PSICANÁLISE EXISTENCIAL
•Método
biográfico – recurso para a compreensão
rigorosa do movimento do sujeito no mundo; supera
a dicotomia objetivo/subjetivo
•A concepção de homem que subjaz à teoria
sartriana é histórica e dialética, onde o sujeito só
pode ser compreendido levando-se em conta sua
história individual e sua conjuntura familiar ou
rede sociológica, seu contexto social e cultural; ele
se faz e é feito no/por esse conjunto de fatores.
•Defende a psicanálise como um método que permite
estudar o processo no qual uma criança chega a
desempenhar o papel social que lhe foi imposto,
assimilando-o, sufocando-se nele, ou rejeitando-o, na
medida em que a história de uma pessoa desde sua
infância é fundamento para se entender o sistema
social. Descobre o ponto de inserção do homem em
sua classe, a família singular como mediação entre a
classe universal e o indivíduo.
PSICANÁLISE EXISTENCIAL
Critica o marxismo que rejeita a atenção ao sujeito
individual e sua história idiossincrática, pois é a partir
dela que se dá a tessitura da vida coletiva
 A relação indivíduo/grupo, singular/universal é aspecto
essencial para o entendimento da realidade humana. O
suporte dos coletivos são as atividades concretas dos
indivíduos
 O homem faz a história ao mesmo tempo em que é feito
por ela. A história me escapa, não que eu não a faça,
mas o outro também a faz. A ação humana, por mais
alienada, sempre transforma o mundo. O homem é
transcendência, sempre faz algo do que fizeram dele.
mesmo alienados, somos sujeitos de nossa história.
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O homem transcende o que está dado, indo em direção ao futuro –
projeto de ser. Circunscrito pelo campo dos possíveis – condições
que são ativamente apropriadas pelo sujeito.
Projeto – apropriação subjetiva da objetividade. A ação não pode
ser julgada pela intenção, mas sim por sua realização efetiva no
mundo.
Psicanálise existencial – um método para a Psicologia; uma forma
objetiva de investigar a dimensão de ser do sujeito humano,
enquanto ser-no-mundo, ser-em-situação, singular/universal. O
ponto de partida da investigação devem ser os aspectos concretos
de sua vida, as diferentes dimensões da vida de relação. Deve
revelar o que processa unificação do conjunto, que é o ser do
sujeito, seu projeto original. Decifrar o nexo existente entre os
diversos comportamentos, gostos, gestos, emoções, raciocínios do
sujeito concreto, ao extrair o significado que unifica de cada um
desses aspectos em direção a um fim. Esse nexo define o sentido
da vida de alguém. Procurar a maneira original com que cada
sujeito se escolhe. O homem deve ser encontrado inteiro em todas
as suas manifestações. Dialética entre o sujeito e a objetividade.
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Projeto de ser – fruto das determinações materiais, sociais,
históricas em que o homem está inscrito (objetivo) e da
apropriação ativa por parte do sujeito (subjetivo). A compreensão
da realidade humana passa pelo movimento dialético entre o
objetivo e o subjetivo. Daí a necessidade do método progressivoregressivo, ir ao homem, ir ao mundo, vaivém – a época
aprofundando a biografia, a biografia aprofundando a época –
entre a dimensão universal/singular ou coletiva/individual. Uso de
biografias.
O sujeito é produto e produtor do seu contexto e sua história. O
psíquico é fruto do movimento dialético entre o sujeito e a
objetividade, síntese homem-mundo.
Estrutura da escolha – opções frente às quais é inevitável
escolher.
Alienação – a cumplicidade da liberdade do próprio sujeito a torna
mais grave.
Clínica – elucidar o projeto de ser do indivíduo, tornando
conscientes suas escolhas, o fio que as une e a responsabilidade
por elas.
Querer não é o mesmo que escolher.
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