INSUFICIÊNCIA RENAL Alessandra da Silva Domingues Amanda Torres Ricardo Bruno Cezar Bassani Célio Pereira Correia Giselle Soares Dias SISTEMA URINÁRIO Composto por: dois rins, dois ureteres, uma bexiga e uma uretra. Função dos Rins: . Regulação hidroeletrolítica (Na , K , Mg , Ca , etc..) + + ++ ++ . Excreção dos produtos do metabolismo (metabolismo proteico - uréia e substâncias exógenas – fármacos) . Regulação da pressão sanguínea (renina – angiotensina I – angiotensina II) . Manutenção do equilíbrio ácido-básico RIM: MORFOLOGIA Pelve URINA • O que é? É um líquido excretado pelos rins através das vias urinárias, pelo qual são eliminadas substâncias desnecessárias ao organismo. • . . . Composição 95% de água (aproximadamente) 2 % de uréia (fígado – rim) 3% restantes podemos encontrar fosfato, sulfato, amônia, magnésio, cálcio, ácido úrico, creatina, sódio, potássio e outros elementos. Terminologias e curiosidades: Anúria: volume igual ou inferior a 100ml/ dia. Oligúria: volume igual a 400ml/ dia. Poliúria: volume igual ou superior a 2.500 ml/ dia. Diurese: volume em 24 horas. 1ª Sensação de enchimento vesical: 100/ 150ml Desejo de urinar: 200/ 300ml Sensação significativa de urinar: 400ml FILTRAÇÃO, REABSORÇÃO E SECREÇÃO INSUFICIÊNCIA RENAL • Ocorre quando os rins são incapazes de remover as escórias metabólicas ou realizar as suas funções reguladoras. Podem ser classificadas em: Insuficiência Renal Aguda Insuficiência Renal Crônica Exames - diagnósticos de IR • • • • • • • • Urina I Clearence de creatinina Urina de 24 horas Dosagem sanguinea de uréia, creatinina, Na+, K+ Ultrassonografia pélvica Tomografia Raio – X Urografia intravenosa INSUFICIÊNCIA RENAL AGUDA • É a perda súbita e quase completa da função renal causada por insuficiência da circulação renal ou diminuição do ritmo de filtração glomerular ou tubular. Dividida em três grandes categorias: Pré-renal Intrarrenal ou renal Pós-renal PRÉ–RENAL: Alterações no fluxo sanguíneo, causando hipoperfusão renal e taxa de filtração glomerular. INTRARENAL ou RENAL: Caracterizada por lesão do parênquima renal. (causas mais frequentes são a isquemia renal e a nefrotoxidade) PÓS–RENAL: Caracterizada pela obstrução do trato urinário em qualquer nível. MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS Alterações no débito urinário Elevação dos níveis de creatinina Hipercalemia Acidose metabólica Anormalidade Ca ++ e ao PO4-(Fosfato) Anemia e tendências e sangramentos (Eritropoetinada produzida pelos rins não estimula a medula óssea na produção, liberação e maturação dos eritrócitos. Portanto, a função plaquetária fica prejudicada.) Terapia renal substitutiva • Engloba os métodos terapêuticos especializados para o manejo da função renal, substituindo-os. Divididos em dois métodos: Não dialítico Manutenção da volemia Diuréticos Correção da Acidose Correção dos distúrbios eletrolíticos Suporte Nutricional Ajuste da dose de drogas Dialítico Hemodiálise Diálise peritonial: Ambulatorial Contínua e Domiciliar DIÁLISE Hemodiálise Diálise Peritoneal Consiste na infusão de uma solução estéril balanceada de íons e glicose no Utiliza dialisador (rim artificial) e uma solução interior da cavidade abdominal do paciente, contendo íons diluída em água previamente que em contato com uma membrana tratada. biológica semi- permeável (peritônio), ocorre o processo de "filtragem" das O sangue é retirado do organismo e circula substâncias urêmicas. por uma membrana sintética em contato com a solução e retorna "purificado" para o paciente. Pode ser realizado em ambiente Obs.: Uma sessão de hemodiálise executa cerca hospitalar (Diálise Peritoneal Intermitente) de 15% do trabalho dos rins. Habitualmente necessita- ou na própria residência, opção terapêutica se de três sessões de hemodiálises por semana, conhecida como CAPD (Diálise Peritoneal sendo que cada sessão tem a duração aproximada de Ambulatorial Contínua) 4 horas. TRATAMENTO DIALÍTICO Manual Merck.net INSUFICIÊNCIA RENAL CRÔNICA Ocorre na presença de: Lesão renal Perda progressiva e irreversível da função dos rins (glomerular, tubular e endócrina) Dificuldade dos rins em manter a normalidade do meio interno do paciente Presença de ritmo de filtração glomerular inferior a 75mL/min, por três meses ou mais. Portanto: A sobrevida do paciente passa a depender de uma das modalidades de tratamento de substituição extra renal : a diálise e/ou o transplante renal. MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS Manifestações cardiovasculares: Hipertensão, ICC, edema pulmonar. Sintomas dermatológicos: prurido intenso e pele seca. Sintomas gastrointestinais: náuseas e vômitos. Alterações neuromusculares: alteração de nível de consciência, tremor muscular e coma. Transplante Renal Doador vivo Parentesco compatível Maior taxa de sucesso Cadáver Aguardar a “fila” do transplante Menor taxa de sucesso Sistematização da Assistência de Enfermagem A S E Diagnóstico de Enfermagem A Algumas possibilidades S E • Risco de desequilíbrio eletrolítico; fator de risco: disfunção renal. • Eliminação urinária prejudicada caracterizado por oligúria relacionado a obstrução do trato urinário. • Risco para a alteração das taxas metabólicas; fatores de risco: hipertermia, infecção e atividade física. • Excesso do volume de líquidos caracterizado por oligúria/anúria relacionado a disfunção no sistema urinário. • Excesso de volume líquido caracterizado por anasarca relacionado à retenção do sódio e água. A Diagnóstico de Enfermagem S E • Dor e desconforto caracterizado por face de dor relacionado à infecção renal, edema, obstrução, sangramento ao longo do trato urinário, procedimentos diagnósticos invasivos, SVD, inflamação e infecção da uretra, bexiga e outras estruturas do trato urinário. • Medo caracterizado por relato verbal relacionado aos possíveis diagnósticos de doença grave e alteração da função renal. A S E Diagnóstico de Enfermagem • Nutrição desequilibrada :ingestão menor que a necessidade corporal caracterizada por diminuição do peso corporal relacionada com restrições da dieta,anorexia, naúseas, vômitos,perda do paladar, olfato, estomatite e dieta sem sabor. • Intolerância à atividade caracterizada pela presença de fadiga relacionada à retenção de escorias e/ ou procedimento de diálise. A S E Diagnóstico de Enfermagem • Risco para infecção relacionado a procedimentos invasivos: fatores de risco ( cateter urinário, cateter de diálise e AVP). • Risco para controle ineficaz do regime terapêutico relacionado ao conhecimento insuficiente sobre a condição, às restrições dietéticas, registro diário, terapia farmacológica, os sinais e sintomas de complicações, as consultas subsequentes e os recursos comunitários. A S E • • • • • • • • • • • Prescrições de Enfermagem Controlar volume urinário Realizar balanço hídrico (ingesta e eliminações) Controlar peso Verificar presença de edemas Verificar turgor cutâneo Manter repouso no leito Avaliar nível de consciência Verificar padrão respiratório Verificar oximetria Orientar quanto a ingestão hídrica, dieta assistida Verificar SSVV (PA, P, T, FR) Referências • Kroger MM, Bianchini SM, Lima AM, Costa LF. Enfermagem em Unidade de Terapia Intensiva: do ambiente à prática do cuidado; São Paulo: Martinari, 2010. • Cruz J, Praxedes JN. Nefrologia; Savier, 2006. • Smelrzer S, Bare B. Tratador de Brunner & Suddarth Enfermagem Médico Cirúrgica; Rio de Janeiro Guanabara Koogan, 8ª Edição, 2000. • Carpenito, LJ. Manual de Diagnóstico de Enfermagem; Porto Alegre: Artmed, 2003. Obrigado!