ROLFING® INTEGRAÇÃO ESTRUTURAL
O método de Rolfing
2014
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Documento elaborado por: Alexandre Silva ([email protected]) 2014
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Todas as imagens utilizadas são propriedade da European Rolfing Association (www.rolfing.org)
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1 C APÍTULO
O método de Rolfing
“Alguns indivíduos podem perceber a perda da batalha
com a gravidade como uma dor aguda nas costas, outros como um contorno do seu corpo pouco lisonjeiro,
outros como uma constante fadiga, outros ainda como
um ambiente inquietantemente ameaçador. Aqueles
com mais de 40 anos podem chamar-lhe envelhecimento. No entanto, todos estes sinais podem estar a apontar para um único problema, tão proeminente na sua
estrutura, como outros que foram ignorados: eles estão
sem equilíbrio. Estão em guerra com a gravidade.”
Ida P. Rolf (criadora do método de Rolfing)
O método de Rolfing
Se procura melhorar a sua postura, a sua capacidade de movimento, libertar-se de algum desconforto ou dor persistente,
ou simplesmente aumentar o conhecimento sobre o seu corpo, o método de Rolfing pode ser uma ajuda preciosa.
O MÉTODO E A VISÃO QUE O ORIENTA
O Rolfing é um método de terapia e de desenvolvimento corporal, criado pela bioquímica americana Ida Rolf. Desenvolvido
inicialmente com o nome de Integração Estrutural, passou desde os anos 70 a ser conhecido internacionalmente como Rolfing.
Baseia-se num processo de reeorganização corporal, que tem
como objetivo criar as condições para que o corpo se possa organizar de uma forma mais equilibrada, eficiente e harmoniosa, ao nível da postura e do movimento.
É tradicionalmente realizado ao longo de dez sessões, cada
uma com objetivos próprios, mas tendo sempre em conta a
sua integração global. Tem como finalidade criar as condições
necessárias para que no final dessas sessões, o corpo esteja
mais equilibrado e mais integrado a nível estrutural, de forma
a que a própria pessoa possa controlar o seu desenvolvimento
corporal, de uma forma mais consciente, eficaz e harmoniosa.
No centro da visão do método de Rolfing, encontra-se um ser
humano perfeitamente alinhado, com graciosidade na sua postura e no seu movimento. O nosso contributo para a realização desta visão, é através de um toque sensível, mas decisivo,
permitir a libertação de padrões de tensão presentes no tecido
conjuntivo, ou seja, na fáscia, de modo a permitir que o corpo
expresse todo o seu potencial físico, livre de dor e de restrições. O grande objetivo, é que todo o funcionamento da pessoa possa ser melhorado, através da modificação da sua organização corporal.
No método de Rolfing procuramos obter uma integração da
estrutura do corpo humano, dentro do campo gravitacional da
terra, através da manipulação do sistema fascial, e do aperfeiçoamento das capacidades físicas e perceptuais dos nossos clientes. O método de Rolfing ajuda a libertar o corpo de padrões restritivos, permitindo que toda a estrutura do corpo se
alinhe a si própria da forma mais eficiente e harmoniosa possível. De forma resumida, os objetivos do nosso trabalho passam por melhorar o alinhamento corporal e a postura, nos ca3
sos de dor que esta possa diminuir ou desaparecer, e que o movimento se torne mais suportado, equilibrado, e fluído.
O método de Rolfing não se dirige a tratar localmente eventuais sintomas, mas a aproveitar a enorme capacidade de adaptação do corpo, e das forças que nele se manifestam a nível interno, importantes na forma (estrutura) e no movimento (função) humano.
O que é único no Rolfing, é que se tenta organizar e melhorar,
a relação das estruturas do corpo e dos diferentes padrões de
movimento, entre si, e com a força da gravidade. De forma a
que a força da gravidade possa exercer uma ação de suporte, e
não de desestabilização, causa frequentemente de desconforto
físico, e até mesmo emocional.
É uma abordagem holística, que combina aspetos de manipulação profunda do tecido conjuntivo, com a educação do movimento. Permitindo que os movimentos se realizem de forma
mais livre, com maior variabilidade, e com uma maior capacidade de expressão, promove-se assim uma maior vitalidade
de todo o organismo, e uma melhoria da relação que temos
com o mundo exterior através do nosso corpo.
No Rolfing, a sua estrutura corporal vai ficando progressivamente mais equilibrada, durante uma série de dez sessões, estruturadas e organizadas com objetivos próprios, mas tendo
sempre em vista a sua integração global. O impulso estrutural
destas sessões, continua frequentemente a manifestar-se por
si próprio, mesmo após a série de dez sessões ter terminado. A
coordenação e a integração continuam a desenvolver-se após
as sessões terem terminado, juntamente com um aumento progressivo da sua consciencialização corporal. Antigos padrões
de movimento e de postura, são assim substituídos por novos
padrões mais económicos, contribuindo para a melhoria da
sensação de bem estar. O Rolfing ajuda a criar as condições
para isso seja possível, e para que a própria pessoa se transforme, reorganizando o seu corpo.
Após a realização das dez sessões, pode esperar sentir uma
maior sensação de liberdade, uma melhor postura, e uma maior qualidade de movimento. Durante as sessões será também
desenvolvida uma melhor compreensão de como o corpo funciona, em harmonia com a força da gravidade. Esta nova compreensão do corpo, pode então ser desenvolvida por si e expandida através de um processo de auto-aprendizagem permanente, e que se prolonga pela sua vida fora.
O método de Rolfing pode ser um novo caminho, para pessoas
que procuram aumentar o seu bem estar, ou resolver problemas no corpo como dores crónicas para as quais ainda não encontraram solução, ou nos casos em que essa solução se revelou transitória. A sua abordagem holística ao bem estar, enquadra-se confortavelmente junto com outras modalidades terapêuticas.
Os maiores embaixadores do Rolfing são contudo os seus clientes. É um método com uma reputação que inspira confiança, e numa sociedade que valoriza cada vez mais as abordagens complementares, aos cuidados de saúde tradicionais, o
Rolfing oferece uma prática táctil, sem químicos, e que fre4
quentemente é sentida como benéfica, de uma forma surpreendentemente abrangente.
Pessoas com uma alta consciência corporal, como atletas e bailarinos, relatam e deliciam-se ao ver como mudanças no corpo
e na percepção, por vezes subtis, podem-se traduzir em aumentos relevantes na sua performance.
O nosso bem estar, a maneira como nos vemos a nós próprios,
como sentimos a nossa individualidade, e como comunicamos
e interagimos a nível social, encontram-se indissociavelmente
ligadas ao nosso corpo e á nossa organização corporal. Deste
modo os efeitos do Rolfing, repercutem-se frequentemente
não só a nível postural e funcional, mas também psicológico, e
até mesmo social.
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2 C APÍTULO
A quem se dirige
“Quando o corpo começa a trabalhar de forma adequada, a força da gravidade pode fluir através dele. Aí então, espontaneamente, o corpo cura-se a si próprio.”
Ida P. Rolf
A quem se dirige
O MÉTODO DE ROLFING E A REEDUCAÇÃO POSTURAL
A abordagem do método de Rolfing á reeducação postural, baseia-se na promoção de um equilíbrio na estrutura fascial, na
melhoria do relacionamento entre as diferente partes do corpo ao nível da função, e na melhoria da relação que o corpo
tem, com a força da gravidade. 1. Pessoas de todas as idades com historial de dor
e desconforto persistente, incluindo sequelas
de acidentes, doenças, cirurgias e
traumatismos.
Tenta-se assim, tomar partido da elevada plasticidade da fáscia, utilizando técnicas de manipulação fascial, de reeducação
do movimento, e de aumento da própria consciencialização
corporal para melhorar a postura e o movimento.
O MÉTODO DE ROLFING E A DOR CRÓNICA
2. Pessoas envolvidas em trabalhos físicos
exigentes, expostas a movimentos repetitivos,
ou a tensões unilaterais no seu local de
trabalho.
3. Atletas, bailarinos, atores, músicos, praticantes
de yoga, ou qualquer pessoa que deseje
melhorar o seu conhecimento corporal e a sua
performance física.
A dor crónica é frequentemente um problema de difícil diagnóstico, e por vezes as causas não são realmente bem conhecidas. Nos casos em que essa dor não é diagnosticada, ou quando não é encontrada uma causa especifica que a justifique,
muitas vezes a origem dessa dor encontra-se no tecido conjuntivo, na fáscia.
Os problemas com origem na fáscia, são de dificil diagnóstico
médico, devido ao facto de ser muito complicado avaliar a fáscia, através de exames complementares de diagnóstico.
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recuperarem de lesões, e a competirem ao mais alto nível. Por vezes o local dos sintomas, é apenas o elo mais fraco de
uma longa cadeia lesional, de tensões transmitidas pela fáscia.
A abordagem do método de Rolfing, é feita através de uma avaliação global, e procurando zonas ou relações entre as diferentes partes corporais, onde não exista uma boa harmonia funcional, ou onde sejam evidentes restrições ou bloqueios a nível
da mobilidade da fáscia.
Bailarinos profissionais, também usam o Rolfing para os ajudar a manterem os seus corpos livres de lesões, flexíveis, e
com mobilidade para as suas performances. Muitos reconhecem que o Rolfing lhes permitiu continuar a actuar e a praticar a sua actividade, muito para além do ponto onde a natureza repetitiva das suas práticas, teria limitado as suas carreiras.
Tentando promover um maior equilíbrio, uma maior harmonia estrutural, e uma melhor relação do corpo com a força da
gravidade, frequentemente dores crónicas são aliviadas, ou
até mesmo eliminadas de forma duradoura.
O MÉTODO DE ROLFING E O YOGA
O MÉTODO DE ROLFING E OS ATLETAS/ARTISTAS
Ida Rolf, a criadora do Rolfing, era uma praticante de Yoga, e
isso teve um impacto profundo na criação do seu método, e no
seu entendimento sobre o corpo humano. Desta forma, e desde sua criação, o Rolfing tem bastante em comum com o Yoga,
partilhando alguns princípios e objectivos. Muitos atletas e artistas, utilizam o Rolfing para os ajudar a
atingir um melhor desempenho, seja no campo de jogo, seja
no palco. Se for um atleta profissional, ou se apenas quiser estar mais em forma, o Rolfing pode ajuda-lo a ser melhor naquilo que faz. Jogadores de basquetebol, de futebol, ciclistas, esquiadores, e
diversos atletas de várias modalidades, um pouco por todo o
mundo, utilizam o Rolfing como uma ferramenta, para os ajudar a estarem melhor preparados para as suas actividades, a
Quer o Rolfing, quer o Yoga, dão ênfase ao alinhamento e á
harmonia do movimento, e promovem um sentido de plenitude global, tanto no corpo como na vida, de maneira a atingir
uma paz interior, e um sentimento profundo de liberdade. O Rolfing e o Yoga complementam-se bastante bem, proporcionando uma experiência de força, equilíbrio, liberdade, bem
como um sentimento de leveza, de saúde, e de bem estar global. Através do Rolfing, muitos praticantes de Yoga, podem
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frequentemente aprofundar a sua prática, aliviando restrições
e lesões antigas, e que estejam a limitar o seu progresso.
tar, numa área onde a pressão para um desempenho continuo
e a um nível elevado, é uma presença constante.
O MÉTODO DE ROLFING E OS MÚSICOS
A posição que o corpo assume para tocar diferentes instrumentos musicais, é frequentemente assimétrica.
Como a tocar violino por exemplo, onde a cabeça e o queixo se
encostam ao instrumento. Este desequilíbrio e assimetria, ganha bastante relevo, se pensarmos nas horas que os músicos
profissionais passam por dia a treinar, e no facto de fazerem
isso frequentemente desde crianças, fazendo com que o corpo
se adapte e se desenvolva em torno do instrumento. Tocando e praticando várias horas por dia, utilizando quase
sempre os mesmos grupos musculares, aumenta-se naturalmente a tendência para tensões e contraturas musculares, encurtamentos fasciais, e nervos comprimidos. Este tipo de problemas responde bem ao Rolfing, bem como a outras técnicas
manuais e de movimento, que ajudam a diminuir a tensão e o
desconforto sentidos frequentemente. Melhorando a sua consciência corporal, o seu sentido de equilíbrio e de suporte, a sua postura, e a sua relação com o seu instrumento, pode-se melhorar o seu desempenho musical e prevenir problemas futuros, proporcionando um maior bem es9
3 C APÍTULO
A fáscia
“A fáscia é o órgão da postura.”
Ida P. Rolf
A fáscia
muitas vezes á distância do local das adesões, e estar na origem de muitos problemas de difícil diagnóstico.
A fáscia é no entanto uma estrutura altamente adaptável, e se
bem "tratada", pode ser uma aliada fundamental no nosso
bem estar, e desempenho físico. Devido á sua alta inervação
sensorial, é a chave para a postura, para a coordenação, e para
o nosso movimento.
A FÁSCIA E AS SUAS PROPRIEDADES
A fáscia é um tipo de tecido conjuntivo, que forma uma rede
tridimensional que suporta e interliga, todos os órgãos e estruturas do corpo humano. A forma e a estrutura característica
do nosso corpo, é em grande parte definida pela nossa fáscia.
Desempenha um papel fundamental nos nossos movimentos,
mas pode também estar na origem de problemas como a dor
crónica, a fibromialgia, as lesões por esforços repetitivos, etc...
Lembra-se daquela sensação que tem quando acorda, e em
que parece que está mais "preso" e com pouca mobilidade? A
responsável por essa sensação é a fáscia. Que devido á pouca
mobilidade que temos durante o sono, vai ficando com pequenas adesões, que removemos facilmente quando nos começamos a mover, ou a espreguiçar. O problema é quando devido a
episódios de dor, ou simplesmente devido á pouca variedade
de movimentos que temos no nosso dia a dia, as adesões fasciais se vão acumulando. Neste caso podem provocar sintomas,
A fáscia, ou rede neuro-mio-fascial, é uma estrutura composta
em grande parte por fibras de colagénio e de elastina, e que suporta e interliga todas as outras estruturas do corpo humano.
Ela é contínua e está intimamente ligada a todas as estruturas
do corpo, condicionando assim o seu alinhamento e a sua função. Está literalmente presente em toda a nossa arquitetura
corporal, podendo ser vista como o "órgão da forma".
Se imaginarmos por um momento, o nosso corpo, com tudo o
que não for tecido fascial retirado, ficaríamos com um modelo
tridimensional perfeitamente identificável daquilo que somos,
daquilo que nos caracteriza individualmente, e da nossa organização corporal.
A nossa organização corporal baseia-se num modelo em que
elementos rígidos, os ossos, alternam com elementos flexíveis,
os músculos e a fáscia. Num sistema com esta organização,
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qualquer tensão aplicada a um ponto do sistema, transmite-se
através dos elementos elásticos a todo o sistema. Daí resulta
que, qualquer problema num local do corpo, possa originar
sintomas num outro local á distancia. Desta forma, intervenções terapêuticas apenas focadas no local dos sintomas, apresentam frequentemente resultados limitados no tempo, uma
vez que a origem do problema não foi abordada na sua globalidade. Tudo no nosso corpo está assim interligado, fazendo
com que o que acontece numa estrutura ou num local, afete
com maior ou menor dimensão, todo o sistema corporal.
A fáscia quanto mais se move e desliza, mais hidratada e mais
móvel fica. No entanto nos locais onde existe tensão crónica
ou em episódios inflamatórios, pode ficar espessa, endurecer,
perder a sua hidratação natural, e criar adesões. Este comportamento é uma tentativa de equilibrar o sistema corporal, de
forma a aumentar a estabilidade e o suporte na região. No entanto, em alguns casos, esse comportamento pode resultar em
excessiva redução da mobilidade. Afetando naturalmente a
nossa postura, o nosso movimento, e podendo mesmo exacerbar processos de dor.
Agora imagine o que seria, se mantivéssemos essas adesões durante anos! Que é um pouco o que acontece com a nossa postura, e com os nossos hábitos de movimento. Quando experimentamos outros movimentos, ou outras posturas, parece que
temos que lutar contra eles. No fundo estamos a lutar contra a
fáscia, e contra as suas adesões e adaptações, o que é bastante
desgastante. Quando a fáscia se liberta dessas adesões, e se
reorganiza adaptando-se a essas novas posturas, e a esses no-
vos movimentos, eles ficam mais fáceis de realizar, e são feitos
com uma maior sensação de leveza e harmonia.
A nossa mobilidade, flexibilidade e resiliência, dependem em
grande parte da hidratação da nossa fáscia. Quando não está
bem hidratada, parte das suas propriedades ficam limitadas.
É como se fosse uma esponja, em que quando está hidratada
tudo funciona bem, mas quando não está, começa a ficar quebradiça e a perder a sua resiliência e a sua elasticidade. Para
melhorar a sua hidratação, é preciso que a água chegue aos locais menos hidratados, que são naturalmente aqueles onde
existem espessamentos e adesões, uma vez que a vascularização nestes locais não é tão eficiente. Para permitir uma melhor hidratação da fáscia é necessário então, libertar essas adesões e esses espessamentos, e introduzir movimento nesses locais, de modo a que a vascularização aumente, e permita uma
melhor hidratação.
O Rolfing, bem como outros métodos que sejam mais orientados para o tecido conjuntivo, ajudam a libertar estas adesões e
a aumentar a hidratação da fáscia. O simples movimento também hidrata a fáscia. Mas é necessário que esse movimento tenha variabilidade, para permitir que a fáscia se hidrate de
uma forma equilibrada. Repetir os mesmos movimentos, vezes e vezes sem conta, não só aumenta o desgaste articular,
como não é muito benéfico para a nossa estrutura fascial.
Quando introduzimos variabilidade de movimento, e libertamos os locais com adesões fasciais, o nosso sistema corporal
fica mais organizado. A fáscia fica mais hidratada, comportan12
do-se como se fosse uma mola. Esta caracteristica faz com o
nosso movimento seja mais eficiente, mais harmonioso, e realizado com menor atividade muscular. Uma vez que a fáscia
através da sua elasticidade atua como um acumulador de energia, quando esta é libertada, o movimento é facilitado, e a sensação de fadiga é retardada. Como quando estamos a saltar
num trampolim, em que quando usamos as suas propriedades
elásticas, menos energia necessitamos para realizar os saltos.
Investigação recente sobre a fáscia, revela que esta é um dos
maiores órgãos sensoriais do corpo humano, se não o maior.
Tem cerca de 6 a 10 vezes mais receptores sensoriais do que
os músculos. Este facto faz da fáscia um órgão proprioceptivo
extremamente importante, no reconhecimento da posição do
corpo no espaço, e na coordenação harmoniosa do movimento.
Quer seja através do Rolfing, de outro método mio-fascial, ou
simplesmente através da introdução de atividade física variada, é importante libertarmo-nos dessas adesões, aumentar a
hidratação fascial, e favorecer um alinhamento corporal mais
eficiente. Desta forma dotaremos o nosso corpo de uma melhor e mais adaptável organização estrutural, aproveitando e
explorando todas as potencialidades que a nossa fáscia nos
proporciona.
Por isso mova-se, saia da sua rotina corporal habitual, e introduza variabilidade na sua vida física. A sua fáscia vai-lhe agradecer, e retribuir com uma maior sensação de bem estar e de
vitalidade.
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4 C APÍTULO
Dra. Ida Pauline Rolf
Dra. Ida P. Rolf (1896-1979)
Através das suas observações relativamente ao efeito que a força da gravidade exerce no corpo humano, desenvolveu um método em que através da interação com a fáscia, e da educação
do movimento, se procura obter uma melhor relação do corpo com a força da gravidade, causa frequente de desconforto,
tanto físico, como emocional.
Ida Rolf dedicou praticamente toda a sua vida a explorar as capacidades curativas presentes no corpo e na mente humana.
A visão de Ida Rolf.
No centro da visão de Ida Rolf encontrava-se um ser humano
perfeitamente alinhado. Em equilíbrio, e com graciosidade na
sua postura e no seu movimento.
Ela defendia que quando esse alinhamento "ideal" fosse perdido, e quando houvesse uma perda da harmonia funcional do
corpo, originariam-se desiquilíbrios, que colocariam em tensão a vasta rede de tecido fascial do corpo. Nesse caso, a fáscia iria de certa forma "transmitir" esses desiquilíbrios estruturais, criando compensações e tensões um pouco por todo o corpo.
Ela acreditava que existia uma "organização e um alinhamento ideal" intrínseco a cada um de nós, e que era sua missão promover esse equilíbrio nas pessoas que necessitassem da sua
ajuda.
Na década de 1920, com cerca de 20 anos de idade, Ida Rolf
graduou-se no Barnard College em Nova Iorque. Era uma estudante dotada, e aos 25 anos doutorou-se em Bioquímica na
Universidade de Columbia. Nos 7 anos seguintes, Ida Rolf aplicou o seu conhecimento no ilustre Rockefeller Institute of Medical Research, como Professora Associada, posição invulgar
para uma mulher naquela altura.
Com sede de conhecimento e de desenvolvimento pessoal, em
1927 decidiu deixar os Estados Unidos, e viajar para a Europa.
Estudou Matemática e Física na Suíça, e aprofundou o seu interesse e conhecimento em Homeopatia, estudando Medicina
Homeopática em Genebra.
Durante os anos 30, Ida Rolf usou todo o seu conhecimento e
experiência, na procura de respostas para problemas de saúde
de alguns dos seus entes queridos. Incapaz de aceitar as limitações da medicina dessa época, estudou e abraçou um grande
leque de abordagens terapêuticas, como a Osteopatia, a Quiropatia, e outras disciplinas como o Yoga, e o estudo da consciên15
cia segundo Korzybski. A noção de que o alinhamento estrutural, a fisiologia funcional, e a estrutura anatómica, estão intimamente relacionados, é a base de muitos destes métodos de
tratamento.
Ida Rolf acreditava assim, que o corpo funcionava de uma forma mais eficiente, quando os diferentes segmentos corporais
se relacionassem e se encontrassem num alinhamento mais
adequado.
Partindo deste ponto, ela contribuiu com as suas observações
de que para obter uma melhoria sustentável no alinhamento e
no sentido de bem estar generalizado, teria que se olhar de
uma forma mais aprofundada, para o efeito que a força da gravidade exercia no corpo humano.
O seu desejo passava não só por conseguir ajudar os outros,
mas também por ensinar ás futuras gerações o fruto do trabalho de toda a sua vida. Desta forma, dedicou o resto da sua
vida a ensinar, e a transmitir um pouco por todo o mundo,
todo o seu conhecimento sobre o método por si desenvolvido,
o Rolfing®.
Quando morreu em 1979, Ida Rolf deixou um legado vasto e
dinâmico, numa área que é atualmente praticada um pouco
por todo o mundo, por mais de 2000 praticantes.
O seu intelecto, a sua intuição, e a sua visão, irão, a seu devido
tempo, garantir-lhe um lugar de relevo na história das ciências da saúde.
Ela acreditava que desiquilíbrios estruturais, colocariam em
tensão a vasta rede de tecidos moles corporais, que de certa
forma teriam de "absorver" esses desiquilíbrios, criando compensações um pouco por toda a estrutura corporal.
Ida Rolf, levantava esta questão fundamental: "Que condições
devem estar cumpridas, para que a estrutura corporal humana, esteja organizada e integrada em relação com a força da
gravidade, de modo a que a pessoa, na sua totalidade, possa
funcionar da forma mais eficaz e económica possível?”.
O trabalho da sua vida foi dedicado a esta investigação, que
culminou com o desenvolvimento do método de manipulação
de tecidos moles e de educação do movimento, que mais tarde
viria a adotar o seu nome.
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5 C APÍTULO
Perguntas mais
frequentes
1 - Em que casos o método de Rolfing pode ser útil?
Pessoas com vários tipos de problemas referem melhorias após fazerem sessões de Rolfing. O principal objetivo do Rolfing é melhorar a organização da estrutura, da postura e do movimento do corpo. Qualquer falta de bem estar relacionado com estes problemas, pode responder bem ao método de Rolfing. A melhoria da organização e do equilíbrio da estrutura corporal através do Rolfing, é um processo orientado para o bem estar geral da pessoa. Não é uma terapia orientada para condições médicas especificas.
Não é necessário estar mal, para querer ficar melhor, certo? No entanto se o Rolfing não for o indicado para si, ou se acharmos que
será melhor servido com outra abordagem ou método, será naturalmente aconselhado nesse sentido.
2 - Quais os benefícios a longo prazo do método de Rolfing?
O ser humano é um organismo extremamente complexo, o que faz com que fazer promessas sobre como o seu corpo e a sua saúde
vão evoluir no tempo, não seja muito correto. Muitos fatores relacionados com o corpo e com a mente, afetam a perceção, e a maneira como as sessões de Rolfing são integradas por cada pessoa. De modo que os efeitos quer a curto, quer a longo prazo, são inteiramente individualizados. A maneira como é capaz de se ligar ao seu próprio corpo, e a sua inerente capacidade para a mudança,
vão influenciar os resultados iniciais, e os benefícios a longo prazo. O objetivo principal do Rolfing, é sempre a melhoria da organização estrutural, e a optimização da função, sendo este último fator, algo de muito pessoal. Como em tudo na vida, cada um de nós
tem o seu próprio ritmo de integração, de desenvolvimento, e de processamento das mudanças alcançadas, fazendo com que os benefícios a longo prazo do Rolfing variem muito, de pessoa para pessoa. 3 - O que distingue o método de Rolfing de outras abordagens?
No Rolfing acreditamos que existe uma organização e um alinhamento "ideal" para cada indivíduo. Onde este se encontra numa relação mais harmoniosa com a força da gravidade, e onde corpo pode funcionar de uma forma mais económica, proporcionando
uma maior sensação de bem estar e de leveza. Pretendemos assim optimizar a sua sensação de bem estar e a sua saúde de forma
global, em linha com a crença da Dra. Ida Rolf, de que existe uma "organização e um alinhamento ideal" intrínseco a cada um de
nós, e que este deve ser promovido e explorado.
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O Rolfing distingue-se de outras abordagens através de alguns pontos importantes. Essencialmente devido á importância que atribui á fáscia, ao efeito que a força da gravidade exerce no nosso corpo, e a todas as questões comportamentais que influenciam a
nossa organização física.
Como trabalhamos com o tecido conjuntivo, a fáscia, e estamos bastante interessados em perceber como todas as estruturas estão
relacionadas, vemos o corpo de uma forma global, e como se tivesse uma estrutura como uma "tenda" no seu interior. Se imaginarmos uma tenda suportada por cabos, sabemos que ela está em equilíbrio, se todos os cabos estiverem a fazer o seu trabalho e a suportar a tenda de forma equilibrada. Se não for esse o caso, e se alguns cabos tiverem muito encurtados, ou outros muito alongados, nunca confiaríamos nessa tenda, pois não estaria nem estável nem em equilíbrio. No nosso corpo, também temos "cabos", ou
melhor, "linhas" de suporte, que muitas vezes também se encontram encurtadas ou alongadas, provocando padrões de compensação desgastantes e desconfortáveis.
No Rolfing, abordamos este problema, trabalhando no tecido conjuntivo, na fáscia (em vez de deslizar por cima dos músculos),
para quebrar e libertar áreas que ficaram encurtadas, densas, e aderentes; e estimulando outras áreas do corpo que estejam pouco
funcionais. Resumidamente, é uma forma muito especifica, estratégica, e holística de abordar o corpo humano. Acreditamos que
para melhorar a organização do seu corpo, não devemos basear o nosso trabalho em abordagens localizadas, perdendo a visão global da organização estrutural. Acreditamos também que tentar melhorar a sua organização e a forma do seu corpo, contando apenas com o trabalho muscular, irá produzir mais desconforto, mais tensão, e não serão obtidos resultados duradouros.
Já alguma vez lhe deram uma "pancadinha" nas costas e disseram: "Endireita as costas!"? Uma maneira de as "endireitar" é contrair os músculos posteriores das costas e ficarmos "direitinhos". Mas todos sabemos que passado algum tempo desistimos. Básicamente por que é desgastante. O que acontece, é que ao fazer isso, ao utililizar os músculos posteriores para ficar mais vertical, estará a "lutar" contra o tecido conjuntivo que têm na parte da frente do seu corpo. É um pouco como lutar contra um elástico. Podemos lutar contra ele, mas isso é feito á custa de cada vez mais trabalho muscular. Em alternativa podemos abordar a região fascial.
Criar espaço e alongar o "elástico", para permitir que a nova posição seja alcançada com menos esforço muscular, e menos tensão
generalizada. É uma abordagem mais centrada na origem do problema, do que na consequência. Todos sabemos que se tivermos
uma tenda, em que um dos cabos de suporte se encontre mais curto e mais tenso do que os outros, a maneira correta de equilibrar
a tenda, não é aumentar a tensão e contrair os outros cabos, mas sim abordar o cabo encurtado e alonga-lo.
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O objetivo passa assim por descronstruir padrões que foram adquiridos ao longo da sua vida, por diferentes motivos, mas que não
contribuem para o seu bem estar atual. Fazemos isso para criar uma mudança mais profunda, mais persistente, e que em última
análise transforme o seu corpo, num mecanismo de auto-regulação mais eficiente.
4 - O método de Rolfing é doloroso?
Algumas técnicas podem ser um pouco desconfortáveis em regiões com tecidos mais aderentes, mas sempre dentro da sua tolerância, e do seu limiar de dor. Em regra geral, os clientes nestes casos reportam uma sensação de pressão profunda, tolerável, e até
mesmo agradável. Como em muitos processos de mudança, temos por vezes que sair um pouco da nossa zona de conforto, quer fisico, quer mental, para efectivamente obter mudanças.
Inicialmente o Rolfing era visto como um método de manipulação profunda dos tecidos moles, e associava-se o termo profundo, a
fazer mais força e a pressionar os tecidos de forma mais intensa. Atualmente sabemos que para aceder aos tecidos profundos, não
é necessário exercer uma pressão elevada, mas sim uma pressão controlada, e de forma lenta e muito paciente. A Dra Ida Rolf costumava dizer nas suas aulas: "Deeper, not harder!", que significa: "Profundo, não com mais força!".
5 - O que acontece exatamente durante uma sessão de Rolfing?
Após uma pequena conversa sobre os objetivos específicos da sessão, e sobre como sente o corpo nesse momento, é realizada uma
observação na qual será pedido que fique em pé, que ande um pouco ou que se sente. Isto é feito para identificar as compensações
e os padrões de organização presentes no seu corpo, e para identificar o que é preciso trabalhar para atingir um maior equilíbrio.
Após esta observação inicial, serão discutidas as observações e será explicada e decidida a estratégia a seguir durante a sessão.
Quando este processo estiver completo, será pedido que se deite numa marquesa. Serão utilizadas técnicas manuais lentas, com
um toque preciso e sensível, e utilizando pressão em zonas específicas do corpo. Algumas partes da sessão, podem envolver trabalho na posição de pé ou sentado. Serão também exploradas novas maneiras de se mover, e será dado ênfase á identificação de hábi-
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tos ou padrões de movimento perseverantes, que se não tiverem variabilidade, podem exercer uma influência não muito positiva
na sua estrutura corporal.
6 - Existem contra-indicações?
Se estiver com alguma doença, ou algum problema de saúde diagnosticado, deverá consultar o seu médico, ou falar connosco para
saber até que ponto o Rolfing pode ser benéfico para si. Existem algumas condições de saúde para as quais o Rolfing não é indicado. Estas condições serão discutidas e detalhadas numa primeira sessão informativa, e antes que qualquer intervenção seja realizada.
7 - De quantas sessões preciso? É essencial fazer as 10?
Isto vai depender do seu objetivo pessoal. Para o alívio de um desconforto específico, 1 a 3 sessões podem ser suficientes para obter
resultados. No entanto, se o seu objetivo for uma mudança na sua sensação de bem estar, e com resultados que se mantenham no
tempo, é aconselhado fazer a série de 10 sessões, espaçadas de duas em duas semanas, como a Dra Ida Rolf originalmente propunha. Cada sessão suporta-se nos resultados da sessão anterior, e o processo está organizado de forma global nas 10 sessões. O tempo de intervalo entre sessões, permite a adaptação fisica de novos padroes de movimento, e a reflexão sobre o que foi adquirido. As
10 sessões são uma oportunidade de fazer com que as mudanças ocorridas em cada sessão, tenham como resultado, uma efetiva
transformação.
8 - Tenho que fazer mais sessões depois da série de 10?
A série de 10 sessões não tem de ser repetida, e sessões adicionais não são planeadas, nem encorajadas. Muitas pessoas relatam melhorias contínuadas na sua postura e movimento, muito após a série de 10 sessões ter terminado. No entando, algumas pessoas gostam de continuar a fazer algumas sessões por ano, para trabalhar com maior profundidade alguns problemas específicos. Isto no
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entanto, é exclusivamente dependente da sua vontade, sendo no entanto aconselhada uma paragem de vários meses após a série
inicial de 10 sessões ter terminado.
9 - Qual a duração de uma sessão?
Cada sessão tem uma duração de aproximadamente 90 minutos.
10 - Com que frequência devo fazer as sessões?
As sessões devem ser realizadas com uma frequência que pode ir de uma por semana, até uma por mês. Uma semana entre sessões
é o mínimo necessário para uma boa integração dos resultados. Uma separação de mais do que um mês entre sessões não é muito
benéfico, uma vez que os resultados específicos da sessão anterior ficarão um pouco diluídos com o tempo. Tendo em atenção estes
pormenores, a programação das sessões depende em grande parte da sua vontade. O aconselhado é uma frequência de duas sessões por mês.
11 - 10 sessões? Isso não fica um pouco caro?
Esta, como muitas outras questões financeiras, é uma questão muito subjetiva, e muito associada ao que valoriza a nível pessoal.
Depende muito do valor que atribuí ao processo do Rolfing, do valor que atribuí á sua saúde, ao seu bem estar, e ao seu corpo. O
Rolfing deve ser encarado como um investimento na sua saúde a longo prazo, e no seu bem estar. Se pensar que em 10 sessões,
pode libertar-se de dores, desconfortos, bloqueios, e modificar a sua postura e os seus hábitos de movimento que foram aquiridos
durante toda a sua vida, não parece ser um mau investimento.
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12 - O método de Rolfing pode ser benéfico em crianças?
Crianças com um grande leque de problemas, podem beneficiar das sessões de Rolfing, e é uma maneira fantástica de as introduzir
a uma visão mais preventiva e holística da saúde. As sessões em crianças tendem a ser de menor duração, menos frequentes, e especialmente adaptadas ás necessidades específicas da criança.
13 - Quem pode praticar o método de Rolfing?
Para praticar Rolfing são necessárias determinadas qualificações, e também determinadas qualidades. É um método, e uma marca
registada do Rolf Institute® of Structural Integration, e apenas profissionais que tenham realizado a sua formação neste instituto,
ou num dos seus pontos de formação internacionais, podem praticá-lo e utilizar a marca Rolfing®, o termo Rolfer™, e o "Little
Boy Logo". Para uma lista de todos os Rolfers certificados e registados na Europa pode consultar a seguinte lista:
http://www.rolfing.org/index.php?id=117
14 - Que roupa devo usar durante uma sessão?
Durante uma sessão de Rolfing, é pedido que esteja parcialmente despido, mas sempre dentro do seu nível de conforto. Como são
utilizadas técnicas manuais numa grande parte do corpo, a maioria das pessoas faz as sessões com roupa interior em que se sintam
confortáveis. No caso das senhoras, uns calções curtos e um top são também uma boa opção. A roupa deve acima de tudo ser confortável para si, não restringir os movimentos, e permitir um acesso fácil ao corpo, para a realização das técnicas manuais.
15 - Como posso saber se o método de Rolfing é o que procuro, e como posso marcar uma sessão?
A melhor maneira de saber um pouco mais sobre o Rolfing, de saber se o Rolfing é o que procura, e de como o Rolfing pode ser benéfico para si, é entrar em contacto por telefone ou por email. Após um contacto inicial, é marcada uma sessão de informação de
cerca de 30 minutos, sem qualquer custo para si, e sem qualquer tipo de compromisso, para falarmos melhor sobre o Rolfing, sobre o seu caso específico, e sobre os seus objetivos e expectativas. Aconselhamos a não marcar nenhuma sessão imediatamente no
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final dessa sessão informativa. Queremos que tenha tempo para pensar, e para refletir se o Rolfing é o indicado para si, e se esse é
o momento indicado para realizar o processo. Para marcar uma sessão, pode entrar em contacto por telefone ou por email, utilizando os contactos indicados neste site, ou contactar diretamente um dos locais onde são realizadas as sessões.
16 - Existem estudos científicos a comprovar os resultados?
Investigações recentes tem demonstrado que o Rolfing desenvolve uma utilização mais eficiente do sistema locomotor, permitindo
ao corpo um melhor aproveitamento energético, e a promoção de padrões de movimento mais económicos e refinados. Diversos estudos tem sido realizados, e para mais informações a este respeito pode consultar o seguinte site: www.rolf.org/about/research.
Atualmente também se está investigando de forma muito aprofundada a fáscia, e com resultados verdadeiramente surpreendentes.
Para mais informações relativas á investigação sobre a fáscia pode visitar o seguinte site: www.fasciaresearch.com.
17 - Que tipo de pessoas recorrem ao método de Rolfing?
Na verdade, todos nós temos algum tipo de desordem na nossa organização e estrutura corporal. Algumas pessoas recorrem ao Rolfing devido a problemas específicos, como problemas no alinhamento da coluna, como escolioses, cifoses e lordoses aumentadas,
problemas nos pés, dores crónicas no pescoço e na lombar, outras para se sentirem melhor quando se olham ao espelho, para obterem uma postura mais harmoniosa e elegante, outras também para melhorarem a sua performance física, aumentar o seu conhecimento corporal, e a sua liberdade de movimentos. No fundo todo o tipo de pessoas que queiram melhorar o seu bem estar, e estejam prontas a mudar algo no seu corpo, encontram no Rolfing um aliado.
É especialmente recomendado a pessoas que tenham problemas no aparelho locomotor (lombalgia, cervicalgia,etc...), pessoas que
queiram melhorar o seu rendimento físico e a sua expressividade (desportistas, bailarinos, etc...), pessoas que usem o seu corpo
como instrumento de trabalho (fisioterapeutas, massagistas, etc...), pessoas que queiram complementar alguns processos de psicoterapia (psicoanálise, Geslalt, etc..). No fundo, pessoas que queiram diminuir o stress fisico e por vezes emocional, melhorando a
relação que teêm com o seu corpo.
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18 - Porque é que nunca ouvi falar deste método?
Este facto deve-se essencialmente ao processo de formação de profissionais, que é de certa forma bastante seletivo. Os primeiros
Rolfers a praticar na Europa, nos anos 70, tiveram que fazer a sua formação nos Estados Unidos, em Boulder no Colorado. Atualmente existem cerca de 500 Rolfers na Europa, sendo que aproximadamente metade deles reside na Alemanha, onde está sediada
a Associação Europeia de Rolfing, e o seu centro de formação em Munique.
O facto da formação na Europa ter que ser feita durante um período de tempo relativamente longo, numa língua que não é a nossa,
no estrangeiro, com elevado investimento financeiro, e num método praticamente desconhecido entre nós, faz com que a formação
e a consequente divulgação do método seja extremamente lenta. O interessante é ver que nos locais onde a formação é realizada na
língua local, e para profissionais da região, existe um número considerável de praticantes (comparando com os locais afastados dos
centros de formação), e de pessoas interessadas em usufruir do método. 19 - Os seguros de saúde pagam estas sessões?
Infelizmente os seguros de saúde não pagam estas despesas em Portugal. Os recibos podem no entanto ser utilizados como comprovativos de despesas de saúde na declaração do IRS.
20 - Porque é que nunca experimentei o método de Rolfing?
Esta é uma pergunta que na verdade, só você pode responder. Se pensar nos benefícios que pode usufruir com o Rolfing, e essencialmente no bem estar que pode retirar do seu corpo, porque não experimentar? Afinal de contas, quantas vezes fazemos ou experienciamos algo de realmente novo para nós?
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Bibliografia
- European Rolfing Association
(www.rolfing.org)
- Rolfing and Physical Reality (Ida Rolf &
Rosemary Feitis)
Rolfing®, Rolfer™, e o “Little Boy Logo”, são marcas registadas do Rolf Institute® of Structural Integration, com sede em Boulder, CO, EUA
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O método de Rolfing