FESP – FACULDADE DE EDUCAÇÃO SUPERIOR DO PARANÁ
FUNDAÇÃO DE ESTUDOS SOCIAIS DO PARANÁ
MACROECONOMIA II
MODELOS DE CRESCIMENTO E CICLOS ECONÔMICOS
Profº Nivaldo Camilo
Etapas:
1) Ciclos Econômicos
2) Crescimento a Longo Prazo
3) Modelo: Harrod-Domar - abordagem keynesiana
4) Modelo: Solow – abordagem neoclássica
CICLOS ECONÔMICOS
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Variação inicial no investimento ∆I → implica
em uma variação na renda ∆Y.
∆Y = α.∆I onde α → multiplicador dos gastos
autônomos.
Foco de Análise → na demanda agregada.
Aumento inesperado da demanda agregada
leva ao aumento da produção e redução dos
estoques.
CICLOS ECONÔMICOS
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Consequência → as empresas aumentam a produção
para atender a maior demanda e reporem os
estoques.
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Resultado → tal comportamento fará, em
determinado momento, a produção situa-se acima
do novo produto de equilíbrio e em outros momentos
abaixo. A passagem de uma situação de equilíbrio
para outra se faz de forma cíclica e não direta.
CICLOS ECONÔMICOS
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Modelo multiplicador simples - Y = C + I + ∆ε
Destinação da produção: consumo; investimento;
variações de estoques.
Investimento depende das expectativas (conforme
Keynes).
Produção para consumo → depende das vendas
esperadas.
Hipótese (simplificadora) → os empresários esperam
que o consumo seja igual ao do período anterior.
CICLOS ECONÔMICOS
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Função Consumo C = c.Y
C = C-1 logo C = c.Y-1
Variação de estoques será
∆εt-1 = c.Y-1 - c.Y-2
Ocorrida uma variação inesperada → ∆Y e ∆C;
Empresas produzirão para:
atender a demanda e repor os estoques
Y = C + I + ∆estoques
Y = c.Y-1 + (c.Y-1 - c.Y-2) + I
Y = 2.c.Y-1 - c.Y-2) + I
CICLOS ECONÔMICOS
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Conclusão
A economia só estará em equilíbrio quando Y-1 = Y-2
de modo que a variação de estoques seja zero.
Saída
Conforme o enfoque keynesiano, para evitar essas
oscilações o Estado deveria atuar como regulador da
demanda agregada – política fiscal e monetária.
Crítica → Milton Friedman
a crise de instabilidade dos anos trinta é devida a
própria política monetária adotada de forma errônea
naquele país → forte controle monetário exercido
naquele momento, desencadeou a depressão.
CRESCIMENTO A LONGO PRAZO
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Modelos
Harrod (1939) – Domar (1946) → keynesianos
Solow (1959) → neoclássico
Variáveis Básicas
taxa de poupança;
taxa de investimento;
relação produto/capital
CRESCIMENTO A LONGO PRAZO
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Modelo Harrod-Domar
Considera que o desenvolvimento econômico é
um processo gradual e equilibrado.
Parte do princípio que o investimento agregado
apresenta dois efeitos na economia:
Efeito demanda → um aumento do
investimento resulta em um aumento da
demanda pelo produto;
Efeito Capacidade → os investimentos
aumentam a capacidade da economia em
elaborar o produto.
Modelo Harrod-Domar
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Efeito demanda do investimento
(Modelo keynesiano simples)
determinação da renda para uma economia
fechada sem governo:
YE = produto efetivo
C = consumo
I = investimento
c = propensão marginal à consumir, então:
YE = C + I
e C = c.YE
Modelo Harrod-Domar
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Multiplicador dos Investimentos
∆YE / ∆I = 1 / 1 – c
s = 1 – c → s = propensão marginal a poupar
∆YE / ∆I = 1 / s
ou ∆YE / ∆I = 1 / s . ∆I → sintetizando o
efeito demanda do investimento sobre a
economia.
Modelo Harrod-Domar
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Quanto menor o “s”, maior o efeito do
investimento sobre o produto efetivo.
Exemplo
∆I = 100u.m.
Para s = 0,1 e para s = 0,2
∆YE = 1 / 0,1 x 100 = 1.000
∆YE = 1 / 0,2 x 100 = 500.
Modelo Harrod-Domar
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Efeito capacidade produtiva do investimento
Modelo keynesiano simples
determinação da renda
Economia fechada sem governo:
∆YP = variação do produto potencial;
YP = produto potencial;
K = estoque de capital;
∆K = variação do estoque de capital.
Modelo Harrod-Domar
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Ponto de partida
∆YP = ∂.∆K
“∂” é definido como produtividade média social
potencial do capital, logo: ∂ = YP / K ou
relação incremental produto-capital.
∂ = YP / K → representa quantas unidades
do produto podem ser produzidas por unidade
de capital.
Modelo Harrod-Domar

Neste modelo a relação produto/capital é
constante,
então: ∆K = I ou ∆YP = ∂.I que sintetiza o
efeito capacidade do investimento agregado.
Problema > considerando esses dois efeitos,
se a cada período ocorrem investimentos, no
período seguinte tem-se um aumento da
capacidade produtiva, o que este efeito pode
resultar em um aumento da capacidade ociosa.
Modelo Harrod-Domar
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Para evitar a capacidade ociosa,
deve ocorrer um equilíbrio entre os dois efeitos
(crescimento equilibrado):
∆YE = ∆YP como ∆YE = 1 / s . ∆I e
∆YP = ∂.I, temos: 1 / s . ∆I = ∂.I e,
multiplicando os lados por “s”
tem-se ∆I = s.∂.I ou ∆I / I = s.∂.
Modelo Harrod-Domar
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Fazendo
∆YE = ∆YP = ∆Y = ∂.I (porque ∆YP = ∂.I)
e supondo, no produto de equilíbrio,
S = I, onde S = s.Y e
I – s.Y, no equilíbrio segue que:
∆Y = s.∂.Y
(no lugar do I em ∆Y = ∂.I coloca-se s.Y, então
∆Y = s.∂.Y) ou ∆Y / Y = s.∂.
Modelo Harrod-Domar
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Para termos um crescimento equilibrado, o
produto efetivo deverá se elevar juntamente
com o produto potencial, de modo a evitar a
capacidade ociosa, então:
∆I / I = ∆Y / Y = s.∂ , ou seja, a taxa de
crescimento do investimento líquido e a do
crescimento do produto devem ser iguais à
propensão marginal à poupar, multiplicada pela
produtividade do capital.
Modelo Harrod-Domar
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Exemplo
Supondo uma taxa de poupança (propensão a
poupar) de 20%,
A relação produto / capital (produtividade do
capital) igual a 0,3,
A taxa de crescimento do investimento líquido e
do produto será:
ỷ = 0,2 x 0,3 = 0,06 ou 6 por cento.
Modelo Harrod-Domar
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Significa que um crescimento de 6% é possível,
a partir de uma taxa de poupança de 20% da
renda e uma relação produto / capital de 0,3.
Contradição básica do modelo > se um país
sair da trajetória de equilíbrio a longo prazo,
ele não consegue voltar mais para a trajetória
do crescimento equilibrado – conhecido como equilíbrio em fio de navalha.
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