NEFROLOGIA - OS 10 ÍTENS 1- INSUFICIÊNCIA RENAL AGUDA 2 – GLOMERULOPATIAS 1as e SECUNDÁRIAS ( HIV, Hepatite): SÍNDROME NEFRÍTICA / NEFRÓTICA 3 – DISTÚRBIOS DO METABOLISMO HIDRO-SALINO ( Na, K, Cl HCO3) E ÁCIDO BÁSICO 4 - NEFROPATIA DIABÉTICA 5 – HIPERTENSÃO ARTERIAL – PRIMÁRIA E SECUNDÁRIA – D. Art. Renal, Gravidez, Obesidade 6- INFECÇÃO URINÁRIA E LITÍASE RENAL 7- NEFROPATIAS TÓXICAS E TÚBULOINTERSTICIAIS – Contraste, Antibióticos e Antiinflamatórios , Anti-retrovirias 8 - DOENÇAS VASCULARES RENAIS- ( LUPUS e outras vasculites), D. ATEROEMBÓLICA 9 – GLOMÉRULO, TÚBULOPATIAS E UROPATIAS CONG. E HEREDITÁRIAS – D. Císticas 10 - INSUFICIÊNCIA RENAL CRÔNICA OU DOENÇA RENAL CRÔNICA ( 5 (6) ESTÁGIOS) Anemia, doença óssea, dist. do crescimento e neuropatia – acesso vascular ======================================================================== 10 - SUBSTITUIÇÃO DA FUNÇÃO RENAL: NEFROLOGIA: INTENSIVA, PEDIÁTRICA, GERIÁTRICA E EXPERIMENTAL HEMODIÁLISE – DIÁLISE PERITONEAL AMBULATORIAL CONTÍNUA ( CAPD) E TRANSPLANTE RENAL Abordagem dos pacientes com Doença Renal Crônica Definição de Doença renal crônica É uma síndrome que resulta da destruição progressiva, lenta e irreversível dos néfrons, independente da causa, por um período > 3 meses, manifestada por: Anormalidades patológicas; ou Marcadores de lesão renal, incluindo anormalidades na composição do sangue ou da urina, ou anormalidades em exames por imagem. TFG < 60 ml/min/1,73m2 durante período > 3 meses. Doença Renal crônica Doença renal crônica é um termo amplo que engloba uma variedade de nefropatias que resultam No comprometimento morfofuncional do rim A DRC acomete qualquer indivíduo que independente da causa e por um período Superior a 3 meses , apresentar taxa de filtração glomerular 9 TFG < 60 mL /min /1,73 m2 Ou > 60 associada a pelo menos um marcador de lesão do parênquima renal Por ex micro ou macroalbuminúria e/ou hematúria e /ou alteração de imagem renal SBN 2004 A grande epidemia deste milênio “Chronic kidney diseases and vascular diseases will kill 36 million people by the year 2015” International Society of Nephrology (ISN) and the International Federation of Kidney Foundations (IFKF) “Support World Kidney Day and help save them” Toda 2ª 5ª feira de março www.worldkidneyday.org/index.html Insuficiência agora DOENÇA Renal Crônica • Relevância • 10 milhões de brasileiros com DRC. • 90.000 pacientes mantidos em diálise • 35.000 pacientes transplantados renais • Reduzida qualidade de vida • Gastos de 1,4 bilhões de reais a cada ano. REGISTRO BRASILEIRO DE DIÁLISE E TRANSPLANTE 1995 PACIENTES EM DIÁLISE – 2009 EM TRATAMENTO CONSERVADOR ou sem tratamento (X10-50) RIO DE JANEIRO 9.000 BRASIL 90.000 1.600.000 USA 450.000 1 2 - leve 3 – moderada 4 – severa 5 - IRCT Quem tem risco de Doença Renal Crônica? • • • • • • • • Diabéticos Hipertensos Indivíduos acima de 60 anos Indivíduos com história familiar de DRC Indivíduos com Doença Autoimune Indivíduos expostos a substâncias tóxicas Indivíduos com redução de massa renal Alguns casos de Insuficiência Renal Aguda K/DOQI 2002 DOENÇA RENAL CRÔNICA NHANES III: 1 Pt em TRS 28 Pts com FG entre 15-59 mL/min/1,73 m2 BRASIL: 58.464 Pts em Diálise 1.636.992 Pts (estágios 3 e 4 da DRC) DOENÇA RENAL CRÔNICA ATÉ O MOMENTO, NÃO EXISTEM DADOS SOBRE A PREVALÊNCIA DA DRC EM SEUS DIFERENTES ESTÁGIOS NO BRASIL Abordagem do paciente com Doença Renal Crônica Principais funções dos rins •Excreção de produtos finais do metabolismo •Manutenção do volume extracelular •Manutenção da composição iônica do volume extracelular •Manutenção do equilíbrio acido-básico •Produção e excreção de hormônios (eritropoetina, vit D, renina) •Metabolismo de hormônios ( insulina) CLEARANCE ml/min 100 90 DIAGNÓSTICO e TRATAMENTO TRANSPLANTE ANAMNNESE, EX. FÍSICO, PA GLICOSE, URÉIA, CLEARANCE DECREATININA, PROTEINÚRIA, HEMOGRAMA, EAS, DISMORFISMO, CULTURA, EX IMUNOL. U. SOM, CINTIG., UROGRAFIA, ARTERIOGRAFIA, BX RENAL EX. UROLÓGICO, ESTUDO METABÓLICO P/ LITÍASE CORTICÓIDES, IMUNOSSUPRESSORES, ATBS, ANTI-HIPERTENSIVOS, INSULINA, ÓLEO DE PEIXE DIETA E INIBIORES FORM. CÁLCULOS LITOTRIP. PERC. / EXTRAC., CIR. UROLÓGICA 70 --------------------------------------------- 50 VIT D3 - ERITROPOIETINA -------------------------------------------------------------------INFORMAÇÕES SOBRE OS AC. FÓLICO, COMP. B, Fe POSSÍVEIS MÉTODOS DE SUBSTITUIÇÃO DA FUNÇÃO RENAL (TX, HD ou CAPD) TX ------------------------------------------------------------------------------------DIÁLISE ACESSO VASCULAR OU PERITONEAL ANTES DA UREMIA ---------------------------------------------------------------------------------------------------ou ou TX CAPD HD 25 10 CONTROLE RIGOROSO da PA DIETA, INIBIDORES DA ECA, HIPOLIPÊMICOS ANOS Filtração Glomerular e Idade Hoang K, et al. – Kidney Int 2003;64:1417-1424 Rim Normal ou com Disfunção Renal Prévia Linha do Tempo Agressão causando Dano Renal Disfunção Renal ou Agravamento de Disfunção Renal Abordagem dos pacientes com Doença Renal Crônica Estágios da Doença Renal Crônica TFG Estágio Descrição (ml/min/1,73m2) 1 Lesão renal com > 90 TFG normal ou ................................................................................................. 2 Lesão renal com 60 - 89 leve da TFG ........................................................................................... 3 moderada da TFG 30 - 59 .................................................................................................. 4 grave da TFG 15 - 29 .................................................................................................. 5 Insuficiência renal < 15 ou diálise terminal Pressão Capilar Glomerular Aumentada Passagem de proteínas Proteinúria Reabsorção de proteínas pelo túbulo proximal Cicatrização Teoria de Brenner Injúria Renal Redução de número de néfrons Hipertensão glomerular Cicatrização Glomerulosclerose Abordagem dos pacientes com Doença Renal Crônica Quadro clínico Divide-se em três fases: - Perda de função assintomática ( perda de até 60 % da FG) - insuficiência renal compensada(perdas entre 60% e 90 % da FG) - insuficiência renal com síndrome urêmica (perda da FG > 90 %) Abordagem dos pacientes com Doença Renal Crônica Filtração Glomerular vs Creatinina Plasmática Sinais e Sintomas - Sintomas cardiovasculares: •HAS IC pericardite •Sintomas pulmonares: •pulmão urêmico pleurites Sintomas Endócrinos: Hiperpatireoidismo Amenorréia Infertilidade disfunção sexual Sintomas metabólicos: Hiperlipidemia Gota Sintomas musculoesqueléticos: Fraqueza Osteodistrofia - Sintomas Hematológicos: •ANEMIA: redução de produção de eritropoetina •Sangramento Sintomas gastrointestinais: •vômitos, náuseas •anorexia •hálito urêmico •sangramento gastrointestinal - Sintomas neurológicos: Alterações do sono cefaléia convulsões Neuropatia periférica Sintomas dermatológicos: palidez prurido Abordagem dos pacientes com Doença Renal Crônica Diagnóstico •Hemograma, uréia,creatinina, Cálcio, fósforo, FA, AU, Na, K, PTH. •Urina de 24 h: Clearence de creatinina Proteinúria •EAS: proteinúria, hematúria, cilindros •Usom renal •Biopsia renal Abordagem dos pacientes com Doença Renal Crônica Screening de doença renal •creatinina •Spot de proteínas •EAS: proteinúria, hematúria, cilindros •Urina de 24 h: Clearence de creatinina Proteinúria Tratamento 1- Controle de progressão da nefropatia: •tratamento de HAS e DM •restrição dietética de proteínas e fósforo •redução da proteinúria •manejo da hiperlipidemia •tratamento da anemia 2- Evitar mais danos aos rins 3- manejo das complicações da uremia TRATAMENTO DIAGNÓSTICO IRC RETARDAR PROGRESSÃO PREPARO PARA TRS PREVENIR COMPLICAÇÕES MODIFICAR COMORBIDADES DESNUTRIÇÃO CARDIOPATIA EDUCAÇAO ANEMIA VASCULOPATIA ESCOLHA TRS GLICEMIA OSTEODISTRTOFIA NEUROPATIA. ACESSO DIETA ACIDOSE RETINOPATIA. INÍCIO TRS INIB ECA CONTROLE DA PA Abordagem dos pacientes com Doença Renal Abordagem dos pacientes com Doença Renal Principais Causas de Encaminhamento Tardio ao Nefrologista • Dificuldade com a comunicação e retorno da informação acerca dos pacientes - 50% • Receio de ter sua conduta criticada - 40% • Falta de treinamento adequado quanto ao momento apropriado e as indicações de encaminhamento 90% Campbell, JD et al. – Dialysis and Transplantation 1989;18:660-668. Riscos de Doença Renal Crônica • Diabéticos • Hipertensos • Indivíduos acima de 60 anos • • • • • • Indivíduos com história familiar de DRC Indivíduos com Doença Autoimune Indivíduos com Infecção Sistêmica Indivíduos expostos a substâncias tóxicas Indivíduos com redução de massa renal Alguns casos de Insuficiência Renal Aguda K/DOQI 2002 DIÁLISE INDICAÇOES • UREMIA ENCEFALOPATIA NEUROPATIA • ACIDOSE METABÓLICA • HIPERVOLEMIA • PERICARDITE • INSUFICIÊNCIA CARDÍACA DOENÇA RENAL CRÔNICA ESTIMA-SE QUE CERCA DE 50% DOS Pts. COM DRC NÃO TEM ACESSO À TRS Serviços de Nefrologia no Brasil 1999-2004 75 60 45 30 15 0 1999 Privados 2000 2001 Filantrópicos 2003 Públicos 2004 Universitários Fonte: Ministério da Saúde Secretaria de Assistência à Saúde Departamento de Controle e Avaliação de Sistemas 2006 Insuficiência Renal Crônica Perda da Função Renal Visão Pessimista progressiva insidiosa inexorável Doença Renal Crônica Commom Harmful Treatable Preventable Diálise no Brasil Mortalidade em Hemodiálise • Japão 9,7% • • • • Chile Europa Uruguai Brasil 13,4% 14,8% 15,9% 16,1% • • • Venezuela Am. Latina Argentina 21,1% 21,1% 21,3% • • Estados Unidos África do Sul 22,3% 25,9% A Magnitude do Problema • Prevalência elevada das patologias que levam à doença renal • Possibilidade de intervenção na história natural da doença renal mediante a melhoria da atenção à saúde em todos os níveis de atendimento • Gastos cada vez mais elevados com tratamento das doenças renais • Escassez de estudos mais aprofundados sobre a situação epidemiológica nacional da doença renal • Múltiplos interesses econômicos de prestadores, fabricantes de equipamentos de máquinas e insumos. Fonte: Política Nacional de Atenção ao Portador de Doença Renal Ministério da Saúde/ Sociedade Brasileira de Nefrologia NEFRO ou RENOPROTEÇÃO CÁRDIO-PROTEÇÃO (HOMOCISTEÍNA ?) TRATAR HEPATOPATIAS e NEFROPATIAS IMUNOLÓGICAS EVITAR NEFROTÓXICOS CONTROLE DA PA NORMALIZAR GLICEMIA NORMALIZAR LIPÍDEOS CORRIGIR ACIDOSE CORRIGIR Ca e P CORRIGIR ANEMIA DIMINUIR A PROTEINÚRIA CONTROLAR O PESO ELIMINAR O FUMO ADAPTAR A DIETA ELIMINAR INFECÇÃO ALIVIAR OBSTRUÇÃO CORRIGIR ÁC. ÚRICO IDENTIFICAR D. CÍSTICAS E NEOPLASIAS OCULTAS NEFROPATIA INAPARENTE (1) CASO 1 - 1979 - MULHER, 26 A, R2 DE NEFROLOGIA APRESENTOU FEBRE E ARTRALGIA - EAS COM PIÚRIA MACIÇA - RX SIMPLES DE ABDOME QUE ANTECEDEU A UROGRAFIA JÁ MOSTRAVA VOLUMOSOS CÁLCULOS CORALIFORMES BILATERAIS QUE COM 15 DIAS DE DIFERENÇA FORAM OPERADOS POR NEFROLITOTRIPSIA ANÁTRÓFICA EVOLUIU AO LONGO DOS MESES COM ELEVAÇÃO DAS ESCÓRIAS NITROGENADAS E UMA INFECÇÃO URINÁRIA DE DIFÍCIL TRATAMENTO APÓS 1 ANO ESTAVA COM 3 DE CREATININA ABANDONOU A ESPECIALIDADE E DESCONHECEMOS SEU PARADEIRO. CASO 2 - 1981 - HOMEM, 17 A, ESTUDANTE E SURFISTA SENDO CONSULTADO POR PEDIATRA DA FAMÍLIA DEVIDO A ANEMIA. SEGUNDO A MÃE DO PACIENTE DURANTE 1 ANO FORAM REALIZADOS DIVERSOS EXAMES PARASITOLÓGICOS DE FEZES RECEBENDO ANTI-HELMINTÍCOS E SULFATO FERROSO UM DIA DURANTE CAUTERIZAÇÃO DE VARIZES DE MMII SEU ANGIOLOGISTA AO PERGUNTAR PELO FILHO DA PACIENTE E OUVIR A HISTÓRIA DISSE PARA MÃE VAMOS PEDIR UMA DOSAGEM DE URÉIA E DE CREATININA EXAMES LABORATORIAIS REVELARAM UREMIA INICIADA HEMODIÁLISE EM 15 DIAS ESTE ANO COMEMORARÁ 20 ANOS PÓS-TX RENAL BEM SUCEDIDO COM O RIM DA MÃE NEFROPATIA INAPARENTE RECOMENDAÇÕES FINAIS PRÉ-NATAL DOENÇAS UROLÓGICAS NEO-NATAL e FAMILIARES ADOLESCÊNCIA ADULTO DOENÇAS INFECCIOSAS DIABETES D. CÍSTICAS GLOMERULOPATIAS ULTRA-SOM PROVAS DE F. RENAL ULTRA-SOM PROVAS DE F. RENAL HIPERTENSÃO ARTERIAL IDOSOS NEOPLASIAS NEFRITES INTERSTICIAIS (DROGAS) EX. UROLÓGICO/GINEC. ULTRA-SOM PROVAS DE F. RENAL EXAMES DE URINA E SANGUE DE ROTINA EM: CRECHES, ESCOLAS, ADMISSIONAIS E PERIÓDICOS CAMPANHAS DE ESCLARECIMENTO P/ MÉDICOS E P/ POLULAÇÃO NEFROPATIA INAPARENTE CREATININA = 8 mg/dl URÉIA = 160 mg/dl HEMATÓCRITO= 30% RINS POLICÍSTICOS HIPERTENSO DIABETES HIPERTENSO LITÍASE HIPERTENSO TODOS ENTRARAM EM DIÁLISE EM REGIME DE URGÊNCIA SEM QUALQUER INFORMAÇÃO SOBRE A DOENÇA QUE OS LEVOU À IRC AVALIAÇÃO DA FUNÇÃO RENAL SE RESUME NA DOSAGEM DA CREATININA ?