Gestão da Educação Preparado por Gerald Ngugi KIMANI Universidade Virtual Africana Nota: Este documento é publicado sob a licença Creative Commons http://en.wikipedia.org/wiki/Creative_Commons Atribuição http://creativecommons.org/licenses/by/2.5/ Índice I. Gestão da educação -------------------------------------------- 3 II. Conhecimento prévio ------------------------------------------- 3 III. Tempo -------------------------------------------------------------- 3 IV. Materiais de aprendizagem ----------------------------------- 3 V. Justificativa -------------------------------------------------------- 3 VI. Conteúdo ---------------------------------------------------------- 4 6.1 Visão geral ----------------------------------------------- 4 6.2 Linhas gerais -------------------------------------------- 4 6.3 Representação gráfica--------------------------------- 5 VII. Objectivos gerais -------------------------------------------- 6 VIII. Objectivos específicos ------------------------------------- 6 IX. Actividade de ensino-aprendizagem ---------------------- 8 X. Actividades de aprendizagem -------------------------------13 XI. Glossário de conceitos-chave -------------------------------50 XII. Leitura obrigatória ----------------------------------------- 51 XIII. Links ---------------------------------------------------------- 58 XIV. Síntese do módulo----------------------------------------- 69 XV. Avaliação Sumativa --------------------------------------- 70 XVI. Citações ----------------------------------------------------- 73 XVII. Autor principal do módulo ------------------------------- 74 I. Gestão da Educação Por Gerald N. Kimani II. Conhecimento prévio Para frequentar este módulo, é aconselhável a conclusão do curso básico de educação no nível de graduação. Trata-se de um curso que inclui a filosofia da educação, a psicologia geral e do desenvolvimento de métodos de ensino, a história da educação e desenvolvimento. Isso significa que é importante ter um conhecimento básico da educação e da profissão docente. III. Tempo Para a abordagem deste módulo, são necessárias cerca de 140 horas distribuídas da seguinte forma: Unidade 1 Unidade 2 Unidade 3 Estrutura organizacional e administrativa História do desenvolvimento da gestão Teorias de gestão da educação 20 horas 30 horas 40 horas Unidade 4 Funções de políticas de gestão da educação e suas implicações na gestão do ensino 50 horas IV. Material didáctico Para a aprendizagem deste módulo, serão necessários os seguintes equipamentos: CD, vídeo ou DVD, livros e documentos da Internet recomendados. V. Justificativa Os directores de escolas têm uma importante responsabilidade de criar um ambiente propício à aprendizagem no seio de suas instituições. Sem o conhecimento adequado, a gestão das suas escolas seria uma tarefa difícil, daí que uma preparação adequada é essencial para se ser administrador eficaz de um estabelecimento de ensino. Este módulo apresenta informações necessárias para que um director de escola realize a sua missão de forma eficaz. VI. Conteúdo 6.1 Visão geral Neste módulo, trata-se da gestão das instituições de ensino. Primeiro, discute-se as estruturas organizacionais e administrativas. Em seguida, apresentam-se as teorias da administração das instituições de ensino e, depois, as funções de gestão. A última parte do módulo trata das políticas educacionais e as suas implicações para a gestão da educação. As unidades individuais de cada módulo abrangem os seguintes aspectos: Unidade I: Estrutura organizacional e administrativa; Unidade II: História do desenvolvimento da gestão; Unidade III: Teorias de gestão da educação; Unidade IV: Funções de gestão e discussão sobre políticas educativas e suas implicações na gestão da educação. 6.2 Linhas gerais Unidade Conteúdo Horas 1 Estrutura organizacional e administrativa 20 horas - Definição de organização - Tipos de organização - Definição de gestão e administração - Diferenças entre a gestão da educação e administração da educação 2 História do desenvolvimento da gestão 30 horas - Escola clássica de gestão - Escola de relações humanas - Escola behaviorista 3 Teorias de gestão da educação 40 horas -Necessidades – Teoria da hierarquia das necessidades - Teoria de dois factores - Teoria de ERD (ERG theory) - Teoria de processos - Teoria da espera - Teoria da equidade - Teoria de objectivos 4 Função de gestão da educação -Planificação -Organização -Direcção - Controlo Políticas educativas e suas implicações na gestão da educação 30 horas 6.3 Representação gráfica Unidade I: Estrutura organizacional e administrativa Unidade II: História do desenvolvimento da gestão Unidade III: Teorias de gestão da educação Unidade IV: Funções de gestão e discussão sobre políticas educativas e suas implicações na gestão da educação VII. Objectivos gerais Os objectivos gerais deste módulo são: - Explicar as diferentes formas de organização; - Discutir as contribuições da teoria da administração para a compreensão das práticas de gestão da educação; - Realçar o contorno das funções de gestão da educação; - Explicar a relação entre política educacional e gestão da educação; - Habilitar os futuros professores para usarem os conhecimentos adquiridos para gerir adequadamente os programas educacionais da escola. VIII. Objectivos específicos Unidade 1. Estrutura organizacional e Objectivos de aprendizagem No final desta unidade, o estudante administrativa deve ser capaz de: (a) Definir o conceito de organização; (b) Apontar os diferentes tipos de organizações; (c) Identificar as características da organização; (d) Distinguir gestão da administração; (e) Identificar os factores que determinam a prática das instituições de ensino. 2. História de desenvolvimento da gestão No final desta unidade, o estudante deve ser capaz de: (a) Explicar os princípios da Escola Clássica de Gestão; (b) Identificar a contribuição da Escola de Relações Humanas na Gestão Organizacional; (c) Diferenciar a Escola de Relações Humanas da Escola Behaviorista. 3. Teorias de gestão educacional No final desta unidade, o estudante deve ser capaz de: (I) Identificar as duas categorias de teorias de motivação; (II) Descrever as teorias de motivação de todas as categorias; (III) Explicar a contribuição de cada teoria de gestão educacional. 4. Funções de gestão; as políticas de educação e suas implicações na gestão da educação No final desta unidade, o estudante deve ser capaz de: - Apresentar as principais funções de gestão; - Explicar as etapas a seguir para concluir cada uma das funções de gestão; - Aplicar, num meio escolar, os princípios subjacentes a cada função de gestão; - Identificar as políticas educativas a nível nacional e internacional; - Relacionar as políticas educativas e as práticas de gestão da educação. IX. Actividade de ensino-aprendizagem Pré-avaliação: As perguntas de pré-avaliação visam testar o que o estudante já sabe sobre os temas abordados neste módulo. Justificativa: após responder às questões correctamente ou não, será possível avaliar o grau do domínio, por parte do estudante, do assunto abordado neste módulo. Perguntas: 1. Qual, das seguintes pessoas, não é um teórico clássico? a) Taylor b) Fayol c) Max Weber d) Abraham Maslow 2. Quantas correntes de pensamento constituem o ponto de vista clássico de uma organização? a) Uma b) Duas c) Três d) Cinco 3. Na óptica de Taylor, a fadiga é: a) Tendência a fazer horas extraordinárias b) Tendência a colocar um pouco mais do que o mínimo de esforço no trabalho diário c) Tendência a colocar um pouco menos do que o mínimo de esforço no trabalho diário d) Tendência a não colocar qualquer esforço para o trabalho diário 4. Qual das seguintes respostas não é associada à Abraham Maslow? a) As necessidades fisiológicas b) As necessidades de segurança c) A realização pessoal d) As necessidades políticas 5. Qual, dos seguintes teóricos da administração, é associado ao estudo do factor tempo? a) Taylor b) Mc Gregor c) Mc Clelland d) Herzberg 6. Qual, dos seguintes teóricos da administração, participou na Escola de Relações Humanas? a) Aderfer b) Vroom c) Robbins d) Maria Foller 7. Herzberg é normalmente associado com: a) A gestão científica b) A burocracia c) A hierarquia das necessidades d) A teoria da motivação e estilo de vida 8. A qual, dos seguintes aspectos de gestão, se associa Max Weber? a) Estimativas b) A burocracia c) Unidade de comando d) A divisão do trabalho 9. Quem está associado à teoria das três necessidades? a) Abraão Malow b) Mc Clelland c) Warren d) Chester Barnard 11. Qual das seguintes categorias faz parte das teorias de motivação? a) Teorias de conteúdo b) Teorias da satisfação profissional c) Burocracia d) Teoria administrativa 12. Qual, das seguintes respostas, não é uma das três correntes de pensamento que constituem a visão clássica da organização? a) Burocracia b) Teoria administrativa c) Gestão científica d) Hierarquia das necessidades 13. As seguintes pessoas são consideradas como os teóricos comportamentais, excepto: a) Chester A. Barnard b) Herbert A. Simon c) Fayol d) Chris Argyris 14. O número de princípios de gestão identificados por Fayol é: a) Onze b) Doze c) Catorze d) Quinze 15. O número de funções de gestão é: a) Dois b) Três c) Cinco d) Oito 16. Qual, das afirmações abaixo, não é considerada como uma das funções características da planificação? a) A planificação é uma antecipação b) A planificação tende para um objectivo c) A planificação é orientada para o futuro d) A planificação é orientada para o passado 17. Segundo a UNESCO, os governos devem garantir a educação primária universal para todos antes de: a) 2015 b) 2008 c) 2000 d) 2030 18. Em que país se realizou a conferência da UNESCO sobre a Educação para Todos? a) Uganda b) Tailândia c) Estados Unidos da América d) Senegal 19. Em que cidade se realizou o Fórum Complementar da Educação para Todos? a) Nairobi b) Dakar c) Cabo d) Cairo 20. Em que ano foi realizado o Fórum Complementar sobre Educação para Todos? a) 1990 b) 1995 c) 2000 d) 2005 Respostas 1. D 2. C 3. B 4. D 5. A 6. D 7. D 8. B 9. A 10. B 11. A 12. D 13. C 14. C 15. C 16. D 17. A 18. B 19. B 20. C Comentários Espera-se que este teste de avaliação dê alguma indicação do conteúdo que será abordado neste módulo. Espera-se também que o estudante obtenha uma pontuação de 50% ou mais. Se o desempenho tiver sido inferior a 50%, será necessária muita leitura preliminar para se familiarizar com o conteúdo do módulo. X. Actividades de aprendizagem Actividade de aprendizagem 1 Título da actividade de aprendizagem: Estrutura organizacional e administrativa Síntese da actividade de aprendizagem Unidade 1: Estrutura organizacional e administrativa No fim deste módulo, o estudante deve ser capaz de: a) Definir os conceitos de organização, gestão e administração; b) Apresentar os diferentes tipos de organizações; c) Identificar as características das organizações; d) Identificar os factores que determinam as práticas das instituições de ensino como organizações; e) Distinguir o termo de gestão da educação do de administração da educação. Resumo Esta unidade aborda conceitos básicos de organizações e de gestão e apresenta a definição de gestão e administração das organizações. Também, ao longo da mesma, há breves descrições dos diferentes tipos de organização e suas características. A parte final dedica-se à distinção entre gestão da educação e administração da educação. Lista de leitura obrigatória (i) http://en.wikipedia.Org/wiki/organization (ii) http://en.wikipedia.org/wiki/management Lista de recursos relevantes MULTIMEDIA Lista de links úteis (i) http://en.wikipedia.org/wiki/organizational-structure (ii) http://www.analytictech.com/mbozi/orgtheory.htm (iii) http://epress.anu.edu.au/info-systems/mobile-devices/chlls02.html Descrição detalhada da actividade Estrutura organizacional e administrativa O termo “organização” é utilizado desde tempos imemoriais. A sua origem é tão antiga quanto a existência humana. Vários autores, no entanto, defendem pontos de vista diferentes sobre o assunto. De acordo com Allen (1959), uma organização é um mecanismo ou uma estrutura que permite que os seres vivos trabalhem eficazmente em conjunto. Hicks e Gullet (1981) definem as organizações como um processo estruturado no qual os indivíduos, com objectivos específicos, interagem. Denyer (em Kumeta e Mittal, 2001) considera a organização como um acordo de trabalho com uma divisão de actividades e responsabilidades. Apesar das variações nas definições, a percepção geral é que as organizações são os veículos utilizados para alcançar os objectivos da instituição. Portanto, uma organização pode ser considerada como um sistema social, cujos membros se servem para alcançar as metas organizacionais. Características da organização A sociedade funciona, normalmente, através de organizações para alcançar os seus objectivos e põe em prática as metas a fim de realizar tarefas específicas. As metas são, depois, traduzidas em objectivos que, por sua vez, são convertidos em acções para realizar tarefas específicas. As organizações têm as seguintes características: a) As organizações são compostas por um grupo de indivíduos; b) As organizações são dinâmicas; c) As organizações têm actividades específicas que são realizadas sob a direcção de um responsável; d) As realizações da organização são os resultados do esforço colectivo. Detalhes das características de qualquer organização: a) comportamento do grupo; b) estrutura; c) processo; d) relações; e) autoridade e responsabilidade; f) desempenho. (a) O comportamento do grupo - é o trabalho em equipa dentro da organização. (b) A estrutura - diz respeito às relações formais dentro da organização; essas relações referem-se a um gráfico com a descrição de posições. As responsabilidades e as tarefas são atribuídas às posições numa estrutura. (c) O processo - é um método pelo qual as actividades organizacionais são fragmentadas em porções pequenas facilmente gerenciáveis para atingir os objectivos organizacionais. (d) As relações - são, geralmente, representadas através da estrutura organizacional. (e) A autoridade e responsabilidade - são assumidas pelos gestores do produto para permitir que a organização alcance os seus objectivos. (f) O desempenho - é alcançado quando há uma relação de trabalho coordenado dentro da organização. Isso leva à realização dos objectivos organizacionais. Tipos de organizações Existem dois tipos de organizações: formais e informais. Organizações formais As organizações formais caracterizam-se pela estrutura planificada. Esta representa o modelo de relações que existem entre os elementos de uma organização. Características das organizações formais (a) Uma estrutura de actividades claramente definidas: estas têm relações formais com o gráfico e a descrição de posições. O gráfico une as posições através de uma rede de relações de autoridade e de responsabilidade. (b) A permanência: as organizações formais são relativamente permanentes. A maioria é criada para durar. No entanto, aquelas que não se adaptam às mudanças no seu ambiente podem não sobreviver. (c) O desenvolvimento: a maior parte das organizações formais tendem a desenvolver-se e a tornar-se complexas. Algumas organizações podem tornar-se mais complexas através da especialização crescente. Organizações informais As organizações informais são constituídas por relações não oficiais e não autorizadas que se produzem entre indivíduos ou grupos dentro da organização formal. Por vezes, as organizações informais ocorrem dentro da organização formal. As organizações informais aparecem para: i) satisfazer uma necessidade social; ii) criar um sentimento de pertença; iii) perpetuar valores culturais de um grupo; iv) comunicar e transmitir informações. Características das organizações informais (a) Normas de conduta: as organizações informais, geralmente, desenvolvem suas próprias leis, tabus e crenças sobre o que é bom ou mau comportamento. (b) Pressão para se conformar: os grupos informais tendem a exercer pressões que levam os seus membros a conformarem-se. (c) Liderança informal: os líderes dos grupos informais surgem graças à persuasão e à influência. Influência de organizações informais na gestão das organizações formais A presença de organizações informais melhora a gestão das organizações formais. Grupos informais formam um canal através do qual certas informações podem ser transmitidas aos trabalhadores. Este canal de comunicação suplementar pode, por vezes, ser muito eficaz. Ele pode também ser um meio de satisfação social. Não é possível, para as organizações, fornecer todos os meios de satisfação. Os grupos informais podem servir como fontes adicionais de satisfação para os membros do grupo formal. Organizações educativas O termo organização educativa faz referência a um grupo de indivíduos de um lugar ou instituição específico. A missão deste grupo é difundir conhecimentos, habilidades e atitudes aos alunos ou estudantes, de modo a atingir objectivos educacionais predeterminados. Tais organizações incluem escolas, institutos, centros de formação, universidades, etc. Definição de gestão O termo "gestão" tem sido definido de diferentes formas por diferentes autores. Segundo Henri Fayol, "fazer gestão é antecipar e planificar, coordenar e dirigir”. Van Fleet e Peterson definem gestão como “uma série de actividades voltadas para a utilização eficiente dos recursos na busca de um ou mais objectivos." Keitner diz que "gestão é um processo de resolução de problemas, que leva à realização dos objectivos organizacionais de forma eficaz, através da utilização eficiente de recursos escassos num ambiente em mudança”. Brech define a gestão como um processo social que constitui a planificação, a direcção, a coordenação e a motivação. Talvez uma definição detalhada de gestão seja a que foi adoptada por Okumbe (1999), segundo a qual “gestão é o processo de concepção, desenvolvimento e utilização eficaz dos objectivos e dos recursos organizacionais para atingir os objectivos organizacionais predeterminados”. Definição de administração Muitos autores têm utilizado o termo administração como sinónimo de gestão. Segundo Remazay (1999:20), a administração é um tipo de comportamento humano generalizado que se encontra numa organização. A administração é um processo pelo qual as decisões são tomadas. A administração é o processo de dirigir e de controlar a vida de qualquer organização social, tal como de uma escola ou de uma indústria. Diferenças entre administração e gestão Das várias diferenças entre administração e gestão, pode destacar-se as seguintes: (i) enquanto a gestão é o processo de trabalhar com e através de grupos ou indivíduos para atingir objectivos organizacionais, a administração diz respeito à direcção e ao controlo da vida num sistema social; (ii) Se, por um lado, a administração tem como objectivo estabelecer uma política que orienta as normas e regulamentos relativos à tomada de decisões, a gestão diz respeito à aplicação das regras e regulamentos. Administração educacional e gestão da educação A partir das definições anteriormente apresentadas, pode afirmar-se que a administração da educação e a gestão educacional são áreas de estudo das ciências aplicadas. A gestão da educação é um domínio de aplicação da gestão. Podemos então inferir que a gestão da educação se refere à aplicação da teoria e prática da gestão do ensino ou das instituições educacionais. O mesmo conceito aplica-se à administração da educação. Segundo Okumbe (1999), a administração da educação é um processo de aquisição e de alocação de recursos que deve levar à realização de objectivos educativos predeterminados. Avaliação formativa 1. Quais são as principais características das organizações? 2. Explique os diferentes tipos de organizações. 3. Dê três razões da existência das instituições informais. 4. Apresente a distinção entre administração e gestão. Actividade de aprendizagem 1. Qual, das alternativas abaixo, faz parte da gestão escolar? (Assinale a resposta mais adequada). (i) Os pais (ii) A Comissão do Conselho Regional encarregado dos assuntos da escola (iii) O director (iv) Os professores (v) O pessoal não docente 2. Indique três áreas nas quais um director presta atenção no âmbito das suas funções. 4. Identifique duas principais diferenças entre a gestão da educação e a administração educacional. Actividade de aprendizagem 2 Título da actividade de aprendizagem: História de desenvolvimento da gestão No final desta unidade, o estudante deve ser capaz de: a) Explicar os princípios da escola clássica de gestão; b) Identificar a contribuição da Escola de Relações Humanas na gestão organizacional; c) Explicar a abordagem behaviorista em matéria de gestão; d) Relacionar as diferentes abordagens de gestão da educação. Lista de leituras relevantes http://www.nwlink.com/ ~ donclark / history gestão / management.html (i) A Timeline of Management Lista de recursos multimedia adequados Lista de links úteis (I) http://en.wikipedia.org/wiki/scientific-management (ii) http://en.wikipedia.org/wiki/Henri-Fayol Resumo Na primeira unidade, apresentam-se definições de várias palavras e conceitos utilizados para a gestão e as organizações. O estudante também aprendeu as diferenças entre a gestão e a organização. Esta unidade, para além de abordar a Escola Clássica de Gestão, a Escola de Relações Humanas e a Escola Behaviorista, debruça-se sobre as personalidades-chave por detrás de cada movimento, explicando a sua contribuição no debate sobre gestão. Descrição detalhada da actividade Burocracia Max Weber, sociólogo e historiador alemão (1864-1920), desempenhou um papel importante no desenvolvimento de um sistema de organização chamado burocracia. Pensa-se que seja o “pai” da burocracia, termo que surgiu a partir de problemas associados a grandes empresas comerciais e à complexidade das operações do governo. De acordo com Weber, a burocracia é uma abordagem de gestão centrada na função ou posição, mais do que em indivíduos. Weber desenvolveu modelos de relações para um controlo sistemático das actividades complexas da organização para atender às necessidades dos clientes. Também propos que o sistema organizacional deve ser desenvolvido em torno das regras lógicas, de rotinas, uma clara divisão de trabalho, qualificações técnicas e uma cadeia de comando clara. Para Max Weber, a burocracia foi o melhor método para alcançar o grupo empresarial. Característica da burocracia O sistema de burocracia defendida por Weber tem características únicas, que são: a) Divisão do trabalho: num sistema burocrático, os trabalhos são compartimentados em tarefas simples, rotineiras e bem definidas. Os líderes das organizações são escolhidos e nomeados com base na competência demonstrada para realizar as tarefas. As tarefas complexas são separadas em peças relativamente simples e de fácil gestão, sendo esta última atribuída a uma pessoa particular. A especialização é enfatizada para aumentar a eficiência e alcançar os objectivos organizacionais. b) Estrutura hierárquica: refere-se a uma organização vertical das funções, em que os escalões mais baixos da hierarquia são supervisionados pela gerência sénior. Essa hierarquia de autoridade é representada em forma tabular. c) Qualificações necessárias: refere-se, essencilamente, à seleção formal. Todos os membros da organização são seleccionados com base em qualificações técnicas, tais como a formação e o nível de educação. d) Normas e regulamentos oficiais: os regulamentos e as regras são usados para garantir a uniformidade e para regular as acções entre os trabalhadores. As regras de um sistema burocrático são usadas para promover a eficiência e garantir a continuidade das funções organizacionais. A prática da ordem, o tratamento racional e equitativo para todos os trabalhadores são o resultado. e) Impessoalidade: as decisões organizacionais estão baseadas em factos e não em sentimentos pessoais ou emoções. As regras e regulamentos são aplicados de maneira uniforme, para evitar vieses pessoais. O modo impessoal de tratar os funcionários assegura a objectividade da organização. f) Orientação da carreira: trabalhar numa burocracia promove a habilidade técnica e não a propriedade da empresa. Os gerentes são profissionais e as promoções são baseadas na ocupação, na experiência e na antiguidade. Vantagens e desvantagens da burocracia Vantagens O desenvolvimento de um sistema burocrático tem contribuído, significativamente, para a gestão de grandes organizações. As vantagens de um sistema burocrático de funções organizacionais incluem: 1. A eficiência: a burocracia serve um grande número de pessoas de forma sistemática. Além disso, os indivíduos que tiveram a experiência de burocracia são treinados e têm um bom conhecimento do sistema. Portanto, a burocracia é eficiente no seu uso de recursos e eficiente na execução de tarefas. 2. A previsibilidade: a burocracia funciona com base em regras e regulamentos. As decisões são feitas com base num conjunto de políticas e são livres de preconceitos e arbitrariedades. Assim, as actividades são previsíveis e podem ser antecipadas. 3. A impessoalidade: uma vez que a burocracia opera com base em regras e políticas, ela define claramente os limites de cada posição para minimizar os preconceitos pessoais e a duplicação de esforços. Desvantagens 1. Excesso de conformismo: a burocracia incentiva o conformismo e a continuidade das regras estabelecidas. Em contrapartida, ela não incentiva a promoção da mudança, é muito rígida e dá muita importância ao respeito das regras e regulamentos. 2. A burocracia não incentiva a comunicação nos dois sentidos: as ordens vêm de cima para baixo e, às vezes, é difícil para os subordinados se comunicarem com os gestores do topo da hierarquia. 3. As organizações burocráticas são lentas a tomarem decisões: a busca da racionalidade pode criar um bloqueio de comunicação que contribui para aumentar o atraso das actividades de decisão. Aplicações da burocracia nas organizações educativas As características apresentadas por Weber podem ser aplicadas a escolas independentes e instituições educacionais. As escolas são classificadas como organizações formais com muitas semelhanças e características das organizações burocráticas. Algumas dessas características incluem a estrutura hierárquica, as nomeações e as promoções, a especialização do pessoal, as regras e regulamentos, as responsabilidades e as autoridades, assim como a divisão do trabalho. Henri Fayol (1841-1925) foi um dos principais contribuintes para o pensamento da administração científica e líder industrial francês. Em 1916, publicou o seu livro mais famoso, “Administração Industrial e Geral”. Nesse livro, Fayol propõe 14 princípios de gestão, a saber: 1. Divisão do trabalho – dá-se ao trabalhador uma pequena parte do mercado de trabalho segmentado. 2. Autoridade – é o direito de dar ordens e poder para impor a obediência ao trabalho a ser realizado. 3. Disciplina – consiste nas regras e regulamentos que devem ser aplicados de forma justa e criteriosa. 4. Unidade de comando – todo o homem deve receber ordens de um superior. 5. Unidade de direcção – uma cabeça deve planificar as actividades de grupo com os mesmos objectivos. 6. Subordinação dos interesses individuais aos interesses da organização – o interesse da organização deve ter prioridade em todos os momentos. 7. Remuneração do pessoal – esta deve ser justa tanto para o empregador como para a sociedade. 8. A centralização – deve estar sempre presente. 9. Hierarquia – numa organização, deve haver uma hierarquia clara de autoridade do topo para a base. 10. Ordem – um lugar para tudo e cada coisa em seu lugar; o equipamento e as pessoas devem estar nos seus devidos lugares. 11. A equidade – uma combinação de bondade e justiça a cada funcionário. 12. A estabilidade do pessoal – a rotação de pessoal deve ser mínima. 13. A iniciativa – todos os funcionários devem ser inovadores. 14. A união do pessoal – o trabalho em equipa deve ser promovido pelos gestores. Além dos 14 princípios, Fayol reconhece cinco processos em que estabelece "os elementos básicos da administração", que são: planificação, organização, comando, coordenação e direcção. A gestão científica Fredrick W. Taylor (1856-1915) é considerado o pai da Escola de Gestão Científica. Taylor estudou, sistematicamente, o trabalho nas indústrias quando estas se tornaram mais complexas nos países ocidentais. Foi um engenheiro industrial na Midvale Steel Company, de 1879 a 1889. Durante os seus anos de serviço, Taylor interagiu com os trabalhadores e os próprios industriais, e desenvolveu ideias ou princípios sobre a gestão científica, a saber: (a) O princípio do tempo e do estudo do movimento: este princípio estipula que todo o trabalho deve ser medido por um comentário padronizado e justo. Taylor acredita que qualquer esforço para melhorar a produtividade deve ser medido em termos de tempo e movimento. E, o resultado é a padronização do tempo de funcionamento, das normas e das regulamentações. Posteriormente, defende a ideia de que o ambiente deve ser propício ao trabalho para aumentar a produtividade. (b) O princípio da remuneração por desempenho: Taylor sugere que os salários devem ser proporcionais à produção. Por conseguinte, quanto mais um trabalhador produz, maior será a sua remuneração. (c) O princípio da divisão do trabalho: Taylor defende a ideia de que a responsabilidade da gestão deve ser separada da dos trabalhadores. Assim, espera-se que a gestão seja um instrumento pelo qual se planifica, promove e implementa os padrões de trabalho. Por outro lado, os trabalhadores devem realizar as suas tarefas para aumentar a sua eficácia. (d) Um sistema de direcção do trabalho: este princípio é baseado na especialização. Taylor acredita que os peritos devem ser a fonte de autoridade. A especialização exige que os responsáveis tenham o conhecimento e as habilidades necessárias para o trabalho que supervisionam. Escola de Relações Humanas Na última parte desta secção, fez-se uma abordagem do movimento científico e de seus princípios. Agora, considerar-se-á uma outra abordagem chamada Escola de Relações Humanas. Trata-se de um movimento iniciado por uma psicóloga social conhecida como Mary Parker Follett (1863-1933). Follett era contra a abordagem do movimento científico e os seus princípios de produtividade e de maior eficiência, os outros factores físicos e remunerações como um instrumento de motivação dos trabalhadores. E, tentou fazer renascer uma sociedade mais racional, na qual as pessoas vivessem uma vida melhor. Para atingir o seu objectivo, ela propos os seguintes quatro grandes princípios: 1. Empregadores e empregados devem resolver os seus problemas através de reuniões e de cooperação. Este método democrático deveria ser implementado em duas fases: (i) Ouvir opiniões diferentes ou tomar em consideração a sua situação; (ii) Aceitar diferentes pontos de vista e uma melhor compreensão dos outros. (iii) Integrar elementos de sua visão e realização da unidade na prossecução de objectivos comuns. 2. A coordenação deve ser completa. Para um andamento correcto de uma organização, as responsabilidades devem ser coordenadas, desde o início. 3. A coordenação é o resultado de um entendimento mútuo de todos os factores envolvidos na situação. Isto significa que todos os empregadores e os trabalhadores devem compartilhar as tarefas de organização, o que resultará num melhor relacionamento. 4. A coordenação é um processo contínuo. A partilha de ideias e o trabalho conjunto entre administradores e trabalhadores devem ser contínuos para a melhoria da administração e dos trabalhadores. Elton Mayo (1880) disseminou os princípios de Follet e tornou-se o maior contribuinte para a Escola de Relações Humanas. Entre 1923 e 1926, conduziu experiências para testar a influência das condições físicas na produtividade do trabalhador. Os resultados do seu estudo indicaram que o factor mais importante a afectar a produtividade é o que vem do interior do trabalhador. Em seguida, o estudo destaca o facto de os factores fisiológicos e sociológicos serem elementos que influenciam mais a produtividade dos trabalhadores. A base desses factores são os três elementos seguintes: 1. Moral: em cada grupo, existem regras que afectam a moral dos trabalhadores; por exemplo, a proibição de qualquer ruído. 2. Satisfação no trabalho: superprodução e subprodução foram desencorajadas porque elas fizeram brotar o perigo do licenciamento. 3. Trabalho em equipa: isso foi incentivado, porém não era permitido aos membros de qualquer grupo (informal) para apresentar os seus colegas de trabalho a administração. Segundo Mayo, os dois grandes princípios da Escola das Relações Humanas são os seguintes: 1. Satisfação: segundo este princípio, a organização que tiver mais trabalhadores satisfeitos será a mais eficaz. 2. Democracia: segundo este princípio, a democracia deve prevalecer em qualquer organização, através de: i) participação dos trabalhadores na tomada de decisões; ii) delegação de responsabilidades aos trabalhadores pela administração; iii) abertura de linhas de comunicação entre empregadores e trabalhadores, assim como entre os trabalhadores; Aplicação da Escola de Relações Humanas à Gestão da Educação Através da Escola de Relações Humanas: 1. É fornecida aos trabalhadores a oportunidade de melhorar o seu crescimento e desenvolvimento pessoal. 2. As organizações preocupam-se com as pessoas e com as suas necessidades. Os trabalhadores foram reconhecidos como seres humanos tendo um lado social e psicológico. 3. Escola Behaviorista (1950-1970) A Escola Behaviorista foi oposta ao movimento da gestão científica. Os behavioristas não só foram muito duros na sua abordagem acerca dos trabalhadores, como também criticaram a Escola de Relações Humanas como defensora dos trabalhadores em detrimento dos objectivos da organização. Os defensores da Escola Behaviorista defendiam a tese de que ambas as abordagens deveriam ser utilizadas com sabedoria, de modo a obter-se um efeito benéfico sobre a organização e satisfação dos trabalhadores. Chester Bernard (1886-1961) iniciou o movimento na década de 40 e enfatizou a necessidade de um esquema conceptual da conduta administrativa, tendo como base a Escola Behaviorista. Bernard defendeu o reconhecimento dos trabalhadores como seres sociais e psicológicos. Para conseguir isso, os administradores/gerentes devem ter alguma experiência nas disciplinas das ciências sociais. Estas incluiriam a psicologia, a sociologia, a ciência política e a economia. Um bom gerente/director teria assim uma boa ideia da situação, do trabalho e do próprio trabalhador. Aplicação da Escola Behaviorista na gestão escolar O movimento behaviorista teve dois efeitos importantes: 1. A recomendação de se ter directores provenientes de diferentes disciplinas, não apenas das instituições de ensino; 2. A descoberta do facto de que, actualmente, se espera que as pessoas tenham formação em administração escolar e que também tenham conhecimentos de ciências sociais, economia e ciência política. Avaliação formativa 1. Discuta a contribuição de Taylor para a teoria de gestão. Até que ponto a teoria de Taylor pode ser aplicável às organizações de ensino? 2. Compare a gestão científica de Taylor com a gestão global de Fayol. 3. Quais são as vantagens e desvantagens da burocracia? Actividade de aprendizagem 1. Diferencie a abordagem da Escola de Relações Humanas da abordagem da Escola Behaviorista. Até que ponto essas duas abordagens são aplicadas na gestão das instituições de ensino? 2. O estudo do tempo e do movimento de uma tarefa desumaniza os trabalhadores. Discuta esta afirmação de forma crítica. 3. Descreva as três correntes de pensamento que compõem a visão clássica de uma organização. Título da actividade de aprendizagem: Teorias da motivação No final desta unidade, o estudante deve ser capaz de: (i) Identificar as duas categorias da motivação; (ii) Descrever as teorias de motivação de cada categoria; (iii) Explicar a contribuição de cada categoria para a gestão da educação. Lista de leitura obrigatória http://en.wikibooks.org/wiki/managing-Groups-andTeams/motivation Wikipedia (2007) "27s_hierarchy_% http://en.wikipedia.org/wiki/Maslow of_needs "acedido em Novembro de 2007. Wikipedia (2007) "http://en.wikipedia.org/wiki/Motivation" Resumo Existem duas categorias de teorias de motivação: as teorias de conteúdo e as teorias de processo. As teorias de conteúdo da motivação incluem a hierarquia de necessidades de Maslow, a teoria dos dois factores de Herzberg, assim como a teoria ERD (teoria ERG). As teorias de processo incluem a teoria da expectativa de Vroom, a teoria da equidade e a teoria da definição de objectivos. A secção seguinte discute cada uma das teorias. Lista de recursos adequados 1. Um computador com acesso à Internet para visitar os links e recursos livres; 2. Recursos multimedia, como leitor de CD e leitor de vídeo. Palavras-chave * Teorias da expectativa – segundo esta teoria, as motivações de um funcionário, para exercer as suas funções com eficácia, são determinadas por duas variáveis: a probabilidade de recompensa pelo esforço e o valor da recompensa. * A hierarquia das necessidades – é um processo que leva as pessoas a agirem ou comportarem-se de determinada maneira. * A auto-realização – é a realização e o cumprimento de potenciais específicos ao indivíduo, através do desenvolvimento pessoal descontínuo e manutenção de excelência no desempenho de suas funções. * As teorias cognitivas da motivação – essas teorias são baseadas no facto de que a tomada de decisões conscientes por um indivíduo depende do esforço que ele coloca no seu trabalho. * As teorias de conteúdo – nessas teorias, entende-se a motivação como uma necessidade para as pessoas. * Os factores de higiene – são os factores do contexto de trabalho, tais como a estrutura e desempenho das funções. Descrição detalhada da actividade A) A teoria da hierarquia de necessidades de Maslow Esta teoria foi desenvolvida por Abraham Maslow e é baseada em dois pressupostos: 1. Os seres humanos têm necessidades diversas, indo do nível mais baixo até ao nível mais alto, das necessidades biológicas às necessidades psicológicas. 2. As necessidades do nível inferior devem ser satisfeitas antes de outras necessidades de nível superior. Maslow chegou a definir as cinco necessidades consideradas mais importantes, a saber: (i) Necessidades fisiológicas: são necessidades básicas para a sobrevivência imediata. Elas ajudam a sustentar a própria vida; compreendem a necessidade de alimentos, de água, de abrigo, de ar e de sexo. (ii) Necessidades de segurança: após a satisfação das necessidades de sobrevivência, a necessidade de preservação do corpo torna-se o motivador do comportamento. É a necessidade de segurança. Isso inclui também a estabilidade, ausência de preocupações e a segurança do trabalho. Os seguros de vida e as necessidades médicas poderiam ser outras que se enquadram nesta categoria. (iii) O amor e necessidades sociais: satisfeitas as necessidades do corpo e de segurança, surgem as necessidades de aceitação e de pertença. Os seres humanos precisam de pessoas com quem podem interagir e compartilhar os seus problemas. Essas necessidades são o amor, a amizade, o afecto e a interacção social. Nas escolas, os alunos querem, naturalmente, fazer amigos. Por essa razão, eles juntam-se a vários clubes, como o clube de teatro, escola ou outras actividades extracurriculares. (iv) Necessidades de estima: depois da satisfação do terceiro grupo de necessidades, a necessidade de auto-estima se instala. Este grupo inclui o desejo necessário para o reconhecimento pelo trabalho bem feito. Há um desejo de realização, prestígio, status e poder. O respeito dos outros é um reconhecimento externo enquanto o respeito por si mesmo é um reconhecimento interno. Os dois aspectos (interno e externo) têm como resultado a confiança em si, a independência, a reputação e o prestígio. v) Necessidades de auto-realização: este é o último grupo de necessidades e está, geralmente, no topo da hierarquia. É a necessidade de um indivíduo para desenvolver plenamente e actualizar as suas competências e potencialidades o mais perfeitamente possível. Isto só pode começar quando todas as outras necessidades estiverem satisfeitas. A teoria de Maslow foi considerada importante porque, através dela, várias necessidades das pessoas foram tidas em conta na gestão. Um dos papéis dos gestores de uma organização, tal como de uma escola, é o de garantir que haja um ambiente no qual os funcionários possam alcançar seus níveis de motivação no seu local de trabalho. B) A teoria de dois factores de Herzberg Esta é a segunda das teorias de conteúdo da motivação no trabalho e foi desenvolvida por Frederick Herzberg. Este autor estudou a motivação no trabalho das pessoas e encontrou duas categorias de factores, nomeadamente, os factores de higiene e os factores de motivação. Factores de higiene Os factores de higiene descrevem a relação entre o empregado e o ambiente no qual ele trabalha. Entenda-se “ambiente” como políticas administrativas, supervisão, salário, relações interpessoais com superiores e condições de trabalho. Quando estes factores são inferiores em relação ao que o trabalhador considera aceitável, ele fica insatisfeito. Trata-se de factores que foram apontados como sendo de insatisfação. Quando os factores de higiene estão dentro ou acima do nível aceitável, a insatisfação desaparece. Factores motivadores Estes factores estão relacionados com a natureza do trabalho. Eles são, geralmente, referidos como factores intrínsecos ou factores de satisfação. Os factores motivacionais estão relacionados com o que o trabalhador faz no seu local de trabalho. O sucesso, o reconhecimento de realização, o trabalho com desafio, maior responsabilidade, o crescimento e o desenvolvimento são alguns dos factores de motivação. De acordo com Herzberg, quando estes factores estão abaixo do nível aceitável, contribuem para a insatisfação no emprego e, quando estão acima do nível aceitável, conduzem à satisfação no trabalho. C) A teoria da DRE (teoria ERG) A teoria ERD foi desenvolvida por Clayton Alderfer. Esta teoria considera-se um refinamento da teoria da hierarquia de necessidades de Maslow. Segundo a teoria ERD, existem três níveis de necessidades a saber: as necessidades de existência (E), as necessidades das relações sociais (R) e as necessidades de desenvolvimento pessoal (D). As necessidades de existência Essas necessidades são preenchidas principalmente por benefícios materiais. A necessidade de um telhado, bem-estar, segurança emocional e alimentar são algumas das necessidades da existência. As necessidades de relações sociais Estas necessidades são satisfeitas por relações interpessoais e de interacção social. Isso implica uma comunicação aberta e troca mútua de ideias entre os membros de uma organização. As necessidades de desenvolvimento pessoal Estas consistem, por exemplo, em necessidades de crescer e alcançar seu pleno potencial, na medida das suas capacidades. Normalmente, essas necessidades são satisfeitas por um investimento pessoal no ambiente organizacional. A principal diferença entre a teoria de Maslow e a teoria de ERD é que esta segunda é hierárquica flexível. Ela defende a ideia de que as pessoas podem ser motivadas por mais de um tipo de necessidades, enquanto a teoria de Maslow afirma que uma pessoa satisfaz primeiro as necessidades de nível mais baixo antes de passar para o nível seguinte. Teorias cognitivas ou teorias do processo de motivação no trabalho Até aqui, abordou-se a primeira classe de teorias chamada teoria do conteúdo. Estas tratam sobre "o que" motiva as pessoas. A segunda classe de teorias, que a seguir será abordada, consiste nas chamadas teorias cognitivas ou teorias dos processos cognitivos. Estas teorias tratam da "forma" como a motivação ocorre. Alguns dos processos são o modelo mais conhecido de expectativa de Vroom, a teoria da Equidade e a teoria de Metas. Veja, a seguir, cada uma delas. A) O modelo de expectativa de Vroom Esta teoria é baseada na crença de que a motivação é determinada pelo tipo de recompensa que as pessoas esperam receber como gratificação pelo desempenho das suas funções. A principal suposição é que uma pessoa acredite que, levando a cabo uma determinada actividade, receberá a recompensa esperada, escolhendo a alternativa com o maior lucro. Os três elementos importantes deste modelo são: (i) Expectativa - é uma medida de percepção ou crença de que um acto específico produzirá um resultado específico. Por exemplo, numa escola, um trabalhador pode ter a crença de que os seus esforços irão resultar numa melhoria da produtividade e que ele tem a capacidade de desempenhar a sua função correctamente. (ii) Instrumentalidade - é a medida de percepção de que a execução eficaz de uma tarefa irá resultar na recompensa desejada. Este é o resultado para cada nível de execução de trabalho de cada indivíduo. Por exemplo, um trabalho difícil para um administrador poderia resultar, como recompensa, no aumento salarial, na promoção ou em ambos. A instrumentalidade trata da relação entre o desempenho profissional e a recompensa. (iiii) A valência - é o valor que um indivíduo atribui à recompensa que ele deseja. Consiste na percepção relativa ao valor do prémio e não do valor real. Assim, uma pessoa pode trabalhar duro para obter reconhecimento e status, ao invés de salário mais elevado. A teoria da expectativa Percepção de que o esforço leva a uma execução eficaz (expectativa) Características individuais Percepção de que a execução eficaz trará recompensa (instrumentalidade) Esforço Percepção de que recompensas sedutoras estão disponíveis (valência) Percepção do papel Fonte: G. A. Cole Management Theory and Practice. Execução Extrínseco Resultado Intrínseco Segundo a teoria da expectativa: Motivação = Expectativa x Instrumentalidade x Valência M=ExIxV Esta teoria implica que o director de uma instituição deve reconhecer e determinar a situação tal como ela existe e tomar medidas para melhorar os três factores da expectativa, que levarão a uma grande motivação entre aqueles com quem ele trabalha. (B) A teoria da equidade Esta teoria é baseada na suposição de que cada um se compara com outros em termos de desempenho no trabalho e dos resultados daí decorrentes. Segundo esta teoria, quando as pessoas se apercebem de uma situação de desigualdade, experimentam uma “tensão de igualdade”, que elas reduzem adoptando um comportamento apropriado. Esse comportamento pode levá-las a tomar medidas positivas para melhorar o desempenho das suas funções, ou negativa, adoptando uma espécie de lentidão no local de trabalho, por exemplo. Na teoria da equidade, propõe-se que as pessoas não estejam apenas interessadas na recompensa, mas também na natureza das comparações semelhantes. A principal questão é saber o que faz com que as recompensas sejam atraentes (a valência) em contexto de trabalho. A equidade é baseada em várias hipóteses: (1) A percepção da desigualdade cria ressentimentos e tensões entre indivíduos; (2) A extensão dessa tensão reflecte a magnitude e o tipo de injustiça; (3) Os indivíduos serão motivados a tomar medidas para reduzir esta tensão; (4) Quanto maior for a extensão da percepção de injustiça, maior será a força da motivação. Diagrama do processo Desigualdade percebida Criação da tensão Tomada de medidas para diminuir a tensão Resultado: comportamento Segundo Robbins (1933), quando as pessoas percebem uma situação injusta no trabalho, podem: - Mudar o seu contributo (não colocar muito esforço); - Mudar os seus resultados (aumentar a sua remuneração, produzindo mais); - Distorcer a percepção de si; - Distorcer a percepção dos outros; - Escolher um ponto de referência diferente; - Abandonar o jogo, isto é, retirar-se completamente do seu trabalho. A teoria da definição dos objectivos Esta teoria foi proposta por Locke (1968) e defende que trabalhar para atingir um objectivo é uma motivação em si mesmo. A teoria é baseada na premissa de que a motivação é impulsionada principalmente pelas metas ou objectivos que as pessoas estabelecem para si próprias. Na sua pesquisa, Locke afirmou que a execução da tarefa melhorou quando os indivíduos estabeleceram metas para si próprios. Quando os objectivos eram atingidos, a execução das tarefas era ainda melhorada. A partir destes dados, a teoria da qualidade de execução é construída sobre a dificuldade e a precisão da definição do objectivo. Uma vez aceites as metas difíceis, elas conduzem a uma melhoria da qualidade de execução. Por exemplo, se uma escola define objectivos claros sobre o sucesso dos professores, é possível que estes alcancem esses objectivos dentro do prazo estipulado. Eles podem trabalhar para alcançar os objectivos (por exemplo, melhorar a média geral dos alunos durante um exame fazendo passar da categoria C para B), enquanto tiverem o suporte. Pesquisa documental A Teoria das Necessidades de Maslow Visite o site abaixo para obter uma compreensão profunda da teoria das necessidades de Maslow. Wikipédia 2007: “http://en.wikipedia.org/wiki/Maslow%27s_hierarchy_of_needs” Leia o artigo completo. Perguntas de auto-avaliação a. Discuta as quatro tendências de auto-realização das pessoas. b. Resuma, em meia página, as 14 características/particularidades das pessoas que praticam a auto-realização. Leituras na Internet: A motivação Aconselha-se o uso de recursos da Internet para o estudo da motivação. Visite o link abaixo e outros, sobre teorias de motivação. Wikipedia 2007: http://en.wikipedia.org/wiki/Motivation " Com a ajuda das informações que podem ser encontradas no endereço acima, escreva em três páginas sobre as seguintes teorias: i. Teorias da redução das pulsões; ii. Teorias de afectividade e de excitação; iii. O conceito de motivação de recompensa e de reforços. Dever formativo Esta avaliação é escrita com base em documentos fornecidos na introdução à actividade 3, assim como nas referências dadas abaixo: i. Wikipedia 2007: http://en.wikipedia.org/wiki/Motivation ii. Wikipedia 2007: http://en.wikipedia.org/wiki/Equity_theory iii. Wikipedia 2007: http://en.wikipedia.org/wiki/Victor_Vroom 1. Quais são as semelhanças entre a teoria da hierarquia de necessidades de Maslow e a teoria da DRE? (Faça uma tabela de, no máximo, uma página, espaçamento simples) . 2. Explique o modelo de motivação de Vroom. Avaliação formativa 1. Quais são as semelhanças entre a teoria da hierarquia de necessidades de Maslow e a teoria da DRE? (Faça uma tabela para representá-las) 2. O que um director de uma escola pode fazer para satisfazer as necessidades dos trabalhadores não professores? 3. Como é que as desigualdades podem ser factores motivadores ou de desmotivação para professores do ensino secundário? Dê exemplos para ilustrar os seus pontos. Actividade de aprendizagem 1. Explique como é que o modelo de Vroom pode ser aplicado na educação. 2. Em que consiste a teoria de objectivos e quais são as condições para o seu sucesso na escola secundária? 3. Será que os gestores de educação deveriam dar aos trabalhadores a opção de se auto-actualizarem? Justifique a sua resposta. Actividade de aprendizagem 4 Título da actividade de aprendizagem: As funções de gestão Objectivos da actividade de aprendizagem No final desta unidade, o estudante deve ser capaz de: a) Identificar as principais funções de gestão; b) Explicar os passos para completar cada função de gestão; c) Aplicar os princípios subjacentes a cada uma das funções de gestão num contexto educativo. Resumo As funções de gestão referem-se às actividades mais comuns realizadas pelos gestores dentro da sua organização. O grau de implementação destas funções depende da organização e de seus objectivos. Nesta unidade, vamos abordar as cinco funções principais da gestão, da direcção da organização e do controlo de pessoal. As aplicações destas funções em instituições de ensino também serão apresentadas. Lista de leituras obrigatórias (i) Gestão: http://en.wikipedia.org/wiki/management (ii) As funções de gestão: as quatro funções da gestão www: / freeonline.research / papers.com Lista de recursos adequados 1. Um computador com acesso à Internet para aceder aos links e recursos de direito livres. 2. Recursos multimedia, como um leitor de CD e leitor de vídeo. Lista de links úteis http://extension.osu.edu/ mgtexcel ~ / Function.html Descrição detalhada da actividade As funções de gestão As primeiras três unidades debruçam-se sobre as definições básicas dos conceitos elementares utilizados na gestão. Na segunda e terceira unidades aborda-se, essencialmente, os conhecimentos sobre a história do desenvolvimento da gestão, assim como as teorias da gestão. Esta unidade reserva-se ao estudo das funções da gestão. O processo de gestão consiste em cinco funções básicas, a saber: planificação, organização, direcção, controlo e a dotação do pessoal. Um gestor utiliza estas funções para atingir os objectivos e as metas da organização. Estas funções estão inter-relacionadas da seguinte forma: Planificação Dotação do pessoal Organização Direcção Controlo A) A planificação A planificação é uma forma racional e sistemática de fazer previsões sobre o futuro de uma organização. É um processo de preparação para a mudança pela formulação de desenvolvimento futuro de acções. Segundo Warren (1994), a planificação é uma actividade de tomada de decisões que requer processos de definição de objectivos e de decisões sobre as actividades conducentes à consecução destes objectivos. Pelo processo de planificação, o gestor visa a gestão eficaz e eficiente da organização. Características das funções da planificação 1. A planificação antecipa. As decisões são tomadas sobre a forma de como fazer algo acontecer, antes que aconteça, e como alcançá-lo; 2. A planificação é direccionada para um objectivo; 3. A planificação incide sobre o futuro dos resultados desejados; 4. A planificação é orientada para o futuro. Trata-se de tomada de decisões que serão realizados no futuro. Etapas e fases da planificação Ao preparar um plano, os gestores de organizações utilizam uma série de passos, com destaque para os seguintes: 1. Análise situacional – esta etapa envolve a análise de eventos passados. 2. Identificação das necessidades – a avaliação das necessidades é um processo de definição de "o que é" e "o que deveria ser." Em seguida, ela envolve a colocação de prioridades de ambas as actividades. 3. Derivação das metas e objectivos – faz-se a deriva das metas e objectivos identificados. 4. Delineamento de possibilidades – como geralmente há várias possibilidades, é necessário classificá-las em ordem de prioridade, para que seja possível trabalhar com aquelas que necessitam de uma atenção imediata. 5. Escolha de estratégias e tácticas – é necessário seleccionar as opções mais óbvias, quando há outras possibilidades que podem não ser prioritárias. 6. Implementação – após a aprovação, o plano é dividido ou tomado como um todo para determinar as actividades que devem ser empreendidas. 7. Controlo e avaliação – os planos de aplicação devem ser monitorados constantemente. Para tal, há necessidade de se acompanhar a execução efectiva das diferentes unidades de trabalho de acordo com os planos e as metas da unidade. Esta fase identifica o desvio do desempenho real em relação ao esperado. As acções correctivas devem ser introduzidas quando existe uma divergência. Os princípios da planificação Para que um gestor seja eficaz e eficiente, é importante observar os seguintes princípios, baseados na obra de Gary Desslers: 1. Manter os objectivos cristalizados – as metas e os objectivos devem ser alcançáveis, razoáveis, sólidos e claros. 2. Desenvolver previsões precisas – a precisão dos dados e eventos é fundamental para qualquer processo de planificação. 3. Envolver os subordinados no processo de planificação – isso irá garantir um sentimento de posse e aceitação de planos pelos executantes. 4. O projecto deve ser sólido – um projecto bem sucedido deve ser baseado em informações e premissas correctas. 5. Não ser demasiado optimista – quando se faz a planificação, é importante ser objectivo. Olhar muito ambicioso, não conduzirá a um projecto bem sucedido. 6. Critério para o abandono do projecto – o critério para o abandono de um projecto deve ser definido desde o início. 7. Mantenha planos flexíveis – o progresso do projecto deve ser objecto de constante revisão, a fim de fazer ajustes se, e quando, a situação exigir uma correcção. 8. Revisões dos projectos a longo prazo em curto prazo – os projectos a longo prazo devem ser revistos regularmente. Isso irá assegurar que as mudanças que ocorrerem durante a aplicação sejam incorporadas. 9. Adaptar o projecto ao ambiente – quando o ambiente é estável, um projecto pode aderir a ele rigidamente. No caso de um ambiente instável, o projecto deve ser altamente flexível para se adaptar às mudanças necessárias ocasionadas pelas mudanças de ambiente. Importância da planificação A planificação é uma função muito importante da gestão, pois permite definir metas. Através dos objectivos definem-se os resultados esperados, que podem ser usados como critério de desempenho, por uma organização. O resultado de uma organização pode ser bem avaliado se houver previsão desde o início. Por exemplo, se, no início de um ano, é estabelecido, numa escola, que 40% dos estudantes devem passar nas suas provas com um A no final do ano, a referida escola pode ser avaliada para determinar se os objectivos foram obtidos após a afixação dos resultados. A partir dos projectos, os gestores podem compreender o que se pretende alcançar dentro da organização. Os gestores podem tomar decisões para garantir que as políticas internas, as funções, o desempenho, as estruturas, os produtos e as despesas sejam coerentes com os resultados esperados. Organização A organização baseia-se na colecta de recursos, no estabelecimento da utilização metódica de tais recursos e na estruturação das tarefas conducentes à consecução dos objectivos organizacionais. Isto inclui a determinação das tarefas que devem ser feitas, como elas serão agrupadas, a pessoa que é responsável pelas tarefas e quem será responsável pela tomada de decisões sobre as mesmas (Robbins, 1991). A organização é um processo de partilha de recursos materiais e humanos para atingir um objectivo organizacional. Numa situação escolar, este processo implica a existência de professores, pessoal não docente, edifícios, ensino e materiais educativos, de modo a assegurar aos alunos a oportunidade de aprenderem de forma eficaz. Para alcançar o máximo de sucesso, as actividades devem ser bem organizadas. Fases/etapas da organização O processo de organização obedece a cinco etapas: 1. Revisão do projecto e objectivos – o primeiro passo da gestão é a revisão das metas e dos objectivos organizacionais. Isto irá determinar o tipo de actividades a implementar para atingir as metas e os objectivos. 2. Determinação das actividades – esta etapa envolve a preparação e análise de actividades necessárias para atingir os objectivos. Essas actividades podem exigir o recrutamento, formação, ensino e a manutenção de um registo pela escola. 3. Classificação e agrupamento das actividades – depois de se determinar a natureza das tarefas, elas serão classificadas em pequenas unidades de trabalho. Isso vai facilitar as operações de organização e de supervisão. 4. Atribuição de trabalho e de recursos – este passo requer a atribuição de trabalho ao pessoal especializado. Numa escola, esta tarefa pode envolver a atribuição de um professor de matemática para dar uma aula de matemática e não doutro assunto. 5. Avaliação dos resultados – as impressões sobre os resultados permitem determinar em que medida a estratégia da organização foi bem executada. Essas impressões podem ajudar a determinar se as mudanças são necessárias. Serviços de segmentação Quando se fala de serviços de segmentação, refere-se à diferenciação horizontal de uma organização. Trata-se de um procedimento que implica a criação de divisões, filiais, ou a concentração de esforço individual. Os serviços de segmentação permitem que os trabalhadores possam ser eficazes e incentivam a especialização na área atribuída ao trabalhador. É importante, para a reestruturação duma organização, criar novas organizações, adicionar uma nova actividade a uma organização ou reduzir uma ou mais actividades. Por exemplo, uma organização religiosa com muitas escolas, faculdades e universidades deve ter um serviço que lida com as escolas, outros com as faculdades e um terceiro com as universidades. A extensão do controlo dos subordinados A extensão do controlo dos subordinados faz referência ao número de subordinados sob ordens de um gestor. Dentro de uma organização, a escolha da extensão do controlo depende das seguintes considerações: 1) O tipo de amplitude de controlo; 2) Factores situacionais; 3) A forma de organização. 1. O tipo de amplitude de controlo Existem dois tipos de amplitude de controlo: executivo e operacional. O controlo executivo inclui os níveis intermediários e superior da hierarquia. O controlo operacional é aplicado geralmente em níveis inferiores. 2. Factores situacionais Os principais factores a considerar, na escolha do âmbito da revisão, são o tempo disponível para o gestor, as suas habilidades e competências, a complexidade da situação que deve ser monitorada, a dispersão física das actividades, as habilidades e a experiência dos subordinados. 3. A forma de organização As estruturas planas utilizam o grau de controlo operacional. As altas estruturas assumem o controlo executivo. Princípios da organização Os princípios subjacentes ao arranjo organizacional são os seguintes: i) Princípio da objectividade - qualquer organização gira em torno da realização de suas metas e objectivos. ii) Princípio da especialização - na atribuição de um trabalho, é preciso ter em conta a especialização dos trabalhadores. iii) Princípio da definição - o conteúdo, a competência e a responsabilidade para cada posto devem ser claramente definidos. iv) Princípio da correspondência - a experiência e a responsabilidade de cada posição devem ser correspondidas. v ) Eficiência - a estrutura organizacional deve permitir que ela funcione de forma eficaz de modo a que seja possível alcançar os objectivos a um custo mínimo. vi) Simplicidade - a estrutura organizacional deve ser tão simples quanto possível. vii) Flexibilidade - a organização deve ser adaptável a novas circunstâncias e permitir a expansão ou substituição. viii) Equilíbrio - é necessário estabelecer um equilíbrio entre o tamanho dos diferentes serviços e dos diferentes factores, tais como humanos, técnicos, financeiros e competências. ix) Unidade de gestão - deve haver um líder e um projecto para um grupo de actividades cujos objectivos são semelhantes. x) Responsabilidade pessoal - é preciso dar prioridade à selecção, à colocação e ao treinamento de pessoal para garantir o melhor desempenho dos empregados. (C) A direcção Definições e significado A direcção é a integração das pessoas na organização para obter a sua colaboração no alcance dos seus objectivos. A direcção é um processo pelo qual os funcionários são motivados a dar um contributo eficaz para a consecução dos objectivos organizacionais. A direcção requer a integração de objectivos organizacionais, individuais e dos grupos. Trata-se apenas do factor humano. É, portanto, uma função muito delicada e sensível que os gestores devem ter cuidado. Importância da gestão Ter uma boa direcção permite: - Implementar uma acção, dando orientações e conselhos para os trabalhadores; - Coordenar os esforços dos funcionários e orientá-los em direcção aos objectivos. - Obter o máximo dos indivíduos, oferecendo-lhes meios de fazer e utilizar o potencial e as capacidades dos trabalhadores; - Facilitar as mudanças, incorporando mudanças ambientais internas e externas na organização; - Permitir que seus subordinados contribuam com seu melhor para alcançar os objectivos da organização. Tipos de direcção 1. Direcção consultiva: técnicas de direcção participativa. 2. Direcção livre/deixar fazer: o gestor não participa activamente no processo decisório. 3. Direcção autocrática/ditadura: o gestor mantém a direcção sob sua autoridade e controlo. Princípios de Gestão A direcção envolve: 1. Interacções entre os objectivos dos indivíduos e da organização; 2.Integração dos objectivos dos grupos e da organização; 3. Assegurar a cooperação de líderes informais; 4. Tomada de decisão participativa; 5. Delegação da autoridade adequada; 6. Comunicação eficaz; 7. Controlo eficaz; 8. Contacto directo; 9. Unidade de direcção; 10. Participação máxima individual; 11. Participação 12. Acompanhamento pelas opiniões e sugestões. (D) Controlo O controlo requer uma determinação do que é feito, avaliação de desempenho e implementação de medidas correctivas, que permitam a implementação de metas e objectivos de acordo com o projecto original. O controlo significa, portanto, comparar o desempenho com os objectivos planificados e fazer os ajustes e correcções necessárias. Importância de controlo O controlo é usado para actualizar os projectos, proteger a organização contra a ineficiência e o desperdício e para avaliar o desempenho do empregado. Etapas do processo de controlo Há quatro etapas no processo de selecção, a saber: 1. Estabelecimento de normas; 2. Medida de desempenho; 3. Comparação entre os resultados reais e as normas; 4. Adopção de medidas correctivas quando a situação exige. 1. Estabelecimento de normas Os padrões de desempenho devem ser claramente estabelecidos. Pode ser o número de alunos a obter uma nota A num exame nacional, ou o orçamento de uma escola, e que também pode ser expresso em termos quantitativos e medidos. 2. Medida do desempenho A medida de desempenho depende de factores como a adequação e a actualização das informações. A medição de desempenho deve ser feita em unidades comparáveis, a fim de obter critérios estabelecidos desde o início. A unidade de medida deve ser clara e consistente ao longo do processo de medição. Por exemplo, o desempenho de um professor é medido pela pontuação média alcançada pelos estudantes, a quem dá aulas. 3. Comparação entre os resultados reais e as normas Este processo consiste na comparação dos padrões de desempenho estabelecidos pelo mesmo desempenho. Se as unidades de medida das normas estabelecidas e o desempenho são iguais e uniformes, a comparação é mais fácil. 4. Adopção de medidas correctivas quando a situação exige Após a identificação de desvios pelos gestores, uma decisão ou acção correctiva será tomada. Características de um controlo efectivo Segundo Goold e Quinn (1990), os sistemas de controlo eficazes tendem a ter determinadas características, a saber: 1. Precisão - o controlo eficaz deve permitir gerir datas e informações específicas para as decisões de gestão eficiente. 2. Adequação - o controlo deve permitir assegurar que a informação chegue ao tomador de decisão, quando uma resposta significativa pode ser tomada. 3. Flexibilidade - o controlo deve ser flexível para se adaptar às mudanças no ambiente. É importante actualizar o sistema de controlo, se e quando necessário. 4. Aceitabilidade - um bom sistema de controlo permite às pessoas, sobre quem ela é exercida, compreendê-lo e aceitá-lo plenamente. 5. Integração - um controlo coerente com os valores e a cultura da organização é mais fácil de implementar, uma vez que está incorporado no ambiente organizacional. 6. Viabilidade económica - um sistema de controlo deve ser económico e ter um custo operacional razoável. Estes custos deverão estar em conformidade com os benefícios que ele proporciona. 7. Posicionamento estratégico - os postos devem ser colocados em locais estratégicos, ou seja, onde o custo de falhas, em tempo e em dinheiro, é o maior. 8. Acções correctivas - o controlo deverá permitir destacar os desvios e ser programado para fornecer soluções para tais desvios. 9. Foco sobre a excepção - um bom sistema de controlo pode trabalhar com o princípio da excepção. Desta forma, é possível chamar a atenção do gestor a grandes desvios. (E) A dotação do pessoal Esta função de gestão consiste no processo de aquisição dos recursos humanos necessários para se atingir as metas organizacionais. A dotação do pessoal exige a harmonização de postos e de indivíduos. Ela tem várias funções, tais como a planificação de recursos humanos, o recrutamento, a selecção, o treinamento e a avaliação dentro da organização. A dotação do pessoal é definida como o processo de identificação, avaliação, colocação e desenvolvimento das pessoas no trabalho. Isto exige a determinação das necessidades de recursos humanos de uma organização e o o envolvimento de um número adequado de profissionais qualificados em todos os níveis. Etapas da dotação de pessoal A dotação do pessoal envolve as seguintes etapas: Planificação de recursos humanos - é a determinação das necessidades futuras da organização em termos de pessoal. Recrutamento e selecção - é o processo de selecção dos candidatos, os melhores e os mais qualificados, entre todos aqueles que se candidatam para preencher cargos vagos dentro da organização. Iniciação e orientação - refere-se ao processo de descoberta do seu novo ambiente de trabalho, para os novos empregados. Isto envolve a apresentação de um novo trabalhador aos seus colegas que ajudá-lo-ão a descobrir as tarefas a serem realizadas, as regras, os regulamentos e as responsabilidades. Treinamento e Desenvolvimento - o pessoal contratado por uma organização pode ter de ser treinado para adquirir as competências necessárias para executar suas tarefas com eficiência. Compensação / Pagamento - trata-se do desenvolvimento de um sistema de remuneração do pessoal que é proporcional à sua contribuição para as metas organizacionais. Avaliação de desempenho - o processo de determinação do ponto em que um funcionário realiza seu trabalho de forma eficaz. Decisões sobre o emprego – esta etapa inclui promoções, exonerações e demissões. Etapas da dotação de pessoal Planificação de recursos humanos Avaliação do desempenho Recrutamento e selecção Treinamento e desenvolvimento Iniciação e orientação Decisões sobre os empregos Importância da dotação do pessoal O pessoal é uma função muito importante de gestão, pelas seguintes razões: Permanência da obra - a realização dos objectivos organizacionais depende da qualidade dos recursos humanos da organização. O pessoal é uma função crucial. Desenvolvimento da força de trabalho - para garantir que as actividades de uma organização sejam executadas de forma eficiente, é preciso desenvolver os recursos humanos de uma organização e fornecer os conhecimentos necessários. Uso da tecnologia - devido às mudanças tecnológicas, a organização deve envolver aqueles que podem fazer bom uso da tecnologia. Utilização optimizada dos recursos humanos - uma organização pode alcançar as suas metas através do uso efectivo de pessoal. Uma organização deve planificar ter um nível óptimo de pessoal. Reconhecimento das relações humanas - o factor humano é importante numa organização, pois pode determinar o seu sucesso. Os funcionários devem ser motivados por diversos incentivos financeiros ou de outro tipo. Avaliação formativa 1. Diga em que consiste um controlo efectivo. 2. O presidente de uma comissão de educação religiosa administra quatro escolas particulares: i) quatro locais diferentes de uma região/província ii) quatro diferentes regiões iii) quatro países diferentes A que tipo de medida de controlo devia recorrer para cada uma das possibilidades? Justifique a sua resposta. 3. Dê a definição do conceito "serviços de segmentação". Actividades de aprendizagem 1. Quais são as outras funções importantes da planificação numa escola? 2. Num cenário educativo, dê um exemplo para cada fase de planificação. 3. Explique os passos envolvidos no processo de recrutamento. (b) Até que ponto as medidas de dotação de pessoal são seguidas no seu próprio país. XI. Glossário de conceitos-chave Glossário Burocracia é uma forma de organização caracterizada por uma divisão do trabalho; ela define claramente a hierarquia, os detalhes das regras e dos regulamentos e as relações interpessoais. Controlo consiste no processo de monitoramento das actividades, para garantir que as mesmas sejam realizadas como previsto e que qualquer desvio significativo seja corrigido. Divisão do trabalho é a fragmentação das tarefas de trabalho limitado e repetitivo. É também conhecida como especialização. Teoria da equidade - de acordo com esta teoria, uma trabalhador compara a contribuição/consequência do seu trabalho com a dos outros e, em seguida, corrige qualquer desigualdade. Teoria da expectativa - de acordo com esta teoria, uma pessoa tende a agir de determinada maneira, com base numa expectativa especial. A partir dessa expectativa, um acto particular será seguido por um determinado resultado. O comportamento do indivíduo é também dependente da atracção que o resultado representa por si mesmo. Teoria de objectivos - os objectivos específicos aumentam o desempenho de metas específicas e objectivos difíceis, quando aceites, têm como resultados o melhor desempenho. Teoria da hierarquia das necessidades - a teoria de Maslow defende a existência de uma hierarquia de cinco necessidades humanas: fisiológicas, segurança, amor e as necessidades sociais, estima e auto-realização. Factores de higiene – são aqueles que eliminam a não satisfação no trabalho, mas não dão as motivações. Direcção - é um serviço de gestão que procura motivar os subordinados para influenciar pessoas e equipas durante o fluxo de trabalho, e seleccionar os canais de comunicação mais eficientes para resolver qualquer comportamento do empregado. Teoria da motivação - os factores intrínsecos estão relacionados com a satisfação e a motivação no trabalho, enquanto factores extrínsecos estão associados à insatisfação no emprego. Organização – é um arranjo intencional de pessoas, a fim de realizar um propósito específico. Planificação - é uma função de gestão que envolve o processo de definição dos objectivos da organização, através da criação de uma estratégia global para alcançálos e desenvolver uma ampla gama de projectos, para integrar e coordenar o trabalho da organização. Coordenação - é o mecanismo que reúne as actividades de todos os sub-sistemas para atingir os objectivos da organização. Teorias de conteúdo - estas teorias definem a motivação como uma função das necessidades das pessoas. XII. Leituras obrigatórias Leitura 1 Referência ao artigo completo sobre a organização: Organização http://en.wikipedia.org/wiki/Organization, 07 de Dezembro de 2007. Ver também a imagem abaixo: Organização: Wikipédia, a enciclopédia livre (Inserir página da imagem 51) Resumo: este artigo apresenta uma breve discussão sobre o conceito de organização. No artigo, define-se a organização e explica-se como as organizações estão estruturadas. Um certo número de teorias organizacionais é também apresentado. Justificativa: este artigo irá ajudá-lo a estudar melhor as organizações e a estimular leituras subsequentes sobre o mesmo assunto. Leitura 2 Referência completa, secção de gestão: gestão: http://en.wikipedia.org/wiki/Management, Wikipédia, a enciclopédia livre, 16 de novembro de 2007 (ver imagem abaixo) Screenshot (Inserir página da imagem 52) Resumo: este trabalho subordina-se, em geral, ao tema “Administração” e apresenta determinados níveis de gestão, no âmbito teórico, a história e a gestão do desenvolvimento. No trabalho, apresenta-se o percurso histórico do processo de desenvolvimento da gestão, desde meados do século XIX ao actual século XX. Este artigo refere-se ainda à natureza do trabalho gerencial, a hierarquia de gestão e os seus níveis. Justificativa: este artigo fornece uma boa leitura para um estudante que esteja interessado, pela primeira vez, na gestão e disponibiliza informações básicas necessárias para estimular a leitura no campo da gestão. Leitura 3 Referência completa: Cronologia da história da administração: Uma linha do tempo da gestão: http://www.nwlink.com/ ~ Donclark / history_ / Gestão management.html, 05 de Dezembro de 2007 (veja a imagem abaixo ) Screenshot (Página 53 Inserir imagem) Resumo: a cronologia da história da gestão é apresentada em detalhe neste artigo. Aborda-se o desenvolvimento das teorias de gestão desde 1880 até 2000, e faz-se um estudo de muitos especialistas em gestão de teorias desenvolvidas ao longo do tempo. Justificativa: este link explora, em profundidade, o desenvolvimento da gestão. O estudante vai encontrar ajuda para compreender como a gestão, como disciplina, tem desenvolvido ao longo dos anos. Leitura 4 Visite o site no seguinte endereço: http://en.wikipedia.org/wiki/Maslow 27s_hierarchy_of_needs% " Screenshot (Inserir página da imagem 54) Leitura 5 Visite o site no seguinte endereço: http://en.wikipedia.org/wiki/Motivation Screenshot (Inserir página da imagem 55) Leitura 6 Referência completa. Gerir Grupos e Equipes/motivação: Gerenciando Grupos e Equipes/motivação http://en.wikibooks.org/wiki/Managing_Groups_and_Teams/Motivation Screenshot (Inserir página da imagem 56) Resumo: este artigo aborda a motivação e as teorias de motivação e, nele, explica-se por que é que as equipas perdem a motivação. Por outro lado, discute a dinâmica de motivação e a dinâmica de grupo, bem como os métodos para motivar os membros da equipa. Por fim, refere-se aos passos que devem ser seguidos para motivar os funcionários. Justificativa: esta secção é muito detalhada e explica, claramente, as teorias de motivação. Algumas ideias sobre a dinâmica e a motivação da equipa são claramente articuladas. Este é um artigo importante para o aluno. Leitura 7 Referência completa: As quatro funções da gestão: as quatro funções da gestão http://www.freeonlineresearchpapers.com/functions-management Screenshot (Inserir página da imagem 57) Resumo: este artigo apresenta as quatro funções da gestão, a saber: planificação, organização, direcção e controlo. Cada função é definida e explicada de forma detalhada e com exemplos práticos de cada função. As quatro funções são relacionadas com a planificação da gestão. O artigo aponta a importância das quatro funções de planificação de gestão. Justificativa: é um artigo simples e explica bem as funções de gestão. O artigo fornece exemplos práticos da utilização de quatro funções na gestão diária de uma organização. Depois da leitura deste artigo, compreende-se o significado e as aplicações das quatro funções da gestão. XIII. Links úteis Link 1 Título: estrutura organizacional e administrativa URL: http://en.wikipedia.org/wiki/Organizational_structure Screenshot (Inserir página da imagem 58) Descrição: as organizações são estruturadas de várias maneiras. Aborda-se, neste artigo, cujo link está acima, especialmente, a estrutura burocrática que as diversas formas apresentam. Isto inclui a estrutura funcional, a estrutura matricial e a estrutura divisional. Abrange também as estruturas burocráticas, pré e pós-burocráticas. Justificativa: neste artigo, faz-se uma boa e clara apresentação da estrutura das organizações. Depois de uma boa leitura, é possível fazer a relação sobre como as organizações podem usar as funções de gestão das mesmas para alcançar os seus objectivos. Link 2 Título: estrutura organizacional e administrativa URL: http://www.analytictech.com/mb021/orgtheory.htm Screenshot (Inserir página da imagem 59) Descrição: a determinação da estrutura da organização é muito importante para a compreensão da natureza das organizações e da teoria organizacional. Este artigo descreve os determinantes da estrutura organizacional e enfatiza a teoria da contingência. Entre os factores levados em consideração, apresenta a estrutura, o tamanho, a tecnologia e as exigências ambientais. Justificativa: este artigo ajuda a entender por que as organizações têm uma estrutura e utilidade para atingir as metas organizacionais. Llink 3 Título: estrutura organizacional e administrativa URL: http://en.wikipedia.org/wiki/Organizational-studies Screenshot (Inserir página da imagem 60) Descrição: o estudo das organizações, a partir de diferentes perspectivas, métodos e níveis de análise, é um campo de estudo em si. Este artigo aborda o estado actual deste campo de estudo. Resgata a história da administração no tempo de Platão para Herbert Alexander Simon e a teoria da contingência na gestão. Estuda também as contribuições específicas de teóricos como Taylor, Mayo, McGregor e Follet. No fim, aborda os métodos utilizados nos estudos organizacionais. Justificativa: os estudos estão relacionados com a gestão organizacional. As organizações são criadas para atingir determinados objectivos. Este artigo dá-lhe a oportunidade de estudar as personalidades que influenciaram a gestão desde a época de Platão. Llink 4 Título: Desenvolvimento histórico da gestão URL: http://en.wikipedia.org/wiki/Scientific_management Screenshot (Inserir página da imagem 61) Descrição: o coração de ideias sobre a gestão científica foi desenvolvido por Taylor. Este artigo traça o desenvolvimento da gestão científica, com base em duas monografias publicadas por Taylor em 1905 e 1911. Trata-se da abordagem geral da gestão científica, sua contribuição para o campo de estudo de gestão na era moderna e como ela tem sido aplicada à indústria. O artigo termina com uma discussão sobre as críticas e o legado da administração científica. Justificativa: o movimento científico tem influenciado significativamente as práticas de gestão modernas. O seu estudo ganha importância na medida em que permite, de forma detalhada, compreender os fundamentos e princípios de organizações como as escolas. Link 5 Título: Desenvolvimento histórico da gestão URL: http://en.wikipedia.org/wiki/Henri_Fayol Screenshot (Inserir página da imagem 62) Descrição: este artigo apresenta as ideias de Fayol na gestão. De acordo com este artigo, à semelhança de Sócrates, Fayol viu a gestão como uma actividade humana universal que se aplica tanto à família como às empresas maiores. As ideias de Fayol são consideradas a obra seminal da teoria clássica da administração. Os 14 princípios de gestão são explicados e ainda são dadas informações sobre a história de Fayol. Justificativa: a obra de Fayol sobre a gestão é um dos fundamentos das práticas de gestão modernas. É importante compreender as ideias de Fayol em profundidade antes de considerar as teorias contemporâneas de gestão. Link 6 Título: Desenvolvimento histórico da gestão URL: http://en.wikipedia.org/wiki/Human_Relations_Movement Screenshot (Inserir página da imagem 63) Descrição: este artigo apresenta, de forma breve, a Escola de Relações Humanas; faz referência às origens do movimento e explica que a ideia de fundo desta escola é o papel de destaque atribuído aos sistemas de cooperação humana. Além disso, o artigo aponta Chester Barnard como um teórico das relações humanas. Justificativa: a Escola das Relações Humanas é muito importante para a gestão. Refere-se aos recursos humanos como uma das principais funções da gestão, daí a percepção de que esta escola é muito importante e especial para os professores e os alunos. Link 7 URL: http://en.wikipedia.org/wiki/Two_factor_theory Screenshot (Inserir página da imagem 64) Link 8 URL: http://en.wikipedia.org/wiki/Victor_Vroom Screenshot (Inserir página da imagem 65) Link 9 URL: http://en.wikipedia.org/wiki/Equity_theory Screenshot (Inserir página da imagem 66) Link 10 URL: http://en.wikipedia.org/wiki/David_McClelland " Screenshot (Inserir página da imagem 67) Link 11 Título: Funções de gestão URL: ~ http://extension.osu.edu/ mgtexcel / Function.html Screenshot (Inserir página da imagem 68) Resumo: esta apresentação dá uma visão muito importante das cinco funções de gestão. Nela, define-se gestores e aborda-se, em detalhe, as cinco funções de gestão, nomeadamente, planificação, organização, recursos humanos, gestão e controlo. Em seguida, explica-se quais são as condições importantes para o sucesso de uma organização. Justificativa: esta apresentação explica, resumida e precisamente, as cinco funções de gestão. Este é um artigo importante para os futuros professores que participam na gestão das instituições de ensino. XIV. Síntese do módulo Unidade 1: há uma introdução aos conceitos básicos da gestão. Nesta unidade, define-se a gestão organizacional e a administração. Diferentes tipos de organização são apresentadas e as suas características são descritas. É também feita uma distinção entre a gestão do ensino e a gestão educacional. Unidade 2: esta unidade aborda o desenvolvimento histórico da gestão e apresenta, especialmente, o trabalho dos teóricos da gestão, tais como Taylor, Fayol, Max Weber e seu sistema burocrático das organizações. Nela, apresentam-se as ideias de teóricos de gestão aplicados ao campo da educação. Além das teorias clássicas, explica-se as ideias da Escola de Relações Humanas, bem como da Escola Behaviorista. Unidade 3: nesta unidade, faz-se a descrição das teorias da motivação e satisfação no trabalho. Aborda-se dois tipos de teorias, ou seja, as teorias de conteúdo e as teorias de motivação no processo de trabalho. Na categoria das teorias de conteúdo, estudase três teorias: a teoria da hierarquia das necessidades de Maslow, teoria de Herzberg e teoria da DRE. Na categoria das teorias de motivação do processo de trabalho, estuda-se a teoria da expectativa, a teoria da equidade e a teoria dos objectivos. Além de descrever as teorias, faz-se um esforço para ligá-las ao campo da educação. Unidade 4: esta unidade começa por apresentar as principais funções de gestão: planificação, organização, direcção e controlo de pessoal. Aborda-se as funções que compõem as etapas e as características de sua aplicação. Os exemplos, com base na educação, são integrados na abordagem de cada função. Na última parte da unidade, apresentam-se as políticas e suas implicações para a gestão da educação. XV. Avaliação Somativa Perguntas 1. Qual, dos seguintes teóricos da gestão, é associado ao princípio da remuneração por desempenho? (A) Max Weber (B) Herzberg (C) Taylor (D) McClelland 2. Quem identificou os cinco "elementos básicos da administração”? (A) Taylor (B) Fayol (C) Chris Argyris (D) Schlaifer Robert 3. Quantos níveis de necessidades Abraham Maslow identificou em sua hierarquia das necessidades? (A) Três (B) Quatro (C) Cinco (D) Seis 4. Qual, das teorias abaixo apresentadas, não é uma teoria do processo? (A) A teoria da expectativa (B) A teorifa da equidade (C) A teoria de objectivos (D) A teoria dos dois factores 5. Quantos elementos tem a teoria de Vroom de expectativas? (A) Três (B) Quatro (C) Cinco (D) Seis 6. A qual, das seguintes hipóteses, não é atribuída a teoria da equidade? (A) A percepção de que a desigualdade cria ressentimento. (B) A tensão entre as pessoas empregadas pelas organizações reflecte a extensão e o tipo de injustiça. (C) Nenhuma acção é contemplada por trabalhadores individuais para reduzir o stress no trabalho. (D) Os indivíduos são motivados a tomar medidas para reduzir a tensão. 7. Quem é associado à DRE, teoria da motivação no trabalho? (A) Clayton Alderfer (B) McClelland (C) Herzberg (D) Locke 8. Qual, dos seguintes teóricos, não é considerado um teórico da Escola de Relações Humanas. (A) Elton Mayo (B) Chester Bernard (C) Folleth Mary Parker (D) Herbert A. Simon 9. Qual, das funções abaixo apresentadas, não é uma função de gestão? (A) A planificação (B) A organização (C) O controlo (D) A motivação 10. Há quatro características da função de planificação. Qual das seguintes não é uma característica da planificação? (A) A planificação é uma antecipação (B) A planificação é bem gerida (C) A planificação analisa os eventos passados (D) A planificação é orientada para o futuro 11. Quantos princípios de planificação Gary Dessler identificou no seu trabalho de investigação? (A) Sete (B) Oito (C) Nove (D) Dez 12. Quantas características das funções de controlo foram identificadas por Goold e Quinn (1990)? (A) Oito (B) Nove (C) Dez (D) Onze Respostas: 1. C 2. B 3. C 4. D 5. A 6. C 7. A 8. D 9. D 10. C 11. C 12. B XVI. Referências bibliográficas Barasa, M. N. and Njeri Ngugi (1st edition) 1990. Educational Administration PAC 301 Nairobi. University of Nairobi Press (Publishers). Campbell, R. E. (1st Ed.) 1975. Introduction to Educational Administration. Boston. Alley and Bacon, (Publishers). David M. Mbiti (1st Ed.) 1974 Foundations of School Administration. Nairobi. Oxford University Press, (Publishers). Gerald Cole (6th Ed.) 2004. Management Theory and Practice. London. Book Power, Publishers). (5) Herbert G. Hicks and C. Ray Gullett (1st Ed.) (1981) Organizations: Theory and Behaviour. Tokyo Japan. McGraw Hill Kogakusha Ltd, (Publisher). Jir S. Chandan (1st Ed.) (1997). Management Concepts and Strategies. New Delhi– 110014 Vikas Publishing House PVT Ltd, (Publishers). Joshua A. Okumbe (1st Ed.) 1998. Educational Management: Theory and Practice. Nairobi. Nairobi University Press, (Publishers). Jotham Olembo Nelson Karagu P. Wanga (1st Ed.) 1988. Management in Education. Nairobi. Kenyatta University Press, (Publishers). Ministry of Education (1st Ed.) 1975. A Manual for Heads of Secondary Schools in Kenya. Nairobi. Jomo Kenyatta Foundations, (Publishers). Uma Sekovan (2nd Ed.) 2004 Organizational Behaviour: Text and Cases. New Delhi. Tata McGraw-Hill Publishing Company Ltd, (Publishers). XVIII. Autor principal do módulo Biografia Professor Gerald Ngugi Kimani, email: [email protected] Data de nascimento: 31 de Dezembro de 1955 Estado civil: Casado Ensino Universitário B. Ed (Science), da Universidade de Nairobi, 1980 Ed Adm Ed, do Planeamento e Desenvolvimento Curricular, da Universidade de Nairobi, 1984 Dr. Ed Adm. Planejamento e Desenvolvimento Curricular, Universidade Kenyatta, 1993 O Professor Kimani lecciona na Universidade de Nairobi desde 1986. Foi o decano da Faculdade de Educação durante cinco anos (2000-2004) e director do Departamento por mais de 15 anos (1988-2001, 2005 ao presente momento). Actualmente, é Professor Associado e director do Departamento de Administração e Planificação da Educação.