Efeito Visível do Invisível
Leila Polido
Boa noite, eu chamo-me Leila e estou aqui para vos apresentar o invisível. Neste momento que
efeitos invisíveis estão a acontecer? A respiração por exemplo, todos nós estamos a respirar,
mas ninguém vê as trocas gasosas que estão a ocorrer. O mesmo se aplica ao som, eu estou a
falar, todos vocês me estão a ouvir mas ninguém está a ver realmente o som em si!
Porque é que não vemos o som?! Porque não transmite, não absorve nem reflecte qualquer
tipo de luz. O som consiste em ondas mecânicas produzidas pela vibração de matéria e
propagada por um meio material. No entanto, essas mesmas vibrações terão um efeito
observável na água. Isso deve-se á propagação das ondas sonoras, ou seja, o som precisa de
um meio para se propagar, como o ar por exemplo. Não existe som no vácuo, ao contrário do
que parece no filme Star Wars em que quando as naves arrancam fazem sempre aquele
barulho explosivo. As ondas de som têm várias características, como a amplitude, o
comprimento e a frequência. Neste módulo a característica chave é a frequência.
A frequência, como o nome indica, é o número de vezes que um acontecimento se repete por
unidade de tempo. Por exemplo: o número de ondas do mar por minuto numa determinada
praia num determinado momento de maré tem uma frequência. Essa praia poderia ter uma
frequência de 10 ondas por minuto, por exemplo, caso rebentasse uma onda de seis em seis
segundos.
Mas, em geral a frequência é medida em ciclos por segundo. Também conhecidos por Hertz.
No caso do som, as frequências que nós conseguimos ouvir estão entre os 20 Hertz (ou seja, 20
ciclos por segundo) e os 20.000 Hertz (20.000 ciclos por segundo). Imaginem que o som é
como se fossem ondas do mar muito rápidas que se propagam pelo ar e outros meios.
Com este botão iremos controlar a frequência de som gerado pelo altifalante que está nesta
extremidade do tubo. Ao alterarmos a frequência alteramos também o ritmo com que o
altifalante vibra e que por sua vez vai alterar a localização dos salpicos e a sua intensidade. Isso
deve-se ao facto da vibração do altifalante criar as tais ondas sonoras que ao propagarem-se
no ar vão fazer com que o ar vibre.
Dentro do tubo é obrigatório haver ar, pois só a vibração em si não produz energia suficiente
para criar movimento na água, mas produz energia que chegue para mover o ar, que está
comprimido dentro do tubo, e é esse mesmo ar que vai mover a água produzindo os salpicos.
As ondas irão percorrer o tubo até ao fim e voltarão para trás, sucessivamente, criando assim
esta onda estacionária. Ao longo da onda estacionária há alturas em que o ar não se mexe, a
isso chama-se nodos. Mas há também alturas em que o movimento do ar será muito rápido e
a isso chama-se anti-nodos.
Por exemplo, quando estamos debaixo de água ouvimos na mesma o som de uma gaivota a
piar, no entanto ouvimos com menos intensidade do que se estivéssemos fora de água. Isso
deve-se à densidade, pois a densidade da água é muito superior à do ar, o que irá diminuir a
“quantidade” de som que chega aos nossos ouvidos. No entanto, podemos sempre querer
afogar a gaivota, colocando-a debaixo de água para a ouvir mais de perto. Verificando assim
que o som se propaga melhor em meios líquidos do que no ar, visto que, as partículas estão
mais próxima, tornando-se mais fácil ocorrer a vibração. Por isso é que os cowboys
encostavam os ouvidos à linha férrea para ouvir os comboios a aproximarem-se antes de o
conseguirem ver ou até mesmo ouvi-lo pelo ar, visto que as partículas no estado sólido estão
mais próximas umas das outras do que no estado gasoso.
Visto que não somos cowboys e que não queremos matar gaivotas, deixe-mos os comboios
passar, as gaivotas voar e dar por terminada a minha apresentação, obrigada.
Download

Efeito Visível do Invisível