A W MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE Secretaria de Qualidade Ambiental nos Assentamentos Humanos Programa de Gerenciamento Ambiental Territorial Projeto de Gestão Integrada dos Ambientes Costeiro e Marinho COMISSÃO INTERMINISTERIAL PARA OS RECURSOS DO MAR GRUPO DE INTEGRAÇÃO DO GERENCIAMENTO COSTEIRO 13>1 SESSÃO ORDINÁRIA ATA Brasília - D.F., 27 de novembro de 2000. MEMBROS REPRESENTANTES Oneida Divina da SilvaFreire -representantedo Ministériodo Meio Ambiente- l\I1N1A; CMG Flávio Luiz Giacomazzi - representanteda Secretariada ComissãoInterministerial para os Recursos do Mar - SECIRM/MB; CF. João Carlos Corrêa de Albuquerque Feijó Armada, da Marinha do Brasil - EMA/N1B; - representante do Estado Maior da Comandante Carlos José Silva J.\tIonteiro - representante da Secretaria Executiva do Grupo Executivo de Modernização dos Portos - SEGEMPO; Ronald Cardoso Mendes Júnior /""' - representante do 1Vlinistériodas Relações Exteriores - JV(RE; Osvaldo Viégas - representantedo Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas - SEBRAE; Martinus Filet ABEMA; - representante da Associação Brasileira de Entidade~ de Meio Ambiente - - representante do Ministério dos Transportes - MT; Comandante Paulo Teixeira de Castro - representante do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis - IBAMA; Ricardo de Almeida Maia OUTROS PRESENTES ..Adriano Amorim - da Secretaria do Patrimônio da União do Ministério do Planejamento, Gestão e Orçamento - SPU/MP; Augusto Silveira de Almeida - da Secretaria do Patrimônio da União do Ministério do Planejamento, Gestão e Orçamento - SPU/MP; C:'~leus documenloslGiGorcOIAlalATA \3' GI-GERCO (alteraqães).doc Henrique de Carvalho Dalton - do Ministério do Meio Ambiente - Ml\1A~ Márcia F. Coura - do Ministério do Meio Ambiente - J\1l\1A~ CC Denise Moraes Leite do Mar - SECIRM/MB; Fábio Gontijo Silveira - da Secretaria da Comissão Interministerial para os Recursos - do Ministério de Ciência e Tecnologia -MCT; Marcelo Neiva de Amorim - do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis - IBAMA; Maria Luiza Almeida Gusmão - do Ministério dos Transportes - MT. 1 - ABERTURA O ComandanteFlávio Giacomazzi,representanteda SECIRM, iniciou a reunião às ~ 14:45h, dando as boas vindas aos presentes em nome do Secretário da SECIRM, Almirante Luiz Antônio Monclaro de Malafaia, e passando a palavra à Coordenadora do GI-GERCO e representante do J\1MA,Sra. Oneida Freire. - 2 PRoVIDÊNCIAS ADMINISTRATIVAS 2.1 - Adoção da Agenda -A Coordenadora, Sra. Oneida Freire, deu início aos trabalhos do grupo, submetendo a agenda provisória, em anexo. O representante do MT, Sr. Ricardo Maia, lembrou que na última reunião foi comentado que a Agenda Ambienta! Portuária estava desatualizada e que uma revisão do documento estava em andamento, por meio de reuniões e trabalhos conjuntos com o Ml\1A. Explicou que, no seu entendimento, o documento poderá ser enriquecido com os subsídios do grupo envolvido na regulamentação da Lei NQ9.966/00, que dispõe sobre poluição por óleo e outras substâncias nocivas em águas sob jurisdição brasileira. Acrescentou, ainda, que não houve tempo hábil para que o MT apreciasse a minuta de revisão enca~inhada pelo J\1l\1A, solicitando a retirada da pauta da reunião do tópico correspondente ao item 4.1. Levando em conta a solicitação, a Coordenadora propôs a retirada do tópico da pauta, tendo sido apoiada de forma unânime. Explicou que os trabalhos da Agenda estão em pleno desenvolvimento, enfatizando que a nova versão da Agenda Ambiental Portuária deve ser brevemente concluída. O representante do MT, comentou, ainda, que a Agenda Ambiental Portuária, em sua versão anterior, está em vigor, embora esteja sendo trabalhada, simultaneamente, com vistas ao seu aprimoramento como instrumento de comando e controle das atividades portuárias. 2 c: ~t.us documentoslGiGrn:OIAta'ATA 13' GI.GERCO (alterações).doc 2.2 - Aprovação da Ata da lt! Sessão Ordinária - A Coordenadora, Sra. Oneida Freire, submeteu a ata da 12!!Reunião do GI-GERCO aos presentes, pedindo desculpas pelo não encaminhamento prévio do documento, sugerindo que fosse feita uma leitura rápida seguida de complementações e correções, se fosse o caso. A única modificação proposta partiu do representante do SEGEl'v1PO,Comandante Carlos Monteiro, que explicou serem as afirmações a ele creditadas (terceiro parágrafo do item 3. 1), na realidade, de autoria do Almirante José Ribamar Miranda Dias. A seguir foram tomados os trabalhos da pauta correspondentes ao item 3 da agenda, iniciando-se os trabalhos relativos à apresentação do Projeto de Gestão Integrada da Orla Marítima - "Projeto Orla". - 3 PROJETO ORLA Com vistas a traçar um rápido histórico dos fatos relativos ao Projeto Orla, a Sra. Oneida Freire explicou que a SPU repassou cerca de R$200.000,00 ao l\1MA com vistas a iniciar os estudos básicos, empregados, em grande parte, na contratação de consultores para sistematização de conhecimentos disponíveis e provimento de subsídios para a consolidação do escopo e de diretrizes. Foram apresentados dois documentos desenvolvidos no âmbito do Projet?: (1) <?-DetalhamentoMetodológico do Projeto de Gestão Integrada da Orla Marítima e (2) o Projeto de Gestão Integrada da Orla Marítima. O primeiro pode ser considerado como . uin produto já consolidado e o segundo sujeito à apreciação e/ou modificação pelas instituições integrantes do Grupo. O Sr. Augusto Almeida, da SPU, explicou que o órgão padece da falta de mecanismos de descentralização para fiscalizar e gerir o uso e a ocupação dos terrenos de marinha e seus acrescidos, sendo desejável que os municípios sejam os próprios responsáveis pela fiscalização e gestão desses espaços. A Sra. Oneida Freire explicou que a norma maior do Gerenciamento Costeiro, Lei 7.661/88, -que institui o Plano Nacional de Gerenciamento Costeiro (PNGC), está um tanto ultrapassada e carece de regulamentação. Frisou que o Projeto Orla, por sua abordagem. constitui um instrumento de complementação das atividades do GERCO. O Sr. Augusto Almeida comentou que dos mais de 8.000 Km de linha de costa, apenas c~:ca de 50% tem a linha de proteção de costa (LPC) demarcada e que uma visita em diversos pontos da orla demonstra, claramente, a situação precária de ocupação dos terrenos de marinha. 3 C:\~leus documentos\GiGercolAtalATA 13' GI-GERCO (alteraçõe5).doc o grupo foi convidado a assistir a exibição do vídeo do Projeto Orla Marítima, produzido no âmbito da parceira MMA e SPU. Em seguida, a Sra. Oneida Freire fez uma rápida apresentação dos outros membros do MMA, sendo a Srta. Márcia Coura (bióloga) oriunda da Coordenação Estadual do Gerenciamento Costeiro do Maranhão e o Sr. Henrique Dalton (oceanógrafo) técnico em retorno àquele Ministério, tendo participado, anteriormente, das atividades de implementação do Programa REVIZEE. Passou, então, a palavra a Srta. Márcia Coura para desenvolvimento da exposição do Projeto, com maior nível de detalhes. De forma síntetizada, a exposição tomou por base os seguintes tópicos principais: · área de abrangência - Inclui a orla marítima brasileira, considerando uma faixa aquática marinha e outra terrestre, num total de 369 municípioslitorâneos dos 17 ,,-. estados costeiros; · duração do Projeto - Numa fase piloto (12 semestre de 2001) será implementado em 5 áreas representativas e na fase de desenvolvimento amplo, a partir do 22 semestre de 2001, prevê-se a adesão de 30 municípios por semestre, alcançando um total de 155 municípios nos três anos do Projeto; · valor estimado do Projeto - Do valor total de R$2.652.020,OO, prevê-se R$1.144.370,OOpara o 12ano, R$782.800,00 para o 22 ano e R$641.060,00 para o 32 ano, sendo que R$1.200.000,00 deverão ser custeados pelo MMA; . justificativada proposição~ identificacãoda questão ambiental- Aspectosde grande relevância ambiental, tais como a proteção fisica ao continente e abrangência de ecossistemas de extrema importância para a manutenção de biotas estuarinas e marinhas, bem como a ampliação da capacidade institucional dos municípios para gestão descentralizada da orla; . objetivo geral - Fortalecer a articulação dos diferentes atores do setor público para a gestão integrada da orla, aperfeiçoando o arcabouço normativo para o ordenamento de usos e ocupação desse espaço: . objetivos específicos - (a) fortalecer a articulação dos diferentes atores do setOr público para a gestão integrada da orla, aperfeiçoando o arcabouço normativo para o ordenamento de usos e ocupação desse espaço; (b) desenvolver mecanismos de mobilização social para a gestão integrada da orla; (c) estimular o desenvolvimento sustentável na orla; · metodologia - Aplicação dos instrumentos de ordenamento territorial, compreendendo procedimentos de enquadramento (descrição paisagistica, análise ambiental e ~ - -------- --- ---- ---- c: ),/eus documenIOS\GiGercOlAla...\TA13' GI-GERCO(alleraçõcsl.doc socioeconômica) e proposta de classificação,tomando por base uma tipologia com três - correspondente a trechos para preservação das características naturais, com ações essencialmente preventivas; Classe B - trechos sem classes genéricas de orla: Classe A comprometimento das condições de conservação das funções e atributos naturais, com ações de ordenamento; e Classe C - trechos com comprometimento na conservação das funções e atributos naturais, com ações dominantemente corretivas; · metas - Ao longo dos três anos estão previstos: internalização do Projeto nos 17 estados costeiros e em 60 municípios / ano, mecanismos de divulgação e mobilização social (Internet e campanhas, entre outros), e otimização das atividades econômicas desenvolvidas na orla, com geração de emprego e renda; · resultados esperados -Como resultados principais têm-se: a integração dos processos de gestão ambiental e gestão patrimonial; a consolidação e divulgação de arcabouço normativo; a adequação e/ou desconstituição de usos e ocupações irregulares; o aumento do número de entidades participando da gestão da orla e do número de gestores empregando informações geradas pelo Projeto; e o incremento dos instrumentos econômicos com ampliação da oferta de produtos e serviços sustentáveis na orla; · monitoramento do Proieto - Estão previstos indicadores para avaliação e acompanhamento do desempenho do Projeto Orla: número de normas sistematizadas nos níveis estaduais e municipais; número de gestores públicos e privados atuando no Projeto; e percentual relativo de municípios com planos diretores ou similares e normas operacionais adaptadas; · benefícios - separados público; Regionais nos três níveis: Nacionais - potencialização - convergência de ações do setor do ativo natural para desenvolvimento do turismo e crescimento econômico; e Locais - geração de pequenos pegócios e utilização sustentávelda biodiversidadelocal; · benefíciários - mais de 150 municípios e 17 estados litorâneos, incluíndo comunidades tradicionais, segmento da pesca, iniciativa privada (especialmente do turismo), populações de segunda residência e pequenos produtores; · estrutura gerencial - Coordenação Central - responsável pelo planejamento, controle e avaliação do Projeto em nível nacional, composta pelo N1NIA e SPU, com a participação de um subgrupo de instituições representadas no GI-GERCO; Coordenação Regional - composta pelos OEMAs e GRPUs, com a participação do IBANIA, SEBRAE, Capitania dos Portos, ANANll\tIAe ONGs; e Coordenação Local 5 - C;').!eus doeumeoloslGiGoreov\lalATA 13' GI-GERCO (alleraçÕ<:s..doe responsável pelo controle e avaliação da operacionalização do Projeto, composta pelos três poderes municipais, setor privado, ONG e universidades / pesquisadores, em especial do PGGM; o Sr. Augusto Almeida comentou que a expectativa de utilizar a estrutura regional da SPU, ou seja as Gerências Regionais do Patrimônio da União (GRPUs), para atividades de capacitação dos municípios poderá ser pouco viável devido à precariedade de infra-estrutura e à escassez de recursos humanos. O representante do Estado Maior da Armada, comandante João Carlos Feijó. perguntou qual seria precisamente a área de abrangência do Projeto Orla, mostrando-se preocupado com uma necessária consideração pormenorizada das diversas incidências ,... normativas, em especial dos aspectos jurisdicionais. A Coordenadora do GI-GERCO explicou que o PNGC já contêm mecanismos legais que subsidiam ações na área de abrangência do GERCO, sendo o Projeto Orla um instrumento com uma atuação espacial mais restrita. O Sr. Augusto Almeida comentou que, numa primeira etapa, o Projeto Orla não deve se ater a criação e/ou modificação de normas preexistentes, muito embora tais instrumentos possam ser futuramente ajustados segundo demandas legitimas e específicas (estaduais e municipais, principalmente). Aínda visando um maior esclarecimento da questão de área de atuação do Projeto, a Sra. Oneida Freire passou a palavra ao Sr. Henrique Dalton que explicou ter sido estabelecida - a faixa de abrangência da orla marítima, com suporte de consultores, segundo os melhores dados científicos disponíveis e estudos comparativos internacionais. Foram apontados tanto os limites emersos da orla maritima (100 metros em trechos com urbanização consolidada e 200 metros em trechos não urbanizados), quanto os aquáticos (isóbata de 10 metros). Tais limites incluem, via de regra, os terrenos de marinha e seus acrescidos; além de uma pequena faixa litorânea contígua de importância à manutenção do perfil de equilíbrio da linha de costa e à preservação de ecossistemas costeiros relevantes. O representante do mAN~ comandante Paulo Castro, citou, como exemplo, a existência de uma situação complexa na orla de Aracaju -SE., onde coexistem usos conflitantes num mosaico desordenado de atividades, com desencadeamento de ações junto ao Ministério Público e ao mAMA na busca de solução para os problemas gerados. O representante da SPU, Sr. Augusto Almeida. comentou que dentre as ações corretivas, previstas para trechos de orla com urbanização consolidada, a desconstituição de usos / edificações é demasiadamente complicada para ser inserida sob a forma de mecanismo 6 - --- C:\~leus documenlos',GiGorcol.-\taIATA13' GI-GERCO (alleraçÕ<:sl.doc de rotina do Projeto. Isto justifica-se pela repercussão social da iniciativa, com possíveis impactos negativos à imagem institucional dos segmentos envolvidos em casos da espécie (União, Municípios e eventuais órgãos estaduais). Foi reafirmado, pelo MMA, que o Projeto Orla está em fase de cónsolidação e sua apresentação ao GI-GERCO possui caráter de aprimoramento, incluindo-se os arranjos institucionais e responsabilidades afetas ao mesmo. Comentou o Sr. Ricardo A. Maia, do Ministério dos Transportes, que seria interessante a consideração do envolvimento das câmaras legisla~ivas municipais nas metas e ações propostas no Projeto, pelo fato de constituírem instâncias responsáveis pela deliberação e aprovação das leis específicas locais. A questão foi esclarecida pela representante do NINIA, que explicou ser a complementariedade de atuação entre os segmentos locais o eixo central do Projeto. A titulo de exemplo dos problemas municipais relacionados à intervenção do Projeto na ocupação desordenada da orla, o Sr. Augusto Almeida falou que no Balneário Camburiú - S.C. ainda continuam sendo construidos, com aivará da Prefeitura, prédios de alturas excessivas que projetam sombra sobre a praia próxima. O representante do IBAMA, Comandante Paulo Castro, comentou que os conselhos municipais de desenvolvimento urbano são ainda melhores que as câmaras legislativas como fórum' local para incorporação das atividades locais do Projeto Orla, pois congregam os três poderes municipais e os atores não governamentais. Ainda envolvendo as discussões sobre a forma de participação local no Projeto Orla. o representante do SEBRAE, Sr. Osvaldo Viégas, explicou que o Programa de Emprego e Renda já tem trabalhado, com sucesso, junto às lideranças comunitárias locais. Comentou que muito embora, segundo a apresentação realizada, esteja prevista a participação do SEBRAE centrada na assistência local e apoio para alternativas de negócios e geração de emprego e , renda, seria de grande pertinência seu envolvimento direto na mobilização social, propondo, inclusive, uma nova redação para este objetivo específico: "Inserir a gestão integrada da orla nos mecanismos de mobilização social". Sugeriu, também, que dois ou três dos municípios piloto selecionados para a fase inicial do Projeto tenham envolvimento com o PRODER. .-\pós uma análise preliminar. dos 369 municípios litoràneos elencados na listagem anexa ao Projeto Orla, o representante do SEBRAE citou a existência de aproximadamente 163 deles envolvidos com atividades do PRODER e do PRODER Especial, compondo um quadro de recursos ordinários com um montante total chegando a cerca de R$2.000.000,OO (dois milhões) para os 3 anos previstos do Projeto Orla. 7 C:'.~(eusdocumeDrosGiG:rcov\ra~-\TA 13' GI-GERCO (alreraç,;"sl.doc Seguindo a linha de discussão iniciada pelo representante do SEBRAE, a Coordenadora do GI-GERCO solicitou comentários sobre o Projeto Orla, considerando as possíveis interfaces tanto nos aspectos afetos à articulação de atribuições, quanto no incremento de recursos financeiros incidentes na área do Projeto. O Sr. Martinus Filet comentou que o Projeto evoluiu muito desde o "workshop" realizado em Itajaí - S.e., demonstrando uma melhor definição do escopo geral, em especial do organograma, explicando que a ABEMA está muito bem colocada como associação de articulação intermediária na cadeia dos processos de coordenação. Expressou, também, sua percepção de que o Projeto Orla tem todos os quesitos para ser absorvido / internalizado pela Associação Brasileira de Entidades de Meio Ambiente - (ABEMA), sendo. contudo, importante a sua divulgação junto aos segmentos diretamente envolvidos com a questão. A Sra. Oneida Freire informou que consta do Projeto a promoção de uma campanha, estando prevista a primeira ainda para o verão. O representante da ABEMA mostrou-se preocupado com a questão normativa, tal como ocorre com outros Coordenadores Estaduais do GERCO, devido à complexidade do tema, citando a importância das consultorias previstas para a área jurídica. O Sr. Augusto Almeida afirmou que o MMA não havia encaminhado à SPU, até a presente data, os documentos dos consultores jurídicos (Sra. Yara Gomide e Sr. Gilberto Rufino), contratados para sistematizar as normas vigentes e gerar subsídios à proposição de - adequações necessárias a uma gestão ordenada do espaço de atuação do Projeto. Em resposta a este comentário, a Sra. Oneida Freire informou que tais documentos, embora preliminares, já tinham sido anteriormente enviados ao Sr. Carlos Viriato S. Lima, para apreciação por aquela Secretaria. O Secretário Adjunto da SPU, Sr. Augusto Almeida, explic,ou que desconhece a tramitação interna deste material, muito provavelmente pelo fato da desvinculação do Sr. Carlos Viriato Lima daquela Secretaria. Solicitou que qualquer documentação referente ao Projeto Orla fosse, doravante, encaminhada diretamente à Secretária Dra. Maria Leite, com cópia à Secretaria Adjunta. Explicou que, segundo sua análise, o Projeto somente será viável se houver mobilização e consenso à nível municipal para assumir a atribuição de gerir as áreas de terrenos de marinha e seus acrescidos, sendo um pouco exagerada a expectativa sobre a capacidade das GRPUs em prestar apoio aos processos de capacitaçào e de fiscalização integrada. 8 - --- ------ --- - - c: )'leus documentos GiGercolAta,.\TA 13' Gl-GERCO talteraçõc:s).doc Em concordância com os aspectos normativos já observados, o Comandante João Carlos Feijó também mostrou-se preocupado com as questões jurídicas envolvidas, em especial, quanto à possíveis restrições de usos previstos pelo processo de enquadramento. Citou, como exemplo, os contlitos que podem ser gerados com a navegação e com a pesca em áreas como a plataforma continental interna contígua ao Maranhão. onde a isóbata de 10 metros poderá estender a área de intervenção do Projeto a várias milhas náuticas da faixa litorânea emersa. Finalizando sua explanação, o Sr Martinus Filet relatou experiências de trabalho junto a municípios do litoral norte de São Paulo, onde observou que a questão normativa precisa ser muito bem trabalhada, de forma a evitar imposições demasiadamente restritivas à esfera governamental hierarquicamente subordinada. -.... O representante do mAMA, Comandante Paulo Castro, comentou que já existem mecanismos, suportados por instrumentos legais, para induzir os municípios à gestão de áreas litoràneas, como o Plano de Ação Federal de Uso e Ordenamento do Solo. Sugeriu que uma das áreas piloto selecionadas para a fase inicial de execução do Projeto fosse situada em .-\racajú - SE devido à multiplicidade de usos contlitantes observados na orla. O Sr. Fábio Silveira, do MCT, falou que irá levar o assunto "Projeto Orla" para avaliação e definição de possíveis inserções em atividades e/ou recursos daquele Ministério. Comentou, ainda, que o Programa de Geologia e Geofisica Marinha - PGGM, considerado para assistência científica aos executores do Projeto, não corresponde a um programa oticialmente constituído, sendo apenas uma associação de pesquisadores da área temática. O Comandante Carlos Monteiro salientou que, como opinião pessoal, não vê muita possibilidade de inserção do GErvIPO no Projeto, mas que irá consultar as instâncias envolvidas na internalização desse assunto. Sua impressão geral é de ser este um projeto excessivamente abrangente, sendo imprescindível o suporte de ins}rumentos normativos. como forma de assegurar sua execução e sustentabilidade. A. seguir, o representante do MRE, Sr. Ronald Mendes, disse ser interessante a \'erificação de interseções do Projeto Orla com o processo consultivo informal da Organízação das Nações Unidas sobre os Direitos do Mar e Oceanos. Explicou que existem 3 temas principais da agenda daquela Agência, sendo a prevenção de poluição marinha de atividades situadas em terra a linha mais diretamente relacionada a. área de abrangência do Projeto e merecedora de acompanhamento específico do:\iRE. 9 C:'~leDSdocumeutos\GiGerco\AlaIAT.-\ 13' GI.GERCO Calteraçõcs).doc - - o Sr. Augusto Almeida reafirmou sua preocupação com a complexidade do Projeto e comentou ser necessário o envolvimento de municípios e estados onde exista potencial das principais instituições federais envolvidas (SPU / MMA / SEBRAE). O Comandante Flávio Giacomazzi corroborou as colocações do Secretário Adjunto da SPU e sugeriu o estabelecimento de um prazo para análise, pormenorizada, do Projeto apresentado pelas instituições componentes do GI-GERCO. Por sugestão do próprio representante do SEBRAE, Sr. Osvaldo Viégas, e apesar de já existir um bom envolvimento daquele órgão no Projeto, o MMA poderá buscar uma maior integração direta com a sede central, por meio de reunião provocada pelo Ministério. Comentou ser extremamente pertinente a consideração do "Train-Sea-Coast" para treinamento - de técnicos do SEBRAE envolvidos com assuntos correlatos à gestão costeira. Esgotadas as discussões relativas ao Projeto Orla, a Sra. Oneida Freire passou ao item seguinte da pauta adotada. - 4 NOTÍCIAS Dada a inexistência de notícias previstas para apresentação nesta 13i!sessão ordinária, a Coordenadora propôs aos presentes que, não havendo objeções, fosse tomado o item seguinte da agenda, tendo sido apoiada unanimentente. - 5 OUTROS ASSUNTOS Ao dar início às atividades deste item da agenda a Sra. Oneida Freire fez menção a existência, dentre o material incluso nas pastas entregues aos participantes da reunião, do documento intitulado "Atuação do Ministério Público no Processo Participativo de Implantação dos Instrumentos que Garantem a Gestão Ambiental e a Proteção da Zona Costeira da Região Nordeste", passando a palavra ao Sr. Martinu!; Filet para algumas considerações sobre este documento. O representante da ABEMA fez uma rápida explanação sobre o conteúdo geral do documento, que relata interfaces e experiências da gestão da Zona Costeira com o Ministério Público, além das normas pertinentes, a partir da experiência vivenciada pelo GERCO/RN. 6 DATA DA PRÓXIMA REUNIÃo ~ 10 C:'~feus documeDlos,GiGerco'AlaIAT.-\.13' GI-GERCO (allerações).doc Não foi estabelecida uma data para realização da próxima reunião do fórum, ou seja. a 14i!sessão ordinária do GI-GERCO, devendo ser definida posteriormente e divulgada com a devida antecedência, em conformidade com o calendário de reuniões da CIRM. 7 - ENCERRAMENTO A Coordenadora do fórum, Sra. Oneida Freire, agradeceu aos presentes pela participação e relembrou que sexta-feira próxima (01/12/00) ficou definida como data limite para encaminhamento de sugestões e contribuições ao Projeto Orla. O Comandante Flávio Luiz Giacomazzi deu por encerrada as atividades da 13i!Sessão Ordinária do GI-GERCO às 18hl5 desejando, em nome da SECIRM, boas festas a todos os presentes. 11 C: 2\leus documenlOS GiGeroo.-\U,-\T A 13' Gl-GERCO (alterações 1.00<