EFEITO INIBITÓRIO DE EXTRATOS VEGETAIS DA FAMÍLIA ALLIOIDEAE SOBRE Guignardia citricarpa - AGENTE CAUSAL DA MANCHA PRETA EM CITRUS Vanessa Takeshita1, Felipe Franco de Oliveira1, Felipe Augusto Prediger Witt1, Luiz Fernando Caldeira Ribeiro2 1 Acadêmicos do Curso de Agronomia da Faculdade de Ciências Biológicas e Agrárias da Universidade do Estado de Mato Grosso. Alta Floresta - MT 2 Professor Doutor do Curso de Agronomia da Faculdade de Ciências Biológicas e Agrárias da Universidade do Estado de Mato Grosso ([email protected]). Alta Floresta - MT Recebido em: 30/09/2014 – Aprovado em: 15/11/2014 – Publicado em: 01/12/2014 RESUMO O Brasil é o maior produtor de laranja e o maior exportador mundial de suco concentrado. Em todo o mundo é crescente a procura por alimentos mais nutritivos e sem substâncias tóxicas, crescendo assim, a busca por produtos naturais que sejam eficientes no controle de doenças de plantas. Neste contexto com o objetivo de avaliar a eficiência de alguns extratos vegetais sobre o crescimento micelial e esporulação de Guignardia citricarpa, agente etiológico da mancha preta em frutos de citrus, testes in vitro foram conduzidos no Laboratório de Fitopatologia/UNEMAT. Extratos aquosos foram obtidos a partir de alho, cebola e cebolinha. Após a incorporação destes extratos em BDA, obtendo-se concentrações de 100, 200, 500, 1000, 2000, 5000 e 10000 ppm. Os resultados demonstraram o efeito inibitório dos diferentes extratos a partir da concentração de 2000 ppm. O extrato de alho inibiu o crescimento micelial, em porcentagens variáveis de 5,3 a 67,6% e atuou de modo expressivo sobre a produção de conídios. Resultados semelhantes foram obtidos para o extrato de cebola de acordo com as concentrações crescentes dos mesmos. No entanto os testes realizados com a cebolinha demonstraram baixa eficiência e ineficiência, no controle micelial e esporulação do patógeno, demonstrando uma tolerância do isolado em estudo a este extrato. As propriedades fungitóxicas detectadas nos extratos utilizados no ensaio evidenciaram o uso potencial dos mesmos como alternativa aos métodos físicos e químicos convencionalmente usados para o controle da doença. PALAVRAS-CHAVE: Biopesticidas, Laranja Pera, Pinta Preta, Pós-colheita INHIBITORY EFFECT OF PLANT EXTRACTS FOR FAMILY ALLIOIDEAE ON Guignardia citricicarpa – THE CAUSAL AGENT OF THE BLACK SPOT IN CITRUS ABSTRACT Brazil is the largest orange producer and the largest exporter of concentrate juice. Worldwide there is a growing demand for more nutritious food and no toxic substances thus increasing the search for natural products that are effective in the control of plant diseases. In this context with the objective to evaluate the efficiency ENCICLOPÉDIA BIOSFERA, Centro Científico Conhecer - Goiânia, v.10, n.19; p. 906 2014 of some plant extracts on mycelial growth and sporulation of Guignardia citricicarpa etiologic agent of black spot in citrus fruit, in vitro tests were conducted at the Laboratory of Plant Pathology / UNEMAT. Aqueous extracts were obtained from garlic, onions and chives. After incorporation of these extracts on PDA to give concentrations of 100, 200, 500, 1000, 2000, 5000 and 10000 ppm. The results demonstrated the inhibitory effects of different extracts from the concentration of 2000 ppm. The garlic extract inhibited mycelial growth in percentages varying from 5.3 to 67.6% and expressively acted on the production of conidia. Similar results were obtained for the onion extract according to the same increasing concentrations. However the tests with chives demonstrated low efficiency and inefficiency in the mycelium control and pathogen sporulation, demonstrating a tolerance of isolated in this study to extract. The fungitoxic properties detected in the extracts used in the test showed the potential usage as an alternative to physical and chemical methods to control the disease. KEYWORDS: Biopesticides, Pear Orange, Black spot, Postharvest INTRODUÇÃO Atualmente, o Brasil é o primeiro produtor mundial de laranja e o maior exportador de suco concentrado e congelado de laranja doce, apesar disso, o consumo per capita na forma in natura ainda encontra-se abaixo dos padrões de outros países emergentes (PACHECO et al., 2013). Assim, há uma tendência de especialização do mercado de frutas de mesa que contemple as exigências dos consumidores (EMBRAPA MANDIOCA & FRUTICULTURA, 2012). O Brasil tornouse a partir da década de 80 o maior produtor mundial de laranja (NEVES, 2000), com uma produção de 18,1 milhões de toneladas em 834.270 hectares plantados (775.881 hectares colhidos) em 2010 (IBGE, 2010), seguindo em importância os Estados Unidos da América, com produção de 7,5 milhões de toneladas nesse ano (FAO, 2012). O estado de Mato Grosso, segundo dados do IBGE (2010), apresenta uma área de 408 hectares e uma produção de 3.560 toneladas, obtendo-se um rendimento de 8.72 toneladas por hectare. O estado ocupa o 21º lugar na produção mundial, posição essa de pouca importância para um estado que é líder na produção de soja, milho e algodão. No entanto, na região da Amazônia meridional, com uma preocupação constante com o meio ambiente e com base na agricultura familiar, a fruticultura e consequentemente a citricultura são de suma importância. As doenças na cultura do citrus podem ser favorecidas pelas condições locais ou pelo uso de práticas inadequadas (ROSSETTI, 1991) e chegam, em alguns casos, a constituir-se em fatores limitantes à cultura (FEICHTENBERGER, 2001). A Mancha Preta dos Citrus (MPC) está entre a mais importante das doenças laranjeiras doces (Citrus sinensis (L.) Osbeck) e é causada pelo fungo Guignardia citricarpa Kiely [forma Anamórfico: (McAlp) Phyllosticta citricarpa Van der Aa]. (BELOTTE et al., 2013). A doença encontra-se espalhada por quase todos os continentes como na África (Moçambique, Zimbábue, África do Sul), Ásia (China, Coréia, Hong - Kong, Filipinas, Taiwan, Japão), Oceania (Austrália) e América do Sul (Argentina, Uruguai, Peru e Brasil) (KOTZÉ, 1988; ZAMBOLIM et al., 2002; FIALHO et. al., 2014). No Brasil, sua chegada culminou em ataques a pomares comerciais de mexerica, nos municípios de São Gonçalo e Itaboraí (NUNES et al., 2006). Atualmente a doença está presente nos estados do Rio de Janeiro, São Paulo, Rio ENCICLOPÉDIA BIOSFERA, Centro Científico Conhecer - Goiânia, v.10, n.19; p. 907 2014 Grande do Sul, Minas Gerais, Espírito Santo, Santa Catarina, Amazonas e Paraná (FEICHTENBERGER et al., 2005). Segundo LOPES et al. (2011) o Brasil de têm o maior cultivo de citrus destinados principalmente na demanda do mercado internacional na produção de sucos, sendo São Paulo município brasileiro com a maior produção, cerca de 85% da produção brasileira de laranja, seguida pela produção de Tahiti e tangerinas. Nos EUA e na Comunidade Europeia o fungo Guignardia citricarpa encontrase na lista de pragas quarentenárias desde o ano de 2005 (BRASIL, 2007) e no Brasil encontra-se sob vigilância estadual e federal por parte dos órgãos responsáveis pela agropecuária, como o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento-MAPA, devido à perda de 20 mil toneladas de citrus entre laranja, limão e tangerina, no estado de Rondônia em 2009, causando grande dano ao agronegócio do estado (CONAB, 2010). O controle químico é a principal ferramenta para o controle de doenças de plantas; entretanto, o uso do Carbendazim, um dos poucos fungicidas eficazes para combater a Mancha Preta dos Citrus foi banido dos Estados Unidos (U.S. EPA, 2012). No Brasil, a sua recomendação tem como limite máximo de resíduo de 5 mg kg-1 do produto comercial (AGROFIT, 2014). Segundo VENTUROSO et al., (2010) o controle das doenças na agricultura tem se intensificado, sendo realizado basicamente através do emprego de produtos sintéticos, apresentando elevados custos e riscos ambientais (desequilíbrio ecológico) e toxicológicos (elevada concentração nos alimentos). Estes produtos em curto prazo auxiliam de maneira eficaz o agricultor no alcance de altas produtividades, no entanto, em longo prazo, além do surgimento de isolados dos fitopatógenos resistentes às substâncias químicas utilizadas, os resultados para a sociedade como um todo e para o meio ambiente podem se tornar negativos devido à poluição causada pelos resíduos (SCHWAN-ESTRADA et al., 2003; LUZ et al., 2007). O uso indiscriminado de defensivos agrícolas no controle de doenças de plantas pode causar a fitotoxicidade, o efeito sobre outros organismos não alvo, o aumento no custo dos pesticidas e a pressão da sociedade por produtos livres de agrotóxicos tornou necessária a busca por produtos biodegradáveis e seletivos (LOVATTO et al., 2004). Em pós-colheita, há indicações de vários fungicidas químicos, todavia, esses produtos vêm sendo menos utilizados devido aos problemas de efeitos residuais e resistência pelo patógeno, resultando em estudos de métodos sustentáveis de controle, como o uso de biofungicidas, extratos de plantas e óleos vegetais (PERES et al., 2009). Segundo VASCONCELOS et al. (2006) uma alternativa que vem sendo retomada para o controle de pragas é o uso de metabólitos secundários presentes em algumas plantas. Os métodos físicos e biológicos constituem-se em alternativas viáveis e desejáveis em relação ao químico tradicional, principalmente em função de não deixarem resíduos tóxicos nos frutos tratados, aparecendo como mais uma opção ao uso dos fungicidas sintéticos, em termos de eficiência de controle (WILSON & WISNIEWSKI, 1994). Segundo CANTARELLI et al. (2005) é possível obter novas formas de produtos com ação erradicante a pragas partindo da extração de compostos originados de metabólitos secundários presentes em algumas plantas. Do ponto de vista fitossanitário, os produtos vegetais podem apresentar três atividades principais: antimicrobiana direta, indução de resistência e estímulo do crescimento de plantas (TALAMINI & STADINIK, 2004). A ação dos fungicidas naturais é ainda influenciada ENCICLOPÉDIA BIOSFERA, Centro Científico Conhecer - Goiânia, v.10, n.19; p. 908 2014 pela termoestabilidade dos compostos presentes nas plantas, que é diretamente dependente da espécie (BALBI-PEÑA et al., 2006). O uso de extratos vegetais e óleos essenciais, por exemplo, têm sido fonte de inúmeras pesquisas que validam sua eficácia (MORAIS, 2004). Pesquisas desenvolvidas com extrato bruto ou óleo essencial, obtidos de plantas medicinais, têm indicado o potencial das mesmas no controle de fitopatógenos, tanto por sua ação fungitóxica direta quanto por alterações fisiológicas na planta, como indução de enzimas relacionadas à patogênese e fitolexinas, lignificação da folha, entre outras (SCHWAN-ESTRADA & STANGARLIN, 2005). Vários são os exemplos de controle de doenças de plantas com extrato vegetais, podendo-se citar o controle da mancha marrom (Bipolaris sorokiniana) em trigo usando extrato de Artemisia camphorata (FRANZENER et al., 2003); da pinta preta (Alternaria solani) em tomateiro por extrato de Curcuma longa (BALBI-PEÑA et al., 2006); o controle do mofo branco (Sclerotinia sclerotiorum) em alface por extrato de Zingiber officinale (RODRIGUES et al., 2007); e o controle de Xanthomonas axonopodis pv. manihotis em mandioca por extrato de Curcuma longa (KUHN et al., 2006). Dentre os extratos mais pesquisados encontra-se aquele obtido de alho (Allium sativum L.). O seu efeito inibitório tem sido demonstrado para uma extensa gama de fungos, envolvendo não só patógenos de pós-colheita, mas também patógenos foliares e de solo (BARROS et al., 1995; RIBEIRO & BEDENDO, 1999; RIBEIRO et al., 2010; LAVEZO et al., 2010). A família das Allioideae, anteriormente classificado como Alliaceae, é uma subfamília de plantas da ordem Asparagales, composta por 795 espécies distribuídas em 20 gêneros, que podem apresentar laticíferos como, por exemplo, o Allium, que apresenta laticíferos nas folhas, sendo que os tecidos destas espécies são ricos em saponinas esteróides, com compostos com odor a cebola ou alho (odor aliáceo) como os sulfetos de alilo (tioéteres de alilo), propionaldeído, propiontiol e dissulfeto de vinilo (BREMER et al., 2003). A aliina é convertida enzimaticamente em compostos derivados dos sulfetos (tioéteres) de alilo. Do ponto de vista fitoquímico, os membros da família apresentam flavonóides e compostos sulfurados derivados da cisteína (AUGUSTI & SHEELA, 1996; LANZOTTI, 2006) O presente trabalho teve como objetivo avaliar in vitro a atividade antifúngica dos extratos de alho (Allium sativum L.), cebola (Allium cepa L.) e cebolinha (Allium schoenoprasum) sobre o desenvolvimento micelial e esporulação de Guignardia citricarpa isolado de frutos de citrus. MATERIAL E MÉTODOS Os experimentos foram realizados de fevereiro a junho de 2014 no Laboratório de Fitopatologia do Curso de Agronomia da Faculdade de Ciências Biológicas e Agrárias da Universidade do Estado de Mato Grosso (UNEMAT) em Alta Floresta – MT Isolamento do patógeno O fungo Guignardia citricarpa foi isolado consistentemente a partir de frutos de laranja Pêra apresentando sintomas típicos de mancha preta (Pinta Preta). Discos de tecido de 0,5 mm de diâmetro foram retirados de lesões, na região limítrofe entre a área lesionada e a área sadia. Esses fragmentos foram superficialmente desinfestados com o uso de álcool 70% (1 minuto) e hipoclorito de ENCICLOPÉDIA BIOSFERA, Centro Científico Conhecer - Goiânia, v.10, n.19; p. 909 2014 sódio 1,5% (1 minuto). Em seguida, foram transferidos para ágar-água, contido em placas de Petri. Após um período de incubação de 48 horas, a 21ºC e sob luz NUV constante, discos de 0,5 mm de diâmetro, retirados dos bordos das colônias, foram transferidos para um meio de BDA contido em tubos. A manutenção dos isolados foi realizada pelo armazenamento dos tubos a 5°C. Obtenção de extratos vegetais Para a obtenção dos extratos vegetais, foram utilizados bulbilhos de alho (Allium sativum L), bulbos de cebola (Allium cepa L.) e folhas de cebolinha (Allium schoenoprasum). Para extração, foram pesados 5,0 gramas de material vegetal, o qual foi triturado em 50 mL de água destilada esterilizada, durante 10 minutos, em um processador. A seguir o material foi filtrado em papel de filtro (Whatman n°1) e, posteriormente, em membrana filtrante de porosidade de 0,45mm. Os extratos aquosos foram utilizados imediatamente após sua obtenção. Não foi realizada a autoclavagem dos extratos avaliados. Instalação do ensaio Os diferentes extratos, individualmente, foram adicionados ao meio de BatataDextrose-Ágar (BDA) fundente (aproximadamente 45°C) , de modo a se obter concentrações de 100, 200, 500, 1000, 2000, 5000 e 10000 ppm, onde cada concentração representou um tratamento. Placas contendo somente BDA serviram como testemunhas negativas e foi utilizado um fungicida (Mancozeb – 1500 µg mL-1) como padrão positivo no controle do agente causal da doença. A partir de colônias com sete dias de idade, crescidas em placas com BDA, sob luz NUV contínua e a 21ºC, foram obtidos discos de 0,5mm de diâmetro. Estes discos, individualmente, foram transferidos para o centro de cada uma das placas componentes de cada tratamento. A incubação foi realizada sob luz NUV contínua, a uma temperatura de 21°C, por um período de 10 dias. O delineamento exp erimental utilizado foi inteiramente casualizado, com três repetições. Os resultados tiveram análise de variância realizada com auxílio do programa estatístico SISVAR v. 4.0 (FERREIRA, 2000) e comparação de médias pelo teste Scott-Knott a 5% de probabilidade. Avaliação do experimento A avaliação do efeito dos extratos sobre o crescimento micelial foi feita através de medições do crescimento radial da colônia em dois eixos ortogonais, sendo posteriormente calculada uma média. A avaliação foi realizada no 3°, 5°, 7° e 10° dias após a repicagem. A porcentagem de inibiçã o do crescimento (PIC) foi obtida por meio da fórmula: PIC = [(diâmetro da testemunha – diâmetro do tratamento)/diâmetro da testemunha] x 100, para cada extrato em relação à testemunha. A produção de esporos foi avaliada no décimo dia, sendo os esporos de cada placa suspensos em 50 mL de água, acrescidos de uma gota de Tween 20. Para cada placa, três alíquotas de 0,1 mL foram transferidas, separadamente, para uma lâmina de hemocitômetro (Câmara de Neubauer), onde se procedeu à contagem de esporos. Os dados médios das três contagens foram transformados em conídios por cm2 de colônia, considerando-se a quantidade de conídios produzidos na área tomada pela colônia em cada placa. ENCICLOPÉDIA BIOSFERA, Centro Científico Conhecer - Goiânia, v.10, n.19; p. 910 2014 RESULTADOS E DISCUSSÃO Os extratos testados de cebola e alho demonstraram propriedades fungitóxicas a partir da concentração de 2000 ppm. Os extratos de alho e cebola inibiram significativamente o crescimento de micélio (Tabela 1) e reduziram a produção de esporos de Guignardia citricarpa (Tabela 2). Por outro lado, os extratos obtidos de cebolinha não promoveram redução no desenvolvimento de micélio e na esporulação do patógeno (Tabela 1 e 2). Quando comparado com o tratamento utilizando o fungicida (padrão positivo), o extrato de alho apresentou diferença significativa do padrão positivo apenas na concentração de 10000 ppm, sendo que para as concentrações de 2.000 e 5.000 ppm não houve diferença para os tratamentos. TABELA 1 Efeitos dos extratos vegetais incorporados em diversas concentrações em BDA, sobre o crescimento micelial de Guignardia citricarpa medido através do diâmetro de colônias (cm) com 10 dias de idade. Alho Cebola Cebolinha Fungicida C.V 100 200 500 8,5 Ba 8,0 Aa 9,0 Ca 8,2 Aa 1,45 8,4 Ba 8,0 Aa 8,8 Ca 8,1 Aa 1,62 8,0 Aa 7,9 Aa 8,7 Ba 7,1 Aa 1,69 Concentração (ppm) 1000 2000 5000 10000 Testemunha C.V. 7,8 Aa 7,9 Aa 7,8 Ab 6,9 Ab 1,92 3,6 Bd 4,4 Cd 7,4 Db 2,9 Ad 2,8 8,6 Ba 8,3 Aa 9,0 Ca 8,3 Aa 1,52 1,95 1,83 1,95 2,06 6,4 Ab 6,7 Ab 7,7 Bb 6,2 Ab 1,85 5,1 Ac 5,5 Bc 7,5 Cb 4,6 Ac 2,01 Médias seguidas de mesma letra minúscula na linha e maiúscula na coluna, não diferem significativamente entre si pelo teste Scott Knott 5% de probabilidade. Para todos os extratos utilizados, a redução no desenvolvimento micelial foi crescente proporcionalmente ao aumento das concentrações dos extratos. Os efeitos mais significativos foram observados para o extrato de alho, sendo o crescimento radial da colônia reduzido em até 58,2%, em relação à testemunha. Para os demais extratos, o efeito fungitóxico compreendeu valores menores quando comparados com aqueles obtidos para o alho. Para a cebola, os valores variaram de 5,90 a 48,20%, respectivamente, para as concentrações de 200 e 10000 ppm, enquanto para a cebolinha os limites ficaram entre 2,20 e 17,80 %. LORENZI & MATOS (2002) indicam que ervas aromáticas como o alho possui ação bactericida, fungicida, pois apresenta em sua constituição química a alicina e a inulina, conferindo a esta planta um alto potencial de controle de variados fitopatógenos. O efeito tóxico do alho sobre o crescimento de fungos fitopatogênicos também tem sido demonstrado em outros trabalhos. Resultados obtidos por SOUZA et al., (2007) revelaram que o extrato de bulbilhos de alho foi altamente eficiente na inibição do crescimento micelial de Fusarium proliferatum. No trabalho de BRAND et. al, (2010) o extrato de alho apresentou uma redução do crescimento micelial do fungo Colletotrichum lindemuthianum sem no entanto reduzem significativamente a severidade da antracnose em feijoeiro, nas condições de campo. Resultados semelhantes foram observados para a cultura do morangueiro para o agente causal C. acutatum, onde o alho, em conjunto com a losna, arruda e vinca apresentaram atividades fungitóxicas (ALMEIDA et al., 2009). Estudos com bulbilhos de alho foram altamente eficiente na inibição do crescimento micelial de Gibberella zeae (anamorfo Fusarium graminearum Schwabe), Alternaria zinniae e Macrophomina phaseolina. (CHALFOUN & CARVALHO, 1987). A ação do extrato aquosos de alho também pode ser atribuído ao controle relativo do desenvolvimento de micélio dos fungos C. gloeosporioides, F. ENCICLOPÉDIA BIOSFERA, Centro Científico Conhecer - Goiânia, v.10, n.19; p. 911 2014 oxysporum f. sp vasinfectum e P.oryzae (SILVA et al., 2012). LAZAROTTO et al. (2009), concluíram que o tratamento à base de extrato de alho foi o mais eficiente para reduzir a incidência da maior parte dos patógenos associados às sementes de cedro, além de não interferir na germinação do mesmo. Na cultura da videira, o extrato de alho apresentou uma redução na severidade do míldio da videira e na germinação de esporângios de Plasmopara vitícola (LEITE et al., 2011). No entanto, o extrato de alho não apresenta eficiência no controle de nematoides do gênero Meloidogyne javanica (NEVES et al., 2009) e para o fungo Curvularia eragrostidis que é capaz de se desenvolver plenamente em meios de cultura contendo alho e cebola (CARVALHO, 2002) e para o controle de bactérias do gênero Xanthomonas campestres, agente causal da bacteriose comum na cultura do eucalipto (RIBEIRO et al., 2010). PEREIRA et al. (2006) estudando o efeito da adição do óleo essencial de cebola sobre o desenvolvimento micelial dos fungos Aspergillus flavus e Fusarium sp., verificaram que não havia inibição fúngica nas concentrações de 500 a 2000 mgmL-1 de meio, o que sugere que o óleo essencial não contém os compostos com atividade antifúngica. Contrapondo a esses resultados SOUZA et al. (2010) mostraram que os extratos de compostos fenólicos fixos obtidos de cebola são mais eficientes na inibição fúngica que os óleos essenciais, pois apresentaram inibição em concentrações até 5000 vezes menores. Ao contrário do alho e cebola, para cebolinha não foi encontrada referência bibliográfica sobre sua atividade contra fungos fitopatogênicos. No presente trabalho, não foi avaliada a germinação, mas sim a esporulação. Segundo RIBEIRO & BEDENDO (1999) se for considerado que o extrato reduza o crescimento de colônia, por consequência reduzirá também o número total de esporos produzido pelo fungo. O extrato aquoso de cebolinha não inibiu significativamente a produção de conídios de Guignardia citricarpa. Em contrapartida, os extratos de alho e cebola inibiram a produção de conídios. O grau de inibição foi maior à medida que as concentrações destes extratos foram crescentes. A partir da concentração de 200 ppm, o alho inibiu a produção de conídios em porcentagens de 9,4; 15,2; 46,5; 67,5; 69,4 e 72,8, sendo que para a cebola, foram obtidos valores de 7,6; 17,1; 42,4; 55,9; 68,3 e 72,2 de inibição em relação à testemunha. O padrão positivo (fungicida) apresentou as seguintes porcentagens de inibição: 10,9; 23,6; 48,7; 72,0; 75,4 e 78,1. O padrão positivo apresentou os melhores resultados para o controle de esporulação, no entanto, em altas concentrações, o extrato de alho pode agir de forma fungitóxica e fungistática no controle da esporulação de Guignardia citricarpa. Os resultados não apresentaram resultados significativos para o extrato de cebolinha, no entanto, segundo ARRUDA et al., (2013) o extrato da cebolinha foi eficiente na atração dos caramujos para controle por catação e que devido a sua facilidade de utilização e baixo custo, a técnica pode ser usada por agricultores em transição agroecológica, onde embora tenha tido uma capacidade de atração menor, o extrato de cebolinha é mais adequado, pois pode ser produzido pelo próprio agricultor, sem depender de produto externo à propriedade. ENCICLOPÉDIA BIOSFERA, Centro Científico Conhecer - Goiânia, v.10, n.19; p. 912 2014 TABELA 2 Efeito dos extratos vegetais incorporados em diversas concentrações em BDA, sobre a esporulação de Guignardia citricarpa medido através do número de conídios por cm2 com 10 dias de idade. Concentração (ppm) Alho Cebola Cebolinha Fungicida C.V. 100 200 500 1000 2000 5000 10000 Testemunha C.V. 570 Aa 585 Aa 583 A 568 A 1,65 530 Aa 545 Aa 574 Aa 525 Aa 1,98 496 Aa 489 Aa 520 Aa 450 Bb 1,98 313 Bb 340 Bb 490 Cb 302 Ac 1,82 190 Bc 260 Cc 468 Dc 165 Ad 2,26 179 Bc 187 Bd 422 Cd 145 Ae 2,30 159 Bd 164 Be 416 Cd 129 Af 1,78 585 Aa 590 Aa 586 Aa 589 Aa 2,02 2,65 3,38 2,59 2,30 Médias seguidas de mesma letra minúscula na linha e maiúscula na coluna, não diferem significativamente entre si pelo teste Scott Knott 5% de probabilidade. A porcentagem de inibição do crescimento micelial e esporulação, em função das concentrações dos extratos naturais foram melhores ajustadas ao modelo logarítmico, sendo apresentado as fórmulas de regressão e o R-quadrado, nas Figuras 1 e 2, respectivamente. FIGURA 1 Efeito das concentrações de extratos de alho, cebola e cebolinha sobre a inibição do crescimento micelial de Guignardia citricarpa. A eficiência do extrato de alho quando comparado aos demais extratos aquosos avaliados, pode estar associada a substâncias químicas presentes na planta. O alho apresenta duas substâncias, aliinase e aliína, que se encontram armazenadas separadamente e, quando suas membranas são rompidas, formam a alicina, responsável pela defesa da planta, resultando em efeitos tóxicos que inativam os microrganismos (HEINZMANN, 2001). ENCICLOPÉDIA BIOSFERA, Centro Científico Conhecer - Goiânia, v.10, n.19; p. 913 2014 FIGURA 2 Efeito das concentrações de extratos de alho, cebola e cebolinha sobre a esporulação de Guignardia citricarpa. A inibição da produção e germinação dos esporos é parte fundamental no controle das doenças fúngicas, pois estas estruturas são o ponto de partida para a propagação e sobrevivência dos fungos e necessárias para a ocorrência de ciclos secundários da doença, de forma que o extrato poderia influenciar negativamente no ciclo de vida do patógeno a campo, reduzindo a ocorrência de epidemias (ITAKO et al., 2009). CONCLUSÕES Os extratos aquosos de alho e cebola dentro dos limites de 200 a 10000 ppm, promoveram a inibição relativa do desenvolvimento de micélio e apresentaram efeito inibitório sobre a produção de conídios de Guignardia citricarpa. A inibição foi diretamente proporcional às concentrações utilizadas e recomenda-se a realização de testes para avaliação do controle in vivo da mancha preta na cultura do citrus. REFERÊNCIAS AGROFIT. Agrofit: Sistema de agrotóxicos fitossanitários. [online], 2014. Disponível em: http://extranet.agricultura.gov.br/agrofit_cons/principal_agrofit_cons. 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