SÃO PAULO APOSTOLO HISTÓRIA São Paulo, Apóstolo nasceu em Tarso na Cilícia, era judeu e cidadão romano. Seus pais deram-lhe o nome de Saul (nome do primeiro rei dos judeus) e o apelido Paulo. O nome Saul passou para Saulo porque assim era este nome em grego. Mais tarde, a partir da sua primeira viagem missionária no mundo greco-romano, Paulo usa exclusivamente o sobrenome latino Paulus. Recebeu a sua primeira educação religiosa em Tarso tendo por base o Pentateuco e a lei de Moisés. A partir do ano 25 d.C. vai para Jerusalém onde frequenta as aulas de Gamaliel, mestre de grande prestígio, aprofundando com ele o conhecimento do Pentateuco escrito e oral. Aprende a falar e a escrever aramaico, hebraico, grego e latim. Pode falar publicamente em grego ao tribuno romano, em hebraico à multidão em Jerusalém e catequizar hebreus, gregos e romanos. Paulo é chamado “O Apóstolo” por ter sido o maior anunciador do cristianismo depois de Cristo. Entre as grandes figuras do cristianismo nascente, a seguir a Cristo, Paulo é de fato a personalidade mais importante que conhecemos. É uma das pessoas mais interessantes e modernas de toda a literatura grega, e a sua Carta aos Coríntios é das obras mais significativas da humanidade. CONVERSÃO No ano 35, quando Saulo tinha cerca de 30 anos, na sua luta contra os cristãos, chefia um grupo que vai galopando para Damasco, com autorização dos sumos sacerdotes, para eliminar um grupo de cristãos e levar os seus chefes algemados para Jerusalém. Paulo diz que no caminho, já próximo de Damasco, se viu subitamente envolvido por uma intensa luz vinda do Céu e lhe apareceu Cristo Ressuscitado, que lhe disse: “Saulo, Saulo, porque Me persegues?” Saulo perguntou: “Quem és Tu, Senhor?” A voz respondeu: “Eu sou Jesus a quem tu persegues. Agora levanta-te, entra na cidade e aí te dirão o que deves fazer”. Após o diálogo com Cristo Ressuscitado, Paulo, de perseguidor dos cristãos torna-se um homem novo, o mais ardente missionário do Evangelho, que irá dedicar o resto da sua vida a Cristo, numa contínua identificação com Ele ao ponto de poder dizer: “Para mim viver é Cristo” (Fl 1-21). “Já não sou eu que vivo, pois é Cristo que vive em mim. E esta vida que agora vivo, eu a vivo pela fé no filho de Deus, que me amou e se entregou por mim.” (Gl 2,20) Ananias, sacerdote hebreu-cristão, faz a iniciação cristã de Paulo e administra-lhe o Batismo. Jesus, falando de Paulo, disse a Ananias: “Esse homem é um instrumento que escolhi para anunciar o meu Nome aos pagãos, os reis e ao povo de Israel. Eu vou mostrar a Saulo quanto ele deve sofrer por causa do meu Nome.” (At 9,15-17). Batismo de Paulo por Ananias Desde então converteu-se e começou a pregar o Cristianismo, viajando pelo mundo, pregando o evangelho de Jesus Cristo e o mistério de sua paixão, morte e ressurreição. A conversão de São Paulo é uma das mais importantes da história da Igreja. Mostra o poder da graça divina, capaz de transformar Saulo, perseguidor da Igreja, no "Apóstolo Paulo" por excelência, que tem a iniciativa da evangelização dos pagãos. Ele próprio confessa, por diversas vezes, que foi perseguidor implacável das primeiras comunidades cristãs. Por causa disso atribui a si mesmo o título de “O menor entre os Apóstolos" e ainda, de “Indigno de ser chamado Apóstolo". Duas festas litúrgicas foram criadas em homenagem a São Paulo. A primeira em 25 de janeiro, foi instituída na Gália, no século VIII, para lembrar a conversão do Apóstolo e entrou no calendário romano no final do século X. A segunda, lembrando o seu martírio a 29 de junho, juntamente com o do Apóstolo São Pedro. Depois da Virgem Maria, são precisamente os Apóstolos Pedro e Paulo, juntamente com São João Batista, os santos comemorados mais frequentemente e com maior solenidade no ano litúrgico. JESUS CRISTO PARA PAULO Para Paulo Jesus Cristo veio ocupar o lugar que o Pentateuco (Lei) ocupava na sua mente e coração dos judeus. A Lei Nova substitui a Lei Antiga. Jesus é para ele o fim da Lei, é a Nova Aliança, a nova criação, é o único mediador da justificação e salvação do homem. Em 2 Cor 5,18-19, Paulo escreve: “Tudo isto vem de Deus, que nos reconciliou consigo por meio de Cristo e nos confiou o ministério da reconciliação.” Jesus Cristo é o seu ponto de referência; é com Ele que relaciona todo o seu ser. Tudo sacrificou por Cristo. Para ele o viver é imitar Cristo, cristificar-se, anunciá-lo e servi-lo. Jesus Cristo aparece como a razão profunda da história e do futuro do homem: “Cristo, a glória esperada, está em vós.” (Cl 1,27) Jesus Cristo é o fundamento em que se apoia, é o sangue que o faz viver, o modelo que ele procura imitar, é a meta que procura alcançar. Jesus faz nascer nele o ser novo, a “nova criatura” e o “homem interior”. (2Cor 4,16) O CENTRO DE PREGAÇÃO DE PAULO Jesus Cristo estava sempre diante dos seus olhos e no seu coração. Transfere para Cristo todas as qualificações fundamentais do Pentateuco. Assim, para Paulo, Jesus Cristo é vida, luz, sabedoria, salvação, norma de vida, água viva, fonte de graça e de justificação, Criador do Universo, Filho de Deus, que encarnou por obra do Espírito Santo. O credo de Paulo é estar com Cristo, viver com Cristo, entrar em comunhão com Cristo, participar no mistério da sua morte e ressurreição, receber o Espírito Santo, conformar-se a Jesus (cristificar-se), unir-se a Jesus e seguir os seus passos até ao ponto de dar a vida, crer na sua Ressurreição. Nas suas cartas, Paulo afirma que Jesus Cristo está vivo e reconcilia os homens através do Espírito Santo. Cristo traz a salvação ao mundo. A reconciliação dos homens com Deus e entre si é possível e já começou. É através da Igreja que se realiza esta reconciliação. PRINCIPAIS CARTAS DE SÃO PAULO As epístolas (Cartas) paulinas foram na sua maioria escritas para igrejas que Paulo visitou e o apóstolo era um grande viajante. Ele passou por Chipre, por toda a Ásia Menor, pela Grécia, Creta e Roma. Elas estão repletas de exposições sobre o que os cristãos deveriam acreditar e como deveriam viver, ao passo que ele não relata ao destinatário muito sobre a vida de Jesus. Suas mais explícitas referências são passagens sobre a Última Ceia, a crucificação e ressurreição. Carta aos Gálatas Carta aos Filipenses Primeira Carta aos Tessalonicenses Carta a Filêmon Carta aos Romanos Primeira Carta aos Coríntios Segunda Carta aos Coríntios Carta de São Paulo aos Coríntios. Cap. 1 – 13. MORTE Nem a Bíblia e nem outra história qualquer conta explicitamente como ou quando Paulo morreu. De acordo com a tradição cristã, Paulo foi decapitado em Roma durante o reino do imperador Nero em meados dos anos 60 na Abadia das Três Fontes. O tratamento mais "humano" dado a Paulo, em contraste com a crucificação invertida de São Pedro, foi graças à sua cidadania romana. TÚMULO A tradição cristã mantém que Paulo foi enterrado com São Pedro na Via Ápia e lá permaneceu até seu corpo ser levado para a Basílica de São Paulo Extra-Muros, em Roma. O PATRONO DO MOVIMENTO DE CURSILHOS São Paulo foi declarado Patrono do Movimento de Cursilhos de Cristandade pelo Papa Paulo VI em 14 de dezembro de 1963, durante as comemorações do 19º Centenário de sua passagem pela Espanha. A exemplo de São Paulo, realizemos, com ardor, o apostolado que Deus nos confiou. Sua eficácia exige, de nós, uma contínua conversão e um profundo amor a Jesus Cristo. Sem isto, nossa vida espiritual e nossas ações ficam estéreis e desprovidas de fundamento. Transformam-se em mera filantropia e, por conseguinte, sem merecimentos para o céu. Apesar de sua morte, observamos que em sua vida Paulo foi um Homem de Formação e Formador, percebemos isto muito claramente em todas as Cartas Paulinas, onde se percebe a sua base doutrinal e teológica. Paulo não foi apenas um grande estudioso, percebemos que ele funda várias comunidades, e lhes dando embasamento, as já existentes na época. Percebemos então que a História de vida de Paulo de Tarso vem de encontro ao Carisma e a Identidade do Movimento de Cursilhos de Cristandade, por isto, nada mais justo que ser ele declarado Patrono Celestial deste Instrumento de Evangelização e Anúncio da Palavra de Deus. Um amor sincero e radical a Jesus Cristo nos leva a dizer com o Apóstolo: “Para mim, o viver é Cristo”. Viver pra mim é Cristo Pe. Fábio de Melo e André Leonno Louvado seja nosso senhor JESUS CRISTO