pelos Ministros vão muito além da exigência de Lei Complementar, pois indicam a irregular regulamentação do tributo por Instruções Normativas (quebra do princípio da legalidade no caso dos segurados especiais) até a bitributação com PIS/COFINS (em relação às Empresas e Agroindústrias do setor). A União, por seu turno, vendo que não existe uma saída dentro da atual legislação, jogando a toalha em relação ao embate jurídico, acaba por reconhecer a inconstitucionalidade do Funrural ao propor na PEC N° 233/2008 (PEC da reforma tributária), em tramite no Congresso, a regularização da cobrança, mantendo, contudo, a mesma base de cálculo para contribuição rural (“...receita, o faturamento ou o resultado de seus negócios..”), só que desta vez por meio de uma alteração na própria Constituição (Art. 195, § 12 da CF), como reclamado pelos contribuintes e referendado pela Justiça. Não obstante, hoje, sojicultores, cotoniculto- res, cafeicultores, pecuaristas, citricultores, produtores de cana, enfim, todos os trabalhadores da terra (pessoas físicas, jurídicas e agroindústrias), de Capinzal em Santa Catarina a Gilbués no Piauí, de Vilhena em Rondônia a Formosa do Rio Preto na Bahia, tem o direito de ingressar em juízo e, desde que elejam o meio processual adequado, podem recuperar e deixar de pagar o Funrural. E as medidas judiciais, quando exitosas, representam significativa redução da carga tributária (de 2,1% a 2,85% do resultado da comercialização), uma economia de aproximadamente R$ 60,00 por hectare/ano (tendo por base a cultura da soja) que em tempos de preços pouco remuneradores pode ser, somado a possibilidade de restituição dos últimos 10 anos, a salvação da lavoura. Neste sentido, os produtores organizados, sobretudo através de associações de classe (a forma mais moderna e eficiente de defender os direitos dos contribuintes), vêm buscando o Poder Judiciário que, por sua vez, na esmagadora maioria, está acatando os pleitos dos ruralistas, como ocorreu com a AIBA que em suas ações (uma ajuizada em março de 2007 e a outra em fevereiro de 2010) obteve na Justiça Federal de Barreiras duas significativas vitórias em juízo, afastando, liminarmente, a exigibilidade do Funrural para mais de 1.200 produtores. Outros tantos casos de êxito alimentam as esperanças dos contribuintes rurais, sobretudo os que residem em juízo, tanto pelo desfecho das decisões, quanto pelo tempo percorrido por uma ação. Como exemplo podemos citar o caso da ANDATERRA (Associação Nacional de Defesa dos Agricultores, Pecuaristas e Produtores da Terra) que conta com vitória em 2º instância (decisão colegiada) junto ao Tribunal Regional Federal da 4º Região em Porto Alegre/RS (Fonte: http://andaterra.com.br/blog), obtida em menos de 08 meses de tramite processual. Com a decisão, prolatada pelo Desembargador Federal Álvaro Eduardo Junqueira, no dia 20 de março de 2010, a União foi condenada a devolver aos produtores rurais afiliados a ANDATERRA (fruticultores da cidade de São Joaquim/SC e rizicultores da região de Mirim Doce e Tubarão/SC) o percentual de 2,1% do Funrural (últimos 10 anos), acrescidos de correção e juros segundo a taxa Selic e o que é mais importante, sem o risco de retorno do tributo sobre outra a folha de salários, uma vez afastada a exação “até que lei nova regulamente sua cobrança”. Referido precedente jurisprudencial (caso concreto) favorece as ações ajuizadas pela AIBA que também busca em juízo a restituição do que fora recolhido indevidamente ao INSS nos últimos 10 anos. A AIBA defende, em favor de seus associados, a devolução dos 2,1 a 2,85% referentes ao Funrural, isso desde o ano de 1997 até que a nova lei (Complementar ou alteração na Constituição como indica a PEC 233) entre em vigor, sem que esta desoneração (em tutela antecipada ou mesmo em provimento final) implique no recolhimento sobre a folha de salários (como decidido nos casos apontados). O precedente do Tribunal Regional Federal da 4° Região, em Porto Alegre/RS, ação patrocinada pelo Escritório Felisberto Córdova Advogados de Florianópolis/SC (www.felisbertocordova.adv.br) mesma banca que está à frente das ações ajuizadas pela AIBA em parceria com a Banca do Dr. Wagner Pamplona, é um dos primeiros casos no país de Ação Coletiva julgada favoravelmente em segunda instância e que dará início a uma execução provisória (processo onde serão apresentados os cálculos e as provas que demonstram ter o produtor arcado com o tributo – notas fiscais, extratos, romaneios, etc.). Os agremiados da AIBA, portanto, aqueles que ainda não o fizeram, devem procurar a sede da Associação em Barreiras e dar início a sua habilitação nas Tutelas Antecipadas (resguardando o seu direito de não mais recolher o tributo ou mesmo optando pelo depósito em juízo do Funrural), bem como iniciar a busca pelas notas fiscais, extratos e demonstrativos de desconto, documentação que pode e deve ser obtida com as Empresas Adquirentes e Cooperativas (onde o produtor entrega sua produção) e que será exigida no momento de executar a Sentença. Referidos documentos já podem ser entregues aos cuidados da AIBA (originais ou cópias autenticadas), em sua sede na cidade de Barreiras/BA, para que os cálculos e eventuais diligencias já possam ser iniciados. No mais é aguardar que a Justiça Federal do Estado da Bahia acompanhe o célere e eficiente exemplo do Tribunal sulista, confirmando, em seus julgados, o que o Supremo Tribunal Federal consagrou no País e possibilitando, aos agremiados da AIBA, a restituição do Funrural pago desde 1997 até que nova legislação, regular e constitucional, venha a instituir o tributo. ANO 17 Nº 181 Ago/10 5 Leilão de PEPRO comercializa 70% do milho baiano ofertado O quarto leilão de Prêmio Equalizador Pago ao Produtor – PEPRO, nº 181/10, do mês, realizado pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab-Mapa), no Oeste da Bahia, comercializou 70,73% das 120 mil toneladas de milho ofertadas no dia 29 de julho. Este leilão teve um desempenho melhor do que os dois últimos leilões realizados na região, nos quais foram arrematadas 13,4% e 56% das toneladas ofertadas do produto, mas ainda está longe de melhorar as condições de comercialização de milho no oeste baiano. O lote 01, que ofertou 30 mil toneladas do grão, foi vendido integralmente, com depreciação de 11,50% do prêmio. No lote 02, foram negociadas 5,36 mil toneladas (26,8%), das 20 mil toneladas, com prêmio sem depreciações, de R$ 5,88 para o Norte de Minas Gerais, Espírito Santo e Rio de Janeiro. Os lotes 03 e 04, de 15 mil toneladas cada, com milho do Maranhão e Piauí, foram 100% negociados, sem depreciações nos prêmios. O leilão ofertou para comercialização 80 mil toneladas de milho, das quais 50 mil com origem da região Oeste da Bahia. Foi o sexto leilão de PEPRO do ano e o quarto do mês de julho realizado na região, onde um grande excedente de milho no mercado regional tem derrubado os preços a patamares 30% inferiores aos preços mínimos de garantia do governo federal. Câmara reunida Para discutir mudanças nos instrumentos de comercialização do milho e assim contornar os problemas nos mecanismos de subvenção do cereal baiano, a Câmara Setorial da Cadeia Produtiva de Grãos da Bahia reuniuse no dia 27 de julho com o diretor de Política Agrícola da Conab, Silvio Porto, e a superintendente da Conab para a Bahia e Sergipe, Rose Pondé. As decisões tomadas devem tornar os leilões mais atrativos e evitar os fracos desempenhos de vendas, como ocorreu nos dois últimos leilões, realizados em 8 e 15 de julho, quando foram comercializadas, respectivamente, apenas 13,4% e 56% das toneladas ofertadas do produto (120 mil em cada leilão). Uma das decisões tomadas para tornar o milho do Oeste da Bahia mais competitivo foi a de equilibrar o valor do prêmio pago nos leilões da região com os prêmios pagos nos leilões realizados nos estados gem de 50 mil toneladas no Oeste baiano. “Essa unidade vai permitir que seja realizado o programa de Aquisição do Governo Federal (AGF) para a formação de estoque público e para retirar o excesso de oferta do mercado”, disse. A decisão era uma das demandas da Câmara. “Há excedente de milho no mercado. É necessário retirar parte deste excedente, equilibrando a oferta com procura, seja através de AGF ou viabilizando a exportação do cereal”, afirma Sérgio Pitt. A medida também agradou ao secretário Eduardo Salles, mas ele afirma que vai pleitear um centro de armazenagem com capacidade para 100 mil toneladas. “É o mínimo diante do tamanho da safra da região”, conta. do Centro-Oeste. “Dessa maneira, o comprador de milho do Nordeste, compra milho no Nordeste por ser mais competitivo, já que o prêmio é o mesmo e a logística é bem menor”, conta Pitt. Segundo o secretário estadual da Agricultura, Eduardo Salles, essa decisão reduz as distorções do mercado. “Equilibrar o valor do prêmio aumenta a competitividade da Bahia e evita a redução da área plantada com o grão não só na Bahia, mas como no Nordeste todo.” afirmou. As dificuldades enfrentadas pelos produtores baianos têm estacando o desenvolvimento da cultura do milho na região nos últimos anos. Hoje, dentro da matriz produtiva o milho ocupa menos de 9% da área cultivada, contra 23% em nível nacional. Reivindicação antiga Outra medida acertada para melhorar a realização dos leilões foi a ampliação do prazo para comercialização do produto, reivindicação constante da Câmara Setorial. De acordo com o diretor da Conab, Silvio Porto, já a partir do próximo leilão a ser realizado na região, o prazo de comercialização do produto será de 60 dias para cada aviso. “Tivemos êxito nas decisões tomadas nesta reunião. Não exatamente da forma que sugerimos, mas as soluções encontradas atendem ao produtor”, conta Sérgio Pitt, secretário da Câmara e vice presidente da Associação de Agricultores e Irrigantes da Bahia (Aiba). Para o longo prazo, Silvio Porto afirmou que a Conab vai investir em uma unidade de armazena- Boas perspectivas Em junho passado, a Câmara Setorial entregou ao ministro Wagner Rossi um pleito com mudanças no programa de subvenção para melhorar a eficiência desses mecanismos e aumentar a competitividade do milho baiano. “Há excesso de oferta, por isso as ações devem ser estratégicas para equilibrar oferta com demanda”, diz Pitt, secretário executivo da Câmara. A Câmara também cobra a modificação dos procedimentos operacionais para a comprovação das operações perante a Conab, que deixa o produtor refém do comprador, pois este condiciona deságios para fornecer a prova de compra do produto. A idéia é utilizar informações das secretarias de Fazenda dos Estados. Neste sentido, representantes da Câmara, acompanhados do Secretário Eduardo Salles, participaram nesta terça-feira de uma reunião com o Secretário da Fazenda Carlos Martins, buscando instituir mecanismos que subsidiem a comprovação das operações de PEP/ PEPRO, em substituição às formalidades exigidas dos compradores. A instituição da nota fiscal eletrônica irá facilitar esta comprovação. Foi criado um grupo de trabalho com representantes da SEFAZ, Câmara e CONAB para desenvolver este trabalho. Para o longo prazo, o pedido é o de viabilizar linhas de financiamento com juros subsidiados para investimentos em armazenagem, ampliando a capacidade atual. ANO 17 Nº 181 Ago/10 6 ANO 17 Nº 181 Ago/10 Olho no olho com o produtor A inda não inventaram nada mais eficaz para a comunicação que o diálogo olho no olho. E é assim, à moda antiga, que a Aiba está intensificando seu relacionamento com os associados, com uma série de encontros nas diversas microrregiões do Oeste da Bahia. Para isto, a entidade conta com o fundamental apoio dos delegados regionais. Estas iniciativas somam-se às assembléias e eventos regulares e especiais que a Aiba mantém ao longo do ano. Nos dias 23 e 31 de julho, respectivamente, receberam a visita da caravana da Aiba as microrregiões de Placas, Bela Vista e Alto Horizonte. A agenda dos encontros abarcou, principalmente, as questões relativas às duvidas sobre a ação do Funrural, além do Plano de Adequação e Regularização dos Imóveis Rurais/Oeste Sustentável e rodovias. Em Placas, no dia 23, um dos advogados do corpo jurídico da Aiba, Guilherme Serpa, falou sobre a situação atual das ações movidas pela Aiba quanto ao Funrural, e as providências necessárias para a repetição de indébito. Todos os produtores presentes já haviam aderido à ação e relataram suas experiências e satisfação com a iniciativa. Depois, foi a vez do diretor de Meio Ambiente da Aiba, Cisino Lopes, abordar o Plano Oeste Sustentável, com um panorama desde a sua fase inicial, provocada pelos efeitos da Operação Veredas, até os dias atuais. O Plano foi apresentado como uma oportunidade ímpar para regularização da situação ambiental das propriedades. O diretor respondeu aos muitos questionamentos dos produtores presentes, principalmente, relativos à possibilidade de aplicação de multas e exigência de licenciamento ambiental para liberação de financiamentos nos agentes financeiros. “As discussões foram muito bem posicionadas. A ação da Aiba, junto com os governos Estadual e Federal, em busca da legalização do passivo ambiental da Bahia tem o apoio dos produtores. A Aiba está no caminho certo.”, disse o produtor Paulo Almeida Schmidt. O produtor Laércio Lodi, que participou das reuniões, concorda: “O debate sobre meio ambiente foi muito interessante. Foi bom para se atualizar e conhecer mais sobre o Plano Localidade de Bela Vista Oeste Sustentável”. Crédito - Na reunião, o gerente da agência Barreiras do Banco do Nordeste, Francisco Carlos, apresentou as linhas de crédito do banco, com ênfase no “FNE Verde”, para recuperação de passivos ambientais. Falou-se também sobre o Fundesis, do Núcleo de Apoio ao Produtor para Captação de Recursos (NAP), da Aiba e Fundação Bahia e outras atividades desenvolvidas pela Aiba e BNB, inclusive a criação do Fundo de Aval, como iniciativa pioneira que estimulou o banco a ampliar sua atuação na região Oeste. Como sugestão de uma nova ação judicial da Aiba, os produtores da região solicitaram intervenção junto a uma empresa de classificação de soja que atende na região, prestando serviços para esmagadoras. De acordo com os produtores, esta empresa não estaria aplicando corretamente as normas do MAPA. O caso será avaliado. No dia 31, foi a vez de Bela Vista e Alto Horizonte. Além dos assuntos tratados em Placas (Funrural), Plano Oeste Sustentável e linhas de crédito do BNB, para recomposição de reservas e áreas degradadas, dentre outras), a situação das estradas teve grande abordagem. Durante as reuniões, dois contratos (vide matéria na pág 02) foram firmados entre a Aiba e a ATP para a construção de dois novos e estratégicos trechos de estrada nas BRs 461 e 462. NOVOS SÓCIOS - JULHO e AGOSTO Localidade de Placas Localidade de Alto Horizonte Bogo Soares Materiais Elétricos Ltda Felipe Kudiess Harald Kudiess Mendonça Importação e Comércio Ltda Osório Ripol Júnior 7 ANO 17 Edital 2010 do Fundesis está na reta final O Fundo para o Desenvolvimento Integrado e Sustentável da Bahia (Fundesis) recebeu e está avaliando 28 projetos de entidades sociais que atenderam ao Edital 2010, lançado no último dia 1º de junho, durante a abertura da Bahia Farm Show. A divulgação do resultado final está prevista para o dia 16 de agosto, através do site da Aiba (www.aiba.org.br). Este ano, chama a atenção dos coordenadores do Fundo a diversificação dos municípios onde se localizam as entidades pleiteantes aos R$700 mil disponibilizados pelo Fundesis. São ao todo seis municípios, comprovando a consolidação e a popularização da iniciativa, nascida da parceria da Aiba com o Banco do Nordeste em 2007. Concorreram neste edital, projetos oriundos dos municípios de Barreiras, São Desidério, Luís Eduardo Magalhães, Angical, Tabocas do Brejo Velho e Correntina. Apenas os pro- jetos de organizações da sociedade civil sem fins lucrativos, constituídas juridicamente há pelo menos dois anos, com experiência mínima também de dois anos puderam se candidatar aos recursos. Desde a criação do Fundo, outros R$700 mil foram investidos, e beneficiaram diretamente mais de duas mil pessoas, através de 16 projetos de 13 entidades, nos municípios de Barreiras, Luís Eduardo Magalhães e Angical. O Fundesis é uma das mais importantes ações de Responsabilidade Social desenvolvidas pela Aiba e conta com a parceria do Banco do Nordeste do Brasil. Seu objetivo é contribuir para a melhoria da qualidade vida de milhares de pessoas na região, através do financiamento de projetos sócio-educativos, com ações são voltadas para a Inclusão Social e Digital, Educação, Cultura, Saúde Preventiva, Geração de Renda e Empreendedorismo. Projeto AlimentAÇÃO promove cursos semanais D esenvolvido pela Abapa, o Projeto AlimentAÇÃO visa a qualificação de profissionais de cozinha e interessados. Este projeto promove treinamentos que focam assuntos importantes à preparação de refeições de qualidade. Os treinamentos abordam assuntos importantes para a preparação de alimentos como: • Noções Básicas de Alimentação e Nutrição; • Noções Básicas de Microbiologia de Alimentos e Doenças de Origem Alimentar; • Higiene e Asseio Pessoal do Manipulador de Alimentos; • Higiene do Ambiente de Trabalho; • Higiene dos Alimentos, condições de matéria-prima e organização de estoque; • Uso Racional da água; • Evitando Desperdício de recursos; • Aproveitamento Integral dos Alimentos (uso de cascas, talos e folhas para preparação de novas receitas); • Preparo de Refeições. Cada turma é formada por até 12 pessoas. A duração é de 4 dias úteis (32 horas), de segunda a quinta-feira, em período integral (manhã e tarde). As aulas teóricas ocorrem na sede da Abapa, em Barreiras, e as aulas práticas acontecem no Centro de Treinamento em Alimentação, localizado a Avenida Ahylon Macedo, 700-A (próxi- mo à Abapa/Aiba). Todos os participantes recebem certificados de participação ao final do curso. Os treinamentos ocorrem semanalmente e são gratuitos para colaboradores de associados da Abapa, estendendo-se para associados da Aiba, Abacafé, dentre outros. A capacitação profissional é recurso para o desenvolvimento. O treinamento de colaboradores de cozinha pode promover uma melhor utilização dos recursos, sejam eles gêneros ali- mentícios ou outros, diminuindo o desperdício e possibilitando o uso consciente dos mesmos. Além disso, pode haver um melhor aproveitamento da qualidade nutricional dos alimentos com as técnicas de preparo e uso integral dos alimentos utilizados no treinamento. Uma melhoria na alimentação a baixo custo e uso inteligente dos recursos. Para mais esclarecimentos, entre em contato pelo telefone (77) 3613.3568. Nº 181 Ago/10 8 Propulsão social PID ajuda mais jovens a conquistar o primeiro emprego Êxito do Projeto de Inclusão Digital leva Fundeagro a manter e ampliar a iniciativa D esde que foi lançado, em novembro de 2006, o Programa de Inclusão Digital (PID) do Fundo para Desenvolvimento do Agronegócio do Algodão – Fundeagro vem realizando sonhos e transformado a vida de vários jovens do Oeste da Bahia, garantindolhes acesso às Tecnologias da Informação. O Programa já beneficiou 280 estudantes nas localidades de Barreiras, Luís Eduardo Magalhães, São Desidério e no Distrito de Roda Velha. Um levantamento do Fundeagro sobre os egressos das duas últimas turmas de formandos, cuja cerimônia de entrega do diploma aconteceu em julho, detectou que dentre os 80 alunos, 23 já estão inseridos no mercado de trabalho. O PID promove, para alunos selecionados na rede pública de ensino, capacitação na área de Informática, favorecendo o acesso destes jovens ao primeiro emprego. O sucesso alcançado pelo Projeto foi tanto que o Fundeagro não apenas vai manter a iniciativa, como vai ampliá-la. “Pode ser pouco, se pensarmos no universos de excluídos digitais que temos à nossa volta, mas para estes cerca de 300 rapazes e moças, o PID está fazendo a diferença. Para nós que plantamos algodão, esta é uma forma eficaz de praticar a verdadeira cidadania, que é aquela que dá os meios para que os indivíduos possam fazer os seus próprios caminhos”, disse o presidente do Fundeagro, Ezelino Carvalho. Veja abaixo quem, dentre os alunos das última duas turmas, já está trabalhando após, a conclusão do curso: Alessandra Dias Cruz, Luiz Ricardo Sansiverinato, Elciclei Oliveira dos Santos, Dalvan Gabriel Antunes, Camila Santos, Arlei Roberto Seibel, Douglas Fernades O. dos Souza, Isabel Macedo da Silva Ferreira, Diana Paula Seibel, Edson Cezar Ferreira Alves, Mauricio Alves de Oliveira, Nathiara Baldisera da Cruz, Naiane Brito Palmeiras, Mayane Mayara Rodrigues, Tainá Paixão Barros, Jakson Fernando do Nascimento, Raildo dos Reis, Maraisa Oliveira Dias, Lohana Dos Santos Botelho, Sanyelle Xênia Ferreira, José Eduardo dos Santos Dias, Reverson Murad Xavier,