Passado, Presente do Futuro?
Francisco Melo Ferreira
15 de Fevereiro de 2005
Comunidades de utilizadores das TIC na Educação em Portugal.
Memória e comunidade
Na história, com mais de 20 anos, da
utilização das TIC na Educação em
Portugal coexistem memórias de
esperanças, sucessos e insucessos, que
dão a muitos dos que as viveram a
sensação
de
pertença
a
uma
comunidade.
i
Novação
A partilha de momentos iniciadores de
uma inovação reforçou este sentimento.
Com o tempo as NTI perderam o N e
foram ganhando outras possibilidades
de aplicação.
Momentos fundadores
Analisando com algum cuidado os
momentos principais desta evolução
constatamos que, provavelmente desde
o
início,
coexistiram
diferentes
perspectivas de utilização educativa das
TIC que, na verdade, fundamentam
várias comunidades.
ITI
Explosão da Internet
Reforma Curricular
Memórias partilhadas
Internet na Escola
TIC obrigatória
Programa Nónio
Projecto Minerva
Préhistória
FUTURO ???
1985
1989
1994 1996
2004
Comunidade(s)?
Identidade e alteridade (o que nos
distingue)
–
–
–
–
A Tecnologia
A vontade de mudança
Uma linguagem comum
A prática
A Tecnologia
A Tecnologia e a Sociedade
“Techniques are not something around
which there is a society”
(B. Latour)
Tecnologia(s)
“from late Neolithic times in the Near East , right
down to our own day, two technologies have
recurrently existed side by side: one authoritarian,
the other democratic, the first system-centered,
immensely powerful, but inherently unstable, the
other man-centered relatively weak, but resourceful
and durable.”
Lewis Mumford
Authoritarian and Democratic Technics
Utopia da comunicação
“Il y a, comme le remarque justement Philippe
Breton (2000), une relation historique entre
l’utopie de la contre-culture d’il y a 30 ans et
celle d’Internet, qui est rêvé comme un espace
de communication libre entre des individus
pleinement souverains (Mattelart 2000)”.
Bogumil JEWSIEWICKI et Madeleine PASTINELLI(CÉLAT, Université Laval)
“L’ethnographie du monde numérique ou comment faire du terrain dans le «meilleur des mondes» ?”
Ethnologies 2000 – 2.
Informação, Conhecimento, Saber...
Par ailleurs, comme le rappelle justement Yves Lasfargue, «
Les réseaux permettent, certes, de partager des données,
mais certainement pas des savoirs » (2000 : 25).
Il ne faut donc pas se leurrer, puisque, comme le rappelle
Dominique Wolton (2000) et contrairement aux apparences,
nous ne sommes pas mieux informés à mesure qu’augmente
la quantité d’information disponible, puisque cette masse, loin
d’être éclairante, nous oblige à conduire un fastidieux travail
de recherche, d’analyse, de sélection et de hiérarchisation.
Bogumil JEWSIEWICKI et Madeleine PASTINELLI(CÉLAT, Université Laval)
L’ethnographie du monde numérique ou comment faire du terrain dans le «meilleur des mondes» ? Ethnologies 2000 – 2.
Comunidades de prática
“Technology is shared minds made visible”(M.
Riel)
A partilha resultante da tentativa
resolução de problemas comuns.
de
Poderão as práticas fundar uma comunidade?
Comunidades de utilizadores
“S’agit-il d’une communauté ? Appelons-la
ecommunauté pour éviter toute confusion avec, par
exemple,celle qui se réunit dans une église ou celle
que forment les habitants d’un village. Les
internautes qui se branchent régulièrement à
Napster lui sont-ils fidèles uniquement dans la
mesure où l’échange de musique peut s’y faire
gratuitement et facilement ? “
Verdadeiras comunidades?
“Sont-ils prêts à partager, à cette occasion,
autre chose : une cause politique, de
l’information sur une autre question que la
musique à y copier, etc. ?”
Bogumil JEWSIEWICKI et Madeleine PASTINELLI(CÉLAT, Université Laval)
L’ethnographie du monde numérique ou comment faire du terrain dans le «meilleur des mondes» ?
Ethnologies 2000 – 2.
...mas lá que as há...
Diferentes visões sobre o uso das TIC:
– a aprendizagem das TIC
– as TIC na aprendizagem
• Diferentes modelos de utilização
A diversidade das práticas
Sob
a
capa
da
comum(idade)
desenvolvem-se
práticas
muito
diferentes.
Comunidade não é o mesmo que
unanimidade.
Aceitar a diversidade como um valor.
Aprofundar as diferenças, aprofundar o
debate.
O Futuro
O
futuro
tornou-se
um
valor
fundamental dos nossos dias. De tal
modo que entrou já nas bolsas de
valores…Em certo sentido podemos
afirmar que o futuro já não é o que
era…De tal modo condicionado na sua
produção a partir do presente, perdeu
parte da sua aura de incerteza.
A Tecnologia
Perante a relativa permanência das
estruturas sociais, parece caber à
tecnologia a capacidade de concentrar
as potencialidades de mudança.
Mesmo essa, relativamente segura e
marcada pelas novas versões do
hardware e do software.
Passado, Presente do Futuro
O que Pessoa nos diz é que não existe
uma linha do tempo.
Nem sequer um rio...
Apenas...água a fluir...
São as comunidades humanas que dão
um sentido a esse fluir.
Cosa mentale
Os chineses consideram que “pintar é
difícil sobretudo antes de pintar”,
porque “a ideia deve preceder o
pincel”.
Pensar o uso das TIC
Criar novos usos das tecnologias, em vez
de esperar...
que sejam as TIC a oferecer-nos a
criatividade na bandeja de uma nova
versão.
Se hace el camino al andar...
A tradição ocidental é a de que a
pintura resulta de um diálogo entre a
tela e a acção do pintor.
Não, não vou por aí...
Não correr atrás da tecnologia.
Questionar, a cada utilização, o sentido
do que se faz.
Não tentar realizar tarefas impossíveis
...
Retry?
Uma visão para o futuro
Aprofundar as diferenças, aprofundar o
debate.
Defender a especificidade do uso das
TIC na Educação.
Desenvolver as capacidades de cada vez
mais reunir Arte e Técnica (Techne)
Escolher o humano
“This means gladly sacrificing mere quantity in order
to restore qualitative choice, shifting the seat of
authority from the mechanical collective to the
human personality and the autonomous group,
favoring variety and ecological complexity, instead of
stressing undue uniformity and standardization.”
Lewis Mumford
Authoritarian and Democratic Technics
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Apresentação