ENG 336
Máquinas Agrícolas
Colheita mecanizada de grãos
PERDAS
Viçosa – Jan 2003
Tipos de perdas



Pré-colheita
Na plataforma de corte
Nos mecanismos internos



Unidade de trilha
Saca-palhas
Peneiras
Perdas pré-colheita


Ação do vento ou condições climáticas
Principal causa é o atraso na colheita




Programação de atividades
Dimensionamento da maquinaria agrícola
Utilização de variedades com diferentes
ciclos vegetativos
Escalonamento da semeadura
Perdas na plataforma de corte


Pode atingir 80% do total de perdas
Causas usuais:




Corte alto
Debulha, tombamento ou não recolhimento de
plantas pelo molinete
Queda de grãos devido à velocidade da
colhedora ou pela ação da barra de corte
População da cultura e/ou presença de plantas
daninhas
Perdas na unidade de trilha


Não debulha e danos aos grãos e
sementes
Causas usuais:



Abertura inadequada entre o côncavo e o
cilindro batedor
Velocidade do cilindro
Velocidade da colhedora
Perdas no saca-palhas e peneiras

Grãos descartados junto com a palha




Quantidade excessiva de material sobre o
saca-palhas
Velocidade do ventilador incorreta
Peneiras mal ajustadas
Máquina trabalhando inclinada
sobrecarrega um dos lados da peneira
Medição das perdas

Rendimento da lavoura


Colher manualmente pelo menos três
amostras com mesma área e determinar o
rendimento médio
Área de coleta (Embrapa):



Arroz: 1 m2
Milho e soja: 2 m2
Milho em espigas: 30 m2
Medição das perdas

Limite de perdas



John Deere: 2 a 3 %
Emater – GO: 1 saco/ha de soja
Embrapa:
 Arroz e milho: 1,5 saco/ha
 Soja: 1 saco/ha
Medição das perdas

Perdas pré-colheita

Antes de iniciar a colheita realizar pelo
menos três medições contando os grãos
soltos e os presentes em espigas cachos
ou vagens sobre o solo.
Medição das perdas

Perdas na plataforma de corte




Utiliza-se uma armação com a largura da
plataforma da colhedora e comprimento
suficiente para atingir 1 ou 2 m2
Colher normalmente com a máquina, parar e
funcionar até que toda a palha tenha saído
Retroceder a colhedora (< comprimento da
máquina)
Colocar a armação na área colhida, contar os
grãos e subtrair os grãos perdidos na précolheita
Medição das perdas

Perdas na plataforma de corte
Medição das perdas

Perdas na trilha, saca-palhas e peneiras



Colocar a armação atrás da colhedora e
contar os grãos, determinando a perda total
na colheita
Subtrair o resultado do valor encontrado nas
perdas de pré-colheita e da plataforma de
corte
O picador de palhas deve estar desligado
Medição das perdas

Perdas na trilha, saca-palhas e peneiras
Determinação da percentagem de
perdas

Pesagem dos grãos coletados



Dificuldade: balança de precisão
Tabelas para conversão do número de
grãos em kg/ha
Copo medidor de perdas e produtividade
Tabelas para conversão do
número de grãos em kg/ha
Redução das perdas na
plataforma de corte

Pontos a serem observados






Velocidade de avanço da colhedora
Altura de corte
Posição do molinete
Velocidade do molinete
Posição do sem-fim
Posição dos dedos retráteis
Redução das perdas na
plataforma de corte

Velocidade de avanço da colhedora





Volume de massa da cultura
Umidade do produto
Capacidade de trilha da colhedora
Largura da plataforma de corte
Velocidade excessiva:

Vagens, espigas ou cachos não trilhados e
palha triturada sobrecarregando o sacapalhas e peneiras
Redução das perdas na
plataforma de corte

Altura de corte

Regular a altura de corte de modo que as
vagens e cachos mais baixos sejam
recolhidos
Redução das perdas na
plataforma de corte

Posição do molinete

Plantas em pé


Molinete deve apoiar as
plantas na porção
mediana entre o ponto de
corte e a parte superior
Molinete posicionado
ligeiramente à frente da
barra de corte
Redução das perdas na
plataforma de corte

Posição do molinete

Plantas deitadas


Molinete mais
avançado
As plantas devem ser
levantadas, porém
sem enrolar no
molinete
Redução das perdas na
plataforma de corte

Velocidade do molinete


Com velocidade adequada o produto cai
imediatamente dentro da plataforma de corte
Regra geral:
 Plantas em pé: velocidade igual ou um
pouco menor que da colhedora
 Plantas deitadas: velocidade maior que a
velocidade de avanço da colhedora
Redução das perdas na
plataforma de corte

Baixa velocidade do molinete



Tombamento do produto à frente da barra de
corte
Enrolamento do produto no molinete
Alta velocidade do molinete


Debulha por impacto
Produto empurrado para baixo antes de ser
cortado e/ou corte duplo
Redução das perdas na
plataforma de corte

Posição do sem-fim



Sem-fim alto: alimentação
desuniforme
Sem-fim muito baixo: debulha
Posição dos dedos retráteis


Avanço excessivo: quebras
e/ou debulha precoce
Retração excessiva: deficiência
na alimentação
Redução das perdas na trilha

Velocidade do cilindro afeta:


Qualidade dos grãos trilhados
Quantidade de grãos quebrados ou
descascados
Redução das perdas na trilha

Abertura entre o côncavo e o cilindro afeta:




Qualidade da ação trilhadora
Quantidade de grãos separados da palha
através do côncavo
Camada delgada facilita a separação, com
maior ação trilhadora na parte dianteira do
côncavo
Com maior espaçamento a trilha ocorre na
parte traseira do côncavo, sobrecarregando o
saca-palhas.
Redução das perdas na trilha

Saca-palhas:



Agita e lança a palha para cima e para trás
Os grãos soltos caem pelas grelhas
Não tem ação trilhadora, grãos não trilhados
são perdidos
Redução das perdas nas peneiras

Peneiras separam os grãos da palha com
auxílio da corrente de ar do ventilador



Grãos e palha mais pesada caem sobre a
peneira superior
Grãos e um pouco de palha passam para a
peneira inferior
A palha é lançada para fora. Material não
trilhado é conduzido à retrilha
Redução das perdas nas peneiras

Peneira superior:



Muito aberta: sobrecarga na peneira inferior –
retrilha com muita palha
Muito fechada: excesso de grãos na retrilha e
maiores perdas junto com a palha
Peneira inferior:


Muito aberta: excesso de palha no graneleiro
Muito fechada: excesso de grãos na retrilha
Redução das perdas nas peneiras

Ventilador:


Corrente de ar muito forte: grãos soprados
para fora da peneira – pouca palha sobre a
peneira superior
Corrente de ar muito fraca: perda de grãos
junto com a palha
Transporte e armazenamento

Grãos limpos:

Passam pela peneira inferior, vão para o semfim de grãos limpos. O elevador de grãos
limpos os transporta para o graneleiro.
Transporte e armazenamento

Retrilha:

Da calha de retrilha atingem o sem-fim que
direciona o material para o elevador de retrilha
que o deposita na parte frontal do cilindro
Fim !
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