VIII EPEA - Encontro Pesquisa em Educação Ambiental Rio de Janeiro, 19 a 22 de Julho de 2015 A DIMENSÃO AMBIENTAL NA EDUCAÇÃO PROFISSIONAL E TECNOLÓGICA: INVESTIGANDO OS PROJETOS PEDAGÓGICOS DO PROGRAMA NACIONAL DE INTEGRAÇÃO PROFISSIONAL COM A EDUCAÇÃO BÁSICA NA MODALIDADE DE EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS Meimilany Gelsleichter IFSC Campus Florianópolis-Continente RESUMO O Programa Nacional de Integração da Educação Profissional com a Educação Básica na modalidade de Educação de Jovens e Adultos, o PROEJA é uma nova forma de pensar a Educação de Jovens e Adultos, integrando formação geral e educação profissional. O objetivo desta pesquisa foi analisar como a Educação Ambiental está inserida nos cursos do PROEJA no Instituto Federal de Santa Catarina a partir da analise do Projeto Pedagógico do Curso PROEJA Técnico em Hospedagem no que diz respeito a seu comprometimento com a formação crítica do sujeito. Palavras chaves: Educação Ambiental, Educação de Jovens e Adultos e Currículo ABSTRACT The National Program for Basic Education Integration with Professional Education in the modality of Youth and Adult Education -PROEJA- is a new way of thinking about Youth and Adult Education, integrating general education and professional education. The objective of this research was to analyze how environmental education is embedded in PROEJA courses at the Instituto Federal de Santa Catarina -IFSC- from the analysis of the Pedagogical Project of the PROEJA technical course in Hospitality with regards to its commitment to the critical education of the PROEJA subject. Keywords: Environmental Education, Youth and Adult Education, Program. 1. Introdução Em junho de 2005 o Governo publicou o Decreto n. 5.478 que instituiu o PROEJA (Programa Nacional de Integração Profissional com a Educação Básica na modalidade de Educação de Jovens e Adultos). Em 2006 este mesmo decreto foi revogado pelo Decreto n. 5.840. A principal modificação desta alteração foi a ampliação da integração da Educação Profissional com o Ensino Fundamental, antes somente facultada para o Ensino Médio e a permissão para que as redes estaduais, municipais de educação e o Sistema S também pudesse ofertar esta modalidade. O público da Educação de Jovens e Adultos no Brasil (EJA) caracteriza-se, maciçamente, por adultos e adolescentes que, por dificuldades de ordem estrutural e pessoal, não acompanharam os trâmites da escolarização formal e evadiram da escola básica na idade própria. Eles retomam os bancos escolares na modalidade EJA, uns pela expulsão compulsória do ensino regular e outros motivados pela promessa e/ou a exigência do mercado de trabalho. Arroyo (2007), destaca que esses jovens e adultos são oriundos de múltiplos espaços que lhes confere um acúmulo de experiências que Realização: Unirio, UFRRJ e UFRJ 1 trazem consigo quando retornam aos bancos escolares demandando da escola um olhar mais atento que os considere como sujeitos de direitos e possuidores de cultura e conhecimento próprio. O processo de construção do conhecimento para esses sujeitos ocorre de modo diferente do das crianças, pois aos se inserirem na escola, eles trazem consigo experiências, conhecimentos, habilidades e maior capacidade de reflexão. Por isso, a importância de pesquisas que investiguem a construção dos currículos para este público específico pois da mesma forma que os sujeitos são plurais, os currículos também o são, a partir da perspectiva de que são “documentos de identidade” (SILVA, 2009). O Instituto Federal de Santa Catarina (IFSC) Campus Florianópolis-Continente, onde atuo como pedagoga, iniciou suas atividades acadêmicas em 2007 com o curso Técnico Subsequente em Hospedagem cujo requisito mínimo para o ingresso era o Ensino Médio completo. Também ofereceu cursos diversos de Formação Inicial e Continuada (FIC) no Eixo Tecnológico de Turismo e Hospitalidade. Um ano depois da sua fundação, em 2008, iniciou o primeiro curso PROEJA do campus cujo Projeto Pedagógico de Curso (PPC) previa a disciplina de Educação Ambiental suscitando desde então a necessidade de pesquisar como ela está inserida no interior destes cursos. De 2008 até 2015 já foram ofertadas várias turmas de diferentes cursos PROEJA FIC (integrado ao Ensino Fundamental) e PROEJA Técnico (integrado ao Ensino Médio) conferindo ao campus destaque como um dos maiores promovedores de PROEJA de todo o IFSC. Muito embora o campus possua experiência na oferta da modalidade muitos desafios ainda precisam ser transpostos especialmente no que diz respeito a captação deste público e a permanência e o êxito destes estudantes. Com o intuito de ampliar a compreensão da dimensão ambiental nos cursos PROEJA e tomando o currículo como um documento norteador e caracterizador que se vincula ao que se pretende em termos de formação do sujeito, ou seja, que o currículo e sua finalidade apontam para que sejam atendidas as necessidades específicas de um projeto de sociedade em um dado momento da história (SILVA, 2009), julgou-se importante compreendermos as proposições curriculares construídas para a educação de jovens e adultos. Neste caso, mais especificamente, pretende-se discutir a forma como a Educação Ambiental (EA) está inserida nos cursos do PROEJA do Campus Florianópolis-Continente do IFSC a partir do estudo do currículo oficial do curso PROEJA Técnico em Hospedagem, recorte desta pesquisa. Desde sua fundação o Campus apresenta um comprometimento com questões socioambientais tanto em sua administração, quanto nas atividades pedagógicas desenvolvidas. Pode-se citar como exemplos: o Sistema de Gestão Ambiental implantado em 2007, a formação de uma Comissão Permanente de Gestão Socioambiental e a preocupação com a formação do cidadão, para que este aja com responsabilidade socioambiental no desenvolvimento de suas atividades profissionais e na prática cidadã. Para além dos PPCs, outros documentos oficiais da instituição são permeados pela temática socioambiental, entre eles o Plano de Desenvolvimento Institucional (PDI)(IFSC, 2009). Neste documento, o IFSC assume o compromisso de formar indivíduos capacitados para o exercício da cidadania e da profissão. Diante desta meta, 2 percebemos que além da preocupação meramente técnica, o compromisso assumido com a sociedade transcende os padrões históricos e se manifesta como educação mais ampla, uma educação para além da formação laboral. Ou seja, leva em consideração os problemas decorrentes das relações estabelecidas neste contexto de tramas das relações socioeconômicas e culturais e se propõe a contribuir na construção de uma sociedade mais humana, justa e livre. O curso em questão é fruto de parceria estabelecida entre o Campus Florianópolis-Continente e a Secretaria de Educação do Estado de Santa Catarina – SED, por intermédio do Núcleo Avançado de Ensino Supletivo de Itapema (NAESItapema). Foi construído por meio de debates entre professores e demais profissionais das duas instituições e tem o objetivo de proporcionar às pessoas excluídas do processo produtivo e de escolarização a oportunidade de resgate de seus direitos, bem como o acesso a saberes tecnológicos que as conduzirá ao exercício de sua cidadania e de uma profissão (IFSC, 2011). 2. O PROEJA no Instituto Federal de Santa Catarina De acordo com o Documento Base do PROEJA (BRASIL, 2007), o público dessa modalidade de ensino apresenta o seguinte perfil: A EJA, em síntese, trabalha com sujeitos marginais ao sistema, com atributos sempre acentuados em consequência de alguns fatores adicionais como raça/etnia, cor, gênero, entre outros. Negros, quilombolas, mulheres, indígenas, camponeses, ribeirinhos, pescadores, jovens, idosos, subempregados, desempregados e trabalhadores informais são emblemáticos representantes das múltiplas apartações que a sociedade brasileira, excludente, promove para grande parte da população desfavorecida econômica, social e culturalmente (BRASIL, 2006, p. 06). Este público, cuja trajetória escolar foi permeada por interrupções e falhas do processo de aprendizagem significativa (OLIVEIRA, 1999), apresenta altos índices de desistência da escola como apontam inúmeras pesquisas (LAFFIN, 2012). Muitos motivos impulsionam estes sujeitos a abandonar a escola especialmente as demandas emergenciais de sobrevivência que acabam por secundarizar a importância da escola em suas vidas, tornando-a dispensável e supérflua se comparadas as demais necessidades básicas dos sujeitos. Para este público, a motivação para o trabalho sempre foi emergencial em função da própria vida precária. Além disto, a escola sempre se apresentou pouco atrativa pois, historicamente, negou toda cultura, saberes e experiências destes indivíduos. Além da cultura negada, o sujeito da EJA apresenta sérias lacunas na alfabetização que, muitas vezes, não chegou a ser concluída. Além disto, a baixa tradição escolar da própria família afasta os alunos da convivência com os códigos formais da escola que se constituem a partir da ciência e não do senso comum, como estão habituados. As políticas de governo adotadas ao longo da história estiveram muito fortemente imbricadas com posturas antidemocráticas e de cunho neoliberal, que fortemente se dedicaram a produzir mão de obra barata ao sistema de produção de 3 forma a ajustar as políticas educacionais à nova ordem mundial (VESENTINI, 1992), que atribui à escola básica profissional a formação técnico-profissional utilitarista atrelada à empregabilidade (OLIVEIRA, 2010). Embora dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (IBGE, 2003) indicassem, em 2003, que apenas 13% da população do Brasil havia concluído o Ensino Médio, o que configura alta demanda por atendimento, ainda é difícil atrair estes indivíduos para a escola e possibilitar sua permanência. A implementação de políticas públicas destinadas a viabilizar o ingresso e sucesso dos jovens e adultos nesse nível de ensino ainda é precária. O PROEJA entrou na agenda de discussões como parte das políticas de inclusão, que caracterizaram o governo de Luiz Inácio Lula da Silva, do Partido dos Trabalhadores (PT), empossado em 2003. Neste ano, de acordo com dados do Censo escolar, em nosso país, havia 10 milhões de adolescentes. Destes, apenas 4 milhões no Ensino Médio, 1 milhão no Ensino Fundamental, estando os outros 5 milhões fora do sistema de educação formal (INEP, 2004). Pela Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (IBGE, 2006), estavam fora da escola, respectivamente, 18% da população estimada de 10,7 milhões de jovens entre 15 e 17 anos de idade e 70% da população estimada em 18 milhões de jovens entre 18 e 25 anos de idade. Estes dois grupos formam o contingente para ser atendido pela EJA Fundamental e Médio ou, até mesmo, Fundamental e Médio Profissional para adultos. Segundo levantamentos do Censo Escolar de 2007, o Brasil possuía uma oferta de educação de jovens e adultos de 2.265.979 matrículas, incluindo a oferta privada e pública (INEP, 2007). No entanto, a demanda potencial – somente para este segmento da EJA – era de 33.812.098. Em 2011, o número de matrículas nesta modalidade de ensino subiu para 4.046.169 (INEP, 2011) indicando um incremento do atendimento porém ainda deficiente se comparado a demanda. Com foco neste público específico, PROEJA propõe uma educação diferenciada, que leva em conta os sujeitos que, até então, eram foco de políticas públicas oriundas do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) e do sistema S, os quais buscavam treinar rapidamente o trabalhador com ênfase em habilidades técnicas da profissão e ignorando a formação crítica e cidadã (FRIGOTTO, CIAVATTA e RAMOS, 2005). Tal perspectiva se encontra alicerçada na ideia mercadológica de que ao trabalhador cabe saber apenas aquilo que o habilita para o trabalho ao passo que os saberes para uma formação mais global e crítica deveria ser de domínio de classes sociais específicas, que historicamente se apropriaram destes conhecimentos e os utilizaram para manter o status quo na sociedade, inviabilizando, desta forma, qualquer mobilidade social significativa. O PROEJA, nas suas bases, propõem-se atender às classes populares e instrumentalizá-las do ponto de vista crítico, contribuindo para a desnaturalização da sua subcondição social, fruto da atual crise do capital que reestruturou o sistema produtivo e alterou as relações sociais permeadas pelas inovações tecnológicas e de gestão, que exigem do trabalhador maior flexibilidade e mais conhecimento técnico. Procura também superar a concepção de Educação de treinamentos e pensar na 4 educação continuada e da formação humana integral dos sujeitos, focada na educação para além da alfabetização (BRASIL, 2007). Da abertura do diálogo até o decreto que criou o PROEJA, grupos sociais foram fundamentais na formulação das políticas e na articulação para a materialização dos projetos. Tudo que foi criado disputou forças em arenas de negociações entre agentes da EJA com fóruns regionais e nacionais e o Movimento dos Sem Terra (MST), no que diz respeito à educação do campo (VANSUÍTA, 2007). No caso do PROEJA o grande inconveniente desta disputa é que essas ações acabam se efetivando como políticas de governos e não políticas de Estado permitindo que o PROEJA, assim como outros programas educacionais já vivenciados não sejam contínuos, passíveis de alteração pelo governo, e de modo a satisfazerem assim as lideranças do momento. Saviani (1999) afirma que a história da educação brasileira, inclusive a profissional, é marcada pela disputa entre dois projetos: o pragmático, que busca subordinar a educação aos interesses imediatos da realidade dada e o de uma pedagogia da práxis, que se orienta para um tipo de formação comprometida com a construção de um futuro mais justo e que busca um modelo de formação que favoreça os processos de qualificação dos trabalhadores. O movimento da educação popular, mola propulsora do PROEJA, que inicialmente se dedicou exclusivamente à questão da superação do analfabetismo, precisou expandir seus horizontes. Além da preocupação com a alfabetização, o PROEJA se preocupa com a questão da formação profissional e se propõe integrar os três pilares do programa: a educação propedêutica, a educação profissional e a educação de Jovens e Adultos que se configura como modalidade. O desafio de integrar as três dimensões do programa responde as demandas dos movimentos populares destinados à inclusão das classes populares na sociedade, que sempre frisaram a necessidade de se considerar a condição de trabalhador destes estudantes levando em conta suas demandas e especificidades. Porém teóricos da comunidade científica que se dedicam ao estudo da Educação e Trabalho, como Oliveira (2010) e Frigotto, Ciavatta e Ramos (2005), argumentam que, nas condições materiais que regem o capitalismo, a inclusão através da escolarização contribui para uma inclusão subordinada, ou seja, a escolarização destas classes realimenta o sistema produtivo na medida em que qualifica estes trabalhadores de forma rápida, simples, para se adaptarem a ocupações precarizadas do mercado de trabalho. A questão do tempo é algo bem específico e desafiante quando se pensa na construção dos currículos do PROEJA, especialmente na atual tendência de aligeiramento dos cursos. Ao mesmo tempo que precisa-se pensar na formação ampla e crítica do sujeito que o instrumentalize para a compreensão do mundo e que o garanta o acesso aos conhecimentos para tal, é preciso considerar a sua condição de não criança, de trabalhador, da dupla jornada diária de trabalho/escola e, principalmente, sua condição de adulto que mantém materialmente e afetivamente a vida da sua família. Muitos são os desafios quando o assunto é criar ações inovadoras e que consolidem o sistema público de ensino com qualidade, especialmente por se tratar de uma estrutura social e econômica desigual. Fazer do PROEJA uma ferramenta para amenizar as desigualdades no campo social, econômico, cultural e político é o grande 5 desafio diário dentro do IFSC que implica discussão curricular, formação continuada de professores e atendimento pedagógico e psicossocial destes estudantes. No Campus Florianópolis-Continente, a experiência com turmas do PROEJA iniciou no ano de 2008 com o curso Habilidades Básicas de Panificação. O curso foi integrado ao segundo segmento (anos finais) do Ensino Fundamental (5ª a 8ª séries) em parceria com o município de São José, município vizinho a Florianópolis, sede do Campus. Esta turma, a convite da Secretaria de Educação Profissional e Tecnológica (SETEC), junto às turmas dos campi de Guarulhos, do Instituto Federal de São Paulo, e de Cuiabá, do Instituto Federal de Mato Grosso, foram as três primeiras turmas do PROEJA-FIC na Rede Federal de Educação Profissional e Tecnológica no Brasil, e participaram de um teste-piloto, que teve monitoramento direto do MEC por intermédio da SETEC e da Coordenação Geral de Formação Inicial e Continuada (DELGADO, 2011). 3. Procedimentos metodológicos A pesquisa documental constitui-se da análise do PPC oferecido pelo IFSC Campus Florianópolis-Continente do curso PROEJA Técnico em Hospedagem. Este curso é fruto da parceria estabelecida entre o Campus Florianópolis-Continente e a Secretaria de Educação do Estado de Santa Catarina – SED, por intermédio do Núcleo Avançado de Ensino Supletivo de Itapema (NAES-Itapema). A análise do PPC partiu do pressuposto que o currículo é um documento de identidade, vinculado a uma questão de saber e poder (SILVA, 2009) mesmo considerando a possibilidade de diferenças entre as ideias presentes no currículo prescrito e o que realmente ocorre em aula. Porém a pesquisa se ateve apenas ao currículo prescrito, que já fornece alguns subsídios para entender a inserção da dimensão ambiental no PROEJA. O currículo prescrito, segundo Silva (2009), mesmo sendo um recorte da realidade, permite-nos perceber que tipo de ser humano se pretende formar e para que tipo de sociedade. Este documento nada mais é que o esboço do que se considerou mais importante ensinar, o produto das coalizões de força que ocorrem no momento da discussão do currículo. Neste cenário, o currículo é concebido como um espaço de disputas e o produto final, o PPC propriamente dito, é a equação final dos debates que ocorreram no percurso de construção do documento para que emerja o perfil do egresso do curso, ou seja, o profissional que a instituição se compromete em formar. O currículo evidencia as concepções de homem, de mundo e de sociedade pensadas pelos construtores do projeto. Por isto através da sua análise é possível perceber, seja pelas presenças ou ausências, se é vislumbrado a formação de pessoas com o ideal humanista de educação ou otimizadora e competitiva alinhada aos modelos neoliberais. Se o indivíduo será ajustado aos ideais do moderno Estado-nação (Estado Mínimo) ou se será o sujeito desconfiado e crítico dos arranjos sociais. Para a identificação da dimensão ambiental, primeiramente foi realizada uma leitura completa do PPC do curso PROEJA Técnico em Hospedagem para o entendimento dos aspecto gerais de funcionamento do curso. A próxima etapa foi analisar o PPC com base na Análise Textual Discursiva (ATD), que corresponde a uma 6 metodologia de análise de dados e informações de natureza qualitativa com a finalidade de produzir novas compreensões sobre os fenômenos e discursos. Ela pode ser entendida como um processo auto-organizado de construção e de compreensão, em que novos entendimentos emergem de uma sequência recursiva de três componentes: desconstrução do corpus, a unitarização e a categorização (MORAES e GALIAZZI, 2011). O PPC selecionado, corpus deste trabalho, foi fragmentado com o foco nos detalhes, facilitando a localização de unidades comuns que constituíram uma categoria específica: PPC comprometido com a formação crítica do sujeito. A desconstrução do corpus e analise das palavras procurou identificar em que medida o PPC do curso PROEJA Técnico em Hospedagem se alinhava a categoria criada a priori como PPC comprometido com a formação crítica do sujeito a partir de palavras de ordem (abaixo destacadas) que respaldam a vertente Crítica de EA e que tem como um de seus pilares básicos a Teoria Crítica do Conhecimento, que toma a educação como elemento de transformação social, com base em princípios como: diálogo, cidadania, compreensão do mundo em sua complexidade, superação da dominação do modelo capitalista, entre outros. Sua gênese está vinculada às reflexões e formulações dos representantes da Escola de Frankfurt, que se utilizaram da teoria e do método dialético elaborado por Karl Marx, tendo em vista a construção de uma visão integradora de ciência e filosofia e de uma atuação transformadora das relações sociais. (Loureiro, 2012, grifo nosso). 4. Resultados e discussão Desde a primeira experiência em PROEJA em 2008, o Campus FlorianópolisContinente se dedica a cumprir a meta institucional de 10% da oferta de vagas nesta modalidade preconizada pela lei que transformou as escolas da Rede Federal de Educação Profissional em Institutos Federais, lei n. 11.892 de 29/12/2008. Desde a primeira turma, em 2008, mais de 15 turmas desta modalidade foram abertas no Campus até os dias atuais. Quando os cursos PROEJA iniciaram no Campus em 2008, a EA estava prevista nos currículos sob a forma de uma disciplina chamada de Responsabilidade Socioambiental, com carga horária de 9 horas semestrais, totalizando apenas 36 horas no curso. Em 2010, iniciou-se a reestruturação dos currículos nos cursos de formação continuada para os professores que reuniram-se durante vários encontros para discutir o que poderia ser modificado ou melhorado depois da experiência de dois anos. Além de outras mudanças, a EA foi entendida como tema transversal conforme prevê o documento BRASIL (1999) e atualmente integra o curso nas denominadas Oficinas de Integração que passaram a compor o curso após sua reestruturação que culminou no formato atual, objeto desta pesquisa. A analise inicial do PPC do curso Técnico em Hospedagem Integrado ao Ensino Médio na Modalidade EJA ou PROEJA Técnico em Hospedagem iniciou com a desconstrução do corpus que buscou localizar os discursos presente no documento tomando como partida palavras que indicassem uma concepção de educação crítica e emancipatória. Além das palavras indicadas na metodologia da pesquisa, outras palavras de cunho crítico também foram identificadas no corpus da pesquisa a saber: debate, 7 pessoas excluídas, resgate de direitos, acesso aos saberes, dívida social, acesso a leitura e a escrita como bens sociais, fracasso escolar, exclusão e/ou insucesso escolar, trabalhadores, política pública de inclusão social, retorno dos trabalhadores a escola, reconhecimento e valorização de saberes adquiridos no mundo do trabalho, autonomia intelectual, construção de conhecimentos, responsabilidade profissional e socioambiental, sociedade, agente social, etc. Além dos termos acima identificados no corpus da pesquisa, o perfil do egresso também esclarece a concepção de formação pensada para os futuros Técnicos em Hospedagem que se apresenta da seguinte forma: É o sujeito crítico e reflexivo capaz de interagir sócio, histórico e culturalmente, incorporando valores éticos e de solidariedade para operacionalizar e comercializar os espaços e serviços de hospedagem, considerando os aspectos da hospitalidade, de responsabilidade profissional e socioambiental. (IFSC, 2011 , grifo nosso). Podemos observar neste breve trecho que o documento se compromete com a formação do sujeito para além da sua habilitação profissional, considerando este sujeito um potencial questionador da sociedade. Neste sentido o PPC do curso PROEJA Técnico em Hospedagem, no que diz respeito ao perfil do egresso, difere das concepções meramente tecnicistas cujo foco se restringem aos conhecimentos, habilidades e atitudes requeridos para a atuação profissional. Slonski e Gesleichter (2014) ao analisarem os PPCs de cursos técnicos Subseqüentes e Integrados, Cursos Superiores de Tecnologia e Mestrado do Campus Florianópolis constataram que a maioria deles possuíam um perfil predominantemente técnico com um viés meramente tecnicista. Nestes cursos prioriza-se a formação técnica em detrimento de uma formação mais ampla e humanística pois se comprometem apenas com as normas de preservação ambiental em detrimento de questões mais complexas de ordem social, política e ambiental. As autoras citaram como exemplo o PPC de um curso técnico integrado ao ensino médio, cujo objetivo é: Formar profissionais empreendedores, capazes de desenvolver atividades ou funções típicas da área, segundo os padrões de qualidade e produtividade requeridos pela natureza do trabalho técnico, observadas as normas de segurança e higiene do trabalho e de preservação ambiental” (SLONSKI e GESLEICHTER, 2014). As palavras em destaque nos ajudam a perceber o verdadeiro foco deste curso, ou seja, o profissional que ele almeja formar. No curso em questão prioriza-se a formação técnica em detrimento de uma formação mais ampla e humanística pois se compromete apenas com as normas de preservação ambiental. Isso significa dizer que o curso não se compromete com questões mais complexas de ordem social, política e ambiental e reforça seu viés mercadológico quando propõe-se formar empreendedores. Já no curso PROEJA Técnico em Hospedagem, objeto de estudo desta pesquisa, a realidade encontrada foi outra. O PPC deste curso referencia a todo momento o seu 8 comprometimento com questões, sociais, políticas e ambientais. Logo nas primeiras páginas é justificada a necessidade da oferta na modalidade EJA pois considera-se a difícil inclusão desses alunos nos cursos técnicos Subsequentes ao Ensino Médio, que pressupõe a aprovação em exames que classificam os estudantes pelo seu desempenho. Tais exames, cujos conhecimentos requeridos são próprios agentes de exclusão, legitimam a expulsão destes sujeitos nos cursos técnicos Integrados e Subsequentes. O próprio afastamento histórico destes jovens e adultos da escola os inviabilizam de competirem nos processos seletivos da forma como estão hoje organizados na rede federal que não prestigiam este público e seus saberes. Além disto, a hereditariedade não se dá apenas pela influência das instituições que perpetuam as desigualdades, mas, sobretudo, porque os filhos das diferentes classes sociais são criados de formas muito diferentes. (VENCO, 2009). Desta forma o PROEJA, por meio de parcerias e de editais abertos, sem provas de seleção, permite ao público que outrora não tinha chance de fazer um curso técnico em escola pública, ter acesso praticamente garantindo aos cursos em função da inexistência de seleção por prova e até mesmo pela baixa procura pelos cursos que, via de regra, possuem ociosidade de vagas. Este formato de acesso esta em consonância com o Documento Base do PROEJA publicado pela SETEC/MEC em 2006 que reforça a necessidade da oferta de cursos nesta modalidade nos Institutos Federais(IF´s) quando afirma que cabe à rede federal disponibilizar o máximo possível de vagas, promovendo a cooperação e a interação com sistemas estaduais e municipais de ensino. (MOURA apud Brasil 2006). No sentido de garantir o acesso aos cursos PROEJA o PPC ainda prevê o ingresso por meio da Rede CERTIFIC aos trabalhadores da área que foi instituída pelo Decreto nº 5840/2006 e pela Portaria Interministerial nº. 1082. O CERTIFIC constituise como uma política pública de inclusão social que estimula o retorno dos trabalhadores à escola, quando prevê o reconhecimento e a validação de saberes construídos ao longo de suas trajetórias de vida e de trabalho, dando-lhes a oportunidade de prosseguimento de estudos e/ou exercício de atividades laborais. Um dos requisitos para participação no processo de certificação profissional é a oferta de cursos PROEJA, visando atender às necessidades dos participantes e à própria LDB, quando esta estabelece que a educação escolar “deverá vincular-se ao mundo do trabalho e à prática social” (IFSC, 2011, p.6). O PPC também apresenta um rol de objetivos específicos que se relacionam com um compromisso social mais amplo. Dentre os objetivos do curso destacamos: Desenvolver a capacidade de aprender com vistas à aquisição de conhecimentos, valores, atitudes e habilidades necessários à leitura crítica da sociedade e ao exercício da cidadania; Promover, por meio da pesquisa, a autonomia intelectual e a construção de conhecimentos para avançar na compreensão da realidade; Valorizar os saberes prévios dos educandos, visando a potencialização do processo educativo; Potencializar o aprendizado de conhecimentos da educação básica a partir da sua aplicação ao contexto da formação profissional e vice-versa; Proporcionar o acesso a uma formação 9 técnica ampliando as possibilidades de empregabilidade e (re)inserção no mundo do trabalho; Contribuir com a qualificação dos serviços oferecidos pelo setor de turismo e hospitalidade em Itapema (IFSC, 2011, p. 8). Nos objetivos do curso podemos observar a perspectiva crítica que tece a intenção de formação destes sujeitos considerando também sua necessidade de tornarem-se empregáveis. Embora o termo empregabilidade tenha um forte apelo mercadológico pois historicamente imputou ao trabalhador a responsabilidade de autoqualificação como estratégia de manutenção da sua competitividade individual por postos de trabalho, concordamos com a definição de Marx (1987) a respeito do trabalho ao considerá-lo condição indispensável a existência do homem, uma necessidade eterna, responsável pelas modificações no ambiente em que estamos inseridos, o mediador da circulação material entre o homem e a natureza, garantidor da nossa sobrevivência individual e de espécie. Especialmente no campo da EPT cuja natureza é indissociável da formação para o Mundo do Trabalho é impossível pensar na formação do sujeito que ignore a categoria de análise “trabalho” e este se constitui no desafio diário dos educadores que precisam formar o sujeito para a compreensão de mundo sem perder de vista que ele será um trabalhador. As Oficinas de Integração nos cursos PROEJA têm o intuito de integrar as disciplinas do semestre. Funcionam, necessariamente, com a participação de, pelo menos, um professor da formação propedêutica e um professor da área técnica, neste caso da área de Turismo e Hotelaria. São momentos de encontro entre educadores e educandos do curso, visando retomar e relacionar os temas e conteúdos trabalhados nas unidades curriculares e nas quatro áreas do conhecimento (Ciências Humanas, Linguagens e Códigos, Mundo do Trabalho e Ciências da Natureza). São espaços voltados à síntese de processos vivenciados numa perspectiva interdisciplinar e integradora que permite aos educandos perceber em sua totalidade os conhecimentos técnicos e gerais.(IFSC, 2011). Em cada semestre do curso foram definidos Núcleos Temáticos (NT), para os quais o trabalho das áreas, as pesquisas e discussões convergirão. Os núcleos temáticos foram definidos da seguinte forma: NT1 – Hospitalidade e Cultura, NT2 – Hospedagem; Trabalho e Sociedade; NT3 – Ética e Responsabilidade Sócio Ambiental na Hospedagem; NT4 – Ciência, Tecnologia e Segurança na Hospedagem e NT5 – Emprego, Renda e Ações Solidárias. (IFSC, 2011, grifo nosso). O projeto curricular do curso, da forma como está proposto, justifica o trabalho em equipe dos professores assim como a interlocução com os estudantes conforme prevê as Oficinas de Integração. Neste sentido o currículo fomenta o diálogo de áreas diversas superando visões fragmentadas e disciplinares. Aliado a isto, privilegia a interação social entre os educandos e reconhece a importância dos seus relatos de experiências possibilitando que o senso comum e o conhecimento científico dialoguem. Neste sentido, a organização curricular do curso supera a concepção disciplinar que pouco privilegia o diálogo entre as ciências e pode contribuir para a formação do sujeito crítico na medida em que permite aos sujeitos uma visão ampliada e problematizadora da sociedade. A compreensão da dimensão ambiental no PROEJA é um tema de extrema relevância e por isto já foi objeto de outras investigações. Em pesquisa anterior foi 10 possível verificar outras variáveis que ajudam a compreender a EA nos cursos PROEJA do Campus Florianópolis Continente. Gesleichter e Slonski (2012), estudaram as Representações Sociais de meio ambiente e as concepções de EA de seus professores. Constataram que a educação promovida por estes educadores se afastava do senso crítico de mundo quando utiliza uma abordagem meramente instrumental e parcial que não produzia transformação na sociedade (LAYRARGUES e LIMA, 2011). A pesquisa apontou que há uma forte corrente de profissionais conservadores na abordagem do meio ambiente lecionando nos cursos PROEJA, refletindo na constituição de uma realidade que ainda privilegia os interesses dominantes da lógica do capital, baseada numa visão de mundo que secciona a realidade e reduz as diversidades, pois está centrada no indivíduo. Além disso, centraliza o ato educativo como algo puramente comportamental, vislumbrando um padrão idealizado de relações corretas com a natureza que deve ser atingido. Neste sentido, comparando os dados da atual pesquisa com a pesquisa de Gesleichter e Slonski (2012) percebemos uma contradição. As análises mostram que o currículo aponta avanços na compreensão da Educação Ambiental Crítica, no entanto, as concepções de EA dos educadores do PROEJA não confirmam as prescrições curriculares. Ou seja, há uma dicotomia entre aquilo que se pretender ser e aquilo que realmente se dá conta de ser. Outra pesquisa, dedicada à análise das publicações que articulavam a EA com a EPT, SLONSKI e GELSLEICHTER (2013) registraram que a maioria das pesquisas foram localizadas dentro da macrotendência político-pedagógica Crítica (LAYRARGUES e LIMA, 2011) porque percebiam o meio ambiente de forma global, proveniente da interação homem e natureza, inserindo a dimensão social no processo educativo. Estas publicações foram pesquisas desenvolvidas na pós-graduação, o que demonstra a importância da academia fomentar estes estudos, especialmente nos programas de formação de educadores para a realidade da EPT, subsidiando a compreensão do papel social da formação do sujeito crítico e no fazer pedagógico mais fundamentados epistemologicamente. Por outro lado, conforme sustenta Layrargues (2002), apesar da crescente expansão da EA Crítica, ela ainda se encontra restrita quase exclusivamente ao âmbito da pós-graduação na universidade, por meio de reflexões e análises acadêmicas que apresentam as características teóricas e metodológicas sobre as contradições do atual modelo de desenvolvimento. Segundo Aprile e Barone (2006), a produção bibliográfica brasileira sobre a EPT vem se tornando mais fecunda nos últimos dez anos, mas até pouco tempo, caracterizava um espaço pouco explorado entre os pesquisadores. As autoras comentam que comparada a outros temas, a educação profissional – cujo conteúdo se insere no universo mais amplo da relação educação e trabalho – era mais conhecida pela “omissão do que pelo conhecimento produzido a seu respeito” (CUNHA, 1994 apud APRILE e BARONE, 2006). De todo modo, mesmo com os avanços que a produção intelectual crítica proporcionou a EPT, podemos perceber contradições que ainda impedem o aluno de acessar uma educação verdadeiramente crítica e capaz de mudar a sociedade tornando-a menos desigual. 11 Neste sentido ainda é preciso avançar naquilo que Paulo Freire (1997) chama de práxis que se constitui na reflexão e ação dos homens sobre o mundo para transformá-lo pois sem ela é impossível superar a contradição opressor-oprimido. A transformação não será viável apenas em nível puramente intelectual, mas da ação que não se restrinja a mero ativismo sem reflexão. Nestas inconstâncias e incoerências que se encontram as raízes da motivação para educação como manifestação humana, como necessidade de transformação partindo da premissa da inconclusão dos homens onde ora pulsa a permanecia ora a mudança. Enquanto a concepção “bancária” dá ênfase a permanência, a concepção problematizadora reforça a necessidade de mudança. 5. Considerações Finais A análise do Projeto Pedagógico do Curso Técnico em Hospedagem Integrado ao Ensino Médio na Modalidade EJA do Instituto Federal de Santa Catarina, Campus Florianópolis-Continente aponta indícios de uma construção curricular pautada na concepção crítica de educação. Entende-se que este avanço muito diz respeito ao incremento que a produção intelectual crítica proporcionou a EPT nos últimos dez anos, especialmente no campo da Educação e Trabalho. Porém, ao contrastar pesquisas anteriores com os dados obtidos neste estudo ainda percebe-se incoerências entre as previsões curriculares e as concepções dos docentes que atuam diretamente com os alunos. Neste sentido, a pesquisa demonstra a necessidade de investimentos na formação continuada dos docentes no entendimento da práxis. Diante de tal realidade indica-se a necessidade de mais pesquisas na área e de novas propostas de formação continuada para os docentes do PROEJA a fim de propor reflexões da prática de modo que eles mesmos possam participar do processo de construção desta formação. Referências APRILE, R.M.; BARONE, R.E.M. Educação Profissional no Brasil e opções metodológicas de pesquisa: elementos para o debate. B. Téc. SENAC. Rio de janeiro, v.32, n.1. p. 57-67. Jan/abr. 2006. ARROYO, Miguel González. Educação de jovens-adultos: um campo de direitos e de responsabilidade pública. In: SOARES, Leôncio; GIOVANETTI, Maria Amélia; GOMES, Nilma Lino. 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